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UNIVERSIDADE WUTIVI

Faculdade de Engenharia, Arquitectura e Planeamento


Físico
Curso de Licenciatura em Engenharia Civil
4º Ano laboral

Cadeira: Vias de comunicação II

Tema: Drenagem Superficial em Rodovias


Discentes:
 Celeste Guambe
 Euclides Monjane
 Herança Vasco
 Felix Gabriel
 Adalberto Salato Docente: Edson da Graça
Introdução

Em uma construção rodoviária, a drenagem é um elemento indispensável para assegurar a

conservação da rodovia, prevenindo acidentes decorrentes do acúmulo de água desse modo

é essencial que as rodovias sejam seguras para o tráfego de veículos. Por isso a drenagem é

a principal responsável por evitar o acúmulo de água que danifica a estrutura do pavimento,

provocando acidentes.

Portanto um sistema de drenagem bem projetado, construído e conservado, garante a

segurança dos usuários da via, reduzindo consideravelmente o número de acidentes (DNIT,

2005).
Dispositivos de Drenagem

 Os dispositivos de drenagem têm como objetivo, captar e conduzir


para local adequado toda a água que sob qualquer forma venha a
atingir o corpo estradal.

 Em sua função primordial, a drenagem de uma rodovia deve


eliminar a água que, sob qualquer forma, atinge o corpo estradal,
captando-a e conduzindo-a para locais em que menos afete a
segurança e durabilidade da via.
Drenagem Superficial

A drenagem superficial de uma rodovia tem como objetivo interceptar


e captar, conduzindo ao deságue seguro, as águas provenientes de suas
áreas adjacentes e aquelas que se precipitam sobre o corpo estradal,
resguardando sua segurança e estabilidade, (DNIT, 2006).
Dispositivos de drenagem superficial

Para um sistema de drenagem superficial eficiente, utiliza-se uma série de


dispositivos com objetivos específicos, a saber:

 Valetas de proteção de corte;  Saídas d'água;


 Valetas de proteção de aterro;  Caixas coletoras;
 Sarjetas de corte;  Bueiros de greide;
 Sarjetas de aterro;  Dissipadores de energia;
 Sarjeta de canteiro central;  Escalonamento de taludes;
 Descidas d'água;  Corta-rios.
Valetas de proteção de corte

As valetas de proteção de cortes têm como objetivo interceptar as águas que


escorrem pelo terreno natural a montante, impedindo-as de atingir o talude
de corte.

Deverão ser localizadas proximamente paralelas às cristas dos cortes, a uma


distância entre 2,0 a 3,0 metros.
Esquema de valeta de proteção de corte

Fonte: DNIT, 2006. Fonte: INTERVIAL, 2018.


Tipos de Valetas de proteção de corte

Secção Triângular Secção Quadrada

Fonte: DNIT, 2006


Cont..

Secção Trapezoidal

Fonte: DNIT, 2006


Os tipos de revestimentos

 Concreto;

 Alvenaria de tijolo ou pedra;

 Pedra arrumada;

 Vegetação.
Dimensionamento Hidraúlico

Tabela 1 : Coeficiente de escoamento superficial

Fonte: DNIT, 2006


Coeficiente de rugosidade de Manning

Tabela 2 : Coeficiente de rugosidade de Manning para Concreto

Tabela 3 : Coeficiente de rugosidade de Manning para Metal

Fonte: DNIT, 2006


Bordo livre

Tabela 4: valor de bordo livre para valetas revestidas.

Q(m3 /s) f (cm)


Até - 0,25 10
0,25 - 0,56 13
0,56 - 0,84 14
0,84 - 1,40 15
1,40 - 2,80 18
acima de 2,80 20
Fonte: DNIT, 2006
Valetas de proteção de aterro

As valetas de proteção de aterros têm como objetivo interceptar as


águas que escoam pelo terreno a montante, impedindo-as de atingir o
pé do talude de aterro.

Além disso, têm a finalidade de receber as águas das sarjetas e valetas


de corte, conduzindo -as com segurança ao dispositivo de transposição
de talvegues.
Esquema de valeta de proteção de corte

Fonte: Disponível em < http://vogelsangerempreendimentos.com.br/site/servicos/servicoscomplementares/ >


Acesso em
Tipos de Valetas de proteção de aterro

Secção Trapezoidal

Fonte: DNIT, 2006


Cont...
Secção Quadrada

Fonte: DNIT, 2006


Os tipos de revestimentos

 Concreto;

 Alvenaria de tijolo ou pedra;

 Pedra arrumada;

 Vegetação.
Sarjetas de corte

A sarjeta de corte tem como objetivo captar as águas que se precipitam


sobre a plataforma e taludes de corte e conduzi-las, longitudinalmente à
rodovia, até o ponto de transição entre o corte e o aterro, de forma a
permitir a saída lateral para o terreno natural ou para a valeta de aterro, ou
então, para a caixa coletora de um bueiro de greide.
Esquema de sarjeta de corte

Fonte: Disponível em < http:// https:// https://twitter.com/DNIToficial/status/1


288165479245385728/photo/3 > Acesso em 25 de outubro de 2022
Tipos de Sarjetas de Corte

As sarjetas de corte podem ter diversos tipos de seção, dependendo da capacidade


de vazão necessária.

Sarjeta triangular Sarjeta trapezoidal

Fonte: DNIT, 2006


Sarjeta Retangular

Fonte: DNIT, 2006


Os principais tipos de revestimentos

 Concreto;

 Alvenaria de tijolo;

 Alvenaria de pedra argamassada;

 Pedra arrumada revestida;

 Pedra arrumada;

 Revestimento vegetal.
O revestimento vegetal, apesar do excelente desempenho como função estética,
tem o inconveniente do alto custo de conservação.
Dimensionamento hidraulico

Os elementos básicos para o dimensionamento da sarjeta de corte são:

 As características geométricas da rodovia;

 Área de implúvio;

 Coeficiente médio de escoamento superficial, levando-se em conta a


diversidade do revestimento que compõe a bacia de captação, (faixas de
rolamento e talude de corte);

 Elementos hidrológicos para o cálculo da descarga de projeto.


Sarjetas de aterro

A sarjeta de aterro tem como objetivo captar as águas precipitadas sobre a plataforma,
de modo a impedir que provoquem erosões na borda do acostamento e/ou no talude
do aterro, conduzindo-as ao local de deságue seguro.

Fonte via: Disponível em Acesso em 25 de Outubro de 2022.


Tipos de Sarjetas de Aterro

A seção transversal deve seguir os projetos-tipos do DNIT, podendo ser


triangulares, trapezoidais, retangulares, etc, de acordo com a natureza e a
categoria da rodovia.

Os materiais mais indicados para a construção do dispositivo são:


 Concreto de cimento;
 Solo cimento;
 Concreto betuminoso;
 Solo.
 Solo betume;
Dimensionamento hidraulico

Os elementos básicos para o dimensionamento da sarjeta de


aterro são:

 As características geométricas da rodovia;

 Área de implúvio;

 Elementos hidrológicos para o cálculo da descarga de projeto;

 Elementos para o cálculo da vazão.


Valeta do canteiro central

 Quando uma rodovia for projetada em pista dupla, isto é, onde as


pistas são separadas por um canteiro central côncavo, torna-se
necessário drená-lo superficialmente através de um dispositivo
chamado de valeta do canteiro central.

 Esta valeta tem como objetivo captar as águas provenientes das


pistas e do próprio canteiro central e conduzi-las longitudinalmente
até serem captadas por caixas coletoras de bueiros de greide.
Tipos de valetas do canteiro central

As seções transversais das valetas do canteiro central são em geral de forma


triangular cujas faces têm as declividades coincidentes com os taludes do canteiro.

Podem ser usadas seções de forma circular,


tipo meia cana, e formas trapezoidal ou
retangular.

Fonte via: Disponível em Acesso em 26 de Outubro de 2022.


Caixas coletoras

As caixas coletoras têm como objetivos principais:

 Coletar as águas provenientes das sarjetas e que se destinam aos bueiros de


greide;

 Coletar as águas provenientes de áreas situadas a montante de bueiros de


transposição de talvegues, permitindo sua construção abaixo do terreno
natural;
Cont..

 Coletar as águas provenientes das descidas d'água de cortes, conduzindo-as ao


dispositivo de deságue seguro;

 Permitir a inspeção dos condutos que por elas passam, com o objetivo de
verificação de sua funcionalidade e eficiência;

 Possibilitar mudanças de dimensão de bueiros, de sua declividade e direção, ou


ainda quando a um mesmo local concorre mais de um bueiro.
Cont..

As caixas coletoras, quanto à sua função, podem ser: caixas coletoras, caixas de
inspeção ou caixas de passagem e, quanto ao fechamento, podem ser com tampa ou
abertas.

Fonte via: Disponível em< https://pt.slideshare.net/ivanrobertoa/drenagem-viria/> Acesso em 28 de Outubro de


2022.
Bueiros de greide

Os bueiros de greide são dispositivos destinados a conduzir para locais de


deságue seguro as águas captadas pelas caixas coletoras.

Os bueiros de greide podem ser implantados transversal ou longitudinalmente ao


eixo da rodovia, com alturas de recobrimento atendendo à resistência de
compressão estabelecida para as diversas classes de tubo pela NBR-9794 da
ABNT.
Elementos de projeto

Os elementos constituintes de um bueiro de greide são:

 Caixas coletoras;

 Corpo;

 Boca.
Os bueiros podem ser classificados em quatro classes

 Quanto à forma da seção (tubulares, celulares, especial, elipses ou ovóides);

 Quanto ao número de linhas (simples, duplos ou triplos);

 Quanto aos materiais com os quais são construídos (tubos de concreto, tubos
metálicos corrugados, células de concreto).
Bueiros simples é constituído por meio de uma única linha de
dispositivo de escoamento

Fonte via: Disponível em< https://paraiba.pb.gov.br/noticias/governo-realiza-pavimentacao-de-rua-em itapororoca


> Acesso em 25 de Outubro de 2022.
Bueiros duplos e triplos são constituídos por linha dupla de dispositivos de escoamento
de água.

Fonte via: Disponível em< https://www.diariodaamazonia.com.br/prefeitura-instala-28-bueiros-na-linha uniao/>


Acesso em 26 de Outubro de 2022.
Bueiros duplos e triplos são constituídos por linha tripla de dispositivos de escoamento
de água.

Fonte via: Disponível em< https://cutt.ly/UnYZG9F > Acesso em 25 de Outubro de 2022.


Dimensionamento hidraulico

Tendo em vista maior facilidade de limpeza, o diâmetro mínimo a adotar para o


bueiro de greide é de 0,80m.
Coeficiente de Runoff

Fonte: DNIT, 2006.

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