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UNIVERSIDADE WUTIVI

Faculdade de Engenharia, Arquitectura e Planeamento Físico

Curso de Licenciatura em Engenharia Civil

4º Ano laboral

Cadeira: Vias de Comunicação II

Tema: Pavimentação Rodoviária

Aos 07 de Novembro de 2022


Belo horizonte
Tema: Pavimentação Rodoviária

Discentes:
Celeste Guambe

 Félix Gabriel
Guidione Cumbe
 Isabel Queface Docente: Edson da Graça
 Maite Chivinge
Introdução

A pavimentação é de extrema importância para a população, pois em um mundo

globalizado é impossível não necessitar de vias pavimentadas para se locomover. Em

alguns locais nem sempre há uma pavimentação adequada, ou nem mesmo qualquer

pavimentação, mas é importante que se entenda que um projeto de um pavimento bem

estruturado e bem executado pode trazer benefícios para os condutores dos veículos e

também para a população como um todo.


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A nível funcional, o pavimento deve garantir uma viagem confortável e segura para os
utentes e deve manter a sua integridade resistindo às tensões de superfície horizontais e
verticais. (AUSTROADS, 2009 apud Fernandes, 2016). Os princípios de construção de
uma estrada são:
Proporcionar uma superfície que optimize o desgaste do veículo, o conforto do
motorista e o consumo de combustível;
Minimizar a poluição através das poeiras ou lama;
Ter atrito suficiente para uma travagem segura.
Primeiramente para a escolha de uma estrada pavimentada depende de factores como o
tráfego, o clima, os materiais disponíveis, as condições de fundação e os custos de
execução (Santos, 2010 apud Fernandes, 2016). Com estes factores as estradas são
construídas com as seguintes finalidades:
 Redução de custos nos veículos, gerando consequentemente menos custos nos utentes;
 Garantir condições de segurança e conforto aos utentes;
 Garantir a resistência e transferência das cargas transmitidas pelo tráfego à fundação,
sem sofrer alterações significativas no seu período de vida útil.
Pavimentos
Segundo Francisco José d'Almeida Diogo (2008), Pavimento é um revestimento

sobre uma superfície.


Formado por camadas de diferentes características;


Destinado a distribuir cargas sobre um plano subjacente;


Conforto à circulação de seres vivos ou máquinas (veículos);


Com textura e declividade capazes de oferecer segurança.
Estrutura de um pavimento

 Leito;

 Esforço de sub-leito;

 Base;

 Sub-base;

 Revestimento;
Pavimento Flexível

Segundo Balbo (2007), é o pavimento no qual a absorção de esforços dá-se de forma


dividida entre várias camadas, encontrando-se as tensões verticais em camadas
inferiores, concentradas em região próxima da área de aplicação da carga.

Fonte: https://images.app.goo.gl/u3ZQdXqGYMeMyj5z5
Estrutura de pavimentos flexíveis

Fonte: Bernucci, 2010.


Pavimento Rígido
Segundo o Manual de Pavimentação do DNIT do ano de 2006, pavimento rígido é aquele
em que o revestimento tem elevada rigidez em relação às camadas inferiores e, portanto,
absorve praticamente todas as tensões provenientes do carregamento aplicado.

Fonte:https://images.app.goo.gl/Emom8bKvzS48gzHS9
Estrutura de pavimentos rigidos

Fonte: Bernucci, 2010.


Pavimento Semi-rígido
Segundo Balbo (2007), é composto por um revestimento asfáltico com base ou sub-
base em material tratado com cimento de elevada rigidez, excluídos quaisquer tipos
de concreto.

Fonte: http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-pavimento-semi-rigido.html
Pavimento articulado

Conforme o DNIT ( 2005), pavimento articulado é formado por elementos pré-


fabricados de pequenas dimensões que são individualmente muito rígidos e assentes
sobre uma camada de areia. O pavimento articulado é composto de pavimentos de
concreto, tijolo, etc, os pavimentos articulados são caracterizados por apresentar uma
camada fléxivel de concreto de alta resistência.

Fonte:https://www.londonproductsusa.com/wpcontent/uploads/
2015/05/LP_Rectangle_Charcoal_land.jpg.
Algumas das características dos pavimentos Rígidos e Flexíveis

Pavimentos Rígidos Pavimentos Flexíveis


 Resiste a ataques químicos (óleos,  É fortemente afetado pelos produtos
graxas, combustíveis); químicos (óleo, graxas, combustíveis);

 Maior distância de visibilidade  A visibilidade é bastante reduzida


horizontal, proporcionando maior durante a noite ou em condições
segurança; climáticas adversas;

 Pequena necessidade de manutenção e  Necessário que se façam várias


conservação, o que mantém o fluxo de manutenções e recuperações, com
veículos sem interrupções; prejuízos ao tráfego e custos elevados;
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 Vida útil mínima de 20 anos;  Vida útil máxima de 10 anos (com
manutenção);
 Maior segurança à derrapagem em  A superfície é muito escorregadia
função da textura dada à superfície. quando molhada;

 De coloração clara, tem melhor difusão  De cor escura, tem baixa reflexão de
de luz. Permite até 30% de economia luz. Maiores gastos com iluminação;
nas despesas de iluminação da via;

 Melhores características de drenagem  Absorve a umidade com rapidez e, por


superficial: escoa melhor a água sua textura superficial, retém a água, o
superficial; que requer maiores caimentos;
Defeitos em pavimentos
Os pavimentos que são bem projectados, construídos e mantidos são capazes de oferecer
muitos anos de serviço. No entanto, irá ocorrer deterioração durante a vida útil do
pavimento ou quando o pavimento estiver sujeito a condições adversas. Essa deterioração
pode levar a uma variedade de problemas no pavimento, podendo afectar a capacidade de
manutenção da es- trada e/ou a segurança do utilizador da estrada, e levar à danificação do
pavimento se não for reparado.

As causas da degradação dos pavimentos podem ser separadas em três grupos:

 Cargas excessivas;
 Condições climáticas e de ambiente;
 Alteração das condições inicialmente consideradas.
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A classificação dos defeitos em pavimentos flexíveis asfaltados pode ser dividida em três
grupos: Defeitos de Superfície, Fendilhação e Deformações.

Fendilhação
Deformações
 Pele de crocodilo;  Corrrugação;
 Fissuras longitudinais;  Rodeiras;
 Fissuras transversais;  Depressões/Elevações;
 Fissuras em bloco.
 Escorregamento.
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Defeitos de Superfície

 Desagregação superficial
 Polimento;
 Decapagem;
 Buracos;
 Exsudação;
 Quebra de borda;
 Remendos;
 Passagem de serviços.
Defeitos de superfície

Descapagem. Fonte: Fattori, B.J.


Desagregação da superficie. Fonte: Fattori, B.J.

Remendos. Fonte: Fattori, B.J.


Defeitos caracterizados por fendilhação

Fissuras em bloco. Fonte: Fattori, B.J.


Fissuras longitudinais. Fonte: Fattori, B.J.

Fissuras do tipo pele de crocodilo. Fissuras transversais. Fonte: Fattori, B.J.


Manutenção rodoviária

De acordo com F. Gonçalves, a manutenção de um pavimento compreende todas as


intervenções que afectem, directa ou indirectamente, o nível de serventia actual e/ou o
desempenho futuro do pavimento. A manutenção pode ser de dois tipos fundamentais: a
conservação e a restauração. Um terceiro tipo de intervenção, utilizado quando não se
pode aproveitar o pavimento existente, é a reconstrução.
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Manutenção de rotina

É o conjunto de operações de conservação realizadas com objectivo de reparar um


defeito e restabelecer o funcionamento da componente da estrada, garantindo conforto e
segurança aos usuários. As reparações necessárias são anotadas e programadas para
atribuição a uma equipa de manutenção de rotina.

As actividades típicas de manutenção de rotina incluem:

 Superfícies betuminosas - remendo de buracos, fechamento de fissuras, varredura,


reparos de quebras de borda;

 Sinais de transito - limpeza, reparações, substituição, pintura;


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 Corte de vegetação à beira da estrada, recolha de lixo, varredura, reparos nas
estruturas de retenção;

 Marcações de pavimentos - repintar, substituir marcadores reflectivos de pavimentos


 Sinais, serviços de iluminação, reparações.

Manutenção periódica
É o conjunto de operações de conservação realizadas periodicamente, com o objectivo
de evitar o surgimento ou o agravamento de defeitos, reduzindo os requisitos de uma
intervenção mais substancial.
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As actividades periódicas de manutenção periódica incluem:

Revestimento de asfalto;
Revestimento superficial betuminoso;
Microrrevestimento;
Tratamento de enriquecimento ou rejuvenescimento;
Reparação de passeios è Reconfiguração de plataformas de estradas não revestidas;
Recarga de bermas não revestidas.
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