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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ENGENHARIA – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE


PRODUÇÃO E TRANSPORTES

SUPERELEVAÇÃO E SUPERLAGURA

Disciplina: Infra Ferro-hidro-aero-dutoviária (ENG 09030)


Prof. FELIPE Ferreira de Ferreira
Prof. Fernando Dutra MICHEL
1. SUPERELEVAÇÃO

• A superelevação consiste em elevar o nível do


trilho externo de uma curva

• Esta técnica reduz o desconforto gerado pela


mudança de direção, diminui o desgaste no
contato metal-metal e o risco de tombamento
devido à força centrífuga que aparece nas curvas

• A velocidade máxima de projeto de um


determinado trecho (que possui em geral mais de
uma curva) será definida considerando o raio da
curva mais “fechada”
1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO

• a superelevação é feita para contrabalançar o


efeito da força centrífuga;
• se esta força for absorvida com uma exagerada
superelevação, no caso de paradas de trens sobre
as curvas, poderia ocorrer um tombamento para o
lado interno;
• uma outra situação, sem consideração da
superelevação, poderia conduzir ao tombamento do
trem para o lado externo a curva;
• no Brasil, o valor máximo para a superelevação é
fixado em 1/10 da bitola, sendo:
Bitola larga: h= 16 cm
Bitola estreita: h= 10 cm
1. SUPERELEVAÇÃO

entre centros do trilho

B: bitola entre centros do trilho


B=b+c
Onde, “b” é a bitola e “c” é a espessura do boleto do trilho
1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO

entre centros do trilho


1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO
1. SUPERELEVAÇÃO
2. SUPERLARGURA

• Superlargura é o alargamento da bitola nas curvas


para facilitar a inscrição do truque ou reduzir o
escorregamento das rodas.

Vantagens
• Facilitar a rodagem em cone (os aros das rodas
são cônicos) impedindo ou atenuando o
arrastamento da roda externa sobre o trilho (devido
ao maior comprimento do trilho externo) e assim
diminuir o desgaste e as resistências da curva;
• Facilitar a inscrição dos veículos nas curvas.
2. SUPERLARGURA

• Na prática, o valor da superlargura varia entre 1 e 2


cm;
• A superlargura é colocada, deslocando-se o trilho
interno a fim de garantir a continuidade da curva do
trilho externo, que guia as rodas dianteiras do
veículo;
• A superlargura é distribuída à razão de:
• 1 mm/m em vias convencionais
• 0.5 mm/m em vias de alta velocidade

• O comprimento de distribuição da superlargura se


mede a partir do ponto de tangência (PT), nas curvas
sem transição, ou então a partir de um ponto anterior
ao SC, quando a curva tem transição, atingindo seu
valor total no SC.
3. CONTRATRILHOS

• São trilhos ou peças laminadas que são


colocadas na parte interna da via, junto aos
trilhos normais;
• finalidades:
 impedir o descarrilamento das
rodas;
 conduzir as rodas, no caso de
descarrilamento, de modo a não
afastar o veículo do local, como no
caso das obras de arte;
• São colocados especialmente nas pontes,
pontilhões e passagens de nível.
3. CONTRATRILHOS
3. CONTRATRILHOS
3. CONTRATRILHOS

Contra o descarrilamento

• Os contratrilhos são colocados internamente, a


uma certa distância do trilho da via, impedindo o
deslocamento transversal, quando, do outro lado,
houver a tendência do friso subir no boleto do trilho;
• Se ε é a distância do contratrilho ao trilho, tem-se:

b  sl  c  e f     b  sl  (c  e f )
b: bitola da via
sl: superlargura
c: distância interna das rodas
ef: espessura dos frisos
3. CONTRATRILHOS

Para guiar rodas

Se a finalidade do contratrilho é apenas de guiar


as rodas, no caso de um descarrilamento,
evitando que o truque se afaste da ombreira do
lastro, agravando o acidente, ele é colocado a
uma distância do trilho principal, que dê para os
aros das rodas passarem. Neste caso, a
distância aproximada é de 15cm.

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