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Análise de Sistemas de Transporte

Aula sobre Transporte Urbano –


Redes, Plano de Operação e Terminais

Prof. Pablo Brilhante de Sousa


REDES DE TRANSPORTE PÚBLICO
Primeiramente, é importante frisar que uma rede de TP é
composta por linhas de transporte público, que podem ser
segundo o traçado:
 Radial: liga a zona central a outra região da cidade
 Diametral: linha que conecta duas regiões opostas,
passando pela zona central
 Circular: liga várias regiões da cidade, formando um circuito
fechado e, no caso mais comum, com a zona central localizada
aproximadamente no centro do círculo
 Interbairros: liga duas ou mais regiões sem passar pelo
Centro
 Local: percurso totalmente dentro de uma região da cidade
REDES DE TRANSPORTE PÚBLICO
REDES DE TRANSPORTE PÚBLICO
Segundo a função:

 Convencional: executa simultaneamente as funções de


captação de usuários na origem, transporte da origem até o
destino e distribuição na região de destino

 Troncal: opera em um corredor onde há grande


concentração de demanda

 Alimentadora: linha que opera recolhendo usuários em uma


determinada região e leva-os até uma estação (terminal) de
linha troncal e, também, realiza o inverso. Tem função de
captação e de distribuição da demanda
REDES DE TRANSPORTE PÚBLICO
Segundo a função (continuação):

 Seletiva: linha que realiza um serviço complementar ao


transporte coletivo convencional, com tarifa maior e melhor
qualidade para atrair usuários do automóvel

 Expressa: opera com poucas ou nenhuma parada


intermediária a fim de aumentar a velocidade operacional,
reduzindo assim, o tempo de viagem

Corredor de transporte público e linha troncal


Surge quando há superposição de linhas convencionais
independentes de ônibus em trechos das vias mais
importantes de maior capacidade
REDES DE TRANSPORTE PÚBLICO
Corredor de transporte público e linha troncal (continuação)

Em cidades maiores, ao longo dos corredores são implantadas


linhas de maior capacidade e velocidade (metrô, VLT, BRT etc)
REDES DE TRANSPORTE PÚBLICO
Corredor de transporte público e linha troncal (continuação)

Em cidades maiores, ao longo dos corredores são implantadas


linhas de maior capacidade e velocidade (metrô, VLT, BRT etc)
REDES DE TRANSPORTE PÚBLICO
Rede Radial
REDES DE TRANSPORTE PÚBLICO
Rede em grelha, grade ou malha
REDES DE TRANSPORTE PÚBLICO
Rede com linhas tronco-alimentadas
PLANO DE OPERAÇÕES
Conjunto de procedimentos utilizados para se obter um
funcionamento adequado e eficaz do Sistema de Transporte.

Abordaremos o plano de operação de uma linha de transporte


público. Este plano é representado normalmente através de
uma Ordem de Serviço Operacional.

 Definição do traçado (Itinerário)

 Definição do tipo de veículo

 Definição dos horários de saída dos veículos


DEFINIÇÃO DO TRAÇADO
O Engenheiro de Transporte, ao projetar o traçado de uma
linha de transporte público, deve ter em mente os parâmetros
de qualidade e produtividade. Logo deverá buscar o menor
percurso possível, sem se descuidar da boa acessibilidade
dos usuários e do atendimento aos principais pontos de
interesse (pólos de atração de viagens) da região de
influência da linha.

Traçados tortuosos e sinuosos devem ser evitadas pois


comprometem a velocidade operacional (Excesso de
conversões), aumentando os tempos de viagem e
prejudicando a eficiência. Traçados mais diretos também são
mais fáceis de serem compreendidos pelos usuários
DEFINIÇÃO DO TRAÇADO
Pontos Terminais: Devem ser escolhidos de modo a causar
o menor impacto possível à vizinhança e preferencialmente
devem dispor de banheiros e água potável para uso dos
operadores;

Extremos das linhas: Evitar traçados em forma de “anel”.


Preferível utilizar traçado de circuito aberto;

Distância entre o itinerário de ida e de volta: Deve ser a


menor possível. Utilizar a mesma rua no caso de mão dupla
ou o binário mais próximo no caso de mão única;
DEFINIÇÃO DO TRAÇADO

Retidão dos Itinerários: Derivações no meio do percurso


são “inaceitáveis” pois prejudicam a eficiência e a qualidade
do serviço.

Trabalhar com linhas diametrais normalmente é mais


interessante do que trabalhar com linhas radiais.
DEFINIÇÃO DO TIPO DE VEÍCULO
O tipo de veículo é definido de acordo com a demanda
horária e o nível de serviço requerido para a linha.

Grosso modo pode-se dizer que uma demanda acima de 100


passageiros por hora exige a utilização de ônibus. Abaixo
deste valor pode se operar com micro-ônibus.
DEFINIÇÃO DOS HORÁRIOS
Divide-se a demanda horária de passageiros por 80, que é a
capacidade de um ônibus ou por 40, que é a capacidade de
um micro-ônibus.
Exemplo 1: Demanda de 220 passageiros. Veículo ônibus.
Solução: 220 / 80 = 2,75. Serão necessários 3 ônibus para
suprir a demanda. Logo as saídas serão a cada 20 minutos.
TERMINAIS
TERMINAIS
Os Terminais desempenham um papel importante
dentro dos sistemas de transporte pois servem de
pontos de concentração do tráfego de veículos,
passageiros e cargas e permitem transferências
modais.

Terminais bem projetados e operados são vitais para o


desenvolvimento econômico e social; Terminais mal
projetados, que causam atrasos desnecessários aos
passageiros e cargas, podem até se tornar uma das
causas de falta de competitividade econômica de uma
região.
TERMINAIS

Um dos fatores que aumentam a complexidade do


projeto de terminais de grande porte é o seu caráter
único, pois a localização, os modos de transporte
envolvidos, volume de tráfego, tipo de carga/passageiro,
fazem com que as características físicas variem
consideravelmente de um terminal para outro.
FUNÇÃO DE UM TERMINAL
 Concentração de tráfego
 Processamento
 Classificação e Ordenamento
 Carregamento e Descarregamento
 Armazenamento
 Baldeação
 Venda de Serviços
 Manutenção de Veículos
PLANEJAMENTO DE TERMINAL

O objetivo do planejamento de um terminal é achar


concepção ótima para o projeto, ou seja, permitir que as
instalações físicas e os equipamentos projetados
sejam capazes de atender à demanda num nível de
serviço adequado, e sem a ocorrência de longos
períodos de ociosidade.
PLANEJAMENTO DE TERMINAL

Se, por um lado, procura-se minimizar o tempo total de


processamento de passageiros e cargas, por outro lado
deseja-se maximizar a utilização dos equipamentos e
instalações dos terminais. Sob esta ótica, para se atingir
o ponto ótimo, os usuários deverão ficar sujeitos à
alguma espera e os equipamentos e instalações a
algum grau de ociosidade.
ANÁLISE OPERACIONAL DE TERMINAL

Um terminal pode ser visto com uma instalação na qual


passageiros, cargas e veículos são submetidos a uma
sequência de processos. Para isso necessita-se de
instalações físicas, mão-de-obra, equipamentos e um
conjunto de procedimentos operacionais que
assegurem que todas as operações sejam realizadas
adequadamente e dentro de uma sequência
apropriada.
FLUXOS EM TERMINAIS

A melhor forma de analisar a operação de terminais é


através de FLUXOGRAMAS de passageiros e cargas
dentro do terminal. Através dele pode-se analisar a
sequência de processos, identificar possíveis cadeias
alternativas de processamento e, até mesmo, determinar
o tempo total despendido no terminal.

Fluxograma x layout do terminal

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