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▪ Linhas de TP (traçado)

Radial: liga a zona central a outra região da cidade;


Diametral: conecta duas regiões opostas, passando
pela zona central;
Circular: liga várias regiões da cidade, formando um
circuito fechado e, no caso mais comum, com a zona
central localizada aproximadamente no centro do
círculo;
Interbairros: liga duas ou mais regiões sem passar pelo
centro;
Local: percurso totalmente dentro de uma região da
cidade.

▪ Redes de TP
Rede radial: cada uma das regiões não-centrais é
interligada à zona central por uma única linha. Dessa
forma, todas as viagens com origem ou destino na zona
central são realizadas sem necessidade de transbordo
(transferência forçada), sendo a maioria das viagens
diretas.

▪ Linhas de TP (função)
Convencional: executa simultaneamente as funções de
captação de usuários na origem, transporte da origem
até o destino e distribuição na região de destino;
Troncal: opera em um corredor onde há grande
concentração de demanda;
Alimentadora: linha que opera recolhendo usuários em
uma determinada região e leva-os até uma estação Para diminuir a necessidade de transbordos nas
(terminal) de linha troncal e, também, realiza o inverso. viagens entre bairros, a rede do tipo radial é
Tem função de captação e de distribuição da demanda; modificada com a inclusão de linhas circulares em
Seletiva: linha que realiza um serviço complementar ao torno da região central, sendo, em geral, do tipo
transporte coletivo convencional, com tarifa maior e binário: duas linhas girando em sentidos opostos, a fim
melhor qualidade para atrair usuários do automóvel; de reduzir a distância e o tempo das viagens.
Expressa: opera com poucas ou nenhuma para Permitindo reduzir a concentração de ônibus e
intermediária a fim de aumentar a velocidade passageiros na zona central congestionada.
operacional, reduzindo assim, o tempo de viagem.

Corredor de TP e linha troncal:


Surge quando há superposição de linhas
convencionais independentes de ônibus em trechos
das vias mais importantes de maior capacidade. Em
cidades maiores, ao longo dos corredores são
implantadas linhas de maior capacidade e velocidade
(metrô, VLT, BRT etc)
velocidade operacional, aumentando os tempos de
Rede em grelha, grade ou malha: consiste em dois viagem e prejudicando a eficiência. Traçados mais
conjuntos de rotas paralelas, aproximadamente diretos também são mais fáceis de serem
perpendiculares entre si. É indicado para as cidades compreendidos pelos usuários.
onde não é tão forte a concentração de negócios na
zona central, estando as atividades comerciais Pontos terminais: devem ser escolhidos de modo a
dispersas no meio urbano, pois nesse tipo de rede é causar o menor impacto possível à vizinhança e
possível ir de um local a qualquer outro realizando um preferencialmente devem dispor de banheiros e água
único transbordo, sem necessidade de passar pela zona potável para uso dos operadores;
central. Extremos das linhas: evitar traçados em forma de
“anel”. Preferível utilizar traçado de circuito aberto;
Distância entre o itinerário de ida e de volta: deve ser
a menor possível. Utilizar a mesma rua no caso de mão
dupla ou o binário mais próximo no caso de mão única;
Retidão dos Itinerários: derivações no meio do
percurso são “inaceitáveis”, pois prejudicam a
eficiência e a qualidade do serviço. Trabalhar com
linhas diametrais normalmente é mais interessante do
que trabalhar com linhas radiais.

Rede com linhas-tronco alimentadas: operadas om


2. Definição do tipo de veículo:
modos de transporte de maior capacidade e
O tipo de veículo é definido de acordo com a demanda
velocidade, e que são interconectadas em estações
horária e o nível de serviço requerido para a linha.
localizadas ao longo do percurso com linhas
Pode-se dizer que uma demanda acima de 100
alimentadoras operadas por ônibus comum ou micro-
passageiros por hora exige a utilização de ônibus.
ônibus. Mesmo as viagens com origem ou destino na
Abaixo deste valor pode se operar com micro-ônibus.
área central são, em grande parte, realizadas com a
necessidade de transbordo.
3. Definição dos horários:
Divide-se a demanda horária de passageiros por 80,
que é a capacidade de um ônibus ou por 40, que é a
capacidade de um micro-ônibus.

Ex: Demanda de 220 passageiros. Veículo ônibus.

𝟐𝟐𝟎
= 𝟐, 𝟕𝟓
𝟖𝟎

Uma decorrência natural desse tipo de rede é a Serão necessários 3 ônibus para suprir a demanda.
formação ou a consolidação de polos de comércio e Logo, as saídas serão a cada 20 minutos.
serviços próximos às principais estações de
transferência, levando à criação de cidades poli ▪ Terminais
nucleadas, ou seja, com importantes subcentros de Terminais bem projetados são vitais para o
comércio e serviços fora da região central. desenvolvimento econômico e social. Terminais mal
projetados, que causam atrasos desnecessários aos
▪ Plano de operações passageiros e cargas, podem até se tornar uma das
causas de falta de competitividade econômica de uma
1. Definição do traçado: região;
Foco nos parâmetros de qualidade e produtividade. Um dos fatores que aumentam a complexidade do
Logo, deverá buscar o menor percurso possível, sem se projeto de terminais de grande porte é o seu caráter
descuidar da boa acessibilidade dos usuários e do único, pois fazem com que as características físicas
atendimento aos principais pontos de interesse da variem consideravelmente de um terminal para outro.
região de influência da linha. Traçados tortuosos e
sinuosos devem ser evitados, pois comprometem a
Funções de um terminal Um corredor de transporte público é uma via reservada
Baldeação para ônibus, trens leves, ou outras formas de
Processamento transporte coletivo, projetada para facilitar o
Armazenamento deslocamento de passageiros entre diferentes áreas da
Venda de serviços cidade. A principal diferença entre esses dois sistemas
Concentração de tráfego é que o sistema tronco-alimentado oferece uma
Manutenção de veículos conexão mais rápida e conveniente para os passageiros
Classificação e ordenamento que precisam viajar para áreas diferentes da cidade,
Carregamento e descarregamento enquanto o sistema de linhas independentes num
corredor é mais adequado para rotas de ônibus de
→ Planejamento dos terminais menor demanda, onde os passageiros não precisam de
. O objetivo do planejamento de um terminal é achar conexões diretas.
concepção ótima para o projeto, ou seja, permitir que
as instalações físicas e os equipamentos projetados 2. Quais as estratégias que podem ser utilizadas
sejam capazes de atender à demanda num nível de para conseguir maior qualidade e eficiência na
serviço adequado, e sem a ocorrência de longos operação das redes tronco-alimentadas?
períodos de ociosidade; Planejamento adequado, priorização de ônibus,
. Se, por um lado, procura-se minimizar o tempo total sistemas de informação ao passageiro, padronização
de processamento de passageiros e cargas, por outro da frota, integração tarifária, capacitação e
lado deseja-se maximizar a utilização dos treinamento de motoristas e funcionários,
equipamentos e instalações dos terminais. Sob esta monitoramento e avaliação contínua.
ótica, para se atingir o ponto ótimo, os usuários
deverão ficar sujeitos à alguma espera e os 3. Comente a respeito da metodologia
equipamentos e instalações a algum grau de empregada na elaboração do projeto da rede
ociosidade. de linhas de transporte público de uma cidade.
É uma tarefa complexa que envolve uma série de
→ Análise operacional de terminal etapas e metodologias específicas: análise da
Um terminal pode ser visto com uma instalação na qual demanda, definição dos objetivos, planejamento da
passageiros, cargas e veículos são submetidos a uma rede, modelagem e simulação, implementação. Vale
sequência de processos. Para isso necessita-se de ressaltar que a elaboração de um projeto de rede de
instalações físicas, mão-de-obra, equipamentos e um linhas de transporte público exige a participação de
conjunto de procedimentos operacionais que diferentes atores, como especialistas em transporte
assegurem que todas as operações sejam realizadas público, representantes da comunidade e do poder
adequadamente e dentro de uma sequência público. Além disso, é importante que o projeto seja
apropriada. avaliado continuamente e atualizado de acordo com as
mudanças nas condições de demanda e operação.
→ Fluxos em terminais
A melhor forma de analisar a operação de terminais é 4. Quais são as orientações para definir traçado
através de FLUXOGRAMAS de passageiros e cargas de uma linha de transporte público numa
dentro do terminal. Através dele pode-se analisar a região da cidade?
sequência de processos, identificar possíveis cadeias Análise da demanda, identificação dos principais
alternativas de processamento e, até mesmo, corredores, definição dos pontos de parada, estudo do
determinar o tempo total despendido no terminal. fluxo de tráfego, priorização de corredores exclusivos,
consideração de áreas de interesse público, avaliação
da viabilidade técnica e financeira.

Questões do livro: 5. Comente o formato das linhas de ônibus nas


regiões de atendimento localizadas no
1. O que é um corredor de transporte público? extremo.
Quais as principais diferenças entre o sistema Podem apresentar um formato mais ramificado, com
de linhas independentes num corredor e o maior número de ramais e itinerários, em comparação
sistema tronco-alimentado? com as regiões centrais das cidades. Isso ocorre
porque, em muitos casos, as regiões periféricas
apresentam uma maior dispersão urbana, com uma A localização dos pontos de controle também é
menor densidade populacional e uma distribuição importante e deve ser escolhida de forma a permitir a
geográfica mais irregular. Além disso, os verificação do cumprimento dos horários e a
deslocamentos nessas regiões muitas vezes envolvem identificação de eventuais problemas operacionais ao
trajetos mais longos e com maiores necessidades de longo da linha. Os terminais de linha são pontos de
integração com outras linhas e modos de transporte. controle importantes, pois marcam o início ou o final
Nesse sentido, para garantir a acessibilidade e a do percurso da linha e permitem verificar o
eficiência do transporte público nessas regiões, é cumprimento dos horários de partida e chegada dos
necessário que as linhas sejam capazes de cobrir uma ônibus. Além disso, os terminais de linha também
ampla área de atendimento e atender a uma grande podem ser utilizados como pontos de integração entre
diversidade de destinos e origens. linhas e modos de transporte, favorecendo a
intermodalidade e a acessibilidade dos usuários.
6. Discuta a forma de atendimento de uma zona
intermediária afastada do itinerário natural da
linha principal que atende a uma zona mais
distante.
Nesse caso, a forma de atendimento pode ser feita por
meio de um ramal ou extensão da linha principal, que
se desvia de seu itinerário principal para atender essa
zona intermediária. Essa solução pode ser viável
quando a demanda da zona intermediária é
significativa o suficiente para justificar o desvio da linha
principal, e quando não há outra alternativa mais
eficiente e econômica de transporte público disponível
na região. Além disso, é importante que a extensão da
linha ou o ramal sejam integrados de forma eficiente
com as demais linhas e modos de transporte, a fim de
garantir a acessibilidade e a eficiência do transporte
público na região.

7. Comente o controle dos horários das linhas de


ônibus: número de pontos de controle
(terminais de linha), localização, etc.

Um dos principais instrumentos para realizar o


controle dos horários é a utilização de pontos de
controle ao longo da linha, que podem ser terminais de
linha ou outros pontos estratégicos, também podendo
ser feito por meio de sistemas de monitoramento e
controle em tempo real.

O número de pontos de controle deve ser definido de


forma a garantir uma cobertura adequada da linha, de
modo que seja possível monitorar o desempenho do
serviço em diferentes etapas do trajeto.

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