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Aula: 02
Curso de Engenharia Civil
Universidade Paulista
PROJETO GEOMÉTRICO:
SUPERELEVAÇÃO E SUPERLARGURA
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SUPERELEVAÇÃO
Os veículos em movimento curvilíneo são submetidos à ação de forças
transversais que correspondem à força centrífuga.
Para equilibrar a solicitação, além da força de atrito entre o pneu e a
pista, utiliza-se o artifício de se executar uma inclinação transversal à
pista com caimento para o lado interno da curva, denominada
superelevação, de maneira que a força peso do veículo tenha uma
correspondente na mesma direção e sentido contrário à referida força
centrífuga.
Se aumentarmos o raio da curva, a força centrífuga diminui, sendo
possível o equilíbrio unicamente com o atrito transversal, dispensando a
superelevação.
𝒎 ∙ 𝒗𝟐
𝑭=
𝑹
O desenvolvimento gradativo da superelevação (inclinação crescente)
deve se dar ao longo do trecho de transição, de forma que ao iniciar o
trecho da curva circular a inclinação transversal já seja a desejada.
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DEFINIÇÕES
A seguir são definidos os principais termos e expressões relacionados à
superelevação:
Plataforma – parte da rodovia compreendida entre os limites externos dos
passeios ou entre os pés de corte e cristas de aterro, incluindo todos os
dispositivos necessários à drenagem da pista
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DEFINIÇÕES
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DEFINIÇÕES
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DEFINIÇÕES
Comprimento de transição da superelevação (L) – extensão ao longo da qual
se processa o giro da pista em torno do eixo de rotação para dotá-la de
superlevação a ser mantida no trecho circular. Seu início situa-se, por definição,
no ponto onde a pista (ou parte adequada dela) tem sua seção no plano
horizontal. Seu término coincide com o ponto onde é atingida a superelevação a
ser mantida no trecho circular. No caso de pistas cuja seção transversal em
tangente tem caimento simples no mesmo sentido da superelevação a ser
alcançada, o comprimento da transição da superelevação engloba a extensão
que teria sido necessária para girar a pista desde uma situação fictícia com
declividade transversal nula até a situação em tangente.
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DEFINIÇÕES
Ponto de abaulamento (PA) – ponto onde inicia o comprimento de transição do
abaulamento.
Ponto de nível (PN) – ponto onde a pista (ou parte adequada dela) tem sua
seção no plano horizontal, após ter sido eliminada, nos casos em que é
necessária a declividade transversal em sentido contrário à superelevação a ser
alcançada. Determina o término do comprimento de transição do abaulamento
e início do comprimento de transição da superelevação.
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DEFINIÇÕES
Ponto de superelevação (PS) – ponto onde termina a rotação da pista e é
alcançada a superelevação total a ser mantida no trecho circular.
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VARIAÇÕES DE SUPERELEVAÇÃO
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NECESSIDADE DA SUPERELEVAÇÃO
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NECESSIDADE DA SUPERELEVAÇÃO
Para contrabalancear os efeitos dessas forças laterais, procurando oferecer aos
usuários melhores condições de trafegabilidade, conforto e segurança no
percurso da curva utilizada a superelevação da pista de rolamento
Em trajetória curvilínea, a resultante das forças que atuam sobre o veículo pode
ser decomposta em duas componentes, tangencial e transversal à trajetória.
Essa última é a responsável pela mudança de direção.
As três principais forças que atuam sobre o veículo são: Força de atrito (Fa), força
centrífuga (Fc) e a força peso (P) do veículo.
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EQUILÍBRIO DE FORÇAS COM O ATRITO TRANSVERSAL
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EQUILÍBRIO DE FORÇAS COM O ATRITO TRANSVERSAL
Das equações anteriores o raio é deduzido, sendo escrito da seguinte forma:
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EQUILÍBRIO DE FORÇAS COM O ATRITO TRANSVERSAL
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EQUILÍBRIO DE FORÇAS COM O ATRITO TRANSVERSAL
Para ilustrar essa situação, determine com o auxílio da equação acima e os dados
de coeficiente de atrito da tabela anterior a superelevação a ser adotada no projeto
de uma concordância horizontal com raio da curva circular R = 35,00 m,
considerando uma velocidade tangencial v = 70 km/h. O valor encontrado é
compatível para a execução da curva? O que deve ser ajustado nesse caso?
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LIMITES PARA ADOÇÃO DE SUPERLEVAÇÃO
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LIMITES ADMISSÍVEIS PARA ADOÇÃO DE SUPERLEVAÇÃO
𝒆𝒎𝒊𝒏 = 𝒅𝒕
𝑒𝑚í𝑛 = taxa de superelevação admissível
𝑑𝑡 = declividade transversal da pista tangente
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LIMITES ADMISSÍVEIS PARA ADOÇÃO DE SUPERLEVAÇÃO
Taxa máxima de superelevação admissível
A taxa máxima de superelevação adotada é empregada em combinação com o
raio mínimo, proporcionando as condições limites para cada velocidade diretriz.
Essa taxa máxima servirá também de base para a determinação das taxas de
superelevação para os raios superiores ao mínimo.
A combinação conjunta das condicionantes conduz aos valores práticos
recomendados para a taxa máxima admissível de superelevação, conforme a
tabela a seguir. Porém, cada curva deverá ser analisada antes de ser decidido o
valor final a ser adotado.
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TAXAS LIMITES ADMISSÍVEIS PARA A SUPERLEVAÇÃO
Os raios mínimos de curvatura horizontal são os menores raios que podem ser
percorridos à velocidade diretriz e a taxa máxima de superelevação, em
condições aceitáveis de segurança e de conforto de viagem.
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TAXA DE SUPERLEVAÇÃO
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TAXA DE SUPERLEVAÇÃO
Uma curva com superelevação inferior à calculada pela expressão acima não
é suficientemente segura para ser percorrida pelo tráfego e velocidade de
operação correntes, devendo ser portanto, retificada
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COMPRIMENTOS DE TRANSIÇÃO
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COMPRIMENTOS DE TRANSIÇÃO
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COMPRIMENTOS DE TRANSIÇÃO
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COMPRIMENTOS DE TRANSIÇÃO
Onde
𝐋𝐦á𝐱 = valor do comprimento máximo de transição da superelevação (m)
𝐯 = velocidade diretriz (km/h)
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COMPRIMENTOS DE TRANSIÇÃO
Valor particularizado
Normalmente para curvas circulares adota-se L = Lmín
Recomenda-se, quando possível, fazer a coincidência entre o comprimento
da espiral (ℓ𝒄 ) com o comprimento total de desenvolvimento da
superelevação.
Assim, considerando 𝑻 + 𝑳 = ℓ𝒄 , teremos a seguinte relação:
𝐋 ℓ𝐜
=
𝐞 𝐝𝐭 + 𝐞
Onde
ℓ𝐜 = comprimento da curva de transição (m)
𝐋 = comprimento de transição da superelevação (m)
𝐝𝐭 = declividade transversal da pista em tangente (m/m ou %)
𝐞 = superelevação mantida no trecho circular (m/m ou %)
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COMPRIMENTOS DE TRANSIÇÃO
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COMPRIMENTOS DE TRANSIÇÃO
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SUPERLARGURA
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VALORES DE SUPERLARGURA DE PROJETO
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VALORES DE SUPERLARGURA DE PROJETO
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VALORES DE SUPERLARGURA DE PROJETO
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CÁLCULO DA SUPERLARGURA
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CÁLCULO DA SUPERLARGURA
O veículo possui ainda uma distância entre eixos (EE) entre os eixos dianteiro
e traseiro; a largura adicional (GA) pode ser determinada por:
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CÁLCULO DA SUPERLARGURA
O veículo ocupa geometricamente um gabarito (GD) devido ao balanço
dianteiro, que é um acréscimo de largura devido à disposição do veículo na
curva, em função do seu balanço dianteiro (BD).
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CÁLCULO DA SUPERLARGURA
Estabelece-se também um gabarito lateral (GL), que é a folga lateral livre que
deve ser mantida para o veículo de projeto em movimento; o gabarito lateral é
fixado em função da largura da faixa de trânsito, de acordo com a tabela:
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CÁLCULO DA SUPERLARGURA
A largura total (LT) de uma pista em curva, com N faixas de trânsito, poderá ser
calculada por:
A superlargura (SR) a ser adotada para a pista numa concordância horizontal com raio de curva R será:
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FIM !
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