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10. O Lado Aéreo - As Pistas de Pouso e Decolagem
• O projeto das pistas se relaciona com a determinação de suas direções,
comprimentos e geometria.
• A configuração do sistema de pistas é dada em função da capacidade
desejada e da direção dos ventos dominantes.
• Uma estimativa da capacidade pode ser obtida, como já vimos, da Tabela 2 –
Aula 05.
• A geometria é normalizada tanto a nível nacional como internacional.
10.1. Direção(ões) da(s) Pista(s)
10.1.1. Considerações Iniciais
• Uma aeronave deveria sempre decolar e pousar exatamente contra o vento,
o que lhe permitiria duas vantagens:
• não sofreria o efeito da componente transversal do vento, que a tiraria
de sua trajetória e
• contaria com o vento como parcela de sua velocidade aerodinâmica.
• Com o aumento das velocidades de pouso e decolagem, as aeronaves
tornaram-se menos sensíveis à componente transversal do vento,
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• Em contrapartida, o aumento do peso e da carga alar (peso por área de asa),
fez com que as aeronaves necessitassem de pistas mais longas e com
pavimentos mais resistentes,
• tornando impraticáveis os antigos campos de aviação.
• Portanto, existe a necessidade de se limitar as áreas onde a aeronave pode
movimentar-se no solo, áreas estas denominadas áreas de movimento (OACI
- Anexo 14).
• Como a aeronave deve operar somente em uma pista, o piloto só tem uma
escolha: escolher a cabeceira da pista a utilizar, isto é, o sentido da pista.
• A escolha da cabeceira é feita em função do vento que está soprando na
ocasião da operação.
• Uma vez escolhida a cabeceira, de modo que se opere contra a componente
do vento na direção da pista, temos que conviver com a componente
perpendicular ao eixo da pista.
• Pela observação da Figura 9, vemos que a aeronave para pousar deve ter
sua trajetória coincidente com o prolongamento do eixo da pista.
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• Vê-se portanto que quando uma só pista não ficar mais de 95% do tempo
aberta a operação, recomenda-se a construção de outra pista em outra direção.
• O conjunto de uma, duas ou mais direções deve permitir que o aeródromo
fique aberto ao tráfego em pelo menos 95% do tempo.
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10.1.3. Regime dos Ventos
• O vento é caracterizado por três parâmetros:
o direção,
direção
o velocidade e
o freqüência de ocorrência.
ocorrência
• O vento do qual nos referimos é o vento superficial, que segundo
procedimentos padronizados é medido a uma altura de 10 metros acima do
nível do solo.
• Normalmente chamamos de direção do vento aquilo que na realidade é
direção e sentido do vento.
• Assim, quando o ar se move na direção norte-sul e com sentido norte para o
sul, dizemos vento norte. Medimos a direção do vento em relação ao norte
verdadeiro ou geográfico.
• A velocidade ou intensidade do vento pode ser medida em qualquer unidade de
velocidade (normalmente em nós).
• Geralmente, as informações referentes aos ventos são agrupadas por
intervalos de direção e velocidade, expressas em percentagens.
• Com estes dados são construídas tabelas onde os 360 graus do círculo são
divididos em 16 partes de 20 1/3o cada, centrados em pontos notáveis.
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• As intensidades também são divididas em intervalos convenientes.
• Graficamente, podemos representar os ventos através da rosa dos ventos
(anemograma).
• Nela são representadas, geralmente, as direções do vento, as intensidades e as
frequências.
10.1.4. O Anemograma e a Direção de Pista
• Como vimos, o regime de ventos de um local é caracterizado pelas velocidades
e frequências de ocorrência por intervalo de direção.
• Os problemas que queremos resolver com relação ao regime dos ventos são,
basicamente:
• Dado o regime de ventos de um local, e sabendo-se ainda a
componente transversal máxima admissível, deseja-se saber:
1. Qual é a melhor direção de pista do ponto de vista dos ventos?
2. Uma determinada direção de pista é boa? Como se mede tal
característica?
• O problema pode ser resolvido pela aplicação da solução de 2.
• O anemograma é uma espécie de tabela com escalas, em intensidade e ângulo
ou setor da rosa dos ventos.
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• Além da divisão nos 16 setores, o anemograma tem uma escala radial das
velocidades.
• As frequências são mostradas pelos números escritos nos campos
correspondentes à direção e intensidade.
• No centro está o número que mostra a frequência dos ventos de velocidade
variando de 0 até 3 nós, dos quais não se indicou a direção.
• Os ventos acima de 40 nós foram desprezados.
• A Figura 10 nos mostra um anemograma característico.
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1. Para uma pista com direção 150o — 330o e considerando-se uma componente
transversal admissível de 13 (15 mph) nós, calcular o coeficiente de utilização.
utilização
Exemplo:
Exemplo Dado duas pistas em paralelo com a seguinte orientação em relação
ao norte verdadeiro: 73o - 253o, em um local onde a declinação magnética é igual
a 17o positivo.
positivo
Resolução A direção em relação ao norte magnético será 90o - 270o.
Resolução:
NM
Direção de aproximação cabeceira 2
2
270o 90o
1
NM
09L 27R
09R 27L