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Por que não saiu do papel: O projeto foi enviado para o Ministério da Aeronáutica, mas nunca
encomendado. Razão desconhecida.
Principais características: De tamanho médio, a aeronave operaria em regiões inóspitas e sem infraestrutura de suporte. Foi projetada com quatro motores turboélices Pratt & Whitney
com potências de 850 shp e poderia atingir a velocidade máxima de 500km/h, altitude máxima de 6.090 metros e velocidade de estol (quando ocorre a perda de sustentação do avião) de
176 km/h. Na versão de Transporte/Carga, os assentos seriam dobráveis; na de Assalto, o Amazonas não seria pressurizado, teria amplas portas e assentos militares; e na de Patrulha,
teria um tanque de combustível a mais para alcançar longas distâncias.
SHP: Sigla para Shaft Horse Power, a potência gerada por um motor turboélice ou turboeixo (medida do eixo da
hélice).
Por que não saiu do papel: O projeto foi enviado para o Ministério da Aeronáutica, mas nunca encomendado. Razão desconhecida.
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2. Projeto CX
Marco Antônio Coelho Pullin | Revista Flap Internacional ed. 330 ano 37
Quando: Setembro de 1974
Função: Ser um avião leve de combate, atendendo às necessidades da Força Aérea Brasileira (FAB). O EMB-330 seria utilizado para cumprir missões como interdição; apoio aéreo
aproximado; reconhecimento visual e fotográfico; patrulha antiguerrilha; patrulha aérea; destruição de aeronaves sem capacidade de combate; balizamento de alvos; escolta de
helicópteros e ataques (diurnos ou noturnos).
Principais características: Foi a primeira aeronave da empresa a ser classificada com a denominação AX. Sua estrutura baseou-se no Xavante, mas, para atender aos novos requisitos
operacionais, sofreu modificações no trem de pouso, fuselagem, parte dianteira, asa, conjunto de empenagem e motor. O EMB-330, então, poderia voar à velocidade máxima de 840
km/h, atingir a altura de 12.192 metros e decolar com 5.670 kg. A aeronave seria capaz de carregar dois canhões, bombas, foguetes não-guiados, casulos lança-foguetes, casulos de
metralhadoras e mísseis.
Por que não saiu do papel: Apesar de tantos atributos, o desempenho da aeronave ainda não atendia a todas as expectativas do Ministério da Aeronáutica na época. A Embraer
continuou realizando trabalhos para alcançar tais necessidades.
4. AX-I
Marco Antônio Coelho Pullin | Revista Flap Internacional ed. 330 ano 37
Quando: Seus estudos começaram a ser desenvolvidos em 1973, mas o documento que propunha o desenvolvimento da Família 12X, da qual fazia parte, foi publicado somente em 1975.
Função: Ser uma aeronave comercial e executiva, com o objetivo de substituir o Bandeirante.
Principais características: Este seria o maior dos três aviões propostos dentro da Família 12X, com o comprimento de 17,42 metros. O Araguaia poderia transportar 21 passageiros em
configuração 2+1 de assentos, e teria dois motores Pratt & Whitney. A asa, baseada no Bandeirante, teria maior alongamento e tanques extras de combustível. A carga máxima seria de
2.720 kg, velocidade de cruzeiro máxima de 530 km/h e teto estimado a 8.590 metros.
Por que não saiu do papel: O mock-up da aeronave chegou a ser criado, e nele foram realizados ensaios no Centro Técnico de Aeronáutica (CTA). O desempenho, porém, ficou aquém
do esperado e os trabalhos de desenvolvimento, deixados de lado. Foram justamente feedbacks negativos como esse que ajudaram a Embraer a alcançar, no futuro, a excelência pela qual
é reconhecida hoje. Nos anos 1980, a sigla EMB-120 foi reutilizada para nomear o bem-sucedido Brasilia. Seus estudos começaram a ser desenvolvidos em 1973, mas o documento que
propunha o desenvolvimento da Família 12X, da qual fazia parte, foi publicado somente em 1975.
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6. EMB-123 Tapajós
Marco Antônio Coelho Pullin | Revista Flap Internacional ed. 330 ano 37
Quando: Fevereiro de 1976.
Função: Mesma função do EMB-330. Leia acima.
Principais características: A aeronave teria um único motor turbofan, seis tanques de combustível e asas que funcionariam como reservatório. Para que não explodissem se fossem
atingidos em combate, os tanques eram revestidos por uma espuma plástica. O posto de pilotagem seria blindado, pressurizado, espaçoso, com amplo pára-brisa e capota transparente para
melhor visibilidade. No projeto, também estavam previstos dois canhões fixos e os mesmos armamentos descritos no EMB-330. Sua carga útil seria de 4.212 kg e velocidade máxima de
1.000 km/h.
Por que não saiu do papel: Apesar de trazer qualidades importantes para a FAB, como desempenho, preço, capacidade e custos ao longo do ciclo de vida, o Ministério da Aeronáutica
não chegou a efetivar uma encomenda.
8. Bandeirante Pressurizado
Detalhes da estrutura | Revista Flap Internacional ed. 330 ano 37
Quando: Os estudos foram realizados em agosto de 1978.
Função: A mesma do Bandeirante, a primeira aeronave da Embraer, que era de uso civil e militar.
Principais características: Versão pressurizada do Bandeirante, permitindo que alcançasse 1.829 metros mantendo pressão de cabine idêntica às condições do nível do mar. As paredes
de pressão, o piso, pára-brisa, janelas, portas e saídas de emergência eram reforçadas, assim como vedadas e seladas para evitar perda de ar. Por causa dessas especificações, o peso da
aeronave seria superior e o desempenho, inferior.
Por que não saiu do papel: Apesar do desenvolvimento interrompido, a ideia não foi deixada de lado, como se vê no EMB-110 P3, o próximo avião a ser apresentado.
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9. EMB-110 P3
Marco Antônio Coelho Pullin | Revista Flap Internacional ed. 330 ano 37
Quando: Abril de 1980. Os estudos foram distribuídos durante o lançamento do programa do EMB-120 Brasilia, no Rio de Janeiro.
Função: A mesma do Bandeirante.
Principais características: A aeronave teria muitas similaridades ao Bandeirante Pressurizado, mas com alterações na empenagem, fuselagem, quantidade de pressão, sistema de trem
de pouso e outras. Assim, o EMB-110 P3 traria maior capacidade de passageiros (19), menor custo e mudanças nos alcances máximos.
Por que não saiu do papel: O primeiro voo do protótipo estava previsto para 1982, a homologação para 1983 e a primeira entrega no mesmo ano. Entre outros motivos, o mais
importante para não ter sido fabricada foi a falta de recursos financeiros para fabricar dois aviões ao mesmo tempo - o Brasilia já estava em desenvolvimento. Foi necessário fazer uma
escolha e, então, a Embraer optou por interromper o projeto do EMB-110 P3.
10. EMB-301
Empenagem: estrutura do avião formada pela parte terminal da fuselagem e estabilizadores horizontal (orienta a direção) e vertical (controla a subida ou descida).
Lauro Ney Batista | Revista Flap Internacional ed. 353 ano 39
Quando: Maio de 1977.
Função: A aeronave seria utilizada para fins militares, em missões de treinamento avançado (acrobacia, formação de voo e tiro, por exemplo) e, também, de apoio (marcação de alvo,
reconhecimento, ataques e outras).
Principais características: Robusto, o avião teria capacidade de voar a altitudes elevadas e de operar a partir de pistas não preparadas, além de ter baixo custo operacional e longa vida
estrutural, teria capota transparente, seis tanques de combustível e motor a pistão.
Por que não saiu do papel: Não foi aprovado pelo Ministério da Aeronáutica.
11. EMB-311
Murilo Camargo Martins | Revista Flap Internacional ed. 353 ano 39
Quando: Meados de 1985.
Função: Substituiria o Bandeirante e competiria com os modelos para transporte aéreo disponíveis na época.
Principais características: A sua designação foi a mesma que a do Tapajós, já descrito, mas não por suas semelhanças. A aeronave, com seis configurações diferentes, deveria ter
desempenho de alta qualidade, mais conforto e níveis de ruído e vibração mais baixos, assim como seus preços e custos operacionais. As configurações 3, 4, 5 e 6 tinham como
diferencial os motores instalados na parte posterior da fuselagem o que, entre muitos benefícios, causava a redução de ruído dentro da aeronave. A sexta, escolhida para desenvolvimento,
utilizaria parte da estrutura do EMB-121 Xingu, avião turboélice para uso executivo.
Por que não saiu do papel: O departamento técnico da Embraer acreditava que era mais vantajoso desenvolver um avião baseado no EMB-120 Brasilia, pois poderia oferecer mais
conforto aos passageiros. Assim, o EMB-123 foi descontinuado.
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Agradecimentos especiais:
Duane Muradas, engenheiro de desenvolvimento de produtos na Embraer
Revista Flap Internacional