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João Doria não esconde de ninguém que irá deixar no ano que vem o posto de garoto-
propaganda da Prefeitura (já que o cargo de prefeito jamais assumiu) para disputar a
presidência da república. É uma ambição à qual devemos expressar o nosso mais sincero
respeito. Afinal, é preciso admitir, João Doria atende com distinção os requisitos para a posição:
seu currículo é de causar inveja aos mais gabaritados sanguessugas do Planalto. Trata-se de
um natural sucessor ao presidente Michel Temer, sem nada a dever em matéria de sobreposição
do público com o privado, associação com os piores estratos da elite empresarial e arsenal
infalível de manobras para abafar as ilegalidades.
Para que não haja dúvidas sobre esta avaliação, confira esta impressionante “ficha corrida” que
Doria já acumulou em poucos meses de atenção da Justiça e da imprensa, e que já faz dele um
dos mais genuínos representantes da “velha política” da qual finge se diferenciar.
1. Em 1988, quando deixou a presidência da Embratur em cargo nomeado por José Sarney,
foi acusado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de vários desvios de verbas e intimado a
devolver os valores aos cofres públicos. (https://goo.gl/r4MkKG , https://goo.gl/bbGP1w )
2. Comprou uma “empresa de prateleira” do escritório Mossack Fonseca, no paraíso fiscal
das Ilhas Virgens Britânicas, para adquirir um apartamento em Miami, em revelação dos Panama
Papers. (https://goo.gl/dSeSTr )
O pré-candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, João Doria Jr., comprou uma empresa de prateleira do escritório panamenho Mossack
Fonseca. Incorporada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, a offshore Pavilion Development Limited foi usada por Doria para
adquirir um apartamento em Miami (EUA) em 1998 por US$ 231 mil sem que a propriedade aparecesse em seu nome. Há contratos,
procurações e cópia de passaportes de Doria e sua mulher, junto a mensagens de e-mail referentes à compra da offshore, dentre os 11,5
milhões de documentos dos Panama Papers, divulgados pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos). A série
provocou a queda do primeiro-ministro da... - Veja mais em https://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2016/04/30/joao-doria-tem-
empresa-offshore-comprada-da-mossack-fonseca/?
3. Para se tornar o candidato à prefeitura pelo PSDB comprou votos e ofereceu benefícios a
filiados nas prévias, de acordo com líderes do partido. (https://goo.gl/NAXvEs )
Na tarde de sexta-feira, 27, dois caciques do PSDB paulista foram ao Ministério Público Eleitoral para denunciar e depor contra o pré-
candidato da sigla à eleição para a Prefeitura de São Paulo, João Dória Jr. O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman e o agora
senador José Aníbal acusaram o empresário de comprar votos nas prévias tucanas, oferecer comida e até promover churrasco para
militantes do partido na capital paulista.
O caso agora está sendo investigado pelo MP que deve ouvir nos próximos dias 10 participantes das prévias tucanas que admitiram ter
recebido dinheiro para trabalhar na campanha de Dória.
Goldman afirmou ainda que várias vans transportaram militantes do PSDB no dia da votação e que o empresário chegou até a comprar
votos com dinheiro e benefícios para militantes. O tucano entregou ainda três volumes de documentos, com registros fotográficos e matérias
de jornais que registraram a confusão e algumas das irregularidades nas prévias.
As acusações, já feitas antes ao próprio diretório municipal da sigla, agora foram formalizadas em um procedimento preparatório eleitoral
conduzido pelo Ministério Público para apurar se houve irregularidades nas prévias que escolheram o nome de Dória para disputar a
Prefeitura de São Paulo pelo PSDB. O promotor responsável pelo caso, José Carlos Bonilha, decidiu abrir o procedimento após receber três
reclamações apontando irregularidades e identificou indícios de que teria ocorrido abuso de poder econômico por parte de João Dória.
O próprio empresário deverá ser ouvido pelo Ministério Público ao final do procedimento e, caso o promotor confirme as irregularidades ele
poderá abrir uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral para cassar o registro de João Dória Jr, impedindo assim sua candidatura.
4. Com Geraldo Alckmin, cometeu abuso de poder e usou da máquina pública do Estado para
obter vantagens ilegais nas eleições, conforme acusação do Ministério Público.
(https://goo.gl/tBGB4O )
O Ministério Público pediu nesta segunda-feira (26) à Justiça Eleitoral a cassação do registro da candidatura de João Doria
(PSDB) à Prefeitura de São Paulo por abuso de poder político. Não há prazo para julgamento.
A ação do promotor José Carlos Bonilha, responsável pelas eleições na capital, também acusa o governador Geraldo Alckmin
(PSDB) de ter usado a máquina estadual a favor de Doria, seu afilhado político, ao destinar uma secretaria de seu governo a
integrante de partido que compôs sua chapa.
Após o PP apoiar Doria, Alckmin exonerou a secretária do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias, e nomeou um integrante do partido para o
cargo. Ricardo Salles, do PP e do movimento Endireita Brasil, tomou posse em julho. Ele também foi secretário particular de
Alckmin.
"A nomeação ocorreu em barganha política. O PP ofertou tempo para a Coligação Acelera SP [de Doria], e, em troca, recebeu a
secretaria de estado. Isso a lei não permite porque há desvio de finalidade. Usa-se a secretaria de estado como 'moeda' de
troca", disse o promotor.
5. Recebeu cheque de R$ 20 mil de empresa investigada pela Lava-Jato em uma suspeita
venda de obra de arte. (https://tinyurl.com/ybjq6449 )
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, o empresário João Doria Jr., consta em um extrato bancário da empresa
Link Projetos e Participações Ltda., alvo da força-tarefa da Operação Lava Jato.
O tucano teria recebido um cheque no valor de R$ 20 mil da firma em dezembro de 2013, segundo reportagem da página
eletrônica do jornal O Estado de S.Paulo nesta sexta-feira (19).
Os procuradores do MPF (Ministério Público Federal) suspeitam que firma tenha sido usada pelaempreiteira Engevix para
pagar propina ao almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear. Ele está preso desde o ano
passado.
6. Em gravação da Polícia Federal, na Operação Boi Barrica, aparece dialogando com filho de
José Sarney a respeito de indicação de cargo para diretoria na Eletrobrás.
(https://goo.gl/Q9e6eg )
Em conversas captadas pela PF, Fernando Sarney discute nomeações na estatal tentando interferir em indicações e negócios realizados pela
Eletrobrás, empresa estatal do setor elétrico, área controlada por seu pai, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
No dia 17 de abril do ano passado, a polícia gravou o seguinte diálogo:
Jorge: "Vai ter uma diretoria que tá pra entrar lá na Eletrobrás e nós precisamos de um apoio, eu posso passar um e-mail para você?"
Fernando Sarney: "Claro [...]. Manda para mim um e-mail".
Uma semana depois, o empresário João Dória Júnior troca telefonemas com Fernando. O empresário pergunta a Fernando se ele já tinha o
nome para que fosse indicado para o ministro e o presidente da Eletrobrás. Apesar de não ter citado nominalmente, o empresário se referia
a Edison Lobão, indicado para comandar a pasta de Minas e Energia por José Sarney, de quem é aliado.
Dória foi presidente da Embratur e do Conselho Nacional de Turismo no governo Sarney, entre 1986 e 1988.
"Eu já passei para eles aquelas indicações e datas. Fiquei aguardando uma posição, que ainda não veio. Eu tô em Brasília, vou estar com
eles hoje. Amanhã te digo alguma coisa", respondeu Fernando.
7. Em 2014 fez uma doação pessoal de R$ 50 mil para Rocha Loures, o famoso homem da
mala da JBS. (https://goo.gl/NvofnW )
8. Omitiu e subvalorizou diversos bens em sua declaração à Receita Federal – que assim
chegou a “apenas” R$ 179,6 milhões. (https://goo.gl/depy9c )
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, é dono de uma empresa nos Estados Unidos que, por sua vez, é proprietária de
um apartamento de US$ 11,2 milhões em uma área nobre de Miami, com 620 metros quadrados e vista para o mar. Nem a empresa
americana nem o imóvel, porém, aparecem na lista de bens que o tucano entregou à Justiça Eleitoral - e ele tem amparo da legislação para
manter esse patrimônio oculto.
Os eleitores que checarem a declaração de bens de Doria também não encontrarão o helicóptero para sete passageiros com o qual ele
costuma se deslocar entre São Paulo e Campos do Jordão. Lá também não há menção a um segundo apartamento que o candidato possui
em Miami, de US$ 243 mil, adquirido por meio de uma empresa offshore aberta pela Mossack Fonseca, o escritório de advocacia que está
no centro do escândalo dos Panama Papers. Assim como no caso do primeiro imóvel, essas omissões não contrariam a lei.
Quem quiser fazer contas sobre o patrimônio do tucano não encontrará números precisos na declaração tornada pública no início da
semana: lá, o preço da casa onde ele vive está registrado como R$ 12,4 milhões, cerca de um quarto do valor venal do imóvel, que é de R$
45,9 milhões, segundo a Prefeitura. Esse "subfaturamento" também não desrespeita as normas da eleição.
9. Entre 2014 e 2015 recebeu R$ 1,5 milhão em anúncios sobrevalorizados da Gestão
Alckmin. (https://goo.gl/307sFi )
Alckmin dá R$ 1,5 milhão de dinheiro público para aliado promover ‘estilo de vida caviar’
Convenhamos: uma revista dedicada à gastronomia e ao consumo do luxo não é veículo apropriado para propaganda governamental, que
deve ter como objetivo comunicar políticas públicas à população.
10. Já foi condenado em duas instâncias na Justiça do Trabalho por não pagar horas extras,
salários, adicional noturno e verbas rescisórias a seus seguranças, que chegavam a se
submeter a jornadas ilegais de 16 horas seguidas. (https://goo.gl/6VTQ8U )
Representantes de trabalhadores da saúde, da educação e da segurança pública reagiram com críticas e classificaram
como “debochado”, “irrisório” e “eleitoreiro” o reajuste ao funcionalismo público estadual anunciado nessa quinta-feira
(4) pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). O aumento será de 3,5% a todas as categorias, à exceção dos 4% para as
polícias e 7% aos professores. Os servidores ativos e inativos da educação, por sinal, equivalem a um terço dos mais de
um milhão que compõem a folha. O reajuste, o primeiro do atual mandato iniciado em 2015, foi anunciado na semana que
antecede o aumento nas tarifas do transporte coletivo — de R$ 3,80 para R$ 4 a partir do próximo dia 7 -- e começa a
valer assim que a Assembleia Legislativa aprová-lo, na forma de projeto de lei, tomando por base o dia 1º de fevereiro. O
anúncio do aumento acontece ainda em período em que Alckmin se lança como pré-candidato do PSDB à Presidência da
República - ele pode disputar prévias dentro do partido pelo posto contra o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto. Para
as categorias ouvidas pela reportagem, os índices anunciados pelo governador pouco contemplam uma defasagem
salarial de mais de 40% que se arrasta, em alguns casos, desde 2012. O próprio Alckmin admitiu o desequilíbrio
acumulado, mas argumentou que o que inviabilizou a concessão de reajustes foi uma queda real na receita corrente
líquida em 2014 (1,4%), 2015 (5%) e 2016 (8%), anos classificados pelo tucano como “período duríssimo.”
Acumulou por 15 anos uma dívida com a Prefeitura que chegou a R$ 90 mil por recusar-se a
pagar o IPTU de sua mansão nos Jardins, e quitou o valor apenas depois que o caso veio a
público. (https://goo.gl/qHVCQE , https://goo.gl/ti6NeY )
Doria tem dívida de R$ 90 mil de IPTU de mansão nos Jardins; Prefeitura diz que boleto foi pago
Processo referente ao IPTU de 2002 transitou em julgado em 2013. Assessoria informou que Doria só recebeu boleto nesta quarta e quitou a
dívida. Por Will Soares e Tatiana Santiago, G1 São Paulo 29/03/2017 18h08 Atualizado há 3 anos