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ficha técnica:
este estudo iniciou-se de um desejo de se trabalhar com espaços de estudo, locais que vão além da
infraestrutura necessária para leitura e que propiciam também troca de informação, encontros, lazer e
diversas outras atividades.
na literatura de biblioteconomia, a idealização deste tipo de espaço está muito próxima do conceito de
biblioteca contemporânea, por isso a opção por se desenvolver o projeto de uma biblioteca, ao invés de
algum outro tipo de projeto relacionado à educação ou cultura.
há algumas décadas, com o surgimento das tecnologias relacionadas à internet e aos computadores
alguns estudiosos acreditavam que o livro perderia espaço e até mesmo chegaria a desaparecer.
atualmente, sabe-se que livros e tecnologias podem coexistir em harmonia. a biblioteca contemporânea
torna-se um agente organizador da comunidade, com o papel de reunir a sociedade, incentivar a troca de
informação e oferecer diversas atividades, além do tradicional papel de busca e consulta de informação.
escolha do lugar:
a escolha do lugar pretendeu ligar o edifício às grandes infraestruturas de transporte público da cidade de
são paulo. por isso foi proposta uma intervenção em uma estação de metrô, podendo assim ser um local
de fácil acesso, mesmo estando desvinculada do centro expandido de são paulo. buscou-se escolher uma
estação que tivesse grande fluxo de usuários, com outras conexões, mas que também tivesse um entorno
próximo com uso residencial e comercial. dessa forma, a biblioteca atenderia não só aos usuários da rede
urbana de transporte, como também seria uma biblioteca de bairro.
a estação tamanduateí (local escolhido) faz a ligação entre a linha verde do metrô e a cptm e irá receber o
expresso abc em 2014 (cptm em foco, 2012). o edifício da estação é amplo, porém com diversos espaços
subutilizados. é uma infraestrutura dominante na paisagem do bairro e os espaços com pouca utilização
têm grande potencial para abrigar a proposta pretendida. a passarela externa é utilizada para a saída dos
usuários, mas também para a passagem dos moradores do bairro entre a av. presidente wilson e a av. do
estado. a avenida do estado, torna a transposição para o bairro da vila prudente bastante árida. não
existem muitos pontos de passagem e os existentes não estão alinhados com a saída do metrô; assim, o
usuário precisa caminhar pela avenida (cuja calçada é muito estreita) à procura de alguma transposição,
sem a segurança necessária.
a saída para a av. presidente wilson revela o bairro ao redor da estação. após o primeiro quarteirão de
lotes industriais, há um predomínio residencial, de padrão médio/baixo, e alguns armazéns. a uma
distância aproximada de 1 km da estação começa a favela de heliópolis (com 41.118 habitantes pelo
censo 2010). o metrô possui um projeto de revitalização da área por onde passa a linha elevada, com a
proposta de um parque linear na rua aída e contemplando também, no outro lado da av. do estado, a rua
tomás izzo, entre as praças gonçalves jr. e lourenço barendse. a conclusão dessa obra está prevista para
o final de 2012 (portal do governo...2011). atualmente os dois trechos citados acima estão em mau estado
de conservação. a rua tomás izzo possui um dos seus lados fechado por tapumes, dificultando a
passagem dos pedestres e trazendo insegurança para o bairro, segundo os moradores. na rua aída, que
recebeu o trecho elevado do metrô da estação sacomã até a tamanduateí, existe um grande espaço
residual sob a linha elevada que não oferece nenhum atrativo para ser usado como praça e, justamente
pela falta de uso, gera sensação de insegurança.
espaços da biblioteca:
o principal local para a intervenção realizada nesse trabalho é a passarela de acesso à estação, com a
inserção do programa abaixo dela, onde atualmente é um gramado. o elemento vazado é a principal
conexão entre o projeto e a passarela. a estação existente é uma construção que já possui grande
quantidade de elementos e cores, é um edifício com imagem forte na paisagem. disso resultou uma
preocupação em não se criar muitos outros elementos que pudessem gerar um excesso de informação
visual. a intenção é que a fachada seja um elemento de destaque à noite, quando as cores existentes na
estação perdem força e a iluminação interna da biblioteca revele o edifício. os espaços da biblioteca
proposta foram pensados para diferentes atividades, algumas mais ligadas à leitura individual, outras
relacionadas à comunicação e troca de informação.
há também a intenção de que cada usuário crie seu próprio espaço de forma a atender a sua necessidade;
todo o entorno protegido pelo elemento vazado é um grande espaço semi-coberto, que pode ser
apropriado de inúmeras formas, por exemplo, para conversas informais, leitura individual, reuniões ou
estudos em grupo. em planta, o projeto está dividido em três blocos: revistaria/sanitários/pequena
lanchonete, mídias visuais/internet e o bloco principal que abriga o acervo de livros, por onde entram tanto
os usuários vindos do metrô quanto aqueles que vêm pela rua. a área de subsolo foi pensada para abrigar
salas técnicas, reunião de funcionários e uma pequena copa. em frente a essas salas está uma área
multiuso, para reuniões maiores, palestras ou oficinas. além disso, pode integrar-se com o pátio, que é o
elemento que garante entrada de luz a essas áreas. no térreo, a composição dos três blocos cria pátios de
diversos tamanhos que podem ser apropriados de maneira mais informal para leituras, conversas ou rodas
de estudos, por exemplo. no primeiro andar foi criada uma conexão com a estação por onde entram as
pessoas vindas do metrô/cptm, antes dessa passagem o espaço existente foi transformado em um área
para leitura rápida e exposições.
para gerar uma maior integração entre os dois lados da estação e também entre a praça e a biblioteca, foi
pensado um desenho de piso comum, com formas curvas, que adentra o espaço da biblioteca e retorna
para a praça, criando uma continuidade visual.
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Metrô assina contrato para reurbanizar canteiros de obras da Linha 2 na Vila Prudente
Metrô assina contrato para reurbanizarcanteiros de obras
da Linha 2 na Vila Prudente
Últimas Notícias
21 de outubro de 2011
Apesar da inauguração há mais de um ano das estações Vila Prudente e Tamanduateí da Linha 2-Verde, até o momento, a Companhia do Metrô
não deu destinação aos canteiros de obras usados ao longo destas regiões para construção dos trilhos. A promessa do Metrô é começar a mudar
este cenário a partir das próximas semanas.
Após conclusão de licitação pública, o Metrô assinou na última
terça-feira, dia 18, contrato com a empresa Contracta Engenharia
Ltda. Anteontem, aconteceu a primeira reunião entre os
representantes da construtora e os técnicos do Metrô para acertar
detalhes do projeto. Os investimentos para revitalização dos
canteiros, que além do trecho na Vila Prudente, incluem também
uma grande faixa na rua Aída, do outro lado da estação
Tamanduateí, são da ordem de R$ 16 milhões e os trabalhos
deverão ser concluídos no segundo semestre de 2012.
Na região da Vila Prudente, apesar do Metrô ter afirmado
anteriormente que o espaço abrigaria um parque linear, a
proposta agora é a reconstituição da rua Tomás Izzo, que tem
uma larga faixa interditada entre as praças Gonçalves Júnior e Padre Lourenço Barendse, somando dois quarteirões. Foi o ponto do bairro que
sofreu maior impacto com as desapropriações e acumulou uma série de problemas nestes últimos 12 meses, depois de servir de canteiro de obras
por cerca de três anos. Para a rua Tomás Izzo o Metrô informou que haverá reposição das calçadas e plantio de árvores junto ao muro.
Em entrevista exclusiva à Folha, no final de maio, o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, reconheceu que a ociosidade no trecho se estendeu
além do previsto, mas garantiu que desde que assumiu a
Companhia, em janeiro, estava se empenhando para resolver o
problema. Ele ressaltou na ocasião que originalmente a obra
urbanística estava prevista para acontecer na sequência da
construção da linha. “Seria inclusive a mesma construtora que
tocaria o projeto, no entanto a obra na linha demandou mais
verba do que o previsto no contrato e não sobrou para fazer a
reurbanização. Por isso, a necessidade de uma nova licitação”,
explicou Avelleda.
Do outro lado do rio
A trecho que receberá o maior investimento é o da rua Aída, onde
o Metrô tem projeto de construção de um parque linear. O local,
que engloba uma área entre 25 e 30 mil metros quadrados, terá pistas cicloviária e de caminhada, passeios (cerca de 1.500 m), alamedas,
iluminação e paisagismo com plantio de árvores. Também serão instalados playground, equipamentos de ginástica ao ar livre, quadras
poliesportivas, pistas de skate, campo de bocha e anfiteatro.
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https://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-noticias/metro-construira-parque-linear-proximo-a-estacao-tamanduatei/
Uma área de mais de 20 mil m², entre as estações Tamanduateí e Vila Prudente, na Linha 2-Verde do Metrô
será transformada em um Parque Linear. As obras foram iniciadas em novembro de 2011 e a previsão de
entrega, de acordo com governador Geraldo Alckmin, será no primeiro semestre de 2013.
“Entre Tamanduateí e Vila Prudente havia um canteiro, uma área grande, e o Metrô vai fazer ali um Parque
Linear para a cidade”, afirmou o governador durante o anúncio da extensão da Linha 2-Verde nesta
segunda-feira, 13.
Composto de ciclovias e pistas de caminhadas com cerca de 1,5 quilômetro, iluminação, paisagismo aliado
ao plantio de árvores, o local também contará com playground, equipamentos de ginástica, quadras
poliesportivas, pistas de skate, campo de bocha e anfiteatro.
Os investimentos na revitalização do local são da ordem de R$ 16 milhões. Além das intervenções na Rua
Aída, o Metrô também executará obras de reconstituição da Rua Tomás Izzo, à
leste do Rio Tamanduateí. Haverá reposição das calçadas e plantio de árvores junto ao muro.
Do Metrô e do Portal do Governo do Estado
“Prometeram que estes espaços ficariam bonitos, cheio de árvores, mas até agora nada. As duas
praças do trecho, que estão mal iluminadas, viraram abrigo de moradores de rua. Acredito que
estes grafites só comprovam que ainda vai demorar muito tempo para a reurbanização. Não teria
motivo para fazer o grafite e pouco depois remover tudo”, argumenta o comerciante Felipe
Riccoleta Santos.
Os terrenos em questão foram desapropriados pelo Metrô em 2008 e ficaram cerca de dois anos
servindo como canteiro de obras da Companhia. Depois do término dos trabalhos de construção
da Linha, o espaço ficou abandonado e já foi alvo de várias matérias da Folha. Questionado em
setembro, o Metrô informou que o processo de reurbanização aconteceria ainda em 2010. Em
dezembro, ainda sem nenhuma movimentação no espaço, a Cia. foi indagada novamente e o
novo prazo fornecido para conclusão da reurbanização foi o primeiro trimestre de 2011.
A nota do Metrô divulgada ontem sobre a grafitagem não faz qualquer tipo de menção para
prazos. A reportagem procurou a Cia. e aguarda a resposta para a próxima edição.
Nos últimos meses, com o fim gradativo da movimentação das máquinas e dos operários,
restaram apenas tapumes – que estão sendo roubados – e uma extensa faixa de terreno sem
utilização. Moradores do entorno reclamam ainda de constantes invasões nos antigos canteiros
de trabalhos e da escuridão.
A reportagem da Folha foi ao local na última quarta-feira e se deparou com a entrada de um dos
canteiros completamente escancarada na rua Barão Aníbal Pepi – situação que se repete nas
imediações da praça Gonçalves Júnior. A antiga guarita de segurança é uma das poucas coisas
que permanecia em pé. “Moradores de uma favela das proximidades estão levando os tapumes,
já que não tem mais ninguém tomando conta do espaço”, comenta uma residente da rua São
José dos Campos, cuja casa faz fundos com o antigo canteiro. “A obra acabou, mas nós
continuamos aqui. Queremos nossa tranquilidade de volta. Morro de medo de alguém invadir
minha residência”, comenta. “Constantemente vemos pessoas consumindo drogas ou
despejando entulho neste ponto”.
Sem os tapumes na Aníbal Pepi, qualquer pessoa também consegue acessar a vala ainda sem
cobertura que corre ao longo da Tomás Izzo. “Só fico pensando nessa criançada atrás de pipas.
Um perigo! A situação está deste jeito desde que apagaram os logos do Metrô dos tapumes,
passaram tinta branca por cima. Mas, alguém ainda tem que ser responsável!”, comenta Enide,
moradora da rua Santa Cruz das Palmeiras. “Outro grave problema é a falta de iluminação, antes
havia holofotes do canteiro, agora vivemos no breu”.
Mais à frente, na junção da praça Padre Lourenço Barendse e da rua Ibitirama, a bronca é dos
pedestres. No local há uma passagem específica para eles, já que a calçada segue interditada.
“As madeiras estão pobres, não passo mais por lá com a minha sobrinha, embora seja o caminho
da escola”, reclama Cíntia Moreira Barboza.
Reurbanização
Todos os problemas constatados pela reportagem foram repassados à Companhia do
Metropolitano de São Paulo – Metrô, que na tarde de ontem respondeu que “já tomou as
providências necessárias para eliminar tais ocorrências”. A reportagem voltou ao canteiro por
volta das 16h e encontrou uma equipe começando a fechar o espaço.
Sobre o futuro do terreno desapropriado para obras, a Companhia esclareceu que será
reurbanizado, com pavimentação das ruas transversais à Tomás Izzo e implantação de área
verde. O prazo para conclusão da reurbanização é até o final do ano.
Todas as vezes que foi questionado na época, o Metrô afirmava que, após a conclusão da Linha 5
– Lilás, a melhor destinação do espaço seria estudada com a comunidade, o que não ocorreu até
o momento.
Nesta semana a Companhia informou que a área citada foi devolvida ao Metrô pelo consórcio
construtor da Linha 5 em novembro do ano passado. Foi ressaltado que a Companhia faz a
manutenção e segurança dos espaços enquanto aguarda o desfecho de processos de
desapropriação ainda pendentes para dar destinação adequada ao local em função das
características do terreno e suas possibilidades. (Gerson Rodrigues)
Simulação da arte de grafitagem no local Elias E. Vargas
Imagine uma grafitagem com temas relativos ao centro e leste europeu como moldura para a feira temática
Já há muitos anos a vizinhança protesta com placas contra a
decisão do Metrô em relação a canteiros de obras na Rua Tomás
Izzo
Destaques na Região, 11 de outubro de 2012, Gerson Rodrigues
Inconformados com a posição da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô de utilizar os antigos
canteiros de obras da Linha 2 ao longo da rua Tomas Izzo, na Vila Prudente, como depósito de materiais e
suporte para a construção da Linha 5 – Lilás, na Zona Sul, os moradores das proximidades iniciaram na
semana passada outra forma de manifestação. Foram fixadas em várias residências do entorno dos
canteiros placas com os dizeres: “Um absurdo da engenharia do Metrô – Vila Prudente vira canteiro de
obras da Vila Mariana”.
Mais de 20 casas já contam com a placa e, segundo os moradores, aos poucos outras residências e
imóveis estão aderindo. “Foi uma maneira que encontramos para manifestar nossa revolta. Esses
canteiros deveriam ser utilizados de outra forma, voltados à comunidade, como uma praça com pista de
caminhada, aparelhos de ginástica, entre outras coisas. Agora teremos que conviver com restos de
materiais, caminhões entrando e saindo, sem falar na insegurança. Fica escuro por aqui”, afirma a dona de
casa Maria Ivone, que reside na redondeza há cerca de 60 anos.
Defensoria Pública
Na tarde de ontem uma comissão de moradores, acompanhados do deputado estadual Adriano Diogo (PT)
e da vereadora Juliana Cardoso (PT), estiveram na Defensoria Pública do Estado de São Paulo em busca
de auxílio na luta contra a decisão do Metrô. Os presentes foram atendidos pela defensora do Núcleo de
Habitação e Urbanismo, Anaí Arantes Rodrigues, que se prontificou a buscar informações junto ao Metrô
para verificar possíveis desvirtuamentos de finalidades anunciadas inicialmente. Serão cobrados ainda
detalhes referentes ao que estava previsto na compensação ambiental estabelecida. Este levantamento
pode definir se cabe a abertura de uma ação judicial.
Moradores da Vila Prudente protestam contra centro de apoio do
Metrô nas vizinhanças
12/10/2012 - 08h00 | da Folha.com - Vanessa Correa de São Paulo
Depois de verem frustradas suas expectativas de ganhar uma área verde no lugar do canteiro de obras da
estação que ficou pronta, moradores estão usando placas e cartazes para protestar. Nelas, a frase "um
absurdo da engenharia do Metrô: Vila Prudente vira canteiro de obras da Vila Mariana".
Os vizinhos do antigo canteiro de obras da estação Vila Prudente protestam contra a transformação da
área --que ficou fechada com tapumes por mais de quatro anos--, em centro de apoio das obras das
estações Santa Cruz e Chácara Klabin, da Linha 5-lilás do Metrô.
"Fizemos abaixo-assinado. Queríamos um canteiro de plantas e não outro canteiro de obras", desabafa
Ana Cassini, 76, que mora a poucas ruas do terreno da rua Tomás Izzo, na região da Vila Prudente (zona
leste). Ela afirma que durante a obra, e nos dois anos em que o terreno ficou fechado sem qualquer uso,
aumentou a ocorrência de assaltos, pois a área ficava mais deserta à noite após a desapropriação feita
pelo Metrô.
"Eles não fariam isso em um bairro nobre. Fazem aqui porque é a zona leste", reclama Antônio Benine, 64.
Agora os moradores estão em contato com a Defensoria Pública para tentar reverter a situação.
Embora a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô tenha prometido reurbanizar o extenso
trecho utilizado como canteiro de obras da Linha 2 – Verde nas ruas Tomás Izzo, Barão de Aníbal Pepe,
Amparo e Ibitirama, a atual movimentação no espaço alarma a comunidade. Segundo eles, funcionários
que trabalham no local e atendentes da Central de Relacionamento do Metrô confirmaram que o ponto
abrigará um galpão de armazenamento de materiais para futuras linhas da Companhia. Desde a semana
passada, a Folha tem solicitado ao Metrô informações oficiais sobre o caso, mas ainda não obteve um
posicionamento.
Para expressar a indignação, mais de 30 vizinhos se
reuniram na tarde da última segunda-feira, dia 2, em
frente ao canteiro na rua Tomás Izzo, na altura da
praça Gonçalves Junior. “Se esse galpão realmente
for construído, será uma grande falta de respeito
com a comunidade. Fizeram várias promessas de
reurbanização, implantação de área verde, de parque
linear, de reconstituição da rua Tomás Izzo, entre
outras, mas pelo que ficamos sabendo, nada disso
irá acontecer”, comenta uma das vizinhas do
canteiro, Rosana Penha. “Depois que a área foi desapropriada e passou a ser do Metrô, convivemos com
inúmeros problemas, como assaltos, sujeira, dificuldade de mobilidade, escuridão, bloqueio de rua,
acúmulo de água, entre outros”, lista Rosana.
Quem também está indignada é a dona de casa Ana Maria Garcia Karchiloff. “Não podemos aceitar o que
estão pretendendo fazer. Passaram três anos nos iludindo com possíveis projetos e agora não farão mais
nada. Isso não pode ficar assim”, declara.
Eles reclamam ainda que por conta do início dos trabalhos no local, a rua Barão Aníbal Pepi foi totalmente
interditada o que prejudicou a já precária oferta de transporte público no trecho. “A única linha de ônibus
que passava por aqui, a 4031 Parque Santa Madalena/Metrô Tamanduateí, precisou ser desviada. Não nos
atende mais”, afirmou o morador do entorno, Marcio Custódio Bueno. “Outro problema é o constante
acúmulo de água neste ponto da Barão de Aníbal Pepi. Isso é bastante perigoso”, completou.
Para cobrar o cumprimento das promessas do Metrô a comunidade iniciou um abaixo assinado que será
apresentado à Companhia.
Apesar da inauguração há mais de um ano das estações Vila Prudente e Tamanduateí da Linha 2-Verde, até o momento, a Companhia do Metrô
não deu destinação aos canteiros de obras usados ao longo destas regiões para construção dos trilhos. A promessa do Metrô é começar a mudar
este cenário a partir das próximas semanas.
Após conclusão de licitação pública, o Metrô assinou na última terça-feira, dia 18, contrato com a empresa Contracta Engenharia Ltda. Anteontem,
aconteceu a primeira reunião entre os representantes da construtora e os técnicos do Metrô para acertar detalhes do projeto. Os investimentos
para revitalização dos canteiros, que além do trecho na Vila Prudente, incluem também uma grande faixa na rua Aída, do outro lado da estação
Tamanduateí, são da ordem de R$ 16 milhões e os trabalhos deverão ser concluídos no segundo semestre de 2012.
Na região da Vila Prudente, apesar do Metrô ter afirmado anteriormente que o espaço abrigaria um parquelinear, a proposta agora é a
reconstituição da rua Tomás Izzo, que tem uma larga faixa interditada entre as praças Gonçalves Júnior e Padre Lourenço Barendse, somando
dois quarteirões. Foi o ponto do bairro que sofreu maior impacto com as desapropriações e acumulou uma série de problemas nestes últimos 12
meses, depois de servir de canteiro de obras por cerca de três anos. Para a rua Tomás Izzo o Metrô informou que haverá reposição das calçadas
e plantio de árvores junto ao muro.
Em entrevista exclusiva à Folha, no final de maio, o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, reconheceu que a ociosidade no trecho se estendeu
além do previsto, mas garantiu que desde que assumiu a Companhia, em janeiro, estava se empenhando para resolver o problema. Ele ressaltou
na ocasião que originalmente a obra urbanística estava prevista para acontecer na sequência da construção da linha. “Seria inclusive a mesma
construtora que tocaria o projeto, no entanto a obra na linha demandou mais verba do que o previsto no contrato e não sobrou para fazer a
reurbanização. Por isso, a necessidade de uma nova licitação”, explicou Avelleda.
:banana::banana:
Vamô que vamô!
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Metrô confirma que vai utilizar antigos canteiros de obras como depósito de materiais
Metrô confirma que vai utilizar antigos canteiros de
obras como depósito de materiais
Destaques na Região 13 de julho de 2012
Na semana passada a Folha publicou matéria sobre a insatisfação
de vizinhos dos antigos canteiros de obras da Linha 2-Verde do
Metrô ao longo da rua Tomás Izzo, na Vila Prudente. Segundo a
comunidade que se reuniu na praça Gonçalves Junior no último dia
2 para expressar a indignação, funcionários que trabalham no local
informaram que o ponto servirá para o armazenar materiais de
futuras linhas. Informação que foi confirmada pelo Metrô no último
dia 6.
A Companhia do Metropolitano alega que até o final deste mês,
serão entregues a rua Tomás Izzo e as praças Gonçalves Júnior e
Padre Lourenço Barendse. Já as áreas remanescentes de
desapropriação servirão temporariamente como depósito de
formas para anéis de concreto a serem utilizados na extensão da
Linha 5 – Lilás, que fica na região Sul da cidade, atendendo Santo
Amaro, entre outros bairros.
Em nota encaminhada à redação, o Metrô afirmou que “os espaços
terão toda a infraestrutura de vigilância e limpeza”. Quanto ao Parque Linear cogitado, foi informado que o mesmo será implantado apenas na rua
Aida, do outro lado da estação Tamanduateí.
Moradores do entorno lembram que os canteiros ficaram quase dois
anos abandonados, causando uma série de transtornos e provocando
insegurança. Eles estão estudando uma forma de se mobilizar contra a
nova proposta do Metrô.
Pedro de Godói
Melhor notícia tiveram os moradores da rua Pedro de Godói que está
sendo, enfim, liberada ao trânsito. O trecho da via na esquina com a rua
Ibitirama também foi utilizado como canteiro de obras da Linha 2.
A rua já recebeu asfalto novo, ganhou duas lombadas e as calçadas
estão sendo refeitas. Tudo isso vem sendo acompanhado com alívio
pelos moradores, principalmente aqueles que residem no trecho que
permaneceu bloqueado nos últimos anos. “Foi muito sofrimento ficar
esse tempo todo com a rua fechada. Tínhamos que dar uma grande
volta para chegar aos comércios da rua Ibitirama. O que antes
andávamos 50 metros, nesse tempo de interdição, precisávamos utilizar o carro e dar a volta pela rua José dos Reis”, conta a dona de casa Lucia
Maria, que mora há mais de 50 anos na Pedro de Godói.
Quem também comemora é a aposentada Rosa dos Santos, que mora há mais de 30 anos na via. “Tivemos vários problemas com a rua fechada.
Como não tinha movimento de pessoas e nem de carros tínhamos muito medo de assaltos. Quando abrirem a rua, nossa vida deve voltar ao
normal”, comentou.
Vizinhança protesta com placas contra a decisão do Metrô em relação a canteiros de obras na rua Tomás Izzo
Mais de 20 casas já contam com a placa e, segundo os moradores, aos poucos outras residências e imóveis estão aderindo. “Foi uma maneira que
encontramos para manifestar nossa revolta. Esses canteiros deveriam ser utilizados de outra forma, voltados à comunidade, como uma praça com
pista de caminhada, aparelhos de ginástica, entre outras coisas. Agora teremos que conviver com restos de materiais, caminhões entrando e
saindo, sem falar na insegurança. Fica escuro por aqui”, afirma a dona de casa Maria Ivone, que reside na redondeza há cerca de 60 anos.
Defensoria Pública
Na tarde de ontem uma comissão de moradores, acompanhados do deputado estadual Adriano Diogo (PT) e da vereadora Juliana Cardoso (PT),
estiveram na Defensoria Pública do Estado de São Paulo em busca de auxílio na luta contra a decisão do Metrô. Os presentes foram atendidos
pela defensora do Núcleo de Habitação e Urbanismo, Anaí Arantes Rodrigues, que se prontificou a buscar informações junto ao Metrô para
verificar possíveis desvirtuamentos de finalidades anunciadas inicialmente. Serão cobrados ainda detalhes referentes ao que estava previsto na
compensação ambiental estabelecida. Este levantamento pode definir se cabe a abertura de uma ação judicial.
A PROPOSTA
PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DO PARQUE LINEAR DA
RUA TOMÁS IZZO
Consoante ao que ficou decidido a Reunião do CADES/VP de 27 de outubro de 2020, passo a expor:
A proposta se divide em duas etapas:
1) A luta pela implantação do parque linear pela sociedade local ao longo do tempo, desde o anuncio da
intenção da criação do “Parque” anunciada pelo então Governador Geraldo Alckmin.
2) Apresentação da proposta do projeto do espaço linear de dois quarteirões remanescentes do parque
linear criado (parte relativa a Rua Aida-Ipiranga), em que no primeiro prevê um espaço confinado
para eventos culturais, artísticos, temáticos e feiras, com o fim de alavancar o comércio e turismo do
bairro, levando em conta sua proximidade do terminal metroviário.
O outro quarteirão, visa contemplar o lazer da comunidade, com uma academia ao ar livre, quadra
poliesportiva, quadra de skate e um teatro de arena colocado de forma estratégica para ser utilizado
com o espaço para eventos, além de pista de passeio e brinquedoteca distribuída ao longo da mesma.
3) Atualizando a proposta, a criação também de uma biblioteca ao lado ao anfiteatro com acervo físico
e digital.
https://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-noticias/metro-construira-parque-linear-proximo-a-estacao-tamanduatei/
“Vamos começar as obras até São Mateus. No ano que vem, vamos entregar a estação e o pátio Oratório.
Aliás, entregaremos duas estações, a Oratório e a Vila Prudente. Depois, em 2014, mais oito estações
estarão prontas, com o monotrilho chegando até São Mateus. Então, já temos aí 10 estações. E ficam mais
sete para 2016″, explicou o governador.
Alckmin também falou da opção pelo transporte na região ao invés do Metrô. “No total, serão 24,6
quilometros de monotrilho, ligando Vila Prudente ao Hospital Cidade Tiradentes, com capacidade para
transportar 48 mil passageiros por hora/sentido. É um transporte moderníssimo, silencioso, que não
precisa de operador, com 75 segundos entre um trem e outro e com sete trens em cada monotrilho. Além
disso, é 50% mais barato do que o metrô, já que não é uma obra enterrada, subterrânea”, comentou.
Jurandir Fernandes aproveitou a ocasião e falou sobre a Linha 15 – Branca do Metrô, que sairá da estação
Vila Prudente. “Nós resolvemos estender o projeto e passar da estação Tiquatira, chegando até a Rodovia
Dutra. Claro que estamos aproveitando o projeto
básico executivo, mas estamos fazendo algumas
recontratações. Então não será uma construção
para 2014, mas com certeza, parte da obra estará
incluída nos noventa e tantos quilômetros que
deixaremos em 2014, desafogando assim a Linha 3
– Vermelha, principalmente na região da Penha e do
Tatuapé”, ressaltou Fernandes.
Estações
A extensão da Linha 2-Verde, via monotrilho, avançará ao longo das avenidas Anhaia Mello, Sapopemba,
Metalúrgicos e Estrada do Iguatemi, somando ao todo 17 estações. Além da Vila Prudente e Oratório,
serão construídas as paradas São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstoi, Vila União, Jardim Planalto,
Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus, até 2014. Já até 2016 serão concluídas as obras das
estações Iguatemi, Jequiriça, JAcú-Pessego, Erico Semer, Marcio Beck, Cidade Tiradentes e Hospital
Cidade Tiradentes.
Durante o evento de vistoria das obras do monotrilho, o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, falou sobre a
criação de um Parque Linear no antigo canteiro de obras da estação e pátio Tamanduateí. “Os trabalhos no
local já começaram. A previsão de entrega do parque é para o primeiro semestre de 2013”, comentou. A
área de mais de 20 mil m², que fica ao longo da rua Aida, irá contar com ciclovia, pista de caminhada,
playground, área para equipamentos de ginástica, quadras poliesportivas, pista de skate, pista de bocha,
anfiteatro e paisagismo.
Questionada sobre o canteiro de obras entre as estações Tamanduateí e Vila Prudente, localizado na rua
Tomás Izzo, na Vila Prudente, e sem destinação
desde 2010, Avelleda informou que a área já foi
aterrada e que a previsão para a finalização dos
trabalhos é o mesmo período do parque linear: no
primeiro semestre de 2013. Em outubro do ano
passado, Avelleda havia afirmado à Folha que a
obra se encerraria no segundo semestre de 2012.
Sobre a rua Pedro de Godói, que também segue parcialmente interditada, o Metrô informou que o local faz
parte das obras já anunciadas e a liberação do trecho está prevista ainda para 2012.
A atualização desse detalhe é a inclusão de uma biblioteca para contemplar a parte cultural,
tendo sido remanejado os sanitários e vestiários.
DETALHANDO A PROPOSTA DO PARQUE DA RUA TOMAS IZZO