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Rio de Janeiro
2016
Ximenes, Natália Lacerda Bastos.
Morfologia Urbana: teorias e suas inter-relações. / Natália
Lacerda Bastos Ximenes. – 2016
170 f., 74 : il. ; 30 cm. (*)
toda extensão da cidade, inclusive nas áreas centrais; e iv) provar que era possível a
construção de casas de alta qualidade à baixo custo.
Para Jane Jacobs, porém, a vida urbana, em uma cidade com “forte densidade
residencial, ao mesmo tempo em que um tecido urbano cerrado” (CHOAY, 2007)
seriam essenciais para garantir a diversidade e o funcionamento da cidade. A
escritora ativista salienta que muito tempo se passou desde a época na qual
Ebenezer Howard planejou seu modelo de cidade no campo, e muitos avanços
foram feitos em diversas áreas – tais como medicina, higiene, legislação do trabalho,
etc. – para que se pudesse garantir, aos habitantes urbanos, melhores condições de
vida. A vida urbana e o envolvimento dos habitantes da cidade com ela seriam, para
Jacobs, a solução para se alcançar cidades mais seguras, mais saudáveis, mais
diversificadas e mais vivas.
O Brasil apresentou, no decorrer do século XX, diversos planos inspirados na
Cidade-Jardim de Ebenezer Howard. Pode-se citar como exemplo o plano feito por
Alfred Agache para o Rio de Janeiro em 1930, onde o urbanista francês prevê a
construção de Cidades-Jardim na Ilha do Governador e em Paquetá. Ainda no Rio
de Janeiro, planos de Cidades-Jardim foram elaborados para os bairros Gávea,
Laranjeiras e Jardim Botânico, mas pode-se dizer que tais propostas pouco tinham
em comum com o modelo idealizado por Howard.
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A Carta de Atenas é um manifesto elaborado no IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna
(CIAM), realizado em 1933 na cidade grega de Atenas, que estabeleceu diretrizes para o
planejamento urbano das cidades seguindo a linha de pensamento modernista.
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Figura 3.15 – À esquerda, as fábricas da Cidade Industrial de Tony Garnier. À direita, a zona
industrial da Cidade Industrial com a hidrelétrica ao fundo.
Fonte: http://utopies.skynetblogs.be/ – Acessado em 14 de agosto de 2015.
Figura 3.16 – À esquerda, a estação de trem da Cidade Industrial de Tony Garnier. À direita, hotéis
da Cidade Industrial de Tony Garnier.
Fonte: http://utopies.skynetblogs.be/ – Acessado em 14 de agosto de 2015.
Figura 3.17 – À esquerda, o hospital da Cidade Industrial de Tony Garnier. À direita, o centro de
helioterapia da Cidade Industrial de Tony Garnier.
Fonte: http://utopies.skynetblogs.be/ – Acessado em 14 de agosto de 2015.
construída deverá ser sempre inferior à metade da superfície total, sendo que o
restante do lote forma um jardim público utilizado pelos pedestres” (CHOAY, 2007).
A ausência de muros e de delimitação do terreno permitiria o livre deslocamento de
pedestres por todo território, não limitando eles à circulação nas ruas.