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TÉRMINO DE OBRA INACABADA

Descrição sintética da ação proposta:

 Concluir a obra iniciada em 1990 e que se encontra em total abandono até a data
de hoje

Objetivo: (resultado a ser alcançado):

 Ligação das Regiões Administrativas de Araçatuba, Presidente Prudente e São José do Rio Preto

Justificativa: (importância da ação proposta):

Vide texto abaixo

Araçatuba, domingo, 1 de maio de 2005

Cidades

ABANDONO

TRISTE EXEMPLO DE DINHEIRO DESPERDIÇADO


Marcelo Espinoza - Da Redação

Uma ponte inacabada que atravessa a represa da usina hidrelétrica de Três Irmãos, no rio Tietê, é o único indício de
uma estrada que seria construída no início da década de 90 para ligar Valparaíso à rodovia Feliciano Sales Cunha (SP-
310), entre Auriflama e Guzolândia. Quase 15 anos após o início das obras da ponte pela Cesp (Companhia Energética
de São Paulo), a estrada sequer foi aberta. O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) não tem uma definição
sobre a conclusão da ponte e a construção da estrada.

Pouco se sabe sobre a rodovia. Nem mesmo Cesp e DER possuem informações detalhadas sobre a construção dessa
obra. Sabe-se que a estrada seria paralela às rodovias Eliezer Montenegro Magalhães (SP-463), que liga Araçatuba a
Auriflama, e SP-563, que liga Andradina a Pereira Barreto.

Pela localização da ponte, a estrada ficaria a distâncias iguais das SP-463 e SP-563. Sua principal função seria encurtar
as distâncias entre as cidades localizadas na região de São José do Rio Preto, na rodovia Feliciano Sales Cunha e os
municípios da região de Araçatuba localizados na rodovia Marechal Rondon (SP-300). Atualmente, quem mora em
Valparaíso, por exemplo, precisa se deslocar até Araçatuba ou Andradina para chegar ao outro lado do rio Tietê. A
estrada também permitiria que os motoristas que se deslocassem do Triângulo Mineiro em direção ao Oeste Paulista e
ao Norte do Paraná tivessem mais uma opção para atravessar o rio Tietê, sem a necessidade do uso de balsas.

ESQUECIDA - Chegar ao local onde a ponte foi construída não é fácil. Ela fica a quase 40 quilômetros de Valparaíso,
por estrada de terra e trilhas que atravessam uma propriedade rural. Não há uma estrada aberta até a cabeceira da
ponte.

Quem navega pelo rio Tietê, entre a Usina Hidrelétrica de Nova Avanhandava e o Canal de Pereira Barreto se
impressiona com a imponência dos pilares de sustenção da ponte. Além dos pilares, os aterros que ligariam a pista à
ponte também foram construídos.

As obras da ponte foram iniciadas há quase 15 anos, antes da conclusão da Usina Hidrelétrica de Três Irmãos, em
Pereira Barreto. A Cesp, responsável pela construção de hidrelétrica, ergueu aproximadamente 25 pilares, cuja altura
varia de 80 a 90 metros cada, que dariam sustenção à pista.

É como se a obra ligasse o nada ao coisa alguma. Toda essa estrutura está abandonada e esquecida pelas autoridades.
Um triste exemplo de desperdício de dinheiro público.

BENEFÍCIOS - De acordo com o prefeito de Valparaíso, Antônio Gomes Barbosa (PL), a estrada traria inúmeros
benefícios para os municípios vizinhos a Valparaíso e Mirandópolis. "Ela encurtaria bastante as distâncias. Hoje, se
quisermos ir para a região de Jales, temos que nos deslocar até Araçatuba. Com a estrada, o trajeto seria bem menor",
considera o prefeito.

A estrada também traria benefícios para a economia da região, na avaliação do prefeito. Para ele, a ligação seria mais
uma opção para o escoamento da produção da região. Poderia permitir também a construção de um novo porto fluvial
no Tietê para atender os municípios vizinhos.

Mesmo com a importância da obra, há pouca mobilização por parte das autoridades da região para finalizar a estrada.
O prefeito de Valparaíso é um dos poucos interessados na construção da rodovia. Para isso, encaminhou um ofício para
o deputado estadual Roque Barbieri (PTB) com fotos e informações da ponte. O objetivo é conseguir uma audiência
com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para discutir o assunto.

NECESSIDADE - A estrada passaria em um dos limites da Fazenda Jacarezinho, localizada em Valparaíso. Segundo o
subgerente da fazenda, Sérgio José Zapparoli, a estrada aumentaria a integração entre os municípios da região de
Araçatuba e Valparaíso

"Esse é o maior trecho do Tietê no estado sem a existência de uma ponte e uma estrada que atravesse o rio", explica.
"Podemos dizer que nesse ponto do estado, as duas regiões estão separadas", acredita. O subgerente relata que uma
viagem para Sud Menucci pela estrada, por exemplo, teria sua distância encurtada em até 80 quilômetros.

Zaparoli conta também que DER e Cesp nunca deram satisfações sobre a conclusão das obras. Segundo ele, há alguns
anos foram feitas algumas melhorias nos aterros da ponte, mas depois, nada foi mais foi construído no local. "Sempre
escutamos muitas conversas sobre a construção da estrada, mas nada de concreto".

A nova estrada também traria vários benefícios para a fazenda, segundo Zapparoli. Seus proprietários pretendem
instalar nos próximos anos uma usina de álcool e açúcar no local. "Seria mais uma possibilidade para escoamento da
produção, para acesso à mão-de-obra em outras regiões", considera.

ÓRGÃOS FAZEM JOGO DE EMPURRA E CONSTRUÇÃO NÃO VAI PARA FRENTE


A assessoria de imprensa do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) e o Departamento da Comunicação da
Cesp (Companhia Energética de São Paulo), ambos em São Paulo, admitem que um dia houve a intenção de se
construir uma estrada que ligasse Valparaíso à Guzolândia ou Auriflama. A Cesp afirma que já concluiu sua parte na
obra. Já o DER afirma que não há previsão para a construção da rodovia.

O DER, por meio de sua assessoria, reconhece que a conclusão da ponte e abertura da estrada "se perderam no
tempo", mas não apontou as razões para isso. Segundo a assessoria, Cesp, DER e o Departamento Hidroviário do
Estado de São Paulo, responsável pela Hidrovia Tietê-Paraná, estão se reunindo para discutir o que pode ser feito com
a ponte inacaba e se existe a possibilidade da estrada ser aberta.

Até o momento, de acordo com a assessoria, não há nenhuma definição. Da mesma forma, não há um projeto para a
construção da estrada, nem estimativa de custos. Isso só será feito quando CESP, DER E DEPARTAMENTO
HIDROVIÁRIO chegarem a um consenso sobre a obra, o que não tem previsão para acontecer.

Já a Cesp afirma que a ponte sobre o rio Tietê - conhecida na companhia como a montante da Ilha do Jacaré - foi
construída graças ao convênio nº 2.116, celebrado em 6 de abril de 1992 entre a Cesp e o DER, com vigência de dois
anos.

Segundo a companhia, seria de sua responsabilidade desenvolver os projetos da ponte e dos aterros de
encabeçamento e executar as obras da infra-estrutura da ponte e dos aterros.

A Cesp diz ainda que, segundo o convênio, o DER ficaria responsável pela aprovação dos projetos da ponte e dos
aterros de encabeçamento, receber as obras da infra-estrutura da ponte e dos aterros de encabeçamento, realizar a
manutenção dessas obras e executar as obras de superestrutura da ponte e dos acessos.

CONCLUÍDO - A companhia, por meio da assessoria de imprensa, garante ter


executado as obras que estavam sob sua responsabilidade. Segundo ele, em 4
de novembro de 1994, foi firmado um termo de vistoria, de entrega e
recebimento definitivo, no qual o DER, após vistoria, recebeu definitivamente
as obras executadas pela Cesp e assumiu os encargos de administração,
conservação e melhoria incidentes sobre elas.
A ponte, segundo a Cesp, foi construída com recursos próprios, porém o valor da obra é desconhecido.
Fonte: http://www.folhadaregiao.com.br/jorn.../01/cida08.php

Como implementar a ação:

 VONTADE POLÍTICA DO ESTADO

 AÇÕES CONJUNTAS DA CESP, DER E DEPARTAMENTO HIDROVIÁRIO


Custos – recursos necessários e fontes:

 A SEREM DEFINIDOS PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES

Reflexão crítica da proposta / dificuldades na implantação / dúvidas:

PONTE INACABADA - DESPERDÍCIO DE RECURSOS PÚBLICOS


Fonte: https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=911620&page=7

PONTE INACABADA - DESPERDÍCIO DE RECURSOS PÚBLICOS


Fonte: https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=911620&page=7
Observações: Nihil

Localização:

PONTE INACABADA - DESPERDÍCIO DE RECURSOS PÚBLICOS


Fonte: Google Earth imagem 03/07/2016
COORDENADAS UTM: 22K 520505.01 m E
7693791.66 m S

Formulador: Ricardo Corrêa Fernandes


Engenheiro civil

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