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O desenvolvimento do trabalho foi resultado da análise conceitual dos dados por SPECK
(2016), buscando entender os 10 passos da caminhabilidade, do Conceito da Distinguibilidade
presentes nos estudos realizados por Camilo Boito e Brandi e as estratégia de parâmetros de
desenho urbano para a melhoria da caminhabilidade idosa apresentada por MARINS (2022).
Dessa forma, baseado nos estudos apresentados e a leitura urbana da área de estudo, as
diretrizes para o projeto urbanístico são:
1° Por o automóvel em seu lugar: No que se referente as áreas urbanas, o pedestre deve ter
prioridade em relação aos automóveis, como proposta para a intervenção propôs-se alargar as
duas calçadas da Rua da União. Considerando que o fluxo de veículos é considerado baixo e
que em certas áreas da via são ocupadas por carros estacionados, ocupando os dois lados da
via. Optou-se também por faixas de pedestres elevadas, buscando proporcionar maior
segurança para o pedestre durante a sua travessia
A Rua da União pode ser considerada como uma via local por possuir uma menor dimensão,
além de haver uma grande quantidade carros e motos estacionados provenientes das
empresas públicas, privadas e de edificações residenciais.
Pela priorização da qualidade do pedestre e com o alargamento das duas calçadas da Rua da
União, o espaço da via ficou destinada apenas para a locomoção dos veículos, havendo apenas
alguns trechos destinados para o estacionamento na área. Essa decisão foi proposta por haver
estacionamentos rotativos privados localizados próximo a área e essas vagas criadas seja para
suprir as necessidades imediatas daqueles que buscam utilizar algum dos usos presentes no
local.
4° Deixar o sistema de transporte fluir: O planejamento do transporte público busca tomar
decisões que tornem a cidade ativa para as pessoas, objetivando interligar as localidades
facilitando o deslocamento de pessoas.
A proposta do projeto procura facilitar o deslocamento através de uma estrutura para o uso de
diferentes modais, propondo assim a facilidade para o deslocamento das pessoas. Dessa
forma, foi implantado um bicicletário no programa da praça, além da implantação da ciclofaixa
na rua da Saudade com o intuito de proporcionar para o cidadão segurança e um
deslocamento sustentável e convidativo.
5° Proteger o Pedestre: A proteção do pedestre está relacionada com medidas que buscam
trazer comodidade e segurança durante o seu trajeto. Dentre elas está a implantação de
mobiliário, árvores, alargamento das calçadas, largura das faixas sinalização, dentre outros
fatores.
O projeto traz como ações adotadas a implantação de arvores nas calçadas da Rua da União,
rua do Riachuelo, rua da Saudade e na praça. A colocação do piso tátil e rampas para tornar o
percurso mais acessível e seguro para todas as pessoas, além da faixa de pedestre elevada na
rua da União e na rua da Saudade que tem o intuito de diminuição da velocidade de veículos
nesses trechos.
6° Acolher as bicicletas: A bicicleta é um meio de transporte que ajuda na diminuição dos
poluentes, além de possibilitar uma diminuição do congestionamento do trânsito da cidade. A
implantação de ciclovias e ciclofaixas vai de acordo com viabilidade de haver área a ser
implantada e a necessidade das pessoas que trafegam pela área estudada.
No trecho estudado, a proposta é implantar a ciclofaixa na rua da Saudade que é uma via de
fluxo médio à baixo, para a possibilitar uma maior segurança as faixas de pedestres foram
elevadas para possa ajudar na redução da velocidade dos carros nessas vias, dando assim
maior segurança para os pedestres e usuários de bicicletas. Na praça projetada, foi implantado
um bicicletário próximo da ciclofaixa que está presente na rua da Saudade e com acesso para a
rua do Riachuelo, permitindo assim maior facilidade para a utilização desse recurso.
7° Criar bons espaços: Um espaço confortável para o usuário necessita que haja segurança,
áreas amplas e abertas.
Dessa forma, uma das principais propostas implantadas foi o aumento das calçadas, a criação
de espaços de permanência na rua da União e na praça, a disponibilização de mobiliário
urbano, como lixeiras, mesas e bancos.
8° Plantar Arvores: As arvores proporcionam uma melhora no clima da cidade, tornando para
o pedestre uma caminhabilidade mais agradável.
Na área estudada, existiam poucas áreas, onde a sua maior concentração estava na rua do
Riachuelo, com arvores de grande porte. Para o projeto propôs-se implantar mais árvores de
médio porte nas calçadas das ruas que abrangem a área do projeto e na praça, tendo como
propósito tornar o percurso mais prazeroso para o pedestre.
9°Criar faces e ruas agradáveis e singulares: As ruas com maior permeabilidade, possuindo
edificações com fachadas que permitem uma maior comunicação entre o interior e exterior
proporcionam uma maior segurança e atratividade entre o pedestre que passa pelo local.
A tipologia existente na área de análise possui significativa quantidade de sobrados na rua da
União, casa de porta e janela e edifícios caixão, dessa forma, para proporcionar maior
qualidade ao trajeto da rua, foi-se colocado mobiliário urbano para contribuir numa relação
entre o espaço público e privado.
10° Eleger as prioridades: Para promover a caminhabilidade e torná-la acessível para todos os
públicos, buscou-se propiciar ao pedestre recursos que possibilitem segurança e facilidade de
acesso a locomoção durante o seu percurso.
Como decisão projetual buscou-se aumentar a largura das calçadas e fazer uma setorização
para que fosse distribuída de forma consciente as áreas de permanência e passagem, como
também a melhoria da iluminação da Rua da União, Rua do Riachuelo e Rua da Saudade com a
redistribuição e aumento de postes de luz voltados tanto para as calçadas quanto para as ruas
em que se passam os veículos, além da iluminação da praça.
MEMORIAL DESCRITIVO
A proposta realizada tem como base o conceito estilo do Jardim Paisagista Moderno Francês,
que contém as suas áreas delimitadas tendo como característica principal a sua forma
geométrica e a simetria na intenção do desenho, apresentando retângulos, e triângulos nas
áreas verdes que são cruzados pelos caminhos traçados.
PRINCIPIO DA DISTINQUIBILIDADE
O Princípio da Distinguibilidade trata-se de um conceito defendido por Boito e Grandi que
defendem que cada ação contemporânea realizada em um monumento ou área de valor
histórico deve ter características que possam ser diferenciadas do original, mas que sejam
coerentes com o seu estilo e forma, não destoando do conjunto. Além de ser devidamente
documentado cada passo realizado durante a obra e que possa ser reversível.
A aplicação desses fundamentos defendidos por Boite e Brandi foram incorporados no projeto,
já que o projeto proposto está sendo aplicado em uma Zona de Preservação Histórica da
cidade
e o projeto possui um estilo mais contemporâneo, que busca trazer uma coerência com a sua
preexistência.
PAGINAÇÃO DE PISO
O trecho de intervenção está dentro de um Zona Especial de Preservação do Patrimônio
Histórico-Cultural (ZEPH) e como proposta para a Rua da União foi realizada a ampliação de
suas calçadas para gerar mais conforto para o pedestre, tendo como paginação dois pisos
diferentes, o piso em concreto cimentício com modulação de 1m por 1m e o piso intertravado
estilo espinha de peixe que tem como proposta indicar a área ampliada da calçada e a sua
largura original.
A escolha desses materiais também estão presentes na praça, de forma que o piso estilo
espinha de peixe forma um caminho central no meio da praça e nas áreas onde estão
localizados os quiosques.
Como solução para a acessibilidade foi colocado piso direcional circundando a praça, assim
como na indicação para o acesso as rampas.
MOBILIÁRIO URBANO
Para a escolha do mobiliário urbano foi proposto como escolha os dos bancos com capacidade
para 03 pessoas em madeira com suporte de ferro galvanizado do fabricante Hellerup que
estão alocados tanto no interior da praça como nas calçadas da rua da União, rua do Riachuelo
e parte da rua da União. Colocados em pontos estratégicos que buscam promover ao pedestre
um lugar de descanso.
Para melhor acomodar as pessoas que buscarem frequentar os quiosques, tanto os que estão
no interior da praça quanto os que ficam próximos a calçada foram disponibilizadas mesas
redondas com quatros lugares da MMCITÉ.
Outro mobiliário urbano incorporado foi lixeiras de metal com revestimento de madeira e
abertura superior da SiteScapes trazendo uma consonância com os demais escolhidos.
O bicicletário foi incorporado próximo aos quiosques ficam no interior da praça e a rua da
Suadade, onde localiza-se a ciclofaixa. O proposito é que essa área destinada a guardar as
bicicletas esteja perto das mesas e bancos para melhor acomodar e trazer segurança aos
frequentadores da praça.
ILUMINAÇÃO
Para a iluminação das vias foi utilizado um posteamento duplo do modelo ST Remy do
fabricante Schreder.
Para a travessia do pedestre, a iluminação das calçadas e o interior da praça o poste Sofia
Bracket também do mesmo fabricante Schreder
VEGETAÇÃO
A escolha da vegetação a ser implantada tanto nas calçadas quanto na praça buscou utilizar
árvore de médio porte, por isso a espécime escolhida foi a Bauhinea Varigeata (nome
científico) e popularmente conhecida como Pata-de-Vaca.
CARTILHA DO IDOSO
Com o aumento considerável da população nas cidades, crescem também os desafios para a
mobilidade urbana. Atualmente, é necessário encurtar as distâncias a serem percorridas,
diminuir o tempo de locomoção, garantir segurança no trânsito, além de promover meios para
uma maior inclusão.
O deslocamento a pé
Infraestrutura e Projeto:
A qualidade das calçadas é um dos principais fatores condicionantes da caminhabilidade,
sendo necessária uma geometria que permita a circulação de pedestres com conforto e
segurança.
Uma faixa de serviço e/ou estar, ocupada por canteiros, árvores, sistemas de
microdrenagem, postes para iluminação pública e/ou distribuição de energia elétrica e
comunicações, mobiliário urbano, sinalização, dentre outros. Essa faixa funciona ainda como
um espaço de proteção para os pedestres situados na faixa livre, em relação ao leito carroçável
dos veículos;
Uma faixa de acesso ou transição, que constitui o espaço junto às fachadas e testadas das
edificações, por onde os edifícios são acessados ou estabelecimentos comerciais podem dispor
mobiliários, mediante autorização do poder público municipal.
Pavimentação
Amenidades e Vegetação:
Mobiliário urbano
Arborização urbana
Travessia e Segurança:
Travessias viárias
Sinalização viária
Iluminação pública