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Transportes Sustentáveis 29 DE JUNHO DE 2022

MOBILIDADE
ATIVA
Helena Pauline Schulze
Engenharia Civil

Luiz Gustavo Rotta


Engenharia Civil
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O QUE É MOBILIDADE ATIVA?

A mobilidade ativa é
baseada no deslocamento
usando a energia do próprio
corpo. É caracterizada na Lei nº
12.587, de 3 de janeiro de
2012, que institui a Política
Nacional de Mobilidade
Urbana, como modos não
motorizados. De acordo com
essa legislação, os modos não
motorizados são aqueles que se
utilizam do esforço humano ou
animal (BRASIL, 2012, Art. 4º, Pirâmide invertida da mobilidade urbana
sustentável.
V). Fonte: ITDP Brasil (20--).

Ainda, a PNMU traz uma diretriz de extrema importância


para a mobilidade ativa: a priorização dos modos não
motorizados em detrimento dos modos motorizados
(BRASIL, 2012, Art. 6º, II). Desse modo, os pedestres e
ciclistas - ou seja, usuários da mobilidade ativa - estão no
topo da pirâmide, e devem ser resguardados pelas políticas
públicas e pelo desenho urbano.
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CONCEITOS

Modo de deslocamento que conta apenas com o


Mobilidade Ativa
esforço físico do próprio corpo. Pode ser feita pela
mobilidade pedonal, ou a partir de veículos de
propulsão humana, como a bicicleta, os patins ou os
skates.

Pode ser definido como a medida em que as


Caminhabilidade
características do ambiente urbano favorecem a sua
utilização para deslocamentos a pé.

Refere-se ao quanto uma cidade é boa ou ruim para o


Ciclabilidade
uso da bicicleta como modo de transporte.
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CONCEITOS

Caminhabilidade
O conceito de caminhabilidade vem do termo em inglês, walkability, e retrata o
condições do espaço urbano sob a ótica do pedestre. Pode ser definido como a medida em
que as características do ambiente urbano favorecem a sua utilização para deslocamentos
a pé (ITDP, 2019).
A caminhabilidade engloba muitos aspectos, devendo atender não apenas quesitos de
infraestrutura, mas também de conforto e segurança do pedestre. A World Resources
Institute publicou em 2017 o manual "8 Princípios da Calçada", no qual são apresentadas
características que influenciam na mobilidade pedonal, sendo elas:
Dimensionamento adequado: Largura da calçada compatível com os usos no local,
trazendo segurança e conforto. Utiliza como elementos de dimensionamento a faixa
livre, faixa de serviço e faixa de transição ou acesso.
Acessibilidade universal: Uso de elementos para facilitar o acesso por todas as
pessoas, contribuindo para o espaço urbano inclusivo. Considera como elementos o
rebaixamento da calçada, piso tátil e inclinação longitudinal.
Conexões seguras: Elementos urbanos que interligam as calçadas e contribuem para a
formação de uma rede, facilitando e priorizando os deslocamentos a pé. Os elementos
considerados são a conectividade, as situações das esquinas, as faixas de travessia e
pontos de acesso ao transporte coletivo.
Sinalização coerente: Conjunto de sinais que orientam os pedestres no espaço urbano,
trazendo informações na escala do pedestre. A sinalização informativa e os semáforos
para pedestres são elementos dessa categoria.
Espaço atraente: Elementos que contribuem para tornar o espaço agradável,
motivando as pessoas a caminharem e permanecerem no espaço público urbano. São
consideradas a vegetação e o mobiliário urbano.
Segurança permanente: Aspectos que conferem melhoria na segurança pública e no
ambiente urbano, aumentando a sensação de segurança. Para isso são consideradas a
iluminação pública e as fachadas ativas.
Superfície qualificada: Técnicas para assegurar um piso firme e regular para o calçado,
conferindo segurança e conforto. Existem diversos materiais que permitem isso, como
o concreto moldado in loco ou o permeável, blocos intertravados, etc.
Drenagem eficiente: Técnicas para promover o escoamento das águas pluviais,
contribuindo para manter a funcionalidade das calçadas. Para isso considera-se a
inclinação transversal e os jardins de chuva, por exemplo.
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CONCEITOS

Caminhabilidade

A acessibilidade é um tópico de grande importância para a caminhabilidade, e possui


norma específica no Brasil: a NBR 9050/2020, de acessibilidade a edificações, mobiliário,
espaços e equipamentos urbanos. É baseada primariamente no conceito de desenho
universal - concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem utilizados por
todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou projeto específico, incluindo recursos
de tecnologia assistiva. O desenho universal tem como pressupostos: equiparação das
possibilidades de uso, flexibilidade no uso, uso simples e intuitivo, captação da informação,
tolerância ao erro, mínimo esforço físico, dimensionamento de espaços para acesso, uso e
interação de todos os usuários. Ainda, tem como princípios:
Uso equitativo: característica do ambiente ou elemento que faz com que possa ser
usado por todas pessoas, independentemente de idade ou habilidade.
Uso flexível: característica que faz com que o ambiente ou elemento atende uma
grande parte das preferências e habilidades das pessoas, oferecendo diversas maneiras
de uso.
Uso simples e intuitivo: característica do ambiente ou elemento que possibilita que o
uso seja de fácil compreensão, dispensando habilidade ou experiência.
Informação de fácil percepção: característica do ambiente ou elemento faz com que
seja redundante e legível quanto a apresentação de informações vitais.
Tolerância ao erro: característica que possibilita que se minimizem os riscos e as
consequências adversas de ações acidentais ou não intencionais na utilização do
ambiente ou elemento.
Baixo esforço físico: característica que determina que o ambiente ou elemento
espacial deve oferecer condições de ser usado de maneira eficiente e confortável, com
mínimo de fadiga muscular do usuário.
Dimensão e espaço para aproximação e uso: característica que diz que o ambiente ou
elemento deve ter dimensão e espaço apropriados para aproximação, alcance,
manipulação e uso, independentemente do tamanho do corpo, postura e mobilidade
do usuários.
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CONCEITOS

Caminhabilidade

Para permitir a livre circulação, a NBR 9050/ 2020 determina faixas de setorização das
calçadas. São elas:
Faixa de serviço: Permite a inserção de mobiliários urbanos que aumentem a
atratividade pedonal, como estruturas de iluminação, rampas de acesso, placas de
sinalização e arborização. Dimensão mínima de 0,8 m.
Faixa livre: Faixa livre de obstáculos, que permitem a circulação de todos os usuários.
Dimensão mínima de 1,2 m.
Faixa de transição: Faixa opcional, para acesso aos imóveis, com dimensão livre.

Setorização de calçadas
Fonte: Santos et al (2017)
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CONCEITOS

Caminhabilidade

Outra categoria de intervenções que podem promover a caminhabilidade são as


medidas de traffic calming. O conceito de medidas moderadoras de tráfego, tradução de
traffic calming, surgiu na década de 1970, buscando reduzir a quantidade e a gravidade dos
acidentes, os ruídos e a poluição do ar, bem como revitalizar as características ambientais
das vias, diminuindo a participação do automóvel na cidade. O Manual de Medidas
Moderadoras de Tráfego, publicado pela BHTrans em 1999, traz algumas intervenções:

Deflexões verticais;
Deflexôes horizontais;
Restrições na pista;
Rotatórias;
Redução no raio de giro;
Regulamentação de prioridade;
Marcas viárias;
Largura ótica;
Estreitamento da pista;
Faixas de alinhamento;
Superfícies diferenciadas;
Entradas e portais;
Ilhas centrais;
Espaços compartilhados;
Extensão de calçadas;
Vegetação e paisagismo;
Mobiliário urbano e iluminação;
Regulamentação.

As medidas moderadoras de tráfego não só promovem espaços mais atraentes aos


pedestres, com espaços compartilhados, mas também tratam da segurança e conforto
desses usuários.
Há também o conceito de ruas completas, em que todos os usuários da via estão no
mesmo nível, priorizando o pedestre e os ciclistas, tornando-os mais visíveis.
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CONCEITOS

Caminhabilidade

Para quantificar a caminhabilidade, muitos estudos de avaliação de calçadas vem sendo


feitos. O primeiro estudo de caminhabilidade foi feito por Bradshaw, em 1993. Hoje em
dia, no Brasil, há uma ferramenta bastante difundida, o Índice de Caminhabilidade,
desenvolvido pelo ITDP.

São seis categorias, com


quinze indicadores, que
variam de 0 a 3, sendo 0
insuficiente, 1 suficiente, 2
bom e 3 ótimo. A avaliação
é feita por trechos de
calçada, e assim é
calculada a nota final,
variando de 0 a 3.

Na categoria calçada, são avaliadas as questões de infraestrutura, pelos indicadores de


largura e pavimentação. A categoria mobilidade está relacionada à acessibilidade, e é
avaliada pelos indicadores de dimensão das quadras e distância a pé ao transporte. A
categoria atração avalia atributos do espaço construído que podem ter impacto nas rotas
de pedestres, sendo avaliado pelos indicadores de fachadas fisicamente permeáveis,
fachadas visualmente ativas, uso público diurno e noturno e usos mistos. A categoria
segurança viária avalia requisitos de conforto e acessibilidade universal que garantam a
segurança do pedestre, e se utiliza dos indicadores tipologia da rua e travessias. A
categoria segurança pública é avaliada pelos indicadores de iluminação e fluxo de
pedestres diurno e noturno. A categoria ambiente avalia quesitos ambientais que possam
afetar a caminhabilidade, sendo avaliada pelos indicadores de sombra e abrigo, poluição
sonora e coleta de lixo e limpeza.
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CONCEITOS

Ciclabilidade
Ciclabilidade é uma tradução livre do termo em inglês Bikeability, que significa o quanto
um local é "amigável" ao uso da bicicletas. Segundo César (2014) a ciclabilidade refere-se
ao quanto uma cidade é boa ou ruim para o uso da bicicleta como modo de transporte,
pois a cidade pode possuir diversos parques e espaços agradáveis para seu uso e não
necessariamente possuir infraestrutura urbana que permita seu uso como deslocamento.
Segundo a FWHA (Federal Highway Administration), órgão do departamento de
transportes estadunidense, existem fatores objetivos e subjetivos que influenciam no uso
da bicicleta como modo de transporte:

Fatores Objetivos:
Ambientais;
Clima;
Topografia;
Característica da Infraestrutura;
Existência de ciclovias;
Existência de calçadas;
Acessibilidade e continuidade das rotas, e;
Disponibilidade de alternativas de transporte.

Fatores Subjetivos:
Comprimento da viagem;
Segurança no tráfego;
Conveniência (conforto, confiabilidade, tempo de passagem e facilidade de
acesso);
Valor atribuído ao tempo;
Custo da viagem;
Valorização dos exercícios físicos;
Circunstâncias familiares;
Hábitos cotidianos das pessoas;
Atitudes e valores individuais, e;
Aceitabilidade social.
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CONCEITOS

Tipos de estruturas cicláveis


Existem diversas soluções para a infraestrutura cicloviária, que variam conforme o fluxo
de veículos e a velocidade da via. A cidade deve trabalhar com os diversos tipos, sempre
buscando a segurança do ciclista, dando suporte ao usuário de maneira convidativa.

Ciclofaixas:
São faixas de circulação exclusivas de ciclos, no mesmo nível de faixa de rolamento
e segregadas fisicamente por delimitadores visuais como tachões e pinturas.
Podem ser implantadas em vias com velocidades mais baixas.

Ciclovias:
São faixas exclusivas de circulação de ciclos, porém segregadas fisicamente das
faixas de rolamento, podendo estar alocadas junto às calçadas e canteiros centrais.
Ideal para vias com velocidades elevadas ou alto fluxo de veículos.

Via Compartilhada:
São destinadas à circulação de dois ou mais modais no mesmo espaço. Também
podem ser implementadas em "passeios compartilhados", os quais adotam o uso
simultâneo da calçada por ciclista e pedestre, desde que sinalizada e autorizada
pelo órgão competente. A via compartilhada exige velocidades reduzida.
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CONCEITOS

Indicadores
Métodos de avaliação de infraestrutura cicláveis ainda estão em desenvolvimento.
Dentre índices e indicadores que possam ser utilizados para determinar a ciclabilidade,
Andrade (2017) propõe 5 categorias e 12 indicadores:

Categorias:
1ª Ciclovia/Ciclofaixa
Indicadores:
Material do piso;
Condição da sinalização horizontal e vertical;
Condição do piso.
2ª Atração:
Indicadores:
Permeabilidade Física;
Fluxo de ciclistas.
Segurança Pública:
Indicadores:
Iluminação;
Roubos e furtos.
Segurança Viária:
Indicadores:
Velocidade veículos motorizados;
Crimes de trânsito.
Ambiente:
Indicadores:
Arborização;
Poluição sonora;
Resíduos sólidos.
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CONTRIBUIÇÃO NA MATRIZ
MODAL BRASILEIRA

Modos motorizados individuais


25% Modos não motorizados
30%

Modos motorizados coletivos


45%

Fonte: ANTP (2020).

Segundo a Associação Nacional de Transportes Públicos, em 2018 a contribuição dos

modos ativos para a matriz modal brasileira foi de pouco menos de um terço. Os

deslocamentos a pé representam 28% do total, e por bicicleta apenas 2%. A mobilidade

pedonal tem forte caráter complementar, sendo necessária para a complementação de

deslocamentos realizados por outros modos, para por exemplo, acessar o transporte

público ou o local em que o carro está estacionado. Já o uso da bicicleta ainda é tímido no

Brasil.
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REALIDADE EM
OUTROS PAÍSES
Diversas capitais pelo mundo já adotaram
políticas públicas de desincentivo ao uso
do automóvel e adoção de modos ativos
de deslocamento. Alguns exemplos são:

Copenhague, Dinamarca
É considerada a melhor cidade do
mundo para se deslocar de
bicicleta;
Estrutura de fácil acesso ás vias
centrais;
Sinais de tráfego inteligente que
permitem a priorização da bicicleta
no trânsito.
Berlim, Alemanha
Construção de ciclovias e
readequação de vias existentes
para bicicletas e pedestres;
13% das rotas são feitas de
bicicleta.
Amsterdã, Holanda
1,1 bicletas por pessoa;
Toda infraestrutura voltada para
priorização de modos ativos em
combinação com transporte
público.
Londres, Inglaterra
Sistema público de aluguel de
bicicletas;
Pedágio na região central para
automóveis.
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QUESTÕES DETERMINANTES
Fonte: Koszowski et al (2019)

Espaço construído
Densidade das cidades e usos mistos

O uso e ocupação do solo tem papel importante na estruturação das redes de


transporte, da atratividade, do espaço público e das distâncias entre os polos geradores e
atratores de viagens, e impacta diretamente na mobilidade ativa. De acordo com a
literatura, as principais características que afetam a mobilidade ativa são a densidade, a
acessibilidade da destinação, o desenho urbano, a distância até o transporte público e a
diversidade de usos.

Conectividade e densidade das redes de transportes

Como o uso do solo e a mobilidade se influenciam fortemente, deve-se pensar em


redes de transporte densas, conectadas, seguras e confortáveis. Os pedestres e ciclistas
estão mais vulneráveis nas ruas, e devem ser priorizados. Além disso, distâncias mais
curtas são mais atrativas para esses usuários.

Acessibilidade

A interação entre o uso do solo e as redes de transporte determina a acessibilidade dos


destinos. Deve-se garantir o fácil acesso ao trabalho, comércio, transporte público, às
residências, o estudo e espaços de laser.

Disponibilidade de infraestrutura e espaços públicos

A qualidade das infraestruturas para pedestres e ciclistas influencia no uso desses


modos. Estudos mostram que calçadas adequadas e boas infraestruturas cicláveis
promovem a caminhabilidade e a ciclabilidade.

Escala dos edifícios

A escala dos edifícios deve seguir proporções adequadas para a convivência. Os


espaços devem ser pensados para atrair pessoas.

Segurança viária e traffic calming

Um maior volume de veículos trafegando afeta a sensação de segurança dos pedestres


e ciclistas, por sua vulnerabilidade. Por isso, medidas de traffic calming, que reduzem as
velocidades, auxiliam na promoção da mobilidade ativa.
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BENEFÍCIOS DA
MOBILIDADE
ATIVA
A mobilidade ativa possui diversos
benefícios, tanto para a saúde, quanto para
o meio ambiente e para o planejamento
urbano.

Os benefícios para a saúde são:


Ajudar a manter um peso saudável;
Prevenir condições e doenças;
Fortalecimento do corpo;
Melhora na resistência muscular;
Redução no estresse, ansiedade e
depressão;
Entre outros.

O principal benefício para o meio ambiente


é o fato da mobilidade ativa não contribuir
para a emissão dos gases poluentes. O
setor de transportes possui grande
contribuição na emissão de gases,
contribuindo para a poluição sonora e do
ar.

Com relação ao planejamento urbano, a


mobilidade ativa possui diversas
vantagens: são modos que ocupam pouco
espaço, são flexíveis, causam poucos
custos para a sociedade e, em conjunto
com o transporte coletivo, podem atender
quase todas as necessidades de
deslocamentos.

Fonte: Nóbrega (20--); Koszowski et al (2019)


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LIMITAÇÕES DA
MOBILIDADE
ATIVA
Usuários da mobilidade ativa estão mais
vulneráveis a acidentes e a poluição, tanto
do ar quanto sonora.

Há um aumento no risco de acidentes


para pedestres e ciclistas, em comparação
com usuários de veículos motorizados,
além de serem, no geral, acidentes mais
severos. Porém, vale ressaltar que
ambientes desenhados para a mobilidade
ativa são mais seguros.

A exposição à poluição também está


relacionada comparativamente aos
usuários de automóveis individuais.

Fonte: Koszowski et al (2019)


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RELAÇÃO COM OS ODS

Objetivo 9. Construir infraestruturas


resilientes, promover a industrialização
inclusiva e sustentável e fomentar a
inovação:
9.1 Desenvolver infraestrutura de
qualidade, confiável, sustentável e
resiliente, incluindo infraestrutura
regional e transfronteiriça, para
apoiar o desenvolvimento
econômico e o bem-estar humano,
com foco no acesso equitativo e a
preços acessíveis para todos
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RELAÇÃO COM OS ODS

Objetivo 11. Tornar as cidades e os


assentamentos humanos inclusivos,
seguros, resilientes e sustentáveis:
11.2 Até 2030, proporcionar o
acesso a sistemas de transporte
seguros, acessíveis, sustentáveis e
a preço acessível para todos,
melhorando a segurança
rodoviária por meio da expansão
dos transportes públicos, com
especial atenção para as
necessidade das pessoas em
situação de vulnerabilidade,
mulheres, crianças, pessoas com
deficiência e idosos
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DISCUSSÕES
A mobilidade ativa surge como uma
importante solução para os problemas de
mobilidade das cidades de hoje em dia,
especialmente quando aliada com um
transporte público coletivo de qualidade.
A mobilidade pedonal e as bicicletas são
modos que necessitam de infraestrutura
simples, com soluções que priorizem seus
usuários e promovam a segurança.
A utilização de modos ativos contribui
de maneira direta para a redução dos gases
poluentes, grande problema da área de
transportes.
Desse modo, nota-se que a mobilidade
ativa atende aos critérios para ser
considerada sustentável, além de ser
democrática, de fácil acesso a todos.

Não obstante, ressalta-se a necessidade


de planejamento nas cidades brasileiras,
construindo espaços para quem realmente
deve desfrutar deles, as pessoas, e não
para automóveis.

"Uma boa cidade é como uma boa festa,


ninguém quer sair cedo."
Jan Gehl
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REFERÊNCIAS
ABNT. NBR 9050/ 2020. Acessibilidade a
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos. Rio de Janeiro, 2020.

ANDRADE, J. W. C. Desenvolvimento de um
índice para a avaliação da
ciclabilidade na cidade de Aracaju. Dissertação
(Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente)
- Universidade Federal de Sergipe. São Cristóvão.
2017.

ANTP. Relatório geral 2018. SIMOB/ ANTP: São


Paulo, 2020.

BHTRANS. Traffic Calming: Medidas moderadoras


de tráfego. BHTrans, Prefeitura de Belo
Horizonte, Belo Horizonte, 1999. Disponível em:
<https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/i
magens/authenticated%2C%20editor_a_b
htrans/manual_traffic_calming.pdf>. Acesso em: 03
jul. 2022.

BRASIL. Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012.


Institui as diretrizes da Política Nacional de
Mobilidade Urbana; revoga [...]. Brasília, 2012.

CÉSAR, Y. B. Avaliação da ciclabilidade das cidades


brasileiras. Dissertação (Mestrado em Engenharia
Urbana) - Universidade Federal de São Carlos. São
Carlos. 2014.

ESTADÃO. 5 países que são exemplos quando o


assunto é mobilidade urbana. Estadão: São Paulo,
2022. Disponível em:
<https://mobilidade.estadao.com.br/mobilidade-
para-que/5-paises-que-sao-exemplos-quando-o-
assunto-e-mobilidade-urbana/>. Acesso em 03 de
jul. 2022.
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REFERÊNCIAS
ITDP. Índice de caminhabilidade: Versão 2.0. ITDP,
2019.

KOSZOWSKI, C.; GERIKE, R.; HUBRICH, S.;


GOTSCHI, T.; POHLE, M.; WITTWER, R. Active
mobility: bringing together transport planning,
urban planning and public health. Lecture Notes in
Mobility, 149-171 .DOI: 10.1007/978-3-319-
99756-8_11

NÓBREGA, A. Mobilidade ativa: o que é e quais os


benefícios?. eCycle: São Paulo, [20--]. Disponível
em: <https://www.ecycle.com.br/mobilidade-
ativa/>. Acesso em 26 jun. 2022.

SANTOS, P. M.; CACCIA, L. S.; SAMIOS, A. A. B.;


FERREIRA, L. Z. 8 princípios da calçada:
construindo cidades mais ativas. WRI: São Paulo,
2017.

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