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-UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA NO TRANSPORTE PÚBLICO

COLETIVO URBANO E SEGURANÇA URBANA :


APRIMORAMENTO DA MOBILIDADE URBANA POR MEIO DO
USO DE APM.

Evelyn Gomes Sena 1 – Fatec Carapicuíba


Stephanie Samantha Martins Rodrigues 2 – Fatec Carapicuíba

RESUMO

Palavras-chave: Artigo Científico. Normalização. NBR 6028. XI SIMGETEC WEB.

ABSTRACT
O texto do resumo na versão em Inglês.

Keywords: Format. Paper. Academic and Scientific Production. XI SIMGETEC WEB.

1 INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por finalidade identificar algumas das tecnologias criadas
no transporte público/coletivo urbano para aprimorar a mobilidade dentro das grandes
metrópoles, bem como podemos tornar o transporte mais seguro e acessível. Após isso,
explorar a tecnologia Automed People Movers, dando ênfase ao Aeromovél, uma
tecnologia já em uso no Brasil.
Segundo dados do IBGE (2014), o Brasil apresenta um alto índice, pouco mais de
84% de sua população total vive nos grandes centros urbanos. E, os dados colhidos pelo
IEMA (2021) apontam que em média 4,7 milhões de passageiros usaram ônibus em
cada dia útil de setembro.
Isto posto, torna-se primordial aprimorar os meios de transporte que possibilitam
maior eficiência na mobilidade e locomoção de pessoas dentro ou fora dos centros
urbanos. Porquanto, de acordo com a Constituição Federal (1988) o transporte público é
previsto como um serviço público essencial, organizado e prestado pelo Governo para
satisfação dos cidadãos.
Ainda, segundo Vasconcellos (2006), o transporte é uma atividade necessária à
sociedade e produz uma grande variedade de benefícios, possibilitando a circulação das
1
- Discente em Logística – e-mail: evelyn.sena@fatec.sp.gov.br
2
- Discente em Logística – e-mail: stephanie.rodrigues5@fatec.sp.gov.br
pessoas e das mercadorias utilizadas por elas e, por consequência, a realização das
atividades sociais e econômicas desejadas.
Partindo deste ponto, este artigo sobre uso da tecnologia no transporte urbano e
segurança urbana, algumas questões estiveram presentes: Qual a influência da
tecnologia no transporte urbano? O transporte público coletivo urbano no Brasil é
acessível? Existem transportes urbanos 100% sustentáveis? As condições da via
influenciam no controle e gestão de tráfego urbano? O veículo autônomo é uma solução
viável para aprimorar a mobilidade urbana dentro das grandes metrópoles?
Parte-se do pressuposto teórico de que uma das alternativas para isto seja criar um
sistema de transporte único para garantir o direito ao acesso, também o investimento em
veículos mais modernos e com capacidades maiores, como no caso o Aeromovél.
Porém, para isto existem diversos gargalos administrativos onde, o investimento em
melhorias das vias também é de suma importância.
      A principal justificativa para sustentar o presente artigo reside na situação alarmante
envolvendo o transporte urbano, onde, principalmente nas capitais, é comum
presenciarmos veículos superlotados o que, consequentemente aumentam
exponencialmente a probabilidade de ocorrer algum incidente (RAMOS, 2016).
Também é valido citar que, cerca de 2.669 cidades e aproximadamente 33,6 milhões de
brasileiros vivem sem acesso ao meio de transporte (MAZZA, 2018) e, ainda em 88%
das cidades brasileiras o transporte público coletivo urbano se encontra em situações
precárias, seja pela má condição da via, ou até mesmo pelo uso de veículos inferiores
(IBGE, 2018). Também sendo válido citar que, este artigo busca contribuir para
pesquisas futuras no setor do transporte e logística, trazendo informações úteis e
relevantes.
Objetiva-se com este artigo refletir e analisar sobre o uso da tecnologia Automed
People Movers, tendo como foco o estudo da projeto do Aeromovel nos centros urbanos
brasileiros. Outros objetivos também estiveram presentes: compreender o que são
transportes urbanos e sua importância no Brasil; identificar meios que possibilitam
maior acessibilidade no transporte urbano; analisar projetos de veículos urbanos
sustentáveis, bem como podemos alcançar maior proveito com a utilização de fontes
renováveis, diminuindo o fluxo de veículos nas vias.
Trata-se inicialmente de uma pesquisa bibliográfica fundamentada em leituras de
artigos científicos, dissertações de mestrado; livros e websites especializados. Quanto
aos aspectos metodológicos trata-se de uma pesquisa básica, qualitativa, exploratória e
bibliográfica.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesta parte serão apresentados os referenciais teóricos que embasaram o
presente estudo.

2.1 TRANSPORTE URBANO: conceituação


Segundo as diretrizes da Politica Nacional de Mobilidade Urbana (2012), o
transporte urbano compreende o conjunto dos modos e serviços de transporte público e
privado utilizados para o deslocamento de pessoas e cargas nas cidades integrantes.
Sendo modos de transporte urbano: motorizados e não motorizados, entre eles
automóveis individuais ou coletivos

2.1.1 TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO URBANO: definição


A PNMU (Política Nacional De Mobilidade Urbana), define que o transporte
público coletivo urbano é o serviço público de transporte de passageiros acessível a toda
a população mediante pagamento individualizado, com itinerários e preços fixados pelo
poder público. O transporte público coletivo urbano está inserido no sistema de
mobilidade urbana, que também inclui os demais modos de transporte e infraestruturas
utilizada. São consideradas como infraestruturas as vias, terminais, estações, pontos de
embarque e desembarque, sinalização viária, equipamentos e instrumentos de controle,
fiscalização, arrecadação, etc.

2.2 MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA: algumas considerações


De acordo com Vaccari e Fanini (2012), entende-se que mobilidade urbana é um
atributo associado às pessoas e atores econômicos no meio urbano que, de diferentes
formas buscam atender e suprir suas necessidades de deslocamento para a realização das
atividades cotidianas como: trabalho, educação, saúde, lazer, cultura etc.
Neste sentido, para Vasconcellos (2001) o conceito de mobilidade urbana deve se
relacionar com o conceito mais amplo, o de acessibilidade, entendida como a
mobilidade para satisfazer as necessidades de deslocamento, ou seja, a mobilidade que
permite à pessoa chegar a destinos desejados. O autor ainda menciona que, a palavra
“mobilidade” deva considerar a oferta do sistema de circulação – vias e veículos, e a
estrutura urbana.
Já para Akinyemi (1998, apud PONTES, 2010) o conceito tradicional de
mobilidade urbana é aquele que se relaciona às viagens atuais ou viagens feitas
utilizando as medidas: i) número de quilômetros por viagem por pessoa; ii) número de
viagens por pessoa por dia; e iii) número de quilômetros percorridos por pessoa e por
modo; e iv) números de viagens por dia por pessoa por modo.
Em acordo com a Política de Mobilidade Urbana, considera a mobilidade urbana
enquanto um instrumento de política de desenvolvimento urbano tendo como objeto a
interação dos deslocamentos de pessoas e bens com a cidade (Capítulo I, ART. 1°).
Tendo como objetivo contribuir para o acesso universal à cidade, por meio do
planejamento e gestão do sistema de mobilidade urbana. Este sendo definido como o
conjunto organizado e coordenado, física e operacionalmente, dos meios, serviços e
infraestruturas, que garante os deslocamentos de pessoas e bens na cidade (art. 3° do
projeto de lei).

2.2.1 ACESSIBILIDADE URBANA


O conceito de acessibilidade não está limitado apenas às pessoas que apresentam
algum tipo de limitação de movimento, e sim, aquelas pessoas que não possuem acesso
ou apresentam restrições às infraestruturas urbanas no sistema viário. (MAGALHÃES
et. Al. 2013, apud VIANA, 2014).
Segundo Jones (1981) acessibilidade 3 pode ser entendida como a oportunidade que
um indivíduo possuí para participar de uma atividade em um dado local, sendo tal
potencialidade disponibilizada pelo sistema de transporte e pelo uso de solo.
Assim, o Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana, acessibilidade urbana é
definida como a possibilidade de alcance, percepção e entendimento para a utilização
com segurança e autonomia de edificações, espaços mobiliários, equipamento urbano e
elementos (Lei Federal 10.098/00).

2.3 SEGURANÇA URBABA:


O conceito de segurança urbana, devido à sua multiplicidade, está longe de abranger
em si uma única definição e, deste modo, não é possível isolá-lo numa noção estática e

3
O termo acessibilidade etimologicamente deriva do latim accessiblitas, que significa “livre acesso,
possibilidades de aproximação” (HOUAISS, 2010).
inequívoca (Elias, 2014). Em sentido amplo, o mesmo pressupõe uma precaução ou
uma ausência de perigo ou dano, assente numa isenção de cuidados; que não requer
inquietações ou perturbações, indiciando uma sensação de bem-estar (Machado, 1977).
Parte-se da premissa que o indivíduo sinta confiança no ambiente em que se encontra,
pois essa sensação de segurança, em grande parte, encontra-se relacionada com a
triangulação entre o espaço físico, o comportamento humano e a oportunidade da
prática criminal.

2.4 AUTOMED PEOPLE MOVERS: conceitos


O APM - traduzido em português como movimentadores de pessoas
automatizados, é observado em várias instalações e instituições públicas e privadas.
Sendo conhecidos como sistemas avançados de transporte inteligente, são normalmente
veículos relativamente grandes que circulam numa via especial sem condutor, onde a
via é normalmente estruturada como uma linha simples (SRIVASTAVA e AGRAWAL,
2014).
Desta forma, define-se APM como sistema de transporte totalmente automatizado e
sem condutor, com veículos que operam em guias fixas com direito exclusivo de
passagem. Podem ser classificados como APM veículos que incluam a tecnologia
Automed Guideway Transit (AGT), quando totalmente automatizados, monotrilhos e
veículos de levitação magnética de baixa velocidade (GÓMEZ, 2016).
Segundo Coester e Alouche (2019), o “people mover" ou APM garantem um serviço
de alta qualidade e são capazes de transportar, com segurança e eficiência, entre 1.000
até 8.000 passageiros por hora e sentido e, nos sistemas urbanos de maior capacidade,
transportam até 25.000 passageiros por hora e sentido.
Partindo deste ponto, as principais diferenças entre sistemas de transporte APM e
outros sistemas de transporte consiste no fato de que o APM não possuí condutor, e que
o veículo não está sujeito a interferências e congestionamentos de uma via (LEA e
ELLIOTT, 2010 apud GÓMEZ, 2016).

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Será apresentada a metodologia adotada para a realização desse estudo, ou seja,
os fundamentos teórico-metodológicos, os procedimentos da pesquisa, os instrumentos
da coleta de dados e os procedimentos de análise dos dados.
3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA

3.2 DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA


Este estudo que tem como foco analisar o uso de APM para aprimoramento da
mobilidade urbana, foi realizado com base em dados coletados e pesquisas já existentes,
trazendo consigo informações úteis e adicionais para desenvolvimentos futuros no
sistema de transporte urbano brasileiro.

Em relação ao objeto de estudo analisado: Aeromóvel, uma tecnologia Automed


People Movers que já está projetada no Brasil. A tecnologia é baseada na propulsão
pneumática – o ar é pressurizado por ventiladores estacionários de alta eficiência
energética, por intermédio de um duto localizado dentro da via elevada. O ar empurra
ou puxa uma placa de propulsão fixada ao veículo, que se movimenta por truque
(plataforma sobre rodas de aço) em trilhos. Suas vantagens vão muito além de ser um
veículo 100% automatizado, pois tem capacidade de transportar até 40 mil passageiros
por hora e sentido, tendo também motores elétricos e não poluentes. O desenvolvimento
da tecnologia brasileira teve sua primeira concepção desenvolvida no final do século 20
e possui uma aplicação em operação, localizada em Jacarta, Indonésia.
Não obstante, tendo sua segunda aplicação comercial implantada em Porto Alegre em
2013, com muitos aperfeiçoamentos em relação à plataforma original. O último avanço
tecnológico, o Aeromovel 3.0, introduz melhorias significativas pela associação com
empresas de nível internacional em fabricação de veículos, automação e construção, em
especial a associação com a Marcopolo, segunda maior fabricante de ônibus do mundo.
O Aeromovel possui oito patentes vigentes no Brasil, Reino Unido, Estados Unidos,
França, Alemanha, Japão e China, e mais cinco pedidos de registro.
O aprimoramento da tecnologia continua sendo uma diretriz a ser perseguida e a
versão Aeromovel 4.0 mira na aplicação de novos materiais como a fibra de carbono, o
concreto com aplicação de resíduos industriais no sequestro de CO2, as técnicas de
fabricação como impressão 3D, os sensores avançados da Internet das Coisas e a
inteligência artificial, sempre almejando reduzir ainda mais os requisitos de energia,
melhorar a eficiência da operação e manutenção e aumentar a sustentabilidade
ambiental.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Antes de abordarmos o tema central deste artigo, foi preciso analisar a porcentagem da
população brasileira que vive em área urbana, onde segundo dados do IBGE (2015):

REGIÃO PORCENTAGEM

SUDESTE 93%

CENTRO – OESTE 89%

SUL 83%

NORTE 72%

NORDESTE 73%

Fonte: IBGE, 2015, adaptado pelos autores (2022).

Partindo deste ponto, é possível notar que a maior porcentagem se concentra junto
às grandes metrópoles brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro. E que, comprovadamente
são os dois estados onde concentram-se a maior economia brasileira, tendo juntos seu
PIB (Produto Interno Bruto) superior a 41% de todo PIB nacional. Com relação a isto,
vejamos a importância do transporte público coletivo urbano, pois por meio dele, ainda
que, em condições desagradáveis, as pessoas tem acesso a exercer atividades
econômicas, o que favorece exponencialmente a economia.
Após essa breve análise foi feita uma pesquisa de campo, onde foram coletados
dados de 126 pessoas, sendo 64% composto por mulheres e 36% homens. No gráfico a
seguir consta quais os meios de transportes coletivos públicos urbanos mais utilizados:

USO DE TRASNPORTE COLETIVO URBANO


não utiliza
14%

METRÔ
13% ÔNIBUS
50%

TREM
23%

ÔNIBUS TREM METRÔ não utiliza


Fonte: Elaborado pelos autores, 2022.

O gráfico abaixo representa a porcentagem de vezes que as pessoas entrevistadas


utilizam transporte coletivo urbano durante a semana:

USO POR SEMANA


Acima de 5 vezes
3%

De 3 a 5 vezes De 1 a 3 vezes
40% 57%

De 1 a 3 vezes De 3 a 5 vezes Acima de 5 vezes

Fonte: Elaborado pelos autores, 2022.

USO DE APM

SIM
42%
NÃO
58%

SIM NÃO

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

Todos os autores das fontes bibliográficas citados no texto devem ser incluídos
na lista de referências, que seguirão a formatação da NBR 6023:2002. A referência é
composta pelos seguintes elementos: autor, título, edição, local, editora e data de
publicação. Devem ser alinhadas à margem esquerda do texto com espaço simples e
separadas umas das outras por um espaço simples. Usar o mesmo tipo e tamanho de
fonte do texto do artigo, Times New Roman, tamanho 12. Não deve ser numerada.

EXEMPLOS:

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