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Curso de Formação de Agentes de Fiscalização de

Trânsito - CFSD 2021

Instrutora: Sd QPPM MARCIA VIEIRA DO NASCIMENTO MENESES


 Circulação – movimento de pessoas, veículos,
coisas, etc.
 Mobilidade Urbana - A mobilidade urbana é
um atributo das cidades e se refere à
condição em que se realizam os
deslocamentos de pessoas e cargas no
espaço urbano. Tais deslocamentos são feitos
através dos veículos, das vias e toda a
infraestrutura (vias, calçadas, etc.) que
possibilitam esse ir e vir cotidiano.
Considerando que o trânsito está
diretamente relacionado com a mobilidade
urbana, pode-se chegar à conclusão de que o
agente da autoridade de trânsito, possui um
papel muito mais importante do que
simplesmente aplicar multas, o trabalho dos
agentes contribui para que os cidadãos
possam ter uma mobilidade urbana eficiente
e segura, e para isso se faz necessário que o
agente conheça os conceitos de mobilidade e
circulação, para que possa empenhar sua
função com mais efetividade proporcionando
assim um trânsito seguro.
O trânsito seguro é baseado em um
tripé que está sustentado pela
Engenharia, Educação e pelo esforço
legal (ROZESTRATEN, 1988). Os
Capítulos VI e VII da lei 9.503, de 23
de setembro de 1977, evidenciam
claramente este tripé.
Em se tratando de conceituação, não podemos
deixar de citar o Anexo I do CTB, que trata dos
conceitos e das definições, segue abaixo algumas
delas:

 Agente da Autoridade de Trânsito:


Pessoa, civil ou policial militar credenciado pela
autoridade de trânsito para o exercício das atividades
de fiscalização, operação, policiamento ostensivo de
trânsito ou patrulhamento
 Autoridade de Trânsito:
Dirigente máximo do órgão ou entidade executivo
integrante do SNT ou pessoa por ele expressamente
credenciada.

➢ Calçada:
Parte da via, normalmente segregada e em nível
diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada
ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação
de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
 Faixas de Trânsito:
Qualquer uma das áreas longitudinais em que a pista
pode ser subdividida, sinalizada ou não por marcas viárias
longitudinais, que tenhas largura suficiente para permitir a
circulação dos veículos automotores.

➢ Parada: Imobilização do veículo com a finalidade e


pelo tempo estritamente necessário para efetuar embarque
ou desembarque de passageiros.
 Estacionamento: Imobilização de veículos por tempo
superior ao necessário para embarque ou desembarque de
passageiros.

Outra norma importante a respeito do assunto é a Lei 12.587,


de 3 de janeiro de 2012, que institui as diretrizes da Política
Nacional de Mobilidade Urbana (inciso XX, art. 21 e 182 da
CF 88).
A Política Nacional de Mobilidade Urbana deve atender ao previsto
no inciso VII do art. 2º e no § 2º do art. 40 da lei 10.257, de 10 de julho
de 2001 (Estatuto da Cidade).
Estatuto da Cidade estabelece diretrizes gerais da política urbana.
(Lei de Uso e Ocupação dos Solos)
https://www.dourados.ms.gov.br/wp-content/uploads/2021/02/Lei-
Complementar-n%C2%BA-205-LUOS-2012-ATUALIZADA-
at%C3%A9-LC-404.pdf
 Art. 3º O Sistema Nacional de Mobilidade Urbana é o conjunto
organizado e coordenado dos modos de transporte, de serviços e de
infraestruturas que garante os deslocamentos de pessoas e cargas no
território do Município.
§ 1º São modos de transporte urbano:
I - Motorizados e II - Não motorizados.

§ 2º Os serviços de transporte urbano são classificados:


 I - Quanto ao objeto:
 a) de passageiros e b) de cargas;
 II - Quanto à característica do serviço:
 a) coletivo e b) individual;
 III - Quanto à natureza do serviço:
 a) público e b) privado.
 § 3º São infraestruturas de mobilidade urbana:
I - Vias e demais logradouros públicos, inclusive
metroferrovias, hidrovias e ciclovias;
II - Estacionamentos;
III - Terminais, estações e demais conexões;
IV - Pontos para embarque e desembarque de passageiros e
cargas;
V - Sinalização viária e de trânsito;
VI - Equipamentos e instalações; e
VII - Instrumentos de controle, fiscalização, arrecadação de
taxas e tarifas e difusão de informações.
 Art. 4º Para os fins desta Lei, considera-se:
I - Transporte urbano: conjunto dos modos e serviços de transporte
público e privado utilizados para o deslocamento de pessoas e cargas nas
cidades integrantes da Política Nacional de Mobilidade Urbana;
II - Mobilidade urbana: condição em que se realizam os
deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano;
III - Acessibilidade: facilidade disponibilizada às pessoas que
possibilite a todos autonomia nos deslocamentos desejados, respeitando-se
a legislação em vigor;
IV - Modos de transporte motorizado: modalidades que se utilizam
de veículos automotores;
V - Modos de transporte não motorizado: modalidades que se
utilizam do esforço humano ou tração animal;
VI - Transporte público coletivo: serviço público de transporte de
passageiros acessível a toda a população mediante pagamento
individualizado, com itinerários e preços fixados pelo poder público;
VII - Transporte privado coletivo: serviço de transporte de
passageiros não aberto ao público para a realização de viagens com
características operacionais exclusivas para cada linha e demanda;
VIII - Transporte público individual: serviço remunerado de
transporte de passageiros aberto ao público, por intermédio de veículos de
aluguel, para a realização de viagens individualizadas;
IX - Transporte urbano de cargas: serviço de transporte de bens,
animais ou mercadorias;
X - Transporte remunerado privado individual de passageiros: serviço remunerado
de transporte de passageiros, não aberto ao público, para a realização de viagens
individualizadas ou compartilhadas solicitadas exclusivamente por usuários previamente
cadastrados em aplicativos ou outras plataformas de comunicação em rede. (Redação dada
pela Lei nº 13.640, de 2018);
XI - Transporte público coletivo intermunicipal de caráter urbano: serviço de
transporte público coletivo entre Municípios que tenham contiguidade nos seus perímetros
urbanos;
XII - transporte público coletivo interestadual de caráter urbano: serviço de
transporte público coletivo entre Municípios de diferentes Estados que mantenham
contiguidade nos seus perímetros urbanos; e
XIII - transporte público coletivo internacional de caráter urbano: serviço de
transporte coletivo entre Municípios localizados em regiões de fronteira cujas cidades são
definidas como cidades gêmeas.
DESAFIOS DA MOBILIDADE URBANA NO BRASIL

Todo início de ano as prefeituras decidem aumentar as tarifas dos transportes públicos para
tentar equilibrar as contas ou até mesmo para cumprir o previsto nos contratos com as
concessionárias e a população que já sofre com os transportes de baixa qualidade, é obrigada a
desembolsar parte considerável de sua renda para se locomover diariamente.
A falta de uma política clara e constante para o transporte público resultou em um
serviço caro e de péssima qualidade em praticamente todas as regiões do país. Ônibus em número
insuficiente causando superlotação e demora. Algumas cidades não possuem outras opções de
transporte como o trem ou o metrô e as que possuem, não se observa um investimento efetivo
nesses tipos alternativos de transporte público.
Como resultado dessa falta de investimento no transporte público, houve uma explosão
no uso de automóveis, o que impactou na qualidade de vida da população nas grandes cidades.
Além do aumento da poluição houve também aumento no tempo gasto no trânsito e no número de
acidentes.
SOLUÇÕES PARA MELHORAR A MOBILIDADE E
ACESSIBILIDADE
Especialistas apontam que para que essa situação venha a melhorar é
necessário que haja investimento no sentido de melhorar a qualidade do
transporte público, restringir o uso excessivo do automóvel, integrando
diferentes sistemas, como o ônibus, metrô, trens, bicicletas e corredores de
ônibus e ciclovias e ciclofaixas.
O art. 6º da Lei nº 12.587 define que a Política Nacional de
Mobilidade Urbana é orientada pelas seguintes diretrizes:
II – Prioridade dos modos de transporte não motorizados sobre os
motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o
transporte individual motorizado.
Além dessas ações, especialistas apontam outras
sugestões que possam contribuir para a melhora da
mobilidade, são elas:
➢ Pedágio Urbano: cobrança de uma taxa de carros que
circulam nas regiões centrais da cidade. Londres (Reino
Unido) e Estocolmo (Suécia) já adotaram essa medida.
➢ Carona Solidária - uso compartilhado de um
automóvel por duas ou mais pessoas.
 Rodizio
Nesse contexto de mobilidade não podemos deixar de citar aquelas
pessoas que possuem algum tipo de deficiência, os idosos. Para eles a
dificuldade, para sair de casa pra realizar qualquer atividade, é muito grande,
isso por conta das barreiras físicas existentes no espaço urbano, como por
exemplo: degraus muito altos, aclives e declives muito inclinados, piso
irregular ou cheio de buracos etc.
É necessário que nossos gestores e a população em geral estejam
conscientes e atentos para a atenção que este assunto requer. Criação de
políticas públicas no sentido de priorizar pedestres, ciclistas, passageiros do
transporte público, pessoas com deficiência e todos os demais usuários dos
espaços urbanos, oferecendo assim melhores condições de deslocamento.
 Questões:

1 – O que é mobilidade urbana?

2 – Você considera o estudo da mobilidade urbana


importante?

3 – Você considera o papel do agente de fiscalização


de trânsito importante para a garantia de uma
mobilidade urbana eficiente e eficaz?
4 – Você já sabia da existência da LUOS nos municípios?
A considera importante?

5- Você considera a acessibilidade algo que ainda precisa


ser melhorado nos municípios?
Obrigada!

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