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Guia prático sobre acessibilidade

Guia prático sobre acessibilidade

ÍNDICE

Apresentação 3
Acessibilidade 4
Quem necessita de acessibilidade? 4
Qual a diferença entre deficiência e mobilidade reduzida? 5
Como tornar a nossa Campinas Mais Acessível? 5
O que é o Piso Tátil? 6
O que são Rotas acessíveis? 7
Como deixar minha calçada mais acessível? 8
Inclinação da Calçada 10
Instalação do Piso Tátil 11

Edição - 2019
Apresentação

A Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com


Deficiência e Direitos Humanos, da Prefeitura Municipal de Campinas,
elaborou essa cartilha com o objetivo de disseminar informações
necessárias para que se possa eliminar ou diminuir as barreiras
arquitetônicas e urbanísticas que impedem ao cidadão o acesso e a
utilização dos ambientes, espaços e mobiliários urbanos com segurança,
comodidade e igualdade.

Considerando que a cidade de Campinas possui uma população


de aproximadamente 305.000 habitantes com algum tipo de deficiência
(IBGE, 2010), podemos destacar duas deficiências que são mais
impactadas quando há obstáculos no trajeto dificultando o
deslocamento dos deficientes visuais que estão representadas por
30.150 habitantes e também das 63.688 pessoas com deficiência física ou
com mobilidade reduzida (IBGE, 2010).

Baseada na legislação mais recente, temos a Lei 13.146 de 06 de


julho de 2015, conhecida também como Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e
que, em seu Art. 3º define que: acessibilidade é a possibilidade e condição
de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços,
mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes,
informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem
como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público
ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por
pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. Define também
que desenho universal é a concepção de produtos, ambientes,
programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem
necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os
recursos de tecnologia assistiva.

Pensando nisso, desenvolvemos essa Cartilha com o objetivo de


esclarecer algumas dúvidas sobre acessibilidade, orientar como
podemos tornar nossos ambientes mais acessíveis e também simplificar
o entendimento da legislação sobre o assunto.
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Acessibilidade

Antes de saber como podemos transformar nossos ambientes


em locais mais acessíveis, precisamos entender algumas definições e
conceitos que nos ajudarão a perceber a melhor forma de adaptarmos os
locais, tornando-os acessíveis.

Acessibilidade é o ato de facilitar o acesso de todas as pessoas a


todos os lugares, de forma segura e autônoma proporcionando para as
pessoas o seu direito de ir e vir sem depender da ajuda de outras pessoas.

Quando as barreiras são removidas, a acessibilidade aparece


como um meio de garantia de acesso à saúde, à educação, ao transporte,
ao trabalho e ao lazer. Para sabermos se um ambiente é acessível, temos
que verificar se ele atende às normas de acordo com a ABNT NBR
9050/2015. Essa norma estabelece os critérios técnicos que devem ser
seguidos para o desenvolvimento dos projetos arquitetônicos e
urbanísticos, em edifícios de uso público, instalações e adaptações de
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

Quem necessita de acessibilidade?

• As pessoas com deficiência física que usam ou não cadeira de


rodas;
• As pessoas obesas;
• Os idosos;
• As pessoas com nanismo;
• Os deficientes visuais;
• As gestantes e pessoas com carrinhos de bebê;
• As pessoas que usam bengala, muletas ou andadores;
• Enfim, todas as pessoas que tenham dificuldade de locomoção.

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Qual a diferença entre deficiência e mobilidade reduzida?

Dizemos que uma pessoa com deficiência é aquela que tem


impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições
com as demais pessoas.

Já as pessoas com mobilidade reduzida são aquelas que tenham,


por qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou
temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da
coordenação motora ou da percepção, incluindo idosos, gestantes,
lactantes, pessoas com criança de colo e obesos.

Como tornar a nossa Campinas Mais Acessível?

Devemos, principalmente, retirar os obstáculos que impeçam a


livre circulação nas calçadas deixando-a conservada, limpa, com rampas
de acesso para cadeirantes nas esquinas e se possível, sinalizadas com
piso tátil.

É necessário também adaptar o mobiliário urbano como


telefones públicos, bancos, pontos de ônibus, lixeiras, dentre outros
para que possam ser utilizados adequadamente por crianças, idosos,
gestantes, obesos e cadeirantes bem como sinalizá-los com piso tátil
para evitar acidentes com os deficientes visuais.

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O que é o Piso Tátil?

Também conhecido como superfície tátil, pavimento tátil ou


podotáteis são faixas em alto-relevo fixadas no chão para fornecer
auxílio na locomoção pessoal de deficientes visuais. Existem os pisos
táteis direcionais que possuem faixas em relevo que indicam a direção a
seguir e os pisos de alerta que são compostos por bolinhas em relevo e
que sinalizam mudança de direção ou obstáculos.

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O que são Rotas acessíveis?

Não são somente as calçadas que devem ser acessíveis mas


também os ambientes internos e externos das edificações públicas ou
particulares que sejam de uso público e quando essas áreas ou
edificações possuem uma interligação podemos dizer que há uma Rota
Acessível entre eles.

Portanto uma Rota Acessível é um trajeto contínuo, livre de


obstáculos e sinalizado com piso tátil que possibilita qualquer pessoa,
com ou sem deficiência, a se locomover de forma segura e sozinha entre
esses ambientes.

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Como deixar minha calçada mais acessível?

Todos nós, em algum momento do dia, somos pedestres, quer


seja no trajeto do estacionamento até o escritório, de casa até o ponto
de ônibus e em diversas outras situações precisamos caminhar e, para
que isso aconteça com mais segurança devemos usar a calçada.

Mas antes de sabermos como deixar nossas calçadas mais


adequadas e seguras para o uso de todos, seguem algumas definições:

• Calçada: Parte da via não destinada a circulação de veículos,


reservada ao trânsito de pedestres e quando possível, à
implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e
outros fins.

• Passeio ou Faixa Livre: Parte da calçada livre de interferências,


destinada a circulação exclusiva de pedestres e excepcionalmente,
de ciclistas.

• Calçada Rebaixada: Rampa construída ou implementada na


calçada ou passeio, destinada a promover a concordância de nível
entre estes e o leito carroçável (circulação dos carros).

• Faixa de Serviço: Destinada a colocação de árvores, rampas de


acesso para veículos ou para cadeirantes, postes de iluminação,
sinalização de trânsito e mobiliário urbano como bancos,
floreiras, telefones, caixa de correio e lixeiras.

• Faixa de Acesso: Área em frente ao imóvel ou terreno, onde pode


estar a vegetação, rampas, toldos, propaganda e mobiliário
móvel como mesas de bar e floreiras, desde que não impeçam o
acesso aos imóveis.

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A largura da calçada pode ser dividida em três faixas de uso,
conforme definido a seguir e demonstrado na figura seguinte.

Faixa de Serviço = largura mínima de 0,70 m


Passeio ou Faixa Livre = largura mínima de 1,20 m e 2,10 m de altura livre
mínima
Faixa de Acesso = só existirá se a calçada for maior que 1,90 m de largura.
*Fonte: ABNT NBR 9050/2015

Caso a sua calçada não tenha a largura mínima de 1,90m, consulte a


Prefeitura para que a área técnica possa analisar seu caso e fornecer a
orientação para as adequações necessárias. Para as calçadas defronte
aos estabelecimentos comerciais que possuírem mesas, cadeiras ou
qualquer outro mobiliário necessário à prestação do serviço, os mesmos
devem ser instalados na faixa de acesso, não devendo adentrar a Faixa
Livre.

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Inclinação da Calçada

A calçada deverá acompanhar a inclinação da rua, porém a


inclinação transversal, que é aquela notada na largura da calçada, devem
respeitar os seguintes limites:

Para as faixas de serviço e de acesso, a inclinação máxima deverá


ser de 8,33% e na faixa livre a inclinação deverá ter de 2% a 3% no máximo.

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Instalação do Piso Tátil

Os pisos táteis de alerta devem ser instalados para:


Ÿ Sinalizar obstáculos suspensos entre 0,60m e 2,10m de altura, a partir
do piso acabado e que tenham o volume maior na parte superior do
que na base. A superfície em volta do objeto deve estar sinalizado em
um raio mínimo de 0,60m.

OBJETO SUSPENSO
COM BASE INCLINADA

*ABNT NBR 16537:2016

Ÿ Sinalizar os rebaixamentos de calçadas. Nesse caso, se a rampa for


para cadeirantes, ela deverá ter entre 0,25m e 0,50m de largura e o
piso tátil de alerta deverá ser instalado afastado a 0,50m do término
da rampa.

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SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL,
PESSOA COM DEFICIÊNCIA E
DIREITOS HUMANOS

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