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Universidade Federal do Pará

Legislação e Etica

Professor: Renato Neves

Aluna: Francelle Heloisa Gavino de Moraes

Matrícula: 201506740044
 Em um século marcado pela falta de tempo, pressa em entregar tal projeto, prova,
relatórios, não atrasar no trabalho, cumprir metas e etc. Torna-se muito fácil não
perceber as dificuldades alheias como os desafios enfrentados por pessoas com
deficiências ou mobilidade reduzida em seus dia-a-dia, tal como um simples ato
de comprar pão ali na esquina o que para muitos não é possível porque lhes é
muito custoso devido a falta de acessibilidade.
 A ABNT NBR 9050:2015 de Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos visa proporcionar a utilização de maneira autônoma,
independente e segura do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos
urbanos e elementos à maior quantidade possível de pessoas, independentemente
de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção.
 Ao longo dos anos a inclusão aos PCD´S vem ganhando mais espaço no meio
urbano, no entanto ainda não é possível dizer que a liberdade de ir e vir está
completa. Em uma reportagem ao Blog Wiri Brasil intitulada, “Arquiteta cadeirante
descreve o impacto da Covid-19 na acessibilidade”(08/06/2020), concedida pela
arquiteta, consultora e especialista em acessibilidade que é cadeirante Regina
Cohen, faz um relato pessoal sobre a experiência do isolamento social e da
quarentena impostos pela Covid-19, para quem enfrenta com mais intensidade e
frequência os desafios da infraestrutura para acessibilidade e mobilidade nas
cidades brasileiras.
 Conhecer as dificuldades do dia-a-dia do ponto de vista de pessoas deficientes é
muito importante porque sensibiliza e impacta a população da necessidade de
adaptação do espaço público e privado para que eles também possam sentir-se
pertencentes de sua cidade.
 A seguir temos algumas falas do relato de Regina Cohen, sobre suas dificuldades e
qual seria a cidade ideal.
 “Decidi dar uma voltinha na praia ali na esquina [...] Tive de encarar uma travessia
sem rampas, andar aos sobressaltos pelas calçadas e tomar cuidado com os
buracos, evitando a aproximação de menos de dois metros das pessoas."
 “Na minha cidade eu consigo caminhar, mesmo sobre as rodas da minha cadeira.
Não encontro buracos, degraus ou pedras. As calçadas são lisas e macias. Existem
rampas em todas as esquinas. Na minha cidade as ruas não morreram, são alegres
e cheias de árvores com pássaros. Tem informações para quem não ouve e
consegue orientar quem não vê. A minha cidade fica no Brasil, mas ainda existe,
apenas nos meus sonhos.”
 Acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance, percepção e
entendimento para utilização, com segurança e autonomia, de espaços,
mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e
comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e
instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na
zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida.
 10.14 Praias
 10.14.1 Para vencer o desnível entre o passeio e a areia deve ser instalada rampa
com largura mínima de 0,90 m e declividade, corrimãos e demais parâmetros
definidos na Seção 6.
 Para proteção contra quedas, deve ser observado o descrito em 4.3.7.
 10.14.2 Para o trajeto até o mar, deve ser garantida uma faixa livre de obstáculos,
com no mínimo 0,90 m de largura.
 10.14.3 Os trajetos à praia demarcados como acessíveis devem estar sinalizados
com o símbolo internacional de acesso, conforme 5.3.2, e devem relacionar os
serviços de apoio disponíveis.
 10.14.4 Recomenda-se que, junto a cada área de acesso adaptado à praia, exista
um sanitário unissex acessível, atendendo às especifcações constantes na Seção 7.
esteiras removíveis
de acesso a faixa
cadeiras de rodas de areia
anfíbias

Praia Porto de Galinhas, Ipojuca-PE. Projeto “Praia Sem Barreiras”


Na praia de Jatiúca, por exemplo, além do calçadão com acessibilidade, também há uma rampa de descida para a areia.
Um comentário para refletir e que demonstra o quanto a engenharia bem como órgãos
políticos podem melhorar a questão da acessibilidade.
 Com o presente trabalho esperasse despertar o interesse na população em
contribuir com o aumento da acessibilidade buscando conhecimento técnico que
possam ser aplicados em diversos locais de usos além de praias e assim alcançar o
uso confortável e possível para pessoas com deficiências ou mobilidade
reduzidas.

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