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VOCACIONAL ACESSIBILIDADES E REDES DE

APOIO

ParaskeuéS | Barreiras atitudinais | Lives | Libras


| Voca Online | Bibliografia | Leis |

- INFORMES -

1) PARASKEUÉ de Acessibilidade

- Live de início de maio, dia 3 - Ancestralidade, troca do valor de independencia por


interdependencia* e cultura PCD
- Live para 10 de Maio - Pontos pragmáticos

“Uma ética do cuidado refere-se a uma reflexão sobre interdependência como parte das
relações humanas, nas quais, em maior ou menor grau, todas e todos dependem (ou
dependerão) uns dos outros em algum momento da vida – e isso não é exclusividade das
pessoas com deficiência.
É necessário, assim, que façamos uma reflexão sobre independência, dependência e
interdependência.
A noção de justiça social está totalmente relacionada à recíproca e inevitável dependência e a
implacável interdependência de todos os seres humanos, pois somos todos dependentes.
Embora seja difundido o “mito do sujeito independente” nas sociedades modernas e
capitalistas, nunca somos completamente independentes.
A invenção do sujeito independente é uma criação do capitalismo. (Re)pensar o cuidado nos
obriga abandonar a ideia de algo individual, restrito ao sujeito. Assim, é necessário rediscutir
o conceito de dependência quando se trata de pessoas com deficiência: ao invés de
atribuirmos um caráter negativo, devemos pensar que, para algumas pessoas, a vida só será
possível se houver uma rede de apoio”

Trecho do texto de Laureane M. de Lima Costa, no guia do coletivo feminista Helen Keller de
Mulheres com Deficiência.

2) Material Acessibilidade
- Bibliografia
- Inserções em rede, com aspectos educativos/formativos
- Material Invoca de divulgação das Lives
- Legislação (LBI)

3) Parcerias
- APD Sta Marcelina
- CAPS Luz
- Cecco Ibirapuera
- Referência da Mulher
- Instituto Cáue
- Espaço Cita
- SMPED

4) AÇÕES IMEDIATAS DA EQUIPE


- Instrumentais
- Rodas de conversas, participações em reuniões Regionais e Orientações
- Formulário Equipamentos Gestores
- Formulários de Inscrição,

5) INTÉRPRETES E TEMPO DE LIBRAS


6) Voca Online – Comissão de como estabelecer o território online
7) Mapeamentos:
a) Mapeamentos imediato:
- Acessibilidade física.
- Acessibilidade digital: QUAIS equipamentos/contatos que possam oferecer o
ONLINE

Quantas turmas terão do território online?


Estamos buscando abrir 21 turmas para o território online, sendo uma de cada linguagem (7
linguagens) para cada macroregião (3 macroregiões).

Qual a duração da orientação online?


Isso será definido pelo próprio AO que aderir ao VocaOnline desde que seja algo entre 1 e 2
horas por encontro, com um encontro semanal.

Como será a distribuição das horas? Eu posso substituir uma turma presencial pelo
VocaOnline?
Não. A idéia do VocaOnline é servir, prioritariamente, como ferramenta assistiva para
pessoas com deficiência/dificuldade de locomoção sem atuar de modo
exclusivo/excludente. Isso deve ser feito sem que haja redução dos atendimentos
presenciais do programa. Para isso os AOs podem escolher utilizar suas horas de ação ou
reduzir a carga horária de suas orientações presenciais para até 2 hora s por encontro.

Inicio previsto : Julho/ agosto

Para mapear:

- Tecnologia acessível: equipamentos com acesso para USUÁRIOS


- Parcerias possíveis, já em andamento ou não -há?
- Planejamento específico para área em cada equipamentos.
- Tem gestores com deficiência?
- As equipes tem pessoa com deficiência?
- Tem uma política pensada sobre isso?

8) LBI e Lei de Acessibilidade


Alguns pontos damos conta: quais?
Dentro das Lei de acessibilidade e da Lei Brasileira de Inclusão, a Área de Acessibilidade e
Redes de Apoio, do Programa Vocacional desta edição 2022, propõem estabelecer de
modo permanente um território online o Voca online no Programa, como opção de Ajuda
Técnica, para possibilitar o acesso aos encontros e discussões que o Programa oferece
para: Pessoas com deficiência, mobilidade reduzida, gestantes, lactantes, pessoas com
crianças de colo, pessoas gordas maiores, trans, travestis e idosos.
Pensando barreiras arquitetônicas, atitudinais e comunicacionais.

Assim como podemos contribuir com uma cultura mais acessível com a realização de lives
e ações como campanhas informativas e educativas, para sensibilização e
conscientização da população.
Também em parte o Vocacional em parceria com a SMPD vem conseguindo integrar
LIBRAS em sua programação.

Porém sem maiores redes ou comprometimento da cidade com a acessibilidade essas


barreiras não podem ser totalmente rompidas. Sem uma cultura acessível não pode haver
Programa Vocacional Acessível, é importante relembrarmos o Pacto Global de Cidades
Inclusivas e Acessíveis, de Berlim, assinado pela Cidade de São Paulo, e os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, compromissos da cidade de São Paulo
como um todo para a acessibilidade.

Os que damos conta nessa primeira edição da Área em 2022

- Trabalhar questão interna para identificar capacitismos


- Barreira atitudinal
- Barreira Comunicacional
- Mapear equipamentos, artistas e vocacionades
- – Onde estão as pessoas com deficiência e como estão
sendo acolhidas? Quais lugares os grupos sociais mais
vulneráveis estão?
- Ajuda técnica / Território Online
- Mapeamento de redes de apoio e parcerias existentes;
- Oferecimento de material de mapeamento e pesquisa, como
Legado e compromisso para as próximas edição do Programa
Vocacional;
*Para conhecer | LBI – Lei Brasileira de Inclusão 13146 para atentarmos:
Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:

I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e


autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes,
informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros
serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto
na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;

III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos,


recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a
funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou
com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida
e inclusão social;

- QUAIS BARREIRAS ENFRENTAMOS ? E O QUE PODEMOS DEIXAR COMO LEGADO/


ENCAMINHAMENTO PARA UMA CULTURA MAIS ACESSIVEL ?

*Segundo LBI:
IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite
ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de
seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação,
ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros,
classificadas em:

Nos pontos Barreiras urbanísticas, arquitetônicas e nos transportes precisamos de planos


intersecretarias:

a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados


abertos ao público ou de uso coletivo;

b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados;

c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes;

Barreiras nas comunicações, atitudinais e adaptações razoáveis, em parte o Programa


consegue oferecer, buscando rede e parcerias fortalecidas com os gestores dos
equipamentos de cultura e educação

d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer entrave, obstáculo, atitude


ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de
mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia
da informação;

e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a


participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades
com as demais pessoas;
f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com
deficiência às tecnologias;

V - comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções,
as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o
Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os
dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas
auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e
alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações;

VI - adaptações razoáveis: adaptações, modificações e ajustes necessários e


adequados que não acarretem ônus desproporcional e indevido, quando requeridos em
cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em
igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e
liberdades fundamentais;

IX - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo,
dificuldade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da
mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso,
gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obesos.

*Lei de acessibilidade - Lei 10.098 - 19 DE DEZEMBRO DE 2000


Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida,
mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no
mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de
comunicação. 
VI – ajuda técnica: qualquer elemento que facilite a autonomia pessoal ou possibilite o
acesso e o uso de meio físico. 

Art. 24. O Poder Público promoverá campanhas informativas e educativas dirigidas à


população em geral, com a finalidade de conscientizá-la e sensibilizá-la quanto à
acessibilidade e à integração social da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade
reduzida. 

Art. 25. As disposições desta Lei aplicam-se aos edifícios ou imóveis declarados bens de
interesse cultural ou de valor histórico-artístico, desde que as modificações necessárias
observem as normas específicas reguladoras destes bens. 

*DECRETO Nº 58.207 DE 24 DE ABRIL DE 2018 – diversidades | Art. 2º São


finalidades da Secretaria Municipal de Cultura:

VI - incentivar, apoiar e difundir os costumes e as manifestações das culturas populares e


tradicionais, afro-brasileiras, indígenas, imigrantes, entre outras representantes da
diversidade de expressões e identidades culturais existentes na cidade;

Art. 51. Os Centros Culturais Municipais e Polos Culturais e Criativos Municipais têm as
seguintes atribuições:

III - ampliar o acesso às manifestações artísticas, considerando-se a diversidade de práticas


culturais e seus modos de fruição;
IV - garantir espaço de expressão para as culturas negras, indígenas, LGBTTs, feministas,
migrantes, entre outros representantes da diversidade existentes na Cidade, em
consonância com a defesa dos direitos humanos na pluralidade de expressões e das
identidades;

REFERÊNCIAS

Aqui alguns textos para pensarmos que temos referencias que falam sobre pedagogias que também
trazem questões sobre o acolhimento de pessoas com def.

SUITI, Scarlat. “Escutar música por dentro”: Sentidos da música e as aulas de


técnica vocal e violão para um surdo profundo. Revista Nupearte, v. 19, p.
15, 2018.

* Um pesquisa pedagógica narrando a aprendizagem musical de um alune surde


que estuda técnica vocal e violão.

Barbosa, Ana Amália Tavares Bastos. Além do Corpo: Uma Experiência em Arte
e Educação. São Paulo:USP,2012. Acesso em: 27/04/2022

*Ana é uma mulher com deficiência arte educadora que se comunica por tábua de
comunicação.

DELIGNY, Fernand. O aracniano e outros textos. Tradução Lara de Malimpesa. São.


Paulo: 1 edições, 2015.

*Deligny é um pedagogo que vai trazer outras visões a respeito de como encaramos erros e
errantes, e como perpetuamos estigmas a partir dessa visão. Deligny trabalha com
crianças e jovens autistas e neurodiversos.

FÁVERO, A.G.E; PANTOJA, L.M.P; MANTOAN, M.T.E. Atendimento educacional


especializado: aspectos legais e orientações pedagógicas. Brasília:
SEESP/SEED/MEC, 2007.

*Mantoan é referencias e uma das primeiras pedagogas a trazer as questões de


acessibilidade e inclusão para a educação e para as escolas.

HOOKS, Bell, Ensinando a Transgredir. SãoPaulo: Martins Fontes, 2017.

*Apesar de Hooks não ser pessoas com deficiência, ensinando a transgredir traz conceitos
importantes que se complementam com o trabalho de Mantoan.

KELLER, Helen. A história da minha vida. São Paulo: José Olympio, 2008.
*A biografia de Helen Keller narra a sua vida e relação com Anne Sullivan em seu
processo de alfabetização.

KELLER,Coletivo Helen. Guia “Mulheres com Deficiência: Garantia de Direitos


para Exercício da Cidadania”. Coletivo Feminista Helen Keller, 2020.Disponível
em:https://www.crmpr.org.br/uploadAddress/Guia-Feminista-Helen-Keller[4447].pdf
.Acesso em:24-04-2022

*Diversos textos de mulheres com deficiência e aliadas sobre inclusão, acesso e


vulnerabilidades.

ROLNIK, Raquel. O que é Cidade? São Paulo: Editora Brasiliense, 1988.

*Para pensarmos cidades acessíveis.

SOMERA, Nicole. O artista com Deficiência no Brasil. 1 ed- Curitiba: Appris, 2019.

*Nicole é artista com deficiência e traz uma série de relatos de como artista com def. estão
sendo colocados aos campos apenas da arte inclusiva, segregados de outros
espaços.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Nada sobre nós, sem nós: Da integração à inclusão – Parte
2. São Paulo. Revista Nacional de Reabilitação, ano X, n. 58. 2007

*Apesar de Sassaki não ter deficiência , pode organizar de forma didática terminologias e a
história do lema Nada sobre nós sem nós, tão caro para a luta anticapacitista.

SILVIA, Ana Maria de Barros. Heldy meu nome: rompendo barreiras da


surdocegueira. São Paulo: Editora Hagnos, 2012.

*questão sobre estigmas e vivencias da surdo-cegueira

SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro: ou as vicissitudes da identidade do negro


brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983.

*Para pensar identidades e interseccionar conceitos.

MOMBAÇA, Jota. Rumo a uma redistribuição desobediente de gênero e


anticolonial da violência! São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2016

*Mombaça, apesar de não citar as pessoas com def. utiliza conceitos importantes
de serem trazidos para a uma sociedade também anticapacitista- redistribuição
de violência, nomear a norma etc.

NETTEL. Guadalupe. O corpo em que nasci. São Paulo: Rocco, 2013

*Escritora mexicana narra o seu processo de aceitação de sua deficiência que a


acompanha desde a infância. Passando por momentos de auto capacitismo e
compreensão de suas potencias.

UNESCO. Declaração de Salamanca: SOBRE PRINCÍPIOS, POLÍTICAS E


PRÁTICAS NA ÁREA DAS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS.
[s.l.]: UNESCO, 1994.
*Declaração que foi marco para o ativismo da pessoas com deficiência .

Outras questões relacionadas:

VYGOTSKY, L.S. A formação Social da |Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

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