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Existem muitas maneiras de o ser humano gerar comunicação, mas nem todos
possuem acessibilidade a elas. A Arte, a dança, música, o canto, a poesia, o teatro são
apenas algumas linguagens que entremeiam as manifestações da vida e representam
nossa Cultura. Por isso, é necessário garantir, a todos, o usufruto do direito à
comunicação. Infelizmente, poucas instituições promovem acessibilidade às pessoas
com deficiência e, portanto, negligenciam direitos fundamentais. Na tentativa de
promover maior acesso a esses direitos, o sistema político brasileiro materializou a luta
da sociedade civil organizada para o campo jurídico, em alguns tipos normativos. Nesta
pesquisa, trataremos dos fatos sociais que geram os deveres de acessibilidade, da
oficialidade da LIBRAS- Língua Brasileira de Sinais, com ênfase aos direitos das
pessoas surdas a partir de algumas normas vigentes no território nacional.
Palavras-chaves: LIBRAS; Legislação; Direitos; Comentários
Leis de LIBRAS
A Lei de Libras tem como objetivo sinalizar o dever das instituições Públicas e
Privadas quanto a sua manifestação seja no âmbito público ou privado. Reconhece a
Libras como meio legal de comunicação e expressão e seus desdobramentos - o que
significa que legitima e assegura sua utilização em todo território nacional.
A lei de libras possui apenas cinco artigos, que, no entanto, funcionam como
alicerces para as demais leis complementares e decretos que discorrem sobre a mesma
temática. Conceitua, em seu Paragrafo Único, que Libras – Lingua Brasileira de Sinais,
´´e a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza
visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de
transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
Apesar de facilmente identificada pelo senso comum, a LIBRAS ainda tem pouca
receptividade cultural. As políticas linguísticas atuais não são suficientes para a inclusão
eficiente no que tange aos aspectos práticos dos direitos fundamentais. Por isso, o artigo
4º determina que o sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais,
municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de
Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e
superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.
3. Decreto 5626/2005
Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei noº 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei nº
10.098, de 19 de dezembro de 2000.
Art. 2º Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva,
compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura
principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras.
Ainda na mesma norma temos a o capitulo que prevê o ACESSO DAS PESSOAS
SURDAS À EDUCAÇÃO, em que inicia com o artigo abaixo:
Art. 14. As instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às
pessoas surdas acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos
seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis,
etapas e modalidades de educação, desde a educação infantil até à superior.
Resguarda ainda a modalidade oral da Língua Portuguesa, na educação básica
que deverá ser ofertada aos alunos surdos ou com deficiência auditiva,
preferencialmente em turno distinto ao da escolarização, por meio de ações integradas
entre as áreas da saúde e da educação, resguardado o direito de opção da família ou do
próprio aluno por essa modalidade.