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INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA

Curso de Arquitetura e Urbanismo

Campos dos Goytacazes, Setembro de 2022

Disciplina: Pesquisa em AUP

Projeto de Pesquisa
Título: 20 textos com citações diretas
Aluno: Iohanna de Souza Tavares da Costa
Professor Orientador: Ronaldo de Sousa Araújo

A população urbana brasileira está crescendo a cada ano e simultaneamente o intuito em


melhorar as condições de vida, especialmente as questões relacionadas à acessibilidade,
visto que esse é um processo em constante evolução e adequação, mas de fundamental
importância, uma vez que tem por objetivo principal atender as necessidades especiais de
cada ser humano. Logo, seu conceito vincula-se intrinsecamente, em sua acepção mais
ampla, à inclusão social. (JÚNIOR, 2010).

Segundo a Norma Brasileira (NBR) 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas


(ABNT) a palavra acessibilidade é definida pela possibilidade e condição de alcance,
percepção e entendimento, com segurança e autonomia, de edificações, espaços,
mobiliários, equipamentos urbanos, transportes e outros tipos de instalações abertos ao
público, sendo de uso coletivo, por pessoas portadoras de alguma deficiência ou não
(ABNT, 2015).

Em virtude da sua importância, a acessibilidade tem-se tornado cada vez mais presente na
sociedade, garantindo a adequação do meio para pessoas com ou sem deficiência para que
juntas possam conviver confortavelmente. No entanto, mesmo com as leis ou a mobilização
da sociedade em prol dos direitos de igualdade, a missão de materialização de inclusão
social ainda carece de muitas ações (CARVALHO, 2013).

É notável que muitos locais ainda se encontrem em fase de adequação às normas de


acessibilidade ou, em alguns casos, experimentem a ausência total desses conceitos, o que
dificulta o acesso e a convivência comum das pessoas. As praças das cidades, por
exemplo, representam uma referência viável onde há grande concentração de pessoas para
diversos fins como realização de atividades físicas, práticas esportivas e de lazer e que em
muitos casos não atendem de modo satisfatório às condições de acesso
previstas (MEDEIROS et al., 2011).

É notável que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida lidem diariamente com suas
limitações, muitas delas relacionadas à autonomia. A dificuldade em realizar tarefas
comuns e conviver em sociedade prejudica no desenvolvimento ocupacional, cognitivo e
psicológico e tais fatores contribuem diretamente com a sua exclusão social (MEDEIROS et
al., 2011).

O amadurecimento do termo acessibilidade assimilou-se com o tempo nos fundamentos de


cidadania e nos direitos humanos, sendo regulamentada pela Norma Brasileira 9050 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2015).

De acordo com a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, acessibilidade pode ser definida,
como a condição de alcance e a possibilidade de se utilizar edificações, transportes,
comunicação, mobiliários e equipamentos urbanos, de modo autônomo e seguro, por meio
da pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida. Tais possibilidades são estendidas aos
serviços e instalações disponíveis ao público ou privados de uso coletivo, sem distinção de
localidade atendendo as zonas rurais e urbanas (BRASIL, 2015).

Segundo a Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, em todos os mobiliários urbanos e


instalações serviços devem existir adaptações, que sigam em conformidade com a
prioridade de cada indivíduo. Deste modo garantindo uma maior eficiência nas alterações,
com o intuito de gerar e difundir uma maior acessibilidade a todas as pessoas portadoras de
deficiência ou que possuem mobilidade reduzida (BRASIL, 2000)

A NBR 9050:2021 tem como intuito garantir a utilização dos ambientes, mobiliários e
equipamentos urbanos, edificações e elementos de forma independente, segura e
autônoma. Sua abrangência deve ser realizada ao máximo de pessoas possível, não
dependendo de critérios como, idade, estatura ou limitações de mobilidade ou percepção do
espaço (ABNT, 2021).

De acordo com o Decreto n° 5.296, de 2 de dezembro de 2004, acessibilidade pode ser


definida como a condição de utilização, baseada na autonomia, seja ela total ou assistida e
segurança de mobiliários e espaços urbanos, serviços, edificações, sistemas e meios de
informação e comunicação por parte da pessoa portadora de deficiência ou que apresente
mobilidade reduzida (BRASIL, 2004).

Segundo a NBR 9050:2021, acessibilidade é definida como a utilização de maneira


autônoma e segura dos espaços, equipamentos e mobiliários urbanos, transportes,
edificações, bem como demais serviços e instalações de uso público ou privado sob a
perspectiva da condição de alcance, entendimento de utilização e percepção da pessoa
com deficiência ou mobilidade reduzida, validada para zonas rurais e urbanas (ABNT,
2021).
De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, é considerada deficiente aquela
portadora de impedimento físico, mental, intelectual ou sensorial que ao interagir com
barreiras pode ter sua participação obstruída de modo a ser impedida de participar
plenamente na sociedade de modo igualitário aos demais (SENADO FEDERAL,
2015).

Pessoa com mobilidade reduzida é aquela que por um ou diversos motivos possua
dificuldade de movimentar-se, está sendo permanente ou temporária e que gere uma
redução significativa de mobilidade, flexibilidade, coordenação motora ou percepção, de
modo a englobar idosos, lactantes, gestantes, obesos e pessoas com criança de colo
(SENADO FEDERAL, 2015).

No Brasil, de acordo com Manual Prático de Acessibilidade, o tema de acessibilidade


surge na legislação em 1998 na Constituição Federal que garante o direito de ir e vir a
todos os cidadãos, marcando o primeiro passo da legislação do país em direção à
acessibilidade plena (CONFEA, 2018).

É importante entender que o conceito de acessibilidade vai além da possibilidade de


acessar os espaços, compreende também a possibilidade de participar ativamente de todas
as atividades nos ambientes. Assim, a acessibilidade espacial diz respeito ao acesso e
interação dos indivíduos com o ambiente: “[... significa poder chegar a algum lugar com
conforto e independência, entender a organização e as relações espaciais que este lugar
estabelece, e participar das atividades que ali ocorrem fazendo uso dos equipamentos
disponíveis”. (BINS ELY et al., 2003).
A acessibilidade ou o desenho universal deve ser encarado como uma abordagem
descritiva, onde se descrevem os problemas de acessibilidade e as possíveis soluções de
projeto para resolver tais problemas. Portanto, um bom projeto acessível não
necessariamente segue apenas os parâmetros estabelecidos em normas, é essencial que
se conheça o problema. (FROYEN,2012).

De acordo com a legislação brasileira, todas as pessoas são iguais perante a lei, possuindo
direitos e deveres. Entretanto, devido a algumas características pessoas (físicas,
psicológicas, permanentes ou temporárias) nem todas as pessoas podem usufruir dos
espaços de forma igualitária. Muitas de suas características variam, sejam pelo gênero, pela
cor da pele, pela estatura, pelas habilidades, ou tipo de deficiência. É importante considerar
as pessoas que possam estar mais restringidas a utilizar os ambientes e considerar suas
dimensões mínimas ou habilidades para não criar espaços deficientes. Portanto, nos
projetos urbanos e paisagísticos deve ser considerada a diversidade dos usuários e,
principalmente aqueles que possam ler suas atividades restringidas devido a alguma
deficiência ou dificuldade de mobilidade. (BINS ELY et al,2008).

Os parques urbanos, são uma área verde com função ecológica, estética e de lazer,
entretanto com uma extensão maior que as praças e jardins públicos”. É o lugar onde se
torna presente atividades de interação social, lazer, esporte, cultura e outros. No bloqueio
do acesso a estes espaços públicos, o direito dos indivíduos é invalidado. (LIMA, 1994).

Alguns estudos mostram que a boa qualidade social e física destes espaços, como por
exemplo, infra-estrutura adequada, segurança, facilidade de acesso e outros fatores
positivos, aumentam a possibilidade de freqüência das pessoas e, por conseguinte,
um comportamento fisicamente ativo (REIS, 2001; FISHER et al., 2004;
BEDIMO-RUNG et al., 2005; HORNIG, 2005; SALLIS et al., 2006; BAKER et al., 2008;
COLLET et al., 2008; CASSOU, 2009; TESTER et al., 2009; COHEN et al., 2010).

Praças são espaços livres públicos urbanos destinados ao lazer e ao convívio da


população, acessíveis aos cidadãos e livres de veículos”. Trata-se de um dos espaços mais
tradicionais da cidade, e, no caso das pessoas com deficiência física, devido à dificuldade
de mobilidade no tecido urbano, a praça, por seu caráter local, para os bairros que a
possuem, torna-se um espaço coletivo com grande potencial para atrair e servir a esses
usuários, já que, teoricamente, demanda um menor deslocamento em relação a espaços
coletivos de lazer de maior porte, como os shoppings centers, por exemplo. Mas, o que
percebemos atualmente na cidade, é que diante da consolidação de outros espaços e
atividades de lazer (shoppings centers, parques de diversões, estádios de futebol,
televisão), esses espaços têm sido bem menos utilizados. (ROBBA,2002).

“O espaço deve ser considerado como um conjunto indissociável de que participam, de um


lado certo arranjo de objetos geográficos, objetos naturais e objetos sociais, e, de outro, a
vida que preenche e os anima, ou seja, a sociedade em movimento.” (SANTOS, 1988, p.
26-27)

A cidade de hoje nunca é igual a de amanhã e sua riqueza está na diversidade que
oferece. Ela é dinâmica e recriar este ambiente para que todos possam usufruir dos seus
variados espaços se torna um grande desafio, principalmente para aquelas pessoas que
apresentam algum tipo de deficiência. “O espaço da cidade é, assim, e também, o cenário
e o objeto das lutas sociais, pois estas visam, afinal de contas, o direito à cidade, à
cidadania plena e igual para todos.” (CORRÊA, 1995, p. 09)

Afirma que o espaço como fator social é constantemente alterado para abrigar as
diferenças e as contradições entre todos os indivíduos, ficando evidente a importância da
acessibilidade para as pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, que também
habitam a cidade e utilizam o espaço urbano para o exercício de suas atividades diárias e
de lazer, como todos os cidadãos. (RESENDE,2003).

A inclusão social conceitua-se como o processo pelo qual a sociedade se adapta para
poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com deficiência e, simultaneamente
estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade, ou seja, ocorre a efetivação da
equiparação de oportunidades para todos. (SASSAKI, 1999).
ARQUIVOS PESQUISADOS

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https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/EMC26_14.02.2000/EMC26.asp

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Metamorfose do Espaço Habitado: fundamentos teóricos e metodológicos da geografia de


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