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LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE


DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA

Tangará
2020
MARIANA MARA DA SILVA VANIN

LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE


CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA

Trabalho apresentado ao Curso (Licenciatura -História) para


a disciplina [1 semestre ].

Prof. Paulo Sergio Micali Junior


TANGARÁ
2020

Introdução

O tema deste artigo é Reflexões sobre Acesso ao Lazer, aprendizam, Inclusão e


acessibilidade de criançsa com deficiencias . Para o desenvolvimento do trabalho,
falaremo sobre a garantia e permanência dos alunos com deficiência suprindo suas
necessidades específicas, inclusive nos espaços de lazer, e “A exclusão das crianças
com deficiência nos locais e equipamentos destinados à recreação é uma forma
intolerável de discriminação e uma violação dos direitos fundamentais dessas crianças
à igualdade, à inclusão e ao lazer".

E num segundo momento, faremos uma breve reflexão sobre as tecnologias,


entendidas como todo conhecimento sistematizado aplicado à solução de problemas e
à melhoria da vida das pessoas, pode ser um importante aliado para a inclusão de
crianças com deficiência nas atividades de lazer e aprendizagem.
Educação inclusiva
Compreende-se que a base de todas as condutas está na educação. É na escola,
principalmente no ensino fundamental, que as crianças, ainda relativamente sem
preconceitos, podem conviver juntas, sem barreiras e que depois, ao saírem da escola,
após sua formação, levarão consigo o entendimento da deficiência como diferença
natural.

A sociedade torna-se um lugar viável para a convivência entre todas as


pessoas, de todos os tipos e condições na execução de seus direitos,
necessidades e potencialidades. Nesse sentido os adeptos e defensores
da inclusão, chamados de inclusivistas, estão trabalhando para mudar a
sociedade, a estrutura dos seus sistemas sociais comuns, suas atitudes,
os seus produtos e bens, a sua tecnologia, em todos os aspectos:
educação, trabalhos, saúde, lazer, mídia, cultura, esporte, turismo,
transporte, etc. (SASSAKI, 2005)

A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema


educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de
forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades
físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e
necessidades de aprendizagem.

É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar


educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma
de violência, negligência e discriminação. Incumbe ao poder público assegurar, criar,
desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: sistema educacional
inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda
a vida;

O aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de


acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e
de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena;
projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim
como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos
estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de
igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia;  adaptações
razoáveis: adaptações, modificações e ajustes necessários e adequados que não
acarretem ônus desproporcional e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de
assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade de
condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e liberdades
fundamentais.

O lazer é uma atividade que se estrutura em uma das ocupações do tempo livre,
em que algo prazeroso é realizado. Considerando então que os deficientes são
pessoas ativas na sociedade, apresentando é claro exceções, eles trabalham, estudam
e, em seu tempo livre, ocupam-se também com lazer, concordando com as idéias de
Marcellino (1995, p.31) em que o lazer é compreendido em seu sentido mais amplo, é
vivenciado pelo indivíduo, no tempo disponível e a partir daí desenvolve atividades que
o satisfaçam, tendo a livre opção pela atividade prática ou contemplativa.Observa-se
nessa pesquisa que as atividades não são muito realizadas em função das barreiras
arquitetônicas e de existirem preconceitos sociais. No entanto, gostam muito desse tipo
de atividade. Com relação ao turismo, viajar implica transporte, hospedagem entre
outros aspectos.. As opções por passeio curto ou viagem à a casa de parentes foram
as principais citadas.

O presente manual preocupa-se em criar parâmetros de acesso ao portador


de deficiência não só ao hotel, mas aos locais turísticos em geral, sugerindo
adaptações, como rampas, patamares, portas e sinalizações especiais, que
garantam a circulação e o acesso, interno e externo, a apartamentos,
banheiros, calçadas, travessias, estacionamento e meios de transporte.
(EMBRATUR, Manual de recepção e acessibilidade de pessoas portadoras de
deficiência a empreendimentos e equipamentos turísticos)
A qualidade nos serviços deve ser cobrada por todos e, como existe legislação,
essa deve ser cumprida, para que seus benefícios atendam efetivamente a quem dela
necessita. De acordo com o Decreto Federal n° 448/92 Art. 3°, da Política Nacional de
Turismo, é objetivo do poder público democratizar o acesso ao turismo de forma a
contribuir para que classes menos favorecidas também usufruam desse direito. Na
questão do turismo, no que refere à importância da acessibilidade para todos, e do
destaque que o turismo deve ter como um instrumento de inserção social (LACERDA,
2005), percebe-se que os deficientes ainda são uma clientela marginal e seus desejos
e necessidades não são respeitados.

Tecnologia acessitiva
Uma área importante da tecnologia assistiva voltada para a escolarização é a
comunicação aumentativa e alternativa (CAA), cujo objetivo principal consiste na
ampliação das habilidades de comunicação de pessoas que não falam ou não
escrevem, (SARTORETTO; BERSCH, 2010). Nesse sentido, podem ser construídos
recursos como cartões ou pranchas de comunicação, bem como a utilização dos
vocalizadores instalados em computadores.

Qualquer produto (incluindo dispositivos, equipamentos,


instrumentos, tecnologia e software) fabricado especialmente
ou geralmente disponível no mercado, para prevenir,
compensar, controlar, atenuar ou neutralizar deficiências,
limitações na atividade e restrições na participação.7 (ISO
9999:2007, p. 6. Tradução minha)

Portanto, a mediação instrumental para a atribuição de sentidos aos fenômenos do


meio, e para a busca de “rotas alternativas” para a construção de conhecimentos,
encontra na Tecnologia Assistiva um forte aliado, na realidade específica da pessoa
com deficiência. Sendo as riquezas da experiência social o alicerce dos processos
compensatórios (PERES, 2003), a Tecnologia Assistiva surge, para a pessoa com
deficiência, em muitos casos como um privilegiado elemento catalisador e estimulador
na construção de novos caminhos e possibilidades para o aprendizado e
desenvolvimento, na medida em que se situa com instrumento mediador,
disponibilizando recursos para o “empoderamento” dessa pessoa, permitindo que
possa interagir, relacionar-se e competir em seu meio com ferramentas mais poderosa,
proporcionadas pelas adaptações de acessibilidade de que dispõe.  É garantido à
pessoa com deficiência acesso a produtos, recursos, estratégias, práticas, processos,
métodos e serviços de tecnologia assistiva que maximizem sua autonomia, mobilidade
pessoal e qualidade de vida.

Considerações finais

Por meio da pesquisa realizada foi possível analisar e compreender que, tr abalhar
com crianças é auxiliar no desenvolvimento de um ser humano que recém está
iniciando a sua vida, e que deve ter um futuro que lhe traga resultados positivos em
todos os aspectos.

As questões de acessibilidade, assim como as relacionadas à educação também são


polêmicas no que diz respeito a sua execução nos mais diferentes setores sociais
como habitação, saúde (reabilitação), transporte, trabalho, cultura, desporto, lazer e
turismo. É complicado mudar comportamentos já existentes, mas sem essa atitude
vamos continuar vivendo em uma sociedade medíocre e egoísta que valoriza apenas
os perfeitos. Além de discursos, ações concretas são fundamentais, para acabar com
os estigmas que rondam as questões relacionadas aos deficientes. Percebe-se que
não faltam leis, ou normas para regulamentar as suas ações o que falta é uma política
de aplicação e fiscalização para que a qualidade melhore.

REFERÊNCIA

BRASIL. Estatuto da Pessoa com Deficiência - 3. ed. - Brasília: Senado Federal,


Coordenação de Edições Técnicas, 2019. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2015/lei/l13146.htm . Acesso em 27
de jan. de 2020.
GALVÃO FILHO, T. Tecnologia Assistiva: favorecendo o desenvolvimento e a
aprendizagem em contextos educacionais inclusivos. In: GIROTO, C. R. M.;
POKER, R. B.; OMOTE, S. (Org.). As tecnologias nas práticas pedagógicas inclusivas.
Marília/SP: Cultura Acadêmica, p. 65-92, 2012. Disponível em
http://www.galvaofilho.net/TA_educacao.pdf. Acesso em 28 jan. de 2020

GOULART, Renata Ramos; LEITE, José Carlos de Carvalho. Deficientes: A questão


social quanto ao Lazer e ao Turismo. Disponível em:
https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/gt11-deficientes.pdf. Acesso em 27 jan. 2020.

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