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FAVENI

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

Educação Especial e Inclusiva

Taise Martins Seemann

TA
Tecnologia Assistiva

Santo Amro da Imperatriz


2022
TA
Tecnologia Assistiva

Declaro que sou autora deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos
autorais.

RESUMO-

O artigo em questão aborda sobre as tecnologias assistivas como pontes para a independência de
deficientes. As tecnologias assistivas estão ganhando dimensão pela forma mais ágil e fácil com que
realiza algumas tarefas, tanto nas escolas e universidades, nas empresas e trabalho quaisquer, e na rotina
pessoal. Essa tecnologia é utilizada por pessoas com deficiência e que têm o objetivo de arrombar as
barreiras cognitivas, sensoriais e motoras. Os resultados demonstram que há ainda existem dificuldades
que necessitam ser superadas. Foi possível concluir que a área de tecnologias assistivas precisa de uma
constante melhoria para proporcionar melhores condições de vida para todos os indivíduos. O presente
trabalho irá expor que essas ferramentas devem ser compreendidas como resolução de problemas
funcionais em uma perspectiva de desenvolvimento das potencialidades humanas, valorização de
desejos, habilidades, expectativas positivas e da qualidade de vida.

PALAVRAS-CHAVE: Deficiente. Tecnologias. Humanas. Qualidade.


INTRODUÇÃO

A Tecnologia Assistiva (TA) representa atualmente uma área em ascensão,


impulsionada, principalmente, pelo novo paradigma da inclusão social, que defende a
participação de pessoas com deficiência nos diversos ambientes da sociedade. Para a
maioria dessas pessoas, os recursos de TA são essenciais para a mobilidade,
atividades relacionadas à aprendizagem, trabalho, comunicação e interação com o
mundo. A tecnologia assistiva remete a quando a tecnologia é usada para promover
inclusão, independência e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida para
pessoas com deficiência.
Os recursos de tecnologia assistiva estão muito próximos do nosso dia-
a-dia. Ora eles nos causam impacto devido à tecnologia que apresentam, ora
passam quase despercebidos. Para exemplificar, podemos chamar de
tecnologia assistiva uma bengala, utilizada por nossos avós para proporcionar
conforto e segurança no momento de caminhar, bem como um aparelho de
amplificação utilizado por uma pessoa com surdez moderada ou mesmo veículo
adaptado para uma pessoa com deficiência. (MANZINI, 2005, p. 82)

O uso de recursos de TA sempre esteve presente na história da humanidade, até


mesmo nos primórdios de sua existência, quando, por exemplo, homens primitivos
usavam pedaços de madeira como bengala improvisada. Com os avanços
tecnológicos, esses recursos vão ganhando maior eficiência e abrangência, revelando
processos criativos e transformativos no imbricamento homem-técnica. O conceito de
TA remete a concepções e paradigmas diferentes ao longo da história, com
características específicas a partir do referencial de cada país. Contudo, em todas
essas variáveis podemos identificar como objetivo essencial a qualidade de vida, com
referência a processos que favorecem, compensam, potencializam ou auxiliam
habilidades ou funções pessoais comprometidas por algum tipo de deficiência ou pelo
envelhecimento.

A expressão Tecnologia Assistiva, porém, surge pela primeira vez em 1988:

O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia


Assistiva, foi criado oficialmente em 1988, como importante elemento
jurídico dentro da legislação norteamericana, conhecida como Public
Law 100-407, que compõe, com outras leis, o ADA - American with
Disabilities Act. Este conjunto de leis regula os direitos dos cidadãos
com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos fundos
públicos para compra dos recursos que estes necessitam. Houve a
necessidade de regulamentação legal deste tipo de tecnologia, a TA, e,
a partir desta definição e do suporte legal, a população norte-americana,
de pessoas com deficiência, passa a ter garantido pelo seu governo o
benefício de serviços especializados e o acesso a todo o arsenal de
recursos que necessitam e que venham favorecer uma vida mais
independente, produtiva e incluída no contexto social geral. (BERSCH,
2005)

Oferecer TA na escola é buscar, com criatividade, uma alternativa para que o aluno
realize o que deseja ou precisa. É encontrar uma estratégia para que ele possa “fazer”
de outro jeito. É valorizar o seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e
interação, a partir de suas habilidades. É conhecer e criar novas alternativas para a
comunicação, mobilidade, escrita, leitura, brincadeiras, artes, utilização de materiais
escolares e pedagógicos, exploração e produção de temas através do computador etc.
Percebe-se que a evolução tecnológica segue na direção de tornar a vida mais
fácil. Utilizamos quase sempre ferramentas desenvolvidas a favor das atividades do
cotidiano, como os talheres, canetas, computadores, controle remoto, automóveis,
telefones celulares, relógio, enfim, uma infinita lista de recursos que estão apreendidos
na nossa rotina e no senso geral. Essa tecnologia é utilizada por pessoas com
deficiência e que têm o objetivo de arrombar as barreiras cognitivas, sensoriais e
motoras que impedem o acesso às informações, ou o acesso à participação ativa e
autônoma em projetos pedagógicos (MANZINI, 2005).
Portanto o presente artigo tem por objetivo analisar a importância das Tecnologias
Assistivas como ferramenta pedagógica, para proporcionar à pessoa com deficiência
maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua
comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado e
trabalho.

1 TECNOLOGIA ASSISTIVA

A Tecnologia Assistiva tratasse de um conjunto de recursos que facilitam o


cotidiano das pessoas portadoras de deficiência, elas estendem a mobilidade,
melhoram a comunicação e aumentam habilidades, auxiliando esses cidadãos a
enfrentar inúmeros desafios diariamente. As tecnologias ganham espaço cada vez
maior no cotidiano de qualquer pessoa, pois facilitam a vida e ajudam a resolver
problemas em casa, no ambiente profissional ou no ambiente escolar. O uso das
tecnologias assistivas pode ser uma estratégia de construção de ambientes acessíveis,
em que todos tenham condições básicas para desenvolver suas capacidades e
habilidades físicas, cognitivas e emocionais, contribuindo assim para desenvolvimento
integral de cada indivíduo.
A Tecnologia Assistiva é uma ferramenta que tem como objetivo incluir as
pessoas com deficiência ou quaisquer pessoas que precisem de auxílio em diferentes
espaços da comunidade (ALVES; RODRIGUES, 2013). Os mecanismos existentes
procuram facilitar ou acrescentar certas capacidades funcionais a fim da pessoa ter
maior independência, qualidade de vida e inclusão social (BERSCH, 2017), em
atividades que vão desde a mobilidade às atividades laborais, comunicação e contato
com qualquer lugar do planeta. (ALVES; RODRIGUES, 2013)
A principal Tecnologia Assistiva utilizada no desenvolvimento das crianças com
TEA é a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), que é uma área de
conhecimento multidisciplinar sobre as interações de pessoas com necessidades
complexas de comunicação.
Para fins do disposto no Decreto n°10.645, de 11 de março de 2021,
considerase:
Tecnologia assistiva ou ajuda técnica - os produtos, os equipamentos,
os dispositivos, os recursos, as metodologias, as estratégias, as práticas e os
serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à
participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, com vistas
à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social; (BRASIL,
2021, documento online).

Tecnologia Assistiva é vista como recurso para ajudar essas crianças a


conquistar independência e autonomia nas atividades cotidianas, como na mobilidade,
nos cuidados pessoais e na alimentação.
O termo Tecnologia Assistiva - TA é utilizado para identificar recursos e serviços
que auxiliam a prover ou ampliar as capacidades funcionais de pessoas com
deficiência, proporcionando assim uma vida mais autônoma e promovendo a inclusão.
Pode-se dizer que a evolução da tecnologia caminha no sentido de facilitar a vida, pois,
sem saber, continuamos a utilizar ferramentas desenvolvidas para apoiar e/ou
simplificar as atividades diárias como canetas, computadores, controles remotos,
carros, celulares, relógios, e uma lista interminável de recursos para plugar em nossas
rotinas e facilitar a execução das funções pretendidas (BERSCH, 2013).
Assim, a Tecnologia Assistiva deve ser entendida como um apoio que
possibilitará a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará
a realização da função desejada e que esteja impedida em razão da deficiência.
Logo, o objetivo central da TA é proporcionar à pessoa com deficiência
autonomia, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua
comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu
aprendizado e trabalho (BERSCH, 2013 apud ALMEIDA, 2017).

As tecnologias assistivas podem favorecer a organização de práticas pedagógicas


inclusivas. Assim, aponta-se que o professor precisa compreender a importância de sua
formação continuada, a partir de cursos, eventos, e também a partir da reflexão sobre
sua prática cotidiana como docente, especialmente no uso das tecnologias assistivas
na escola. Machado (2018) descreve esse uso cotidiano afirmando que esses
instrumentos:
[...] estão muito próximos do nosso dia-a-dia. Ora eles nos causam impacto
devido à tecnologia que apresentam, ora passam quase despercebidos. Para
exemplificar, podemos chamar de tecnologia assistiva uma bengala, utilizada
por nossos avós, para proporcionar conforto e segurança no momento de
caminhar, bem como um aparelho de amplificação utilizado por uma pessoa
com surdez moderada ou mesmo veículo adaptado para uma pessoa com
deficiência (MACHADO, 2018 p. 05).

O uso das tecnologias assistivas, portanto, exige uma interação entre alunos e
professores. É preciso que todos estejam envolvidos nas práticas pedagógicas. O
professor precisa ter consciência da importância de ser flexível e de buscar novas
formas de ensinar, mudar sua atuação, se adaptando a novas exigências.
A área de TA vem crescendo nos últimos anos como consequência de alguns
fatores que têm impulsionado demandas de recursos e serviços destinados às pessoas
com deficiência. O principal desses fatores refere-se ao destaque que se tem dado aos
arranjos sociais como promotores ou não de acessibilidade para essas pessoas. Nessa
concepção, são questionados todos os mecanismos que de alguma forma impedem a
participação plena nos diferentes espaços e papéis sociais e, busca-se formas de
garantir efetivamente tal participação como direito de todos. No Brasil, as pessoas com
deficiência (público alvo da TA) representam o percentual de 23,9% da população
nacional, segundo os dados do Censo 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2012, p. 114). Esse número apresenta um significativo
aumento, se comparado aos 14,5% registrados no Censo de 20001. Além disso, é
importante destacar que o público ao qual a TA se destina também engloba os idosos.
Nesse sentido, Diniz (2007, p. 78) destaca que “ser velho é experimentar o corpo
deficiente”. E essa população também vem crescendo: em 2000 era representada pelo
percentual de 5,9%, passando para 7,4 em 2010 (IBGE, 2010). Esses números, por si
só expressivos, tomam dimensões maiores, uma vez que aqueles que convivem de
forma direta ou indireta com idosos e/ou pessoas com deficiência também são
impactados com situações limitantes.

2 CONCLUSÃO

A Tecnologia Assistiva também vem se tornando uma importante ferramenta na


área educacional, pois cada vez mais serve como uma ponte para abertura de novos
horizontes nos processos de ensino-aprendizagem e desenvolvimento de alunos com
deficiências até bastante severas. Portanto o uso das Tecnologias Assistivas é de
grande importância para que aconteça realmente a inclusão dentro de nossa
sociedade. Conhecer quais são os recursos disponíveis que garantem autonomia e
independência as pessoas deficientes é garantir a todos os direitos de ir e vir e de uma
educação plena e de qualidade, que possibilite a formação de cidadãos críticos e
participativos dentro da sociedade.
Enfim, a tecnologia assistiva só encontra um sentido real quando acompanha a
criança para além do contexto escolar e das ações regulares da escola. O trabalho e as
atividades desenvolvidas na sala se destinam a avaliar a melhor alternativa de
tecnologia assistiva, produzir material para o aluno e encaminhar estes recursos e
materiais produzidos, para que eles sirvam ao aluno na escola comum, junto com a
família e nos demais lugares (NUNES, 2017). Vale ressaltar que a tecnologia tem como
propósito facilitar a vida desses indivíduos, então é importante que quando é
desenvolvido este tipo de tecnologia olhe-se para a peculiaridade de cada pessoa e de
como pode ser feito esse auxílio por meio da tecnologia.

3 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Gisele. Novas tecnologias aplicadas a educação. SAGAH, 2017.

ALVES, L. R. G.; RODRIGUES, P. R. Tecnologia Assistiva – Uma revisão do


Tema. Revista HOLOS, [S. l.], vol. 6, 2013.

BERSCH, R. Introdução à Tecnologia Assistiva. Tecnologia e Educação. Porto


Alegre, Rio Grande do Sul.

BERSCH, R.; SCHIRMER, C. Tecnologia assistiva e educação inclusiva. In:


BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Ensaios
pedagógicos: construindo escolas inclusivas. Brasília: MEC, 2005. p. 87-92.

DINIZ, Débora. O que é deficiência. São Paulo: Brasiliense. 2007. 80 p.

IBGE. Censo demográfico 2010: características gerais da população, religião e


pessoas com deficiência. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Rio de
Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2012. 215 p.

MACHADO, Viviane Guidotti. Tecnologias digitais na prática pedagógica.


SAGAH, 2018.

MANZINI, Eduardo José. TA para educação: recursos pedagógicos adaptados.


Ensaios pedagógicos: construindo escolas inclusivas. Brasília: SEESP/MEC, p. 82-86,
2005.

NUNES, A R. Sala de recursos multifuncionais. Sagah, 2017.

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