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ESCOLA CIDADÃ INTEGRAL TÉCNICA PROFESSORA NICÉA CLAUDINO

PINHEIRO
CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA
09ª GERÊNCIA REGIONAL DE ENSINO

LUCAS JUAN MENEZES DA SILVA

FRANCISCO DAVID DINIZ

A TECNOLOGIA IMPULSIONANDO A INCLUSÃO

RESUMO
A tecnologia assistiva surgiu como uma nova área de possibilidades para a autonomia e
inclusão social dos alunos com deficiência. A educação utiliza a tecnologia assistiva de
acordo com que investiga as necessidades que promovem a interação dos alunos com
deficiência, visando a promoção da autonomia relacionadas com a educação inclusiva. O
estudo teve como objetivo conhecer a temática sobre a relação do avanço tecnológico em
conjunto com a inclusão no âmbito escolar, através de uma pesquisa bibliográfica. Para tanto,
foi necessário mostrar como a tecnologia assistiva pode influenciar na produtividade dos
alunos com qualquer tipo de necessidade, entendendo como cada ferramenta pode ajudar no
aprendizado, desenvolvimento e seus desafios, buscando soluções por meio do avanço
tecnológico. Realiza-se, então, uma pesquisa de abordagem descritiva e exploratória de
pesquisa, com o intuito de investigar os mais diferentes aspectos que envolvem e influenciam
o processo de apropriação da tecnologia assistiva no ambiente escolar. Diante disso, foi
possível detectar e analisar as contradições desestruturadoras dos processos por parte das
escolas que impõe apropriação e o uso desses instrumentos que constata a acessibilidade de
ambientes que favorecem as práticas educacionais.
Palavras-chave: Tecnologia Assistiva; Educação Inclusiva; Alunos com deficiência; Ambiente
Escolar.
CAJAZEIRAS- PB
2021
A TECNOLOGIA IMPULSIONANDO A INCLUSÃO

1. INTRODUÇÃO

Por muitos anos, o processo educacional beneficiava um certo perfil de estudante.


Aqueles que demonstrassem tais características eram beneficiados compreendendo melhor o
conteúdo e aplicando de forma mais eficiente. Porém, crianças que apresentavam algum tipo
de distúrbio, ou até mesmo deficiência, tinham dificuldades em acompanhar as aulas. Com
isso, cada vez mais, a sociedade percebeu a necessidade de buscar alternativas que promovam
a inserção de crianças com qualquer tipo de deficiência no ambiente escolar e facilitem o seu
desenvolvimento, independente da necessidade.
Hoje, felizmente, com o avanço tecnológico a educação busca utilizar de variados
métodos que proporcionam a inclusão. A proposta de usar a tecnologia é estimular o
aprendizado e incluir os deficientes no âmbito escolar. De modo que acompanhem o ensino
do mesmo modo que os seus colegas sem qualquer prejuízo ao desempenho acadêmico. O
pesquisador Teófilo Alves Galvão Filho, doutor e mestre em educação, afirma que “Os novos
ambientes de interação e aprendizado, possibilitados pelas tecnologias, surgem como fatores
estruturantes de diferentes alternativas e concepções pedagógicas.” Percebe-se que, o uso da
tecnologia assistiva em conjunto com a educação são essenciais na formação do estudante,
onde essas ferramentas apresentam melhoras expressivas para o indivíduo.
Assim, delinearam-se os seguintes objetivos da pesquisa: o objetivo geral foi mostrar
de que forma o uso da tecnologia assistiva pode influenciar na produtividade dos alunos com
qualquer tipo de necessidade, seja ela física ou intelectual, no ambiente estudantil. Mas para
ter uma resposta mais eficaz para esse objetivo geral, traçou-se os seguintes objetivos
específicos: entender como cada ferramenta pode ajudar na forma de aprendizado,
desenvolvimento e seus desafios, buscando soluções por meio da tecnologia. Os métodos do
artigo científico tiveram como tipo de pesquisa exploratória e descritiva.
Entretanto, para que as ferramentas escolhidas sejam acessíveis, é necessário conhecer
as particularidades de cada aluno com deficiência. Desse modo podemos compreender como
cada estudante reage e qual tipo de instrumento pode ser utilizado para auxiliá-lo. Para isso,
seria necessário um acompanhamento com os responsáveis e o próprio aluno, assim, obtendo
todas as informações essenciais de cada indivíduo. Saber a finalidade da tecnologia assistiva
escolhida é primordial para o planejamento e estruturação dos objetivos.
A pesquisa também pretende apresentar novas formas de ensino para deficientes
usando a tecnologia assistiva a seu favor. Esse tipo de tecnologia faz os estudantes com
limitações se tornarem protagonistas do seu próprio aprendizado. Ademais, a pesquisa
especificamente mostra os tipos de instrumentos e como estar utilizando os mesmos para a
educação dos alunos, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão
social.
Entende-se, o quanto é importante às instituições de ensino em geral, investir na
inclusão e fazer dessa prática algo comum, proporcionando a todos um ambiente estudantil
mais igualitário. Assim, apresenta-se a seguinte pergunta norteadora desta pesquisa: Qual a
importância da tecnologia assistiva nas instituições de ensino?
Portanto, ao decorrer dessa pesquisa verificam-se primeiramente os conceitos
essenciais para o uso da tecnologia em conjunto com a inclusão, no segundo capítulo vamos
entender os possíveis utensílios que podem ser utilizados para manter a igualdade em meio
escolar. Por fim, no último capítulo, deve-se entender a necessidade de verificar possíveis
sucessos ou fracassos dessas práticas em decorrência da implantação desse tipo de tecnologia.
Além do interesse do pesquisador pela temática, o estudo justifica-se pelas seguintes
razões: no campo organizacional a pesquisa justifica-se pelas contribuições que trará para as
escolas e os alunos com certas necessidades, enquanto que no campo acadêmico a pesquisa se
reveste de importância pelas contribuições que trará para professores, estudantes,
pesquisadores e áreas afins. 
Já no campo social, a pesquisa justifica-se pelo fato de que a tecnologia assistiva é um
fator essencial nas instituições que buscam a igualdade entre estudantes conduzindo o
conhecimento de maneira a se adaptar melhor às próprias necessidades.
Assim, este trabalho pretende analisar, entender e verificar os fatores que influenciam
na igualdade por meio da tecnologia. 

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O Recente Termo: Tecnologia Assistiva

A seguinte fundamentação teórica deste trabalho pretende explanar o conhecimento


científico estudado que se refere ao assunto a tecnologia assistiva impulsionando a inclusão na
educação. Com base neste marco teórico serão apresentados pontos essenciais que serão
debatidos ao decorrer do seguinte artigo.
Para a elaboração do primeiro capítulo, que apresentará o contexto histórico, conceitos
e espécies do avanço da tecnologia assistiva, a abordagem foi realizada com base em obras da
literatura jurídica bem como em artigos da internet, devidamente referenciados.
Para a elaboração do contexto histórico e seus conceitos, foram relacionadas as obras
de GALVÃO FILHO (2009, p 114) e Bersch (2005).
Segundo GALVÃO FILHO (2009, p. 114)

A história da humanidade sempre foi fortemente permeada não somente pelas


relações entre os seres humanos e pelas suas representações culturais, como também
pelas técnicas, conhecimentos e recursos materiais que os viabilizaram, ou que
foram produzidos por essas relações e representações.

Desde os primórdios a sociedade usufrui de diversas ferramentas que aprimoram as


suas brincadeiras, estudos, e principalmente, os seus trabalhos. Com o intuito de ter uma
facilidade na sua demanda. Regularmente, a palavra tecnologia é entendida como ferramentas
ou utensílios materiais para a execução de atividades e tarefas, sendo instrumentos ou
produtos úteis. Porém, a tecnologia não caracteriza unicamente meros dispositivos como
objetos ou equipamentos, mas tem referência de modo geral a produtos e contextos
institucionais que anulam uma ordem diversificada de princípios e elementos técnicos.
Por sua vez, comenta BERSCH (2005):

O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva, foi


criado oficialmente em 1988 como importante elemento jurídico dentro da
legislação norte-americana, conhecida como Public Law 100-407, que compõe, com
outras leis, o ADA - American with Disabilities Act. Este conjunto de leis regula os
direitos dos cidadãos com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos
fundos públicos para compra dos recursos que estes necessitam. Houve a
necessidade de regulamentação legal deste tipo de tecnologia, a TA, e, a partir desta
definição e do suporte legal, a população norte-americana, de pessoas com
deficiência, passa a ter garantido pelo seu governo o benefício de serviços
especializados e o acesso a todo o arsenal de recursos que necessitam e que venham
favorecer uma vida mais independente, produtiva e incluída no contexto social geral.
A tecnologia assistiva pode ser classificada como um conjunto de práticas e recursos
que ajudam a promover ou desenvolver habilidades funcionais de pessoas com deficiência,
sendo um termo ainda recente. Tendo como base os conceitos da ADA - American with
Disabilities Act de 1988, que estabelece os critérios e bases legais que regulamentam a
transferência de verbas públicas e subsídios na aquisição de materiais necessários para
auxiliar as pessoas com deficiência.
Ademais, entende-se Assistive Technology como Recursos e Serviços essenciais.
Segundo Bersch, recursos são “todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou
sistema fabricado em série ou sob medida, utilizado para aumentar, manter ou melhorar as
capacidades funcionais das pessoas com deficiência”. Serviços são “aqueles que auxiliam
diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima
definidos”.
No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), é responsável pela estruturação e
regência dessa área do conhecimento. O objetivo principal do CAT é apresentar propostas de
políticas públicas e parcerias entre a sociedade e os órgãos públicos referentes à área da
tecnologia assistiva, idealizando as diretrizes da área de conhecimento e realizando
levantamentos dos recursos humanos que hodiernamente trabalham com o tema. “As
Tecnologias Assistivas existem para disponibilizar recursos e serviços que possibilitem a
ampliação das habilidades funcionais dos alunos com deficiência.” (CAT, 2007.c).

2.2 Recursos e Serviços

O avanço demasiado dos recursos computacionais cada vez mais assume uma
relevância no cotidiano das pessoas, além de se tornarem cada vez mais acessíveis, esses
recursos de TA (tecnologia assistiva) relacionados à área da informática proporcionam novas
possibilidades para as pessoas com deficiência, algumas das quais seriam impensáveis a
pouco tempo atrás. Como, por exemplo, pessoas com limitações de coordenação motora fina
ou movimentos utilizando o próprio corpo.
Nessa perspectiva, cabe enfatizar e refletir sobre o novo papel social que a escola
apresenta e suas características. O serviço de TA nas escolas tem como propósito orientar e
auxiliar na utilização dos recursos que ampliem as habilidades dos estudantes com
deficiência, proporcionando a participação educacional. Buscando resolver as dificuldades
dos alunos, identificando formas para promover a participação dos estudantes nas diversas
atividades propostas no currículo comum.
Com o avanço tecnológico, dia-após-dia, surgem novas possibilidades para ajudar as
pessoas com certas dificuldades. A educação assistiva apresenta divisões de recursos e
serviços baseados nos objetivos funcionais a que se destinam, tais como instrumentos que
promovam independência em atividades da vida diária, mobilidade, comunicação, recursos
para a educação e etc.

Existem os produtos denominados de Baixa Tecnologia (low-tech) e os produtos de


Alta Tecnologia (high-tech). Essa diferença não significa atribuir uma maior ou
menor funcionalidade ou eficiência a um ou a outro, mas, sim, caracterizar apenas a
maior ou menor sofisticação dos componentes com os quais esses produtos são
construídos e disponibilizados. GALVÃO FILHO (2009, p 156)
Falar de produtos de TA é falar de um horizonte muitíssimo amplo de possibilidades e
recursos. Porém, também é indispensável o uso de materiais chamados de “Baixa
Tecnologia”. São considerados materiais simples como um lápis adaptado, um garfo e até

mesmo escovas
Figura 1:adaptadas com alças para facilitar Figura
Lápis adaptado 2: Garfomais
a preensão adaptado para melhor
estável de objetos, num
universo muito amplo de possibilidades, temos produtos que ajudam em algumas atividades

básicas como os que exemplifico a seguir. (Figuras 1, 2 e 3)


Figura 3: Escova de dentes com

3. METODOLOGIA

3.3 TIPO DE ESTUDO

Para o desenvolvimento deste estudo, trata-se de uma abordagem descritiva e


exploratória de pesquisa, com o intuito de investigar os mais diferentes aspectos que
envolvem e influenciam o processo de apropriação da Tecnologia Assistiva no Ambiente
Escolar. De acordo com Gil 2002, ilustre autor brasileiro, “A pesquisa bibliográfica é
desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e
artigos científicos.” Os livros permitem ao pesquisador uma ampla abordagem, por meio de
fatos descritos anteriormente por diversos autores em diferentes situações já pesquisadas. A
vantagem da revisão bibliográfica é entender o tema em estudo de acordo com a visão de
vários autores tendo uma percepção sobre o tema a tecnologia assistiva.
O trabalho utilizou da base de dados SCIELO E Google Acadêmico, através dos
descritores Tecnologia Assistiva, Educação Assistiva e Escola Inclusiva. Foram incluídos
artigos que englobam os seguintes critérios: estar redigido no idioma português, artigos
disponíveis online e de livre acesso e publicados e indexados no período de 2005 a 2021.
Abaixo se encontra a tabela com o número de artigos listados através dos descritos
acima. Assim, tendo um total de 930 artigos encontrados, foram selecionadas 30 publicações,
sendo 10 considerados pertinentes aos objetivos deste estudo.
Quadro 1: Resultados da busca bibliográfica.

FONTE TECNOLOGIA EDUCAÇÃO ESCOLA


ASSISTIVA ASSISTIVA INCLUSIVA
SCIELO 102 50 126
GOOGLE 306 113 233
ACADÊMICO

Elaborou-se um quadro (Quadro em anexo) com algumas informações a respeito dos


artigos para identificação dos estudos selecionados para o trabalho.
Para SCIELO temos 102 artigos sobre Tecnologia Assistiva, 50 Educação Assistiva e
126 sobre Escola Inclusiva. Na base Google Acadêmico encontramos 306 artigos sobre
Tecnologia Assistiva, 113 Educação Assistiva e 233 sobre Escola Inclusiva.

4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Diante das pesquisas observadas, a Tecnologia Assistiva apresenta uma perspectiva


mais madura para discussões, visto que há uma quantidade significativa de estudos
disponíveis na literatura investigando seus supostos benefícios e limitações. Com base nos
estudos observados a partir dos artigos selecionados levantou-se um conjunto de hipóteses
incorporadas no modelo de inclusão escolar em conjunto com a tecnologia.

O principal fator de progresso e de desenvolvimento. No paradigma econômico


vigente, ela é assumida como um bem social e, juntamente com a ciência, é o meio
para a agregação de valores aos mais diversos produtos, tornando-se a chave para a
competitividade estratégica e para o desenvolvimento social e econômico de uma
região (SILVEIRA; BAZZO, 2009, p.682).

A tecnologia deve ser usada então na educação como um instrumento de auxílio,


tornando autônomos na construção do conhecimento, podendo servir de ferramenta para
facilitar o processo de aprendizagem, tornando este processo mais atraente e estimulante, haja
vista que essa geração atual de alunos nasceram na era das tecnologias, apresentando gosto e
maior facilidade para lidar com elas.
Foram encontradas diversas novas ideias que promovem a inclusão social,
possibilitando mais facilmente a implantação destes instrumentos nas escolas. Embora
possuam resultados de estudos, incluindo atividades práticas, ainda se encontram em fase de
aperfeiçoamento. Porém os resultados promissores obtidos nos levam a crer também na
viabilidade de utilização desses utensílios.

Quadro 2: Resultados dos Artigos Estudados


AUTORES RESULTADOS
Os resultados indicam que o uso dos recursos de
acessibilidade é o principal diferencial dos smartphones e
dos tablets, pois são eles os responsáveis pelo acesso
BORGES, Rev. bras. educ. independente a esses dispositivos. Eles são usados de
espec. et al. (2021) maneira combinada, e os diferentes arranjos garantem
variabilidade de opções em TA proporcionais à
diversidade de necessidades do público com baixa visão.
É relevante, portanto, no campo do Design Universal,
explorar o cruzamento entre níveis de acometimento
Tavares, Cuad. Cent. Estud.
motor de pessoas com PC e os gestos possíveis nas telas,
Diseñ. Comun., Ensayos.
de modo a contribuir para o avanço da acessibilidade nos
(2020)
dispositivos touchscreen não somente às pessoas com
essa disfunção neurológica, mas também às diversas
deficiências motoras correlatas
LINO, Thaís Breternitz et al. Evidenciou-se que o uso de recursos de Tecnologia
Revista Brasileira de Educação Assistiva potencializa a autonomia e independência da
Especial [online]. (2020) criança com paralisia cerebral, demonstrando a
efetividade do uso do recurso, corroborando com a
literatura.
Embora os efeitos benéficos sejam notórios, dificuldades
foram relatadas como: falta de treinamento para
utilização correta da TA, ausência de participação da
LIMA, periódicos UninCor et pessoa com deficiência na escolha do recurso a ser
al. (2014) utilizado, falta de sistematização, dificuldade financeira e
alto custo.
Desenvolver recursos de acessibilidade também pode
significar combater esses preconceitos, pois, no momento
em que lhe são dadas as condições para interagir e
Damasceno, CIIEE (2002) aprender, explicitando o seu pensamento, o indivíduo
com deficiência mais facilmente será tratado como um
"diferente-igual".
Os principais resultados encontrados na revisão foi que a
EI depende de questões acadêmicas, comportamental,
Biazus e Rieder, Universidade
mobilidade / acessibilidade, sociabilidade, meio de
Federal de Santa Maria. (2009)
transporte e também maior compreensão sobre aplicação
da TA na EI.
Com vistas às análises dos indicadores definidos, pode-se
constatar que, se por um lado a promulgação de políticas
FRANCO, Renata Maria da
públicas específicas para o público-alvo da Educação
Silva e GOMES, Claudia.
Especial favoreceu sobremaneira a garantia de acesso de
Rev. psicopedag. (2020)
alunos com deficiências ao ensino regular, por outro lado,
privou o debate das políticas de formação inicial.
A literatura mostra a necessidade de capacitação dos
professores. Diante disso, sugerem-se novos estudos
SILVEIRA, K.A.; ENUMO, S.
sobre a saúde do professor e suas concepções sobre a
R. F.& ROSA, E. M. Rev.
inclusão escolar, além da necessidade de intervenções
Bras. Ed. Esp., Marília. (2012) escolares baseadas na problematização dos determinantes
sociais e históricos associados às deficiências
apresentadas e ao mal-estar docente
SILVA, Naiane Sugerem-se novos estudos sobre as contribuições efetivas
Cristina e CARVALHO dos profissionais de outras áreas na estruturação de
Revista Brasileira de Educação recursos e estratégias de apoio a prática educacional.
Especial [online]. (2017)
No período estudado foram encontrados dez artigos, sendo quatro artigos que tratam
da Tecnologia Assistiva, três que estudaram sobre o aperfeiçoamento da educação assistiva
nas instituições de ensino e três artigos que tratam das escolas inclusivas.
Ao analisar as metodologias utilizadas nas pesquisas, observamos que um artigo é
estudo transversal, três de abordagem quantitativa, quatro estudos qualitativos, um artigo
quanti-qualitativo, e um estudo de caso.
Com base nos estudos observa-se que os artigos de pesquisa bibliográfica têm maior
representação científica, logo após seguem-se os estudos de abordagem quantitativa e estudos
qualitativos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo geral deste trabalho foi desenvolver uma arquitetura que permita, de
maneira distribuída, extrair ativos de conhecimento a partir de bases textuais. Levando em
conta as considerações feitas nos capítulos anteriores, torna-se possível verificar a
importância da Tecnologia Assistiva nas escolas, com o intuito de promover a inclusão entre
todos.
Os recursos que estão nas salas multifuncionais hoje, não necessariamente
correspondem às necessidades de alunos reais que estão nas escolas e são atendidos por este
serviço. É provável que os professores dessas salas, em muitos casos, desconhecem e não
encontram sentido em sua utilização.
Mesmo com as transformações relacionadas às tecnologias assistivas em conjunto com
os princípios da Educação Inclusiva começaram a demandar cada vez mais das escolas, esses
avanços ainda são muito difíceis e lentos, devido à omissão e as contradições do paradigma
tradicional de ensino.
Para sustentar ao máximo que os investimentos em TA atinjam o seu objetivo de
beneficiar o processo educacional do aluno com deficiência, precisaremos garantir que o
atendimento educacional especializado acompanhe este processo e que o recurso adquirido
tenha uma direção e finalidade bem estruturada. O recurso deverá ser destinado a um aluno
específico e servirá para atender uma demanda pessoal.
Esses recursos são fundamentais no contexto escolar e social. O atendimento
educacional especializado trabalhará também com a formação do aluno para a sua autonomia.
São muitos os desafios a serem enfrentados, mas, as iniciativas e as alternativas realizadas
pelos professores são fundamentais a este processo.

REFERÊNCIAS

GALVÃO FILHO, Tecnologia Assistiva para uma Escola Inclusiva: Apropriação,


Demandas e Perspectivas. (2009. P. 114) Disponível em
<https://www2.ufjf.br/nai//files/2009/07/Tese-Teofilo-Galvao.pdf> Acessado em:
22/09/2021.

BERSCH, R. (2005) Introdução à Tecnologia Assistiva. Disponível em


<http://www.cedionline.com.br/artigo_ta.html> Acesso em 26 out. 2021.
CAT, 2007a. Ata da Reunião III, de abril de 2007, Comitê de Ajudas Técnicas, Secretaria
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (CORDE/SEDH/PR).
Disponível em:<http://www.mj.gov.br/sedh/ct/corde/dpdh/corde/Comitê%20de%20Ajudas
%20Técnicas/Ata%20III%2019%20e%2020%20abril2007.doc> Acesso em: 27 out. 2021.

GALVÃO FILHO, Tecnologia Assistiva para uma Escola Inclusiva: Apropriação,


Demandas e Perspectivas. (2009. P. 156) Disponível em
<https://www2.ufjf.br/nai//files/2009/07/Tese-Teofilo-Galvao.pdf> Acessado em: 27 out.
2021.

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projeto de Pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Editora Atlas
S. A. 2002.

SILVEIRA, R. M. C. F.; BAZZO, W. Ciência, tecnologia e suas relações sociais: a


percepção de geradores de tecnologia e suas implicações na educação tecnológica.
Ciência & Educação, v. 15, n.3, p. 681-694. 2009. Acessado em: 09 set. 2021.

ANEXO – QUADRO DE ARTIGOS SELECIONADOS

AUTORES AN TÍTULO TEMÁTICA RELACIONADA


O AO OBJETIVO DO ESTUDO

Recursos de
Acessibilidade e o
2021 Uso dos As dificuldades de implementação
Dispositivos Móveis e de apropriação de recursos de
como Tecnologia Tecnologia Assistiva.
BORGES. Et al. Assistiva por
Pessoas com Baixa
Visão

Possibilidades da
Tecnologia
Touchscreen para O presente artigo visa investigar
desenvolvimento as possibilidades de dispositivos
2020 motor e inclusão touchscreen para o estímulo motor
digital de pessoas de pessoas com Paralisia
Tavares, Carolina S.
com Paralisia Cerebral.
M.et al.
Cerebral

Efeitos do Uso de O objetivo deste estudo foi avaliar


Recursos de o processo de implementação de
Tecnologia Assistiva recursos de Tecnologia Assistiva
para Promover para realização da atividade de
Independência em alimentação junto a uma criança
Atividades de Vida com paralisia cerebral.
LINO, Thaís Breternitz Diária para uma
et al. 2020 Criança com
Paralisia Cerebral

Os Avanços da Paralisia Cerebral é uma


Tecnologia Assistiva desordem sensório-motora na qual
2014 Para Pessoas Com os problemas vão além dos físicos
Paralisia Cerebral no e cognitivos.
Romilson Cesar LIMA Brasil

As Novas
Tecnologias Como
2005 Tecnologia Identificar recursos específicos
Assistiva: Utilizando para pessoas com deficiência,
Damasceno, Luciana os Recursos de impulsionando a inclusão.
Lopes. Acessibilidade na
Educação Especial.

2009 Uso da Tecnologia Objetivo deste artigo é realizar


Biazus, Graziela Assistiva na uma revisão sistemática sobre
Ferreira, et al. Educação Inclusiva Tecnologia Assistiva (TA) na EI
no Ambiente Escolar de alunos com necessidades
educacionais especiais (NEEs).

analisar os indicadores de
discussão das proposições
Educação inclusiva educacionais inclusivas na
para além da perspectiva da democratização de
FRANCO, Renata 2020 educação especial oportunidades escolares para
Maria da Silva e alunos com necessidades
GOMES, Claudia. educacionais especiais, não
atreladas a deficiências

Concepções de Os estudos apresentaram


SILVEIRA, K.A.; professores sobre concepções sobre deficiência
ENUMO, S. R. F.& 2012 inclusão escolar e ligadas a características
ROSA, E. M. interações em individuais que causam
ambiente inclusivo limitações.

Compreendendo o O presente estudo trata-se de uma


Processo de Inclusão revisão integrativa que analisou o
Escolar no Brasil na conteúdo de publicações
2017 Perspectiva dos nacionais do período de janeiro de
SILVA, Naiane Professores 2011 a abril de 2016 para
Cristina e CARVALH compreender quais os
O facilitadores e as limitações do
processo de inclusão escolar no
Brasil na visão dos professores.

Uma escola O presente estudo, busca


inclusiva de compreender a implantação e a
2017 referência no efetivação da Proposta de
ALMEIDA, Gisella de
Souza contexto da Educação Inclusiva da Rede
educação especial no Estadual de Educação em Goiás.
estado de Goiás: um
estudo de caso

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