Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
9.1 O que é tecnologia assistiva e que relação ela tem com a Sala de
Recursos Multifuncional? ....................................................................................... 37
12 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 45
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
2 TECNOLOGIA ASSISTIVA: CONCEITO
A evolução tecnológica caminha com o objetivo de tornar a vida mais fácil. Sem
perceber utilizamos constantemente ferramentas que foram especialmente
desenvolvidas para favorecer e simplificar as atividades do cotidiano, como os
talheres, canetas, computadores, controle remoto, automóveis, telefones celulares,
relógio, enfim, uma enorme lista de recursos, que já estão assimilados à nossa rotina
e, num senso geral, são os instrumentos que facilitam a nossa atuação em funções
pretendidas.
A Tecnologia Assistiva deve ser entendida como um auxílio que promoverá a
ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da
função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência ou pelo
envelhecimento.
O objetivo maior da Tecnologia Assistiva é proporcionar à pessoa com
deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da
ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de
seu aprendizado e trabalho.
Fonte:oficinadanet.com.br
A tecnologia assistiva conta com várias categorias classificadas da seguinte
maneira:
• Auxílios para a vida diária;
• Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa;
• Recursos de acessibilidade ao computador;
• Sistemas de controle de ambiente;
• Projetos arquitetônicos de acessibilidade;
• Órteses e próteses;
• Adequação postural;
• Auxílios de mobilidade;
• Auxílios para cegos ou com visão subnormal;
• Auxílios para surdos ou com déficit auditivo;
• Adaptações de veículos.
Fonte: g1.globo.com
Fonte: google.com
Os alunos obtiveram um bom desenvolvimento das atividades e pode se
concluir que sem dúvidas o computador é uma ferramenta importante para o
aprendizado dos alunos com necessidades especiais, pelo fato de que por meio do
computador eles podem criar e recriar desenhos, formas, pinturas que pelo uso do
lápis e papel se tornariam mais difíceis. O programa paint possibilitou para os alunos
um exercício para a sua coordenação motora, pois o aluno tem que conduzir o mouse
para desenhar e pintar toda a atividade. Outro benefício é que o paint possui formas
prontas, como quadrado, círculo e triangulo, o aluno fazer uso dessas formas para
montar um desenho como boneco, carro, prédio e casa, possibilitando que ele ao
tempo que monte a figura faça o reconhecimento das formas geométricas utilizadas.
Os alunos também exercitam sua cognição por meio de software de reconhecimento
de figuras e jogos da memória.
Os alunos compreendem melhor atividades como brincadeira, caracterizando
um exercício lúdico. Assim, aprender brincando a atividade não se torna cansativa.
No entanto mesmo com os benefícios do computador como ferramenta
pedagógica para os alunos com deficiência, os softwares desenvolvidos para esse
tipo de ensino são poucos e os que existem são de difícil acesso. Cabe, portanto a
conscientização dos que estão nessa área de pesquisa para que a produção de
material eletrônico para a educação especial principalmente pública, cresça e
favoreça a inclusão e promoção da pessoa com deficiência.
“Está nas notas técnicas do MEC e Secadi que nenhuma criança precisa de
laudo médico para isso. Não é o laudo que vai dizer que uma criança precisa
de serviço de Educação Especial e sim o laudo educacional, que é o estudo
de caso feito pelo professor AEE. Infelizmente, poucos fazem por
desconhecer a política”, diz Maria Teresa. (Apud Yoshida S. 2018).
Fonte:asemanacuritibanos.com.br
Com o advento da inclusão escolar nos últimos tempos, muitas pesquisas têm
demonstrado a importância de estudar esse tema como forma de possibilitar a
transformação da sociedade e o reconhecimento da diversidade humana e, a partir
disso, oportunizar recursos e/ou estratégias que podem favorecer esse processo
inclusivo.
Segundo Sassaki (1997), a inclusão aparece como um processo de
modificação da sociedade, para possibilitar que as pessoas com necessidades
especiais possam buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania.
A defesa desse ideário causa impactos em diferentes sistemas sociais, o que
suscita desafios à educação, dando origem a vários encontros internacionais que
proporcionaram a elaboração de documentos norteadores com o propósito de
implementar um plano de ação especificamente dirigido à área educacional, quanto à
qualidade e universalização do ensino (SEABRA, 2006)
Silva (2005) aponta os principais encontros que foram realizados como, a
Conferência Mundial de Educação para Todos, em Jomtiem, na Tailândia, em 1990
que resultou na Declaração Mundial sobre Educação Para Todos e a Conferência
Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade,
promovida pelo governo da Espanha e pela Unesco, em junho de 1994, que deu
origem à declaração de Salamanca, na qual encontramos referências sobre a
educação inclusiva, importância de se desenvolver uma pedagogia centrada no aluno
e reforço da necessidade de capacitação de professores.
Em meio a esta estruturação de ideias a respeito da inclusão, torna-se de
extrema importância levar em consideração a legislação que determina, orienta e
regulariza o atendimento a pessoa com deficiência, no sentido de promover a
igualdade de direitos entre as pessoas.
Assim, com relação aos aspectos legais relativos à inclusão das pessoas com
necessidades educacionais especiais, um marco fundamental foi a Constituição
Federal de 1988, resultado de um processo histórico que promoveu a dignidade da
pessoa humana e a garantia do exercício de cidadania para que não houvesse
desigualdades sociais e eliminassem quaisquer preconceitos ou discriminação
(BRASIL, 1988).
No que se refere à educação, um passo marcante foi a definição da Lei de
Diretrizes e Bases (LBD) nº 9.394, que sancionada a 12 de dezembro de 1996, destina
o seu capítulo V à Educação Especial que retrata a inserção das pessoas com
deficiência junto às demais pessoas, a fim de exigir uma maior atenção e desempenho
dos que lidam com a área educacional.
Dessa forma, para que a inclusão se concretize, insere-se a necessidade de
adequação do espaço escolar, de seus equipamentos e materiais pedagógicos, além
da capacitação dos recursos humanos.
Ampliar as potencialidades cognitivas do aluno com necessidades
educacionais especiais (NEEs) é um dos grandes desafios do trabalho de inclusão na
sala de aula. Mas, mesmo com poucos recursos, é possível oferecer boas alternativas
para atender às peculiaridades dos educandos adaptando materiais pedagógicos. O
uso deles permite que os alunos sejam capazes de se expressar, elaborar perguntas,
resolver problemas e se tornar mais participativos, permitindo assim uma maior
interação social com os colegas de classe.
Recursos flexibilizados favorecem o aprendizado dos alunos com deficiência e
alguns deles podem ser confeccionados na própria escola, como por exemplo:
Garrafas e tampinhas de plástico servem para trabalhar conceitos de
Matemática, como os de quantidade, com os deficientes visuais. Com o mesmo
objetivo, os alunos com dificuldades motoras usam um jogo de memória, que é
montado com rodinhas de madeira serrada de um cabo de vassoura, o que
facilita o manuseio.
O bambolê com arroz e os dados com diversas texturas, por exemplo,
são confeccionados para as crianças com deficiência visual. "Ao planejar as
atividades, há uma preocupação para que ninguém fique de fora,
independentemente do nível de habilidade.
Com materiais simples, é possível adaptar alguns objetos e proporcionar
grande benefício aos alunos:
- Livros com marcadores. Colocar clipes ou velcro (desses usados nos pés de
móveis) entre as páginas ajuda a manipulação por quem tem dificuldades motoras.
- Cadernos com linhas escurecidas. Usar uma caneta ou hidrocor para reforçar
as linhas das páginas torna a escrita mais fácil das crianças com capacidade visual
reduzida.
- Objetos sonoros. Inserir guizos ou grãos dentro de bambolês ou bolas os deixa
perceptíveis aos deficientes visuais.
- Lápis com engrossador. Encaixar uma bola de borracha na parte de trás do
lápis, ou envolvê-lo com espuma, aumenta a sua circunferência e facilita o uso para
quem tem dificuldade motora.
- Alfabeto ampliado. Colar as letras sobre tampas de garrafa, caixas de vídeo
ou de fósforo, deixa as peças mais altas e fáceis de visualizar para quem possui baixa
visão.
Recursos fazem com que alunos participem das aulas de forma efetiva.
Fonte: gestaoescolar.org.br
Fonte:google.com
A tecnologia assistiva é uma ampla variedade de recursos destinados a dar
suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado, etc.) às pessoas com
deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes podem ser, por
exemplo, uma cadeira de rodas, uma prótese, uma órtese, e uma série infindável de
adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade
pessoal (comunicação, alimentação, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho,
elementos arquitetônicos, e outras).
As tecnologias assistivas podem ser classificadas nas seguintes modalidades:
auxílios para a vida diária e vida prática, materiais pedagógicos e escolares especiais;
comunicação aumentativa e alternativa; recursos de acessibilidade ao computador;
adequação postural (mobiliário e posicionamento) e mobilidade; recursos para cegos
ou pessoas com visão subnormal; recursos para surdos ou pessoas com déficits
auditivos; projetos arquitetônicos para acessibilidade; adaptações em veículos
escolares para acessibilidade, dentre outros.
De acordo com Torres, Mazzoni e Alves (2002) as ajudas técnicas
exemplificadas, para algumas pessoas atuam como complemento, permitindo que
melhorem a forma como desempenham as atividades; para outras elas são
imprescindíveis, sendo por meio delas que seus intelectos conseguem se expressar.
Para este segundo grupo de pessoas, é a tecnologia que intermedia a sua
comunicação com o mundo, tanto nas situações de educação como nas demais
interações sociais.
É importante ressaltar que nem todas as informações do mundo podem ser
recebidas pelo usuário, se não for levado em consideração o aspecto da
acessibilidade em relação às essas informações.
A acessibilidade tem sido empregada em leis como forma para garantir que
todas as pessoas, inclusive as que têm deficiência, tenham acesso a todos os
elementos que possam ser alcançados ou visitados (MANZINI E AUDI, 2006, Apud
CAVALCANTE F. S. Z.2017).
O decreto nº 5.296. de 2 de dezembro de 2004, estabeleceu que a
acessibilidade seria uma condição para utilização, com segurança e autonomia, total
ou assistida, dos espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, das edificações, dos
serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e
informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida
(BRASIL, 2004).
Nas recomendações da Procuradoria Federal dos Direitos do cidadão (2004)
sobre o acesso de alunos com deficiência física ás escolas e classes comuns da rede
regular, as ajudas técnicas como a comunicação alternativa oral e escrita (pranchas
de comunicação, vocalizadores portáteis), as adaptações de acesso ao computador
(livros digitais, softwares para leitura, livros com caracteres ampliados, acionadores)
e a adaptação de recursos pedagógicos são citadas.
Muitas publicações em torno desta temática estão ocorrendo como, por
exemplo, o quarto fascículo do “Portal de Ajudas Técnicas – equipamento e material
pedagógico especial para a educação, capacitação e recreação da pessoa com
deficiência física: recursos pedagógicos adaptados”. Este documento foi lançado em
2007, pela Secretaria da Educação Especial (MANZINI; DELIBIRATO, 2007, Apud
CAVALCANTE F. S. Z.2017).
Na literatura citada, os recursos pedagógicos adaptados podem ser
considerados como tecnologia assistiva, elementos que permitem compensar uma ou
mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa com deficiência,
com o objetivo de permitir-lhe superar as barreiras da comunicação e da mobilidade,
dentre outras.
Reganhan (2006) afirma que um trabalho pedagógico requer o uso de recursos,
sendo estes adaptados, quando necessário, de modo a possibilitar ao aluno deficiente
a abstração dos conteúdos no mesmo grau de conhecimento e realizar as atividades
propostas com a mesma intensidade que os demais alunos da sala.
A construção de recursos deve ser adequada às necessidades do aluno e
corresponder à atividade proposta, a fim de beneficiar o aluno, durante o aprendizado,
e o professor, no processo de ensino (MELLO, 2003). Em seu estudo, a autora ainda
pontua que o uso de recursos facilitou e proporcionou uma aula mais produtiva e
dinâmica. Porém, foi necessário adequar, aperfeiçoar ou trocar o recurso, quando
estes não estavam adequados ou não correspondiam às necessidades do aluno, na
atividade proposta.
A possibilidade de adaptação dos recursos é relevante, pois favorece um
ensino e aprendizado correspondente às condições dos alunos, o que pode garantir o
êxito da integração do aluno deficiente, no ensino regular (REGANHAN, 2006).
Blanco (1995) realça a necessidade de observar as necessidades educacionais
especiais dos alunos, para adaptação do material, e a necessidade de um
planejamento com atividades e materiais adequados, para transmitir novos conteúdos.
Esse autor afirma que o tipo de aprendizagem que se quer alcançar é um fator
importante, no processo metodológico.
A adaptação do recurso pedagógico precisa ser realizada de maneira
adequada, para não retirar os próprios objetivos do mesmo, mas sim adaptando as
necessidades que surgirem, a fim de favorecer o ensino e contribuir para o
aprendizado (MANZINI, 1999).
Desenvolver recursos que garantam a acessibilidade às informações seria uma
maneira de neutralizar as barreiras e inserir esse indivíduo em ambientes ricos para a
aprendizagem, proporcionados pela cultura (GALVÃO; DAMASCENO, 2000, Apud
CAVALCANTE F. S. Z.2017).
A importância da necessidade de adaptação de recursos pedagógicos e uso
dos mesmos, como instrumento de ensino e aprendizado se faz necessária,
juntamente com questões relacionadas a acessibilidade, já que o desafio atual é a
elaboração de uma política educacional inclusiva voltada para um ensino de
qualidade, independente das diferenças de cada aluno. Assim, a escola deve ser
capaz de responder às necessidades dos alunos eficazmente, para que não haja
frustração, desistência, segregação e exclusão.
Fonte: galvaofilho.net
Tecnologia Assistiva é uma disciplina de domínio de profissionais de várias
áreas do conhecimento, que se interagem para restaurar a função humana. Ela diz
respeito à pesquisa, fabricação, uso de equipamento, recursos ou estratégias
utilizadas para potencializar as habilidades funcionais das pessoas com deficiências,
é uma área de conhecimento que engloba recursos e serviços com o objetivo de
proporcionar maior qualidade de vida aos indivíduos com perdas funcionais advindas
de deficiência ou como resultado do processo de envelhecimento. Manzini explica
que:
Fonte: diversa.org.br
8 A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Fonte: novaescola.org.br
Para os alunos com deficiência intelectual ler e escrever é uma atividade que
proporcionará a leitura de mundo que para este aluno é sinônimo de autonomia social.
É desde ter autonomia para fazer as suas atividades domesticas como ler uma receita
para cozinhar até a inserção no mercado de trabalho. Sendo assim, vamos
compreender que recursos podem ser usados neste processo.
Fonte: jornalsomos.com.br
Fonte: vilavelha.es.gov.br
9.1 O que é tecnologia assistiva e que relação ela tem com a Sala de Recursos
Multifuncional?
Fonte: pessoacomdeficiencia.curitiba.pr.gov.br
Nesse contexto, cabe afirmar que a inclusão de alunos com deficiências nos
diversos espaços educativos, requer por parte dos educadores envolvidos, um
trabalho pedagógico diferenciado, com ferramentas e recursos próprios para atender
e acolher cada aluno em sua totalidade, de modo com que suas potencialidades
tenham o devido suporte para serem de fato ampliadas. Portanto, a educação
inclusiva consiste em conceber a escola não como um espaço pronto, acabado e
inflexível, mas como um cenário com contínuas possibilidades de reformulação.
Mantoan (2003). E é nesse aspecto, que se configura a necessidade da contínua
formação de professores para atuação junto aos processos educacionais inclusivos.
Atualmente, a política educacional brasileira, por meio da Lei Brasileira de
Inclusão – LBI nº 13.146, de 6 de julho de 2015, garante aos alunos com deficiências,
o direito de frequentarem as instituições regulares de ensino. Isso se mostra como um
considerável avanço no sentido da promoção da inclusão em detrimento à
segregação, contudo, a presença desses indivíduos nas escolas regulares, representa
um desafio diário aos docentes, os quais se veem frente à emergente necessidade de
atualização de suas práticas. Nesse contexto, a Tecnologia Assistiva mostra-se como
uma poderosa aliada, visto que esta vem aproximando professores e alunos da
possibilidade de romper barreiras limitadoras, tanto nos processos de aprender,
quanto de ensinar. Conforme Reis, (2013, p. 68), “A educação que inclui reforça o
desenvolvimento das capacidades individuais e coletivas, ao mesmo tempo que
contribui para o exercício dos direitos humanos, princípio básico do reconhecimento e
valorização da diversidade. Ser, estar e conviver com o outro são direitos constituídos
que garantem ao ser humano o exercício de sua condição humana e, portanto, de sua
diversidade, de suas diferenças. Por isso, não se constrói a diversidade por uma via
de mão única; ao contrário, vislumbrar uma sociedade mais inclusiva requer do
Estado, da educação, da sociedade civil e da família envolvimento contínuo na defesa
da diversidade humana.”
Nesse aspecto, para que os processos inclusivos obtenham êxito e se
constituam enquanto movimento contínuo dentro e fora das instituições de ensino,
anterior ao desenvolvimento de quaisquer práticas pedagógicas, torna-se
extremamente necessário que os docentes engajados nesses processos se mostrem
sensíveis a enxergar as características e necessidades particulares de cada aluno, as
quais compreendem suas demandas motoras, orgânicas e sensoriais. (Manizi,
Deliberato, 2007).
A partir desse contexto, como forma de ampliação das práticas educacionais
inclusivas, torna-se extremamente válido que os processos dessa natureza estejam
pautados no acolhimento à diversidade por parte dos educadores envolvidos, no
sentido de se manterem abertos e atentos às necessidades de utilização dos inúmeros
recursos de TA disponíveis, a depender de cada situação específica, os quais,
conforme expressam Galvão Filho e Damasceno, (2008), podem compreender desde
as mais simples adaptações, como recursos de mobilidade, até os mais diversos
recursos computacionais.
Portanto, para que as adaptações de determinados recursos de TA surtam
efeitos significativos, a relação direta professor/aluno faz-se fundamental, visto que
esta privilegia a ocorrência de um planejamento conjunto, de forma com que as
sensações e percepções do aluno em relação aos recursos utilizados sejam o ponto
de partida para contínuas evoluções nesses processos. (Gonçalves, 2010).
Outro ponto relevante capaz de promover consideráveis avanços relativos à
utilização de recursos de TA nos ambientes educativos, mostra-se pela direta e
necessária relação entre alunos público-alvo da educação especial, professores de
apoio e professores regentes, a qual, segundo o texto da Política de Educação
Especial, SEESP/MEC, (01/2008), é mediada pelo Programa de Atendimento
Educacional Especializado – AEE, que disponibiliza recursos próprios para o
atendimento educacional especial, além de orientar professores e alunos quanto à
aplicação desses recursos Apesar de expressivos avanços quanto à criação e
implementação de recursos de TA nos mais diversos ambientes educacionais, além
de processos formativos que objetivam a preparação dos docentes para a utilização
desses recursos, estes ainda esbarram na existência de inúmeros obstáculos, dentre
outros, a escassez quanto aos financiamentos destinados à propagação desses
recursos, bem como na contratação de profissionais especializados e oferta contínua
de cursos de capacitação nessa área. (COUPLEY; ZIVIANI, 2004; CRADDOCK, 2006,
Apud SANTOS L. C. 2015).
Os recursos de Tecnologia Assistiva representam um salto significativo rumo à
ascensão social e educacional dos indivíduos com deficiências, visto que esta viabiliza
a execução de tarefas antes inimagináveis de serem desempenhadas, o que sem
dúvida, eleva consideravelmente o nível de confiança desses indivíduos, quanto ao
reconhecimento e valorização de suas próprias habilidades e potencialidades.
Quanto à formação de docentes para atuação junto aos processos de TA,
consideramos ser esta uma prática cada vez mais urgente e essencial, não
dependendo apenas da implementação de políticas públicas e do envolvimento direto
de professores e alunos, mas de um movimento contínuo e incansável de todos os
envolvidos, o qual se permita reinventar-se cotidianamente, na busca por ações que
elevem dia a dia, a qualidade desses processos, rumo às práticas genuinamente
inclusiva
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SIEMS, Maria Edith Romano. Educação de jovens e adultos com deficiência: saberes
e caminhos em construção. Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos, [S. l.],
set. 2011
12 BIBLIOGRAFIA