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Aracaju, SE
2022
1. APRESENTAÇÃO
O presente trabalho foi desenvolvido estritamente para finalidade acadêmica de ensino e
pesquisa no âmbito do curso de Especialização em Legalização de Imóveis e Aprovação de
Projetos da Universidade Nove de Julho – UNINOVE, tendo sido adotadas medidas para garantia
da anonimização dos dados pessoais do proprietário ou possuidor do imóvel, mesmo que tenham
sido utilizados apenas documentos públicos com tais dados pessoais.
DESCRIÇÃO DA PROPOSTA
Área e entorno
A escolha da área foi feita após identificação de vazios na área central de São Paulo,
principalmente nos distritos da Sé, República e Santa Cecília, e pelo alto índice de população em
situação de rua nessas regiões.
O terreno está localizado na região central de São Paulo, no bairro dos Campos Elíseos,
distrito de Santa Cecilia e se insere no Perímetro de Intervenção Urbana Setor Central – PIU-SCE
(Lei 17.844/22).
Fonte
: Geosampa. Editado pelo autor, 2022.
Uso proposto
A proposta consiste na concepção de um edifício, em uma parceria público-privada, que
cumpra a função de um abrigo para a população de rua. Por conta disso, o projeto se enquadra,
por seu uso proposto, na subcategoria NR1-10 (serviço público social de pequeno porte),
conforme anexo único do decreto 57.378/16 (Figura 3).
Ao consultar o “Quadro 4 – Usos permitidos por zona” da Lei 16.402/16, verificou que o
uso NR1-10 é permitido na zona ZEM (Figura 4).
Resumo
ESTUDOS DE CASO
A seguir serão analisados dois estudos de caso escolhidos por serem projetos semelhantes
ao que será proposto, sendo de suma importância para o entendimento do mesmo, levando em
consideração a implantação do projeto, bem como sua forma, função e as soluções dadas a ele.
O projeto foi escolhido para o estudo de caso devido a sua solução frente a limitação do
terreno e seu programa de necessidades que se aproxima ao proposto para o centro de
acolhimento e apoio ao morador de rua (Figura 7).
Figura 7 – Vista do Shelter Home for the Homeless
O projeto, assinado por Javier Larraz em 2010, localiza-se na Espanha, possui capacidade
para acolher 25 homens e 3 mulheres, em uma área total de 995,00 m² distribuídos em dois
pavimentos.
Os acessos, ambos locados em cada uma das faces laterais, acontecem de maneira
discreta, proporcionando privacidade aos usuários. Um deles é destinado ao público feminino,
que recebe três unidades habitacionais, além de sanitários, estar, refeitório e oficinas de corte e
costura exclusivamente para elas. Ao centro, como forma de proteção, tem-se a sala de controle,
esta que delimita o outro acesso, o setor masculino, como também o segundo pavimento. Os
sanitários, refeitório, salas e afins, são de uso coletivo dos moradores.
Projetado com seus pavimentos alinhados, o Shelter Home for the Homeless, é regido por
uma simetria que se traduz no dimensionamento dos ambientes, mantendo-os basicamente com as
mesmas metragens para melhor aproveitamento dos espaços. Nas fachadas e cortes, (Figura 10),
nota-se que se trata de uma caixa discreta, com partes em balanço, transmitindo ao mesmo tempo
leveza por sua volumetria e austeridade pela tonalidade do edifício (ARCHDAILY, 2020).
Figura 10 – Fachadas e Cortes do Shelter Home for the Homeless
O lote não contempla grandes espaços de área verde, mas encontra-se posicionado em
meio à vegetação bem como edificações existentes ao seu entorno (Figura 11). Solução-problema
essa que foi observada na realização da proposta do trabalho.
Figura 11 – Vista do Shelter Home for the Homeless
Os blocos são sobrepostos, alguns em balanço e foi realizado um movimento entre eles
(Figura 12).
Este segundo projeto foi escolhido para o estudo de caso pois consegue congregar a
paisagem natural circundante, campos e colinas, ao edifício (Figura 13). A proximidade do objeto
de estudo com a Praça Princesa Isabel, que por um momento foi ocupada por essa população
vulnerável, torna-se um ponto importante a ser explorado na proposta por possibilitar extrair
diferentes abordagens e estratégias formais de projeto.
Sua volumetria é simples, consiste em um grande edifício térreo, cobrindo uma área de
1.485 m², com telhado ondulado que se mistura com os campos e colinas circundantes. Não é
possível vê-lo da estrada, pois está escondido atrás das árvores antigas que crescem ao redor.
(ARCHDAILY, 2020).
O edifício é dividido em três setores principais, separadas por paredes de tijolos. No setor
de entrada existe uma área comum: capela, escritórios, salas de reabilitação, sala comum e
cantina. Na próxima parte, temos 19 quartos com banheiros adaptados para vários graus de
deficiência. Finalmente, há uma seção destinada aos responsáveis por cuidar dos desabrigados
que consiste em três pequenos apartamentos com cozinhas americanas (Figura 14).
Graças a isso, os moradores são incentivados a deixá-lo durante o dia, “é uma parte
importante da ressocialização”. Uma cozinha é projetada de forma que os moradores possam
ajudar no trabalho. Há também uma capela, cantina, salas de reabilitação, uma cozinha
comunitária e um pátio interno.
O edifício é totalmente acessível para pessoas com deficiência. Segundo seus idealizados,
o projeto deveria ser ecológico, autossuficiente e barato de operar. Para este último, os arquitetos
reduziram os custos empregando uma série de soluções ecológicas. Os materiais de construção,
como tijolos e madeira, foram reaproveitados e recolhidos de diferentes lugares. Por fim, manter
a natureza intocada era vital e o objetivo foi plenamente alcançado, tendo nenhuma árvore
cortada durante o processo de construção.
3. CARACTERIZAÇÃO DO IMÓVEL E DO ENTORNO
ENDEREÇO: Rua Guaianases, 735, Campos Elíseos, São Paulo – SP (ver Figura
16 e Figura 17).
PREFEITURA REGIONAL: Sé
DISTRITO: Santa Cecilia
LOTES:
1. 008.046.0076-7 (ver Figura 18)
2. 008.046.0015-5 (ver Figura 19)
3. 008.046.0014-7 (ver Figura 20)
Fonte: geosampa
Figura 19- SQL lote 2
Fonte: geosampa
Fonte: geosampa
Fonte: prefeitura de SP
Fonte: prefeitura de SP
RESTRIÇÕES GERAIS:
RESTRIÇÃO DE TOMBAMENTO
CONDEPHAAT
Fonte: prefeitura de SP
OBS.: para os tombamentos realizados até 8 de outubro de 2003, vale o artigo 137 do
Decreto Estadual 13.426, de 16.03.1979: “Nenhuma obra poderá ser executada na área
compreendida num raio de 300 (trezentos) metros em torno de qualquer edificação ou sítio
tombado, sem que o respectivo projeto seja previamente aprovado pelo Conselho, para evitar
prejuízo à visibilidade ou destaque do referido sítio ou edificação”.
CONPRESP
ÁREA DE MANANCIAL
ÁREA CONTAMINADA
Não consta sobre os lotes potencial contaminante ou mesmo área contaminada, de acordo
com o histórico de uso declarado, cadastros dos órgãos de contaminação e matrículas. Única área
contaminada indicada no Geosampa (Figura 25) está a mais de 100 metros do objeto de estudo.
Como não há potencial de contaminação ou até mesmo contaminação efetiva do solo, água e/ou
ar, não haverá restrição quanto ao uso e nem será exigido descontaminação prévia, onerosos ao
futuro empreendimento.
Fonte: Geosampa
Patrimônio Ambiental:
Segundo o decreto nº 30.443/89, em seu art. 12°, os lotes apresentam exemplares arbóreos
que são imunes de corte, em razão de sua localização e beleza, localizados na Rua Guaianases,
1.112 a 1.149 e no trecho entre a Al. Nothmann e Al. Glete.
Essa restrição presente nos lotes vai influenciar no projeto proposto caso gere
intervenções nas árvores dos lotes ou na calçada e deverá ter anuência de SVMA/DEPAVE para
prévia obtenção do Alvará de Aprovação e Execução.
De acordo com a Geosampa, ver Figura 26, não há presença de árvores no interior do lote.
Na calçada, os exemplares arbóreos estão localizados na Praça Princesa Isabel. Dessa forma,
como não consta árvore imune de corte previsto no decreto 30.443/89 na área de estudo, não
haverá restrição à implantação da obra.
Fonte: Geosampa
Declividade:
PENDÊNCIAS FINANCEIRAS:
Não consta, em nenhum dos lotes, qualquer débito com a Prefeitura. Caso existisse, seria
impeditivo para obtenção de alvarás em um processo de aprovação, portanto, devem ser quitados.
LOTEAMENTO E ARRUAMENTOS:
Não consta loteamento e arruamentos para o local. É importante indicar, mesmo que não
incidente, pois, em alguns casos, é possível que um loteador, no passado, tenha determinado
restrições contratuais de características construtivas (tamanho mínimo do lote, recuos, coeficiente
de aproveitamento, taxa de ocupação, permeabilidade, possibilidade de remembramento,
gabarito, uso, etc.) que podem ser mais restritivas que o próprio zoneamento.
Nesse caso, é imprescindível saber quais essas restrições que podem impactar na
aprovação antes de se elaborar estudo de viabilidade técnico-legal. Além disso, algumas plantas
de loteamento revelam determinadas características, como antigos córregos.
Não consta. Nas quadras que contenham vilas ou ruas sem saída, em sua faixa envoltória,
deverá ser observado o gabarito de altura máxima de 20 m, quando o gabarito, definido para a
zona de uso, não for mais restritivo.
Lotes de Esquina:
Não consta. Para lotes de esquina, é necessário prever chanfro de 3,50m de acordo com a
Lei º 16.642/17– Código de Obras e Edificações, regulamentada pelo decreto º 57.776/17.
VIÁRIO E DESAPROPRIAÇÕES:
*PEC (Plano Emergencial de Calçadas), visa requalificação das calçadas. No trecho em questão há
previsão, porém ainda não foram concluídas (Figura 27).
A largura do passeio público que faz frente aos lotes (R Guaianases), conforme observado
pelo Geosampa, possui média no trecho de 3.57m (Figura 28).
Fonte: Geosampa
Não consta. Os imóveis não foram declarados de interesse social, para fins de
desapropriação.
Não consta (Figura 29). É de suma importância levantar essa informação, pois a PEUC é
um dispositivo jurídico que consiste em comunicação formal ao proprietário, efetuada pela
Prefeitura, que após análise criteriosa pode-se considerar que o imóvel estava ocioso. É a partir
da notificação que os prazos, para que o proprietário tome as medidas destinadas ao cumprimento
da função social, começam a ser contabilizados.
Em consulta formal ao Metrô – SP, sobre a possível desapropriação do imóvel, dentro dos
estudos atuais (dezembro de 2022), nada consta para o local com relação a desapropriações.
DRENAGEM E ALAGAMENTOS
Em consulta ao Geosampa, não foi encontrada área alagada ou passível de alagamento nos
lotes.
MOBILIDADE URBANA:
ZONEAMENTO:
Fonte: Geosampa
De modo geral, o zoneamento incidente tem como diretriz promover usos diversificados
com densidades demográficas e construtivas altas, podendo ter um coeficiente de aproveitamento
igual a 4, bem como a qualificação paisagística urbana de modo articulado com os sistemas de
transporte locais e metropolitanos.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA:
Resolução SMUL.AOC.CTLU/004/2018
Fonte: Geosampa
Visa esclarecer a aplicação dos parâmetros urbanísticos expressos nos §1º, §2º e §3º do
artigo 8º da Lei nº 16.402/2016 para os lotes demarcados como Zonas Eixos de Estruturação da
Transformação Metropolitana (ZEM e ZEMP) nos termos do seu Mapa 01 anexo que estejam
contidos no território do Subsetor “Arco Tietê”, como se segue:
III – Os demais parâmetros e índices não citados no item I desta Resolução devem ser
aplicados conforme as disposições da Lei nº 16.402/2016 para as zonas de uso ZEM e ZEMP, em
especial os Quadros 2, 2A, 3, 3A, 3B, 4, 4A e 4B e disposições específicas, quando for o caso;
Operação Urbana:
Não há indicação de Operação Urbana, porém incide Projeto de Intervenção Urbana (PIU)
Setor Central (Lei 17.844/2022).
(a) Em lotes acima de 500m² na Área T2 será aplicada taxa de permeabilidade igual a 0,25.
ÁREAS INCETIVADAS
Fachada ativa:
Art. 71. A fachada ativa, ocupada por uso não residencial (nR) localizada no nível do logradouro, deverá:
I - estar contida na faixa de 5m a partir do alinhamento do lote, medida em projeção ortogonal da extensão
horizontal;
II - ter aberturas para o logradouro público, tais como portas, janelas e vitrines, com permeabilidade visual, com no
mínimo 1 acesso direto ao logradouro a cada 20m de testada, a fim de evitar a formação de planos fechados sem
permeabilidade visual na interface entre as construções e o logradouro, de modo a dinamizar o passeio público.
§ 1º O recuo entre a fachada ativa e o logradouro público deve estar fisicamente integrado ao passeio público, com
acesso irrestrito, não podendo ser vedado com muros ou grades ao longo de toda a sua extensão, nem ser ocupado
por vagas de garagem ou usado para manobra de veículos, carga e descarga e embarque e desembarque de
passageiros.
§ 2º Nas vias que não possuam faixa exclusiva ou corredores de ônibus, o recuo entre a fachada ativa e o
logradouro público poderá abrigar excepcionalmente vagas de estacionamento de automóveis desde que limitado a
no máximo 20% (vinte por cento) da testada do imóvel e autorizado por órgão competente de trânsito.
No Decreto 57.776/17 (COE) em seu art. 108, inciso VIII, em prédios de usos não
residencial, a circulação vertical de uso comum não será considerada como área construída
computável, incluindo a escada enclausurada bem como seus patamares e áreas de acomodação
de PNE, e as caixas de elevadores (no caso somente as paredes que as circundam, já que o vão
não é uma área construída).
Ainda no art. 108 do COE, agora no seu inciso I, será considerado área construída não
computável, o terraço aberto, com área construída máxima por pavimento equivalente a 5% (da
área do terreno.
PROPOSTA:
Devido a dimensão do terreno e sua proximidade com a Praça Princesa Isabel, optou-se
pela implantação, além do edifício de acolhimento, de um empraçamento na frente do lote com
espaço de circulação e permanência integrando com a Praça Princesa Isabel, a fim de criar áreas
de convívios e promover permeabilidade visual das pessoas pela região.
Na extremidade mais próxima à Rua Guaianases está localizada a fachada ativa, e na
outra, o acesso ao Abrigo junto à recepção. No centro, foi criado uma pequena praça interna, de
modo que pudesse conectar coma a Praça Princesa Isabel. Seguindo o fluxo pela recepção, fica a
parte administrativa e as salas de atendimento (assistência social e psicológica) até chegar nos
sanitários e na sala multiuso. Nesse setor encontra-se a primeira circulação vertical, a outra,
localiza-se junto à recepção (Figura 35).
No primeiro pavimento estão localizados os dormitórios femininos. Esse andar conta com
banheiros e vestiários femininos, além de um espaço destinado às refeições ou demais atividades
coletivas. É integrado ao terraço descoberto que funciona como espaço complementar a este
(Figura 36).
Figura 36 – primeiro pavimento
Fo
nte: autor, 2022.
Fonte
: autor, 2022.
Dessa forma, em atendimento ao disposto no Código Civil, foi observado uma distância
mínima de 1,50 m para a abertura voltada para as divisas do lote (em cada uma das faces).
Em relação a volumetria é simples, composta por três blocos, sendo a maior deles,
destinado aos alojamentos e a fachada ativa, com gabarito de altura 9 metros. Apesar da Lei
17.844/2022 não definir gabarito máximo para zona, optou pela padronização da altura com os
edifícios circundantes (Figura 38).
Figura 38 – volumetria do edifício
Resumo
(a) T.O. máxima para lotes com área igual ou superior a 500 m².
(b) O CAmáx será igual a 4 nos casos dispostos no §1º do artigo 8º desta lei.
(c) Não se aplica para edificação com altura menor ou igual a 10m.
(d) Os recuos laterais e de fundo para altura da edificação superior a 10m (dez metros) serão
dispensados conforme disposições estabelecidas nos incisos II e III do artigo 66 desta lei.
(e) Caso atendido os parâmetros de Quota Ambiental a TP pode ser reduzida em até 50%.
(f) Lotes em Perímetro de qualificação ambiental (PA 1) e maior do que 500,00 m².
(g) Em lotes acima de 500m² na Área T2 será aplicada taxa de permeabilidade igual a 0,25.
(h) Largura mínima exigida para lotes com área maior ou igual a 2.500m²
Processo exigido para unificação dos três lotes vizinhos, também será necessário realizar a
retificação da área, pois o contribuinte (008.046.0014-7) apresenta área diferente da que consta
na Matrícula do imóvel.
Documentos exigidos:
Anuência do CONDEPHAAT
Documentos exigidos:
Necessário para aprovação do projeto e início da execução da obra tendo prazos legais
para prescrever após a sua emissão.
Documentos exigidos:
Licença emitida pelo Corpo de Bombeiros que tem como finalidade assegurar que o local
a ser licenciado atenda todas as condições necessárias e obrigatórias de segurança contra incêndio
e pânico.
Certificado de acessibilidade
Documentos exigidos:
Documentos exigidos:
FLUXOGAMA DO LICENCIAMENTO
7. CONCLUSÃO
O estudo mostra que apesar das restrições existente nos lotes, que eles seriam passivo de
aprovação.
BRASIL. Código Florestal: Lei 12.651 de 25 de maio de 2012. Brasília, 25 de mai. de 2012
LICENCIEI. Alvará de Funcionamento Prefeitura SP: Como obter essa licença na cidade de
São Paulo. 2022. Disponível em: <https://licenciei.com.br/alvara-funcionamento/alvara-de-
funcionamento-prefeitura-sp/>. Acesso em: 18/12/22.
SÃO PAULO, Cidade de. Saiba como e onde apresentar seu projeto de edificação à
Prefeitura de São Paulo. 2021. Disponível em: <https://www.capital.sp.gov.br/noticia/saiba-
como-e-onde-apresentar-seu-projeto-de-edificacao-a-prefeitura-de-sao-paulo>. Acesso em:
22/12/22.
Sistema de Consulta do Mapa Digital da Cidade de São Paulo, GeoSampa. Disponível em:
<https://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx>. Acesso em: 19/12/2022.