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SEGURIDADE SOCIAL

Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20 – O PLANO
Seguridade Social
Bernardo Machado

Sumário
Introdução........................................................................................................................................................ 5
Análise da Banca CEBRASPE. ........................................................................................................................ 5
Seguridade Social......................................................................................................................................... 10
Origem e Evolução Legislativa.................................................................................................................. 10
Conceituação da Seguridade Social. ........................................................................................................ 13
Princípios Constitucionais da Seguridade social.................................................................................. 13
Princípios da Previdência Social............................................................................................................... 15
Conselho Nacional de Previdência Social. . ............................................................................................. 15
Organização da Seguridade Social. .......................................................................................................... 16
Legislação Previdenciária........................................................................................................................... 18
Beneficiários do RGPS.................................................................................................................................. 20
Segurados Obrigatórios.............................................................................................................................. 20
Segurado Facultativo................................................................................................................................... 24
Conceito de Empresa e Empregador Doméstico.................................................................................. 24
Financiamento da Seguridade Social...................................................................................................... 25
Salário de Contribuição............................................................................................................................... 28
Conceito.......................................................................................................................................................... 29
Parcelas Integrantes do Salário de Contribuição.................................................................................. 29
Parcelas Não Integrantes do Salário de Contribuição......................................................................... 30
Arrecadação e Recolhimento das Contribuições Destinadas à Seguridade Social.. ..................... 32
Decadência e Prescrição............................................................................................................................. 34
Crimes Contra a Seguridade Social.......................................................................................................... 34
Dependentes................................................................................................................................................. 36
Rol de Dependentes do RGPS. ................................................................................................................... 36
Regras Aplicáveis aos Dependentes do RGPS.. ...................................................................................... 37
Inscrição dos Dependentes e Comprovação de Vínculo e Dependência Econômica.................. 37

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Manutenção e Perda da Qualidade de Segurado................................................................................. 37


Prazos.............................................................................................................................................................. 38
Carência.......................................................................................................................................................... 38
Períodos de Carência................................................................................................................................... 39
Perda da Qualidade do Segurado. ............................................................................................................ 40
Início da Contagem da Carência............................................................................................................... 40
Salário de Benefício...................................................................................................................................... 40
Renda Mensal do Benefício........................................................................................................................ 42
Prestações Previdenciárias em Espécie................................................................................................... 43
Aposentadoria por Incapacidade Permanente.. .................................................................................... 43
Aposentadoria Programada....................................................................................................................... 45
Aposentadoria por Idade do Trabalhador Rural. . .................................................................................. 46
Aposentadorias por Tempo de Contribuição e Idade da Pessoa com Deficiência. . ...................... 47
Aposentadoria Especial............................................................................................................................... 48
Auxílio por Incapacidade Temporária. ..................................................................................................... 49
Salário-Família............................................................................................................................................... 50
Salário-Maternidade.................................................................................................................................... 51
Auxílio-Acidente........................................................................................................................................... 52
Pensão por Morte......................................................................................................................................... 53
Auxílio-Reclusão........................................................................................................................................... 55
Abono Anual.................................................................................................................................................. 56
Habilitação e Reabilitação Profissional................................................................................................... 56
Outras Questões Relativas aos Benefícios.............................................................................................. 57
Contagem Recíproca do Tempo de Contribuição. . ............................................................................... 57
Acumulação de Benefícios......................................................................................................................... 59
Decadência e Prescrição em Matéria de Benefício. . ............................................................................. 60
Acidente do Trabalho................................................................................................................................... 61
Benefícios Decorrentes de Legislações Especiais................................................................................. 63
Pensão Especial – Síndrome de Talidomida........................................................................................... 63

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Pensão Especial dos Seringueiros............................................................................................................. 64


Pensão Especial de Ex-Combatente......................................................................................................... 65
Pensão Especial às Vítimas de Hemodiálise de Caruaru. . .................................................................... 66
Pensão Vitalícia às Vítimas do CÉSIO 137. . .............................................................................................. 67
Aposentadoria e Pensão Excepcional ao Anistiado Político.............................................................. 68
Pensão Especial às Pessoas Atingidas pela Hanseníase...................................................................... 68
Pensão Especial Destinada a Crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus........................... 69
Seguro Defeso............................................................................................................................................... 69
Exercícios........................................................................................................................................................ 73
Gabarito.......................................................................................................................................................... 77
Gabarito Comentado................................................................................................................................... 78

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Introdução
Olá, querido(a) aluno(a)!
Nesta Aula 80/20, meu objetivo é tornar a sua preparação mais eficiente. Primeiramente,
analiso o edital que normatiza o concurso público para provimento de vagas para o cargo de
Técnico do Seguro Social do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Cumpre informar que o conteúdo programático de Direito Previdenciário é bem extenso,
pois contempla, praticamente, toda a matéria de Direito Previdenciário, exceto regras espe-
cíficos sobre regimes próprios de previdência social (RPPS) e regime de previdência comple-
mentar (RPC).
O conteúdo programático, ao citar regras sobre RPPS, tem como intuito apenas cobras os
temas “Certidão de Tempo de Contribuição’, “Contagem Recíproca” e “Compensação Financei-
ra”. Nada além disso! Isso será melhor explicado na análise do edital.
É importante frisar que a Aula 80/20 pressupõe uma articulação com os conteúdos abor-
dados em meu curso de Direito Previdenciário (aulas em PDF). As citadas aulas analisam am-
plamente e com muita substância todos os conteúdos abarcados no edital. Já a Aula 80/20
visa otimizar ao máximo sua preparação, direcionando as suas forças para os conteúdos que
possuem uma maior probabilidade de serem cobrados na sua prova.
Vamos ao trabalho, então!

Análise da Banca CEBRASPE


Análise do edital do concurso público para a contratação de Técnico do Seguro Social do
Instituto Nacional do Seguro Social:
Segundo o Edital n. 01, de 12 de setembro de 2022, a prova objetiva será composta será
constituída de itens para julgamento, agrupados por comandos que deverão ser respeitados.
O julgamento de cada item será CERTO ou ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se
refere o item. Haverá, na folha de respostas, para cada item, 2 campos de marcação: o cam-
po designado com o código C, que deverá ser preenchido pelo candidato caso julgue o item
CERTO, e o campo designado com o código E, que deverá ser preenchido pelo candidato caso
julgue o item ERRADO.
Tendo em vista essa informação, considerarei essa modalidade de questão em minha aná-
lise das provas anteriores.
Cumpre informar que a prova objetiva contempla 120 questões, sendo 50 questões de co-
nhecimentos básicos (língua portuguesa, ética no serviço público, noções de direito constitu-
cional, noções de direito administrativo, noções de informática e raciocínio lógico-matemático)
e 70 questões de conhecimentos específicos (Seguridade Social).

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Percebe-se, claramente, a importância do Direito Previdenciário (Seguridade Social) para o


concurso do INSS, pois a matéria representa, aproximadamente, 60% das questões cobradas
na prova objetiva.
No item 14 do citado Edital, há a relação dos conteúdos de Direito Previdenciário (Seguri-
dade Social) que são exigidos:
• 1. Seguridade Social;
− 1.1. Origem e evolução legislativa no Brasil;
− 1.2. Conceituação;
− 1.3. Organização e princípios constitucionais;
• 2. Legislação previdenciária;
− 2.1. Conteúdo, fontes, autonomia;
− 2.2. Aplicação das normas previdenciárias: Vigência, hierarquia, interpretação e
integração;
• 3. Regime Geral de Previdência Social;
− 3.1. Segurados obrigatórios;
− 3.2. Filiação e Inscrição;
− 3.3. Conceito, características e abrangência: empregado, empregado doméstico, con-
tribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial;
− 3.4. Segurado facultativo: conceito, características, filiação e inscrição;
− 3.5. Trabalhadores excluídos do Regime Geral;
• 4. Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário.
• 5. Financiamento da seguridade social.
− 5.1. Receitas da União.
− 5.2. Receitas das contribuições sociais: dos segurados, das empresas, do emprega-
dor doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, sobre a receita de
concursos de prognósticos, receitas de outras fontes.
− 5.3. Salário de contribuição: Conceito. Parcelas integrantes e parcelas não integran-
tes. Limites mínimo e máximo. Contribuições inferiores ao salário mínimo e comple-
mentação de contribuições. Reajustamento.
− 5.4. Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social:
Competência do INSS e da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Obrigações da
empresa e demais contribuintes. Prazo de recolhimento. Recolhimento fora do prazo:
juros, multa e atualização monetária.
• 6. Decadência e Prescrição
• 7. Crimes contra a seguridade social.
• 8. Recurso das decisões administrativas.
• 9. Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários, espécies de prestações, be-
nefícios, disposições gerais e específicas, períodos de carência, salário de benefício,
renda mensal do benefício, reajustamento do valor dos benefícios.

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• 10. Manutenção, perda e restabelecimento da qualidade de segurado.


• 11. Serviços Previdenciários.
− 11.1. Serviço social.
− 11.2. Reabilitação profissional.
• 12. Benefícios decorrentes de legislações especiais.
− 12.1. Pensão especial - Síndrome de Talidomida - Lei n. 7.070/1982 e suas alterações.
− 12.2. Pensão especial dos seringueiros - Lei n. 7.986/1989 e suas alterações.
− 12.3. Pensão especial de ex-combatente - Lei n. 8.059/1990.
− 12.4. Pensão especial às vítimas de hemodiálise de Caruaru - Lei n. 9.422/1996.
− 12.5. Pensão vitalícia às vítimas do CÉSIO 137 - Lei n. 9.425/1996.
− 12.6. Aposentadoria e pensão excepcional ao anistiado político - Lei n. 10.559/2002
e suas alterações.
− 12.7. Pensão especial às pessoas atingidas pela hanseníase - Lei n. 11.520/2007.
− 12.8. Pensão especial destinada a crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus -
Lei n. 13.985/2020.
• 13. Seguro desemprego pescador artesanal - Seguro defeso - Lei n. 10.779/2003, Decre-
to n. 8.424/2015 e suas alterações.
• 14. Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS.
− 14.1. Benefício de prestação continuada - BPC/LOAS.
− 14.2. Auxílio-Inclusão.
− 14.3. Lei n. 8.742/1993 e suas alterações.
− 14.4. Lei n. 14.176/2021 e suas alterações.
− 14.5. Decreto n. 6.214/2007.
• 15. Regimes Próprios de Previdência Social (União, estados, Distrito Federal e municípios).
− 15.1. Certidão de Tempo de Contribuição.
− 15.2. Contagem recíproca.
− 15.3. Compensação previdenciária.
− 15.4. Lei n. 9.796/1999 e suas alterações.
− 15.5. Decreto n. 10.188/2019 e suas alterações.
• 16. Emenda Constitucional n. 103/2019.
• 17. Lei Complementar n. 142/2013.
• 18. Lei n. 8.212/1991 e suas alterações.
• 19. Lei n. 8.213/1991 e suas alterações.
• 20. Decreto n. 3.048/1999 e suas alterações.
• 21. Instrução Normativa PRES/INSS n. 128/2022 (publicada no Diário Oficial da União de
29/3/2022, Edição: 60, Seção: 1, Página: 132).
• 22. O servidor público como agente de desenvolvimento social.
• 23. Saúde e qualidade de vida no serviço público.

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O conteúdo contemplado no edital se refere, na prática, apenas as regras atinentes ao


Regime Geral de Previdência Social (RGPS), não contemplando regras relativas aos Regimes
Próprios de Previdência Social (RPPS) e Regime de Previdência Complementar (RPC).
Conforme já mencionado, o conteúdo programático, ao citar regras sobre RPPS, tem como
intuito apenas cobrar os temas “Certidão de Tempo de Contribuição’, “Contagem Recíproca” e
“Compensação Financeira”.
É importante frisar que TODOS os conteúdos elencados acima estão contemplados no
curso de Direito Previdenciário (aulas em PDF). Como o objetivo agora é otimizar a sua pre-
paração, serão abordados de forma objetiva os conteúdos de Direito Previdenciário que são
cobrados na prova do INSS.
A matéria Direito Previdenciário representou 58,3% das questões cobradas na última prova
de Técnico do Seguro Social, realizada no ano de 2016. Ou seja, foram cobradas 70 questões
entre o total de 120.
A mesma quantidade de questões, conforme já mencionado, será cobrada na prova de
Técnico do Seguro Social, a qual será realizada no ano de 2022.
Percebe-se, com isso, a importância da matéria no estudo para a tão almejada aprovação
no cargo de Técnico do Seguro Social do INSS.
Analisando de maneira pormenorizada a última prova realizada no ano de 2016, verifica-se
que as 70 questões abordaram os seguintes conteúdos programáticos:

Conteúdo n. de Questões Porcentagem

História da Previdência Social 2 3%

Conceituação de Seguridade Social 1 1%

Princípios da Seguridade Social 4 6%

Princípios da Previdência Social 1 1%

Legislação Previdenciária 1 1%

Segurados do RGPS 11 16%

Filiação e Inscrição 4 6%

Conceito de Empresa e Empregador Doméstico 2 3%

Financiamento da Seguridade Social 9 13%

Salário de Contribuição 4 6%

Arrecadação e Recolhimento das Contribuições


5 7%
Previdenciárias

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Conteúdo n. de Questões Porcentagem

Decadência e Prescrição 2 3%

Crimes contra a Seguridade Social 2 3%

Carência 1 1%

Auxílio-reclusão 2 3%

Recurso das Decisões Administrativas 2 3%

Acidente do Trabalho 2 3%

LOAS 15 21%

Total 70 100%

A prova de Técnico do Seguro Social realizada no ano de 2016 foi totalmente atípica, pois
deixou de priorizar tópicos que fazem parte do dia a dia do servidor do INSS, ou seja, deixou de
priorizar o principal assunto da competência do INSS, que são os benefícios do RGPS.
Na citada prova, não há uma única questão sobre benefício por incapacidade (aposentado-
ria por incapacidade permanente e auxílio por incapacidade temporária) ou pensão por morte,
bem como não abordou diversos assuntos da parte geral de benefícios, como dependentes do
RGPS, salário de benefício e renda mensal do benefício.
Sem mais delongas, vamos iniciar o nosso estudo do Direito Previdenciário.
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Origem e Evolução Legislativa
Em 1923, foi editado o Decreto-Legislativo n. 4.682, denominado Lei Eloy Chaves, que é
considerado o marco inicial da previdência social brasileira. A Lei Eloy Chaves autorizou a
criação de Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAP) para os empregados de empresas de
estradas de ferro.
É importante frisar que, em que pese a Lei Eloy Chaves ser considerada o marco inicial da
previdência social brasileira, já existiam atos normativos anteriores que tratavam de matéria
previdenciária, como, por exemplo, o Decreto-Legislativo n. 3.724/1919.
A uniformização da legislação previdenciária apenas ocorreu com a publicação da Lei
Orgânica da Previdência Social (LOPS), Lei n. 3.807 de 1960, a qual, além de realizar a citada
uniformização, ampliou os benefícios, instituindo o auxílio-natalidade, o auxílio-funeral, o auxí-
lio-reclusão, estendendo os benefícios a profissionais liberais e empregadores, além de permi-
tir a filiação facultativa ao sistema para religiosos e domésticos.
É importante frisar que, em que pese a LOPS ter unificado a legislação securitária, esta não
unificou os IAP. A LOPS foi apenas um importante passo para a unificação dos institutos, uma
vez que todos passariam a ser submeter a um mesmo regime jurídico. A unificação dos IAP
só ocorreu em 1966, por meio do Decreto-Lei n. 72/1966 (realmente implementado em 1967).
No ano de 1977, foi instituído o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social
(SINPAS), por meio da Lei n. 6.439, que tinha como objetivo a reorganização da Previdência So-
cial. O SINPAS visava integrar as funções de concessão e manutenção de benefícios e prestação
de serviços; custeio de atividades e programas; gestão administrativa, financeira e patrimonial.
O SINPAS agregava o INPS, IAPAS, INAMPS, LBA, FUNABEM, DATAPREV e CEME.

A Lei n. 8.029/1990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia federal,
vinculada hoje ao Ministério da Economia (ME), por meio da fusão do INPS com o IAPAS.

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Quadro Resumo da Evolução Histórica no Mundo

Ano Fato

Lei do Pobres (Poor Law), na Inglaterra, em que se estabeleceu que caberia à


1601 comunidade a responsabilidade pela assistência aos mais necessitados, tendo sido
criado uma contribuição para fins sociais (Poor Tax).
1883 Criação do seguro-doença, na Alemanha.
1884 Criação do seguro contra acidentes, na Alemanha.
1889 Criação do seguro de invalidez e velhice, na Alemanha.
Constituição do México, a qual é uma das primeiras no mundo a prever os direitos
1917
sociais.
Constituição da Alemanha (Constituição de Weimar), a qual, assim como a
1919 Constituição do México, é uma das primeiras no mundo a prever os direitos
sociais.
Social Security Act, que criou a previdência social americana e o seguro contra o
1935
desemprego.
Plano Beveridge, na Inglaterra, que foi responsável pela origem da Seguridade
1942 Social, onde o Estado passa a ser responsável não só no seguro social, mas,
também, nas áreas de saúde e assistência social.

Quadro Resumo da Evolução Histórica no Brasil

Ano Fato

Santa Casa de Misericórdia de Santos, que é considerada a mais antiga instituição


1543
assistencial brasileira
Instituição do MONGERAL (Montepio Geral dos Servidores do Estado), que tinha
1835 o objetivo de beneficiar as famílias dos empregados públicos que falecessem sem
lhes deixar meios de subsistência.

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Quadro Resumo da Evolução Histórica no Brasil

Ano Fato

Primeira a estabelecer a aposentadoria, a qual era concedida apenas a


1891
funcionários públicos e em casos de invalidez a serviço da Nação
Decreto-Legislativo n. 3.724, o qual regulava as relações decorrentes de acidente
1919 do trabalho, recaindo sobre o empregador a responsabilidade pela indenização
acidentária.
Lei Eloy Chaves (Decreto-Legislativo n. 4.682), que é considerado o marco inicial
1923 da previdência social brasileira, autorizando a criação de Caixas de Aposentadoria
e Pensões (CAP) para os empregados de empresas de estradas de ferro.
Instituição do IAPM (Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Marítimos),
1933 passando a previdência social brasileira a ser organizada pelo Estado e por
categoria profissional.
Primeira Constituição Brasileira a fazer referência à expressão “previdência”,
1934 estabelecendo a forma tríplice de custeio previdenciária, com contribuições do
Estado, empregador e empregado.
1946 Primeira Constituição Brasileira a a utilizar a expressão “previdência social”.
Lei n. 3.807, Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), a qual uniformizou a
1960
legislação previdenciária, sem, contudo, unificar os IAP.
Decreto-Lei n. 72, o qual unificou os IAP, centralizando a organização
1966 previdenciária no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), realmente
implementado em 1967.
Lei n. 6.439, a qual instituiu o SINPAS, que tinha como objetivo a reorganização da
1977
Previdência Social.
Constituição Federal tratou, pela primeira vez no Brasil, da Seguridade Social,
1988 entendida esta como um conjunto de ações nas áreas de saúde, previdência e
assistência social.
Lei n. 8.029, a qual criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia
1990 federal, vinculada, atualmente, ao Ministério do Trabalho e Previdência, por meio
da fusão do INPS com o IAPAS.
Em 24 de julho de 1991, entraram em vigor a Lei n. 8.212 (Plano de Custeio
e Organização da Seguridade Social) e a Lei n. 8.213 (Plano de Benefícios da
1991
Previdência Social), que são as leis relativas a organização da Seguridade Social e
planos de custeio e benefício.
Aprovação do Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto
1999
n. 3.048.

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Seguridade Social
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Conceituação da Seguridade Social

Princípios Constitucionais da Seguridade social


Os princípios específicos da seguridade social estão elencados no art. 194 da CF/88. Além
destes princípios, se aplicam à seguridade social alguns princípios gerais, como, por exemplo, os
princípios da igualdade, legalidade e do direito adquirido.
Conforme preceitua o art. 194, parágrafo único da CF/88: “cabe ao Poder Público, organizar a
seguridade social, com base nos seguintes objetivos:...”.
Perceba que a CF/88 menciona a expressão “objetivos”, ao invés da expressão “princípios”.
Isso é uma atecnia do Poder Constituinte, pois serão estudados verdadeiros valores que nor-
teiam o funcionamento do sistema securitário e não objetivos a serem alcançados pelo sistema.
Para fins de prova, leve como se ambas as palavras (objetivos e princípios) fossem sinônimas.
Segue, abaixo, a relação dos princípios que regem a seguridade social.

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Seguridade Social
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• Solidariedade (art. 3º, I, CF/88): busca reduzir as desigualdades sociais, permitindo que
alguns contribuam para o sistema, para que outros, sem condições financeiras, estejam
cobertos pela seguridade social. Este princípio permite que uma pessoa se aposente por
incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez), sem ter qualquer contri-
buição para o sistema;
• Universalidade de cobertura e atendimento: A universalidade da cobertura seria o aspec-
to objetivo do princípio, ou seja, a seguridade social visa alcançar todos os riscos sociais
que possam levar uma pessoa a uma condição de necessidade. Já a universalidade do
atendimento atingiria o aspecto subjetivo do princípio, ou seja, todos têm que ter acesso
a seguridade social, seja nacional ou estrangeiro. Assim, qualquer pessoa pode partici-
par da proteção social;
• Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais: a
uniformidade seria a igualdade quanto ao aspecto objetivo, ou seja, nos eventos a serem
cobertos. Não existem planos previdenciários diferenciados para as populações urba-
nas e rurais. A equivalência se refere ao valor pecuniário ou qualidade da prestação. Não
quer dizer que os valores têm que ser idênticos. Quer dizer que, se as pessoas estiverem
na mesma condição, não poderá ter diferenciação;
• Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços: a seletividade
visa determinar quais serão os riscos sociais que serão amparados pelo sistema se-
curitário, enquanto a distributividade visa determinar quem terá acesso a esse amparo
desses riscos sociais. Verifica-se, portanto, que o princípio da seletividade e da distribu-
tividade acaba atenuando o princípio da universalidade da cobertura e do atendimento;
• Irredutibilidade do valor dos benefícios: busca manter o valor nominal e real (atualizar o
valor do benefício de acordo com a inflação do período do benefício concedido). Cabe
apenas ressaltar que, conforme entendimento do STF, o princípio elencado no art. 194,
§ único, IV da CF/88 visa apenas proteger o valor nominal do benefício, uma vez que o
valor real já está protegido por outro dispositivo previsto na Carta Magna (art. 201, § 4º
da CF/88);
• Equidade na forma de participação no custeio: estabelece que a contribuição para o sis-
tema será determinada de acordo com a capacidade econômica de cada contribuinte,
ou seja, recebendo mais pagará mais. Portanto, o princípio da equidade é corolário (se
deriva) do princípio da solidariedade;
• Diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específi-
cas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência
e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência social: busca ga-
rantir a arrecadação de contribuições, de modo que a base de financiamento da seguri-
dade social seja a mais variada possível;

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• Caráter democrático e descentralizado da administração: visa a participação da socie-


dade na gestão da seguridade social, mediante gestão quadripartite, com participação
dos trabalhadores, empregadores, aposentados e do governo;
• Preexistência do custeio em relação ao benefício ou serviço: busca o equilíbrio atuarial e
financeiro do sistema securitário, ou seja, nenhuma prestação de serviço de caráter as-
sistencial ou benefício da previdência social poderia ser criado, majorado ou estendido
sem a correspondente fonte de custeio total.

Princípios da Previdência Social

Conselho Nacional de Previdência Social

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Organização da Seguridade Social


As regras referentes a organização do sistema securitário brasileiro estão previstas no art.
195, parágrafos da CF/88.
As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade so-
cial constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos
órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as
metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área
a gestão de seus recursos.
A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em
lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fis-
cais ou creditícios.
A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social, desde que seja instituída por lei complementar, observe o princípio da não-
-cumulatividade e não tenha o mesmo fato gerador ou a mesma base de cálculo das contri-
buições sociais existentes.

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Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendi-
do sem a correspondente fonte de custeio total.
As contribuições sociais que visam financiar o sistema securitário só poderão ser exigi-
das após decorridos 90 dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modifica-
do, não se lhes aplicando o princípio da anterioridade.
Contribuição social majorada – respeitar os 90 dias da data da publicação da lei
Contribuição social reduzida – aplica-se a redução de imediato

São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assis-


tência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como


os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma
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alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos ter-
mos da lei.
As contribuições sociais da empresa (folha de pagamento, receita ou faturamento e lucro)
poderão ter alíquotas diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva
de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sen-
do também autorizada a adoção de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso as contri-
buições sociais da empresa sobre sua receita ou faturamento, bem como sobre o seu lucro.

A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e


ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos
Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.
São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 meses e, na forma de
lei complementar, a remissão e a anistia da contribuição social da empresa em relação a sua
folha de pagamento (art. 195, I, “a” da CF/88) e das contribuições sociais dos segurados do
RGPS (art. 195, II da CF/88).
A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições sociais da
empresa sobre a sua receita ou faturamento e a contribuição social do importador de bens ou
serviços do exterior serão não-cumulativas.
O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de
Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição míni-
ma mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições.

Legislação Previdenciária
A competência para legislar sobre Seguridade Social é privativa da União.

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Direito Constitucional
Aragonê Fernandes

Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre previ-
dência social, proteção e defesa da saúde.
A expressão legislação previdenciária compreende as leis e os atos normativos referentes
ao funcionamento do sistema securitário.
A legislação previdenciária tem como fontes as leis e a jurisprudência.
É praticamente pacífica na doutrina e jurisprudência a independência do direito pre-
videnciário frente aos demais ramos do direito, entre eles, o direito do trabalho e o direito
administrativo.
A interpretação da lei, texto genérico e abstrato, visa determinar o sentido e alcance das
normas jurídicas, de modo que seu aplicador alcance a correta mens legis (finalidade da lei).
A integração difere da interpretação na medida em que a integração não visa a mens le-
gis de determinada norma, mas sim o preenchimento de lacuna do ordenamento jurídico. As
ferramentas para a integração são a analogia, a equidade, os costumes e os princípios gerais
do direito.

De acordo com a Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro – Decreto-Lei n.


4.657/1942, salvo disposição de lei em contrário, a lei começa a vigorar em todo o País 45
(quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada, não sendo diferente em relação à lei
previdenciária.

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Seguridade Social
Bernardo Machado

Beneficiários do RGPS
Os beneficiários do RGPS são as pessoas físicas que fazem jus a uma prestação previ-
denciária, seja essa prestação um benefício ou um serviço.
Os beneficiários, como gênero, têm como espécies os segurados e os seus dependentes.
Os segurados se dividem em segurados obrigatórios e facultativos.
Já os segurados obrigatórios se subdividem em segurados empregados, empregados do-
mésticos, contribuinte individuais, trabalhadores avulsos e os segurados especiais.

Segurados Obrigatórios
Empregado

Conforme determina a legislação previdenciária, segurado empregado é aquele que presta


serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação
e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado.

As situações de segurados empregados estão previstas no art. 9º, I do Regulamento da


Previdência Social (RPS), o qual é aprovado pelo Decreto n. 3.048/99.

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PRINCIPAIS SITUAÇÕES DE SEGURADO EMPREGADO


QUE CAEM NAS PROVAS DE CONCURSO PÚBLICO
Diretor empregado
Trabalhador temporário
Brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos
oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que
lá domiciliado e contratado, salvo se amparado por regime próprio de
previdência social
Estagiário contratado em desconformidade com a lei
Servidor que ocupa, exclusivamente, cargo em comissão
Exercente de mandato eletivo
Menor aprendiz
Contratado como trabalhador intermitente

Empregado Doméstico

Empregado doméstico é aquele que presta serviço de forma contínua, subordinada, one-
rosa e pessoal a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucra-
tivos, por mais de dois dias por semana.

Contribuinte Individual

A categoria de contribuinte individual foi criada pela Lei n. 9.876/1999 e unificou as ca-
tegorias de segurado empresário, segurado trabalhador autônomo e segurado equiparado a
trabalhador autônomo existentes até aquela data.
A definição básica de contribuinte individual se divide em duas. A primeira seria aquela
pessoa que presta serviço em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de em-
prego. Pode-se citar, como exemplo, um pintor que no mesmo mês presta serviço a diversas
empresas, sem ter vínculo com nenhuma delas.
A segunda seria uma pessoa que presta um serviço por conta própria. Pode-se citar como
exemplo uma pessoa que exerce atividade comercial em via pública.

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As situações de segurados contribuintes individuais estão previstas no art. 9º, V do RPS.

PRINCIPAIS SITUAÇÕES DE CONTRIBUINTE INDIVIDUAL


QUE CAEM NAS PROVAS DE CONCURSO PÚBLICO
Garimpeiro
Ministro de confissão religiosa (padre, pastor...)
Brasileiro civil que trabalha no exterior, em organismos oficiais
internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá
domiciliado e contratado, salvo se amparado por regime próprio de
previdência social
Empresário individual
Diretor não empregado
Sócio administrador e sócio cotista, desde que o cotista receba
remuneração pelo seu trabalho na sociedade
Cooperado
Síndico de condomínio, quando remunerado
Microempreendedor Individual – MEI
Notário e tabelião
Pessoa física que edifica obra de construção civil
Médico residente

Trabalhador Avulso

Trabalhador avulso é aquele que, sindicalizado ou não, preste serviço de natureza urbana
ou rural a diversas empresas, ou equiparados, sem vínculo empregatício, com intermediação
obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos do disposto na Lei n. 12.815, de 5 de
junho de 2013, ou do sindicato da categoria.

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Segurado Especial

O segurado especial é o produtor que explore atividade agropecuária em área de até 4 mó-
dulos fiscais, ou de seringueiro ou extrativista vegetal, além do pescador artesanal, inclusive
cônjuge ou companheiros e filhos maiores de 16 anos de idade ou a estes equiparados, que,
comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar, indivi-
dualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros
a título de mútua colaboração.

Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros
da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do nú-
cleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização
de empregados permanentes.

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Segurado Facultativo
O segurado facultativo é aquele maior de 16 anos de idade, que deseja integrar o sistema
previdenciário, apesar de não exercer atividade remunerada que o enquadre como segurado
obrigatório do RGPS. São exemplos de segurados facultativos: dona de casa, estagiário (con-
tratado em conformidade com a lei), estudante, etc.

Conceito de Empresa e Empregador Doméstico


Considera-se empresa, para fins previdenciários, a firma individual (leia-se – empresário
individual – art. 966 do Código Civil) ou a sociedade que assume o risco de atividade econô-
mica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da admi-
nistração pública direta, indireta e fundacional.

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Já o empregador doméstico é aquele que admite a seu serviço, mediante remuneração,


sem finalidade lucrativa, empregado doméstico.

Financiamento da Seguridade Social


A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Dis-
trito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
i) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, inci-
dentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
ii) do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas
alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contri-
buição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo RGPS;
iii) sobre a receita de concursos de prognósticos;
iv) do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados
obrigatoriamente na lei orçamentária anual.
A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade
Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdên-
cia Social, na forma da Lei Orçamentária Anual.
Constituem outras receitas da Seguridade Social:
i) as multas, a atualização monetária e os juros moratórios;
ii) a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados
a terceiros;
iii) as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrenda-
mento de bens;
iv) as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras;
v) as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;
vi) 50% dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do art. 243 da CF/88;
vii) 40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Recei-
ta Federal;
vii) outras receitas previstas em legislação específica.
As companhias seguradoras que mantém seguro obrigatório de danos pessoais causados
por veículos automotores de vias terrestres (DPVAT), de que trata a Lei n. 6.194, de 19 de de-
zembro de 1974, deverão repassar à seguridade social 45% do valor total do prêmio recolhido,

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destinados ao Sistema Único de Saúde, para custeio da assistência médico-hospitalar dos


segurados vitimados em acidentes de trânsito. (Apesar de a Lei n. 8.212/1991 (art. 27, pará-
grafo único) falar em 50% do valor total do prêmio recolhido, 10% da arrecadação da segurida-
de social é destinada ao coordenador do sistema nacional de trânsito, para aplicação exclusiva
em programas destinados à prevenção de acidentes, ou seja, 5% do total (art. 78, § único, do
Código de Trânsito Brasileiro).
Com a reforma da previdência social brasileira, a contribuição do empregado, trabalhador
avulso e do empregado doméstico passa a ser calculada mediante a aplicação de alíquotas
progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%), conforme tabela, incidindo cada alíquota sobre a faixa de
valores compreendidas nos respectivos limites.
A contribuição do segurado contribuinte individual e do segurado facultativo é de 20% so-
bre o respectivo salário de contribuição.
Para atender ao sistema de inclusão previdenciária, previsto no art. 201 § 12 da CF/88,
a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribui-
ção será de:
i) 11%, no caso do segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem
relação de trabalho com empresa ou equiparado e do segurado facultativo;
ii) 5%:
a) no caso do microempreendedor individual (MEI); e
b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho
doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda.
Considera-se de baixa renda, a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal - CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 salários-mínimos.
A contribuição do segurado especial é de 1,2% sobre a receita bruta, proveniente da comer-
cialização da sua produção rural, além de 0,1% para financiamento de benefícios concedidos
em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais
do trabalho (GILRAT), totalizando 1,3%.
A legislação previdenciária permite, ainda, que o segurado especial, caso queira receber be-
nefícios previdenciários de valores superiores a 1 salário-mínimo, contribua facultativamente
“como se fosse” contribuinte individual.
Em relação aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, a empresa contribuirá
com 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, du-
rante o mês, a esses segurados que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho,
qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utili-
dades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos
da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença
normativa.

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Em relação aos contribuintes individuais, 20% sobre o total das remunerações pagas ou
creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, a esses segurados que lhe prestem serviços.
No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, cai-
xas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capi-
talização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência
privada abertas e fechadas, além das contribuições referidas nos itens anteriores, é devida a
contribuição adicional de 2,5% sobre a respectiva base de cálculo, ou seja, pagará 22,5% sobre
a remuneração desses segurados.
Para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de inca-
pacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT), sobre o total das
remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e traba-
lhadores avulsos:
i) 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho
seja considerado leve;
ii) 2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio;
iii) 3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.
As alíquotas da GILRAT poderão ser reduzidas, em até 50%, ou aumentadas, em até 100%,
conforme dispuser o regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à res-
pectiva atividade econômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir
dos índices de frequência, gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo
Conselho Nacional de Previdência Social. Essa majoração ou redução da alíquota da GILRAT é
conhecida como o fator acidentário de prevenção (FAP).
As alíquotas da GILRAT serão acrescidas de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, respectiva-
mente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de
aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. O acréscimo incide exclusi-
vamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física.
Será devida contribuição adicional de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, a cargo da cooperativa
de produção, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filiado, na
hipótese de exercício de atividade que autorize a concessão de aposentadoria especial após
15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente.
A contribuição do PRPF, na condição de equiparado à empresa, é de 1,2% da receita bruta
proveniente da comercialização da produção rural, mais 0,1% da receita bruta proveniente
da comercialização da produção rural, para financiamento das prestações por acidente do
trabalho (GILRAT), totalizando 1,3%. Já a contribuição do PRPJ, como empresa, é de 1,7% da
receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, mais 0,1% da receita bruta

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proveniente da comercialização da produção rural, para financiamento das prestações por


acidente do trabalho (GILRAT), totalizando 1,8%. Esta forma de contribuição substitui as contri-
buições sobre as remunerações dos segurados empregados, trabalhadores avulsos, a GILRAT
e o eventual adicional para financiamento da aposentadoria especial.
Em relação ao Simples Nacional, essa forma de contribuição (contribuição sobre a receita
bruta auferida mensalmente, que engloba além do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS e
as contribuições da empresa sobre a folha de salários e remunerações pagas ou creditadas a
pessoas físicas que lhe prestem serviços), além de substituir a contribuição sobre a remune-
ração dos empregados e trabalhadores avulsos, substitui a contribuição sobre a remuneração
paga ao contribuinte individual, a GILRAT e o eventual adicional para financiamento da apo-
sentadoria especial. Entretanto, a empresa optante pelo Simples Nacional continua obrigada
a recolher as contribuições descontadas dos segurados, as decorrentes de sub-rogação e a
retenção dos 11% por serviços prestados por pessoas jurídicas mediante cessão de mão de
obra ou empreitada.
A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém equipe de futebol pro-
fissional destinada à Seguridade Social corresponde a 5% da receita bruta, decorrente dos es-
petáculos desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer modalidade
desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de
uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos despor-
tivos. Esta forma de contribuição substitui as contribuições sobre as remunerações dos segu-
rados empregados, trabalhadores avulsos, a GILRAT e o eventual adicional para financiamento
da aposentadoria especial.
A contribuição do empregador doméstico incidente sobre o salário de contribuição do em-
pregado doméstico a seu serviço é de:
i) 8%; e
ii) 0,8% para o financiamento do seguro contra acidentes de trabalho.

Salário de Contribuição
Indubitavelmente, em matéria de custeio, o tema mais abordado em provas preparatórias
para concurso público é o tema “salário de contribuição”.
O salário de contribuição (SC) é a base de cálculo de contribuição dos segurados e do
empregador doméstico. Tal base de cálculo possui limite que, atualmente, é de R$ 7.087,22.
Nenhum segurado ou empregador doméstico poderá verter contribuições além do limite
mencionado.
Em relação ao citado tema, é importante entender o conceito para cada tipo de segurado
do RGPS, além do que se considera (parcelas integrantes do SC) e o que não se considera
(parcelas não integrantes do SC) fato gerador de contribuição previdenciária, sofrendo ou não,
respectivamente, por consequência, a incidência da contribuição previdenciária.

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Conceito

Parcelas Integrantes do Salário de Contribuição

Recentemente, o STF declarou a inconstitucionalidade de dispositivos da Lei Orgânica da


Seguridade Social (Lei 8.212/1991) que instituíam a cobrança da contribuição previdenciária
patronal sobre o salário-maternidade. A decisão, por maioria de votos, foi tomada no Recurso
Extraordinário (RE) 576967, com repercussão geral reconhecida (Tema 72).

JURISPRUDÊNCIA
Assim sendo, conforme entendimento do STF, por maioria, foi declarada, incidentalmente,
a inconstitucionalidade da incidência de contribuição previdenciária sobre o salário-ma-
ternidade, prevista no artigo 28, § 2º, da Lei 8.212/1991, e a parte final do seu parágrafo
9º, alínea ‘a’, em que se lê “salvo o salário-maternidade”.

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Aragonê Fernandes

A tese de repercussão geral fixada foi a seguinte: “É inconstitucional a incidência de con-


tribuição previdenciária a cargo do empregador sobre o salário-maternidade”.

Recentemente, o STF fixou a tese de que é legítima a incidência de contribuição social


sobre o valor satisfeito a título de 1/3 constitucional de férias ocorrendo um verdadeiro “over-
rulling” (superação de precendente).

JURISPRUDÊNCIA
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal
Federal em, apreciando o tema 985 da repercussão geral, prover parcialmente o recurso
extraordinário interposto pela União, assentando a incidência de contribuição previdenci-
ária sobre valores pagos pelo empregador a título de terço constitucional de férias goza-
das e fixar a seguinte tese: “É legítima a incidência de contribuição social sobre o valor
satisfeito a título de terço constitucional de férias”, nos termos do voto do relator e por
maioria, em sessão virtual, realizada de 21 a 28 de agosto de 2020, presidida pelo Minis-
tro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigrá-
ficas. (RE 1.072.485/PR)

Parcelas Não Integrantes do Salário de Contribuição

Situações previstas no art. 28, § 9º da Lei n. 8.212/1991:

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§ 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:
a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade;
b) as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei n. 5.929, de
30 de outubro de 1973;
c) a parcela “in natura” recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Minis-
tério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei n. 6.321, de 14 de abril de 1976;
d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional,
inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da Conso-
lidação das Leis do Trabalho-CLT;
e) as importâncias:
1. previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
2. relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não
optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço-FGTS;
3. recebidas a título da indenização de que trata o art. 479 da CLT;
4. recebidas a título da indenização de que trata o art. 14 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973;
5. recebidas a título de incentivo à demissão;
6. recebidas a título de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT;
7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário;
8. recebidas a título de licença-prêmio indenizada;
9. recebidas a título da indenização de que trata o art. 9º da Lei n. 7.238, de 29 de outubro de 1984;
f) a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria;
g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local
de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT;
h) as diárias para viagens;
i) a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando
paga nos termos da Lei n. 6.494, de 7 de dezembro de 1977;
j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei
específica;
l) o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência ao Servidor
Público-PASEP;
m) os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao
empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de
obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de
proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho;
n) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-doença, desde
que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa;
o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de que trata o
art. 36 da Lei n. 4.870, de 1º de dezembro de 1965;
p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previ-
dência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e
dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da CLT;

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q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa
ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos
ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares;
r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado
e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços;
s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche pago em
conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quan-
do devidamente comprovadas as despesas realizadas;
t) o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à educação básica de empre-
gados e seus dependentes e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela empresa, à
educação profissional e tecnológica de empregados, nos termos da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, e:
1. não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e
2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado individualmente, não ultra-
passe 5% (cinco por cento) da remuneração do segurado a que se destina ou o valor correspondente
a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição, o que for maior;
u) a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até quatorze
anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990;
v) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais;
x) o valor da multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT;
y) o valor correspondente ao vale-cultura;
z) os prêmios e os abonos;
aa) os valores recebidos a título de bolsa-atleta, em conformidade com a Lei n. 10.891, de 9 de julho
de 2004.

 Obs.: O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário de contribuição, para fins de cál-
culo do salário de benefício de qualquer aposentadoria.

Arrecadação e Recolhimento das Contribuições Destinadas à Segurida-


de Social

A empresa é obrigada a arrecadar a contribuição do segurado empregado, do trabalhador


avulso e do contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração
e as contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou credi-
tadas, a qualquer título, inclusive adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, acordo ou
convenção coletiva, aos segurados empregado, contribuinte individual e trabalhador avulso a
seu serviço, no dia 20 do mês seguinte àquele a que se referirem as remunerações, bem como
as importâncias retidas das pessoas jurídicas que prestem serviços mediante cessão de mão
de obra, no dia 20 do mês seguinte àquele da emissão da nota fiscal ou fatura, antecipando-se
o vencimento para o dia útil anterior quando não houver expediente bancário no dia 20.
O desconto da contribuição do segurado incidente sobre o valor bruto da gratificação na-
talina – décimo terceiro salário – é devido quando do pagamento ou crédito da última parcela

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e deverá ser calculado em separado, e recolhida, juntamente com a contribuição a cargo da


empresa, até o dia 20 do mês de dezembro, antecipando-se o vencimento para o dia útil ime-
diatamente anterior se não houver expediente bancário no dia 20.
O segurado contribuinte individual, quando exercer atividade econômica por conta própria
ou prestar serviço a pessoa física ou a outro contribuinte individual, produtor rural pessoa
física, missão diplomática ou repartição consular de carreira estrangeiras, ou quando tratar-
-se de brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o
Brasil seja membro efetivo, e o facultativo estão obrigados a recolher sua contribuição, por
iniciativa própria, até o dia 15 do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem,
prorrogando-se o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver expediente ban-
cário no dia 15.
O empregador doméstico fica obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição do segu-
rado empregado a seu serviço e a parcela a seu cargo, até o 20º dia do mês seguinte ao da
competência.
É facultado aos segurados, contribuinte individual e facultativo, cujos salários de con-
tribuição sejam iguais ao valor de um salário-mínimo, optarem pelo recolhimento trimestral
das contribuições previdenciárias, com vencimento no dia 15 do mês seguinte ao de cada
trimestre civil, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver
expediente bancário no dia 15.
Em relação à contribuição sobre a comercialização da produção rural, a empresa adqui-
rente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa são obrigadas a recolher a contribui-
ção do produtor rural pessoa física e do segurado especial até o dia 20 do mês subsequente
ao da operação de venda ou consignação da produção rural, independentemente de estas
operações terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com o intermediário pessoa
física. Não tendo expediente bancário, o vencimento é antecipado para o dia útil imediatamen-
te anterior.
Entretanto, o produtor rural pessoa física e o segurado especial são obrigados a recolher
a sua contribuição até o dia 20 do mês subsequente ao da operação de venda, caso comer-
cializem a sua produção diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física; a outro produtor
rural pessoa física; ou a outro segurado especial, antecipando-se o recolhimento para o dia útil
imediatamente anterior, caso não haja expediente bancário no dia do vencimento.
O produtor rural pessoa jurídica é obrigado a recolher a sua contribuição até o dia 20 do
mês subsequente ao da operação de venda.
Cabe à empresa ou entidade que repassar recursos a associação desportiva que mantém
equipe de futebol profissional, a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e sím-
bolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos, a responsabilidade de reter e
recolher, até o dia 20 do mês seguinte ao da competência a que se referir, o percentual de 5%
da receita bruta, inadmitida qualquer dedução. Não tendo expediente bancário, o vencimento
é antecipado para o dia útil imediatamente anterior.

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Cabe à entidade promotora do espetáculo a responsabilidade de efetuar o desconto de


5% da receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos e o respectivo recolhimento, no
prazo de até 2 dias úteis após a realização do evento.

Decadência e Prescrição

Prazo Tempo Situação A contar a partir


Data da
Pagamento, ainda que parcial
ocorrência do FG

Decadencial 5 anos Sem pagamento 1º dia do exercício


Dolo, fraude ou simulação seguinte

Anulação do lançamento por vício formal Da anulação


Prescricional 5 anos Da constituição definitiva

Crimes Contra a Seguridade Social


A tipificação das condutas criminosas contra a Seguridade Social consta do Código Pe-
nal. Até a Lei n. 9.983/2000 essa tipificação constava, na sua maior parte, no art. 95 da Lei n.
8.212/1991.

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Dependentes
Retorna-se ao tema “beneficiários do RGPS”, no intuito de estudarmos a outra espécie de
beneficiário, que são os dependentes do RGPS.
Em relação ao citado tema, faz-se necessário estudar o rol de dependentes do RGPS, as
regras aplicáveis a esses dependentes e a inscrição dos dependentes e a comprovação de
vínculo e dependência econômica.

Rol de Dependentes do RGPS

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Regras Aplicáveis aos Dependentes do RGPS

Inscrição dos Dependentes e Comprovação de Vínculo e Dependência


Econômica

Manutenção e Perda da Qualidade de Segurado


O tema em estudo se refere ao conhecido “período de graça”. Ou seja, é um período em que
o segurado não verte contribuições para o sistema, mas, mesmo assim, se mantém amparado
por ele. Por isso é dado o nome desse período como período de graça.
Em relação ao “período de graça”, faz-se necessário relembrar os prazos em que o segura-
do mantém a sua qualidade.

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Prazos

Carência
Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições men-
sais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas as competên-
cias cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao seu limite mínimo mensal.
O intuito da carência é manter o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema.
No caso do segurado especial, a carência corresponde ao tempo mínimo de efetivo exercí-
cio de atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário

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à concessão do benefício requerido, no caso de benefícios concedidos nos termos do art. 39,
§ 2º, I do RPS (aposentadoria por idade do trabalhador rural ou por incapacidade permanente,
de auxílio por incapacidade temporária, de auxílio-reclusão ou de pensão por morte, no valor de
um salário-mínimo e de auxílio-acidente).
Além do conceito, importante relembrar os benefícios que exigem carência para a sua con-
cessão, os efeitos da perda da qualidade na contagem da carência e a partir de quando se
inicia a contagem da carência.

Períodos de Carência

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Perda da Qualidade do Segurado


Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios
de auxílio por incapacidade temporária, de aposentadoria por incapacidade permanente, de
salário-maternidade e de auxílio-reclusão, as contribuições anteriores à perda somente serão
computadas para fins de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao
RGPS, com metade dos períodos de carência exigidos pela legislação previdenciária.

Início da Contagem da Carência


O período de carência é contado:
• Para o segurado empregado, inclusive o doméstico (a partir da competência junho de
2015), trabalhador avulso e o contribuinte individual, a partir da competência abril de
2003, que presta serviço para a empresa, da data da filiação ao RGPS; e
• Para o segurado contribuinte individual, que não presta serviço para empresa, inclusive
o segurado especial que contribui, facultativamente, como contribuinte individual, e
o segurado facultativo, da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem
atraso, não sendo consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso
referentes a competências anteriores.

Salário de Benefício
O salário de benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefí-
cios de prestação continuada.
Entretanto, alguns benefícios não são calculados com base no salário de benefício. Nessas
situações, o cálculo do benefício será melhor estudado durante o estudo do benefício em si.
O salário de benefício, com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), con-
siste na média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente,

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correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou des-


de o início da contribuição, se posterior àquela competência.

Com o advento da Lei n. 14.331/2022, para o segurado filiado à Previdência Social até julho
de 1994, no cálculo do salário de benefício das aposentadorias, exceto a aposentadoria por
incapacidade permanente, o divisor considerado no cálculo da média dos salários de contribui-
ção não poderá ser inferior a 108 meses.
Ademais, o art. 26, § 6º da EC n. 103/2019 determina que poderão ser excluídas da média
as contribuições que resultem em redução do valor do benefício, desde que mantido o tempo
mínimo de contribuição exigido, vedada a utilização do tempo excluído para qualquer fina-
lidade, inclusive para o acréscimo na renda mensal do benefício, para a averbação em outro
regime previdenciário ou para a obtenção dos proventos de inatividade dos militares.
Para fins da exclusão mencionada, consideram-se programadas as aposentadorias progra-
mada, especial e por idade do trabalhador rural e as aposentadorias transitórias por idade e por
tempo de contribuição, para as quais se exige tempo mínimo de contribuição.
O salário de benefício do segurado que contribuir em razão de atividades concomitantes
será calculado com base na soma dos salários de contribuição das atividades exercidas na
data do requerimento ou do óbito ou no período básico de cálculo.

Observações

O valor do salário de benefício não será inferior ao de um salário-mínimo, nem superior ao


limite máximo do salário de contribuição na data de início do benefício.
Todos os salários de contribuição utilizados no cálculo do salário de benefício serão corri-
gidos, mês a mês, de acordo com a variação integral do Índice Nacional de Preço ao Consumi-
dor - INPC, referente ao período decorrido a partir da primeira competência do salário de con-
tribuição que compõe o período básico de cálculo até o mês anterior ao do início do benefício,
de modo a preservar o seu valor real.
Para fins de apuração do salário de benefício de qualquer aposentadoria precedida de
auxílio-acidente, o valor mensal deste será somado ao salário de contribuição, não podendo
o total apurado ser superior ao limite máximo do salário de contribuição.
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Por fim, cabe a ressalva que, com a publicação da MP n. 664, de 30 de dezembro de 2014,
convertida na Lei n. 13.135/2015, foi inserido o § 10 no art. 29 da Lei n. 8.213/1991, determi-
nando que o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) não poderá exceder
a média aritmética simples dos últimos doze salários de contribuição, inclusive no caso de
remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze, a média aritmética simples
dos salários de contribuição existentes.

Renda Mensal do Benefício


A renda mensal do benefício é o valor efetivamente pago ao segurado. Ou seja, os benefí-
cios, quando calculados pelo salário de benefício, têm a incidência de um percentual, consti-
tuindo, assim, a renda mensal do benefício.
RMB = % x SB
A renda mensal do benefício de prestação continuada será calculada aplicando-se sobre
o salário de benefício os seguintes percentuais:

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Prestações Previdenciárias em Espécie


Para a nossa aula 80/20, opta-se por tratar de todas as prestações previdenciárias do RGPS
por meio de um quadro resumo.
A depender da prestação previdenciária, por sua grande incidência em provas preparató-
rias de concurso público, algumas observações serão elencadas.

Aposentadoria por Incapacidade Permanente

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O aposentado por incapacidade permanente que retornar voluntariamente à atividade terá


sua aposentadoria automaticamente cessada, a partir da data do retorno.
O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que necessitar da
assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%, ainda que ultrapasse o limite
máximo legal.
Verificada a recuperação da capacidade laborativa do aposentado por incapacidade per-
manente, serão observadas as normas seguintes:
• Quando a recuperação for total e ocorrer dentro de 5 anos contados da data do início da
aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade temporária
que a antecedeu sem interrupção, o beneficio cessará:
− a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que
desempenhava na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, va-
lendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela pre-
vidência social; ou
− b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por incapaci-
dade temporária e da aposentadoria por incapacidade permanente, para os demais
segurados; e
• Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período previsto acima, ou ainda
quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual ha-
bitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade:
− a) pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a
recuperação da capacidade;
− b) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; e
− c) com redução de 75%, também por igual período de 6 meses, ao término do qual
cessará definitivamente.

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É importante frisar que o segurado que retornar à atividade poderá requerer, a qualquer
tempo, novo benefício, tendo este processamento normal.
Entretanto, caso haja requerimento de novo benefício durante os períodos de percepção
da “mensalidade de recuperação”, caberá ao segurado optar por um dos benefícios, assegura-
da a opção pelo benefício mais vantajoso.
Ademais, na hipótese de opção pelo recebimento de novo benefício, cuja duração se en-
cerre antes da cessação da “mensalidade de recuperação”, o pagamento deste poderá ser
restabelecido pelo período remanescente, respeitadas as reduções correspondentes.

Aposentadoria Programada

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Aposentadoria Programada do Professor

Aposentadoria por Idade do Trabalhador Rural

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Aposentadorias por Tempo de Contribuição e Idade da Pessoa com


Deficiência

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Aposentadoria Especial

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Auxílio por Incapacidade Temporária

A MP n. 871/2019, convertida na Lei n. 13.846/2019, impôs a regra da impossibilidade de ser


concedido o auxílio por incapacidade temporária para o segurado recluso em regime fechado.
Ademais, o segurado em gozo do auxílio por incapacidade temporária na data do recolhi-
mento à prisão terá o benefício suspenso.
A suspensão será de até 60 dias, contados da data do recolhimento à prisão, cessado o
benefício após o referido prazo.
Na hipótese de o segurado ser colocado em liberdade antes do prazo de 60 dias, o bene-
fício será restabelecido a partir da data da soltura.
O segurado recluso em cumprimento de pena em regime aberto ou semiaberto terá direito
ao auxílio por incapacidade temporária.
O segurado recluso em cumprimento de pena em regime fechado ou semiaberto terá di-
reito ao auxílio por incapacidade temporária.
O segurado que durante o gozo do auxílio por incapacidade temporária vier a exercer ativida-
de que lhe garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade.

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Se concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de sessenta dias con-
tados da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento relativo
aos 15 primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o benefício anterior e descontando-se
os dias trabalhados, se for o caso.
Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho durante 15 dias,
retornando à atividade no 16º dia, e se dela voltar a se afastar dentro de sessenta dias desse
retorno, em decorrência da mesma doença, fará jus ao auxílio por incapacidade temporária a
partir da data do novo afastamento.
Se o retorno à atividade tiver ocorrido antes de 15 dias do afastamento, o segurado fará
jus ao auxílio por incapacidade temporária a partir do dia seguinte ao que completar aque-
le período.

Salário-Família

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As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao


benefício.

Salário-Maternidade

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O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício por incapacidade.


O segurado aposentado que retornar à atividade fará jus ao pagamento do
salário-maternidade.

Auxílio-Acidente

A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-


-acidente quando, além do reconhecimento do nexo entre o trabalho e o agravo, resultar,
comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que o segurado habi-
tualmente exercia.
O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, não
prejudica a continuidade do recebimento do auxílio-acidente.

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Pensão por Morte

Perde o direito à pensão por morte o condenado criminalmente por sentença com trân-
sito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse

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crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os


inimputáveis.
Ademais, perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira
se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou
a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas
em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.
Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este poderá
requerer a sua habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para
fins de rateio dos valores com outros dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota
até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial em
contrário.
Nas ações em que o INSS for parte, este poderá proceder de ofício à habilitação excepcio-
nal da referida pensão, apenas para efeitos de rateio, descontando-se os valores referentes a
esta habilitação das demais cotas, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em
julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial em contrário.
Julgada improcedente a ação, o valor retido, corrigido pelos índices legais de reajustamen-
to, será pago de forma proporcional aos demais dependentes, de acordo com as suas cotas e
o tempo de duração de seus benefícios.
Em qualquer caso, fica assegurada ao INSS a cobrança dos valores indevidamente pagos
em função de nova habilitação.
A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro
possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão
ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação.
Na hipótese de o segurado falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por deter-
minação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-compa-
nheira, a pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não
incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício.
Se houver fundados indícios de autoria, coautoria ou participação de dependente, ressal-
vados os absolutamente incapazes e os inimputáveis, em homicídio, ou em tentativa desse
crime, cometido contra a pessoa do segurado, será possível a suspensão provisória de sua
parte no benefício de pensão por morte, mediante processo administrativo próprio, respeita-
dos a ampla defesa e o contraditório, e serão devidas, em caso de absolvição, todas as par-
celas corrigidas desde a data da suspensão, bem como a reativação imediata do benefício.
O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor indi-
vidual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente
com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave.

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Auxílio-Reclusão

O requerimento do auxílio-reclusão será instruído com certidão judicial que ateste o re-
colhimento efetivo à prisão, e será obrigatória a apresentação de prova de permanência na
condição de presidiário para a manutenção do benefício.
O auxílio-reclusão é devido, apenas, durante o período em que o segurado estiver recolhi-
do à prisão sob regime fechado.
O beneficiário deverá apresentar trimestralmente atestado de que o segurado continua
detido ou recluso, firmado pela autoridade competente.
Na hipótese de óbito do segurado recluso, o auxílio-reclusão que estiver sendo pago será
cessado e será concedida a pensão por morte.
É vedada a concessão do auxílio-reclusão após a soltura do segurado.
O segurado recluso em regime fechado, durante a percepção, pelos dependentes, do
benefício de auxílio-reclusão, não terá o direito aos benefícios de salário-maternidade e de
aposentadoria reconhecido, exceto se manifestada a opção pelo benefício mais vantajoso
também pelos dependentes.

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Abono Anual

Habilitação e Reabilitação Profissional

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Outras Questões Relativas aos Benefícios


Contagem Recíproca do Tempo de Contribuição
O art. 201, § 9º da CF/88 determina que, para efeito de aposentadoria, é assegurada a
contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade priva-
da, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensa-
rão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.
A contagem recíproca é o instituto que permite que o tempo de filiação em um regime
seja considerado pelo outro.
Para efeito de contagem recíproca, hipótese em que os diferentes sistemas de previdên-
cia social compensar-se-ão financeiramente, é assegurado:
i) O cômputo do tempo de contribuição na administração pública, para fins de concessão
de benefícios previstos no Regime Geral de Previdência Social, inclusive de aposentadoria
em decorrência de tratado, convenção ou acordo internacional; e
ii) Para fins de emissão de certidão de tempo de contribuição, pelo INSS, para utilização
no serviço público, o cômputo do tempo de contribuição na atividade privada, rural e urbana.
Para fins de contagem recíproca, é vedada:
i) Conversão do tempo de contribuição exercido em atividade sujeita à condições
especiais;
ii) Conversão do tempo cumprido pelo segurado com deficiência, em tempo de contribui-
ção comum; e
iii) A contagem de qualquer tempo de serviço fictício.
Para fins de contagem recíproca, o tempo de contribuição será contado de acordo com a
legislação pertinente, observadas as seguintes normas:

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i) Não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições especiais;


ii) É vedada a contagem de tempo de contribuição no serviço público com o de contribui-
ção na atividade privada, quando concomitantes;
iii) Não será contado por um regime o tempo de contribuição utilizado para concessão de
aposentadoria por outro regime;
iv) O tempo de serviço anterior ou posterior à obrigatoriedade de filiação à Previdência
Social só será contado mediante indenização da contribuição correspondente ao período
respectivo, com acréscimo de juros moratórios de 0,5% ao mês, capitalizados anualmente, e
multa de 10%;
v) É vedada a emissão de CTC com o registro exclusivo de tempo de serviço, sem a com-
provação de contribuição efetiva, exceto para o segurado empregado, empregado domés-
tico, trabalhador avulso e, a partir de 1º de abril de 2003, para o contribuinte individual que
presta serviço a empresa obrigada a arrecadar a contribuição a seu cargo;
vi) A CTC somente poderá ser emitida por regime próprio de previdência social para
ex-servidor;
vii) É vedada a contagem recíproca de tempo de contribuição do RGPS por regime próprio
de previdência social sem a emissão da CTC correspondente, ainda que o tempo de contri-
buição RGPS tenha sido prestado pelo servidor público ao próprio ente instituidor;
viii) É vedada a desaverbação de tempo em regime próprio de previdência social quando
o tempo averbado tenha gerado a concessão de vantagens remuneratórias ao servidor pú-
blico em atividade; e
ix) Para fins de elegibilidade às aposentadorias especiais referidas no § 4º do art. 40 e no
§ 1º do art. 201 da Constituição Federal, os períodos reconhecidos pelo regime previdenciá-
rio de origem como tempo especial, sem conversão em tempo comum, deverão estar inclu-
ídos nos períodos de contribuição compreendidos na CTC, e discriminados, de data a data.

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Acumulação de Benefícios

É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de pres-


tação continuada da previdência social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-aci-
dente, auxílio-suplementar ou abono de permanência em serviço.
O segurado recluso em regime fechado, durante a percepção, pelos dependentes, do bene-
fício de auxílio-reclusão, não terá o direito aos benefícios de salário-maternidade e de aposen-
tadoria reconhecido, exceto se manifestada a opção pelo benefício mais vantajoso também
pelos dependentes.
É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou compa-
nheiro, no âmbito do mesmo regime de previdência social.
Será admitida a acumulação de:
(i) pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência so-
cial com pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões
decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da CF/88;
(ii) pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência
social com aposentadoria concedida no âmbito do RGPS ou de RPPS ou com proventos de
inatividade decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da CF/88; ou

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(iii) pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da CF/88
com aposentadoria concedida no âmbito do RGPS ou de RPPS.
Nas hipóteses das acumulações, é assegurada a percepção do valor integral do benefício
mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente
de acordo com as seguintes faixas:
(i) 60% do valor que exceder 1 salário-mínimo, até o limite de 2 salários-mínimos;
(ii) 40% do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite de 3 salários-mínimos;
(iii) 20% do valor que exceder 3 salários-mínimos, até o limite de 4 salários-mínimos; e
(iv) 10% do valor que exceder 4 salários-mínimos.
A aplicação da regra anterior poderá ser revista a qualquer tempo, a pedido do interessado,
em razão de alteração de algum dos benefícios.
As restrições mencionadas não serão aplicadas se o direito aos benefícios houver sido
adquirido antes da data de entrada em vigor da EC n. 103/2019.

Decadência e Prescrição em Matéria de Benefício


Em decorrência do efeito repristinatório da decisão exarada na ADI 6096, a qual declarou
inconstitucional a nova redação do art. 103 da Lei n. 8.213/1991 dada pela Lei n. 13.846/2019,
volta a ter vigência a redação do citado artigo com base na redação dada pela Lei n. 10.839/2004
(explicação detalhada na aula de Direito Previdenciário em.PDF).
Com base nisso, a decadência e prescrição em matéria de benefício, tem o seguinte
regramento:

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Ademais, o direito da previdência social de anular os atos administrativos de que decorram


efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em 10 anos, contados da data em que fo-
ram praticados, salvo comprovada má-fé.
No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da percepção
do 1º pagamento.

Acidente do Trabalho

É importante ressaltar que cabe a empresa a responsabilidade pela adoção e uso das me-
didas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, constituindo
contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança
e higiene do trabalho.

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Equiparam-se também ao acidente do trabalho:


i) O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o traba-
lho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
ii) O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro
de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada
ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro
de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
iii) A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua
atividade;
iv) O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou pro-
porcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta den-
tro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras
necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado
no exercício do trabalho.
Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resul-
tante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior.

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Nos casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho


indicados para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva
contra os responsáveis.
O pagamento, pela Previdência Social, das prestações por acidente do trabalho não exclui
a responsabilidade civil da empresa ou de outrem.

Benefícios Decorrentes de Legislações Especiais


Pensão Especial – Síndrome de Talidomida
• Evento Determinante e Beneficiários: É garantido o direito à Pensão Especial a pessoa
com Síndrome da Talidomida nascidos a partir de 1º de março de 1958, data do início da
comercialização da droga no Brasil, denominada “Talidomida” (Amida Nftálica do Ácido
Glutâmico), inicialmente comercializada com os nomes comerciais de Sedin, Sedalis e
Slip, de acordo com a Lei n. 7.070/1982.

O benefício será devido sempre que ficar constatado que a deformidade física for conse-
quência do uso da Talidomida, independentemente da época de sua utilização.
• Renda Mensal do Benefício: A renda mensal do benefício é calculada mediante a multi-
plicação do número total de pontos indicadores da natureza e do grau de dependência
resultante da deformidade física, constante do processo de concessão, pelo valor fixado
em Portaria Ministerial que trata dos reajustamentos dos benefícios pagos pela Previ-
dência Social. Atualmente, o valor encontra-se na Portaria Interministerial MTP/ME n.
12/2022, sendo de R$ 1.365,59.

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O beneficiário da Pensão Especial Vitalícia da Síndrome da Talidomida, maior de 35 anos,


que necessite de assistência permanente de outra pessoa e que tenha recebido a pontuação
superior ou igual a 6 pontos, fará jus a um adicional de 25% sobre o valor desse benefício.
O beneficiário da Pensão Especial Vitalícia da Síndrome da Talidomida terá direito a mais
um adicional de 35% sobre o valor do benefício, desde que, alternativamente, comprove:
• 25 anos, se homem, e 20 anos, se mulher, de contribuição para qualquer regime de
previdência; ou
• 55 anos de idade, se homem, ou 50 anos de idade, se mulher, e contar com pelo menos
15 anos de contribuição para qualquer regime de previdência.
• Data do Início do Pagamento: A data do início da pensão especial será fixada na data da
entrada do requerimento.

O benefício é vitalício e intransferível, não gerando pensão a qualquer eventual dependen-


te ou resíduo de pagamento a seus familiares.
É vedada a acumulação da Pensão Especial da Talidomida com qualquer rendimento ou
indenização por danos físicos, inclusive a Renda Mensal Vitalícia que, a qualquer título, venha
a ser pago pela União, ressalvado o direito de opção.
Entretanto, a Pensão Especial da Talidomida é acumulável com qualquer benefício do
RGPS ou ao qual, no futuro, a pessoa com Síndrome possa vir a filiar-se, ainda que a pontuação
referente ao quesito trabalho seja igual a 2 pontos totais.
Conclui-se, portanto, que o benefício é de natureza indenizatória, não prejudicando even-
tuais benefícios de natureza previdenciária, não podendo ser reduzido em razão de eventual
aquisição de capacidade laborativa ou de redução de incapacidade para o trabalho, ocorridas
após a sua concessão.
Por fim, é importante mencionar que é permitida a acumulação de Pensão Especial para
Vítimas da Síndrome de Talidomida com Benefício Assistencial ao Portador de Deficiência ou
Benefício Assistencial ao Idoso.

Pensão Especial dos Seringueiros


• Evento Determinante e Beneficiários: Para fazer jus à pensão mensal vitalícia do serin-
gueiro, o requerente deverá comprovar que:
− Não aufere rendimento, sob qualquer forma, igual ou superior a 2 salários mínimos;
− Não recebe qualquer espécie de benefício pago pelo RGPS ou RPPS; e
− Encontra-se em uma das seguintes situações:
◦ Trabalhou como seringueiro recrutado nos termos do Decreto-Lei n. 5.813, de 14
de setembro de 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, nos seringais da região
amazônica, e foi amparado pelo Decreto-Lei n. 9.882/1946; ou

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◦ Trabalhou como seringueiro na região amazônica atendendo ao apelo do governo


brasileiro, contribuindo para o esforço de guerra na produção da borracha, durante
a Segunda Guerra Mundial.
• Renda Mensal do Benefício: O valor mensal corresponde a 2 salários-mínimos vigentes
no País.
• Data de Início do Pagamento: A data do início da pensão mensal vitalícia será fixada na
data da entrada do requerimento.

A residência do requerente em casa de outrem, parente ou não, ou sua internação ou re-


colhimento em instituição de caridade não será óbice ao direito à pensão mensal vitalícia do
seringueiro.
É vedada a percepção cumulativa da pensão mensal vitalícia com qualquer outro benefício
de prestação continuada mantido pelo RGPS ou RPPS, ressalvada a possibilidade de opção
pelo benefício mais vantajoso.
A pensão mensal vitalícia continuará sendo paga ao dependente do beneficiário, por mor-
te deste último, no valor integral do benefício recebido, desde que comprove o estado de
carência (não aufere rendimento, sob qualquer forma, igual ou superior a 2 salários-mínimos
e não recebe qualquer espécie de benefício pago pelo RGPS ou RPPS) e não seja mantido por
pessoa de quem dependa obrigatoriamente.

Pensão Especial de Ex-Combatente


• Evento Determinante e Beneficiários: A pensão especial de ex-combatente é prevista
na Lei n. 8.059/1990, sendo devida a quem tenha participado de operações bélicas
durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei n. 5.315/1967, e aos respectivos
dependentes.

Consideram-se dependentes do ex-combatente:

I – a viúva;
II – a companheira;
III – o filho e a filha de qualquer condição, solteiros, menores de 21 anos ou inválidos;
IV – o pai e a mãe inválidos; e
V – o irmão e a irmã, solteiros, menores de 21 anos ou inválidos.

Os dependentes dos itens IV e V só terão direito à pensão se viviam sob a dependência


econômica do ex-combatente, por ocasião de seu óbito.
A pensão especial é devida ao ex-combatente e somente em caso de sua morte será re-
vertida aos dependentes.

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Na reversão, a pensão será dividida entre o conjunto dos dependentes habilitáveis (itens
I a V), em cotas-partes iguais.
A cota-parte da pensão dos dependentes se extingue:
• Pela morte do pensionista;
• Pelo casamento do pensionista;
• Para o filho, filha, irmão e irmã, quando, não sendo inválidos, completam 21 anos de
idade;
• Para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez.

A ocorrência de qualquer dos casos mencionados não acarreta a transferência da cota-


-parte aos demais dependentes.
• Renda Mensal do Benefício: A pensão especial corresponderá à pensão militar deixada
por segundo-tenente das Forças Armadas.
• Data do Início do Pagamento: A pensão especial pode ser requerida a qualquer tempo,
sendo o benefício pago mediante requerimento, devidamente instruído, em qualquer
organização militar do ministério competente, se na data do requerimento o ex-comba-
tente, ou o dependente, preencher os requisitos da Lei n. 8.059/1990.

A pensão é inacumulável com quaisquer rendimentos percebidos dos cofres públicos,


exceto os benefícios previdenciários.

Pensão Especial às Vítimas de Hemodiálise de Caruaru


• Evento Determinante e Beneficiários: É garantido o direito à Pensão Especial Mensal
ao cônjuge, companheiro ou companheira, descendentes, ascendentes e colaterais até
segundo grau, das vítimas fatais de hepatite tóxica por contaminação em processo de
hemodiálise realizada no Instituto de Doenças Renais, com sede na cidade de Caruaru,
no Estado de Pernambuco, no período de 1º de fevereiro de 1996 a 31 de março de
1996, mediante evidências clínico-epidemiológicas determinadas pela autoridade com-
petente, conforme o disposto na Lei n. 9.422/1996.

Consideram-se beneficiários da Pensão Especial Mensal:

I – o cônjuge, o companheiro ou companheira e o filho não emancipado, de qualquer condição, me-


nor de 21 anos de idade ou inválido;
II – os pais;
III – o irmão não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos de idade ou inválido; e
IV – os avós e o neto não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos de idade ou inválido.

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Havendo mais de um pensionista habilitado ao recebimento da Pensão Especial Mensal,


o valor do benefício será rateado entre todos em partes iguais, sendo revertida em favor dos
demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar.
A existência de dependentes de uma mesma classe exclui os dependentes das classes
seguintes, quanto ao direito às prestações.
• Renda Mensal do Benefício: O valor corresponde a 1 salário-mínimo vigente no país.
• Data do Início do Pagamento: A data de início da Pensão Especial Mensal será fixada na
data do óbito, observada a prescrição quinquenal.

Aos beneficiários da Pensão Especial Mensal não será devido o pagamento do abono anual.
A Pensão Especial Mensal não se transmitirá aos sucessores e se extinguirá com a morte
do último beneficiário.
É permitida a acumulação da Pensão Especial Mensal com qualquer outro benefício do
RGPS ou de RPPS, inclusive o Benefício Assistencial de que trata a Lei n. 8.742/1993.

Pensão Vitalícia às Vítimas do CÉSIO 137


• Evento Determinante e Beneficiários: É concedida pensão vitalícia, a título de indeniza-
ção especial, às vítimas do acidente com a substância radioativa CÉSIO 137, ocorrido
em Goiânia, Estado de Goiás.
• Renda Mensal do Benefício: A pensão será concedida do seguinte modo:
− 300 Unidades Fiscais de Referência - UFIR para as vítimas com incapacidade funcio-
nal laborativa parcial ou total permanente, resultante do evento;
− 200 UFIR aos pacientes não abrangidos pelo inciso anterior, irradiados ou contamina-
dos em proporção igual ou superior a 100 Rads;
− 150 UFIR para as vítimas irradiadas ou contaminadas em doses inferiores a 100 e
equivalentes ou superiores a 50 Rads;
− 150 UFIR para os descendentes de pessoas irradiadas ou contaminadas que vierem
a nascer com alguma anomalia em decorrência da exposição comprovada dos geni-
tores ao CÉSIO 137;
− 150 UFIR para os demais pacientes irradiados e/ou contaminados, não abrangidos
pelos incisos anteriores, sob controle médico regular pela Fundação Leide das Neves
a partir da sua instituição até a data da vigência da Lei n. 9.425/1996, desde que ca-
dastrados nos grupos de acompanhamento médico I e II da referida entidade.

O valor mensal da pensão será o valor da UFIR à época da publicação da Lei n. 9.425/1996,
atualizado, a partir de então, na mesma época e índices concedidos aos servidores públi-
cos federais.

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A pensão de que trata a Lei n. 9.425/1996, é personalíssima, não sendo transmissível ao


cônjuge sobrevivente ou aos herdeiros, em caso de morte do beneficiário.

Aposentadoria e Pensão Excepcional ao Anistiado Político


• Evento Determinante e Beneficiários: A reparação econômica em prestação mensal,
permanente e continuada, nos termos do art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, será assegurada aos anistiados políticos que comprovarem vínculos com a
atividade laboral, à exceção dos que optarem por receber em prestação única.
• Renda Mensal do Benefício: O valor da prestação mensal, permanente e continuada,
será igual ao da remuneração que o anistiado político receberia se na ativa estives-
se, considerada a graduação a que teria direito, obedecidos os prazos para promoção
previstos nas leis e regulamentos vigentes, e asseguradas as promoções ao oficialato,
independentemente de requisitos e condições, respeitadas as características e peculia-
ridades dos regimes jurídicos dos servidores públicos civis e dos militares, e, se neces-
sário, considerando-se os seus paradigmas.

O valor da prestação mensal, permanente e continuada, não será inferior ao do salário-mí-


nimo nem superior ao do teto estabelecido no art. 37, inciso XI, e § 9º da Constituição.
O reajustamento do valor da prestação mensal, permanente e continuada, será feito quan-
do ocorrer alteração na remuneração que o anistiado político estaria recebendo se estivesse
em serviço ativo, observadas as disposições do art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias.
Os valores pagos por anistia não poderão ser objeto de contribuição ao INSS, a caixas de
assistência ou fundos de pensão ou previdência, nem objeto de ressarcimento por estes de
suas responsabilidades estatutárias.
Os valores pagos a título de indenização a anistiados políticos são isentos do Impos-
to de Renda.

Pensão Especial às Pessoas Atingidas pela Hanseníase


• Evento Determinante e Beneficiários: A pensão especial hanseníase prevista na Me-
dida Provisória n. 373/2007, convertida na Lei n. 11.520/2007, e regulamentada pelo
Decreto n. 6.168/2007, é devida às pessoas atingidas pela hanseníase e que foram
submetidas a isolamento e internação compulsórios em hospitais-colônia até 31 de
dezembro de 1986.
• Renda Mensal do Benefício: O valor da pensão especial hanseníase é definido pela mes-
ma portaria anual que reajusta os benefícios, pisos e tetos do RGPS. Atualmente, o valor
encontra-se na Portaria Interministerial MTP/ME n. 12/2022, sendo de R$ 1.831,71.

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• Data do Início do Pagamento: A pensão especial é mensal, vitalícia e personalíssima,


não sendo transmissível a dependentes e herdeiros e é devida a partir 25 de maio de
2007, data da publicação da MP n. 373/2007.

Desde 25 de maio de 2007, data da publicação da MP n. 373/2007, os requerimentos da


pensão especial hanseníase não são protocolados nas agências da previdência social, deven-
do ser endereçados ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos ou quem lhe
suceder, na forma prevista no Decreto n. 6.168/2007.
Após análise e conclusão do processo de requerimento pela Comissão Interministerial de
Avaliação, é publicada, no DOU, portaria do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Hu-
manos ou órgão que lhe suceda, referente à concessão ou indeferimento da pensão.
Da decisão do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ou sucessor, cabe
um único pedido de revisão, desde que acompanhado de novos elementos de convicção.
Cumpre informar que a pensão especial hanseníase não gera direito ao abono anual.

Pensão Especial Destinada a Crianças com Síndrome Congênita do


Zika Vírus
• Evento Determinante e Beneficiários: É assegurado o direito à pensão especial destina-
da a crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus, nascidas entre 1º de janeiro de
2015 e 31 de dezembro de 2019, beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada
(BPC) de que trata o art. 20 da Lei n. 8.742/1993, conforme disposto na Medida Provisó-
ria n. 894/2019, convertida na Lei n. 13.985/2020.
• Renda Mensal do Benefício: A renda mensal da pensão especial destinada a crianças
com Síndrome Congênita do Zika Vírus é no valor de 1 salário-mínimo.
• Data do Início do Pagamento: A pensão especial é devida a partir do dia posterior à ces-
sação do BPC ou com indenizações pagas pela União em razão de decisão judicial sobre
os mesmos fatos, que não poderão ser acumulados com a pensão.

A pensão especial destinada a crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus não gera
direito ao abono anual.
O benefício é vitalício e intransferível, não gerando pensão a qualquer eventual dependen-
te ou resíduo de pagamento a seus familiares.

Seguro Defeso
A Lei n. 10.779/2003 dispõe sobre a concessão do benefício de seguro-desemprego, du-
rante o período de defeso, ao pescador profissional que exerce a atividade pesqueira de forma
artesanal, sendo o citado benefício regulamentado pelo Decreto n. 8.424/2015.

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Dessa forma, o citado Decreto regulamenta a concessão do benefício de seguro-desem-


prego, no valor de 1 salário-mínimo mensal, ao pescador artesanal, desde que exerça sua
atividade profissional ininterruptamente, de forma artesanal e individualmente ou em regime
de economia familiar, durante o período de defeso de atividade pesqueira para a preservação
da espécie.
Considera-se ininterrupta a atividade exercida durante o período compreendido entre o
término do defeso anterior e o início do defeso em curso ou nos 12 meses imediatamente
anteriores ao início do defeso em curso, o que for menor.
Entende-se como regime de economia familiar o trabalho dos membros da mesma família,
indispensável à própria subsistência e exercido em condições de mútua dependência e cola-
boração, sem a utilização de empregados.
Ademais, para fins de concessão do benefício, consideram-se como períodos de defeso
aqueles estabelecidos pelos órgãos federais competentes, determinando a paralisação tem-
porária da pesca para preservação das espécies, nos termos e prazos fixados nos respec-
tivos atos.
O benefício será devido ao pescador profissional artesanal inscrito no Registro Geral da
Atividade Pesqueira - RGP que não disponha de outra fonte de renda diversa da decorrente da
atividade pesqueira.
O pescador profissional artesanal não fará jus a mais de um benefício de seguro-desem-
prego no mesmo ano decorrente de defesos relativos a espécies distintas.
A concessão do benefício não será extensível aos trabalhadores de apoio à pesca artesa-
nal, assim definidos em legislação específica, e nem aos componentes do grupo familiar do
pescador profissional artesanal que não satisfaçam, individualmente, os requisitos e as condi-
ções estabelecidos no Decreto n. 8.424/2015.
Fará jus ao seguro-desemprego o pescador artesanal que, durante o período aquisitivo, te-
nha recebido benefício de auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), (auxílio
por incapacidade temporária acidentário (antigo auxílio-doença acidentário) ou salário-mater-
nidade, exclusivamente sob categoria de filiação de segurado especial, ou ainda, que tenha
contribuído para a Previdência Social relativamente ao exercício exclusivo dessa atividade.
Não será devido o benefício do seguro-desemprego quando houver disponibilidade de al-
ternativas de pesca nos Municípios alcançados pelos períodos de defeso.
O benefício do seguro-desemprego é direito pessoal e intransferível.
Excepcionalmente, nas hipóteses de grave contaminação por agentes químicos, físicos e
biológicos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá prolongar o período
de defeso para as áreas e os grupos específicos atingidos, nos termos previstos na legislação.
A gravidade mencionada será reconhecida em ato do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.

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Terá direito ao benefício do seguro-desemprego o pescador profissional artesanal que


preencher os seguintes requisitos:
• Ter registro no RGP, com situação cadastral ativa decorrente de licença concedida, emi-
tido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na condição de pescador
profissional artesanal, observada a antecedência mínima prevista no art. 2º da Lei n.
10.779/2003;
• Possuir a condição de segurado especial unicamente na categoria de pescador profis-
sional artesanal;
• Ter realizado o pagamento da contribuição previdenciária, nos termos da Lei n.
8.212/1991, nos últimos 12 meses imediatamente anteriores ao requerimento do be-
nefício ou desde o último período de defeso até o requerimento do benefício, o que for
menor;
• Não estar em gozo de nenhum benefício decorrente de programa federal de transferên-
cia de renda com condicionalidades ou de benefício de prestação continuada da Assis-
tência Social ou da Previdência Social, exceto auxílio-acidente ou pensão por morte; e
• Não ter vínculo de emprego, ou outra relação de trabalho, ou outra fonte de renda diversa
da decorrente da atividade pesqueira vedada pelo período de defeso.

Cabe ao INSS receber e processar os requerimentos, habilitar os beneficiários e decidir


quanto à concessão do benefício de seguro-desemprego ao pescador artesanal.
O prazo para requerer o benefício do seguro-desemprego do pescador profissional artesa-
nal se iniciará 30 dias antes da data de início do período de defeso e terminará no último dia
do referido período.
Desde que requerido dentro do citado prazo, o pagamento do benefício será devido desde
o início do período de defeso, independentemente da data do requerimento.
O INSS cessará o benefício de seguro-desemprego nas seguintes hipóteses:
• Início de atividade remunerada ou de percepção de outra renda que seja incompatível
com a percepção do benefício;
• Desrespeito ao período de defeso ou a quaisquer proibições estabelecidas em normas
de defeso;
• Obtenção de renda proveniente da pesca de espécie alternativa não contemplada no ato
que fixar o período de defeso;
• Suspensão do período de defeso;
• Morte do beneficiário, exceto em relação às parcelas vencidas;
• Início de percepção de renda proveniente de benefício previdenciário ou assistencial de
natureza continuada, exceto auxílio-acidente ou pensão por morte;
• Prestação de declaração falsa; ou
• Comprovação de fraude.

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No caso de indeferimento do requerimento de concessão de benefício ou no caso de ces-


sação do benefício, o pescador profissional artesanal poderá interpor recurso ao CRPS.
O prazo para interposição de recurso e para oferecimento de contrarrazões será de 30 dias,
contado da ciência da decisão e da interposição do recurso, respectivamente.
O processamento e o julgamento dos recursos seguirão o disposto no RPS e no regimento
interno do CRPS.
Os recursos financeiros para o pagamento do benefício de seguro-desemprego ao pesca-
dor profissional artesanal serão provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT.

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EXERCÍCIOS
001. (CESPE/CEBRASPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) A Lei Eloy Chaves, que
criou em cada uma das empresas de estradas de ferro existentes no país uma caixa de apo-
sentadoria e pensões para os respectivos empregados, foi o primeiro ato normativo a tratar de
seguridade social no Brasil.

002. (CESPE/CEBRASPE/TCE-RJ/2021/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/DIREITO) A


seguridade social constitui um conjunto integrado de ações que visam proteger exclusivamen-
te os trabalhadores que contribuem para o sistema previdenciário.

003. (CESPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) A universalidade da cobertura e do


atendimento inclui-se entre os princípios que regem as ações dos poderes públicos e da so-
ciedade destinadas a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.

004. (CESPE/CEBRASPE/SEFAZ-AL/2020/AUDITOR DE FINANÇAS E CONTROLE E ARRE-


CADAÇÃO DA FAZENDA ESTADUAL) Nenhum benefício relativo à seguridade social poderá
ser criado sem a indicação de uma fonte de custeio para suportar essa despesa.

005. (CESPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) A filiação do segurado obrigatório


ao RGPS decorre automaticamente do exercício da atividade remunerada.

006. (CESPE/CEBRASPE/CODEVASF/2021/ASSESSOR JURÍDICO/DIREITO) Indivíduo sem


vínculo efetivo com qualquer dos entes federativos que tenha sido nomeado para exercer car-
go em comissão junto a órgão público federal é considerado segurado obrigatório do RGPS,
devido ao cargo que passou a ocupar.

007. (CESPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) Síndica do condomínio predial em


que resida e que receba como pró-labore a quantia equivalente a um salário-mínimo será con-
siderada segurada obrigatória do RGPS na qualidade de empregada.

008. (CESPE/CEBRASPE/CODEVASF/2021/ASSESSOR JURÍDICO/DIREITO) Acerca da


contagem recíproca de tempo de serviço, custeio previdenciário e regime geral de previdência
social (RGPS), julgue o próximo item.
Para efeito de custeio do RGPS, as alíquotas aplicadas aos salários de contribuições dos se-
gurados empregados são as mesmas alíquotas aplicadas aos salários de contribuições dos
segurados contribuintes individuais.

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009. (CESPE/INSS/2016/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL) A contribuição do segurado em-


pregado e a do trabalhador doméstico recaem sobre o valor dos seus salários de contribuição,
até um teto máximo fixado por lei.

010. (CESPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) Bruna, empregada da empre-


sa Vargas & Vargas Cia. Ltda., entrou em gozo de licença-maternidade. Nessa situação, ha-
verá incidência da contribuição previdenciária sobre o valor recebido por Bruna a título de
salário-maternidade.

011. (CESPE/STJ/2018/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) A respeito do regime


geral da previdência social (RGPS), julgue o item que se segue, considerando a jurisprudência
dos tribunais superiores.
Os genitores de segurado do RGPS serão seus dependentes independentemente de comprova-
ção da dependência econômica.

012. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE MS/2019/PROCURADOR MU-


NICIPAL) Jorge, na qualidade de contribuinte individual, vinha contribuindo até o início do cum-
primento de pena de reclusão pela prática do crime de homicídio qualificado, não tendo feito
mais contribuições
Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.
Jorge manterá a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, até doze meses
após o livramento.

013. (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016/ESPECIALISTA/ÁREA JURÍDICA) A respeito do re-


gramento do RGPS sobre manutenção da qualidade de segurado e salário-família, julgue o
item seguinte.
Empregado demitido de determinada empresa após ter contribuído por quinze anos de serviço
manterá a qualidade de segurado por até trinta e seis meses, caso comprove a situação de
desemprego em órgão próprio da previdência social.

014. (CESPE/CEBRASPE/2019/PREFEITURA DE BOA VISTA RR) Maria solicitou à previdên-


cia social auxílio-acidente, não decorrente de acidente de trabalho, mas seu pedido foi inde-
ferido sob o fundamento de que ela não teria cumprido o tempo de carência legalmente es-
tabelecido. Seis anos depois do pedido, ela ingressou com uma ação previdenciária para o
recebimento do referido benefício.
Considerando essa situação hipotética, à luz das normas vigentes acerca de direito previden-
ciário, julgue o próximo item.
Como a concessão de auxílio-acidente independe de tempo de carência, a decisão administra-
tiva de indeferimento foi incorreta.

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015. (CESPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) Com base no disposto na Lei n.


8.213/1991, que trata dos planos de benefícios da previdência social e dá outras providências,
julgue o item seguinte.
Em regra, o período de carência para a concessão do benefício de auxílio-doença é de doze
contribuições mensais.

016. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/2019/PROCURADOR MU-


NICIPAL) Acerca dos benefícios previdenciários, julgue o item subsequente.
Será automaticamente cessada, a partir da data do retorno, a aposentadoria do aposentado
por invalidez que retornar voluntariamente à atividade.

017. (INÉDITA/2022) A aposentadoria programada, uma vez cumprida a carência exigida, será
devida ao segurado que atingir 60 anos de idade, se mulher, 65 anos de idade, se homem, com
15 anos de tempo de contribuição, se mulher, e 20 anos de tempo de contribuição, se homem.

018. (CESPE/SERPRO/2013/ANALISTA/GESTÃO DE PESSOAS) Para fins de obtenção de


aposentadoria especial junto ao RGPS, o trabalhador deve comprovar a exposição efetiva aos
agentes nocivos por meio do perfil profissiográfico previdenciário, documento que deve ser
emitido pela empresa ou por seu preposto e embasar-se em laudo técnico de condições am-
bientais do trabalho.

019. (CESPE/INSS/2016/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/SERVIÇO SOCIAL) Roberto, em-


pregado na empresa Silva & Silva Ltda. há mais de um ano e oito meses, da qual recebe salário
mensal equivalente a um salário-mínimo, deverá afastar-se do trabalho por quatro meses em
função de um problema cardíaco atestado em perícia do INSS. Nessa situação hipotética,
Durante o período de quatro meses de afastamento, Roberto fará jus ao recebimento de
auxílio-acidente.

020. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/2019/PROCURADOR MU-


NICIPAL) Acerca dos benefícios previdenciários, julgue o item subsequente.
O salário-família será pago mensalmente ao segurado empregado, ao empregado doméstico
e ao trabalhador avulso, por filho ou equiparado de qualquer condição até catorze anos de ida-
de, ou inválido de qualquer idade. O segurado só fará jus ao benefício se tiver como salário de
contribuição valor até certo teto, definido em portaria, periodicamente.

021. (CESPE/STJ/2018/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR) A res-


peito do regime geral da previdência social e do custeio da seguridade social, julgue o item que
se segue, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
A renda mensal inicial do salário-maternidade para a segurada empregada corresponde à sua
remuneração integral e será paga pela empresa, observada a compensação com o INSS.
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022. (CESPE/EMAP/2018/ANALISTA PORTUÁRIO/ÁREA JURÍDICA) Maria, casada, sofreu


acidente de trabalho em 1º/2/2018 e ficou afastada da empresa em que trabalha por três me-
ses, recebendo auxílio-doença até a data imediatamente anterior ao seu retorno, que ocorreu
em 2/5/2018. Na data do acidente, o cônjuge de Maria tinha quarenta e quatro anos de idade.
Nessa situação hipotética, após o retorno ao trabalho, Maria poderá pleitear o auxílio-acidente
somente se persistirem sequelas que impliquem a redução de sua capacidade laboral.

023. (CESPE/ABIN/2018/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 2) Considerando o


entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, julgue o item que se segue, quanto ao
regime geral de previdência social (RGPS).
Ao cônjuge supérstite de segurado falecido por causa não acidentária nem decorrente do exer-
cício da atividade será assegurado o direito à pensão por morte, por apenas quatro meses, se
transcorridos menos de dois anos entre a data do casamento e do óbito.

024. (CESPE/CEBRASPE/PGE-PE/2019/ANALISTA JUDICIÁRIO DA PROCURADORIA) O


item a seguir apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, a
respeito de benefícios previdenciários.
Arnaldo, solteiro, maior de idade e capaz, é gerente de uma loja há mais de sete anos e recebe
salário mensal equivalente a cinco salários-mínimos. Por ter cometido crime e ter sido conde-
nado a pena de cinco anos de reclusão, ele iniciou, na presente semana, o cumprimento dessa
pena. Nessa situação, Arnaldo terá direito de receber o benefício previdenciário denominado
auxílio-reclusão durante todo o período de cumprimento da pena.

025. (CESPE/CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/2021/DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL) Lu-


zia é segurada da previdência social na categoria empregada e é beneficiária de auxílio-aciden-
te. No ano de 2015, ao atingir a idade mínima para a aposentadoria, ela requereu o benefício
ao INSS e, em razão do indeferimento, ajuizou, nesse mesmo ano, ação previdenciária. Na
instrução processual, ficou comprovado que alguns períodos de contribuição constantes no
sistema do INSS eram falsos, tendo sido dolosamente inseridos no sistema, de forma indevida,
para que Luzia obtivesse a vantagem de majoração do tempo de contribuição.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Caso a aposentadoria de Luzia seja futuramente deferida, será possível a acumulação desse
benefício com o auxílio-acidente.

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GABARITO
1. E
2. E
3. C
4. C
5. C
6. C
7. E
8. E
9. C
10. C
11. E
12. C
13. C
14. C
15. C
16. C
17. E
18. C
19. E
20. C
21. C
22. E
23. C
24. E
25. E

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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/CEBRASPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) A Lei Eloy Chaves, que
criou em cada uma das empresas de estradas de ferro existentes no país uma caixa de apo-
sentadoria e pensões para os respectivos empregados, foi o primeiro ato normativo a tratar de
seguridade social no Brasil.

A Lei Eloy Chaves é considerada o marco inicial da previdência social brasileira. Entretanto, já
existiam atos normativos anteriores da Lei Eloy Chaves que tratavam de matéria previdenciá-
ria, como, por exemplo, o Decreto-Legislativo n. 3.724/2019, que regulava as relações decor-
rentes de acidente do trabalho, na qual recaia sobre o empregador a responsabilidade pela
indenização acidentária.
Errado.

002. (CESPE/CEBRASPE/TCE-RJ/2021/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/DIREITO) A


seguridade social constitui um conjunto integrado de ações que visam proteger exclusivamen-
te os trabalhadores que contribuem para o sistema previdenciário.

A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes


Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e
à assistência social.
Errado.

003. (CESPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) A universalidade da cobertura e do


atendimento inclui-se entre os princípios que regem as ações dos poderes públicos e da so-
ciedade destinadas a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.

O princípio da universalidade da cobertura e do atendimento é um dos princípios norteadores


do sistema securitário, previsto no art. 194, § único, I da CF/88.
Certo.

004. (CESPE/CEBRASPE/SEFAZ-AL/2020/AUDITOR DE FINANÇAS E CONTROLE E ARRE-


CADAÇÃO DA FAZENDA ESTADUAL) Nenhum benefício relativo à seguridade social poderá
ser criado sem a indicação de uma fonte de custeio para suportar essa despesa.

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A Seguridade Social rege-se pelo princípio da preexistência do custeio em relação ao benefício


ou ao serviço, também conhecido como o princípio constitucional da contrapartida, previsto
no art. 195, § 5º da CF/88, o qual determina que nenhum benefício ou serviço do sistema secu-
ritário poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
Certo.

005. (CESPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) A filiação do segurado obrigatório


ao RGPS decorre automaticamente do exercício da atividade remunerada.

Perfeita a afirmativa! A filiação do segurado obrigatório ao RGPS decorre automaticamente do


exercício da atividade remunerada. Já a filiação do segurado facultativo decorre de sua inscri-
ção, a qual é formalizada com o 1º pagamento.
Certo.

006. (CESPE/CEBRASPE/CODEVASF/2021/ASSESSOR JURÍDICO/DIREITO) Indivíduo sem


vínculo efetivo com qualquer dos entes federativos que tenha sido nomeado para exercer car-
go em comissão junto a órgão público federal é considerado segurado obrigatório do RGPS,
devido ao cargo que passou a ocupar.

O servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão é segurado obrigatório do RGPS


na qualidade de empregado.
Certo.

007. (CESPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) Síndica do condomínio predial em


que resida e que receba como pró-labore a quantia equivalente a um salário-mínimo será con-
siderada segurada obrigatória do RGPS na qualidade de empregada.

Síndico de condomínio, quando remunerado (pró-labore a quantia equivalente a um salário-mí-


nimo), é considerado segurado obrigatório do RGPS na qualidade de contribuinte individual.
Errado.

008. (CESPE/CEBRASPE/CODEVASF/2021/ASSESSOR JURÍDICO/DIREITO) Acerca da


contagem recíproca de tempo de serviço, custeio previdenciário e regime geral de previdência
social (RGPS), julgue o próximo item.

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Para efeito de custeio do RGPS, as alíquotas aplicadas aos salários de contribuições dos se-
gurados empregados são as mesmas alíquotas aplicadas aos salários de contribuições dos
segurados contribuintes individuais.

A contribuição do segurado empregado, inclusive o doméstico, e do trabalhador avulso é cal-


culada por meio da aplicação da alíquota correspondente (7,5%, 9%, 12% e 14%), de forma
progressiva, sobre o seu salário de contribuição mensal, de acordo com a tabela publicada em
Portaria. Já a alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo é de
20% aplicada sobre o respectivo salário de contribuição.
Errado.

009. (CESPE/INSS/2016/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL) A contribuição do segurado em-


pregado e a do trabalhador doméstico recaem sobre o valor dos seus salários de contribuição,
até um teto máximo fixado por lei.

A base de cálculo sobre a qual incide a alíquota de contribuição do segurado empregado e do


empregado doméstico é o salário de contribuição, a qual possui limites mínimo e máximo.
Para esses segurados, assim como para o trabalhador avulso, o limite mínimo do salário de
contribuição corresponde ao piso salarial legal ou normativo da categoria ou, inexistindo este,
ao salário-mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tem-
po de trabalho efetivo durante o mês. Já o limite máximo do salário de contribuição é o mesmo
para todos os segurados, sendo estipulado por meio de uma Portaria publicada sempre que
ocorrer alteração do valor dos benefícios previdenciários. Tal alteração ocorre sempre que o
salário-mínimo é alterado.
Certo.

010. (CESPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) Bruna, empregada da empre-


sa Vargas & Vargas Cia. Ltda., entrou em gozo de licença-maternidade. Nessa situação, ha-
verá incidência da contribuição previdenciária sobre o valor recebido por Bruna a título de
salário-maternidade.

O salário-maternidade é o único benefício previdenciário que sofre a incidência da contribui-


ção previdenciária, sendo, portanto, considerado parcela integrante do salário de contribui-
ção. Cumpre informar que, recentemente, o STF declarou a inconstitucionalidade de disposi-
tivos da Lei Orgânica da Seguridade Social (Lei n. 8.212/1991) que instituíam a cobrança da

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contribuição previdenciária patronal sobre o salário-maternidade. A decisão, por maioria de


votos, foi tomada no Recurso Extraordinário (RE) 576967, com repercussão geral reconhecida
(Tema 72). A tese de repercussão geral fixada foi a seguinte: “É inconstitucional a incidência
de contribuição previdenciária a cargo do empregador sobre o salário-maternidade”.
Certo.

011. (CESPE/STJ/2018/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) A respeito do regime


geral da previdência social (RGPS), julgue o item que se segue, considerando a jurisprudência
dos tribunais superiores.
Os genitores de segurado do RGPS serão seus dependentes independentemente de comprova-
ção da dependência econômica.

A dependência econômica dos dependentes da classe I é presumida, salvo os equiparados aos


filhos (menor tutelado e o enteado), enquanto que a dependência econômica dos dependentes
das classes II e III deve ser comprovada. Dessa forma, como os pais são dependentes da clas-
se II, a dependência econômica tem que ser comprovada.
Errado.

012. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE MS/2019/PROCURADOR MU-


NICIPAL) Jorge, na qualidade de contribuinte individual, vinha contribuindo até o início do cum-
primento de pena de reclusão pela prática do crime de homicídio qualificado, não tendo feito
mais contribuições
Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.
Jorge manterá a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, até doze meses
após o livramento.

O segurado detido ou recluso mantém a sua qualidade, independentemente de contribuições,


por até 12 meses após o livramento.
Certo.

013. (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016/ESPECIALISTA/ÁREA JURÍDICA) A respeito do re-


gramento do RGPS sobre manutenção da qualidade de segurado e salário-família, julgue o
item seguinte.
Empregado demitido de determinada empresa após ter contribuído por quinze anos de serviço
manterá a qualidade de segurado por até trinta e seis meses, caso comprove a situação de
desemprego em órgão próprio da previdência social.

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Perfeita a afirmativa! No caso em comento, o segurado terá 36 meses de período de graça (12
meses pelo desemprego cumulado com 12 meses por ter mais de 120 contribuições mensais
cumulado com 12 meses do desemprego registrado).
Certo.

014. (CESPE/CEBRASPE/2019/PREFEITURA DE BOA VISTA RR) Maria solicitou à previdên-


cia social auxílio-acidente, não decorrente de acidente de trabalho, mas seu pedido foi inde-
ferido sob o fundamento de que ela não teria cumprido o tempo de carência legalmente es-
tabelecido. Seis anos depois do pedido, ela ingressou com uma ação previdenciária para o
recebimento do referido benefício.
Considerando essa situação hipotética, à luz das normas vigentes acerca de direito previden-
ciário, julgue o próximo item.
Como a concessão de auxílio-acidente independe de tempo de carência, a decisão administra-
tiva de indeferimento foi incorreta.

O auxílio-acidente é benefício que independe de carência para a sua concessão. Dessa forma,
a decisão administrativa de indeferimento foi incorreta.
Certo.

015. (CESPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) Com base no disposto na Lei n.


8.213/1991, que trata dos planos de benefícios da previdência social e dá outras providências,
julgue o item seguinte.
Em regra, o período de carência para a concessão do benefício de auxílio-doença é de doze
contribuições mensais.

Os benefícios por incapacidade (auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) e


aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez)), regra geral,
dependem de carência de, no mínimo, 12 contribuições mensais.
Certo.

016. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/2019/PROCURADOR MU-


NICIPAL) Acerca dos benefícios previdenciários, julgue o item subsequente.
Será automaticamente cessada, a partir da data do retorno, a aposentadoria do aposentado
por invalidez que retornar voluntariamente à atividade.
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Conforme preceitua o art. 46 da Lei n. 8.213/1991 e o art. 48 do RPS, o aposentado por incapa-
cidade permanente que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automati-
camente cancelada, a partir da data do retorno.
Certo.

017. (INÉDITA/2022) A aposentadoria programada, uma vez cumprida a carência exigida, será
devida ao segurado que atingir 60 anos de idade, se mulher, 65 anos de idade, se homem, com
15 anos de tempo de contribuição, se mulher, e 20 anos de tempo de contribuição, se homem.

A aposentadoria programada, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado
que atingir 62 anos de idade, se mulher, 65 anos de idade, se homem, com 15 anos de tempo
de contribuição, se mulher, e 20 anos de tempo de contribuição, se homem.
Errado.

018. (CESPE/SERPRO/2013/ANALISTA/GESTÃO DE PESSOAS) Para fins de obtenção de


aposentadoria especial junto ao RGPS, o trabalhador deve comprovar a exposição efetiva aos
agentes nocivos por meio do perfil profissiográfico previdenciário, documento que deve ser
emitido pela empresa ou por seu preposto e embasar-se em laudo técnico de condições am-
bientais do trabalho.

Perfeita a afirmativa! A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos


será feita mediante formulário, denominado perfil profissiográfico previdenciário (PPP), emi-
tido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do
trabalho (LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
Certo.

019. (CESPE/INSS/2016/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/SERVIÇO SOCIAL) Roberto, em-


pregado na empresa Silva & Silva Ltda. há mais de um ano e oito meses, da qual recebe salário
mensal equivalente a um salário-mínimo, deverá afastar-se do trabalho por quatro meses em
função de um problema cardíaco atestado em perícia do INSS. Nessa situação hipotética,
Durante o período de quatro meses de afastamento, Roberto fará jus ao recebimento de
auxílio-acidente.

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No caso em comento, uma vez que o segurado está incapacitado temporariamente para o
exercício de atividade laboral (afastamento por 4 meses), este faz jus ao auxílio por incapaci-
dade temporária (antigo auxílio-doença).
Errado.

020. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/2019/PROCURADOR MU-


NICIPAL) Acerca dos benefícios previdenciários, julgue o item subsequente.
O salário-família será pago mensalmente ao segurado empregado, ao empregado doméstico
e ao trabalhador avulso, por filho ou equiparado de qualquer condição até catorze anos de ida-
de, ou inválido de qualquer idade. O segurado só fará jus ao benefício se tiver como salário de
contribuição valor até certo teto, definido em portaria, periodicamente.

Perfeita a afirmativa, não sendo necessário tecer nenhum comentário!


Certo.

021. (CESPE/STJ/2018/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR) A res-


peito do regime geral da previdência social e do custeio da seguridade social, julgue o item que
se segue, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
A renda mensal inicial do salário-maternidade para a segurada empregada corresponde à sua
remuneração integral e será paga pela empresa, observada a compensação com o INSS.

No caso da empregada, o salário-maternidade consiste numa renda mensal igual à sua re-
muneração integral, sendo pago o benefício pela empresa, salvo a empregada do MEI (micro-
empreendedor individual), cujo benefício é pago diretamente pelo INSS. Cabe ressaltar que a
empresa, quando paga o salário-maternidade para a segurada empregada, está fazendo às
vezes do INSS. Assim, quando a empresa apurar o valor devido à previdência social, deduzirá
o valor pago a título de salário-maternidade. Essa sistemática é conhecida como “reembolso”.
Certo.

022. (CESPE/EMAP/2018/ANALISTA PORTUÁRIO/ÁREA JURÍDICA) Maria, casada, sofreu


acidente de trabalho em 1º/2/2018 e ficou afastada da empresa em que trabalha por três me-
ses, recebendo auxílio-doença até a data imediatamente anterior ao seu retorno, que ocorreu
em 2/5/2018. Na data do acidente, o cônjuge de Maria tinha quarenta e quatro anos de idade.
Nessa situação hipotética, após o retorno ao trabalho, Maria poderá pleitear o auxílio-acidente
somente se persistirem sequelas que impliquem a redução de sua capacidade laboral.

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O auxílio-acidente é concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação


das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem
redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. Ademais, o auxílio-acidente
é devido a contar do dia seguinte ao da cessação do auxílio por incapacidade temporária (an-
tigo auxílio-doença).
Certo.

023. (CESPE/ABIN/2018/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 2) Considerando o


entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, julgue o item que se segue, quanto ao
regime geral de previdência social (RGPS).
Ao cônjuge supérstite de segurado falecido por causa não acidentária nem decorrente do exer-
cício da atividade será assegurado o direito à pensão por morte, por apenas quatro meses, se
transcorridos menos de dois anos entre a data do casamento e do óbito.

Perfeita a afirmativa! Uma vez que o óbito não seja decorrente de acidente de qualquer nature-
za ou de doença profissional ou do trabalho, há a necessidade que o segurado tenha vertido,
no mínimo, 18 contribuições mensais e que o óbito ocorra pelo menos 2 anos após o início do
casamento ou da união estável, no intuito de que seja aplicada a regra do prazo de percepção
de pensão por pensão por morte, conforme a idade do beneficiário (cônjuge/companheiro(a))
na data do óbito do segurado. Portanto, caso haja menos de 2 anos entre a data do casamento
e do óbito, a pensão por morte será concedida por apenas 4 meses.
Certo.

024. (CESPE/CEBRASPE/PGE-PE/2019/ANALISTA JUDICIÁRIO DA PROCURADORIA) O


item a seguir apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, a
respeito de benefícios previdenciários.
Arnaldo, solteiro, maior de idade e capaz, é gerente de uma loja há mais de sete anos e recebe
salário mensal equivalente a cinco salários-mínimos. Por ter cometido crime e ter sido conde-
nado a pena de cinco anos de reclusão, ele iniciou, na presente semana, o cumprimento dessa
pena. Nessa situação, Arnaldo terá direito de receber o benefício previdenciário denominado
auxílio-reclusão durante todo o período de cumprimento da pena.

O auxílio-reclusão, cumprida a carência de 24 contribuições mensais, será devido, nas condi-


ções da pensão por morte, aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido à prisão
em regime fechado que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio

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por incapacidade temporária, de pensão por morte, de salário-maternidade, de aposentadoria


ou de abono de permanência em serviço. Considera-se segurado de baixa renda aquele que,
no mês de competência de recolhimento à prisão, tenha renda de valor igual ou inferior àquela
prevista no art. 13 da Emenda Constitucional n. 20, de 15 de dezembro de 1998, corrigido pelos
índices aplicados aos benefícios do RGPS. Atualmente, o valor está estabelecido na Portaria
MTP/ME n. 12/2022, sendo o valor de R$ 1.655,98. A aferição da renda mensal bruta para en-
quadramento do segurado como de baixa renda ocorrerá pela média dos salários de contribui-
ção apurados no período de 12 meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão. No caso em
comento, Arnaldo não faz jus ao auxílio-reclusão, pois este não é devido aos segurados, mas
apenas aos seus dependentes. Ademais, como Arnaldo é gerente de uma loja há mais de sete
anos e recebe salário mensal equivalente a cinco salários mínimos, nem seus dependentes
fariam jus ao auxílio-reclusão, em razão de Arnaldo não se enquadrar na condição de segurado
de baixa renda.
Errado.

025. (CESPE/CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/2021/DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL) Lu-


zia é segurada da previdência social na categoria empregada e é beneficiária de auxílio-aciden-
te. No ano de 2015, ao atingir a idade mínima para a aposentadoria, ela requereu o benefício
ao INSS e, em razão do indeferimento, ajuizou, nesse mesmo ano, ação previdenciária. Na
instrução processual, ficou comprovado que alguns períodos de contribuição constantes no
sistema do INSS eram falsos, tendo sido dolosamente inseridos no sistema, de forma indevida,
para que Luzia obtivesse a vantagem de majoração do tempo de contribuição.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Caso a aposentadoria de Luzia seja futuramente deferida, será possível a acumulação desse
benefício com o auxílio-acidente.

É vedado o recebimento em conjunto de aposentadoria com auxílio-acidente, uma vez que o


auxílio-acidente entra no cálculo do salário de benefício da aposentadoria “como se fosse”
salário de contribuição.
Errado.

Bernardo Machado
Auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil. Graduado em Engenharia de Produção pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (Uerj), bacharel em Direito pela Universidade Cândido Mendes (Ucam) e pós-
graduado em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Professor de Direito Previdenciário em
cursos preparatórios para concurso público.

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