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MANUAL DE

ATENDIMENTO DO
SEGURO-DESEMPREGO
Luís Cláudio Freire da Silva
SGAT - 2016

1
Editorial:

Edição: Apoio:
Luís Cláudio Freire da Silva Adonides Maria Silveira Szuecs
Preparação de Texto: Carmen Lúcia Pereira Bento
Luís Cláudio Freire da Silva Cintia Elisa de Oliveira Leal
Vanderlei Alves de Souza
Elisa Maria Geraldina da Silva Eder Rodrigo Rodrigues Ferreira
Edilson Estevão Silva
Capa:
Matheus Arcelo Fernandes Silva Ilcione pereira da Silva

Imagem da capa: Matheus Arcelo Fernandes Silva


Giselle Camargos Volponi da Rocha Patrícia Mourão Cançado
E-mail para contato: Renata Gonçalves Silva
treinamento.gestao@social.mg.gov.br Simone Ribeiro de Miranda Gonçalves

Superintendência de Gestão de Atendimento ao Trabalhador - SGAT


3ª Edição
Outubro de 2016

2
Sumário
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 7

1.1. SEDESE ........................................................................................................................................ 7


1.2. O QUE É O SINE? ............................................................................................................................ 9
1.3. ENDEREÇO DA SUBTE: ..................................................................................................................... 9
1.4. QUEM É QUEM: ............................................................................................................................. 10

2. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 12

2.1. MEDIDA PROVISÓRIA Nº - 665, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2014. ................................................. 13


2.2. LEI Nº 13.134, DE 16 DE JUNHO DE 2015. .................................................................................. 18

3. DEFINIÇÕES ................................................................................................................................. 26

3.1. SALÁRIOS ..................................................................................................................................... 26


3.2. MÊS TRABALHADO ......................................................................................................................... 26
3.3. AVISO PRÉVIO INDENIZADO .............................................................................................................. 26
3.4. DISPENSA INVOLUNTÁRIA ................................................................................................................ 27
3.5. CÓDIGOS DE DISPENSA.................................................................................................................... 28
3.6. PRESTAÇÃO CONTINUADA ................................................................................................................ 29
3.7. RENDA PRÓPRIA............................................................................................................................. 29
3.8. PERÍODO PARA REQUERER................................................................................................................ 30
3.9. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS ............................................................................................................ 30
3.10. PARA COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO:................................................................................................... 31
3.11. QUANTIDADE DE PARCELAS .............................................................................................................. 31
3.12. PERÍODO AQUISITIVO ...................................................................................................................... 33
3.13. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO................................................................................................................... 33

4. SEGURO-DESEMPREGO FORMAL - LEI 13.134 /2015 .................................................................... 34

4.1. 1ª SOLICITAÇÃO ............................................................................................................................. 34


4.1.1. Formas de contagem ........................................................................................................ 34
4.1.2. Exercícios de fixação......................................................................................................... 37
4.2. 2ª SOLICITAÇÃO ............................................................................................................................. 38
4.2.1. Formas de contagem ........................................................................................................ 38
4.2.2. Exercícios de fixação......................................................................................................... 41
4.3. 3ª SOLICITAÇÃO ............................................................................................................................. 42
4.3.1. Formas de contagem ........................................................................................................ 42
4.3.2. Exercícios de fixação......................................................................................................... 44
4.4. REVISÃO:...................................................................................................................................... 45

5. PRÉ-TRIAGEM .............................................................................................................................. 47

5.1. PASSOS PARA EXECUÇÃO DA PRÉ-TRIAGEM .......................................................................................... 47


5.1.1. Conferência da Documentação ........................................................................................ 47
5.1.2. Situação do requerente no sistema .................................................................................. 50
5.1.3. Observações importantes ................................................................................................. 58
5.1.4. Nome do requerente ........................................................................................................ 58
5.1.5. Endereço completo do requerente ................................................................................... 58
5.1.6. Nome da mãe do requerente ........................................................................................... 59
5.1.7. CNPJ/CEI (INSS) ................................................................................................................. 59
5.1.8. PIS/PASEP ......................................................................................................................... 59
5.1.9. CTPS - Série - UF ............................................................................................................... 60

3
5.1.10. CBO ................................................................................................................................... 60
5.1.11. Data de admissão/demissão ............................................................................................ 60
5.1.12. Grau de instrução ............................................................................................................. 61
5.1.13. Data de nascimento ......................................................................................................... 61
5.1.14. Três últimos salários ......................................................................................................... 62
5.1.15. Soma dos três últimos salários ......................................................................................... 62
5.1.16. Número de meses trabalhados ........................................................................................ 62
5.1.17. Seis últimos salários consecutivos .................................................................................... 63
5.1.18. Aviso prévio indenizado .................................................................................................... 63
5.1.19. Reservado para preenchimento do Posto ........................................................................ 63
5.1.20. Assinatura e carimbo do empregador .............................................................................. 64
5.1.21. Assinatura do requerente na declaração ......................................................................... 64
5.1.22. Arquivo dos requerimentos do Seguro-Desemprego ........................................................ 64
5.1.23. Cálculo do benefício ......................................................................................................... 65

6. CONTRATOS ................................................................................................................................ 65

6.1. SITUAÇÕES QUE POSSIBILITAM O RECEBIMENTO DO SD .......................................................................... 65


6.2. SITUAÇÕES QUE POSSIBILITAM OU NÃO O RECEBIMENTO DO SD ................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
6.3. SITUAÇÕES QUE NÃO POSSIBILITAM O RECEBIMENTO DO SD PELA LEI 7.998/90 (SD FORMAL). .................... 68
6.4. SITUAÇÕES QUE PODERÃO SER CONSIDERADAS ..................................................................................... 68
6.5. SITUAÇÕES QUE NÃO PODERÃO SER CONSIDERADAS .............................................................................. 68

7. POSTAGEM DO BENEFÍCIO........................................................................................................... 70

7.1. REQUERIMENTO WEB (77) .............................................................................................................. 70


7.2. SISTEMA MAIS EMPREGO ................................................................................................................ 75

8. NOTIFICAÇÃO DADOS DIVERGENTES ........................................................................................... 79

9. ALTERAÇÃO NO FORMULÁRIO SD/CD ......................................................................................... 80

10. RESTITUIÇÃO DE PARCELAS ..................................................................................................... 81

10.1. RESTITUIÇÃO DE COMPLEMENTO ....................................................................................................... 82


10.2. PRESCRIÇÃO DA RESTITUIÇÃO ........................................................................................................... 82
10.3. COMO MONTAR O PROCESSO DE RESTITUIÇÃO ..................................................................................... 82

11. SUSPENSÃO DO BENEFÍCIO ..................................................................................................... 84

11.1.1. Reemprego e falecimento ................................................................................................ 84

12. RETOMADA DO BENEFÍCIO (SALDO DE PARCELAS) .................................................................. 85

12.1. CRITÉRIOS INDISPENSÁVEIS: ............................................................................................................. 85

13. REEMISSÃO DE PARCELAS ....................................................................................................... 86

14. COMPLEMENTO DO VALOR DO BENEFÍCIO.............................................................................. 86

15. REQUERIMENTO ESPECIAL ...................................................................................................... 88

15.1. COMO DAR ENTRADA NO REQUERIMENTO ESPECIAL: ............................................................................. 89

16. CANCELAMENTOS ................................................................................................................... 91

16.1. CANCELAMENTO DO FORMULÁRIO SD/CD.......................................................................................... 91


16.2. CANCELAMENTO DO BENEFÍCIO POR RECEBIMENTO INDEVIDO ................................................................. 91

17. RECURSO ................................................................................................................................. 92

4
17.1. DISCRIMINAÇÃO DOS MOTIVOS E PROCEDIMENTOS ............................................................................... 92

18. BENEFÍCIOS BLOQUEADOS / DESBLOQUEADOS ....................................................................... 98

18.1. COMO CONSULTAR O MOTIVO DO BLOQUEIO /DESBLOQUEIO: ................................................................. 98


18.2. COMO PROCEDER, CASO O BENEFÍCIO SEJA BLOQUEADO: ....................................................................... 99

19. OUTROS TIPOS DE SEGURO-DESEMPREGO ............................................................................ 100

19.1. SEGURO-DESEMPREGO TRABALHADOR DOMÉSTICO ........................................................................... 100


19.1.1. O que é ........................................................................................................................... 100
19.1.2. Quem tem direito ........................................................................................................... 100
19.1.3. Qual o valor do benefício................................................................................................ 100
19.1.4. Como receber ................................................................................................................. 101
19.1.5. Quais são os documentos necessários para requerimento ............................................ 101
19.1.6. Qual é o prazo para encaminhar .................................................................................... 101
19.1.7. Qual é a quantidade de parcelas .................................................................................... 101
19.1.8. Quando e onde receber .................................................................................................. 101
19.1.9. Formas de contagem ...................................................................................................... 101
19.1.10. Como dar entrada no Seguro-Desemprego Empregado Doméstico .............................. 103
19.2. SEGURO-DESEMPREGO BOLSA DE QUALIFICAÇÃO .............................................................................. 105
19.2.1. Como dar entrada no requerimento de Bolsa Qualificação ........................................... 107
19.3. SEGURO-DESEMPREGO - PESCADOR ARTESANAL ................................................................................ 109
19.3.1. O que é ........................................................................................................................... 109
19.4. SEGURO-DESEMPREGO - EMPREGADO RESGATADO ............................................................................ 109
19.4.1. O que é ........................................................................................................................... 109

20. ROTINA DE RECUSA ............................................................................................................... 109

20.1. COMO FUNCIONA? ....................................................................................................................... 109

21. PRONATEC............................................................................................................................. 110

21.1. O QUE É O PRONATEC? .............................................................................................................. 110


21.2. O QUE MUDA NO SEGURO-DESEMPREGO? ....................................................................................... 113
21.3. COMO SERÃO OS CURSOS?............................................................................................................. 114
21.4. QUAL O OBJETIVO? ...................................................................................................................... 114
21.5. COMO COMPROVAR MATRICULA E FREQUÊNCIA? ............................................................................... 114
21.6. O TRABALHADOR É OBRIGADO A SE MATRICULAR?.............................................................................. 114
21.7. MAS O QUE SÃO REINCIDENTES? O QUE QUER DIZER PÚBLICO PRIORITÁRIO? ........................................... 114
21.8. DIFERENÇAS ENTRE IMO E PRONATEC SEGURO-DESEMPREGO .......................................................... 114
21.9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................ 115

22. TRCT - TERMO DE RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO ................................................... 116

22.1. O NOVO TRCT - PERGUNTAS E RESPOSTAS ....................................................................................... 119

23. CREDENCIAMENTO ................................................................................................................ 121

23.1. O QUE É NECESSÁRIO PARA FAZER CREDENCIAMENTO? ........................................................................ 121


23.2. QUAIS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA CREDENCIAR? ...................................................................... 121
23.3. COMO SOLICITAR O CREDENCIAMENTO NO SISTEMA MAIS EMPREGO ..................................................... 121

24. CALENDÁRIOS ....................................................................................................................... 123

25. GABARITO ............................................................................................................................. 126

26. BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................... 130

5
6
1. Apresentação

1.1. SEDESE
SEDESE é a Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, criada pela Lei
21.077 (art. 20 - ver a seguir), de 27/12/2013 e tem como competências legais: planejar, dirigir,
executar, controlar e avaliar as ações setoriais a cargo do Estado que visem ao fomento e ao
desenvolvimento social da população, por meio de ações relativas à garantia e à promoção dos
direitos humanos, à assistência social para o enfrentamento da pobreza, ao provimento de
condições para a superação da vulnerabilidade social e à formulação e ao fomento das
políticas públicas de trabalho e emprego.

LEI 21.077 de 27/12/2013 - Altera as Leis Delegadas n° 179, de 1° de janeiro de 2011,


que dispõe sobre a organização básica e a estrutura da Administração Pública do Poder
Executivo do Estado, e n° 180, de 20 de janeiro de 2011, que dispõe sobre a estrutura orgânica
da Administração Pública do Poder Executivo do Estado de Minas Gerais, e dá outras
providências. (...)

Art. 20. O art. 168 da Lei Delegada n° 180, de 2011, passa a vigorar com a seguinte
redação:

Art. 168. A Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social - SEDESE -, a que


se refere o inciso IX do art. 5° da Lei Delegada n° 179, de 2011, tem por finalidade planejar,
dirigir, executar, controlar e avaliar as ações setoriais a cargo do Estado que visem ao fomento
e ao desenvolvimento social da população, por meio de ações relativas à garantia e à
promoção dos direitos humanos, à assistência social para o enfrentamento da pobreza, ao
provimento de condições para a superação da vulnerabilidade social e à formulação e ao
fomento das políticas públicas de trabalho e emprego, competindo-lhe:

I - formular e coordenar a política estadual de assistência social, apoiar e supervisionar


sua execução, direta ou indiretamente, em sua área de competência;

II - implementar as ações do Estado no âmbito do Sistema Único de Assistência Social –


Suas;

III - apoiar ações e projetos da sociedade civil voltados para as necessidades básicas e os
mínimos sociais;

IV - apoiar a iniciativa privada nas ações voltadas para a responsabilidade social, em


articulação com outros órgãos estaduais;

V - manter cadastro atualizado das entidades de cunho social com atuação no Estado;

VI - elaborar e divulgar, de forma articulada, as diretrizes das políticas estaduais de


atendimento, promoção e defesa de direitos e, no limite de sua competência, executar, de
forma direta ou indireta, as ações relativas aos seguintes direitos:

7
a) da criança e do adolescente;

b) do idoso;

c) da mulher;

d) da pessoa com deficiência;

e) da igualdade racial;

f) da diversidade sexual;

g) outros que se enquadrem na abrangência das políticas públicas de promoção e


proteção de direitos;

VII - promover e divulgar ações que garantam a eficácia das normas vigentes de defesa
dos direitos humanos estabelecidas na Constituição da República, na Declaração Americana
dos Direitos e Deveres Fundamentais do Homem, na Declaração Universal dos Direitos
Humanos e em acordos dos quais o Brasil seja signatário;

VIII - manter atividades de pesquisa e acompanhamento de cenários de direitos


humanos e de políticas sociais, por meio de observatório;

IX - formular e coordenar a política estadual relacionada com o trabalho, a geração de


emprego e de renda, a colocação e a recolocação no mercado de trabalho;

X - fomentar as políticas voltadas para a inclusão produtiva;

XI - manter atividades de pesquisa, desenvolvimento de metodologias e


acompanhamento de cenários de trabalho e emprego;

XII - promover a articulação das ações voltadas para a qualificação e formação


profissional, buscando o incremento das políticas públicas para a geração de emprego e renda
no Estado;

XIII - formular planos e programas, na sua área de competência, em articulação com a


Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e outras secretarias de Estado, notadamente
as de Defesa Social, de Educação e de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de
Minas Gerais, observadas as diretrizes gerais do governo;

XIV - promover e facilitar a interiorização, a intersetorialidade e as parcerias para a


implementação das políticas públicas sob sua direção, com vistas à universalização dos direitos
sociais;

XV - realizar conferências relativas às políticas públicas incluídas no âmbito de sua


competência;

XVI - exercer o poder de polícia no âmbito de sua competência;

XVII - exercer atividades correlatas.

8
1.2. O que é o SINE?
O SINE - Sistema Nacional de Emprego é um programa do Ministério do Trabalho - MT,
criado em 1975, com atuação em todo o território nacional, e implantado em Minas Gerais
desde 1977.

Atualmente, existem em torno de 133 Postos de Atendimento credenciados pelo MT em


todo o estado de Minas Gerais, que prestam serviços totalmente gratuitos de intermediação
de mão de obra (cadastro de empresas para oferta de vagas e cadastro e encaminhamento de
trabalhadores para oportunidades de trabalho); habilitação e postagem do Seguro-
Desemprego; cadastro e encaminhamento do trabalhador para programas de qualificação
profissional e também de competências profissionais para o trabalho; emissão de carteiras de
trabalho e previdência social.

Em Minas, a partir de janeiro de 2014, o SINE é coordenado pela Superintendência de


Gestão do Atendimento ao Trabalhador - SGAT, da Subsecretaria de Trabalho e Emprego -
SUBTE, da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social - SEDESE.

1.3. Endereço da SUBTE:


Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves

Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143


Bairro Serra Verde - Edifício Minas - 14 º andar
Belo Horizonte - MG
CEP 31630-900

9
1.4. Quem é quem:
Subsecretaria de Trabalho e Emprego

Antônio Roberto Lambertucci


Telefone: 31 3916 9019 / 31 3916 9020
E-mail: antonio.lambertucci@social.mg.gov.br

Superintendência de Gestão do Atendimento Superintendência de Política de Trabalho e


ao Trabalhador Emprego

Márcio Luiz Guglielmoni Leia Lúcia Cecílio Braga


Telefone: 31 3916 9142
E-mail: márcio.luiz@social.mg.gov.br Telefone: 31 3916 9040
E-mail: Leia.Braga@social.mg.gov.br
Diretoria de Treinamento e Gestão de Pessoas
Diretoria de Geração de Renda
Henrique Araujo Pacheco
Telefone: (31)-3916.9120 José Ribeiro Gomes

E-mail: Henrique.pacheco@social.mg.gov.br Telefone: 31 3916 9107


E-mail: jose.gomes@social.mg.gov.br

Diretoria de Monitoramento de Resultados


Diretoria de Educação para o Trabalho
Marcel Cardoso Ferreira de Souza
Viete Passos Freitas
Telefone: 31 3916 -9013 / 31 9264-0199
Telefone: 31 3916-8348
E-mail: marcel.souza@social.mg.gov.br
E-mail: viete.freitas@social.mg.gov.br

Diretoria de Gestão da Estrutura e de Custos

Diretoria de Apoio à Participação Social


Alexandre Santana da Silva
Telefone: 31 3916 -9144 / 31 3916-9070 Renato Cândido Siqueira
E-mail: alexandre.silva@social.mg.gov.br Telefone: 31 39169112
E-mail: renato.siqueira@social.mg.gov.br
Diretoria de Gestão dos Processos de
Atendimento Diretoria de Política de Emprego

Emanuel Camilo de Oliveira Marra Felipe Paschoal de Moura


Telefone: 31 3916 9127 / 31 9815-1307 Telefone: 31 3916 9112
E-mail: emanuel.marra@social.mg.gov.br E-mail: felipe.moura@social.mg.gov.br

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11
2. Introdução
As normas aqui transcritas são amparadas pela Lei Nº 13.134, de 16 de junho de 2015
que alterou a Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, pelas leis e resoluções do CODEFAT a ela
subordinadas, que são partes integrantes desta versão atualizada, aprovada pela Resolução
CODEFAT, n. º 41, de 12 de janeiro de 1993.

Embora previsto na Constituição Brasileira desde 1946, o Seguro-Desemprego foi


efetivamente instituído pelo Decreto-Lei n. º 2.284, de 10 de março de 1986, e regulamentado
pelo Decreto n.º 92.608, de 30 de abril do mesmo ano. A Constituição de 1988, em seu artigo
7º, inciso II, inseriu o “Seguro-Desemprego, em caso de desemprego involuntário”, entre os
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, para tanto estabelecendo, no artigo 239, fonte de
financiamento específica, constituída pela arrecadação das contribuições para o PIS - PASEP
(Programa de Integração Social - Programa de Formação de Patrimônio do Servidor Público).

A Lei n. º 7.998, de 11 de janeiro de 1990, “regula o Programa do Seguro-Desemprego, o


Abono Salarial, institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT e dá outras providências”. Foi
alterada pela Lei n. º 8.900, de 30 de junho de 1994; pela Medida Provisória 1779-8, de 11 de
março de 1999; e pela Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011 que institui o Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC); altera as Leis no 7.998, de 11
de janeiro de 1990, que regula o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial e institui
o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), no 8.212, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre
a organização da Seguridade Social e institui Plano de Custeio, no 10.260, de 12 de julho de
2001, que dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, e no
11.129, de 30 de junho de 2005, que institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens
(ProJovem); e dá outras providências.

O artigo 2º da lei nº 7.998 explicita:

“Art. 2º O Programa do Seguro-Desemprego tem por finalidade”:

I - prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de


dispensa sem justa causa, inclusive a indireta;

II - auxiliar os trabalhadores na busca ou preservação de emprego, promovendo, para


tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional.

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2.1. MEDIDA PROVISÓRIA Nº - 665, DE 30 DE DEZEMBRO DE
2014.
Altera a Lei no 7.998, de 11 de janeiro de
1990, que regula o Programa do Seguro
Desemprego, o Abono Salarial e institui o
Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT
altera a Lei no 10.779, de 25 de novembro
de 2003, que dispõe sobre o seguro
desemprego para o pescador artesanal, e dá
outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62


da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1º A Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

"Art. 3º ....................................................................................

I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada,


relativos:

a) a pelo menos dezoito meses nos últimos vinte e quatro meses


imediatamente anteriores à data da dispensa, quando da primeira solicitação;

b) a pelo menos doze meses nos últimos dezesseis meses imediatamente


anteriores à data da dispensa, quando da segunda solicitação; e

c) a cada um dos seis meses imediatamente anteriores à data da dispensa


quando das demais solicitações;

............................................................................................."(NR)

"Art. 4º O benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador


desempregado por um período máximo variável de três a cinco meses, de forma contínua ou
alternada, a cada período aquisitivo, cuja duração, a partir da terceira solicitação, será
definida pelo CODEFAT.

§ 1º O benefício do seguro-desemprego poderá ser retomado a cada novo


período aquisitivo, satisfeitas as condições arroladas nos incisos I, III, IV e V do caput do art. 3º.

§ 2º A determinação do período máximo mencionado no caput observará a


seguinte relação entre o número de parcelas mensais do benefício do seguro-desemprego e o
tempo de serviço do trabalhador nos trinta e seis meses que antecederem a data de dispensa
que originou o requerimento do seguro-desemprego, vedado o cômputo de vínculos
empregatícios utilizados em períodos aquisitivos anteriores:

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I - para a primeira solicitação:

a) quatro parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com


pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo dezoito e no máximo vinte e
três meses, no período de referência; ou

b) cinco parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com


pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo vinte e quatro meses, no
período de referência;

II - para a segunda solicitação:

a) quatro parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com


pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo doze meses e no máximo vinte
e três meses, no período de referência; ou

b) cinco parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com


pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo vinte e quatro meses, no
período de referência; e

III - a partir da terceira solicitação:

a) três parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com


pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo seis meses e no máximo onze
meses, no período de referência;

b) quatro parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com


pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo doze meses e no máximo vinte
e três meses, no período de referência; ou

c) cinco parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com


pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo vinte e quatro meses, no
período de referência.

§ 3º A fração igual ou superior a quinze dias de trabalho será havida como


mês integral para os efeitos do § 2º.

§ 4º O período máximo de que trata o caput poderá ser excepcionalmente


prolongado por até dois meses, para grupos específicos de segurados, a critério do CODEFAT,
desde que o gasto adicional representado por este prolongamento não ultrapasse, em cada
semestre, dez por cento do montante da Reserva Mínima de Liquidez de que trata o § 2º do art.
9º da Lei nº 8.019, de 11 de abril de 1990.

§ 5º Na hipótese de prolongamento do período máximo de percepção do


benefício do seguro-desemprego, o CODEFAT observará, entre outras variáveis, a evolução
geográfica e setorial das taxas de desemprego no País e o tempo médio de desemprego de
grupos específicos de trabalhadores." (NR)

14
"Art. 9º É assegurado o recebimento de abono salarial anual, no valor
máximo de um salário mínimo vigente na data do respectivo pagamento, aos empregados que:

I - tenham percebido, de empregadores que contribuem para o Programa de


Integração Social - PIS ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público -
PASEP, até dois salários mínimos médios de remuneração mensal no período trabalhado e que
tenham exercido atividade remunerada ininterrupta por pelo menos cento e oitenta dias no
ano-base; e

.........................................................................................................

§ 1º No caso de beneficiários integrantes do Fundo de Participação PIS-


Pasep, serão computados no valor do abono salarial os rendimentos proporcionados pelas
respectivas contas individuais.

§ 2º O valor do abono salarial anual de que trata o caput será calculado


proporcionalmente ao número de meses trabalhados ao longo do ano-base." (NR)

"Art. 9°-A. O abono será pago pelo Banco do Brasil S.A. e pela Caixa
Econômica Federal mediante:

I - depósito em nome do trabalhador;

II - saque em espécie; ou

III - folha de salários.

§ 1º Ao Banco do Brasil S.A. caberá o pagamento aos servidores e


empregados dos contribuintes mencionados no art. 14 do Decreto-Lei nº 2.052, de 3 de agosto
de 1983, e à Caixa Econômica Federal, aos empregados dos contribuintes a que se refere o art.
15 do mesmo Decreto-Lei.

§ 2º As instituições financeiras pagadoras manterão em seu poder, à


disposição das autoridades fazendárias, por processo que possibilite a sua imediata
recuperação, os comprovantes de pagamentos efetuados." (NR)

Art. 2º A Lei nº 10.779, de 25 de novembro de 2003, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

"Art. 1º O pescador profissional que exerça sua atividade exclusiva e


ininterruptamente, de forma artesanal, individualmente ou em regime de economia familiar,
fará jus ao benefício de seguro-desemprego, no valor de um salário-mínimo mensal, durante o
período de defeso de atividade pesqueira para a preservação da espécie.

.........................................................................................................

§ 3º Considera-se ininterrupta a atividade exercida durante o período


compreendido entre o defeso anterior e o em curso, ou nos doze meses imediatamente
anteriores ao do defeso em curso, o que for menor.

15
§ 4º O pescador profissional artesanal não fará jus a mais de um benefício
de seguro-desemprego no mesmo ano decorrente de defesos relativos a espécies distintas.

§ 5º A concessão do benefício não será extensível às atividades de apoio à


pesca e nem aos familiares do pescador profissional que não satisfaçam os requisitos e as
condições estabelecidos nesta Lei.

§ 6º O benefício do seguro-desemprego é pessoal e intransferível.

§ 7º O período de recebimento do benefício não poderá exceder o limite


máximo variável de que trata o caput do art. 4º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990,
ressalvado o disposto no § 4º do referido artigo." (NR)

"Art. 2º Cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS receber e


processar os requerimentos e habilitar os beneficiários nos termos do regulamento.

§ 1º Para fazer jus ao benefício, o pescador não poderá estar em gozo de


nenhum benefício decorrente de programa de transferência de renda com condicionalidades ou
de benefício previdenciário ou assistencial de natureza continuada, exceto pensão por morte e
auxílio-acidente.

§ 2º Para se habilitar ao benefício, o pescador deverá apresentar ao INSS os


seguintes documentos:

I - registro como Pescador Profissional, categoria artesanal, devidamente


atualizado no Registro Geral da Atividade Pesqueira - RGP, emitido pelo Ministério da Pesca e
Aquicultura, com antecedência mínima de três anos, contados da data do requerimento do
benefício;

II - cópia do documento fiscal de venda do pescado a empresa adquirente,


consumidora ou consignatária da produção, em que conste, além do registro da operação
realizada, o valor da respectiva contribuição previdenciária, de que trata o § 7º do art. 30 da
Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, ou comprovante do recolhimento da contribuição
previdenciária, caso tenha comercializado sua produção a pessoa física; e

III - outros estabelecidos em ato do Ministério Previdência Social que


comprovem:

a) o exercício da profissão, na forma do art. 1º desta Lei;

b) que se dedicou à pesca, em caráter ininterrupto, durante o período


definido no § 3º do art. 1º desta Lei; e

c) que não dispõe de outra fonte de renda diversa da decorrente da


atividade pesqueira.

§ 3º O INSS, no ato da habilitação ao benefício, deverá verificar a condição


de segurado pescador artesanal e o pagamento da contribuição previdenciária, nos termos da
Lei nº 8.212, de 1991, nos últimos doze meses imediatamente anteriores ao requerimento do

16
benefício ou desde o último período de defeso até o requerimento do benefício, o que for
menor, observado, quando for o caso, o disposto no inciso II do § 2º.

§ 4º O Ministério Previdência Social poderá, quando julgar necessário, exigir


outros documentos para a habilitação do benefício." (NR)

Art. 3º Esta Medida Provisória entra em vigor: I - sessenta dias após sua
publicação quanto às alterações dos art. 3º e art. 4º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990,
estabelecidas no art. 1º e ao inciso III do caput do art. 4º;

II - no primeiro dia do quarto mês subsequente à data de sua publicação


quanto ao art. 2º e ao inciso IV do caput do art. 4º; e

III - na data de sua publicação, para os demais dispositivos.

Art. 4º Ficam revogados:

I - a Lei nº 7.859, de 25 de outubro de 1989;

II - o art. 2º-B, o inciso II do caput do art. 3º e o parágrafo único do art. 9º


da Lei no 7.998, de 11 de janeiro de 1990;

III - a Lei nº 8.900, de 30 de junho de 1994; e

IV - o parágrafo único do art. 2º da Lei no 10.779, de 25 de novembro de


2003.

Brasília, 30 de dezembro de 2014; 193º da Independência e 126º da República.

DILMA ROUSSEFF

Guido Mantega

Manoel Dias

Garibaldi Alves Filho

17
2.2. LEI Nº 13.134, DE 16 DE JUNHO DE 2015.
Altera as Leis no 7.998, de 11 de janeiro de
1990, que regula o Programa do Seguro-
Desemprego e o Abono Salarial e institui o
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT),
no 10.779, de 25 de novembro de 2003, que
dispõe sobre o seguro-desemprego para o
pescador artesanal, e no8.213, de 24 de
julho de 1991, que dispõe sobre os planos de
benefícios da Previdência Social; revoga
dispositivos da Lei no 7.998, de 11 de
janeiro de 1990, e as Leis no 7.859, de 25 de
outubro de 1989, e no 8.900, de 30 de junho
de 1994; e dá outras providências.

Conversão da Medida Provisória nº 665, de 2014

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta


e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º A Lei nº Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, passa a vigorar com


as seguintes alterações:

“Art. 3º............................................................................

I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela


equiparada, relativos a:

a) pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses


imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da primeira solicitação;

b) pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente


anteriores à data de dispensa, quando da segunda solicitação; e

c) cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa,


quando das demais solicitações;

II - (Revogado);

...........................................................................................

VI - matrícula e frequência, quando aplicável, nos termos do regulamento,


em curso de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional habilitado pelo
Ministério da Educação, nos termos do art. 18 da Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011,
ofertado por meio da Bolsa-Formação Trabalhador concedida no âmbito do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), instituído pela Lei nº 12.513, de
26 de outubro de 2011, ou de vagas gratuitas na rede de educação profissional e tecnológica.

18
.................................................................................” (NR)

“Art. 4º O benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador


desempregado, por período máximo variável de 3 (três) a 5 (cinco) meses, de forma contínua
ou alternada, a cada período aquisitivo, contados da data de dispensa que deu origem à última
habilitação, cuja duração será definida pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (CODEFAT).

§ 1º O benefício do seguro-desemprego poderá ser retomado a cada novo


período aquisitivo, satisfeitas as condições arroladas nos incisos I, III, IV e V do caput do art. 3º.

§ 2º A determinação do período máximo mencionado no caput observará a


seguinte relação entre o número de parcelas mensais do benefício do seguro-desemprego e o
tempo de serviço do trabalhador nos 36 (trinta e seis) meses que antecederem a data de
dispensa que originou o requerimento do seguro-desemprego, vedado o cômputo de vínculos
empregatícios utilizados em períodos aquisitivos anteriores:

I - para a primeira solicitação:

a) 4 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício


com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no
máximo, 23 (vinte e três) meses, no período de referência; ou

b) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com


pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) meses, no
período de referência;

II - para a segunda solicitação:

a) 3 (três) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com


pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 9 (nove) meses e, no máximo,
11 (onze) meses, no período de referência;

b) 4 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício


com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no
máximo, 23 (vinte e três) meses, no período de referência; ou

c) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com


pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) meses, no
período de referência;

III - a partir da terceira solicitação:

a) 3 (três) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com


pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 6 (seis) meses e, no máximo,
11 (onze) meses, no período de referência;

b) 4 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício


com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no
máximo, 23 (vinte e três) meses, no período de referência; ou

19
c) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com
pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) meses, no
período de referência.

§ 3º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida


como mês integral para os efeitos do § 2º.

§ 4º Nos casos em que o cálculo da parcela do seguro-desemprego resultar


em valores decimais, o valor a ser pago deverá ser arredondado para a unidade inteira
imediatamente superior.

§ 5º O período máximo de que trata o caput poderá ser excepcionalmente


prolongado por até 2 (dois) meses, para grupos específicos de segurados, a critério do
CODEFAT, desde que o gasto adicional representado por esse prolongamento não ultrapasse,
em cada semestre, 10% (dez por cento) do montante da reserva mínima de liquidez de que
trata o § 2º do art. 9º da Lei no 8.019, de 11 de abril de 1990.

§ 6º Na hipótese de prolongamento do período máximo de percepção do


benefício do seguro-desemprego, o CODEFAT observará, entre outras variáveis, a evolução
geográfica e setorial das taxas de desemprego no País e o tempo médio de desemprego de
grupos específicos de trabalhadores.

§ 7º O CODEFAT observará as estatísticas do mercado de trabalho, inclusive


o tempo médio de permanência no emprego, por setor, e recomendará ao Ministro de Estado
do Trabalho e Emprego a adoção de políticas públicas que julgar adequadas à mitigação da
alta rotatividade no emprego.” (NR)

“Art. 4º-A. (VETADO).”

“Art. 7º............................................................................

..............................................................................................

IV - recusa injustificada por parte do trabalhador desempregado em


participar de ações de recolocação de emprego, conforme regulamentação do CODEFAT.” (NR)

“Art. 9º É assegurado o recebimento de abono salarial anual, no valor


máximo de 1 (um) salário-mínimo vigente na data do respectivo pagamento, aos empregados
que:

I - (VETADO):

............................................................................................

§ 1º................................................................................

§ 2º O valor do abono salarial anual de que trata o caput será calculado na


proporção de 1/12 (um doze avos) do valor do salário-mínimo vigente na data do respectivo
pagamento, multiplicado pelo número de meses trabalhados no ano correspondente.

20
§ 3º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será contada
como mês integral para os efeitos do § 2º deste artigo.

§ 4º O valor do abono salarial será emitido em unidades inteiras de moeda


corrente, com a suplementação das partes decimais até a unidade inteira imediatamente
superior.” (NR)

“Art. 9º-A. O abono será pago pelo Banco do Brasil S.A. e pela Caixa
Econômica Federal mediante:

I - depósito em nome do trabalhador;

II - saque em espécie; ou

III - folha de salários.

§ 1º Ao Banco do Brasil S.A. caberá o pagamento aos servidores e


empregados dos contribuintes mencionados no art. 14 do Decreto-Lei nº 2.052, de 3 de agosto
de 1983, e à Caixa Econômica Federal, aos empregados dos contribuintes a que se refere o art.
15 desse Decreto-Lei.

§ 2º As instituições financeiras pagadoras manterão em seu poder, à


disposição das autoridades fazendárias, por processo que possibilite sua imediata recuperação,
os comprovantes de pagamentos efetuados.”

“Art. 25-A. O trabalhador que infringir o disposto nesta Lei e houver


percebido indevidamente parcela de seguro-desemprego sujeitar-se-á à compensação
automática do débito com o novo benefício, na forma e no percentual definidos por resolução
do CODEFAT.

§ 1º O ato administrativo de compensação automática poderá ser objeto de


impugnação, no prazo de 10 (dez) dias, pelo trabalhador, por meio de requerimento de revisão
simples, o qual seguirá o rito prescrito pela Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

§ 2º A restituição de valor devido pelo trabalhador de que trata


o caput deste artigo será realizada mediante compensação do saldo de valores nas datas de
liberação de cada parcela ou pagamento com Guia de Recolhimento da União (GRU), conforme
regulamentação do CODEFAT.”

Art. 2º A Lei nº 10.779, de 25 de novembro de 2003, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

“Art. 1º O pescador artesanal de que tratam a alínea “b” do inciso VII do


art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e a alínea “b” do inciso VII do art. 11 da Lei
nº 8.213, de 24 de julho de 1991, desde que exerça sua atividade profissional
ininterruptamente, de forma artesanal e individualmente ou em regime de economia familiar,
fará jus ao benefício do seguro-desemprego, no valor de 1 (um) salário-mínimo mensal,
durante o período de defeso de atividade pesqueira para a preservação da espécie.

21
§ 1º Considera-se profissão habitual ou principal meio de vida a atividade
exercida durante o período compreendido entre o defeso anterior e o em curso, ou nos 12
(doze) meses imediatamente anteriores ao do defeso em curso, o que for menor.

............................................................................................

§ 3º Considera-se ininterrupta a atividade exercida durante o período


compreendido entre o defeso anterior e o em curso, ou nos 12 (doze) meses imediatamente
anteriores ao do defeso em curso, o que for menor.

§ 4º Somente terá direito ao seguro-desemprego o segurado especial


pescador artesanal que não disponha de outra fonte de renda diversa da decorrente da
atividade pesqueira.

§ 5º O pescador profissional artesanal não fará jus, no mesmo ano, a mais


de um benefício de seguro-desemprego decorrente de defesos relativos a espécies distintas.

§ 6º A concessão do benefício não será extensível às atividades de apoio à


pesca nem aos familiares do pescador profissional que não satisfaçam os requisitos e as
condições estabelecidos nesta Lei.

§ 7º O benefício do seguro-desemprego é pessoal e intransferível.

§ 8º O período de recebimento do benefício não poderá exceder o limite


máximo variável de que trata o caput do art. 4º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990,
ressalvado o disposto nos §§ 4º e 5º do referido artigo.” (NR)

“Art. 2º Cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) receber e


processar os requerimentos e habilitar os beneficiários, nos termos do regulamento.

I - (Revogado);

II - (Revogado);

III - (Revogado);

IV - (Revogado):

a) (Revogada);

b) (Revogada);

c) (Revogada).

§ 1º Para fazer jus ao benefício, o pescador não poderá estar em gozo de


nenhum benefício decorrente de benefício previdenciário ou assistencial de natureza
continuada, exceto pensão por morte e auxílio-acidente.

§ 2º Para se habilitar ao benefício, o pescador deverá apresentar ao INSS os


seguintes documentos:

22
I - registro como pescador profissional, categoria artesanal, devidamente
atualizado no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), emitido pelo Ministério da Pesca e
Aquicultura com antecedência mínima de 1 (um) ano, contado da data de requerimento do
benefício;

II - cópia do documento fiscal de venda do pescado a empresa adquirente,


consumidora ou consignatária da produção, em que conste, além do registro da operação
realizada, o valor da respectiva contribuição previdenciária de que trata o § 7º do art. 30 da Lei
nº 8.212, de 24 de julho de 1991, ou comprovante de recolhimento da contribuição
previdenciária, caso tenha comercializado sua produção a pessoa física; e

III - outros estabelecidos em ato do Ministério da Previdência Social que


comprovem:

a) o exercício da profissão, na forma do art. 1º desta Lei;

b) que se dedicou à pesca durante o período definido no § 3º do art.


1º desta Lei;

c) que não dispõe de outra fonte de renda diversa da decorrente da


atividade pesqueira.

§ 3º O INSS, no ato de habilitação ao benefício, deverá verificar a condição


de segurado pescador artesanal e o pagamento da contribuição previdenciária, nos termos
da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores
ao requerimento do benefício ou desde o último período de defeso até o requerimento do
benefício, o que for menor, observado, quando for o caso, o disposto no inciso II do § 2º.

§ 4º O Ministério da Previdência Social e o Ministério da Pesca e Aquicultura


desenvolverão atividades que garantam ao INSS acesso às informações cadastrais disponíveis
no RGP, de que trata o art. 24 da Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009, necessárias para a
concessão do seguro-desemprego.

§ 5º Da aplicação do disposto no § 4º deste artigo não poderá resultar


nenhum ônus para os segurados.

§ 6º O Ministério da Previdência Social poderá, quando julgar necessário,


exigir outros documentos para a habilitação do benefício.

§ 7º O INSS deverá divulgar mensalmente lista com todos os beneficiários


que estão em gozo do seguro-desemprego no período de defeso, detalhados por localidade,
nome, endereço e número e data de inscrição no RGP.

§ 8º Desde que atendidos os demais requisitos previstos neste artigo, o


benefício de seguro-desemprego será concedido ao pescador profissional artesanal cuja família
seja beneficiária de programa de transferência de renda com condicionalidades, e caberá ao
órgão ou à entidade da administração pública federal responsável pela manutenção do
programa a suspensão do pagamento pelo mesmo período da percepção do benefício de
seguro-desemprego.

23
§ 9º Para fins do disposto no § 8º, o INSS disponibilizará aos órgãos ou às
entidades da administração pública federal responsáveis pela manutenção de programas de
transferência de renda com condicionalidades as informações necessárias para identificação
dos beneficiários e dos benefícios de seguro-desemprego concedidos, inclusive as relativas à
duração, à suspensão ou à cessação do benefício.” (NR)

Art. 3º A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

“Art.38-A.......................................................................

§ 1º O programa de que trata o caput deste artigo deverá prever a


manutenção e a atualização anual do cadastro e conter todas as informações necessárias à
caracterização da condição de segurado especial.

...........................................................................................

§ 3º O INSS, no ato de habilitação ou de concessão de benefício, deverá


verificar a condição de segurado especial e, se for o caso, o pagamento da contribuição
previdenciária, nos termos da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, considerando, dentre
outros, o que consta do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) de que trata o art. 29-
A desta Lei.” (NR)

“Art. 38-B. O INSS utilizará as informações constantes do cadastro de que


trata o art. 38-A para fins de comprovação do exercício da atividade e da condição do segurado
especial e do respectivo grupo familiar.

Parágrafo único. Havendo divergências de informações, para fins de


reconhecimento de direito com vistas à concessão de benefício, o INSS poderá exigir a
apresentação dos documentos previstos no art. 106 desta Lei.”

Art. 4º As alterações ao art. 9º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990,


introduzidas pelo art. 1º desta Lei somente produzirão efeitos financeiros a partir do exercício
de 2016, considerando-se, para os fins do disposto no inciso I do art. 9º da Lei nº 7.998, de 11
de janeiro de 1990, como ano-base para a sua aplicação o ano de 2015.

Art. 5º É assegurada aos pescadores profissionais categoria artesanal a


concessão pelo INSS do seguro-desemprego de defeso relativo ao período de defeso
compreendido entre 1º de abril de 2015 e 31 de agosto de 2015 nos termos e condições da
legislação vigente anteriormente à edição da Medida Provisória nº 665, de 30 de dezembro de
2014.

Art. 6º Revogam-se:

I - o art. 2º-B e o inciso II do caput do art. 3º da Lei nº 7.998, de 11 de


janeiro de 1990;

II - a Lei no 7.859, de 25 de outubro de 1989; e

III - a Lei no 8.900, de 30 de junho de 1994.

24
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 16 de junho de 2015; 194º da Independência e 127º da República.

DILMA ROUSSEFF

Joaquim Vieira Ferreira Levy

Manoel Dias

Nelson Barbosa

Carlos Eduardo Gabas

Helder Barbalho

Este texto não substitui o publicado no DOU de 17.6.2015

Este Manual contém os procedimentos necessários à execução do Programa do Seguro-


Desemprego, busca consolidar as normas e uniformizar as ações do programa, a fim de
possibilitar melhor atendimento ao requerente.

25
3. Definições

3.1. Salários
 Salário é a contraprestação paga diretamente pelo empregador ao trabalhador;

 Considera-se salário qualquer fração igual ou superior à remuneração de 1 (um) dia


de trabalho no mês;

3.2. Mês trabalhado


 Considera-se um mês de atividade, para a contagem de meses trabalhados, a fração
igual ou superior a 15 (quinze) dias;

3.3. Aviso prévio indenizado


Necessário se faz distinguir Aviso Prévio Trabalhado do que se classifica Aviso Prévio
Indenizado. Na realidade, só existe uma modalidade: Aviso (comunicação) Prévio (com
antecedência).

O Aviso Prévio só existe quando ocorre a “comunicação” com “antecedência”. A


ausência do cumprimento do dispositivo legal, comunicação (aviso) com antecedência (prévio),
leva ao pagamento do valor correspondente aos trinta dias como penalidade. Penalidade esta
que se encontra estabelecida pelos parágrafos 1º e 2º do Art. 487 da C.L.T. “Art. 487...

“§ 1º A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos


salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida a integração desse período no seu
tempo de serviço.”

“§ 2º A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de


descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.”

Esta penalidade é que ficou classificada como Aviso Prévio Indenizado. Se a parte que
pretende rescindir o contrato não avisou com antecedência, não foi concedido o aviso prévio,
devendo indenizar a outra no valor correspondente.

Cessando o empregado suas atividades no mesmo dia, sem o aviso com antecedência,
os trinta dias seguintes à comunicação da rescisão contratual são indenizados: por isso a
classificação do período como Aviso (comunicação) Prévio (antecedência) Indenizado (falta de
comunicação com antecedência).

Base de cálculo - O valor do Aviso Prévio é apurado em conformidade com a


remuneração, ou seja, o ordenado fixo pelo qual foi contratado o empregado, somado à média
de comissões e outras verbas variáveis, adicionais de insalubridade, periculosidade, noturno e
tempo de serviço, bem como todos os títulos de natureza salarial recebidos, mensal e

26
habitualmente, como horas extras. De forma que a base de cálculo do aviso prévio não é o
salário base, mas sim a remuneração mensal recebida pelo empregado.

 Atenção:
Demissões ocorrendo no dia 1º para meses de 31 dias: o aviso vence no mesmo mês,
logo, considera-se apenas como mais um mês trabalhado;

Demissões ocorrendo no dia 15 para meses de 31 dias: o aviso vence dia 14 do mês
seguinte, logo, considera-se apenas como mais um salário.

A contagem do aviso prévio inicia-se do dia seguinte ao da dispensa.

3.4. Dispensa involuntária


 Dispensa sem justa causa - é a que ocorre contra a vontade do trabalhador (ver
capítulo sobre Contratos);

 Dispensa indireta - é a que ocorre quando o empregado solicita judicialmente a


dispensa do trabalho, alegando que o empregador não está cumprindo as disposições do
contrato (ver capítulo sobre Contratos);

 Dispensa por força maior - nos casos de calamidade pública (incêndios, enchentes,
etc.), desde que comprovada por documentação pertinente (Boletim de Ocorrência com laudo
pericial do Corpo de Bombeiros, no caso de incêndio, e Boletim de Ocorrência com laudo
pericial da Defesa Civil no caso de enchentes);

 Extinção - é a solicitação pelo empregador da Certidão de extinção da empresa na


Junta Comercial para a baixa;

 Falência - a Justiça decreta a falência.

27
3.5. Códigos de Dispensa

Código Causas de Afastamento Conversão para:


Despedida sem justa causa, pelo Código 01 - Libera Seguro-Desemprego
SJ2 empregador.

Despedida por justa causa, pelo Sem direito ao beneficio


JC2 empregador.

Rescisão antecipada, pelo empregador, Código 01 - Libera Seguro-Desemprego


RA2 do contrato de trabalho por prazo
determinado.
Rescisão do contrato de trabalho por Código 03
FE2 falecimento do empregador individual
sem continuação da atividade da empresa
Rescisão do contrato de trabalho por Código 03
FE1 falecimento do empregador individual por
opção do empregado
Rescisão antecipada, pelo empregado, do Sem direito ao beneficio
RA1 contrato de trabalho por prazo
determinado.
Rescisão contratual a pedido do Sem direito ao beneficio
SJ1 empregado.

Rescisão do contrato de trabalho por Sem direito ao benefício.


FT1 falecimento do empregado Havendo alvará judicial, código 88

Extinção normal do contrato de trabalho Código 04 - Se houver saldo libera


PD0 por prazo determinado Seguro-Desemprego

Rescisão Indireta Código 88 - Libera Seguro-Desemprego


RI2

Rescisão por culpa recíproca Sem direito ao beneficio


CR0

Rescisão por força maior Código 02


FM0

Rescisão por nulidade do contrato de Sem direito ao beneficio


NC0 trabalho

Tabela 01 - Códigos de Dispensa

28
3.6. Prestação continuada
O Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social - BPC foi instituído pela
Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS,
Lei nº 8.742, de 7/12/1993; pelas Leis nº 12.435, de 06/07/2011 e nº 12.470, de 31/08/2011,
que alteram dispositivos da LOAS e pelos Decretos nº 6.214, de 26 de setembro de 2007 e nº
6.564, de 12 de setembro de 2008.

O BPC é um benefício da Política de Assistência Social, que integra a Proteção Social


Básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social - SUAS e para acessá-lo não é
necessário ter contribuído com a Previdência Social. É um benefício individual, não vitalício e
intransferível, que assegura a transferência mensal de 1 (um) salário mínimo ao idoso, com 65
(sessenta e cinco) anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade, com
impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Em ambos os casos, devem
comprovar não possuir meios de garantir o próprio sustento, nem tê-lo provido por sua
família. A renda mensal familiar per capita deve ser inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo
vigente.

A gestão do BPC é realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à


Fome (MDS), por intermédio da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), que é
responsável pela implementação, coordenação, regulação, financiamento, monitoramento e
avaliação do Benefício. A operacionalização é realizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS).

Os recursos para o custeio do BPC provêm da Seguridade Social, sendo administrado


pelo MDS e repassado ao INSS, por meio do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).

Atualmente são 3,6 milhões (dados de março de 2012) beneficiários do BPC em todo o
Brasil, sendo 1,9 milhões pessoas com deficiência e 1,7 idosos.

3.7. Renda própria


Considera-se como renda própria, de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e
de sua família, o valor igual ou superior a 1 (um) salário mínimo, conforme Constituição
Federal.

Exemplo:

Estágio;

Pensão Alimentícia;

Auxílio Doença.

29
3.8. Período para requerer
O período para requerimento da assistência financeira concedida pelo programa é de 7
(sete) a 120 (cento e vinte) dias corridos, imediatamente subsequentes à data da última
dispensa do trabalhador.

Para os trabalhadores que tiverem ingressado com reclamação trabalhista por motivo
de vínculo empregatício, justa causa ou rescisão indireta, o prazo será de 120 dias contados a
partir do dia subsequente à data da Sentença Prolatada, do trânsito em julgado, da
homologação do acordo ou da certidão fazendo constar a data de entrega das guias (SD/CD –
Requerimento do Seguro-Desemprego/Comunicação de Dispensa).

Caso o último dia para requerer o benefício seja sábado, domingo ou feriado deve-se
dar entrada no primeiro dia útil imediatamente posterior, lembrando que após a inclusão no
sistema, será notificado por postagem fora do prazo (+ 120 dias), sendo necessário o
preenchimento do recurso de código 550 (ver capítulo de Recursos).

3.9. Documentos necessários


 Requerimento do Seguro-Desemprego SD/CD;

 Cartão do PIS-PASEP ou extrato atualizado; Cartão cidadão (Comprovante do PIS


ativo);

 Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS (verificar todas que o requerente


possuir);

 Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho - TRCT devidamente quitado;

 Termo de quitação, nos casos em que o trabalhador for demitido antes dos 12 meses
de trabalho na mesma empresa;

 Termo de homologação, nos casos em que o trabalhador for demitido após os 12


meses de trabalho na mesma empresa;

 Carteira de identidade - RG, ou na falta da mesma, poderá ser aceita a Certidão de


Nascimento ou Certidão de Casamento com protocolo de requerimento da identidade
(somente para recepção), carteira de habilitação (modelo novo), carteira de trabalho (modelo
novo), passaporte, Certificado de Reservista (homens) ou Carteira de Identificação do
Conselho de Classe;

 CPF;
 Comprovante de saque FGTS ou extrato analítico dos depósitos FGTS;
 Documento Judicial se houver;
 Comprovante de endereço atualizado;
 Comprovante de escolaridade.

30
3.10. Para comprovação do vínculo:
 Comprovante de pagamento do FGTS (CPFGTS), ou extrato FGTS, ou ficha/livro de
registro de empregado fornecido pela empresa por solicitação da fiscalização, ou relatório da
fiscalização em que comprove o vínculo ou formulário de Descrição do Efetivo Pagamento ao
Trabalhador;
 Sentença judicial, certidão da justiça/comissão de conciliação prévia/alvará judicial
(liberando FGTS) / ata de conciliação / termo de audiência ou petição inicial com data de
homologação, fazendo constar a data de entrega das guias, nos casos em que o requerimento
esteja fora do prazo legal (para os trabalhadores com reclamatória trabalhista).

 Atenção:
A comprovação do saque do FGTS não constitui pressuposto para a percepção do
Seguro-Desemprego, nem para o pagamento; A demissão sem justa causa e a comprovação de
vínculo, essas sim constituem tal pressuposto;

CLT, artigo 477- § 1º: “O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão de


contrato de trabalho por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço só será válido quando
feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do
Trabalho e Emprego.”

3.11. Quantidade de parcelas


A assistência financeira é concedida em no máximo 5 (cinco) parcelas, de forma
contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 (dezesseis) meses, conforme a seguinte
relação Parcelas x Meses Trabalhados.

31
Critério para recebimento de parcelas.
Lei 7.998/1990 MP 665/2014 Lei 13.134/2015
Anterior a 28/02/2015 Período de 28/02/15 a 16/06/2015 Após 17/06/2015

Parc. Critérios Solic. Parc. Critérios Solic. Parc. Critérios

3 No mínimo 6 e no máximo 1ª hab. 4 No mínimo 18 e no 1ª hab. 4 No mínimo 12 e no


11 meses máximo 23 meses máximo 23 meses

4 No mínimo 12 e no 5 No mínimo 24 meses e 5 No mínimo 24 meses e no


máximo 23 meses no máximo 36 meses. máximo 36 meses.

5 No mínimo 24 meses e no 2ª hab. 4 No mínimo 12 e no 2ª hab. 3 No mínimo de 9 e no


máximo 36 meses. máximo 23 meses máximo 11 meses.

5 No mínimo 24 meses e 4 No mínimo de 12 e no


no máximo 36 meses. máximo 23 meses.

3ª hab. 3 No mínimo de 6 e no 5 No mínimo 24 meses e no


ou mais máximo 11 meses. máximo 36 meses.

4 No mínimo de 12 e no 3ª hab. ou 3 No mínimo de 6 e no


máximo 23 meses. mais máximo 11 meses.

5 No mínimo 24 meses e 4 No mínimo de 12 e no


no máximo 36 meses. máximo 23 meses.

5 No mínimo 24 meses e no
máximo 36 meses.
Tabela 02 - Parcelas x Meses Trabalhados

32
3.12. Período aquisitivo
Período aquisitivo é o limite de tempo que estabelece a carência para recebimento do
benefício. Assim, a partir da data da última dispensa que habilitar o trabalhador a receber o
Seguro-Desemprego, deve-se contar os 16 (dezesseis) meses que compõem o período
aquisitivo.

 Regra:  Exemplos:
- 1 dia + 4 Meses + 1 Ano.
a) Demitido em: 02/07/1999 => Período
Atenção: cuidado com a virada de Ano
aquisitivo: 02/07/1999 a 01/11/2000
b) Demitido em: 03/04/2001 => Período
aquisitivo: 03/04/2001 a 02/08/2002
c) Demitido em: 05/11/2014 => Período
aquisitivo: 05/11/2014 a 04/03/2016

 Atenção:
Só será reaberto novo período aquisitivo se a dispensa ocorrer após os 16 (dezesseis)
meses e o trabalhador comprovar os requisitos para nova habilitação.

3.13. Exercícios de fixação


1 - Calcule salários, meses trabalhados e período aquisitivo e aviso prévio caso ocorra nos
contratos abaixo:

a) Admissão: 23/04/2012 c) Admissão: 01/02/2014


Demissão: 05/08/2014 (A.I.) Demissão: 14/06/2015

b) Admissão: 02/06/2011 d) Admissão: 23/04/2012


Demissão: 19/07/2014 Demissão: 20/10/2013 (A.I.)

33
4. Seguro-Desemprego Formal - Lei 13.134 /2015

4.1. 1ª Solicitação
Para a primeira solicitação do Seguro-Desemprego o requerente deverá comprovar:

 Ter sido dispensado sem justa causa;

 Ter recebido 12 salários de pessoa jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica


(inscrita no CEI), no período de 18 meses consecutivos ou não, imediatamente anteriores à
data de dispensa;

 Ter sido empregado de pessoa jurídica ou de pessoa física equiparada à jurídica, pelo
menos 12 meses nos últimos 36 meses que antecedam a data de dispensa podendo ser os
mesmos consecutivos ou não;

 Estar desempregado quando do requerimento do benefício;

 Não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e a de


sua família;

 Não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada,


com exceção do auxílio-acidente e pensão por morte.

4.1.1. Formas de contagem


Contagem de Salários: Data da demissão retroagindo 18 Meses. Se a data de demissão
estiver entre os meses de Janeiro até Maio, a seguinte regra deverá ser utilizada;

 Regra:  Exemplo:
+ 7 Meses - 2 Anos. Data de Demissão: 12/03/2015
Regra: + 7 Meses - 2 Anos

Usando a regra:
12 / 03 / 2015
+7 -2
------------------------
00 / 10 / 2013

=> Contar os salários a partir de:


Outubro de 2013

34
Contagem de Salários: Data da demissão retroagindo 18 Meses. Se a data de demissão
estiver entre os meses de Junho até Dezembro, a seguinte regra deverá ser utilizada;

 Regra:  Exemplo:
- 5 Meses - 1 Ano. Data de Demissão: 12/12/2015
Regra: - 5 Meses - 1 Ano

Usando a regra:
12 / 12 / 2015
-5 -1
------------------------
00 / 07 / 2014

=> Contar os salários a partir de:


Julho de 2014

Contagem de Meses trabalhados: Data da demissão retroagindo 36 Meses. Se a data de


demissão estiver entre os meses de janeiro até novembro, a seguinte regra deverá ser
utilizada;

 Regra:  Exemplo:
+ 1 Mês - 3 Anos. Data de Demissão: 12/03/2015
Regra: + 1 Mês - 3 Anos

Usando a regra:
12 / 03 / 2015
+1 -3
------------------------
00 / 04 / 2012

=> Contar os meses a partir de:


Abril de 2012

35
Contagem de Meses trabalhados: Data da demissão retroagindo 36 Meses. Se a data da
demissão for em Dezembro, a seguinte regra deverá ser utilizada;

 Regra:  Exemplo:
+ 1 Mês - 2 Anos. Data de Demissão: 12/12/2015
Regra: + 1 Mês - 2 Anos

Usando a regra:
12 / 12 / 2015
+1 -2
------------------------
00 / 01 / 2013

=> Contar os meses a partir de:


Janeiro de 2013

Anotações:

____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

36
4.1.2. Exercícios de fixação
1 - Calcule salários, meses trabalhados, quantidade de parcelas e período aquisitivo dos
contratos abaixo:

a) Admissão: 18/04/2010 - Demissão: 23/05/2014 (A.I.)


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regressão: Salários: Meses:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Período Aquisitivo: Quantidade de Parcelas: Regra Utilizada:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Admissão: 10/09/2010 - Demissão: 23/02/2015
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regressão: Salários: Meses:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Período Aquisitivo: Quantidade de Parcelas: Regra Utilizada:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Admissão: 18/10/2013 - Demissão: 19/12/2014 (A.I.)
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regressão: Salários: Meses:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Período Aquisitivo: Quantidade de Parcelas: Regra Utilizada:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Admissão: 23/06/2010 - Demissão: 16/08/2014
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regressão: Salários: Meses:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Período Aquisitivo: Quantidade de Parcelas: Regra Utilizada:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

37
4.2. 2ª Solicitação
Para a segunda solicitação do Seguro-Desemprego o requerente deverá comprovar:

 Ter sido dispensado sem justa causa;

 Ter recebido 09 salários de pessoa jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica


(inscrita no CEI), no período de 12 meses consecutivos ou não, imediatamente anteriores à
data de dispensa;

 Ter sido empregado de pessoa jurídica ou de pessoa física equiparada à jurídica, pelo
menos 09 meses nos últimos 36 meses que antecedam a data de dispensa podendo ser os
mesmos consecutivos ou não;

 Estar desempregado quando do requerimento do benefício;

 Não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e a de


sua família;

 Não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada,


com exceção do auxílio-acidente e pensão por morte.

4.2.1. Formas de contagem


Contagem de Salários: Data da demissão retroagindo 12 Meses. Se a data de demissão
estiver entre os meses de janeiro até novembro, a seguinte regra deverá ser utilizada;

 Regra:  Exemplo:
+ 1 Mês - 1 Ano.
Data de Demissão: 12/03/2015
Regra: + 1 Mês - 1 Ano

Usando a regra:
12 / 03 / 2015
+1 -1
------------------------
00 / 04 / 2014

=> Contar os salários a partir de:


Abril de 2014

38
Contagem de Salários: Data da demissão retroagindo 12 Meses. Se a data da demissão
for em dezembro, a seguinte regra deverá ser utilizada;

 Regra:  Exemplo:
+ 1 Mês - 0 Ano. Data de Demissão: 12/12/2015
Regra: + 1 Mês - 0 Ano

Usando a regra:
12 / 12 / 2015
+1 -0
------------------------
00 / 01 / 2015

=> Contar os salários a partir de:


Janeiro de 2015

Contagem de Meses trabalhados: Data da demissão retroagindo 36 Meses. Se a data de


demissão estiver entre os meses de janeiro até novembro, a seguinte regra deverá ser
utilizada;

 Regra:  Exemplo:
Data de Demissão: 12/03/2015
+ 1 Mês - 3 Anos.
Regra: + 1 Mês - 3 Anos

Usando a regra:
12 / 03 / 2015
+1 -3
------------------------
00 / 04 / 2012

=> Contar os meses a partir de:


Abril de 2012

39
Contagem de Meses trabalhados: Data da demissão retroagindo 36 Meses. Se a data da
demissão for em dezembro, a seguinte regra deverá ser utilizada;

 Regra:  Exemplo:
Data de Demissão: 12/12/2015
+ 1 Mês - 2 Anos.
Regra: + 1 Mês - 2 Anos

Usando a regra:
12 / 12 / 2015
+1 -2
------------------------
00 / 01 / 2013

=> Contar os meses a partir de:


Janeiro de 2013

Anotações:

____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

40
4.2.2. Exercícios de fixação
1 - Calcule salários, meses trabalhados, quantidade de parcelas e período aquisitivo dos
contratos abaixo:

a) Admissão: 23/04/2012 - Demissão: 05/06/2013


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regressão: Salários: Meses:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Período Aquisitivo: Quantidade de Parcelas: Regra Utilizada:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Admissão: 22/08/2011 - Demissão: 04/12/2015 (A.I.)
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regressão: Salários: Meses:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Período Aquisitivo: Quantidade de Parcelas: Regra Utilizada:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Admissão: 23/04/2012 - Demissão: 05/12/2014
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regressão: Salários: Meses:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Período Aquisitivo: Quantidade de Parcelas: Regra Utilizada:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Admissão: 23/08/2012 - Demissão: 25/10/2014
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regressão: Salários: Meses:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Período Aquisitivo: Quantidade de Parcelas: Regra Utilizada:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

41
4.3. 3ª Solicitação
Para a terceira solicitação do Seguro-Desemprego o requerente deverá comprovar:

 Ter sido dispensado sem justa causa;

 Ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica


(inscrita no CEI), no período de 6 meses consecutivos, imediatamente anteriores à data de
dispensa;

 Estar desempregado quando do requerimento do benefício;

 Não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e a de


sua família;

 Não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada,


com exceção do auxílio-acidente e pensão por morte;

 Ter sido empregado de pessoa jurídica ou de pessoa física equiparada à jurídica, pelo
menos 6 meses nos últimos 36 meses que antecedam a data de dispensa.

4.3.1. Formas de contagem


 Contagem de Salários: Data da demissão retroagindo 6 Meses consecutivos
imediatamente anteriores à data de dispensa; Caso a contagem não seja observada, o
requerente não terá direito ao benefício do Seguro-Desemprego;

 Contagem de Meses trabalhados: Data da demissão retroagindo 36 Meses. Se a


data de demissão estiver entre os meses de janeiro até novembro, a seguinte regra deverá ser
utilizada;

 Regra:  Exemplo:
+ 1 Mês - 3 Anos. Data de Demissão: 12/03/2015
Regra: + 1 Mês - 3 Anos

Usando a regra:
12 / 03 / 2015
+1 -3
------------------------
00 / 04 / 2012

=> Contar os meses a partir de:


Abril de 2012

42
Contagem de Meses trabalhados: Data da demissão retroagindo 36 Meses. Se a data da
demissão for em Dezembro, a seguinte regra deverá ser utilizada;

 Regra:  Exemplo:
+ 1 Mês - 2 Anos. Data de Demissão: 12/12/2015
Regra: + 1 Mês - 2 Anos

Usando a regra:
12 / 12 / 2015
+1 -2
------------------------
00 / 01 / 2013

=> Contar os meses a partir de:


Janeiro de 2013

Anotações:

____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

43
4.3.2. Exercícios de fixação
1 - Calcule salários, meses trabalhados, quantidade de parcelas e período aquisitivo dos
contratos abaixo:

a) Admissão: 23/04/2012 - Demissão: 05/06/2013


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regressão: Salários: Meses:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Período Aquisitivo: Quantidade de Parcelas: Regra Utilizada:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Admissão: 28/09/2012 - Demissão: 05/05/2014 (A.I.)
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regressão: Salários: Meses:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Período Aquisitivo: Quantidade de Parcelas: Regra Utilizada:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Admissão: 02/04/2013 - Demissão: 05/12/2014
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regressão: Salários: Meses:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Período Aquisitivo: Quantidade de Parcelas: Regra Utilizada:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Admissão: 23/04/2012 - Demissão: 05/12/2013 (A.I.)
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Regressão: Salários: Meses:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Período Aquisitivo: Quantidade de Parcelas: Regra Utilizada:

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

44
4.4. Revisão:
Lei 7.998/1990 MP 665/2014 Lei 13.134/2015
Anterior a 28/02/2015 Período de 28/02/15 a 16/06/2015 Após 17/06/2015
O que comprovar: Regra: Solicitação O que comprovar: Regra: Solicitação O que comprovar: Regra:

6 (Seis) Salários Contagem de 1ª Ter recebido 18 salários de Contagem de 1ª Ter recebido 12 salários de Contagem de
Consecutivos Meses habilitação pessoa jurídica ou pessoa Salários habilitação pessoa jurídica ou pessoa Salários
imediatamente Janeiro até física equiparada à jurídica Janeiro até física equiparada à jurídica Janeiro até Maio:
anteriores a data da novembro: (inscrita no CEI), no período novembro: (inscrita no CEI), no período + 7 Meses - 2 Anos.
dispensa + 1 Mês - 3 Anos. de 24 meses consecutivos + 1 Mês - 2 Anos. de 18 meses consecutivos ou
ou não, imediatamente não, imediatamente Junho até Dezembro:
6 (Seis) Meses Dezembro: anteriores à data de Dezembro: anteriores à data de - 5 Meses - 1 Ano.
Trabalhados nos + 1 Mês - 2 Anos dispensa; + 1 Mês - 1 Ano. dispensa;
últimos 36 meses Contagem de
contados a partir da Ter sido empregado de Contagem de Ter sido empregado de Meses
data de demissão. pessoa jurídica ou de pessoa Meses pessoa jurídica ou de pessoa Janeiro até
física equiparada à jurídica, Janeiro até física equiparada à jurídica, novembro:
pelo menos 18 meses nos novembro: pelo menos 12 meses nos + 1 Mês - 3 Anos.
últimos 36 meses que + 1 Mês - 3 Anos. últimos 36 meses que
antecedam a data de antecedam a data de Dezembro:
dispensa podendo ser os Dezembro: dispensa podendo ser os + 1 Mês - 2 Anos.
mesmos consecutivos ou + 1 Mês - 2 Anos. mesmos consecutivos ou
não; não;

45
MP 665/2014 Lei 13.134/2015
Período de 28/02/15 a 16/06/2015 Após 17/06/2015

2ª Ter recebido 12 salários de pessoa Contagem de Salários 2ª Ter recebido 09 salários de pessoa Contagem de Salários
habilitação jurídica ou pessoa física equiparada à habilitação jurídica ou pessoa física equiparada à
jurídica (inscrita no CEI), no período de Janeiro até Março: jurídica (inscrita no CEI), no período de Janeiro até novembro
16 meses consecutivos ou não, + 9 Meses - 2 Anos. 12 meses consecutivos ou não, + 1 Mês - 1 Ano.
imediatamente anteriores à data de imediatamente anteriores à data de
dispensa; Abril até Dezembro: dispensa; Dezembro
- 3 Meses - 1 Ano + 1 Mês - 0 Ano.
Ter sido empregado de pessoa jurídica Ter sido empregado de pessoa jurídica
ou de pessoa física equiparada à Contagem de Meses ou de pessoa física equiparada à Contagem de Meses
jurídica, pelo menos 12 meses nos jurídica, pelo menos 09 meses nos
últimos 36 meses que antecedam a Janeiro até novembro: últimos 36 meses que antecedam a data Janeiro até novembro:
data de dispensa podendo ser os + 1 Mês - 3 Anos. de dispensa podendo ser os mesmos + 1 Mês - 3 Anos.
mesmos consecutivos ou não; consecutivos ou não;
Dezembro: Dezembro:
+ 1 Mês - 2 Anos + 1 Mês - 2 Anos

3ª Ter recebido salários de pessoa Contagem de Meses 3ª Ter recebido salários de pessoa jurídica Contagem de Meses
habilitação jurídica ou pessoa física equiparada à habilitação ou pessoa física equiparada à jurídica
jurídica (inscrita no CEI), no período de Janeiro até novembro: (inscrita no CEI), no período de 6 meses Janeiro até novembro:
6 meses consecutivos, imediatamente + 1 Mês - 3 Anos. consecutivos, imediatamente anteriores + 1 Mês - 3 Anos.
anteriores à data de dispensa; à data de dispensa;
Dezembro: Dezembro:
Ter sido empregado de pessoa jurídica + 1 Mês - 2 Anos Ter sido empregado de pessoa jurídica + 1 Mês - 2 Anos
ou de pessoa física equiparada à ou de pessoa física equiparada à
jurídica, pelo menos 6 meses nos jurídica, pelo menos 6 meses nos
últimos 36 meses que antecedam a últimos 36 meses que antecedam a data
data de dispensa. de dispensa.

46
5. Pré-triagem
A pré-triagem consiste na conferência das informações constantes do formulário SD/CD
com a documentação que comprove os dados relativos à identificação e à vida funcional do
trabalhador, bem como na prestação de informações e orientações aos requerentes do
benefício.

5.1. Passos para execução da pré-triagem


Para realizar a pré-triagem, exige-se a presença do trabalhador desempregado no posto
de Atendimento (conforme art. 4º, parágrafo único, da Resolução n. º 252, de 04 de outubro
de 2000). Conforme Resolução nº 467, de 21 de dezembro de 2005 e Circular 05, 30 maio
2011, o Seguro-Desemprego é pessoal e intransferível, salvo nos casos de:

I - Morte do Segurado;

II - Grave moléstia;

III - Ausência Civil (desaparecido);

IV - Beneficiário preso.

5.1.1. Conferência da Documentação


O requerente ao Seguro-Desemprego deve apresentar, no ato da postagem do
benefício, os documentos exigidos pelo Ministério do Trabalho (MT) e os mesmos devem estar
em conformidade com as regras aqui citadas:

 Requerimento do Seguro-Desemprego SD/CD - Guias fornecidas no ato da demissão,


as mesmas deverão ser preenchidas pelo sistema Empregador Web (demissões após dia
31/03/2015), ter assinatura e identificação do empregador ou procurador responsável por
gerar os requerimentos via Web.

 Cartão do PIS-PASEP ou extrato atualizado - Pode ser aceito o Cartão cidadão


(Comprovante do PIS ativo), pesquisa de PIS ativo ou em CTPS digitalizadas o número
informado na primeira página (página de identificação).

 Carteira de Trabalho e Previdência Social - Verificar se a mesma não possui rasuras,


emendas e se seus dados de identificação estão de forma legível. Verificar todas que o
requerente possuir.

47
 Atenção:
Se a CTPS estiver rasurada na parte que identifica o trabalhador, este deverá ser
instruído a fazer uma segunda via da carteira. Entretanto, se a rasura ocorrer nas páginas de
algum Contrato de Trabalho, o requerente deverá ser orientado a comparecer à empresa para
que o motivo da mesma seja anotado nas páginas “Anotações Gerais”.

 Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho - TRCT devidamente preenchido sem


supressão de campos, de acordo com portaria 1057 / 2012 do MT;

 Termo de quitação - Nos casos em que o trabalhador for demitido em data anterior
aos 12 meses de trabalho na mesma empresa, devidamente assinado pelo responsável da
empresa e pelo trabalhador.

 Termo de homologação - Nos casos em que o trabalhador for demitido em data


posterior aos 12 meses de trabalho na mesma empresa, o termo deverá ser homologado.

 Atenção:
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 15, DE 14 DE JULHO DE 2010
Publicada no DOU de 15/07/2010

Estabelece procedimentos para assistência e homologação na rescisão de contrato de


trabalho.

Art. 6º São competentes para prestar a assistência na rescisão do contrato de trabalho:

I - o sindicato profissional da categoria do local onde o empregado laborou ou a


federação que represente categoria inorganizada;

II - o servidor público em exercício no órgão local do MT, capacitado e cadastrado como


assistente no Homolognet; e

III - na ausência dos órgãos citados nos incs. I e II deste artigo na localidade, o
representante do Ministério Público ou o Defensor Público e, na falta ou impedimentos destes,
o Juiz de Paz.

Art. 7º Em função da proximidade territorial poderão ser prestadas assistências em


circunscrição diversa do local da prestação dos serviços ou da celebração do contrato de
trabalho, desde que autorizadas por ato conjunto dos respectivos Superintendentes Regionais
do Trabalho e Emprego.

48
 Carteira de identidade - RG ou, na falta da mesma, poderá ser aceita a Certidão de
Nascimento ou Certidão de Casamento com protocolo de requerimento da identidade
(somente para recepção), carteira de habilitação (modelo novo), carteira de trabalho (modelo
novo), passaporte, Certificado de Reservista (homens) ou Carteira de Identificação do
Conselho de Classe;
 Comprovante do CPF - Cartão do CPF, Comprovante impresso da Receita Federal,
informado na CNH ou na CTPS.
 Comprovante de saque FGTS - Emitido pela Caixa Econômica Federal, Chave de
conectividade social ou extrato analítico dos depósitos FGTS;
 Documento Judicial se houver - Caso seja apresentada Ata judicial ou Alvará Judicial
para a liberação do Seguro-Desemprego, o mesmo deverá ser consultado no site do Tribunal
Regional do Trabalho para verificar a sua autenticidade de acordo com a Circular Nº 7 de 4 de
Maio de 2012.

 Atenção:
CIRCULAR N°. 07, de 04 de Maio de 2012.
2. No ato do requerimento ao benefício Seguro-Desemprego, com a apresentação de
Sentença Judicial (alvará, ata de audiência com decisão ou homologação de acordo ou força de
alvará, certidão judicial, mandado judicial) é recomendável que a autenticidade das
informações seja confirmada nas páginas eletrônicas dos referidos órgãos do poder judiciário.
Sugerimos aos agentes que, na referida consulta, observem:

a) Se o documento judicial apresentado é parte do processo;

b) O nome do trabalhador e do empregador,

c) O Juiz que deu a decisão;

d) O dispositivo da decisão, a fim de verificar se há determinação para pagamento do


benefício Seguro Desemprego;

e) A data de admissão e demissão; O Valor do salário.

CIRCULAR N°. 03, de 30 de Janeiro de 2014.

2. A partir do dia 31/01/2014, os Requerimentos de Seguro-Desemprego - modalidade


Formal acompanhados de sentenças judiciais serão registrados no Sistema Seguro-
Desemprego com a notificação "Sentença Judicial - Aguardando Confirmação".

3. A liberação da referida notificação ocorrerá por meio do Recurso 555, analisado no


âmbito das Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego. A análise deverá seguir as
recomendações da Circular n° 07, de 04 de Maio de 2012 (exceto o parágrafo 3°), sem prejuízo
dos demais critérios de habilitação previstos na legislação vigente.

49
5.1.2. Situação do requerente no sistema
O Sistema Mais Emprego fornece ao atendente uma gama de consultas que o auxiliam
na tomada de decisão referente ao Programa do Seguro-Desemprego.

Inicialmente, o atendente deverá fazer uma consulta ao sistema para verificar se o


requerente se enquadra na primeira, segunda ou terceira habilitação.

Abra o Sistema Mais Emprego, Tela Seguro-Desemprego:

Figura 01 - Tela inicial do Seguro Desemprego

Clique na aba Consultas e, em seguida, selecione o tipo de consulta desejada:

Figura 02 - Tela Consultas do Seguro Desemprego

50
Ao selecionar a Consulta Formal/ Bolsa de Qualificação Profissional, o atendente terá
três opções para pesquisar a situação do requerente. São elas:

 Número do PIS/PASEP
 Número do Requerimento
 Número do CPF

Figura 03 - Opções de pesquisa

Para realizar esta consulta, de posse do número do PIS e do CPF, o atendente irá
pesquisar por requerimentos de Seguro-Desemprego anteriores, caso existam.

Veja esta situação:

Figura 04 - Pesquisa pelo CPF

51
Na figura 04, o atendente entrou com o CPF do requerente e o sistema retornou que o
mesmo possui apenas um requerimento de Seguro-Desemprego cadastrado. Se tomar por
base apenas esta informação, o requerente se enquadrará nas regras para a Segunda
Solicitação, já estudada anteriormente.

Entretanto, se analisarmos a figura 05 onde o atendente faz a consulta com o número


do PIS do requerente, podemos observar que o sistema retorna três requerimentos de Seguro-
Desemprego cadastrados. Desta forma o requerente se enquadra na regra para a Terceira
Solicitação, também já estudada anteriormente.

Figura 05 - Pesquisa pelo PIS/PASEP

Isso ocorre porque o número do CPF se tornou obrigatório depois do ano de 2006. Desta
forma, cadastros realizados antes desse ano podem não aparecer em pesquisas apenas pelo
CPF. Outra situação que ocorre é quando o requerente apresenta dois números de PIS. Para
estas situações, veremos mais à frente as consultas ao CNIS.

Realizada a consulta, o atendente selecionará pela Data de Dispensa / Suspensão o


requerimento mais recentemente cadastrado e deverá clicar na exclamação (bolinha amarela)
para visualizar a situação do trabalhador. O atendente visualizará informações importantes
como a Situação da Habilitação, Tempo de Serviço, Período Aquisitivo, Vínculos, Notificações,
Parcelas, entre outras informações.

52
Figura 06 - Tela da Situação do requerente

53
A verificação deve ser feita mediante exame na CTPS e nos documentos apresentados.
Caso o requerente possua mais de uma CTPS, o atendente deverá analisar TODAS a fim de
procurar por Reemprego, vínculos abertos, ou qualquer outra informação pertinente ao
Seguro-Desemprego, inclusive nas páginas de Contratos, FGTS, Anotações Gerais e Para uso do
INSS.

Outra informação importante a ser pesquisada é se o trabalhador se encontra


desempregado ou se o mesmo possui dois números de PIS. Estas informações podem ser
verificadas analisando o extrato do trabalhador no CNIS (Cadastro Nacional de Informações
Sociais).

A consulta ao CNIS mostra a história do trabalhador, sendo possível observar em suas


telas todos os vínculos empregatícios do requerente, assim como suas respectivas
remunerações.

 Atenção:
Por cláusula contratual com o INSS, esse extrato não deverá ser entregue ao
Requerente. Caso o requerente o solicite, deverá procurar um posto da Previdência Social.

Para consultar o CNIS o atendente deverá clicar na aba Administração guia Trabalhador
e depois Consultar Extrato do Trabalhador (CNIS) como mostra a figura 07:

Figura 07 - Acesso ao CNIS

54
A figura 08 mostra as variáveis que podem ser utilizadas na consulta ao extrato do
trabalhador (CNIS):

Figura 08 - Tipo de Pesquisa

Assim como a consulta do requerimento, o extrato do trabalhador (CNIS) pode ser


pesquisado pelo PIS ou CPF onde basta colocar as informações solicitadas para se exibir o
extrato:

Figura 09 - Campos de Pesquisa

55
Caso o atendente necessite, também pode ser feita uma consulta utilizando o tipo de
pesquisa avançado como mostra à figura 10. Nesta pesquisa, o atendente informa o Nome
Completo, Data de nascimento e as datas inicial e final para a pesquisa:

Figura 10 - Campos de Pesquisa Avançado

 Dica:
Para acelerar o processo e verificar todo o histórico trabalhista do requerente, digite
11/11/1111 onde é solicitada a data inicial.

56
O resultado é o extrato completo do trabalhador, como mostra a figura 11:

Figura 11 - Extrato Completo do Trabalhador (CNIS)

57
5.1.3. Observações importantes

 Atenção:
Com relação ao contrato de trabalho em aberto na CTPS, o Delegado Regional do
Trabalho ou a Justiça do Trabalho tem competência para dar baixa; a pré-triagem consiste na
conferência das informações constantes do formulário SD/CD com a documentação que
comprove os dados relativos à identificação e à vida funcional do trabalhador, bem como na
prestação de informações e orientações aos requerentes do benefício.

Quando a baixa na CTPS é feita pela Justiça do Trabalho, por delegação de competência
do Juiz Presidente da Junta, quem procede a essa baixa é o Diretor da Secretaria da Junta; o
Fiscal do Trabalho só poderá proceder à baixa na CTPS se lhe for delegada competência pelo
Delegado Regional do Trabalho;

Em caso de empresa de outro estado, a SRTE onde o trabalhador está domiciliado


poderá solicitar à SRTE daquele estado (onde ele trabalhou anteriormente) que dê baixa na
CTPS do trabalhador.

5.1.4. Nome do requerente


Confira o nome na identidade, certidão de casamento ou nascimento, no cartão do PIS-
PASEP e na CTPS.

Deve ser preenchido o nome completo, deixando um espaço em branco entre nomes
(mesmo que abreviado), sendo que abreviatura somente deverá ser feita caso o nome não
caiba no campo apropriado. Não colocar nem ponto, nem vírgula, nem apóstrofo.

Caso haja divergência do nome constante no Sistema Mais Emprego e no cadastro do


PIS-PASEP, verificar em que cadastro se encontra o erro. Sendo no nosso sistema, o acerto
deverá ser feito no momento da inclusão; sendo no cadastro do PIS-PASEP, o requerente
deverá ser encaminhado à CAIXA para o devido acerto.

5.1.5. Endereço completo do requerente


Confira o endereço completo e permanente com o próprio requerente, anotando
obrigatoriamente CEP, UF e telefone, se houver.

Caso o trabalhador esteja requerendo o benefício em um local para receber em outro, o


endereço será o do local de recebimento.

58
5.1.6. Nome da mãe do requerente
Confira esse dado na carteira de identidade, no cartão do PIS-PASEP e na CTPS do
requerente. Se ele não for registrado pelo pai e nem pela mãe ou nenhuma outra pessoa,
anotar "sem filiação".

Deve ser preenchido o nome completo, deixando um espaço em branco entre nomes
(mesmo que abreviado), sendo que abreviatura somente deverá ser feita caso o nome não
caiba no campo apropriado. Não colocar nem ponto, nem vírgula, nem apóstrofo.

Caso haja divergência do nome constante no Sistema Mais Emprego e no cadastro do


PIS-PASEP, verificar em que cadastro se encontra o erro. Sendo no nosso sistema o acerto
deverá ser feito no momento da inclusão; sendo no cadastro do PIS-PASEP, o requerente
deverá ser encaminhado à CAIXA para o devido acerto.

5.1.7. CNPJ/CEI (INSS)


Confira esse dado na CTPS, no TRCT ou no CPFGTS, a fim de reduzir a possibilidade de
fraudes no sistema, poderão ser aceitos formulários com carimbo do CNPJ ou CEI
padronizados, datilografados ou impressos conforme Resolução nº 168, de 13 de maio de
1998.

 Atenção:
Essa Resolução regulamenta apenas o que se refere aos espaços reservados para os
carimbos do CNPJ ou CEI; não se aplica ao preenchimento dos outros campos do formulário,
pois esses podem ser manuscritos.

Na ausência do carimbo do CEI deverá, obrigatoriamente, ser apresentada uma


fotocópia do cartão para simples conferência, observando que, no espaço destinado ao
carimbo, o número deverá estar datilografado ou impresso, acrescido do endereço do
empregador.

O trabalhador rural poderá requerer o benefício desde que, dispensado sem justa causa,
preencha os critérios de habilitação e esteja devidamente cadastrado no PIS-PASEP. Na
Comunicação de Dispensa deverá, obrigatoriamente, constar o número de inscrição do CNPJ
ou CEI do empregador.

Faxineiras, serventes, empregados de consultório médico, dentário, advocatício e


condomínio poderão requerer o benefício, desde que o empregador possua registro no CEI.

5.1.8. PIS/PASEP
Confira esse dado no cartão do PIS-PASEP (ou extrato atualizado), CNIS, ou mediante
pesquisa junto à CAIXA.

59
5.1.9. CTPS - Série - UF
Estes dados devem ser conferidos na própria CTPS. Havendo divergência entre o número
que consta na SD/CD e o número da CTPS apresentada pelo requerente, verificar se nela há o
registro do Contrato de Trabalho da empresa que emitiu o requerimento e proceder à
correção do número.

No caso de extravio ou invalidade da CTPS, o trabalhador deverá retornar à(s)


empresa(s) em que trabalhou, pelo menos nos últimos 3 (três) anos, a fim de que seja(m)
anotado(s), na segunda via da CTPS, o(s) vínculo(s) que comprove(m) sua habilitação. Cabe
ressaltar que a empresa de contratos anteriores não é obrigada a refazer as anotações na
CTPS.

Se a CTPS estiver rasurada na parte que identifica o trabalhador, este deverá ser
instruído a fazer uma segunda via da carteira. Entretanto, se a rasura ocorrer na página de
algum Contrato de Trabalho, o requerente deverá ser orientado a comparecer à empresa para
que, nas páginas “Anotações Gerais”, sejam informados os motivos da mesma.

5.1.10. CBO
Confira o código na Classificação Brasileira de Ocupações - CBO. Este campo será de
importância fundamental, caso seja regulamentada a expansão das parcelas para determinada
categoria profissional, e também para o correto monitoramento pela Rotina da Recusa.

5.1.11. Data de admissão/demissão


Confira esses dados na CTPS onde consta o vínculo empregatício que deu origem à
emissão da Comunicação de Dispensa e/ou no Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho -
TRCT.

Certifique-se de que as datas de admissão e demissão informadas no requerimento são


as mesmas que constam na CTPS e TRCT. Caso haja erro na CTPS, oriente o trabalhador para
retornar à empresa a fim de que seja corrigida a data, na parte de "Anotações Gerais". Só após
a correção devida, poderá ser feita a entrada no requerimento.

Mesmo que o(s) aviso(s) prévio(s) indenizado(s) seja(m) considerado(s) na contagem do


tempo de serviço ou dos 6 (seis) salários, a data da dispensa não deverá ser mudada no
requerimento.

60
5.1.12. Grau de instrução
Preencher com o código correspondente, quando estiver em branco ou corrigir, se
necessário, como apresentado na Tabela 02.

Código 1 Analfabeto - Inclusive os semianalfabetos.

Código 2 Até 4ª Série Incompleta do 1º Grau (primário incompleto).

Código 3 4ª Série Completa do 1º Grau (primário completo).

Código 4 5ª a 8ª Série Incompleta do 1º Grau (ginasial incompleto).

Código 5 1º Grau Completo (ginasial completo)

Código 6 2º Grau Incompleto (colegial incompleto).

Código 7 2º Grau Completo (colegial completo)

Código 8 Superior Incompleto.

Código 9 Superior Completo.

Código 10 Especialização.

Código 11 Mestrado

Código 12 Doutorado.
Tabela 02 - Grau de Instrução

5.1.13. Data de nascimento


Confira esse dado na Carteira de Identidade, CTPS ou no cartão do PIS-PASEP. Caso haja
divergência, verificar se o erro é no cadastro do Seguro-Desemprego ou no cadastro do PIS-
PASEP. Se o erro ocorrer no sistema o acerto deverá ser feito no momento da inclusão; sendo
no cadastro do PIS-PASEP, o requerente deverá ser encaminhado à CAIXA para o devido
acerto.

61
5.1.14. Três últimos salários
Conforme CIRCULAR Nº 02, de 10 de setembro de 2010, o seu parágrafo 1º estabelece
que “Para fins de apuração do benefício, será considerada a média dos salários dos últimos 3
(três) meses anteriores à dispensa”.

Conforme circular nº 6 de 14 de setembro de 2011, os valores de salários, quando


preenchidos automaticamente pelo sistema com base em informações do Cadastro Nacional
de Informações Sociais (CNIS), não devem ser alterados exceto nos casos abaixo:

 Quando as informações de salários não foram preenchidas automaticamente pelo


sistema;

 Nos casos em que o trabalhador estava recebendo benefício da Previdência Social e,


ao retornar ao trabalho, foi demitido;

 Quando o trabalhador recebeu salários fracionados, em dias ou hora, e a informação


de salário da base CNIS está incompleta;

 Quando for constatado que os salários trazidos pelo CNIS somam valores referentes a
férias e décimo terceiro, que deverão ser excluídos do cálculo.

 Atenção:
Nesses casos, o salário a ser considerado deverá ser o informado na CTPS (Carteira de
Trabalho e Previdência Social) atualizado ou, quando for o caso, nos documentos decorrentes
de determinações judiciais.

5.1.15. Soma dos três últimos salários


Refere-se à soma dos 3 (três) últimos salários comprovados. No sistema, caso o valor
não seja preenchido pelo CNIS, obrigatoriamente deverá utilizar a calculadora.

5.1.16. Número de meses trabalhados


Confira esse dado na CTPS. A regra para definir o período de 36 (trinta e seis) meses
para efeito de contagem de vínculo empregatício deverá ser utilizada.

Somente serão considerados os meses trabalhados a partir de julho de 1998.

Serão considerados, para esta contagem, apenas os meses em que o cidadão trabalhou,
no mínimo, quinze dias no mês.

Os meses trabalhados não precisam ser consecutivos e podem ser de várias empresas.

62
A quantidade de meses trabalhados é que determina a quantidade de parcelas a que o
trabalhador terá direito.

5.1.17. Seis últimos salários consecutivos


Confira esse dado na CTPS do requerente.

 Exemplo:
Data de Demissão: 01/07/2015

Para esta demissão o requerente deverá ter recebido salários nos meses de Julho,
Junho, Maio, Abril, Março e Fevereiro.

Se o requerente tiver trabalhado pelo menos um dia em cada um desses meses,


considera-se como recebimento de salário no mês. Para a terceira solicitação, os salários terão
que ser consecutivos e podem ser de várias empresas.

5.1.18. Aviso prévio indenizado


Confira esse dado no TRCT e na CTPS. Quando o aviso prévio for indenizado, deverá ser
considerado como mais um mês trabalhado e como mais um salário.

 Atenção:

Demissões ocorrendo no dia 1º para meses de 31 dias: o aviso vence no mesmo mês,
logo, considera-se apenas como mais um mês trabalhado;

Demissões ocorrendo no dia 15 para meses de 31 dias: o aviso vence dia 14 do mês
seguinte, logo, considera-se apenas como mais um salário.

A contagem do aviso prévio inicia-se do dia seguinte ao da dispensa.

5.1.19. Reservado para preenchimento do Posto


Data do requerimento: Preencher com a data da pré-triagem.

Rescisão contratual homologada e código da dispensa: estes campos têm importância


fundamental no confronto dos dados para liberação do benefício, portanto não podem conter
rasuras. O não preenchimento destes fará com que o benefício seja indeferido.

Com relação à Portaria nº 60, de 4 de fevereiro de 1999 do Ministério do Trabalho, a


comprovação do motivo de dispensa sem justa causa deverá ser feita da seguinte maneira:

63
Quando o empregado contar com mais de 12 meses de serviço, o termo de rescisão de
contrato de trabalho só será válido se homologado e, no verso, constar ressalva da ausência da
multa rescisória pelo agente homologador, que poderá ser a DRT ou o sindicato;

Quando o empregado contar com menos de doze meses de serviço, poderá ser
comprovado pela fiscalização do trabalho e no caso da impossibilidade de fiscalização, no
campo 24 do termo de rescisão de contrato de trabalho deverá constar o código de saque zero
um (01);

Também configura dispensa sem justa causa, quando o pagamento do aviso prévio
indenizado constar no termo de rescisão do contrato de trabalho.

Número do posto, número de inscrição e assinatura do agente credenciado: estes


campos deverão ser preenchidos para efeito da identificação do local onde foi feita a pré-
triagem e a identificação do funcionário responsável.

Motivo do cancelamento no formulário: vide tabela de códigos para cancelamento,


neste manual.

5.1.20. Assinatura e carimbo do empregador


O Requerimento do Seguro-Desemprego não poderá ser encaminhado sem a assinatura
e o carimbo do empregador, no espaço que lhes são destinados. Podem ser aceitos:

a) Assinatura (nome completo legível);

b) Rubrica com o nome completo carimbado ou digitado (datilografado) de quem


preencheu o requerimento;

c) Anexar cópia TRCT à SD quando a rubrica que consta na via está sem o carimbo com o
nome do empregador e é a mesma da TRCT com o nome completo carimbado.

5.1.21. Assinatura do requerente na declaração


A declaração deverá ser lida pelo requerente. No caso de analfabetos o agente deverá
ler para o mesmo. Após a leitura, colher a assinatura/digital do dispensado.

Atenção: Apenas a via do Requerimento do Seguro-Desemprego - SD deverá conter o


número e o carimbo do órgão (DRT/SINE/CAIXA/Posto Conveniado), para evitar cópia (fraude)
do número da inscrição autorizada do agente.

No formulário do trabalhador CD, o agente deverá por somente o carimbo do órgão


(DRT/SINE/CAIXA/Posto Conveniado).

Observação: O posto deverá usar o carimbo padrão do Órgão.

5.1.22. Arquivo dos requerimentos do Seguro-Desemprego

64
Os requerimentos processados nos Postos de Atendimento deverão ser arquivados por
tempo indeterminado, de acordo com orientação do MT. Não é permitido descartar nenhum
requerimento postado.

5.1.23. Cálculo do benefício


Para aquele que recebe salário/hora, dia, semanal ou quinzenal, o valor constante no
requerimento deverá ser o salário mensal equivalente, conforme tabela 03:

Tipo Cálculo Exemplo

Salário / Hora Salario x 220 horas R$ 1,00 x 220 = R$ 220,00 por mês.

Salário / Dia Salario x 30 dias R$ 7,00 x 30 = R$ 210,00 por mês.

Salário /Semanal (Salario / 7) x 30 dias (R$ 70,00 / 7) x 30 = R$ 300,00 por mês.

Salário / Quinzenal Salario x 2 R$ 250,00 x 2 = R$ 500,00 por mês.

Tabela 03 - Referência para Cálculos de Salários

Para calcular o valor das parcelas do benefício é utilizada a faixa salarial do requerente,
conforme mostra a tabela 04:

Salário Mínimo: R$ 880,00

Faixas de Salário Médio Valor da Parcela


Multiplica-se salário médio por 0.8 (80%)
Até R$ 1.360,70

O que exceder a R$1.360,70 multiplica-se


De R$ 1.360,71 até R$2.268,05
por 0.5 (50%) e soma-se a 1.088,56
O valor da parcela será de R$ 1.542,24
Acima de R$ 2.268,05
invariavelmente.
Tabela 04 - Cálculo do salário mensal (em vigor a partir de 8/1/2016) Fonte: www.mte.gov.br

6. Contratos

6.1. Situações que possibilitam o recebimento do SD


Dispensa sem justa causa, inclusive a indireta: Tendo em vista o não cumprimento das
cláusulas do contrato de trabalho, por parte do empregador, será considerada “dispensa
indireta” quando o empregado rescindir o contrato e pleitear a devida indenização. Cabe
ressaltar que o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho será emitido no código 01, tal qual
a dispensa sem justa causa.

65
Empregados de Pessoa Física equiparada à Jurídica: Terão direito a requerer o Seguro-
Desemprego, desde que o empregador possua inscrição no Cadastro Específico do Instituto
Nacional de Seguridade Social (CEI) e o empregado tenha sido inscrito no PIS-PASEP e
comprove os demais critérios para habilitação.

Maiores de 16 anos e menores de 18 anos: Poderão requerer e receber o benefício sem


a presença dos pais ou responsável legal, desde que comprovem todos os critérios de
habilitação exigidos pela Lei do Seguro-Desemprego.

Trabalhador Rural empregado de Pessoa Física equiparada à Jurídica: Poderá requerer


o Seguro-Desemprego, desde que cadastrado no PIS-PASEP e que o empregador tenha
inscrição no Cadastro de Específico do Instituto Nacional de Seguridade Social - CEI.

Trabalhador afastado para serviço militar obrigatório: O Trabalhador que se afastar da


empresa apenas durante os meses do serviço militar e que, ao retornar à empresa, for
demitido sem justa causa, terá direito ao Seguro-Desemprego, desde que a soma dos meses
trabalhados na empresa e os meses do serviço militar seja igual ou superior a seis meses.

Falência: A negociação deverá ser intermediada pelo Sindicato representante dos


trabalhadores (se houver), com o processo de falência já instaurado e a declaração firmada
pelo síndico da massa falida, onde conste o nome do empregado, data da demissão e o
motivo. Nesta situação, o código de liberação para o FGTS, constante no TRCT e CPFGTS, será o
"03".

Encerramento das atividades da empresa: Quando a empresa encerrar as atividades,


dispensando os trabalhadores sem pagamento das verbas rescisórias, deve-se acionar a
Fiscalização do Trabalho (DRT), para fazer a comprovação de vínculo, causa da dispensa e
ausência de pagamento; o código de liberação para o FGTS também será o “03”. De posse do
relatório fiscal, deve ser feito o Requerimento Especial - Código 100.

6.2. Situações que possibilitam ou não o recebimento do SD


Trabalhador com contrato por prazo determinado: O contrato por prazo determinado é
aquele que traz, no ato da celebração, data certa de vigência; ou seja, traz a data de início e do
término (expressas no contrato). O contrato por prazo determinado não poderá ser estipulado
por mais de dois anos.

Se o prazo do contrato expirar normalmente, o trabalhador não poderá requerer o


Seguro-Desemprego, pois não houve dispensa sem justa causa.

Se o trabalhador for demitido sem justa causa, antes ou após o término do contrato, e
comprovar os critérios de habilitação exigidos por Lei, terá direito ao Seguro-Desemprego,
desde que conste no TRCT o código 01 ou sentença reconhecendo que a causa da dispensa foi
"sem justa causa".

Trabalhador com contrato de experiência: O Contrato de Experiência tem datas de


início e de término expressas, e o período de duração não pode ser superior a 90 dias, já
incluída a prorrogação que poderá ser feita uma única vez.

66
 Contrato de experiência de 45 dias - pode ser prorrogado por mais 45 dias totalizado
no máximo 90 dias;
 Contrato de experiência de 30 dias - pode ser prorrogado por, no máximo, 60 dias.

Pelo término normal do contrato, o trabalhador não terá direito ao Seguro-Desemprego.


Todavia, terá direito se o contrato for rompido antes ou depois da data prevista para término,
desde que a empresa reconheça a mudança da natureza do contrato por meio do código 01 no
TRCT, ou se for apresentada sentença declarando esse direito e os critérios de habilitação
sejam atendidos.

Trabalho Temporário: Criado pela Lei n. º 6.019, de 03 de janeiro de 1.974, é aquele


prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de
substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços.

Pelo término normal do contrato, o trabalhador não terá direito ao Seguro-Desemprego.


Entretanto, terá direito se o contrato for rompido antes ou depois da data prevista para o
término, desde que a empresa reconheça a mudança da natureza do contrato através do
código 01 na TRCT, ou se for apresentada sentença declarando esse direito e os critérios de
habilitação sejam atendidos.

Trabalhador com contrato de safra: O contrato de safra é idêntico ao contrato por


prazo determinado, ou trabalho temporário, diferindo apenas no que diz respeito à
especificação do tipo de safra para a qual o trabalhador está sendo contratado.

Exemplo: colheita de laranja, do corte de cana-de-açúcar, etc.

Menor Aprendiz: Circular nº 10, de 01 de Agosto de 2008 retifica orientação quanto à


concessão do benefício Seguro-Desemprego ao Menor Aprendiz.

Informamos que de acordo com orientação da Consultoria Jurídica do Ministério do


Trabalho e Emprego, o menor aprendiz terá direito ao benefício Seguro-Desemprego quando o
contrato for extinto antecipadamente nas condições a seguir:

a) cessação da atividade empresarial;

b) falecimento do empregador;

c) motivo de força maior;

d) pela falência da empresa;

e) contrato rescindido antecipadamente com dispensa sem justa causa.

Observação:

Os contratos acima especificados possibilitarão o recebimento do Seguro-Desemprego


somente em caso de saldo de parcelas pelo requerimento especial 252, conforme Resolução
252, de 04/10/2000.

67
6.3. Situações que não possibilitam o recebimento do SD pela lei
7.998/90 (SD formal).
Empregado Doméstico: O empregado doméstico não tem direito ao Seguro-
Desemprego pela Lei 7.998/90; foi criado um benefício específico para esta categoria, regido
pela Lei 10.208/01.

Servidor Público (Civis e Militares): O servidor público contratado pelo regime


estatutário não tem direito ao Seguro-Desemprego. (OBS: O servidor público contratado pelo
regime celetista só terá direito ao benefício de seguro-desemprego, se tiver feito concurso
público conforme estabelecido na circular Nº 34, de 05/11/2009).

Estágio Remunerado: Para o trabalhador que seja dispensado de um emprego com CTPS
assinada e comece um estágio remunerado, temos as seguintes situações:

 Se a bolsa auxílio for inferior a um salário mínimo o trabalhador terá direito ao


Seguro-Desemprego, vez que uma renda inferior a um salário mínimo não é suficiente para sua
manutenção pessoal.
 Sendo a bolsa auxílio igual ou superior a um salário mínimo, o trabalhador perderá o
direito a solicitar e receber o benefício do Seguro-Desemprego, por configurar que tem renda
própria suficiente a seu sustento e de sua família.

Aposentados: Não têm direito ao Seguro-Desemprego, pois recebem benefício de


prestação continuada da Previdência Social.

Licença sem vencimento: Não dá direito ao Seguro-Desemprego.

6.4. Situações que poderão ser consideradas


Para efeito de contagem de tempo de serviço e salário

 Serviço militar obrigatório;

 Contrato por prazo determinado, experiência, safra, temporário;

 Servidor Público;

 Contrato de Menor Aprendiz.

6.5. Situações que não poderão ser consideradas


Para efeito de contagem de tempo de serviço e salário

 Trabalhador autônomo (não é considerado como vínculo empregatício com pessoa


jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica);

 Licença sem vencimento;

68
 Empregado Doméstico (é comparado ao autônomo);

 Período de suspensão do contrato para o recebimento da Bolsa Qualificação.

Anotações:

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69
7. Postagem do Benefício

7.1. Requerimento Web (77)


A partir da data de 01/04/2015 foram abolidos os formulários de papel guias SD/CD
(folhas verde e marrom), figura 12, em seu lugar entrou o requerimento emitido pelo
Empregador Web (com número de identificação iniciando em 77), figuras 13 a e b.

Figura 12 - Guia Verde requerimento antigo

70
Figura 13a - Guia SD requerimento Web 1ª via posto de atendimento

71
Figura 13b - Guia CD requerimento Web 2ª via Trabalhador

72
O Requerimento Web é preenchido com informações capturadas pelas bases
conveniadas como CNIS, PIS, CNPJ, entre outras bases, e por isso as informações contidas
neste formulário estão cerca de 98% corretas. Entretanto, deve ser feita a devida conferência
destas informações.

Abaixo, relação dos campos do formulário SD requerimento Web:

1 - Número do requerimento: 12 - Tipo de Inscrição: Local onde


Número sequencial gerado deverá constar o tipo da inscrição da
automaticamente pelo sistema e que, a empresa se CEI ou CNPJ.
princípio, se inicia com os valores 77.
13 - CNPJ ou CEI: Local onde deverá
2 - Nome: Local onde deverá constar constar o número da inscrição da empresa
o nome do requerente. podendo ser o CEI ou CNPJ.

3 - Nome da Mãe: Local onde deverá 14 - Data Admissão: Local onde


constar o nome da mãe do requerente. deverá constar a data que o requerente
começou a trabalhar na empresa.
4 - Endereço: Local onde deverá
constar o endereço do requerente. 15 - Data Dispensa: Local onde
deverá constar a data que o requerente foi
5 - PIS/PASEP: Local onde deverá desligado da empresa.
constar o número do PIS/ PASEP do
requerente. 16 - Aviso Prévio Indenizado: Local
onde deverá constar a informação se o
6 - CTPS: Local onde deverá constar
aviso prévio foi indenizado ou não.
o número, série e unidade federativa da
CTPS do requerente. 17 - Meses Trabalhados na
Empresa: Local onde deverá constar a
7 - CPF: Local onde deverá constar o quantidade de meses trabalhados na
número do CPF do requerente. empresa.
8 - Data Nascimento: Local onde 18 - Antepenúltimo; Penúltimo e
deverá constar a data de nascimento do
Último Salário: Local onde deverá constar
requerente. os três últimos salários recebidos pelo
9 - Sexo: Local onde deverá constar requerente.
o sexo do requerente. 19 - Soma dos Três Últimos Salários:
10 - Grau de Instrução: Local onde Local onde deverá constar a soma dos três
deverá constar a escolaridade do últimos salários recebidos pelo requerente.
requerente. 20 - CBO: Local onde deverá constar
11 - Domicilio Bancário: Local onde o código e o título da ocupação do
deverá constar o código do Banco onde os requerente.
assuntos referentes ao Seguro-
SN Assinatura e identificação do
Desemprego serão tratados. Empregador: Local onde deverá constar a
assinatura devidamente identificada do
responsável pela empresa.

73
SN Data do requerimento: Local SN Empregadores dos Últimos 36
onde deverá constar a data da postagem Meses: Local onde deverão ser informados
do requerimento. os dados das empresas que poderão ser
utilizadas na contagem dos meses
SN Código da Dispensa: Local onde
trabalhados nos últimos 36 meses.
deverá constar o código da dispensa do
requerente. SN Soma total de Meses: Local onde
deverá ser informado o número total de
SN Recebeu Salários...: Local onde meses trabalhados nos últimos 36 meses
deverá ser informado se o requerente
anteriores à data da dispensa.
recebeu os salários necessários para a
habilitação de seu requerimento. SN Assinatura do Agente: Local
onde deverá constar a assinatura
SN Motivo do Cancelamento: Local devidamente identificada do agente
onde deverá ser informado caso seja responsável pela postagem do Seguro-
necessário o código utilizado para o Desemprego.
cancelamento do requerimento do Seguro-
Desemprego. SN Local e data: Local onde deverá
constar o local e a data onde o requerente
SN Número do Posto: Local onde está dando entrada no requerimento de
deverá ser informado o número de Seguro-Desemprego.
identificação do posto de atendimento.
SN Assinatura do Trabalhador: Local
SN Inscrição Autorizada: Local onde onde deverá constar a assinatura do
deverá ser informado o número de
requerente do Seguro-Desemprego.
identificação do atendente responsável
pela postagem do requerimento.

Anotações:

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74
7.2. Sistema Mais Emprego
Para a postagem do requerimento Web no Sistema Mais Emprego, o atendente deverá,
na tela do Seguro-Desemprego, clicar na aba Concessão de Benefício; logo após, na guia
Formal/bolsa de Qualificação Profissional e, em seguida, escolher a guia Ativar Requerimento
Formal como mostrado figura 14:

Figura 14 - Concessão de Beneficio

Na tela seguinte, o atendente deverá colocar o número do PIS do requerente, como


mostra a figura 15, e logo depois clicar em Consultar:

Figura 15 - Ativar Requerimento - Trabalhador Formal

75
O Sistema Mais Emprego abrirá a tela de IMO - Intermediação de Mão-de-Obra. Esta
tela é dividida em sete etapas onde o atendente deverá cadastrar o requerente, caso o mesmo
não tenha cadastro ou o cadastro esteja incompleto (informações digitadas pelo empregador
para o preenchimento do Requerimento Web). Se o requerente já for cadastrado, o atendente
deverá confirmar os dados ali contidos; caso seja necessário, atualizar os mesmos passando
todas as sete telas como mostram as figuras 16 e 17.

Figura 16 - Tela de IMO 1/7

Na sétima tela, após todos os dados serem preenchidos, ou cadastrados ou atualizados,


o atendente deve alterar o cadastro (figura 17), retornando assim à tela de Seguro-
Desemprego do Sistema Mais Emprego (figura 18).

Figura 17 - Tela de IMO 7/7

76
Figura 18 - Tela do Cadastro do Requerimento

Terminado o preenchimento de todos os campos do requerimento, o atendente deverá


clicar no botão Cadastrar, passando para a próxima tela (figura 19) que é sobre a Sentença
Judicial.

Figura 19 - Tela de Sentença Judicial

77
Nesta tela, o atendente deverá marcar a opção “Sim” sempre que o requerente
apresentar Sentença Judicial. Se o mesmo não mudar a opção, mesmo digitando todos os
campos, o sistema não reconhecerá a Sentença Judicial e o seguro não estará correto (mesmo
que saia a previsão de parcelas).

Caso não tenha Sentença Judicial, basta clicar no botão Confirmar, passando para a
próxima tela.

O próximo passo é verificar se existe algum curso do PRONATEC Seguro-Desemprego.


Dedicaremos um capítulo sobre este assunto.

Terminando o PRONATEC, o trabalhador será encaminhado novamente para o sistema


de Intermediação de Mão de Obra, onde ele deverá verificar se existe ou não oportunidade de
emprego para o requerente. Caso exista, ele deverá verificar se a mesma é CBO Salário ou não,
para que possa participar da Rotina da Recusa. Também dedicaremos um capítulo sobre este
assunto.

Na tela que se abre (figura 20) o atendente observará se existem vagas para o
requerente. Nesta figura, observamos que existe uma vaga para auxiliar de escritório.
Entretanto não e uma vaga CBO/Salário. Se a vaga for CBO/Salário, o atendente deverá
verificar TODAS as vagas nesta condição e, se for o caso, encaminhar o requerente.

Figura 20 - Tela Oportunidade ao Trabalhador

78
Se não tiver nenhuma oportunidade de emprego basta clicar em “Finalizar
Atendimento”, passando para a tela do resultado final do processo de postagem de Seguro-
Desemprego (figura 21).

Figura 21- Tela de resultado do requerente com previsão de Parcelas a receber.

Entretanto, podem ocorrer notificações como divergências de informação, restituição,


recursos, e reemprego. Caso aconteça “divergência de informação”, o atendente pode tentar
resolvê-la com a funcionalidade de Acerto.

Se a notificação for “restituição”, deverá gerar o processo de restituição e instruir o


trabalhador como deve proceder.

Já as demais notificações apenas o MT ou a SRTE tem condições de resolver.

8. Notificação Dados Divergentes


Se ocorrer a divergência de dados (nome, nome da mãe, sexo e data de nascimento).
Verificar onde está o erro:

Se for no cadastro do Sistema Mais Emprego, o atendente deverá providenciar o acerto


no menu Acerto clicando na guia Acertar Divergência de Informação figura 21b;

79
Figura 21b- Tela de Acerto.

Se o erro for no cadastro da CAIXA, deve-se orientar o trabalhador para que o mesmo
providencie o acerto na própria CAIXA.

9. Alteração no formulário SD/CD


Sempre que constatado erro no preenchimento do formulário, deverão ser feitas as
devidas alterações. Em hipótese alguma poderá haver rasura no campo a ser alterado.

Exemplo de alteração:

Preenchimento no Formulário

PIS-PASEP/NIT (errado)

|1|2|0|0|3|2|4|8|4|4|6|

PIS-PASEP/NIT (correto)

|1|2|0|0|3|2|4|8|4|6|4|

Procedimento correto de alteração

PIS-PASEP/NIT

80
Atentar para o procedimento correto de alteração: a leitura do campo não foi
prejudicada, pois não houve rasura, nem outro tipo de dano.

Sobre o dado preenchido incorretamente, deverá ser feito um único traço,


preferencialmente com caneta lumicolor ou, na falta desta, com caneta esferográfica comum e
acima colocar o número correto.

 Atenção:
Caso ocorram muitas alterações no formulário, o mesmo deverá ser substituído pelo
Requerimento Especial - Código 211.

10. Restituição de Parcelas


O trabalhador tem um prazo mínimo para ter o direito adquirido sobre as parcelas do
Seguro-Desemprego. Caso o trabalhador retire a parcela sem ter os dias de desemprego
suficientes para tal, a mesma será considerada como um recebimento indevido. Neste caso, o
atendente deverá notificar o requerente de tal informação e o mesmo deverá proceder à
devolução da parcela (ou parcelas) que foi(ram) retirada(s)de forma indevida, com correção.

Para saber o tempo necessário para conquistar o direito ao recebimento das parcelas,
basta observar a tabela 05:

Tempo de desemprego Quantidade de parcelas

Até 29 dias de desemprego Nenhuma parcela

De 30 a 44 dias de desemprego 1 parcela

De 45 a 74 dias de desemprego 2 parcelas

De 75 a 104 dias de desemprego 3 parcelas

105 a 134 dias de desemprego 4 parcelas

135 a 164 dias de desemprego 5 parcelas

De 165 a 194 dias de desemprego 6 parcelas (caso haja adicional)

Acima de 195 dias de desemprego 7 parcelas (caso haja adicional)

Tabela 05 - Tempo de desemprego X Quantidade de parcelas

81
Quando o atendente identificar o recebimento de parcelas indevidas, deverá cadastrar
no sistema as parcelas a serem restituídas e orientar o trabalhador para devolver, na agência
da CAIXA, esse valor devidamente corrigido na forma da lei. (Conforme Resolução nº 619, de 5
de novembro de 2009, dispõe sobre restituição de parcelas do Benefício do Seguro-
Desemprego, inclusive mediante compensação de parcelas).

As unidades do SINE que não têm autorização para usar as telas de acerto deverão
encaminhar a documentação para a Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento
Social / Subsecretaria de Trabalho e Emprego / Superintendência de Gestão do Atendimento
ao Trabalhador, aos cuidados do Setor de Suporte que fará o cadastramento da restituição no
sistema.

10.1. Restituição de complemento


Quando for constatado recebimento irregular de complemento, deve-se ressarcir o valor
total do mesmo.

No caso onde for constatado o recebimento indevido de parcelas e essa parcela tiver
complemento, este valor também deverá ser restituído.

10.2. Prescrição da restituição


A circular nº 08, de 15 de dezembro de 2010, informa quanto à ausência de prazo
prescricional de restituição para os casos de recebimento irregular, quando o trabalhador tiver
sido admitido em novo emprego.

10.3. Como montar o processo de restituição


A unidade do SINE deverá preencher o termo de ciência e anexar fotocópia dos
contratos da CTPS.

82
Termo de Comparecimento e Ciência

Processo nº ___________________ Convocação nº ________________

Qualificação do trabalhador
Nome: _______________________________________________________________________

Endereço: ____________________________________________________________________

Bairro: _________________________________ Cidade: ________________________ UF: MG

CEP:________________ Tel.: _______________________PIS/PASEP: _____________________

CPF:_______________________________________RG:________________________________

Compareceu, nesta data, oportunamente tomou ciência da existência de irregularidade


no recebimento de benefício do Seguro-Desemprego referente ao (s):

Requerimento (s) Nº _________________________ com ________ parcela (s) a ser (em)


restituída até último dia do mês em que foi gerada a GRU(s).

Na oportunidade, apresentou a (s) CTPS (s) Nº _______________ série ________ UF ___

Vínculo que precedeu Seguro-Desemprego indevido


Razão Social: __________________________________________________________________

CNPJ: ________________________________________________________________________

Data admissão: _____/______/______ Data demissão: _____/______/______

Vínculo posterior ao recebimento indevido


Razão Social: __________________________________________________________________

CNPJ: ________________________________________________________________________

Data admissão: _____/______/______ Data demissão: _____/______/______

Histórico/Dias de desemprego: ________________

______________________, _____ de ________________ de _________

______________________________ ____________________________

Ciência do trabalhador Assinatura do funcionário

83
11. Suspensão do benefício
A suspensão do benefício ocorre quando houver:

1 - recebimento de renda própria;

2 - recebimento de benefício de prestação continuada da Previdência Social;

3 - falecimento do segurado;

4 - reemprego após o 30º dia.

11.1.1. Reemprego e falecimento


Quando houver constatação de reemprego ou falecimento, deve-se verificar o número
de parcelas que o segurado faz jus, considerando-se a data da dispensa e os dias decorridos de
acordo com a seguinte escala:

Tempo de desemprego Quantidade de parcelas

Até 29 dias de desemprego Nenhuma parcela

De 30 a 44 dias de desemprego 1 parcela

De 45 a 74 dias de desemprego 2 parcelas

De 75 a 104 dias de desemprego 3 parcelas

105 a 134 dias de desemprego 4 parcelas

135 a 164 dias de desemprego 5 parcelas

De 165 a 194 dias de desemprego 6 parcelas (caso haja adicional)

Acima de 195 dias de desemprego 7 parcelas (caso haja adicional)

Tabela 06 - Tempo de desemprego X Quantidade de parcelas

Na contagem dos dias de desemprego do segurado, devem ser considerados os meses


de 28, 29, 30 e 31 dias. Para a referida contagem, deve-se considerar o dia da demissão e
desconsiderar o dia da nova admissão ou a data do óbito. Após a verificação do número de
parcelas que o segurado faz jus, providenciar a reemissão das mesmas.

84
12. Retomada do benefício (Saldo de Parcelas)
Consideram-se como “saldo de parcelas” as situações que tenham pelo menos uma
parcela paga. No caso de todas as parcelas restituídas, devolvidas ou não emitidas, o período
não será marcado e, portanto, serão descaracterizadas como saldo. Para esses casos, será
iniciado novo período aquisitivo.

Pela legislação vigente, havendo saldo de parcelas a receber, se a dispensa ocorrer até o
último dia do período aquisitivo, não se considerará como fim de período.

Não existe obrigatoriedade de comprovação dos 6 (seis) últimos salários.

O saldo de parcelas somente será liberado por meio de requerimento (SD/CD)


correspondente a última demissão (sem justa causa).

Para os casos de término do contrato (código de saque 04), o reemprego também


poderá ocorrer antes do 30º dia e o saldo será liberado pelo requerimento especial código
252.

 Atenção:
Lembre-se que, entre a demissão do Cód. 01 (que gerou o Seguro-Desemprego) e o
Reemprego, o trabalhador deve ter pelo menos um dia de desemprego.

12.1. Critérios indispensáveis:


1 - estar desempregado há mais de 7 (sete) dias;

2 - ocorrência da dispensa antes do término do período aquisitivo.

O saldo de parcelas que, por qualquer motivo, não for retomado até o último dia do
período não será transferido para o posterior. Por conseguinte, o segurado perderá o direito
de receber este saldo.

 Exemplo:
Data de Demissão: 10/09/2014

Data de Reemprego: 27/10/2014


Data de Demissão: 21/06/2015

Com a demissão de 10/9/2014, o segurado habilitou-se a 5 (cinco) parcelas. Recebeu 2


(duas) parcelas, por ter se reempregado no 47º dia, restando o saldo de 3 (três) parcelas.

A nova demissão ocorreu em 21/06/2015, dentro do mesmo período aquisitivo. Neste


caso, teve direito a requerer o saldo de 3 (três) parcelas, referente ao benefício anterior.

85
 Atenção:
Caso a nova demissão seja sem justa causa (código 01 ou SJ2) o atendente deve dar
entrada, normalmente, nas guias SD/CD.

Caso a nova demissão seja por término de contrato (código 04 ou PD0), o atendente
deve dar entrada no requerimento especial 252.

13. Reemissão de parcelas


As reemissões de parcelas são cadastradas diretamente no Portal Mais Emprego, em
qualquer período aquisitivo, cumpridas as seguintes exigências:

a) as parcelas deverão constar obrigatoriamente como devolvidas, no banco de dados


do sistema;

b) Conforme Resolução do nº 467, de 21 de dezembro de 2005, inciso 4º, o prazo é de 2


(dois) anos contados a partir da data de dispensa que deu origem ao benefício, bem como os
casos de notificações e reemissões de parcelas.

 Atenção:
Em caso de morte do segurado, as parcelas serão reemitidas por meio de solicitação da
unidade, via e-mail ou SEDEX, onde conste a informação da data de demissão, data do óbito e
o número de parcelas a reemitir, devendo a pessoa que vai receber o benefício estar de posse
de Alvará de Levantamento, fornecido pela Junta de Concessão e Órfãos.

14. Complemento do valor do benefício


A complementação do valor do benefício dar-se-á em virtude da emissão de parcelas
com valor inferior ao devido.

A unidade poderá instruir o trabalhador a receber todas as parcelas emitidas com valor
a menor e, posteriormente, retornar à unidade para preenchimento de recurso ou solicitar à
CAIXA a devolução das parcelas para que os salários sejam corrigidos por intermédio de
reemissão.

O complemento será emitido em uma única vez e corresponderá ao valor global devido.
Caso o valor do complemento seja emitido a menor, recomendar ao trabalhador para receber
o valor liberado e requerer a diferença por um novo recurso. Caso o trabalhador não aceite
essa solução, solicitar a devolução do valor liberado e então fazer novo recurso.

86
Caso o complemento seja devolvido, a unidade deverá entrar em contato com o MT
para que seja feito o levantamento do motivo da devolução e receber as devidas instruções
para os procedimentos cabíveis;

É devido ao segurado recorrer do recurso 505 num prazo de até 02 (dois) anos da data
em que recebeu cada parcela, constando ou não um novo contrato na CTPS.

 Atenção:
No caso de reemprego ou morte do segurado, o recurso poderá ser feito logo após o
recebimento das parcelas devidas. O agente credenciado deverá indicar, no campo de
observações do recurso, o número de parcelas recebidas até o reemprego ou a data da morte
do segurado.

Caso o trabalhador tenha parcelas a emitir, a unidade poderá, antes da emissão destas
parcelas, enviar e-mail à Coordenação do Seguro-Desemprego em BH juntamente com a
documentação correta para acerto dos salários no Sistema (esse documento será
encaminhado para a Coordenação Geral do MT em Brasília, que fará o acerto). Assim, as
demais parcelas sairão com o valor correto e o complemento será apenas das parcelas
recebidas com valor a menor.

Anotações:

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87
15. Requerimento especial
É um formulário que possibilita o trabalhador a requerer o Seguro-Desemprego em
casos especiais. Esse formulário será preenchido somente pelas Unidades de Atendimento
conveniadas, mediante apresentação da documentação exigida para habilitação.

Código Discriminação de Motivos Procedimentos

1. Recusa por parte do empregador 1. Entrar em contato com a empresa para


em fornecer ao trabalhador comprovar a recusa. Caso comprovada,
dispensado sem justa causa o solicitar fiscalização e aguardar o resultado
requerimento do Seguro-Desemprego da diligência. Após o resultado preencher
- SD e a Comunicação de Dispensa - o requerimento especial.
CD.

2. Quando o requerente não possuir 2. Solicitar fiscalização e preencher


100
SD/CD, ausência do Termo de requerimento após o resultado da
Rescisão do Contrato de Trabalho - diligência. Sendo que na ausência do
TRCT ou CPFGTS/comprovante de CPFGTS/comprovante de vínculo poderá
vínculo. gerar recurso.

3. Notificado por indeferimento 3. Verificar se houve a devida quitação do


DISP/DISP com campo motivo de TRCT e preencher o requerimento
cancelamento "00”. especial.

1. Perda ou extravio do requerimento 1. O trabalhador deverá solicitar, junto à


do Seguro-Desemprego - SD ou da empresa, cópia do comprovante de
Comunicação de Dispensa - CD antes entrega da Comunicação de Dispensa.
da postagem do formulário pelo Após, deverá ser feita a verificação dos
requerente. documentos apresentados, conferindo-se
os critérios de habilitação e o
2. Para CD sem registro no Sistema há preenchimento do requerimento no prazo
211 mais de 45 (quarenta e cinco) dias e de 120 dias. Manter arquivada a cópia do
que a recepção tenha sido feita em comprovante, com a primeira via do
outro Posto, substituir pelo requerimento especial.
Requerimento Especial refazendo a
pré-triagem. 2. Anexar CD original junto a primeira via
do Requerimento Especial e arquivar no
Posto. A data de requerimento deverá ser
a mesma da CD original.

Dispensa no código 04 - recebimento Preencher os campos referentes a última


do benefício ou saldo de parcelas para dispensa, sendo que o número da CD deve
252 demissões por término de contrato de ser o mesmo da dispensa que o habilitou
experiência, determinado ou (sem justa causa).
temporário.

Tabela 07 - Discriminação dos Motivos e Procedimentos para o requerimento especial

88
15.1. Como dar entrada no requerimento especial:
Para a postagem do requerimento especial no Sistema Mais Emprego, o atendente
deverá, na tela do Seguro-Desemprego, clicar na aba Concessão de Benefício; logo após, na
guia Formal/bolsa de Qualificação Profissional e, em seguida, escolher a guia Cadastrar
Requerimento Especial, como mostrado na figura 22:

Figura 22 - Cadastrar Requerimento Especial

Na tela que se abre, preencha o número do PIS e clique na caixa “Gerar número do
requerimento”; logo depois, clique em Iniciar Cadastro (figura 23).

Figura 23 - Cadastrar Requerimento Especial

89
Na tela que se abre, o atendente deverá preencher os dados do requerimento, figura 24:

Figura 24 - Cadastro Requerimento Especial

 Atenção:
No campo “motivo” do requerimento: informar o código (se é: 100 / 211 ou 252);

Nunca se esquecer de clicar na calculadora, para que ela calcule os meses trabalhados;
informe os salários no requerimento.

Após preencher todos os campos, basta clicar em Cadastrar.

90
16. Cancelamentos

16.1. Cancelamento do formulário SD/CD


O cancelamento do formulário poderá se dar em virtude da não comprovação dos
requisitos de habilitação, no ato do requerimento do Seguro-Desemprego.

O requerente deverá receber a informação de que não possui os requisitos necessários


que o habilitam ao benefício, acompanhada da devida explicação sobre o(s) motivo(s) legal(is).

O cancelamento deverá ser efetuado nas 2 (duas) vias do formulário SD/CD,


preenchendo-se o campo com o respectivo código, conforme a tabela a seguir:

Cód. Cancelamento Notificação Recurso


59 Menos de 06 Salários 510
66 Benefício de Prestação Continuada da Previdência Social 801
67 Dispensa em desacordo a Lei 8.900 de 1994 909
68 Recebimento de renda própria 801
77 Reemprego ou outro emprego 540
78 Menos de 06 Meses 515
80 Aderiu ao Plano de Demissão Voluntária ou Similares 909
82 Recusa de novo emprego *

Em caso de recusa de novo emprego a liberação será por Processo.

Caso, após a devida explicação, o requerente insista no encaminhamento do formulário,


o funcionário deverá efetuar a(s) correção(ões) do(s) campo(s), em conformidade com o que
foi comprovado pela documentação apresentada, e preencher o campo "Motivo do
Cancelamento" na SD/CD, encaminhando-o ao processamento em envelope separado dos
demais requerimentos, anotando a observação no envelope "Requerimentos Indeferidos".

16.2. Cancelamento do benefício por recebimento indevido


Quando for constatado que houve recebimento indevido, pelo trabalhador, relativo ao
último benefício ou em anteriores, proceder da seguinte forma:

Cadastrar a restituição da(s) parcela(s), tirar cópia de toda documentação que comprove
o recebimento indevido e orientar o trabalhador a restituir.

Se o trabalhador receber indevidamente o benefício uma única vez, após a restituição, a


situação será regularizada no Sistema Seguro-Desemprego.

Se o trabalhador se recusar a restituir as parcelas, bloquear o PIS-PASEP, formalizar


processo e encaminhar ao Órgão competente de cada região.

Caso o trabalhador já tenha recebido indevidamente mais de uma vez,


independentemente da restituição, formalizar processo e encaminhar para o Órgão
competente de cada região (pode ser o M.T ou Superintendência Regional do Trabalho
Emprego).
91
 Atenção:
A Unidade do SINE deverá preencher o termo de ciência (vide página 82), sempre que o
segurado possuir parcelas a restituir. Ao proceder o cancelamento, o Requerimento do Seguro-
Desemprego deverá ser arquivado na Unidade do SINE enquanto a CD deverá ser devolvida ao
interessado No campo “motivo” do requerimento: informar o código (se é: 100 / 211 ou 252);

17. Recurso
Em todos os recursos, os trabalhadores devem apresentar toda documentação
apresentada na postagem do benefício de Seguro-Desemprego e outros específicos de cada
notificação.

17.1. Discriminação dos motivos e procedimentos

 Recurso 505

Complemento de parcelas - quando o recebimento for com valor menor.

Após o recebimento de todas as parcelas, o posto providenciará o preenchimento do


recurso, anexando a seguinte documentação:

 Cópia da Comunicação de Dispensa (frente e verso);


 Contracheques e TRCT.

 Recurso 506

Solicitação de parcelas pendentes de períodos anteriores: (parcelas devolvidas);


notificados por erro de crítica (CEI, PIS, CNPJ, etc.); notificados por motivo de recurso.

O requerente deverá, obrigatoriamente, ter uma inclusão em novo período aquisitivo e


parcela(s) devolvida(s) ou notificada(s) em período(s) anterior(es) por erro comprovado do
sistema ou notificação. O Posto preencherá o recurso, anexando a seguinte documentação:

 Cópia da Comunicação de Dispensa (frente e verso);


 CTPS completa, inclusive a 1ª página em branco após o último contrato;
 Sentença judicial, certidão da justiça/comissão de conciliação prévia/alvará judicial
(liberando o FGTS) / ata de conciliação/termo de audiência ou petição inicial com data de
homologação, quando for o caso; e
 Para os notificados por motivo de recurso, protocolo do 1º recurso preenchido no
prazo de 90 (noventa) dias a contar da data da notificação no Sistema.

92
 Recurso 510 (<6SL) Motivo 708

Comprovação de vínculo por meio das informações contidas no CNIS (Cadastro


Nacional de Informações Sociais).

O Posto preencherá o recurso anexando a seguinte documentação:

 CTPS (Contratos dos últimos três anos, inclusive a 1ª página em branco após o último
contrato);
 Rescisão de contrato - TRCT;
 Documento de comprovação de vínculo;
 Sentença judicial, ou resultado da fiscalização (caso haja).

 Recurso 520 (<6SL)

Comprovação do recebimento de salários nos últimos seis meses.

Obs.: Este recurso terá de ser processado nas DRT´s. Depois de preenchido e
processado, deverá ser enviado à Coordenação (Brasília) para arquivo.

O Posto preencherá o recurso anexando a seguinte documentação:

 CTPS (Contratos dos últimos três anos, inclusive a 1ª página em branco após o último
contrato);
 Documento de comprovação de vínculo;
 Rescisão de contrato - TRCT.

 Recurso 515 (<15m)

Comprovação do tempo de serviço nos últimos 36 meses.

Obs.: Este recurso terá de ser processado nas DRT´s. Depois de preenchido e
processado, deverá ser enviado à Coordenação (Brasília) para arquivo.

O Posto preencherá o recurso anexando a seguinte documentação:

 CTPS (Contratos dos últimos três anos, inclusive a 1ª página em branco após o último
contrato);
 Documento de comprovação de vínculo; e
 Rescisão de contrato – TRCT.

 Recurso 530 (<6 SL) (<15m)

Comprovação do tempo de serviço nos últimos 36 meses e do recebimento dos 06


salários consecutivos.

Obs.: Este recurso terá de ser processado nas DRT´s. Depois de preenchido e
processado, deverá ser enviado à Coordenação (Brasília) para arquivo.

93
O Posto preencherá o recurso, anexando a seguinte documentação:

 CTPS (Contratos dos últimos três anos, inclusive a 1ª página em branco após o último
contrato);
 Documento de comprovação de vínculo; e
 Rescisão de contrato – TRCT.

 Recurso 540 (REM, REEMP, Reemprego)

Comprovação de que não foi reempregado no período indicado na notificação.

Motivo: 707 - reemprego notificado pela Caixa; 708 - reemprego notificado pelo CNIS; e
709 - reemprego notificado pelo CAGED.

O Posto preencherá o recurso, anexando a seguinte documentação:

 CTPS (Contratos dos últimos três anos, inclusive a 1ª página em branco após o último
contrato);
 Documento de comprovação de vínculo;
 Rescisão de contrato - TRCT; e · declaração da empresa, a qual indica o reemprego,
ou a declaração do trabalhador, caso a empresa não seja localizada.

 Recurso 550 (+120)

Comprovação de que requereu o benefício no prazo legal de 120 dias. Também nos
casos abaixo:

1. CAIXA não liberou o FGTS;

2. Atraso na homologação;

3. Trabalhador hospitalizado;

4. Atraso no depósito do FGTS pela empresa;

5. Aguardando resultado do pedido de aposentadoria;

6. Erro na data de demissão.

Obs.: No caso de erro na data de demissão, este recurso deverá ser processado nas
DRT´s. Depois de preenchido e processado, deverá ser enviado à Brasília para arquivo.

O Posto preencherá o recurso anexando os seguintes documentos:

 Cópia da Comunicação de Dispensa - CD (frente e verso);


 CTPS (Contratos dos últimos três anos, inclusive a 1ª página em branco após o último
contrato);
 Documento de comprovação de vínculo;

94
 Rescisão de contrato - TRCT e demais documentos conforme tipo de notificação:

1. Declaração fornecida pela Caixa;

2. Verso do TRCT contendo o carimbo com a homologação feita pelo sindicato

e/ou DRT;

3. Declaração do hospital e cópia da guia de internação, constando a data do


início e término;

4. Extrato analítico do FGTS;

5. Carta de indeferimento do pedido de aposentadoria.

 Recurso 555 (+120)

Para o trabalhador que recorrer à Justiça do Trabalho pleiteando reclamatória de


vínculo empregatício, de tempo de serviço, etc.

O Posto preencherá o recurso, anexando a seguinte documentação:

 Cópia da Comunicação de Dispensa - CD (frente e verso);


 CTPS (Contratos dos últimos três anos, inclusive a 1ª página em branco após o último
contrato);
 Rescisão de contrato - TRCT;
 Sentença judicial, certidão da justiça/comissão de conciliação prévia/alvará judicial
(liberando o FGTS) / ata de conciliação/termo de audiência ou petição inicial com data de
homologação, quando for o caso.

 Recurso 559

Duas ou mais notificações

Documentação pertinente às notificações.

 Recurso 567

Comprovação de que o domicílio do empregador pertence a região metropolitana, a


qual dá direito à(s) parcela(s) adicional(is).

O Posto preencherá o recurso, anexando a seguinte documentação:

 Cópia do cartão do CNPJ;


 Cópia da CTPS (Contratos dos últimos três anos, inclusive a 1ª página em branco após
o último contrato);
 Caso haja divergência de localização, mandar declaração da empresa informando
onde realmente o trabalhador prestava serviço.

95
 Recurso 801 (CIND–602) (BPRV-604) (APOS-608)

Comprovação de que não está em benefício de prestação continuada da Previdência


Social ou não é Contribuinte Individual Obrigatório.

O Posto deverá preencher o recurso, anexando a seguinte documentação:

 CTPS (Contratos dos últimos três anos, inclusive a 1ª página em branco após o último
contrato);
 Cópia do Termo de Rescisão - TRCT e demais documentos por tipo de notificação:

602 - Contribuinte Individual:

 Ficha de Cadastramento do Trabalhador contribuinte individual com inscrição


e/ou alteração.

604 - Benefícios Previdenciários:

 Cópia da CTPS, onde se lê o registro do INSS, constando data do início e cessação


do Benefício.

608 - Aposentadoria:

 Carta de Indeferimento ou carta de concessão memória de cálculo, constando


data do requerimento e data do início de pagamento.

 Recurso 803

Comprovação de que não houve o óbito.

Obs.: Este recurso terá de ser processado nas DRT. Depois de preenchido e processado
deverá ser enviado à Coordenação (Brasília) para arquivo.

 Cópia da comunicação de dispensa - CD;


 Cópia do TRCT.

 Recurso 804

Recurso especial para liberação de demissão atual rejeitada na habilitação por


indeferimento da demissão anterior - Mot 602, 604 e 608.

 Cópia do TRCT (da demissão anterior);


 Cópia da CTPS completa, inclusive a 1ª página em branco após o último contrato;
 Documento comprobatório para a liberação da notificação em questão.

 Recurso 805

Comprovação de que está habilitado ao recebimento da Bolsa Qualificação

 Cópia do requerimento da Bolsa Qualificação;

96
 Cópia da CTPS completa, inclusive a 1ª página em branco após o último contrato;
 Documento comprobatório para a liberação da notificação em questão;
 Cópia da convenção ou acordo coletivo;
 Cópia do documento de inscrição no curso de qualificação, contendo o período.

 Recurso 909

Bloqueado para confirmação do MT. Quando a dispensa do trabalhador não foi


informada na Lei n. º 4.923/65 - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados e o CNPJ
informado está sob suspeita de utilização indevida ou situação de PDV/Similares.

O Posto deverá preencher o recurso com a seguinte documentação:

 Cópia da Comunicação de Dispensa - CD (frente e verso);


 CTPS (Contratos dos últimos três anos, inclusive a 1ª página em branco após o último
contrato);
 Documento de comprovação do vínculo;
 Rescisão de contrato.

Para casos de PDV/Similares:

 Cópia do plano e/ou acordo coletivo, dissídio, convenção.

 Atenção:
O preenchimento e o encaminhamento dos recursos serão feitos exclusivamente pelos
Postos do Ministério do Trabalho (DRT).

O prazo para o trabalhador entrar com recurso é de 2 anos a partir da data de dispensa.

Todas as circulares enviadas pelo MT estão disponíveis no site do sistema Mais


Emprego: http://sppe.mte.gov.br/

97
18. Benefícios bloqueados / desbloqueados

18.1. Como consultar o motivo do bloqueio /desbloqueio:


Para consultar o motivo do bloqueio no Sistema Mais Emprego, o atendente deverá, na
tela do Seguro-Desemprego, clicar na aba Administração; logo após, na guia PIS/PASEP e, em
seguida, escolher a guia Consultar como mostra a figura 25:

Figura 25 - Consultar PIS/PASEP

Informe o número do PIS/PASEP e em seguida clique em Consultar (figura 26):

Figura 26 - Tela de Consulta

98
O sistema exibirá a situação do PIS/PASEP digitado (figura 27):

Figura 27 - Tela com o Status do PIS/PASEP

18.2. Como proceder, caso o benefício seja bloqueado:


a) pelo SINE: os atendentes devem informar, apenas, que há uma pendência e que o
segurado deve procurar a unidade que efetuou o bloqueio no sistema, para a regularização do
seguro;

b) pelo SINE Matriz (SEDESE/SGAT): enviar para a SEDESE a documentação necessária


para desbloqueio;

c) pelo Ministério (SRTE, Gerência ou Agência do MT): os atendentes devem informar,


apenas, que há uma pendência e que o segurado deve procurar a SRTE/MG, Gerência ou
Agência do MT para a regularização do seguro.

 Atenção:
O atendente não deve fornecer ao trabalhador, em hipótese nenhuma, a tela de
consulta com os dados do bloqueio.

99
19. Outros tipos de Seguro-Desemprego

19.1. Seguro-Desemprego Trabalhador Doméstico


(Lei nº 10.208, de 23 de março de 2001)

É considerado empregado doméstico todo aquele que presta serviços à pessoa ou


família de maneira contínua (frequente, constante) e com finalidade não lucrativa no âmbito
residencial.

Exemplo: cozinheiro, governanta, babá, lavadeira, faxineira, vigia, motorista particular,


enfermeira de residência, jardineiro, copeira, caseiro.

 Atenção:
Entende-se por maneira contínua a prestação de serviço de, no mínimo, 3 (três) vezes
por semana.

19.1.1. O que é
É um auxílio temporário concedido ao empregado doméstico desempregado, inscrito no
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, que tenha sido dispensado sem justa causa.

19.1.2. Quem tem direito


O empregado doméstico dispensado sem justa causa, a partir de maio de 2001, que
comprovar:

 Ter trabalhado como empregado doméstico pelo menos 15 meses nos últimos 24
meses;

 Estar inscrito como Contribuinte Individual da Previdência Social e possuir, no


mínimo, 15 contribuições ao INSS;

 Ter, no mínimo, 15 recolhimentos ao FGTS como empregado doméstico;

 Não estar recebendo nenhum benefício da Previdência Social, exceto auxílio-acidente


e pensão por morte;

 Não possuir renda própria para seu sustento e de sua família.

19.1.3. Qual o valor do benefício


Para o empregado doméstico, o valor máximo de cada parcela é de 1 (um) salário
mínimo.

100
19.1.4. Como receber
O empregado, ao ser dispensado sem justa causa, deverá dirigir-se aos Postos de
Atendimento do Ministério do Trabalho (Delegacia Regional - DRT, Sistema Nacional de
Emprego - SINE ou postos conveniados) para que o requerimento do benefício seja
preenchido.

19.1.5. Quais são os documentos necessários para requerimento


 Carteira de Identidade, CNH (modelo novo), CTPS (modelo novo) ou Certidão de
Nascimento com protocolo da identidade;

 Comprovante de Inscrição de Contribuinte Individual ou cartão do PIS-PASEP;

 Termo de rescisão de contrato de trabalho atestando a dispensa sem justa causa;

 Comprovantes de recolhimentos das contribuições previdenciárias e do FGTS.

19.1.6. Qual é o prazo para encaminhar


Para solicitar o benefício em um dos Postos do Ministério do Trabalho, o empregado
terá um prazo de 7 a 90 dias, contados do dia seguinte à data de sua dispensa.

19.1.7. Qual é a quantidade de parcelas


A lei garante ao trabalhador o direito de receber o benefício por um período máximo de
3 meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses.

19.1.8. Quando e onde receber


Depois de encaminhar o requerimento, o trabalhador deverá aguardar
aproximadamente 30 dias e dirigir-se a qualquer agência da CAIXA para recebimento do
benefício.

 Atenção:
Verificar no TRCT no campo Categoria do Trabalhador se o código informado é 06.

OBS.: o recolhimento do FGTS deverá ser feito mesmo quando o requerente tiver
trabalhado apenas 1 (um) dia no mês.

19.1.9. Formas de contagem


A regra para definir o período de 24 meses, para efeito de contagem de vínculo
empregatício, é a seguinte:

101
Contagem de Meses: Data da demissão retroagindo 24 Meses. Se a data de demissão
estiver entre os meses de Janeiro até Novembro, a seguinte regra deverá ser utilizada;

Regra: + 1 Mês - 2 Anos.

 Exemplo:
Data de Demissão: 12/03/2015 Regra: + 1 Mês - 2 Anos - Usando a regra:
12 / 03 / 2015
+1 -2
------------------------
00 / 04 / 2013

=> Contar os salários a partir de Abril de 2013

Contagem de Salários: Data da demissão retroagindo 24 Meses. Se a data da demissão


for em Dezembro, a seguinte regra deverá ser utilizada;

Regra: + 1 Mês - 1 Ano.

 Exemplo:
Data de Demissão: 12/12/2015 Regra: + 1 Mês - 1 Ano - Usando a regra:
12 / 12 / 2015
+1 -1
------------------------
00 / 01 / 2014

=> Contar os salários a partir de Janeiro de 2014

102
19.1.10. Como dar entrada no Seguro-Desemprego Empregado
Doméstico
Para a postagem do requerimento SD Empregado Doméstico no Sistema Mais Emprego,
o atendente deverá, na tela do Seguro-Desemprego, clicar na aba Concessão de Benefício;
logo após, na guia Empregado Doméstico e, em seguida, escolher a guia Cadastrar
Requerimento como mostrado na figura 28:

Figura 28 - Tela Cadastrar requerimento

Na tela que se abre, preencha o número do PIS ou NIT e clique na caixa “Gerar número
do requerimento”, logo depois clique em Iniciar Cadastro (figura 29).

Figura 29 - Tela Cadastrar Requerimento Empregado Doméstico

103
Figura 30 - Tela Cadastrar Requerimento Empregado Doméstico

Após preencher todos os campos da figura 30, o atendente deverá clicar em Cadastrar.

No final da inclusão você poderá imprimir o formulário em duas vias. A primeira via será
assinada pelo trabalhador e arquivada na Unidade de Atendimento; e a segunda via será
entregue ao trabalhador.

104
19.2. Seguro-Desemprego Bolsa de Qualificação
A possibilidade de uso do benefício Seguro-Desemprego como Bolsa Qualificação
Profissional para trabalhadores com contrato de trabalho suspenso é uma medida que surge
como alternativa à demissão do trabalhador formal, em momentos de retração da atividade
econômica que, por razões conjunturais associadas ao ambiente macroeconômico ou
motivações cíclicas e estruturais, causam impactos inevitáveis ao mercado de trabalho.

A solicitação do benefício de SD - modalidade Bolsa de Qualificação pressupõe ações


anteriores à solicitação do benefício pelo trabalhador.

Nesse sentido, é de extrema importância para o sucesso do Benefício Bolsa Qualificação


que empregadores busquem, previamente, contato com a Superintendência Regional do
Trabalho e Emprego, para obter informações a respeito dessa modalidade no que se refere às
exigências legais para recebimento do benefício.

A suspensão do contrato de trabalho está prevista na Consolidação das Leis do Trabalho


- CLT. No Artigo 476 - A, da CLT consta o permissivo legal para a suspensão do contrato de
trabalho, para participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional,
conforme transcrito abaixo:

Para ter direito à bolsa qualificação, o trabalhador terá que comprovar os requisitos
previstos na Lei 7998 de 1990 e suas alterações, exceto a dispensa sem justa causa, quais
sejam:

Art. 476-A.

O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois a cinco


meses, para participação do empregado em curso ou programa de Qualificação Profissional
oferecido pelo empregador, com duração equivalente à suspensão contratual, mediante
previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado,
observado o disposto no art. 471 desta Consolidação.

§ 1º Após a autorização concedida por intermédio de convenção ou acordo


coletivo, o empregador deverá notificar o respectivo sindicato, com antecedência mínima de
quinze dias da suspensão contratual.

§ 2º O contrato de trabalho não poderá ser suspenso em conformidade com


o disposto no caput deste artigo mais de uma vez no período de dezesseis meses.

§ 3º O empregador poderá conceder ao empregado ajuda compensatória


mensal, sem natureza salarial, durante período de suspensão contratual nos termos do caput
deste artigo, com valor a ser definido em convenção ou acordo coletivo.

§ 4º Durante o período de suspensão contratual para participação em curso


ou programa de Qualificação Profissional, o empregado fará jus aos benefícios
voluntariamente concedidos pelo empregador.

105
§ 5º Se ocorrer a dispensa do empregado no transcurso do período de
suspensão contratual ou nos três meses subsequentes ao seu retorno ao trabalho, o
empregador pagará ao empregado, além das parcelas indenizatórias previstas na legislação
em vigor, multa a ser estabelecida em convenção ou acordo coletivo, sendo de, no mínimo,
cem por cento sobre o valor da última remuneração mensal anterior à suspensão do contrato.

§ 6º Se durante a suspensão do contrato não for ministrado o curso ou


programa de Qualificação Profissional ou o empregado permanecer trabalhando para o
empregador, ficará descaracterizada a suspensão, sujeitando o empregador ao pagamento
imediato dos salários e dos encargos sociais referentes ao período, às penalidades cabíveis
previstas na legislação em vigor, bem como às sanções previstas em convenção ou acordo
coletivo.

§ 7º O prazo limite fixado no caput poderá ser prorrogado mediante


convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado, desde que o
empregador arque com o ônus correspondente ao valor da Bolsa Qualificação Profissional no
respectivo período.

Para a execução do benefício Seguro-Desemprego, na modalidade Bolsa Qualificação, é


necessário que exista acordo entre o empregador e representante dos empregados, ou seja:

a) deve existir dispositivo tratando do assunto em acordo ou convenção coletiva de


trabalho, devidamente aceita pela entidade representativa da classe trabalhadora;

b) o acordo ou a convenção coletiva exige homologação nas unidades locais do


Ministério do Trabalho, ou seja, nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego
(antigas Delegacias Regionais do Trabalho).

Segundo as deliberações do CODEFAT, no âmbito do Plano Nacional de Qualificação, as


ações de qualificação profissional envolvem atividades de educação profissional e devem
possuir conteúdos relacionados com as atividades da empresa, sem prejuízo de outros que se
definam em função da realidade local, das necessidades dos trabalhadores, do
desenvolvimento do território, do mercado de trabalho e do perfil da população a ser
atendida. No tocante à carga horária dos cursos, o Plano Nacional de Qualificação aprovado
pelo CODEFAT, define:

I. Mínimo de 85% (oitenta e cinco por cento) de ações formativas denominadas cursos
ou laboratórios;

II. Até 15% (quinze por cento) de ações formativas denominadas seminários e oficinas;

III. Frequência mínima de 75% às atividades do Curso.

O presente texto foi elaborado a partir das dúvidas dirigidas à Coordenação-Geral do


Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e Identificação Profissional do Departamento de
Emprego e Salário - DES/SPPE/MT, com intuito de contribuir e orientar a rede de atendimento,
os trabalhadores e os empregadores na execução do Seguro-Desemprego modalidade Bolsa
Qualificação.

106
Assim, o texto visa orientar sobre os procedimentos necessários à execução das normas
referentes à Bolsa Qualificação.

Caso existam necessidades de informações adicionais, sugerimos contatos diretos com a


rede de atendimento do Ministério do Trabalho, por meio das Superintendências Regionais do
Trabalho e Emprego - SRTE, das unidades do Sistema Nacional de Emprego - SINE, no âmbito
estadual e municipal.

19.2.1. Como dar entrada no requerimento de Bolsa Qualificação


Para a postagem do requerimento SD Bolsa de Qualificação Profissional no Sistema Mais
Emprego, o atendente deverá, na tela do Seguro-Desemprego, clicar na aba Concessão de
Benefício; logo após, na guia Formal / Bolsa de Qualificação Profissional e, em seguida,
escolher a guia Cadastrar Requerimento Bolsa de Qualificação Profissional como mostrado na
figura 31:

Figura 31- Tela Cadastrar requerimento - Bolsa de Qualificação Profissional

Na tela que se abre, preencha o número do PIS/PASEP e clique na caixa “Gerar número
do requerimento” logo depois clique em Iniciar Cadastro como mostra a figura 32.

107
Figura 32 - Tela Cadastrar Requerimento Bolsa Qualificação

Figura 33 - Tela Cadastrar Requerimento Bolsa Qualificação

108
Após preencher todos os campos da figura 33, o atendente deverá clicar em Cadastrar.

No final da inclusão você poderá imprimir o formulário em duas vias. A primeira via será
assinada pelo trabalhador e arquivada na Unidade de Atendimento e a segunda via será
entregue ao trabalhador.

19.3. Seguro-Desemprego - Pescador Artesanal

19.3.1. O que é
É uma assistência financeira temporária concedida ao pescador profissional que exerça
sua atividade de forma artesanal, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda
que com o auxílio eventual de parceiros, que teve suas atividades paralisadas no período de
defeso.

Com a aprovação da lei nº 13.134, de 16 de junho de 2015 o Seguro-Desemprego -


Pescador Artesanal deixou de ser postado nas Unidades de Atendimento sendo realizado pelo
INSS.

19.4. Seguro-Desemprego - Empregado Resgatado

19.4.1. O que é
É um auxílio temporário concedido ao trabalhador desempregado em virtude de
dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente resgatado
de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo.

20. Rotina de recusa

20.1. Como funciona?


Ao solicitar o benefício, o trabalhador poderá ser imediatamente encaminhado a uma
nova vaga de emprego, desde que seja compatível com o perfil do trabalhador, de seu
emprego anterior (cargo e salário).

O trabalhador que solicitar ou que estiver recebendo o Seguro-Desemprego não poderá


recusar a oferta de reinserção no mercado de trabalho (vagas do último CBO/salário). Porém,
não será suspenso o pagamento do Seguro-Desemprego dos requerentes que justificarem
incompatibilidade com a vaga oferecida como:

 Comprovando estar em processo de qualificação ou de aposentadoria;


 Problema de saúde;
 Choque cultural;
 Ter trabalhado na empresa e encontrado dificuldades de adaptação;
 Endereço do trabalho de difícil acesso;
 Horário incompatível;
 Atividade/condição insalubre;
 Condição de periculosidade, entre outros motivos.

109
 Atenção:
Devem ser respeitados os requisitos de ocupação, nível de escolaridade, formação,
especialização e qualificação do trabalhador, além de remuneração condizente com a
anteriormente percebida, com o mercado de trabalho, o grau de complexidade da ocupação e
a jornada de trabalho.

21. PRONATEC

21.1. O que é o PRONATEC?


Em 26 de Outubro de 2011 foi sancionada a Lei nº 12.513/2011 dando início ao
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - PRONATEC que tem como
objetivo principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação
Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira.

A SEDESE, como Demandante do PRONATEC, tem como responsabilidade levantar a


demanda de profissionais qualificados nos municípios e encaminhá-los para a matrícula dos
cursos ofertados pelas entidades executoras, conforme imagem explicativa abaixo:

Os cursos podem ser realizados presencialmente ou à distância e são realizados pela


Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, por escolas estaduais de
Ensino Profissional e Tecnológico e, também, por unidades de serviços nacionais de
aprendizagem como o SENAC, SENAT e o SENAI de seu município, no período diurno e
noturno, não ultrapassando 4 horas diárias. O quadro abaixo dá um panorama dos atores que
compõem Ofertantes e Demandantes:

110
Existem diversas modalidades de PRONATEC, conforme os quadros abaixo:

111
112
Dentre estas diversas modalidades, as atendidas pelo Ministério do Trabalho são o
PRONATEC Trabalhador e PRONATEC Seguro-desemprego. Os cursos destas modalidades são
de Formação Inicial e Continuada – FIC. Os cursos FIC tem duração média de 200 horas.
Existem também os cursos Técnicos, com média de 1.600 horas.

O PRONATEC Trabalhador visa atender qualquer cidadão em busca de emprego com


idade maior que 15 anos. Ele possui um número de vagas limitadas dependendo do curso a ser
executado no município.

O PRONATEC Seguro-Desemprego é uma modalidade de demandas que atende


trabalhadores requerentes do Seguro-Desemprego. Todavia, esta modalidade não tem turma
exclusiva e, sim, prioridade na efetivação da matrícula de qualquer turma a ser realizada no
município.

21.2. O que muda no Seguro-Desemprego?


Conforme a Portaria Interministerial MEC/MT nº 17, de dezembro de 2013, benefício
poderá ser suspenso ou cancelado se a frequência no curso de formação inicial e continuada
for inferior a 75%, se não frequentar os cinco primeiros dias consecutivos e se for reprovado
por nota ou frequência mais de uma vez.

O benefício Seguro-Desemprego será também cancelado pela recusa por parte do


trabalhador em matricular-se em curso condizente com sua qualificação registrada ou
declarada, ou sua evasão.

113
21.3. Como serão os cursos?
I - gratuitos;

II - disponibilizados em períodos diurnos e noturnos;

III - limitados ao período de quatro horas diárias;

IV - realizados sempre em dias úteis.

21.4. Qual o objetivo?


A Lei nº 12.513/2011 criou o PRONATEC como o objetivo principal de expandir,
interiorizar e democratizar a oferta de cursos para a população brasileira.

21.5. Como comprovar matricula e frequência?


Os agentes de atendimento e os trabalhadores não precisam se preocupar, as
informações serão encaminhadas automaticamente pelo MEC ao MT.

21.6. O Trabalhador é obrigado a se matricular?


De acordo com o Decreto 8.118, de 10 de outubro de 2013, o segurado que solicita o
Seguro-Desemprego pela segunda vez, deve ser encaminhado aos cursos do PRONATEC.
Assim, todo trabalhador que for reincidente e houver disponibilidade de curso é obrigado a
matricular-se.

21.7. Mas o que são reincidentes? O que quer dizer público


prioritário?
São reincidentes os trabalhadores que solicitarem o benefício do Programa de Seguro-
Desemprego a partir da segunda vez no período de dez anos.

O benefício para o trabalhador reincidente no Seguro-Desemprego fica condicionado à


comprovação de matrícula e frequência do trabalhador segurado em curso de formação inicial
e continuada ou qualificação profissional.

O sistema identificará o trabalhador reincidente e emitirá um aviso na tela: “Requerente


pertence ao público prioritário. Caso não participe de curso de qualificação o benefício poderá
não ser liberado”.

21.8. Diferenças entre IMO e PRONATEC Seguro-Desemprego


Na IMO: o sistema busca automaticamente uma vaga para o segurado, baseando-se,
apenas no critério CBO/SALÁRIO.

No PRONATEC: o sistema apenas informa ao atendente que o segurado faz parte do


público prioritário; além disso, a matrícula do segurado em um curso de qualificação

114
profissional não é baseada no critério CBO/SALÁRIO, e sim na área em que ele atuou, com
base em seu último vínculo. A área de atuação, que é referida no caso do PRONATEC, é onde o
segurado trabalhou:

Ex.:

Servente: Área da Construção Civil

Auxiliar de Tesouraria: Área administrativa.

Vendedor/Comprador: Área comercial.

Sendo o segurado público prioritário do PRONATEC (reincidente) e se, ao mesmo tempo,


houver vaga disponível na IMO ofertada no sistema (CBO/SALÁRIO = S), a prioridade é a
intermediação do segurado (IMO).

Na IMO, ao ser intermediado, o segurado não tem seu benefício liberado enquanto não
houver o retorno do encaminhamento.

No PRONATEC, ao ser realizada a pré-matrícula do segurado, o seu benefício é liberado


automaticamente, independentemente da matrícula deste segurado. Posteriormente, caso ele
não venha a se matricular, o seu benefício será suspenso.

21.9. Considerações Finais


O PRONATEC não cancela o SD. Ao contrário, na situação de desemprego, o trabalhador
receberá o benefício e estará participando gratuitamente de curso que visa a sua capacitação
profissional.

O sistema ainda não acompanha a frequência dos segurados nos cursos PRONATEC
Seguro-Desemprego. Para os cursos do PRONATEC Trabalhador, o sistema a ser utilizado é o
SISTEC. Caso você não tenha sido treinado ou não tenha cadastro no sistema, solicite
imediatamente ao coordenador da sua unidade. Seus procedimentos estão contidos nos
manuais; “Manual PRONATEC Atendimento Convencional” e “POP - Realização da Pré-
Matrícula PRONATEC”.

O MEC e o MT (DATAPREV) ainda não implementaram uma forma automática para que
a frequência seja informada e o benefício seja suspenso e/ou cancelado de acordo com a Lei
12.513/2011.

O curso de Graduação por si só, ou o fato de o segurado ser graduado, não o libera de
ser encaminhado aos cursos oferecidos pelo PRONATEC.

O encaminhamento ao PRONATEC é baseado no último vínculo do trabalhador,


independentemente de sua formação escolar.

Caso o segurado seja do público prioritário, e tenha um curso disponível dentro de seu
perfil, mas este curso esteja disponibilizado apenas no horário noturno, e o segurado
comprove que está matriculado em escola regular (seja graduação ou ensino médio),
poderemos dispensá-lo do PRONATEC.

115
22. TRCT - Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho

Figura 34 - TRCT - Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho

116
Figura 35 - Termo de Quitação de Rescisão de Contrato de Trabalho

117
Figura 36 - Termo de Homologação de Rescisão de Contrato de Trabalho

118
22.1. O Novo TRCT - Perguntas e respostas
1) Qual o objetivo da Portaria 1.057/2012 e dos novos modelos de TRCT?

Dar mais segurança ao trabalhador e ao empregador no momento da rescisão do


contrato de trabalho, detalhando todas as parcelas devidas e pagas, contrariamente ao que
ocorre com o TRCT hoje vigente.

2) Qual o prazo para utilização obrigatória (compulsória)?

A partir de 1º de novembro, rescisões feitas em outros modelos não serão aceitas pela
Caixa Econômica Federal para liberação de Seguro-Desemprego e da conta do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

3) Quais as principais mudanças em relação ao TRCT hoje vigente?

Férias Vencidas: deve ser informado separadamente (em cada campo do TRCT) cada
período aquisitivo de férias vencido e não quitado. A empresa deve informar no TRCT:

I - o período aquisitivo;

II - quantidade de duodécimos de férias devidos;

III - valor devido.

13º Exercícios/Anos Anteriores: deve ser informado separadamente (em cada campo
do TRCT) cada exercício anterior de 13º vencido e não quitado. A empresa deve informar no
TRCT:

I - o exercício;

II - quantidade de duodécimos de 13º devidos;

III - valor devido.

Horas-Extras devidas no mês de Afastamento: em cada campo do TRCT deve ser


informada a quantidade de horas-extras feitas no mês de afastamento e o respectivo
percentual (50%, 75%, 100%, etc.) e valor.

Campos para informar verbas credoras: devem ser inseridos no TRCT tantos campos
quantos forem necessários para detalhar os créditos do trabalhador, conforme orientado nas
“Instruções de Preenchimento” do TRCT, constante na nova Portaria.

Descontos/Deduções: maior detalhamento das deduções (Pensão Alimentícia,


Adiantamento Salarial, Adiantamento de 13º, Vale-Transporte, Empréstimo em Consignação,
informa separadamente a Previdência Social sobre o 13º e sobre as demais verbas, informa
separadamente o Imposto de Renda na Fonte sobre 13º/PLR/Demais Verbas, etc.).

119
A rescisão foi segmentada em dois termos:

I - TRCT, que traz os valores credores e os descontos,

II - Termo de Homologação (contratos sujeitos à assistência à homologação) ou de


Quitação (contratos não sujeitos à assistência à homologação), onde as partes - trabalhador e
empregador - dão quitação/assinam em conjunto com o Assistente de Homologação, quando
devida a homologação. Para efeito de habilitação ao saque do FGTS e ao Seguro-Desemprego
só o Termo de Homologação ou o de Quitação deve ser apresentado à CAIXA.

4) Em quantas vias deve ser impresso o novo TRCT?

Deve ser impresso em 2 (duas) vias, sendo uma para o empregador e outra para o
empregado, acompanhado do Termo de Homologação ou de Quitação impresso em 4 (quatro)
vias, sendo uma para o empregador e três para o empregado, destinadas ao saque do FGTS e
solicitação do Seguro-Desemprego.

Anotações:

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120
23. Credenciamento

23.1. O que é necessário para fazer credenciamento?


Para ser credenciado, o funcionário do SINE deve fazer um treinamento de Seguro-
Desemprego e outro de Intermediação de Mão de Obra (Sistema Mais Emprego) e, ainda, ser
aprovado em avaliação da Diretoria de Monitoramento de Resultados com aproveitamento
mínimo de 70%.

23.2. Quais documentos necessários para credenciar?


Após treinamento e avaliação, a Unidade deve enviar por correio a seguinte
documentação:

- Ficha de credenciamento impressa do Sistema Mais Emprego, assinada e rubricada. O


atendente deverá reconhecer firma em cartório das assinaturas.

- Os funcionários da UAI e PPP devem enviar a documentação para reconhecimento na


SEPLAG (carimbo e assinatura), substituindo o reconhecimento em cartório.

- Xerox de Identidade, CPF, PIS e Comprovante de Escolaridade (mínimo 2º grau).

 Atenção:
Estagiários que trabalham no SINE não podem ser credenciados no Seguro-Desemprego.

Para ser credenciado no Sistema Mais Emprego o atendente tem que ser maior de idade
(18 Anos).

23.3. Como solicitar o credenciamento no sistema Mais Emprego


Para credenciar o agente no Sistema Mais Emprego, o atendente deverá, na tela do
Seguro-Desemprego, clicar na aba Administração; logo após, na guia Credenciamento e, em
seguida, escolher a guia Credenciar Agente, como mostrado na figura 37:

121
Figura 37 - Credenciamento

Na tela que se abre, o responsável pelo cadastramento de agentes deverá preencher


todos os campos apresentados na figura 38 e, logo depois, clicar em Credenciar.

Figura 38 - Tela de Credenciamento

No final do credenciamento, deverá ser impresso o formulário (duas vias). A primeira via
será destinada ao MT e a segunda via será entregue ao setor responsável na SEDESE.

122
24. Calendários

123
124
125
25. Gabarito
Exercícios de fixação 3.13, página 33.

1 - Calcule salários, meses trabalhados e período aquisitivo e aviso prévio, caso ocorra nos contratos
abaixo:

a) Admissão: 23/04/2012 - Demissão: 05/08/2014 (A.I.)

Ano S M Aviso Indenizado = 04/09/2014


2012 9 8 Salários = 30
2013 12 12 Meses = 28
2014 9 8 Período Aquisitivo = 04/12/2015

b) Admissão: 02/06/2011 - Demissão: 19/07/2014

Ano S M
2011 7 7 Salários = 38
2012 12 12 Meses = 38
2013 12 12 Período Aquisitivo = 18/11/2015
2014 7 7

c) Admissão: 01/02/2014 - Demissão: 14/06/2015

Ano S M Salários = 17
2014 11 11 Meses = 16
2015 6 5 Período Aquisitivo = 13/10/2016

d) Admissão: 23/04/2012 - Demissão: 20/10/2013 (A.I.)

Ano S M Aviso Indenizado = 19/11/2013


2012 9 8 Salários = 20
2013 11 11 Meses = 19
Período Aquisitivo = 19/02/2015

126
Exercícios de fixação 4.1.2 - 1ª Habilitação, página 37.

1 - Calcule salários, meses trabalhados, quantidade de parcelas e período aquisitivo dos contratos
abaixo:

a) Admissão: 18/04/2010 - Demissão: 23/05/2014 (A.I.)

Ano S M Regressão Período Aquisitivo


2011 - 7 00/06/2011 22/09/2015
2012 1 12 Aviso Indenizado Quantidade de Parcelas
2013 12 12 22/06/2014 5
2014 6 6 Salários Regra Utilizada:
19 (Aviso Prévio) Salario + 7 - 2 = 00/12/2012
Meses Meses + 1 - 3 = 00/06/2011
37

b) Admissão: 10/09/2010 - Demissão: 23/02/2015

Ano S M Regressão Quantidade de Parcelas


2012 - 10 00/03/2012 5
2013 4 12 Salários Regra Utilizada
2014 12 12 18 Salario + 7 - 2 = 00/09/2013
2015 2 2 Meses Meses + 1 - 3 = 00/03/2012
36
Período Aquisitivo
22/06/2016

c) Admissão: 18/10/2013 - Demissão: 19/12/2014 (A.I.)

Ano S M Regressão Período Aquisitivo


2012 - - 00/01/2012 18/04/2016
2013 3 2 Aviso Indenizado Quantidade de Parcelas
2014 12 12 18/01/2015 5
2015 1 1 Salários Regra Utilizada
16 Salario - 5 - 1 = 00/07/2013
Meses Meses + 1 - 2 = 00/01/2012
15

d) Admissão: 23/06/2010 - Demissão: 16/08/2014

Ano S M Regressão Quantidade de Parcelas


2011 - 4 00/09/2011 5
2012 - 12 Salários Regra Utilizada
2013 10 12 18 Salario - 5 - 1 = 00/03/2013
2014 8 8 Meses Meses + 1 - 3 = 00/09/2011
36
Período Aquisitivo
15/12/2015

127
Exercícios de fixação 4.2.2 - 2ª Habilitação, página 41.

1 - Calcule salários, meses trabalhados, quantidade de parcelas e período aquisitivo dos contratos
abaixo:

a) Admissão: 23/04/2012 - Demissão: 05/06/2013

Ano S M Regressão Período Aquisitivo


2010 - - 00/07/2010 04/10/2014
2011 - - Salários Quantidade de Parcelas
2012 6 8 12 4
2013 6 5 Meses Regra Utilizada
13 Salario + 1 - 1 = 00/07/2012
Meses + 1 - 3 = 00/07/2010

b) Admissão: 22/08/2011 - Demissão: 04/12/2015 (A.I.)

Ano S M Regressão Período Aquisitivo


2013 - 12 00/01/2013 03/04/2017
2014 - 12 Aviso Indenizado Quantidade de Parcelas
2015 12 12 03/01/2016 5
2016 1 - Salários Regra Utilizada
13 (Aviso Prévio) Salario + 1 - 0 = 00/01/2015
Meses Meses + 1 - 2 = 00/01/2013
36

c) Admissão: 23/04/2012 - Demissão: 05/12/2014

Ano S M Regressão Período Aquisitivo


2012 - 8 00/01/2012 04/04/2016
2013 - 12 Salários Quantidade de Parcelas
2014 12 11 12 5
Meses Regra Utilizada
31 Salario + 1 - 0 = 00/01/2014
Meses + 1 - 2 = 00/01/2012

d) Admissão: 23/08/2012 - Demissão: 25/10/2014

Ano S M Regressão Período Aquisitivo


2011 - - 00/11/2011 24/02/2016
2012 - 4 Salários Quantidade de Parcelas
2013 2 12 12 5
2014 10 10 Meses Regra Utilizada
26 Salario + 1 - 1 = 00/11/2013
Meses + 1 - 3 = 00/11/2011

128
Exercícios de fixação 4.3.2 - 3ª Habilitação, página 44.

1 - Calcule salários, meses trabalhados, quantidade de parcelas e período aquisitivo dos contratos
abaixo:

a) Admissão: 23/04/2012 - Demissão: 05/06/2013

Ano S M Regressão Quantidade de Parcelas


2010 - - 00/07/2010 4
2011 - - Salários Regra Utilizada
2012 - 8 6 Meses + 1 - 3 = 00/07/2010
2013 6 5 Meses
13
Período Aquisitivo
04/10/2014

b) Admissão: 28/09/2012 - Demissão: 05/05/2014 (A.I.)

Ano S M Regressão Período Aquisitivo


2011 - - 00/06/2011 04/09/2015
2012 - 3 Aviso Indenizado Quantidade de Parcelas
2013 - 12 04/06/2014 4
2014 6 5 Salários Regra Utilizada
6 Meses + 1 - 3 = 00/06/2011
Meses
20

c) Admissão: 02/04/2013 - Demissão: 05/12/2014

Ano S M Regressão Período Aquisitivo


2012 - - 00/01/2012 04/04/2016
2013 - 9 Salários Quantidade de Parcelas
2014 6 11 6 4
Meses Regra Utilizada
20 Meses + 1 - 2 = 00/01/2012

d) Admissão: 23/04/2012 - Demissão: 05/12/2013 (A.I.)

Ano S M Regressão Período Aquisitivo


2011 - - 00/01/2011 04/04/2015
2012 - 8 Aviso Indenizado Quantidade de Parcelas
2013 5 12 04/01/2014 4
2014 1 - Salários Regra Utilizada
6 Meses + 1 - 2 = 00/01/2011
Meses
20

129
26. Bibliografia
- BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego. Manual de Atendimento do Seguro-Desemprego.
Adaptado por: SILVA, Elisa Maria Geraldina; SOUZA, Vanderlei Alves de, 2014. Apostilas,
Normativas, Circulares do MTE e SEDESE, 2009-2015.

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