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Discentes: Áchilla Meira, David Melo, Iasmim Chaves, Kelvyn Breno e Wlysses Wagner.
SUMÁRIO
1. Introdução .................................................................................................................................. 4
2. Apresentação ............................................................................................................................... 4
3. Localização ................................................................................................................................. 5
4. Zoneamento de Campina Grande ..................................................................................................... 6
4.1 Zonas especiais ....................................................................................................................... 7
5. Setorização de usos ...................................................................................................................... 8
6. Uso e Ocupação do Solo ................................................................................................................ 9
7. Usos destacados ......................................................................................................................... 10
8. Análise comportamental no Parque Vergniuad Wanderley ................................................................... 11
8.1 Métodos de pesquisa ............................................................................................................. 12
8.1.1 Questionário ................................................................................................................ 13
8.1.2 Mapas de comportamento .............................................................................................. 18
9. Quadro FOFA ............................................................................................................................ 22
10. Conclusão ............................................................................................................................... 23
11. Referências .............................................................................................................................. 24
12. Apêndices ................................................................................................................................ 24
1. Introdução
O que faz uma cidade ser "cidade" é algo complexo de ser definido, uma vez que essa
definição vai além do simples limite territorial e envolve subjeções sociais, econômicas,
culturais, entre outros aspectos. No ponto de vista de serviços e usos do solo, Souza (2005, p.
27) destaca uma reflexão que a cidade é "sob o ângulo do uso do solo, ou das atividades
econômicas que a caracterizam, um espaço de produção não-agrícola (ou seja, manufatureira
ou propriamente industrial) e de comércio e oferecimento de serviços".
Mas seria capaz uma cidade ser caracterizada apenas por seus serviços? Para nos responder
essa pergunta, recorremos a Lynch (1960, p. 11) que afirma: “Os elementos móveis de uma
cidade, especialmente as pessoas e suas atividades, são tão importantes como suas partes
físicas e imóveis”.
De fato, a cidade é um objeto que não é fácil de ser definido, contudo, podemos assim
compreende-la como um conjunto de serviços interligados por interesses (no que se refere ao
uso do solo) e comportamentos sociais, ou seja, na maneira que os indivíduos vivem a cidade.
2. Apresentação
O presente trabalho trata-se de uma análise que discorre sobre o uso e comportamento
ambiental do Parque Vergniaud Wanderley, popularmente conhecido como Açude Velho,
analisando sua influência em três escalas: Cidade, Entorno e o Parque.
Objetivando identificar o modo que os usuários vivem o espaço do parque, o trabalho por sua
vez, reúne dados primários por meio da coleta de dados: realização de pesquisa, imagens e
mapas; e dados secundários, através de produções textuais acerca do assunto tratado. Com
isso, o produto final é resultado da análise e comparação dos dados destacados.
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3. Localização
O Parque Vergniaud Wanderlery localiza-se na região central da
macrozona urbana da cidade de Campina Grande, Paraíba, e
caracteriza-se por suas atividades e serviços oferecidos como: pista de
caminhada, museu, quiosques, etc. O parque se destaca como um local
de lazer e contemplação, em decorrência do corpo d'água (o Açude
Velho), o que atrai atrai agentes transformadores do espaço urbano
motivados pelo capitalismo, principalmente os promotores imobiliários
através de construção ou produção de imóveis (CORRÊA, 1989).
Entorno | Parque Vergniaud Wanderley
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Escala da cidade
5. Setorização de Usos
Setorizando a cidade de Campina Grande a partir da
concentração de usos específicos, podemos destacar os
setores característicos enfatizados no mapa ao lado.
Compondo o entorno demarcado para estudo, apesar de
todos os setores ter certa proximidade com o parque
(exceto pelo Setor Industrial) verifica-se a presença dos
setores Jurídico, Central (comércio), e o Alto Padrão,
como os mais próximos e ainda inseridos dentro da área
estudada.
Em consonância com o mapa exposto anteriormente
(Zonas Especiais) é possível perceber que o setor
industrial é justamente onde a ZEDI (Zona Especial de
Desenvolvimento Industrial) se localiza.
Outro setor destacado que se assemelha com as Zonas
Especiais, é o universitário, correspondendo a ZEDCT
(Zona Especial de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico, que de acordo com o Art. 53 do Plano
Diretor (2006) "são áreas destinadas preferencialmente à
implantação de equipamentos de ensino e pesquisa de
base tecnológica".
7. Usos destacados
O açude velho exerce um papel de grande destaque no parque
Vergniaud Wanderley, em torno dele são desenvolvidas diversas
atividades que faz com que esse parque seja um atrativo turístico da
cidade. Quando o uso do espaço é analisado, verifica-se uma
diversidade nos usos e isso se reflete nas esferas social, cultural,
esportiva, educacional, entre outras. Dessa forma, a integração com o
parque da criança reforça o papel de um espaço destinado a práticas
esportivas, como a corrida e o ciclismo. Além disso, sua integração
próxima ao parque do povo proporciona um ambiente de fluxo de
pessoas em atividade esportivas do entorno, como ciclismo, caminhada
e patins. Ainda reforçando seu papel forte no incentivo a prática
esportiva, a academia ao ar livre funciona como um complemento para
a prática gratuita de atividades de musculação. Atrelado aos usos
esportivos, estão os usos culturais e sociais que exercem um papel na
socialização e que, de certa forma, desempenham uma função
integradora nas atividade recreacionais do ambiente. Vale salientar a
presença de dois museus relativamente novos, menos de 10 anos de
inauguração, que exercem além de sua função cultural a função de
monumento de destaque na paisagem. Vale ainda ressaltar o
desempenho do parque como ambiente com proximidade da área
comercial (centro e feira central), que de certa forma exerce um papel
de extensão de alguns comércios como é o caso da feira da troca. Uma
área que faz com que o parque permaneça ativo ao longo do horário
comercial é a casa da cidadania que apresenta movimentação de
pessoas e ainda incentiva uma quantidade comercial na área se Fonte: Os autores, 2022. 10
concentra esse serviço.
Escala do parque
O parque fica localizado numa região central da cidade e foi inicialmente criado
com o objetivo de abastecer a cidade de Campina Grande, onde, na época, passava
por uma grande seca do nordeste. A construção se iniciou no ano de 1828 e durou
2 anos até sua conclusão, no ano de 1930. O açude passou por secas severas e
ainda assim conseguiu atender a população em situação de urgência.
Hoje em dia, o açude, urbanizado, é utilizado por muitos moradores da cidade para práticas de atividades físicas e de lazer. Além de
oferecer espaço para corrida, caminhada, bicicletas, entre outras atividades físicas, o parque ainda conta com dois museus em seu
entorno, e alguns bares que, a noite, são bastante frequentados.
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Escala do parque
8.1.1 Questionário
Um questionário foi aplicado como método quantitativo de
pesquisa a fim de compreender o uso no Parque Vergniuad
Wanderley, de forma que a partir das respostas obtidas,
conclusões possam ser tomadas sobre o comportamento das
pessoas no ambiente.
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Escala do parque Gráfico 01
Para uma compreensão mais detalhada sobre o uso das pessoas ao parque, foram apresentadas as perguntas:
E a partir das respostas dos participantes, observa-se que 38 pessoas utilizam o parque raramente, e as 47 pessoas restantes sendo
distribuídas entre frequência semanal, mensal e diária. Pôde ser observado também, o turno de uso, sendo o período noturno de maior
destaque com 46 respostas para essa opção. Além da frequência de utilização, foi questionado aos usuários a atividade que costumavam
desempenhar, sendo a caminhada atividade de grande destaque, assim como as atividades físicas em geral e o lazer no local.
Raramente
Caminhada
44.7%
47.1%
Tarde Noite
36.5% 54.1%
SETOR 01
Tendo em vista que o Parque Vergniuad Wanderley apresenta uma Proximidade ao MAPP
grande extensão, foi realizado uma repartição e assim uma divisão em
4 setores para melhor entendimento do comportamento dos usuários.
No formulário, foi apresentado os 4 setores para que as pessoas
pudessem eleger o ambiente que mais costumavam frequentar, tal
como a opção que abrange todo o perímetro do parque. SETOR 02
Após a constatação dos resultados, é observado que o grande Quiosques da porção
percentual utilizam todo o perímetro do parque, devido Leste. (próximo ao
principalmente a ser um ambiente destinado a prática de atividades monumento Os Pioneiros
da Borborema).
físicas pela maioria dos usuários. Porém, uma parcela das respostas
apontam o uso destes setores.
Gráfico 07
SETOR 03
63
Proximidades ao Centro
Universitário de Cultura e
Artes (CUCA).
SETOR 04
11 Quiosques da porção
06 Oeste. (próximo ao Big
3 02 Bom Preço).
Setor 01 Setor 02 Setor 03 Setor 04 Todo o perímetro
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Fonte: Os autores, 2022.
Escala do parque
Gráfico 08
16
Escala do parque
Como questão aberta para resposta de percepção totalmente própria dos usuários, é pedido para que elejam ponto(s) positivo(s) e negativo(s)
para o parque Vergniuad Wanderley. Na obtenção dos resultados, nota-se muito termos idênticos destacados por pessoas diferentes. Abaixo,
é apresentado a representação das respostas através das nuvens de palavras para rápido e prático entendimento, sendo o tamanho das
palavras em proporção a quantidade de vezes que foi citado.
Nuvem de palavras 01 - pontos positivos Nuvem de palavras 02 - pontos negativos
40
Foi observado que, enquanto no ano de 2020 80% das pessoas
que responderam ao questionário deixaram de frequentar o 40
58,20%
. dos indivíduos entrevistados alegaram que não sabiam opinar, no ano de 2022 a resposta mais recorrente é "SIM" (49,4%) ,
indicando a percepção de mudança no tocante as atividades do açude. Além disso, no ano de 2020, 26% respondeu "SIM" e 15,80% "NÃO",
enquanto em 2022, "NÃO SEI INFORMAR" representou 34,1% da respostas e a resposta "NÃO", 16,5%.
Pela manhã, através das observações feitas no local se percebe um fluxo mediano de pessoas. Encontra-se no local, predominantemente,
pessoas praticando caminhada (em sua grande parte idosos) e ciclistas. Também se nota que os usuários do local nesse horário fazem
boa utilização da academia popular presente. Outro fenômeno observado é o grande número de pessoas sentadas no setor 2, que ocorre
devido a existência de um ponto de ônibus na área.
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Fonte: Os autores, 2022.
Escala do parque
No período da tarde nota-se um baixíssimo número de usuário no parque. O ambiente, inclusive, se torna pouco seguro devido a ausência
de tráfego humano. Percebe-se, como fenômeno pontual, um considerável número de pessoas sentadas nos setores 2 e 4, tal situação
acontece devido aos comércios presentes no entorno do local, nos quais oferecem serviços a população, que por sua vez faz o consumo dos
serviços oferecidos Além disso, as poucas pessoas que se encontram no local estão, em sua maioria, trabalhando.
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Fonte: Os autores, 2022.
Escala do parque
O horário da noite é o que apresenta o maior fluxo de pessoas. Usuários, das mais variadas faixa etárias, praticam diversas atividades -
caminhada, corrida, ciclismo e treinos funcionais são algumas delas. Nesse horário, todo o entorno do parque é utilizado, com enfoque no
setor 2, onde diversas pessoas utilizam dos comércios localizados naquela área. Também se percebe que é nesse turno em que as pessoas
utilizam do ambiente para além das atividades físicas, usando-o também como espaço de lazer e convivência.
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Fonte: Os autores, 2022.
9. QUADRO
FOFA
F
FORÇAS
O
OPORTUNIDADES
- Horários flexíveis; - Incentivo a atividade física alternativa;
- Espaço amplo para lazer e - Maior uso de bicicletas;
atividades físicas; - Áreas com grande potencial de
- Cartão postal da cidade; melhoria;
F
FRAQUEZAS
- Falta de segurança;
A
AMEAÇAS
- Depredação de equipamentos em
- Falta de espaços cobertos horários de pouco uso;
- Áreas pouco aproveitadas (CUCA) - Gentrificação
- Pouco aproveitamento dos museus;
O parque Vergniaud Wanderley exerce fortes relações nas interações sociais feitas na cidade, já que é localizada como ponto
estratégico e próximo a grandes nomes do comércio da região, proporcionando maior fluxo de pessoas e tornando o ambiente mais
movimentado. Porém, é importante destacar a necessidade de manutenção e melhorias de algumas áreas, como também a carência
que é apresentada sobre a segurança do local.
Além disso, o parque exerce forte influência nas relações recreativas da cidade, principalmente relativo a prática de atividades
esportivas. Observa-se que mesmo localizado em área central, o parque apresenta pouca movimentação em determinados horários,
que faz com que gere certa insegurança no uso. Esses horários de menor fluxo poderiam ser estimulados para garantir vitalidade ao
parque, principalmente em horários comerciais. Apesar de apresentar total flexibilidade no seu uso, devido ao seu horário de
funcionamento, o parque necessita de ferramentas que proporcionem essa vitalidade ao longo do dia e as estratégias poderiam ser
pensadas até mesmo com equipamento já existentes no parque, como estímulos no uso dos museus do parque.
GOMES, Marcos Antônio Silvestre. Cidades sustentáveis e parques: reflexões teórico-conceituais. Confins. n 40, 2019.
JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. Coleção a, São Paulo, WMF Martins Fontes, 2000.
PDCG. Plano Diretor Municipal de Campina Grande. Lei Complementar no 003, de 09 de outubro de 2006.
SOUZA, Marcelo Lopes de. ABC do desenvolvimento urbano. 2ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
12. APÊNDICES
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