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Usos e Comportamento ambiental

Universidade Federal de Campina Grande


Centro de Tecnologia e Recursos Naturais
Unidade Acadêmica de Engenharia Civil
Curso de Arquitetura e Urbanismo

Estudos Urbanos e Regionais II

Docente: Mauro Normando Barros filho

Discentes: Áchilla Meira, David Melo, Iasmim Chaves, Kelvyn Breno e Wlysses Wagner.
SUMÁRIO

1. Introdução .................................................................................................................................. 4
2. Apresentação ............................................................................................................................... 4
3. Localização ................................................................................................................................. 5
4. Zoneamento de Campina Grande ..................................................................................................... 6
4.1 Zonas especiais ....................................................................................................................... 7
5. Setorização de usos ...................................................................................................................... 8
6. Uso e Ocupação do Solo ................................................................................................................ 9
7. Usos destacados ......................................................................................................................... 10
8. Análise comportamental no Parque Vergniuad Wanderley ................................................................... 11
8.1 Métodos de pesquisa ............................................................................................................. 12
8.1.1 Questionário ................................................................................................................ 13
8.1.2 Mapas de comportamento .............................................................................................. 18
9. Quadro FOFA ............................................................................................................................ 22
10. Conclusão ............................................................................................................................... 23
11. Referências .............................................................................................................................. 24
12. Apêndices ................................................................................................................................ 24
1. Introdução
O que faz uma cidade ser "cidade" é algo complexo de ser definido, uma vez que essa
definição vai além do simples limite territorial e envolve subjeções sociais, econômicas,
culturais, entre outros aspectos. No ponto de vista de serviços e usos do solo, Souza (2005, p.
27) destaca uma reflexão que a cidade é "sob o ângulo do uso do solo, ou das atividades
econômicas que a caracterizam, um espaço de produção não-agrícola (ou seja, manufatureira
ou propriamente industrial) e de comércio e oferecimento de serviços".
Mas seria capaz uma cidade ser caracterizada apenas por seus serviços? Para nos responder
essa pergunta, recorremos a Lynch (1960, p. 11) que afirma: “Os elementos móveis de uma
cidade, especialmente as pessoas e suas atividades, são tão importantes como suas partes
físicas e imóveis”.
De fato, a cidade é um objeto que não é fácil de ser definido, contudo, podemos assim
compreende-la como um conjunto de serviços interligados por interesses (no que se refere ao
uso do solo) e comportamentos sociais, ou seja, na maneira que os indivíduos vivem a cidade.

2. Apresentação
O presente trabalho trata-se de uma análise que discorre sobre o uso e comportamento
ambiental do Parque Vergniaud Wanderley, popularmente conhecido como Açude Velho,
analisando sua influência em três escalas: Cidade, Entorno e o Parque.
Objetivando identificar o modo que os usuários vivem o espaço do parque, o trabalho por sua
vez, reúne dados primários por meio da coleta de dados: realização de pesquisa, imagens e
mapas; e dados secundários, através de produções textuais acerca do assunto tratado. Com
isso, o produto final é resultado da análise e comparação dos dados destacados.
4
3. Localização
O Parque Vergniaud Wanderlery localiza-se na região central da
macrozona urbana da cidade de Campina Grande, Paraíba, e
caracteriza-se por suas atividades e serviços oferecidos como: pista de
caminhada, museu, quiosques, etc. O parque se destaca como um local
de lazer e contemplação, em decorrência do corpo d'água (o Açude
Velho), o que atrai atrai agentes transformadores do espaço urbano
motivados pelo capitalismo, principalmente os promotores imobiliários
através de construção ou produção de imóveis (CORRÊA, 1989).
Entorno | Parque Vergniaud Wanderley

Zona Urbana | Entorno do parque


Paraíba | Campina Grande

Brasil | Paraíba Campina Grande | Zona Urbana

5
Escala da cidade

4. Zoneamento de Campina Grande


Dentro da macrozona urbana, a cidade de Campina Grande
subdivide-se em outras quatro zonas: Qualificação Urbana,
Ocupação Dirigida, Recuperação Urbana e Expansão
Urbana, destacadas no mapa ao lado. É possível identificar
que o parque em estudo encontra-se entre as zonas de
Qualificação e Recuperação Urbana. O Plano Diretor de
Campina Grande (2006) aborda sobre essas zonas:
Da Zona de Qualificação Urbana
Art. 14. A Zona de Qualificação Urbana caracteriza-se por usos
múltiplos, sendo possível a intensificação do uso e ocupação do
solo, em virtude de as condições físicas serem propícias e da
existência de infra-estrutura urbana consolidada.
Art. 15. São objetivos da Zona de Qualificação Urbana:
I – ordenar o adensamento construtivo, permitindo o adensamento
populacional onde este ainda for possível, como forma de aproveitar
a infra-estrutura disponível;
II – evitar a saturação do sistema viário;
III – ampliar a disponibilidade de equipamentos públicos, os espaços
verdes e de lazer.
Da Zona de Recuperação Urbana
Art. 18. A Zona de Recuperação Urbana caracteriza-se pelo uso
predominantemente residencial, com carência de infra-estrutura e
equipamentos públicos e incidência de loteamentos irregulares e
núcleos habitacionais de baixa renda.
Art. 19. São objetivos da Zona de Recuperação Urbana:
I – complementar a infra-estrutura básica;
II – implantar equipamentos públicos, espaços verdes e de lazer;
III – promover a urbanização e a regularização fundiária dos núcleos
habitacionais de
baixa renda; Fonte: Plano Diretor de Campina Grande, PB. 2006.
IV – incentivar a construção de novas habitações de interesse social;
V – conter a ocupação de áreas ambientalmente sensíveis. 6
Escala da cidade

4.1 Zonas Especiais


Dentro das zonas já mencionadas anteriormente, há a
existência de zonas especiais, como expõe o mapa ao lado.
Em destaque no entorno do objeto de estudo, há a presença
de duas Zonas Especiais: Zona Especial de Interesse Social 1
e a Zona Especial de Interesse Cultural, que faz parte das
Zonas Especiais de Preservação. De acordo com o Plano
Diretor de Campina Grande (2006):

Para a ZEIS 1, estabelece:


"São áreas públicas ou particulares ocupadas por
assentamentos precários de população de baixa renda
na Macrozona Urbana, podendo o Poder Público
promover a regularização fundiária e urbanística, com
implantação de equipamentos públicos, inclusive de
recreação e lazer, comércio e serviços de caráter
local."
Para a ZEIC, estabelece:
"São áreas formadas por conjuntos de relevante
expressão arquitetônica, histórica, cultural e
paisagística, cuja manutenção seja necessária à
preservação do patrimônio cultural do Município."
Fonte: Plano Diretor de Campina Grande, PB. 2006.
7
Escala da cidade

5. Setorização de Usos
Setorizando a cidade de Campina Grande a partir da
concentração de usos específicos, podemos destacar os
setores característicos enfatizados no mapa ao lado.
Compondo o entorno demarcado para estudo, apesar de
todos os setores ter certa proximidade com o parque
(exceto pelo Setor Industrial) verifica-se a presença dos
setores Jurídico, Central (comércio), e o Alto Padrão,
como os mais próximos e ainda inseridos dentro da área
estudada.
Em consonância com o mapa exposto anteriormente
(Zonas Especiais) é possível perceber que o setor
industrial é justamente onde a ZEDI (Zona Especial de
Desenvolvimento Industrial) se localiza.
Outro setor destacado que se assemelha com as Zonas
Especiais, é o universitário, correspondendo a ZEDCT
(Zona Especial de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico, que de acordo com o Art. 53 do Plano
Diretor (2006) "são áreas destinadas preferencialmente à
implantação de equipamentos de ensino e pesquisa de
base tecnológica".

Fonte: Os autores, 2022. 8


Escala do entorno

6. Usos e Ocupação do Solo


Ao ser analisado o entorno identificou-se a predominância de áreas
residenciais, seguido pelas áreas de uso comercial. Essa condição
revela que mesmo sem intenção, o parque vem exercendo um papel
de valorização imobiliária nessa área, por ser de grande uso e
também um ponto turístico da cidade. Segundo Gomes (2019), os
parques são equipamentos públicos capazes de contribuir para a
valorização imobiliária em determinadas parcelas do espaço
urbano. Sendo assim, essa valorização imobiliária pode exercer
situações de desconforto quando classes sociais mais baixas
utilizam o parque, podendo chegar a situações de não utilização
por falta de sentimento de pertencimento. Em determinadas
situações esses espaços livres públicos devem ser pensados com a
finalidade de evitar possíveis processos de gentrificação, com a
utilização de instrumentos já existentes no estatuto da cidade.
Dessa forma, Gomes (2019) revela que os parques exercem um
papel socioambiental no espaço urbano, promovendo regeneração
urbana e trazendo a natureza para perto das pessoas.
Quando esse parque oferece situações básicas de convivência, o
seu uso pela população faz com que ele exerça o seu papel de
socialização também. Por outro lado, parques com pouco uso são
alvos fáceis de vandalismo em seus equipamentos (JACOBS, 2019).
Sendo assim, os que se beneficiam desse parque devem se sentir
acolhidos pelo espaço, cuidado e zelando do ambiente.
Fonte: Os autores, 2022. 9
Escala do entorno

7. Usos destacados
O açude velho exerce um papel de grande destaque no parque
Vergniaud Wanderley, em torno dele são desenvolvidas diversas
atividades que faz com que esse parque seja um atrativo turístico da
cidade. Quando o uso do espaço é analisado, verifica-se uma
diversidade nos usos e isso se reflete nas esferas social, cultural,
esportiva, educacional, entre outras. Dessa forma, a integração com o
parque da criança reforça o papel de um espaço destinado a práticas
esportivas, como a corrida e o ciclismo. Além disso, sua integração
próxima ao parque do povo proporciona um ambiente de fluxo de
pessoas em atividade esportivas do entorno, como ciclismo, caminhada
e patins. Ainda reforçando seu papel forte no incentivo a prática
esportiva, a academia ao ar livre funciona como um complemento para
a prática gratuita de atividades de musculação. Atrelado aos usos
esportivos, estão os usos culturais e sociais que exercem um papel na
socialização e que, de certa forma, desempenham uma função
integradora nas atividade recreacionais do ambiente. Vale salientar a
presença de dois museus relativamente novos, menos de 10 anos de
inauguração, que exercem além de sua função cultural a função de
monumento de destaque na paisagem. Vale ainda ressaltar o
desempenho do parque como ambiente com proximidade da área
comercial (centro e feira central), que de certa forma exerce um papel
de extensão de alguns comércios como é o caso da feira da troca. Uma
área que faz com que o parque permaneça ativo ao longo do horário
comercial é a casa da cidadania que apresenta movimentação de
pessoas e ainda incentiva uma quantidade comercial na área se Fonte: Os autores, 2022. 10
concentra esse serviço.
Escala do parque

8. Análise comportamental no Parque Vergniuad Wanderley


O conhecido Açude Velho - como é chamado por toda a população campinense - é, oficialmente, o Parque Verginuad Wanderley. O
nome homenageia um antigo prefeito da cidade de Campina Grande, responsável pelo plano de urbanização da cidade nos de 1936 a
1937 e 1940 a 1945.

O parque fica localizado numa região central da cidade e foi inicialmente criado
com o objetivo de abastecer a cidade de Campina Grande, onde, na época, passava
por uma grande seca do nordeste. A construção se iniciou no ano de 1828 e durou
2 anos até sua conclusão, no ano de 1930. O açude passou por secas severas e
ainda assim conseguiu atender a população em situação de urgência.

Inicialmente o seu entorno era pouco urbanizado e a população, segundo estudos,


utilizava do açude tanto para banhar seus animais como também para banhar a eles
próprios. Por a cidade pertencer a parte de boa parte das rotas que ligava os
viajantes até o litoral, Campina Grande recebia muitos viajantes que utilizavam do
açude para dar de beber a seu gado, por exemplo. Foto: coleção particular de Lêda Santos de Andrade

Hoje em dia, o açude, urbanizado, é utilizado por muitos moradores da cidade para práticas de atividades físicas e de lazer. Além de
oferecer espaço para corrida, caminhada, bicicletas, entre outras atividades físicas, o parque ainda conta com dois museus em seu
entorno, e alguns bares que, a noite, são bastante frequentados.

11
Escala do parque

8.1 Métodos de pesquisa


Para o desenvolvimento de uma pesquisa eficaz, é necessário a utilização de métodos que transmitam resultados com o maior nível de
precisão possível, para assim, ter-se uma análise adequada sobre o local em estudo com enfoque no uso e comportamento ambiental.

8.1.1 Questionário
Um questionário foi aplicado como método quantitativo de
pesquisa a fim de compreender o uso no Parque Vergniuad
Wanderley, de forma que a partir das respostas obtidas,
conclusões possam ser tomadas sobre o comportamento das
pessoas no ambiente.

Após a elaboração de 14 perguntas que foram dispostas na


plataforma virtual "Formulários Google", houve a circulação por
meios virtuais entre moradores da cidade de Campina Grande
que são usuários do Parque, assim como, abordagem feita por
membros da equipe, a pessoas que estavam utilizando o parque
em diferentes horários, com o intuito de obtenção de resultados
precisos.

12
Escala do parque Gráfico 01

O questionário esteve disponível para


preenchimento e envio durante o período de
duas semanas e após o término desse prazo,
Feminino
foram captados 85 respostas de pessoas de Masculino
49.4% 50.6%
grupos sociais distintos, devido aos diferentes
âmbitos sociais que o formulário foi inserido.
Sendo assim, para entendimento do
Gráfico 02
comportamento, primordialmente faz-se
indispensável uma caracterização acerca do acima de 60 anos
até 19 anos 4.7%
perfil dos participantes da pesquisa. Fonte: Os autores, 2022.
9.4%
Perguntas pessoais sobre o sexo, idade e
renda foram empregadas para possibilitar
esse conhecimento particular. Gráfico 03
Baixa
Em busca de resultados não tendenciosos, 27.1%
buscou-se participantes de ambos os sexos,
sendo 43 do sexo masculino e 42 do sexo
feminino, como também de diferentes faixa
etárias, em sua maioria com pessoas entre 20
e 59 anos, e a parte mais considerável se 20 a 59 anos
enquadrando como classe média. 85.9%
Média Fonte: Os autores, 2022.
Alta 0%
72.9%
13
Fonte: Os autores, 2022.
Escala do parque

Para uma compreensão mais detalhada sobre o uso das pessoas ao parque, foram apresentadas as perguntas:

- Com qual frequência você utiliza o açude?


- Em qual turno você costuma frequentar?
- Qual tipo de atividade você costuma realizar?

E a partir das respostas dos participantes, observa-se que 38 pessoas utilizam o parque raramente, e as 47 pessoas restantes sendo
distribuídas entre frequência semanal, mensal e diária. Pôde ser observado também, o turno de uso, sendo o período noturno de maior
destaque com 46 respostas para essa opção. Além da frequência de utilização, foi questionado aos usuários a atividade que costumavam
desempenhar, sendo a caminhada atividade de grande destaque, assim como as atividades físicas em geral e o lazer no local.

Gráfico 04 Gráfico 05 Gráfico 06


Diariamente Atividade Cultural
Manhã 1.2%
7.1%
9.4%
Mensalmente Lazer
15.3% 25.9%

Raramente
Caminhada
44.7%
47.1%
Tarde Noite
36.5% 54.1%

Semanalmente Atividade Física


32.9% 25.9% 14
Fonte: Os autores, 2022. Fonte: Os autores, 2022. Fonte: Os autores, 2022.
Escala do parque

SETOR 01
Tendo em vista que o Parque Vergniuad Wanderley apresenta uma Proximidade ao MAPP
grande extensão, foi realizado uma repartição e assim uma divisão em
4 setores para melhor entendimento do comportamento dos usuários.
No formulário, foi apresentado os 4 setores para que as pessoas
pudessem eleger o ambiente que mais costumavam frequentar, tal
como a opção que abrange todo o perímetro do parque. SETOR 02
Após a constatação dos resultados, é observado que o grande Quiosques da porção
percentual utilizam todo o perímetro do parque, devido Leste. (próximo ao
principalmente a ser um ambiente destinado a prática de atividades monumento Os Pioneiros
da Borborema).
físicas pela maioria dos usuários. Porém, uma parcela das respostas
apontam o uso destes setores.
Gráfico 07
SETOR 03
63
Proximidades ao Centro
Universitário de Cultura e
Artes (CUCA).

SETOR 04
11 Quiosques da porção
06 Oeste. (próximo ao Big
3 02 Bom Preço).
Setor 01 Setor 02 Setor 03 Setor 04 Todo o perímetro
15
Fonte: Os autores, 2022.
Escala do parque

Gráfico 08

Ao observar o ambiente do Parque, tem-se o


Paisagem 73
conhecimento que alguns fatores do conjunto podem
se sobressair na visão particular de cada usuário,
devido a maneira diferente que cada ser humano tem Localização 38
de perceber um local, de se atentar a alguns pontos
específicos. Dessa forma, para compreender o motivo Comércios e serviços 12
o qual as pessoas costumam frequentar o local, foi
apresentada a pergunta com opções para marcação
dos fatores que particularmente mais interessa cada Espaços ao ar livre 65
usuário, e assim, foi possível compreender que a
Paisagem é o fator de maior interesse das pessoas, Acessibilidade ao local 17
como também os espaços ao ar livre. A localização, o
conforto ambiental, a acessibilidade e os comércios Conforto ambiental 24
circunvizinhos foram destacados, porém com menor
frequência, mas que são números representativos ao
ser levados para a escala cidade. Já a Segurança e os Segurança 3
Museus que o parque permite acesso, foram poucos
mencionados mas que na percepção de alguns Museus 1
usuários são pontos interessantes do local.
Fonte: Os autores, 2022.

16
Escala do parque

Como questão aberta para resposta de percepção totalmente própria dos usuários, é pedido para que elejam ponto(s) positivo(s) e negativo(s)
para o parque Vergniuad Wanderley. Na obtenção dos resultados, nota-se muito termos idênticos destacados por pessoas diferentes. Abaixo,
é apresentado a representação das respostas através das nuvens de palavras para rápido e prático entendimento, sendo o tamanho das
palavras em proporção a quantidade de vezes que foi citado.
Nuvem de palavras 01 - pontos positivos Nuvem de palavras 02 - pontos negativos

Fonte: Os autores, 2022. Fonte: Os autores, 2022.


Dentre os pontos positivos, a "Localização", a "Paisagem" e "Local para prática de atividades" foram o de maior destaque, porém houveram
diversos outras palavras que foram citadas. Já na nuvem 2, que apresenta os pontos negativos do Parque, temos como destaque "Falta de
segurança" apontado por quase metade dos usuários entrevistados, seguido pelo "Mau cheiro no açude" e a "Pouca iluminação", entre outros
demostrados. 17
Escala do parque Gráfico 09
Observou modificações na paisagem em
No tocante aos impactos sofridos com o COVID-19, pudemos Deixou de frequentar devido a COVID-19?
relação a pessoas e atividades?
comparar os resultados obtidos com nossa pesquisa (2022) com SIM NÃO SIM NÃO NÃO SEI INFORMAR
60
uma pesquisa realizada no inicio do surto pandêmico (2020), 80

realizado pelo estudante da Universidade Federal de Campina


grande Yuri Vieira Brandão Ferreira. 60

40
Foi observado que, enquanto no ano de 2020 80% das pessoas
que responderam ao questionário deixaram de frequentar o 40

parque devido ao COVID-19, no ano de 2022 esse número cai


para 55,3%. Em contrapartida, os 20% que no ano de 2020 20
20

permaneceram utilizando o ambiente mesmo em período


pandêmico no ano de 2022 passaram a ser 44,7%.
Quanto a percepção dos indivíduos quanto a mudança da 0
PRÉ-PANDEMIA 2020 2022
0
PRÉ-PANDEMIA 2020 2022

paisagem no período de pandemia, enquanto no ano de 2020,


Fonte: Os autores, 2022.

58,20%
. dos indivíduos entrevistados alegaram que não sabiam opinar, no ano de 2022 a resposta mais recorrente é "SIM" (49,4%) ,
indicando a percepção de mudança no tocante as atividades do açude. Além disso, no ano de 2020, 26% respondeu "SIM" e 15,80% "NÃO",
enquanto em 2022, "NÃO SEI INFORMAR" representou 34,1% da respostas e a resposta "NÃO", 16,5%.

8.1.2 Mapas de comportamento Pessoas caminhando


Para execução dos mapas de comportamento da área estudada, fomos até o local e observamos o fluxo Pessoas correndo
de pessoas em 3 horários distintos - sendo eles: manhã (7am), tarde (12pm) e noite (17pm) - analisando
também quais atividades tais usuários praticavam (representadas na imagem ao lado). A área estudada Pessoas sentadas
foi setorizada (considerando os mesmo setores anteriormente apresentados no questionário [página Ciclistas
15]) e a partir disso, chegamos aos resultados apresentados nos mapas apresentados a seguir: Pessoas praticando atividade 18
Escala do parque

Pela manhã, através das observações feitas no local se percebe um fluxo mediano de pessoas. Encontra-se no local, predominantemente,
pessoas praticando caminhada (em sua grande parte idosos) e ciclistas. Também se nota que os usuários do local nesse horário fazem
boa utilização da academia popular presente. Outro fenômeno observado é o grande número de pessoas sentadas no setor 2, que ocorre
devido a existência de um ponto de ônibus na área.

19
Fonte: Os autores, 2022.
Escala do parque

No período da tarde nota-se um baixíssimo número de usuário no parque. O ambiente, inclusive, se torna pouco seguro devido a ausência
de tráfego humano. Percebe-se, como fenômeno pontual, um considerável número de pessoas sentadas nos setores 2 e 4, tal situação
acontece devido aos comércios presentes no entorno do local, nos quais oferecem serviços a população, que por sua vez faz o consumo dos
serviços oferecidos Além disso, as poucas pessoas que se encontram no local estão, em sua maioria, trabalhando.

20
Fonte: Os autores, 2022.
Escala do parque

O horário da noite é o que apresenta o maior fluxo de pessoas. Usuários, das mais variadas faixa etárias, praticam diversas atividades -
caminhada, corrida, ciclismo e treinos funcionais são algumas delas. Nesse horário, todo o entorno do parque é utilizado, com enfoque no
setor 2, onde diversas pessoas utilizam dos comércios localizados naquela área. Também se percebe que é nesse turno em que as pessoas
utilizam do ambiente para além das atividades físicas, usando-o também como espaço de lazer e convivência.

21
Fonte: Os autores, 2022.
9. QUADRO
FOFA
F
FORÇAS
O
OPORTUNIDADES
- Horários flexíveis; - Incentivo a atividade física alternativa;
- Espaço amplo para lazer e - Maior uso de bicicletas;
atividades físicas; - Áreas com grande potencial de
- Cartão postal da cidade; melhoria;

F
FRAQUEZAS
- Falta de segurança;
A
AMEAÇAS
- Depredação de equipamentos em
- Falta de espaços cobertos horários de pouco uso;
- Áreas pouco aproveitadas (CUCA) - Gentrificação
- Pouco aproveitamento dos museus;

- Ausência de grande número de

pessoas em alguns horários;



22
10. CONCLUSÃO

O parque Vergniaud Wanderley exerce fortes relações nas interações sociais feitas na cidade, já que é localizada como ponto
estratégico e próximo a grandes nomes do comércio da região, proporcionando maior fluxo de pessoas e tornando o ambiente mais
movimentado. Porém, é importante destacar a necessidade de manutenção e melhorias de algumas áreas, como também a carência
que é apresentada sobre a segurança do local.
Além disso, o parque exerce forte influência nas relações recreativas da cidade, principalmente relativo a prática de atividades
esportivas. Observa-se que mesmo localizado em área central, o parque apresenta pouca movimentação em determinados horários,
que faz com que gere certa insegurança no uso. Esses horários de menor fluxo poderiam ser estimulados para garantir vitalidade ao
parque, principalmente em horários comerciais. Apesar de apresentar total flexibilidade no seu uso, devido ao seu horário de
funcionamento, o parque necessita de ferramentas que proporcionem essa vitalidade ao longo do dia e as estratégias poderiam ser
pensadas até mesmo com equipamento já existentes no parque, como estímulos no uso dos museus do parque.

Fonte: JACKSON, 2022.


23
11. REFERÊNCIAS
CORRÊA, Roberto Lobato. O Espaço Urbano. São Paulo: Editora Ática S.A., 1989.

GOMES, Marcos Antônio Silvestre. Cidades sustentáveis e parques: reflexões teórico-conceituais. Confins. n 40, 2019.

JACKSON, Leydson. Instagram: @leydsonjackson_. 7 de fev de 2022. Disponível em: <https://www.instagram.com/p/CZq-


s7_u_vd/?utm_source=ig_web_copy_link> Acesso em: 26/02/22.

JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. Coleção a, São Paulo, WMF Martins Fontes, 2000.

LYNCH, K. A imagem da cidade. Lisboa: Edições 70, 1960.

PDCG. Plano Diretor Municipal de Campina Grande. Lei Complementar no 003, de 09 de outubro de 2006.

SOUZA, Marcelo Lopes de. ABC do desenvolvimento urbano. 2ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.

12. APÊNDICES

Respostas do questionário realizado pelo grupo com usuários do Parque. Disponível em


<https://docs.google.com/forms/d/1UXF-JyVSY_RhDk2sniaBq8jiUC1Oct6G02hG9Go-aVw/edit?usp=sharing>

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