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TURISMO E PATRIMÔNIO HISTÓRICO:

O FUTURO DE UMA CONSTRUÇÃO PORTUGUESA NA PRAIA DO FORTE

Diego Sánchez Wic RA:121999


Orientadora: Professora Me. Liliane Katita de Carvalho

PRÉ-BANCA - 5A
2023.01
OBJETIVO: Propor um projeto arquitetônico de um Hotel-Spa no entorno
das ruínas do Castelo Garcia D´Ávila, na Praia do Forte (BA), que combine
conservação de patrimônio e turismo.

JUSTIFICATIVA: Porque a conservação de património precisa de


orçamentos que nem sempre são viáveis. Procurar fontes de renda
alternativas se faz indispensável quando queremos manter a memória de
nossas heranças.
RESUMO: A natureza do trabalho proposto está na aproximação de soluções
criativas à revitalização de conjuntos patrimoniais históricos. Observa-se junto a
diversos estudos de caso, no Brasil e no Mundo a ampliação e diversificação dos
usos às edificações patrimoniais.

O projeto pretende propor novas dinâmicas espaciais no Castelo Garcia D´Ávila,


na Praia do Forte (Ba), a partir da aplicação de técnicas de retrofit e da
proposição de um anexo em seu entorno que acomoda o programa de
necessidades de um Hotel-Spa. Respeitando e valorizando sempre o património
existente, diversificando o turismo e ampliando as discussões que cercam as
possibilidades de rentabilidade económica para edificações em condição de
tombamento.
INTRODUÇÃO: Este trabalho aborda a conservação de património mediante a
criação do projeto de um Hotel-Spa no entorno das ruínas do Castelo Garcia
D´Ávila na Praia do Forte na Bahia. Com o intuito de trazer novas fontes de renda e
revitalizar o turismo que valorize e respeite as ruínas do que foi uma das primeiras
construções portuguesas no Brasil.

Após a implantação do projeto se espera uma chegada maior de turismo cultural


na região, de distintas classes sociais e uma diversificação do atual turismo de praia
e resort.
SUMARIO
-INTRODUÇÃO

-CAPÍTULO 1: Dinâmicas possíveis do patrimônio histórico arquitetônico

1.1: Uma aproximação histórica à proteção de patrimônio

1.2: Tipologias e usos para revitalização de patrimônio

-CAPÍTULO 2: O exemplo do… Hotel como revitalizador de patrimônio

2.1: Parâmetros e premissas na construção de um hotel

2.2: Compatibilização de parâmetros entre a construção de hotéis e a conservação de


patrimônio

-CAPÍTULO 3: História do Castelo Garcia D´Ávila

-CAPÍTULO 4: Projeto de Hotel-Spa anexo às ruínas do Castelo Garcia D´Ávila

-CONCLUSÕES

-BIBLIOGRAFIA
-CAPÍTULO 1: Dinâmicas possíveis do patrimônio histórico arquitetônico

Preservação: envolve a manutenção e


conservação de edifícios históricos e
monumentos, de forma a garantir sua
integridade e autenticidade ao longo do
tempo.

Figura 1: Qualquer trabalho de preservação precisa


elementos modernos.

Preservação Casa Coura, Paredes de Coura, Portugal.


Arquitetura Luis Peixoto. Foto Arménio Teixeira.
-CAPÍTULO 1: Dinâmicas possíveis do patrimônio histórico arquitetônico

Revitalização: visa à melhoria das


condições de vida e do ambiente
urbano em áreas que foram
degradadas ou abandonadas. A
revitalização envolve a
requalificação de edifícios
históricos, bem como a criação
de espaços públicos,
equipamentos culturais,
comerciais e de lazer. Ela valoriza
e preserva o patrimônio histórico,
ao mesmo tempo em que Figura 2: Revitalização no plano horizontal e no vertical.
promove a qualidade de vida e a
Praça de São Miguel, Talavera de la Reina, Espanha.
inclusão social. Arquitetura OOIIO Foto Francisco Sepúlveda
-CAPÍTULO 1: Dinâmicas possíveis do patrimônio histórico arquitetônico

Reabilitação: a reabilitação é uma


dinâmica que visa à recuperação de
edifícios históricos e outros elementos
patrimoniais que foram abandonados ou
subutilizados, a fim de reutilizá-los para
novos fins.

Um dos pilares da reabilitação é adaptar


esses edifícios históricos para torná-los
mais eficientes e sustentáveis do ponto de
vista energético, sem comprometer sua
arquitetura e história original.

Figura 3: Reabilitação de uma casa familiar.

Muros, Espanha. Arquitetura Fuertespenedo. Foto Héctor Santos-Díez


-CAPÍTULO 1: Dinâmicas possíveis do patrimônio histórico arquitetônico

Valorização: essa dinâmica envolve a promoção e divulgação do patrimônio


histórico, de forma a aumentar sua visibilidade e reconhecimento público. Isso
pode incluir a realização de eventos culturais e turísticos, a produção de material
informativo e educativo, bem como a criação de iniciativas de valorização e
reconhecimento do patrimônio histórico.

Gestão: as medidas de gestão e governança do patrimônio histórico precisam ser


implementadas, de forma a garantir sua sustentabilidade e preservação em longo
prazo. Esta dinâmica inclui a criação de políticas públicas de preservação, a
regulamentação do uso e ocupação do solo em áreas de patrimônio histórico,
bem como a criação de programas de financiamento e incentivo à preservação.
1.1: Uma aproximação histórica à proteção de patrimônio

PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO

TEORIA INGLESA (RUSKIN) TEORIA FRANCESA (LE-DUC) RESTAURO CIENTÍFICO (GIOVANNONI)


Perpetuar os valores Conservação de Carta de Veneza (1964)
éticos e estéticos da património como símbolo Admite-se incorporar elementos
cidade antiga da identidade nacional novos para suprir aqueles
desde uma perspetiva faltantes, contanto que sejam
museográfica distintos dos originais

BRASIL -Consolidação
1930-1990 -Recomposição
FUTURO? -Liberação
Homogeneização, indústria do BRASIL -Complementação
consumo cultural 1990-HOJE -Inovação
1.2: Tipologias e usos para revitalização de patrimônio

Uso residencial: Existe a possibilidade de adaptar edifícios


históricos para uso residencial. Isso pode envolver a
conversão deles em apartamentos ou casas, permitindo que
as pessoas morem em locais históricos e preservem o
patrimônio arquitetônico. Um uso maioritariamente
residencial pode ajudar a atrair novos moradores para a
região e a estimular o desenvolvimento urbano e social. A
ressalva deste tipo de uso é que a conta extra de gastos que
supõe a preservação de um patrimônio pode recair, se as
ajudas públicas não aparecem, nas mãos das famílias e a
conservação pode se tornar insustentável.

Figura 4: Restauração Edifício Graça 117, Lisboa, Portugal

Arquitetura Pedro Carrilho. Foto Ivo Tavares


1.2: Tipologias e usos para revitalização de patrimônio

Uso cultural: a adaptação de edifícios históricos para uso


cultural é uma das formas mais comuns e democráticas de
revitalização. Esses usos permitem que o patrimônio histórico
seja valorizado e utilizado pela comunidade, ao mesmo
tempo em que preserva sua história e arquitetura original. A
transformação dos espaços em equipamentos culturais
pode ser a melhor forma para que a sociedade aproveite e
valorize o património de maneira horizontal, em todas as
classes sociais. Existem grandes exemplos de equipamentos
culturais promovidos por capital privado, porém para que a
cultura e o patrimônio alcancem a maior porção da
sociedade precisa existir um forte investimento público.

Figura 5: Remodelação Ateneo de Madri. Espanha.

Arquitetura Gutierrez de la Fuente. Foto Fernando Alda


1.2: Tipologias e usos para revitalização de patrimônio

Uso comercial: a adaptação em


estabelecimentos comerciais é uma
forma comum de revitalização. Podem
ser restaurantes e bares, coworkings,
espaços de eventos ou hotéis.

Os hotéis são a forma mais eficiente de


atrair turistas para a região e oferecer
uma experiência única com a
preservação da arquitetura do espaço.
Neste caso existe um retorno direto do
investimento em preservação.

Todas estas opções geram renda e


movimentam a economia local e Figura 6: Localizado na rua coberta mais antiga de Isfahan.
colocam a captação de recursos em
mãos privadas. Tornando a Hotel Boutique Dalan Jahan, Isfahan, Irã. Arquitetura Polsheer.
preservação sustentável e rentável. Foto Mehdi Ghale Beigi
1.Proposta IPHAN para implantação de novos
1. programas no local. Actual estacionamento
6500m2

2.Proposta deste TCC para implantação de um


novo Hotel. Ao norte das ruínas 15000m2

Referências de programa:
-Hotel Belmond Cataratas 18000m2
-Hotel Fasano Boa Vista 13000m2

2.

VISTA AO MAR

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