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PUC GOIÁS - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II

MUSEU DA CASA
GOIANA:
UM PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA CASA DR.
EDUARDO JACOBSON

1959

ORIENTADORA: MA. DENISE PACHECO DE OLIVEIRA


ORIENTANDA: GABRIELLA BARROS CARNEIRO
GOIÂNIA, 2022
" A arquitetura de um lugar não encanta
apenas por sua beleza e exuberância, mas
também por toda a cultura que carrega em
seus detalhes."
- Mariana Gil
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
ARQUITETURA E URBANISMO

MUSEU DA CASA GOIANA:


UM PROJETO DE RETROFIT E
REQUALIFICAÇÃO DA CASA DR. EDUARDO
JACOBSON

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II,


APRESENTADO À PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DO GOIÁS –
PUCGO, SOB ORIENTAÇÃO DA PROFESSORA
MA. DENISE PACHECO DE OLIVEIRA, DO
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO.

GOIÂNIA
2022
Sumário
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................4
2. TEMÁTICA ..........................................................................................5
a. Edifícios Históricos e a Preservação
b. História dos Museus
c. Arquitetura de Museus
3. TEMA .....................................................................................................9
a. O Ato do Retrofit
2.1. JUSTIFICATIVA DO TEMA ..........................................................9
a. Arquitetura Moderna
4. USUÁRIOS ..............................................................................................11
5. ESTUDO DO LUGAR ..............................................................12
6. REFERÊNCIAS PROJETUAIS ............................................20
01. Museu do Pão
02. Museu Rodin
7. PROGRAMA DE NECESSIDADES...............................................28
8. PROPOSTA TEÓRICA....................................................................30
9. CONCLUSÃO ..............................................................................55
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................56
1. Introdução
Este trabalho apresenta um espaço de cultura e lazer para a Para que a proposta fosse rica em soluções, qualidade e
capital goiana, reavivando uma área que foi deixada um pouco de eficiência, foi necessário estudar projetos de edifícios que tiveram o
lado com o passar do tempo. Fica em um local de grande efeito de retrofit em sua obra, ou restaurados, e edifícios
importância para a cidade. Obtendo o Museu como um local de requalificados para ter esse embasamento.
inclusão cultural, oferecendo espaços de lazer e entretenimento Todo o estudo tem como objetivo o desenvolvimento de um
para se desfrutar da arte, foi então que surgiu a ideia de fazer um projeto arquitetônico de retrofit e requalificação na capital goiana.
retrofit na Casa Dr. Eduardo Jacobson e requalificá-la em um museu, Para alcançar o objetivo geral, foi necessário ter alguns objetivos
mais especificamente, O Museu da Casa Goiana, trazendo assim um específicos, sendo eles:
conceito de patrimônio dentro do patrimônio. Coletar os dados de edifícios históricos na capital.
Para chegar no projeto final que atendesse os objetivos propostos, Realizar diagnóstico do entorno da área da casa.
foi feito um estudo sobre a história dos museus e seus estilos, Analisar as características e as potencialidades do local
compreendendo a arquitetura de museus, a evolução na história, a designado para requalificação do museu.
forma e os programas de necessidades, desejando assim ter um Elaborar um estudo preliminar sobre museus e obras de retrofit.
conhecimento teórico e embasamento solido para conseguir fazer a A metodologia que foi utilizada para a elaboração desse projeto,
adaptação desta Casa para se ter um museu deste porte. se fragmenta em várias etapas, sendo o estudo de casos, o estudo
Visto que a capital goiana possui uma riquíssima herança dos assuntos de interesse para este projeto, a elaboração do projeto
histórica marcada pela cultura, diversos monumentos e maquete 3D.
arquitetônicos e as diversas potencialidades a serem exploradas, foi A primeira etapa é referente a revisão bibliográfica de livros, teses,
notado a necessidade de desenvolver um projeto que agregasse artigos, monografias e matérias disponíveis na internet, a respeito
essas características que a cidade oferece. dos estudos de interesse para este projeto, a segunda etapa consiste
Foi optado por essa tipologia, quando se notou as diversas na aplicação de tudo que foi pesquisado e desenvolvendo assim um
qualidades que um museu pode oferecer para a comunidade. estudo preliminar, sendo esses estudos consultados nas normas
técnicas de acessibilidade, saídas de emergência e código de obras.
4
2. Temática
A. EDIFÍCIOS HISTÓRICOS E A PRESERVAÇÃO. No dicionário do patrimônio cultural, Marcelo Antônio Sotratti
(2015) define a palavra revitalização como recuperação do espaço
No artigo de Larissa Mendonça (2021, p.13 apud Vargas, 2006), diz urbano por determinados grupos sociais. De acordo com Moura,
que a requalificação, a revitalização, a reutilização, a recuperação, a Guerra e Seixas (2006, p.15-34).
preservação, a restauração e a proteção das instalações urbanas são
ferramentas para transformar áreas, bairros e espaços que não tem A revitalização consiste na refuncionalização
mais a mesma vitalidade de antes. A autora continua dizendo que os estratégica de áreas dotadas de patrimônio, ou seja,
de objetos antigos que permaneceram inalterados no
principais objetivos destas intervenções podem ser citados o
processo de transformação do espaço urbano, de
fortalecimento da identidade, a otimização das infraestruturas, a forma a promover uma nova dinâmica urbana
valorização do patrimônio, a adaptação aos padrões atuais da baseada na diversidade econômica e social (MOURA,
sociedade, a economia e a tecnologia. GUERRA E SEIXAS apud SOTRATTI, 2015).

É por esta razão que é necessário ter pleno ajuizamento dos


termos como restauração, requalificação e revitalização que, entre Com relação a requalificação, ou ressignificação, o arquiteto
os vários citados no parágrafo acima, precisam ser entendidos de Rodrigo Guidini (2018) diz em seu artigo que o ser humano vive em
forma clara e precisa. constante mudança e aperfeiçoamento, ele tem necessidade de
De acordo com Gustavo Neiva Coelho (2001, p.99), restaurar criar e modificar ideias e coisas e, consequentemente precisa de
“significa recuperar, para o pleno uso, um objeto ou edifício espaços. Quando acontece de os espaços das cidades começarem a
desgastado, ou mesmo deteriorado, quer pela ação do tempo ou do cair em desuso, ou a se deteriorarem, torna-se necessária uma
próprio homem”, ou seja, a ação do restauro é feita com o intuito de ressignificação. Mas o que seria necessariamente uma
obter uso total daquele lugar novamente, recuperando o que ficou ressignificação? De acordo com Guidini (2018), ressignificar é “tornar
desgastado com o tempo. atual aquilo que ficou obsoleto”.
Ele continua dizendo que para renovar uma estrutura ou suas
partes deterioradas, já deve haver, previamente um objetivo de
utilização, não importando se este novo uso é diferente do original
(COELHO, 2001, p.99). 5
Ou seja, os espaços urbanos precisam se manter em constante uso. No estatuto do Conselho Internacional de museus (ICOM), diz
Se forem necessárias mudanças para que eles acompanhem as que o museu é uma organização sem fins lucrativos, uma instituição
alterações do tempo ou mesmo da sociedade, que elas sejam feitas, permanente, a serviço da sociedade e do desenvolvimento, aberta
para que não se perca seu uso ou significado. Rodrigo Guidini (2018) ao público, continua dizendo que o museu é para pesquisa,
diz: “Ressignificar os espaços significam mantê-los vivos. Os espaços comunicação e exibição de patrimônio material da humanidade,
precisam e devem ser reutilizados, reciclados, restaurados, recriados, sendo o seu ambiente para fins educativos e diversão.
ressignificados!” E ele segue dizendo que o motivo de precisarmos Segundo alguns autores, os museus tiveram origem do
ressignificar é porque os espaços fazem parte da nossa memória colecionismo, que é uma atividade praticada pelos humanos desde
coletiva e de nossa identidade. a pré-história, o que pode caracterizar a humanidade.
Como esse projeto tem como objetivo fazer o retrofit e a De acordo com Alexander (2008), o primeiro museu de que se
requalificação de uma casa que tem papel importante na história de tem conhecimento foi feito em Alexandria, por volta do século III
Goiânia, deve-se conceituar a palavra Retrofit aqui citada. Retrofit, A.C, e foi destruído durante as várias guerras civis que ocorreram
segundo Coelho (2021), é uma ferramenta responsável pela nesse período. Inicialmente os “museus” eram uma coleção privada,
restauração de prédios antigos de forma a preservar a arquitetura a partir do momento em que passaram a ser uma coleção pública,
inicial. Porém além disso, também quer dizer que deve manter o passou a ser conhecido como Museu.
objeto ou lugar em ótimas condições. Em 1683, o primeiro museu moderno com intenção de educar o
O processo de retrofit não é necessariamente preciso fazer a público foi criado pela universidade de Oxford na Inglaterra. O nome
restauração completa, pode ser parcial também. O ponto principal do Museu é Ashmolean. Conforme o instituto Brasileiro de Museus:
de fazer um retrofit é revitalizar podendo adicionar inovações
tecnológicas, sem perder o estilo adotado inicialmente, mantendo a
essência da arquitetura inicial (COELHO, 2021). Os museus são casas que guardam e apresentam
sonhos, sentimentos, pensamentos e instituições
que ganham corpo através de imagens, cores, sons
B. HISTÓRIA DOS MUSEUS e formas. Os museus são pontes, portas e janelas
que ligam e desligam mundos, tempos, culturas e
A palavra “museu” tem origem grega que significa “templo das pessoas diferentes. os museus são conceitos e
musas”, esses templos tinham objetos preciosos que poderiam ser práticas em metamorfose. (IBRAM, 2010, pg. 22).

exibidos ao público, e era cobrada uma pequena taxa para entrar.


(ALEXANDER & ALEXANDER, 2008, pg.3).
6
O IPHAN da como definição de Museu os seguintes Com o passar do tempo, as definições de museu foram se
parâmetros: transformando, os museus da atualidade se encontram com muitas
opções de atividades para se fazer, muitas vezes com oficinas,
O museu é uma instituição com personalidade jurídica
cafeterias, bibliotecas e até restaurantes no local. É possível notar
própria ou vinculada a outra instituição com
personalidade jurídica, aberta ao público, a serviço da alguns exemplos desses museus com essas características, como o
sociedade e de seu desenvolvimento e que apresenta as Museu da Arte em São Paulo e o Museu da Casa Brasileira.
seguintes características:
I - o trabalho permanente com o patrimônio cultural,
em suas diversas manifestações;
II - a presença de acervos e exposições colocados a
serviço da sociedade com o objetivo de propiciar a
ampliação do campo de possibilidades de FIGURA 1: PRIMEIRO MUSEU DO MUNDO, RUÍNAS DA ANTIGA BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA, EM ÉFESO.
construção identitária, a percepção crítica da FONTE: TRISCELE, 2014.

realidade, a produção de conhecimentos e


oportunidades de lazer;
III - a utilização do patrimônio cultural como recurso
educacional, turístico e de inclusão social;
IV - a vocação para a comunicação, a exposição, a
documentação, a investigação, a interpretação e a
preservação de bens culturais em suas diversas
manifestações;
V - a democratização do acesso, uso e produção de
bens culturais para a promoção da dignidade da
pessoa humana;
VI - a constituição de espaços democráticos e
diversificados de relação e mediação cultural, sejam
eles físicos ou virtuais.
Sendo assim, são considerados museus,
independentemente de sua denominação, as
instituições ou processos museológicos que
apresentem as características acima indicadas e
cumpram as funções museológicas.
7
C. ARQUITETURA DE MUSEUS

Sobre a arquitetura dos museus, na época da Roma antiga, os


arquitetos diziam como fazer uma boa arquitetura. Segundo Durant
(1819), os museus deveriam ser feitos dentro do mesmo espírito das
bibliotecas, um edifício reservado para os estudos, ou melhor
dizendo, um templo consagrado aos estudos, era considerado
Tesouro público o que era guardado nos museus. Já Maurice Besset
(1993), disse que os museus vieram com uma função educativa,
porém muito mais literal, pois os museus eram realmente escolas
onde iam aprendizes e passavam o dia em frente as telas.
Essas duas formas de ver os museus, de certa forma estão
presentes nos projetos que se prosseguiram até a atualidade, onde
muitos museus além de apresentar os objetos históricos, também
tem como objetivo a educação.
Segundo Neufert (1948), em seu livro “A arte de projetar em
arquitetura”, recomenda que os museus ou escolas de arte tenham
salas espaçosas, e faz considerações sobre ângulos visuais, ele diz
também que “para cada parede, um único quadro”, ele ressalta que FIGURA 2: EVOLUÇÃO DO EDIFICIO MUSEAL.
é importante ter uma parede ou um fundo neutro para que os FONTE: ISSUU-BRUNA FERNANDES, 2015.

objetos sejam ressaltados.


Como a conceituação de museu mudou, a arquitetura também Na Figura 2, é possível ver essa mudança da arquitetura de
teve uma evolução, com o desenvolvimento de novas tecnologias e museus com o passar dos tempos. atualmente, o museu é um
materiais, gerou mais possibilidades de aplicação nas arquiteturas espaço que possui lugares para além do seu acervo, possuindo cafés,
de museus. restaurantes, lojas, livrarias, espaços educativos como oficinas e até
espaços para lazer, entre várias coisas possíveis de se ter no mesmo
local que o museu.
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3. Tema 3.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA

A. O ATO DO RETROFIT. Com o plano de restituir o lugar, despertou-se a ideia de


requalificar e fazer o retrofit de fachada de uma casa que pode ser
Com o objetivo de resgatar o ambiente e dar uma ocupação considerada um dos símbolos do modernismo goiano, a Casa do Dr.
melhor para regiões importantes da cidade, optou por fazer um Eduardo Jacobson, requalificando o lugar para ser um museu.
retrofit de fachada de uma casa que fizesse parte do Modernismo Devido a cidade ter uma rica herança histórica marcada pela
goiano. A Casa do Doutor Eduardo Jacobson, que atualmente se cultura e pelos monumentos arquitetônicos, buscou então trazer
encontra em estado de abandono, é um imóvel com tais para o espaço O Museu da Casa Goiana, caminhando consigo a ideia
características, está em uma excelente localização, a divisa entre os de um "patrimônio dentro do patrimônio", esse projeto pretende
setores Sul, Oeste e o Centro da cidade de Goiânia. Feita a escolha do atender a população com intuito de oferecer lazer e conhecimento
imóvel, o objetivo desse TCC será fazer o retrofit de fachada e educacional.
requalificá-lo, propondo assim para o lugar, um museu. Pelas diversas qualidades que o museu proporciona para a
Para o desenvolver esse projeto foi necessário entender as sociedade, foi optado por essa tipologia, havendo também o intuito
estratégias de museus, a história e como surgiu os museus. de oferecer suporte cultural para a comunidade e as cidades
Conforme buscas por informações sobre projetos de museus, foi vizinhas. As edificações são fontes de memória e informação,
tomado como base as qualidades e as deficiências de cada projeto, contam a história de sua época. Preservá-los é assegurar para
para que a proposta atual fosse rica em soluções e apresentasse gerações futuras, a compreensão da história ou a identidade cultural
qualidade e eficiência em seu programa. de quem as produziu.
Esse Trabalho de Conclusão de Curso desenvolve um projeto de O museu irá criar um ambiente que incentive a educação, e que
retrofit de fachada e requalificação. É um plano que busca revitalizar promova o conhecimento. No mesmo local terá uma livraria, oficinas
os espaços internos de um imóvel, através da reformulação dos educacionais e um café-lanchonete, para que as pessoas possam
ambientes. Essa intervenção ocorre com a intenção de gerar passar ali um tempo de qualidade, saboreando um bom café. É um
valorização e proteção patrimonial. lugar para encontros, reuniões, momentos de lazer, para relaxar e
trabalhar com tranquilidade. Será um local de fomento da cultura, e
um ambiente confortável e acessível à sociedade goiana.
9
A. ARQUITETURA MODERNA

A Arquitetura Moderna é marcada por grandes nomes e por


características bem definidas desse estilo. O estilo moderno se
destaca bastante nas formas, formas simples, e em seus materiais,
onde o concreto aparente, aço e vidro são características desse
estilo. (PORTOBELLO, 2017).
Dentre os renomados arquitetos do estilo moderno, Le Corbusier FIGURA 3: VILLA SOVOYE, LE CORBUSIER.
FONTE: VIVADECORA, 2017.
é um dos que mais contribuíram para a Arquitetura Moderna e seus
princípios, sendo eles, a fachada livre, uso de pilotis, janelas em fita,
planta livre e terraço-jardim. (PORTOBELLO, 2017).
A casa de escolha para esse projeto, tem características do
modernismo, onde é possível ver que há pilotis em sua planta térreo,
e formas simples em sua estética, com o uso de concreto. Pode-se
notar que existe a valorização da racionalidade, com formas
geométricas e elementos lineares. É uma obra importante para a
cidade e para esse estilo, que deve ser lembrada as gerações futuras,
fazendo o retrofit da casa e requalificando-a para não perder seu
uso, é possível para a proteção desse bem e poder ter um marco da
FIGURA 4: O MASP, PROJETO DE LINA BO BARDI.
história para a comunidade. FONTE: CASACOR, 2021.

10 FIGURA 5: ARQUITETURA MODERNISTA CASA 855.


FONTE: HABITARE, 2019.
4. Usuário
Sobre os usuários, seriam pessoas de bairros próximos que
ARTISTAS E AMANTES DA ARTE
poderiam vir fazendo o uso dos transportes coletivos da região ou o
uso de meios de locomoções alternativas, como bicicletas. Seria a
comunidade local também, pois ela estaria diretamente ligada ao
espaço, devido justamente a facilidade de acesso. Para artistas e
amantes da arte e também educadores e estudantes, onde haverá
congressos e palestras voltadas para esse público.
Pessoas de todas as faixas etárias, desde crianças até idosos. De ESTUDANTES E EDUCADORES
todas as classes sociais.
Um museu desse porte pode ser considerado um ponto turístico
para a cidade, sendo assim um espaço que atrai turistas de outras
cidades e bairros mais afastados.

PARA TODOS OS PÚBLICOS


PESSOAS DE BAIRROS ADJACENTES

A COMUNIDADE LOCAL TURISTAS

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5. Estudo do Lugar
GOIÂNIA - GO
SETOR CENTRAL

SETOR OESTE

FICHA TÉCNICA:
PROJETO: CASA EDUARDO JACOBSON
ARQUITETO: JARBAS KARMAN
ANO: 1959 SETOR SUL

LOCAL: RUA DONA GERCINA BORGES TEIXEIRA, 22 –


SETOR SUL (GOIÂNIA – BRASIL)

A Casa Fica localizada em frente ao Bosque dos Buritis, na divisa


com os setores Sul, Oeste e central de Goiânia. É uma casa de
esquina, onde a fachada norte é em frente à rua Dona Gercina
Borges Teixeira, e é também a fachada principal da casa, já a
fachada Oeste, fica de frente ao Bosque dos Buritis, na Alameda dos
Buritis.
A casa foi projetada pelo arquiteto Jarbas Karman para o Doutor
LEGENDA
Eduardo Jacobson, na qual o arquiteto também projetou o hospital
em que o doutor é sócio. A casa passou por algumas intervenções
feitas a partir de outros arquitetos, um dos quais existem bastante
informações de suas intervenções, é o arquiteto Luis Osório Leão.
Luis Osorio Leão fez algumas mudanças na casa em seu estado
original, como o acréscimo do muro da casa e a piscina existente em
seu espaço interno, na qual inicialmente não faziam parte do
projeto, ambas foram feitas de pedras trazidas de Pirenópolis do
Goiás.

12
FIGURA 6: FACHADA CASA DR. EDUARDO JACOBSON.
FONTE: ACERVO PESSOAL GABRIELLA BARROS, 2021.

13
A casa tem 2 pavimentos, sendo o pavimento térreo com
377,88m² e o pavimento superior, com área construída de 342,26 m².

E 31
LOT
1/33
LOTE

E3
LOT

FIGURA 7: FACHADA NORTE CASA DR. EDUARDO JACOBSON. FIGURA 8: MAPA FÁCIL GOIÂNIA, COM ADAPTAÇÃO DA AUTORA.
FONTE: ACERVO PESSOAL GABRIELLA BARROS, 2021. FONTE: PREFEITURA DE GOIÂNIA, 2022.

A casa fica no Lote 1/33 desse quarteirão, por ser um projeto O campo de intervenção é localizado em uma região com
bastante complexo, apenas o terreno da casa não seria viável para topográfica relativamente plana, por se tratar de uma área com
um projeto deste tamanho e porte, então foi usado mais dois lotes construção pré-existente, a topografia se encontra movimentada e
para esse projeto, sendo estes os lotes 3 e 31, lindeiros a casa. plana no local do projeto. Há existência de áreas de vegetação,
Com a junção desses dois lotes a Casa, cria-se um total de principalmente ao redor do Bosque dos Buritis.
1.648,41m² para a integração e execução desse projeto, sendo um A área de interesse possui uma infraestrutura necessária ao seu
espaço adequado para essa obra. redor, como asfalto, rede de iluminação pública, redes de
abastecimento de água e esgoto.
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FIGURA 9: FACHADA OESTE CASA DR. EDUARDO JACOBSON.
FONTE: ACERVO PESSOAL GABRIELLA BARROS, 2021.

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FIGURA 10 – LOTE 31, AO LADO DA CASA. FIGURA 11 – LOTE 3, ATRÁS .
FONTE: ACERVO PESSOAL GABRIELLA BARROS, 2021. FONTE: ACERVO PESSOAL GABRIELLA BARROS, 2021.

Nas imagens acima, figura 10 e 11, são os lotes que estão sendo
E o mesmo é levado em consideração com a casa do lote 3 (figura
usados para aumentar o terreno do museu, mas porque usar esses
11). A casa já passou por inúmeras reformas e mudanças, perdeu todas as
terrenos? Na figura 10, pode-se perceber que é uma casa que foi
suas características originais da década de 50. E para ser possível a
construída na mesma época que a Casa Dr. Eduardo Jacobson,
execução desse projeto, é necessário acrescentar mais este lote para essa
Porém essa casa, além do fato de estar desabitada e abandonada, ela
área, pois dessa forma há a quantidade eficaz para o Museu.
também não tem suas características originais, perdeu suas origens
Como ambas as casas perderam suas características, não há motivo
arquitetônicas, devido já ter passado por varias reformas, o que passa
em mantê-las, por isso elas foram demolidas para a requalificação do
a ser irrelevante manter ela.
lugar.

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17
18
Como mostra no mapa ao lado, a
cidade possui uma rica herança
histórica marcada pela cultura e
pelos monumentos arquitetônicos.
Muitos deles estão próximo a
Casa, nessa região existem várias
obras arquitetônicas marcadas por
alguma década.
O local conta com uma excelente
infraestrutura urbana, com
facilidade de mobilidade, por ter
rede de transporte público, tem
bons acessos ao pedestre nas vias,
vias duplas, ciclovia e segurança.
Por ser uma região em que tem
alguns moradores de rua e usuários
de drogas, é uma região de pouco
movimento noturno, porém essa
intervenção visa mudar isso.

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FIGURA 12: MUSEU DO PÃO.
FONTE: ARCHDAILY, 2011.

6. Referencias Projetuais
FICHA TÉCNICA:
·PROJETO: MUSEU DO PÃO
·ARQUITETOS: FRANCISCO FANUCCI E MARCELO FERRAZ
·ANO: 2007
·ÁREA: 330 M²
·CIDADE: ILÓPOLIS
·PAÍS: BRASIL
·MATERIAIS: MADEIRA, VIDRO E CONCRETO.

O Museu do Pão, localizado no Vale do taquari em Ilópolis, no


Rio Grande do Sul, se encontra em uma área urbana da cidade. O
museu é composto por um moinho antigo, conhecido como
Colognese, do começo do século passado. Segundo o site Brasil
Arquitetura (2015), ele foi construído por uma família de imigrantes
italianos. este museu, é de autoria dos arquitetos Francisco Fanucci e
Marcelo Ferraz, que começou em 2005 e foi finalizado em 2007.
O terreno tem 1.011 m² e é de esquina, onde as edificações do
local são residenciais com características da arquitetura italiana
também. (ARCHDAILY, 2011). A forma como os dois anexos foram
dispostos no lote, fez surgir um pátio entre eles que é reservado e ao
mesmo tempo existe um acesso livre para rua. Em relação aos
acessos do museu, existe no pavimento térreo escadas e rampas por
conta do desnível do terreno, ligando à cada uma das edificações.
(ARQUITETURA, 2005).
20
FIGURA 13: MUSEU DO PÃO.
FONTE: ARCHDAILY, 2011.

21
FIGURA 14: MUSEU DO PÃO, PÁTIO.
FONTE: ARCHDAILY, 2011.

O Museu possui um formato retangular, que é elevado do


solo para manter o mesmo nível interno do piso do Moinho, os
dois anexos foram feitos em uma escala que não sobressaísse o
moinho, formando assim, um diálogo entre eles entre a
arquitetura moderna e a contemporaneidade. O próprio
Moinho, tem uma volumetria quadrada com três pavimentos. Os
três edifícios são independentes e se conectam por meio de
passarelas.
Nesse projeto, foi feita a restauração do Moinho, e a
requalificação de seu uso. Originalmente, o moinho era um
depósito de sacos e hoje é uma bodega, que traz vida
novamente ao lugar. Os andares superiores do Moinho, também
fazem parte de uma exposição. (ARQUITETURA, 2011)
O material predominante utilizado nas novas construções
foram concreto armado aparente e o vidro, o que cria um certo
diálogo com a madeira do Moinho. Tem três pilares no bloco do
museu, onde existem quatro peças de madeira apoiadas numa
estrutura de concreto, formando um triângulo. O teto do Museu
é todo em concreto, e o da oficina foi feito uma cobertura verde,
o que traz conforto para o interior do edifício.

22
FIGURA 15: MUSEU DO PÃO, CORTE.
FONTE: ARCHDAILY, 2011.

Além do projeto de restauração do Moinho,


teve a requalificação de seu uso. O moinho foi
transformado em uma bodega. (HORTA, 2008).
Os dois novos edifícios tem programas que se
integram ao Moinho, onde um dos volumes é o
museu e o outro uma oficina.
Esse projeto como um todo, chama atenção
FIGURA 16: MUSEU DO PÃO, PLANTA. por várias características, dentre elas a forma
FONTE: ARCHDAILY, 2011. COM ADAPTAÇÃO DA AUTORA.
como arquiteto fez com os espaços e como o
sentimento que o ambiente traz para as
pessoas, com um ótimo local de convívio,
atraindo assim todos os tipos de públicos. Este
projeto também atrai a questão de conseguir
Edificação nova conciliar o passado com o presente, trazendo a
história para os tempos de hoje.
Edificação Antiga
O aspecto que os arquitetos levaram para as
novas edificações, respeitando a escala e
dialogando com o antigo também chama
atenção para o projeto do Museu da Casa
Goiana, esse. Por isso, foi proposto para os
anexos do Museu, edificações com linhas
simples e retas, dialogando com a Casa e
trazendo uma continuidade na linguagem.

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FIGURA 17: MUSEU RODIN.
FONTE: ARCHDAILY, 2020.

Referencias Projetuais 2
FICHA TÉCNICA:
PROJETO: MUSEU RODIN
ARQUITETOS: FRANSCICO FANUCCI, MARCELO FERRAZ E
CICERO FERRAZ.
ANO: 2002
ÁREA: 3055 M²
CIDADE: SALVADOR - BA
PAÍS: BRASIL
MATERIAIS: MADEIRA E CONCRETO.

O segundo estudo de caso escolhido, foi o Museu Rodin, que


fica em salvador na Bahia. Esse museu é de uma filial francesa, que
foi o primeiro Museu Rodin existente fora da França. Por ser um
museu que veio de fora, ele segue inúmeras exigências para acolher
o acervo que vem diretamente do seu país de origem, feitos em
gesso.
O Museu tem 3055m², nele foi feito um restauro no palacete
existente, e as intervenções que foram criadas tem uma
infraestrutura específica para a exposição das obras. Existe um
espaço para exposições temporárias e também um café-restaurante,
onde incentiva uma maior interação com o público. (VICTORIANO,
20??)

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FIGURA 18: PASSARELA MUSEU RODIN.
FONTE: ARCHDAILY, 2020.

25
FIGURA 19: MUSEU RODIN, PLANTA 1 PAV.
FONTE: ARCHDAILY, 2020.

O palacete contem 1,5 mil m², mesmo tendo um espaço


grande, ainda não era suficiente para se ter esse museu. Foi
construído um anexo com o mesmo tamanho da área do
palacete, para poder ter um restaurante e espaço para
exposições temporárias. Para fazer essa ligação entre os
edifícios, foi feito uma passarela que liga a edificação
restaurada com a nova, uma passarela em concreto
protendido, sem a existência de pilares, com 3 metros de
altura e 20 metros de comprimento.
O primeiro pavimento do museu ficam exposições onde
são divididas em cinco ambientes. As salas maiores
guardam obras grandes como "O Pensador e o Beijo", e nas
salas menores, ficam as exposições permanentes.
FIGURA 20: MUSEU RODIN, CORTES.
(VICTORIANO, 20??). O museu tem um jardim centenário,
FONTE: ARCHDAILY, 2020.
sendo ele um ótimo lugar para convívio, espaço que agrega
muito ao museu, é possível fazer exposições ao ar livre
também.
Além da requalificação do palacete, a forma como o
arquiteto fez a comunicação do edifício novo com o
revitalizado chamou atenção para o projeto, sem exageros e
com linhas retas e simples. Usando materiais que dão essa
comunicação de forma sútil, usando concreto aparente e
fechamento em vidros.

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FIGURA 21: MUSEU RODIN, LIGAÇÃO.
FONTE: ARCHDAILY, 2020.

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7. Programa de necessidades
VESTIÁRIO FEM/ MASC 53,20 M² CAFÉ-LANCHONETE
DEPÓSITO 22,70 M²
COZINHA 18,40 M²
DML 3,50 M²
CAFÉ/LANCHONETE 15,20 M²
TÉRREO
RESTAURO DE OBRAS 21,00 M²
ENTRADA COZINHA 5,50 M²
CONTROLE DE OBRAS 20,20 M²
SUBSOLO COPA E SALA DE DESCANSO 31,70 M²
PÁTIO
SANITÁRIOS
494,50 M²
FOSSO/JARDIM 19,30 M² 27,80 M²
ALMOZARIFADO 26,50 M²
ÁREA TOTAL 561,40 M²
HALL SUBSOLO 106,50 M²

ÁREA TOTAL 304,60 M²


MUSEU
MUSEU MUSEU SUPERIOR 95,60 M²
MUSEU TÉRREO 139,60 M² ADMINISTRAÇÃO 25,70 M²
RECEPÇÃO AUDITÓRIO 70,00 M²
21,20 M²
ENTRADA DO MUSEU FOYER 13,50 M²
15,60 M²
OFICINA LÚDICA SANITÁRIOS 14,00 M²

TÉRREO LOJA DO MUSEU


15,90 M²
14,80 M²
SUPERIOR DML
LAGE TÉCNICA
2,60 M²
30,80 M²
OFICINA DE BISCUIT
12,30 M² CIRCULAÇÃO VERTICAL 16,50 M²
OFICINA DESENHO ARTISTICO
11,80 M² SALA DE ESTUDOS 25,50 M²
OFICINA PINTURA EM TECIDO
LIVRARIA
97,50 M² ALMOXARIFADO RÁPIDO 9,70 M²
SANITÁRIOS 25,50 M²
DML 4,50 M² ÁREA TOTAL 303,90 M²
ESTACIONAMENTO 187,50 M²
GERADOR DE ENERGIA 6,30 M²

ÁREA TOTAL 552,50 M² ÁREA TOTAL 1.723,40 M²


Legenda
Visitas
SANITÁRIOS
estacionamento
Entrada/Saída LOJA CAFÉ/
LIVRARIA Funcionarios
MUSEU LANCHONETE
Higiene

comércio/ restaurante

Entrada/Saída
RECEPÇÃO SANITÁRIOS

ESTACIONAMENTO
MUSEU

Entrada/Saída
EXPOSIÇÃO
ADMINISTRAÇÃO CONTROLE DE OBRAS

OFICINAS SALA DE ESTUDOS


RESTAURO DE OBRAS

AUDITÓRIO
DEPOSITO/ALMOXARIFADO VESTIARIO FEM/MASC

SANITÁRIOS
COPA E SALA DE
DESCANSO

29
FIGURA 22: MINI CINEMA MUSEU DA CASA BRASILEIRA.

8. Proposta Teórica
Este trabalho de retrofit e requalificação da Casa Doutor
Eduardo Jacobson, cria uma interação entre o acervo e o
espaço de convivência, para poder ser capaz de atender além
do público-alvo, também os visitantes esporádicos e os
próprios funcionários. Portanto é de objetivo desse projeto
fazer um retrofit de fachada para salvar as memorias passadas
e ter uma nova perspectiva para o futuro, em um ambiente
completamente novo e que seja capaz de criar destinos para
todos aqueles que desejam viajar no tempo. FIGURA 23: MINI CINEMA MUSEU DA CASA BRASILEIRA.

Nesse museu fica sendo exposto a história da Casa Goiana,


onde tem um telão que fica expondo as diversas tipologias das
casas goianas e seus mobiliários, tem salas de exposições
destinadas a designers goianos, incluindo acervos temporários
e permanentes, tem ambientes para expor artesanatos goianos
e tem uma linha do tempo da arquitetura goiana bem
representada.

30
Como material de construção das edificações que foram
acrescentadas a casa, foi utilizado o concreto armado, e o uso
de vidro, principalmente o vidro polarizado. Na fachada norte
mesmo, está sendo utilizado o vidro polarizado, pois será uma
fachada que tem bastante contato com sol, e esta foi a solução
pensada, pois um dos objetivos era ter um bom dialogo entre o
museu e o Bosque dos Buritis, e para isso ser possível, o vidro
foi escolhido por ser uma opção boa de material.
Os materiais aplicados, visa trazer um aspecto estético
contemporâneo. Para o controle da luminosidade e radiação,
foi pensado no uso do vidro polarizado pois irá proteger o
ambiente da luz solar direta.
FIGURA 24: FACHADA NORTE, LIVRARIA.

Com a requalificação da Casa, foi necessário fazer alguns


ajustes no espaço interior, para poder fazer a aplicação deste
museu, que será possível ter uma visualização melhor nas
plantas mostradas adiante deste trabalho.
As intervenções antes criadas pelo arquiteto Osório Leão na
Casa, foram retiradas para recuperar sua arquitetura de
origem, como o muro de pedras, e a piscina.
A casa continuou com um muro, porém dessa vez, um de
vidro para não tirar sua beleza, o muro sendo necessário por
motivos de ter uma segurança maior no Museu, sem contar
com os alarmes e outros itens de segurança existentes.

31
FIGURA 25: CASA DR. EDUARDO JACOBSON, RENDER.
Na fachada norte foi optado por
um portão camarão de vidro, o qual
fecha quando o museu estiver
fechado e abre dando lugar para os
carros estacionarem em frente a
livraria, e os vidros ficam
escondendo o gerador, quando o
portão estiver aberto.

FIGURA 26: CASA DR. EDUARDO JACOBSON, FACHADA NORTE.

Na fachada Oeste, em frente ao Bosque


dos Buritis, o estacionamento é livre e
aberto, onde é possível estacionar mesmo o
museu estando fechado. a proteção do
museu feita por ali é feita por grade
removível, a qual fica em frente os
estacionamentos, sem prejudicar as vagas.

32 FIGURA 27: CASA DR. EDUARDO JACOBSON, FACHADA OESTE.


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37
FIGURA 28: CONEXÃO PILAR-VIGA.
FONTE: CORNETTA ARQUITETURA.

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40 FIGURA 30: FOSSO COM JARDIM.
FONTE: HAPPYNEST.
figura 33: Pátio Museu e Café

figura 31: Entrada Livraria

figura 34: Oficina Lúdica infantil

figura 32: Museu Exposição Permanente

41
figura 35: Cinema Historia das Casas

figura 36: Auditório

figura 37: Sala de estudos

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Cobertura da
caixa d'agua, lage
impermeabilizada

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Placa Solar Canadian – modelo CS6K-260P-FG-260Watts
Total de 66 placas na Residência.
Tamanho 1,63 m x 0,98 m
Placas voltadas para o nordeste

Tem 66 placas solares Canadian para suprir


toda a energia do Museu e se haver a geração
de mais energia que o suficiente, ser vendida
para a Enel-GO, mas pode suprir apenas parte
da energia que for utilizada para este Museu,
dessa forma haverá uma diminuição nas contas
de luz.
Como a casa vai ser requalificada para um
museu, a tecnologia fotovoltaica será de grande
ajuda e economia com relação às despesas de
iluminação, por ser uma região muito banhada
pelo sol durante o dia, por o museu ter muita
iluminação em sua fachada, por motivos de
segurança, poderá gastar bastante energia a
noite, e com esse sistema, o valor alto que seria
gasto com contas energéticas, será
compensado com geração elétrica fotovoltaica.

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47
48
49
50 FIGURA 38: CASA DR. EDUARDO JACOBSON.
FONTE: ARQUIVO PESSOAL
FIGURA 39: CASA DR. EDUARDO JACOBSON, FACHADA NORTE. FIGURA 40: CASA DR. EDUARDO JACOBSON.
FONTE: ARQUIVO PESSOAL FONTE: ARQUIVO PESSOAL

FIGURA 41: CASA DR. EDUARDO JACOBSON, FACHADA OESTE.


FONTE: ARQUIVO PESSOAL
51 FIGURA 42: LIVRARIA.
FONTE: ARQUIVO PESSOAL
FIGURA 43: CASA DR. EDUARDO JACOBSON, FACHADA NORTE. 52
FONTE: ARQUIVO PESSOAL
FIGURA 44: PÁTIO MUSEU FIGURA 45: PÁTIO MUSEU
FONTE: ARQUIVO PESSOAL FONTE: ARQUIVO PESSOAL

FIGURA 46: PÁTIO MUSEU 53 FIGURA 47: CASA DR. EDUARDO JACOBSON À NOITE.
FONTE: ARQUIVO PESSOAL FONTE: ARQUIVO PESSOAL
FIGURA 48: PÁTIO MUSEU
54 FONTE: ARQUIVO PESSOAL
FIGURA 49: CINEMA MUSEU FIGURA 50: AUDITÓRIO MUSEU
FONTE: ARQUIVO PESSOAL FONTE: ARQUIVO PESSOAL

FIGURA 51: MUSEU EXPOSIÇÃO FIGURA 52: OFICINA LÚDICA INFANTIL


FONTE: ARQUIVO PESSOAL
55 FONTE: ARQUIVO PESSOAL
9. Conclusão
Com desenvolver desse Trabalho de Conclusão de
Curso, foi possível estudar como funciona para se
revitalizar, requalificar, e fazer um retrofit em um
edifício. É um trabalho complexo, onde é necessário
fazer um estudo aprofundado da sua história, cultura, e
buscar documentos de difícil acesso, para poder dar
prosseguimento em uma obra desse nível.
Foi estudado a história dos museus, a evolução de
suas arquiteturas, as quais vão desde os mais clássicos
até os modernos e tecnológicos encontrados na
atualidade.
Como um todo, esse trabalho contribuiu para
ampliar os conhecimentos referentes a construções
históricas, monumentos patrimoniais, conhecimentos
referentes a como manter as características originais
de um edifício histórico sem denegri-la.
Pode-se também notar o poder da arquitetura de
transformar espaços e conectar pessoas, o poder de um
edifício histórico em contar uma história através de
seus tijolos.

56 FIGURA 53: CASA DR. EDUARDO JACOBSON NOITE


FONTE: ARQUIVO PESSOAL
11. Referências Bibliográficas
COELHO, Gustavo Neiva; VALVA, Milena D'Ayala. Patrimônio
cultural edificado. Goiânia: Ucg, 2001. 186 p. (2).
ARQUITETURA Moderna em Goiânia: desafios e limites da
documentação para a preservação. 9º seminário docomomo
COELHO, Yeska. Retrofit: o que é, como funciona e exemplos
brasil, [S. l.], p. 1-14, 1 jun. 2011.
no Brasil: tudo sobre o retrofit, uma técnica que alia
tecnologia com materiais de qualidade para recuperar
ALEXANDER, Edward Porter & Alexander, Mary. Museums in
prédios antigos, preservando sua arquitetura original. Tudo
motion: an introduction to the history and functions of
sobre o Retrofit, uma técnica que alia tecnologia com
museums. Rowman Altamira, 2008, pp. 3-5
materiais de qualidade para recuperar prédios antigos,
preservando sua arquitetura original. 2021. Disponível em:
BRASIL ARQUITETURA. Museu do Pão. São Paulo, São Paulo,
https://casacor.abril.com.br/arquitetura/retrofit/. Acesso em:
2015. Disponível em:
20 abr. 2022.
<http://brasilarquitetura.com/projetos/museu-do-pao-
moinho-colognese-caminho-dos-moinhos> Acesso em 09
DURANT. J.N.L Précis des lenços D’Achitecture. Fac. Símile da
Nov.2021.
edição de 1819, da biblioteca de Munique.

BESSA, Suzete Almeida de. Difusão da arquitetura moderna


GUIDINI, Rodrigo. A Ressignificação dos Espaços. 2018.
em Goiânia o setor aeroporto e a obra de luis osório leão. 2016.
Disponível em: https://medium.com/@rodrigoguidini/a-
409 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e
ressignifica%C3%A7%C3%A3o-dos-espa%C3%A7os-
Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasilia, 2016.
c8cd6413b35d. Acesso em: 18 set. 2021.

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IPHAN. Iphan disponibiliza gratuitamente 400 obras em
historia del arte contemporáneo", in A&V-Monografías de
formato digital. 2021. Disponível em:
Arquitectura y Vivienda, Madrid, 1993
http://pnc.cultura.gov.br/2021/05/21/iphan-disponibiliza-
gratuitamente-400-obras-em-formato-digital/. Acesso em: 31
ago. 2021.

57
10. Referências Bibliográficas PACHALSKI, Glauco Assumpção. O MUSEU DO PÃO: arquitetura,
cultura e lugar. 2012. 225 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de
IBRAM. Política Nacional de Museus. Relatório de Gestão Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas,
2003-2010. Ministério da Cultura, Instituto Brasileiro de 2012.
Museus. Brasília: MinC/Ibram, 2010. pp. 23-24
PORTOBELLO, Archtrends. Entenda o que é a Arquitetura Moderna
KIEFER, Flavio. Paradigmas brasileiros na arquitetura de e quais são suas influências. 2017. Disponível em:
museus. 1998. 99 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de https://archtrends.com/blog/arquitetura-moderna/. Acesso em: 11
Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande abr. 2022.
do Sul, Porto Alegre, 1998.
SANT” ANNA, Márcia. Preservação como prática: sujeitos, objetos,
LYRA, Cyro Corrêa. Preservação do patrimônio edificado: a concepções e instrumentos. In: REZENDE, Maria Beatriz; GRIECO,
questão do uso. 5. ed. Brasilia: Iphan, 2016. 308 p. Bettina; TEIXEIRA, Luciano; THOMPSON, Analucia (Orgs.). Dicionário
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Brasil Arquitetura] 29 Nov 2011. ArchDaily Brasil. Disponível 85-7334-279-6
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Beatriz; GRIECO, Bettina; TEIXEIRA, Luciano; THOMPSON, Analucia
NEUFERT, Ernest. Arte de Proyectar em Arquitectura. (Orgs.). Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural. Rio de Janeiro,
Barcelona: Gustavo Gili, 1948. Brasília: IPHAN/DAF/Copedoc, 2015. (verbete). ISBN 978-85-7334-
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O que é um museu?. IBRAM, acesso 2 mar 2011
VARGAS, Heliana Comin. Centros urbanos: porquê intervir?
Seminário Internacional de Reabilitação de Edifícios em áreas
centrais. São Paulo-SP. 2006.

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