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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO - UNISALES

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

PROJETO DE PESQUISA

PROJETO INTEGRADOR DE EXTENSÃO VIII

PROJETO DE CONVERSÃO DE USO DOS ARMAZÉNS DO PORTO DE VITÓRIA

ANA LIVIA DE SOUZA DORNELAS

CAROLINY SANTOS PINTO

KARINA SANTOS LINO

LETICIA DA MATA RAMOS

VITÓRIA

2022
ANA LIVIA DE SOUZA DORNELAS

CAROLINY SANTOS PINTO

KARINA SANTOS LINO

LETICIA DA MATA RAMOS

PROJETO DE CONVERSÃO DE USO DOS ARMAZÉNS DO PORTO DE VITÓRIA

Projeto de Pesquisa apresentado ao Centro


Universitário Salesiano - UniSales como avaliação
parcial do Projeto Integrador de Extensão VIII
ministrado pelo professor Me. Vinícius Galvão
Ramos.

VITÓRIA

2022
1 DESCRIÇÃO DA DEMANDA

2 INTRODUÇÃO

Inicialmente o Porto de Vitória era apenas um cais de madeira com um movimento


comercial limitado. As embarcações ficavam ao largo do canal, sendo as
mercadorias e pessoas transportadas por pequenas embarcações. Com a
Proclamação da República, o Estado passou a ter mais autonomia na exportação de
café e anos mais tarde com a crescente exportação do produto, houve a
necessidade de transformar esse pequeno cais em um grande porto. As obras
portuárias se iniciaram no governo de Jerônimo Monteiro, tendo uma pausa nas
construções devido à crise financeira provocada pela 1ª Guerra Mundial e finalizadas
finalmente em 1940, com a ampliação do cais, construção dos armazéns 4 e 5 e
todo aparelhamento do porto.

Para falarmos sobre a reabilitação dos armazéns do Porto de Vitória, primeiramente


precisamos entender o valor histórico e cultural dos mesmos para a cidade.
Sabemos que o valor histórico e cultural deve ser levado em consideração, pois
neles estão atribuídas informações de fatos históricos e relevantes que contribuem
para a cultura e história da sociedade daquele local.

Segundo Kühl (2009), a preocupação com o legado do processo da industrialização


começou a aparecer no século XIX, todavia tornou-se sistemático a partir de 1960. A
autora trabalhou com dois conceitos, a do patrimônio industrial e da arqueologia
industrial. Segundo a arquiteta e professora, existe uma síntese amadurecida
dessas definições:

De acordo com KÜHL (2009, p.51).

O patrimônio industrial compreende os vestígios da cultura industrial que


possuem valor histórico, tecnológico, social, arquitetônico ou científico. Estes
vestígios englobam edifícios e maquinaria, oficinas, fábricas, minas e locais
de tratamento e de refinação, entrepostos e armazéns, centros de produção,
transmissão e utilização de energia, meios de transporte e todas as suas
estruturas e infra-estruturas, assim como os locais onde se desenvolveram
atividades sociais relacionadas com a indústria, tais como habitações, locais
de culto ou de educação. A arqueologia industrial é um método
interdisciplinar que estuda todos os vestígios, materiais e imateriais, os
documentos, os artefatos, a estratigrafia e as estruturas, as implantações
humanas e as paisagens naturais e urbanas, criadas para ou pelos
processos industriais. A arqueologia industrial utiliza os métodos de
investigação mais adequados para aumentar a compreensão do passado e
do presente industrial.

Portanto, quando preservamos algo histórico como os armazéns, preservamos


também a memória do trabalho e sua colaboração para a sociedade que nele
continha. O Porto de Vitória-complexo portuário de Vitória se destaca no país sendo
um dos mais importantes. Sua infraestrutura se baseia no marítimo, ferroviário e
rodoviário, sendo a ferrovia subutilizada. Por este motivo é importante a reabilitação
do Porto de Vitória, para trazer de volta o uso, gerar economia, emprego e fazendo
de tal forma preservando seu valor histórico e cultural.

De acordo com MOURA (et al., 2006).

É o caso da revitalização urbana. A revitalização consiste na nalização


estratégica de áreas dotadas de patrimônio, ou seja, de objetos antigos que
permaneceram inalterados no processo de transformação do espaço urbano,
de forma a promover uma nova dinâmica urbana baseada na diversidade
econômica e social.

Dessa forma buscou-se propor uma reabilitação urbana e portuária, que segundo
Valentim expressa:

De acordo com VALENTIM (2007, p. 87-88).

Um modo de intervenção urbana voltado à superação dos passivos


ambientais e econômicos resultantes de um histórico de industrialização
pouco preocupado com suas externalidades negativas tendo como meta a
reinserção do local no ciclo econômico da cidade e o “desenvolvimento
urbano sustentado”.

Uma das propostas para a reabilitação desses armazéns é a construção de um


espaço cultural voltado para a população, como o projeto da Prefeitura Municipal de
Vitória Estação Porto, que funcionava no armazém 5. Esse tipo de revitalização
preserva o caráter histórico e cultural do local, gerando empregos e valorizando o
turismo no centro histórico da cidade, atraindo pessoas para o local.

A Estação Porto funcionava bem e através dela pessoas de fora começaram a


frequentar o centro. (Sâmya Lievore, produtora cultural).
De acordo com PIMENTEL (2019):

A reabilitação de edifícios preexistentes cumpre importante papel de devolver


à cidade espaços obsoletos ou abandonados. Porém, estes devem ser
inseridos em um programa mais amplo que extrapole o próprio edifício e
possa reverberar no espaço público, atuando como elemento integrador nas
funções de recuperação dos valores simbólicos do monumento, na
dinamização das práticas sociais no espaço urbano e na oportunização de
amplo acesso à cultura.

Os armazéns 4 e 5 do Porto de Vitória são parte do patrimônio industrial da cidade


representado pelo Porto e fazem parte da identidade cultural da mesma. Entretanto,
ambos se encontram hoje sem utilização, dando a eles um aspecto degradado e
abandonado.

Tendo em vista duas áreas de patrimônio industrial que traz consigo uma grande
riqueza em sua história iniciada a partir da primeira metade do século XX, estudou-
se maneiras de reabilitar os espaços através de ações conservativas de
manutenção, reparação, reconstrução e estabilização do edifício, além de uma
futura proposta que traga novamente o uso ao local.

Como citado anteriormente, os armazéns fazem parte da memória cultural da


cidade, com uma importante representação simbólica, portanto, é algo que deve ser
utilizado de forma que beneficie a sua preservação e que traga de volta o olhar da
população para o Centro Histórico, incentivando a sua reativação.

De acordo com Menezes (2019, p.4)

Além disso, destaca-se também a importância de manter as edificações em


uso pelas pessoas, como forma de garantir sua preservação, pois é isso que
promove o surgimento das relações entre os indivíduos e o espaço
construído. Desse modo, as ações de reabilitação têm um papel importante
nesse processo de dotar uma edificação antiga de um novo uso.

A falta de utilidade gera esse abandono dos portos, dessa maneira vê-se a
necessidade de reabilitação dos mesmos. A degradação e o abandono de um
patrimônio industrial é o mesmo que deixar de lado algo que reflete a história de um
lugar que foi importante no passado e que conta a história do local onde encontra-se
inserido.
Para falarmos sobre a reabilitação dos armazéns do Porto de Vitória, primeiramente
precisamos entender o valor histórico e cultural dos mesmos para a cidade.
Sabemos que o valor histórico e cultural deve ser levado em consideração, pois
neles estão atribuídas informações de fatos históricos e relevantes que contribuem
para a cultura e história da sociedade daquele local.

De acordo com KÜHL (2009, p.51).

O patrimônio industrial compreende os vestígios da cultura industrial que


possuem valor histórico, tecnológico, social, arquitetônico ou científico.Estes
vestígios englobam edifícios e maquinaria, oficinas, fábricas, minas e locais
de tratamento e de refinação, entrepostos e armazéns, centros de produção,
transmissão e utilização de energia, meios de transporte todas as suas
estruturas e infra-estruturas, assim como os locais onde se desenvolveram
atividades sociais relacionadas com a indústria, tais como habitações, locais
de culto ou de educação. A arqueologia industrial é um método
interdisciplinar que estuda todos os vestígios, materiais e imateriais, os
documentos, os artefatos, a estratigrafia e as estruturas, as implantações
humanas e as paisagens naturais e urbanas, criadas para ou pelos
processos industriais. A arqueologia industrial utiliza os métodos de
investigação mais adequados para aumentar a compreensão do passado e
do presente industrial.

Quando preservamos algo histórico como os armazéns, preservamos também a


memória do trabalho e sua colaboração para a sociedade que nele continha. O Porto
de Vitória-complexo portuário de Vitória se destaca no país sendo um dos mais
importantes. Sua infraestrutura se baseia no marítimo, ferroviário e rodoviário, sendo
a ferrovia subutilizada. Diante do cenário atual de desuso das áreas, inicialmente a
função de armazenamento das cargas, propõem-se um projeto com a finalidade de
criar aos espaços um novo uso, e por meio desse, fazer de alguma forma a
contribuição o Porto de Vitória, para trazer de volta o uso, gerar economia, emprego
e fazendo de tal forma preservando seu valor histórico e cultural.

De acordo com Pimentel (2019)

A reabilitação de edifícios preexistentes cumpre importante papel de devolver


à cidade espaços obsoletos ou abandonados. Porém, estes devem ser
inseridos em um programa mais amplo que extrapola o próprio edifício e
possa reverberar no espaço público, atuando como elemento integrador nas
funções de recuperação dos valores simbólicos do monumento, na
dinamização das práticas sociais no espaço urbano e na oportunização de
amplo acesso à cultura.

A proposta de reabilitação dos espaços apresentados, propõem-se uma grande


reforma visando criar um novo conceito de ocupação, proporcionando durante as
visitas reviver a história do Porto e da Grande Vitória. E com a execução do restauro
nas edificações surgirão oportunidades para mão de obra seguida de emprego,
assim como, após, com o funcionamento das atividades de lazer e cultural.

A implantação dos armazéns vincula um conceito paisagístico de forte atividade,


sendo ela, a logística com carregamento de cargas de grande porte, umas das
principais fontes da economia do estado capixaba. Já com o restauro, as demandas
diárias terão por meio do apoio externo e interno, vinculado e armado para o
funcionamento do local será fonte econômica atribuída ao tipo de serviço oferecido
pelos espaços.

De acordo com KÜHL (2009, p.22).

O valor afetivo e simbólico associado a determinadas atividades produtivas e


ao trabalho, a vinculação de variadas comunidades com seu passado
industrial e o potencial político e econômico das transformações, possuem
grande relevância e devem ser devidamente examinados e ponderados.

A atual situação dos armazéns 4 e 5 foram privatizados em março de 2022, sob o


uso da Quadra Capital. A proposta do projeto é criar espaços que vão incentivar e
reunir, trazendo a história do Porto novamente.

3 METODOLOGIA

4 CRONOGRAMA

         
AGOS SET/ MÊS/ MÊS/ MÊS/
Atividades /2022 2022 ANO ANO ANO
         
Projeto de pesquisa X
Entrevista com associação de moradores X

5 RESULTADOS ESPERADOS
6 REFERÊNCIAS

PIMENTEL. V.L, ESTRATÉGIAS PARA A REVITALIZAÇÃO DO CENTRO DE


VITÓRIA/ES: O USO CULTURAL NA AVENIDA JERÔNIMO MONTEIRO, 2019.
Disponível em:https://arquimuseus.arq.br/seminario2019/pdf/artigos/eixo_1-
pesquisa_e_metodo/e1a6_pimentel.pdf , Brasil, 2019. Acessado em: 15/08/2022

SOTRATTI. M.A, Revitalização. Disponível em:


http://portal.iphan.gov.br/dicionarioPatrimonioCultural/detalhes/58/revitalizacao ,
Acessado em: Dia da pesquisa. Brasil. Acessado em: 15/08/2022

MENEZES, C. A. Conservação, recuperação, reabilitação e reutilização de


estruturas herdadas do passado. In: SAGAH. (Org). Técnicas Retrospectivas II. 3ed.
Porto Alegre: SAGAH, 2019, v.2, p.1-16.

MORAIS, Livia Santos. Porto de Vitória: Armazéns do século XX Patrimônio


Industrial e Memória do Trabalho. 2014. Dissertação (Mestrado em Artes na área de
Patrimônio Cultural) – Universidade Federal do Espírito Santo, 2014.

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