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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO – PERÍODO NOTURNO


8° SEMESTRE

PROJETO URBANÍSTICO VI
Professor Pierre França Corrêa
Professora Clarissa Duarte de Castro Souza

RELATÓRIO COM LEVANTAMENTO DE DADOS


Relatório de análise da área que contempla o Centro de Santos para futuro
projeto de intervenção.

CHARLENE GILONNA - RA: 187733


JOANA LOPES DE SÁ – RA: 177060
KEVIN SOUZA TANI – RA: 170290
LUÍZA TORIELLO – RA: 156499
RACHEL RIZZI – RA: 174888

Santos
2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................ 4
ZONEAMENTO ............................................................................... 5
SISTEMA VIÁRIO ........................................................................... 8
Hierarquia das vias ......................................................................................... 8

Mobilidade .................................................................................................... 10

Aspectos gerais observados ......................................................................... 16

LEGISLAÇÃO ............................................................................... 17
Lei complementar nº 1.006, de 16 de julho de 2018 ..................................... 17

Alegra Centro – Níveis de Proteção ............................................................. 27

DADOS SOCIOECONÔMICOS .................................................... 28


Densidade demográfica ................................................................................ 28

Pessoas residentes ...................................................................................... 29

Média de moradores por Domicílio Ocupado:............................................... 30

Média de moradores por Domicílio Ocupado:............................................... 31

Razão por sexo e População por Sexo: ....................................................... 32

Domicílios e População ................................................................................ 33

Pirâmide Etária: ............................................................................................ 34

USO DO SOLO ............................................................................. 35


GABARITO ................................................................................... 36
INFRAESTRUTURA ..................................................................... 37
Iluminação Pública ........................................................................................ 38

Telefonia e internet ....................................................................................... 38

MOBILIÁRIO URBANO ................................................................ 39


Aspectos gerais observados ......................................................................... 39

ÁREAS VERDES .......................................................................... 40


Aspectos gerais observados ......................................................................... 40
Identificação de áreas de preservação ......................................................... 41

PROJETOS PREVISTOS PARA A ÁREA .................................... 42


Novo terminal do CONCAIS ......................................................................... 42

OVE ARUP & partners .................................................................................. 43

Mergulhão ..................................................................................................... 44

Parque Valongo ............................................................................................ 44

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO ............................................. 46


Avenida Visconde de São Leopoldo ............................................................. 46

Praça dos Andradas ..................................................................................... 49

Praça Frei Gaspar ........................................................................................ 54

Praça Visconde de Mauá .............................................................................. 55

Rua Alexandre Rodrigues ............................................................................. 56

Rua Cidade de Toledo .................................................................................. 57

Rua Comendador Neto ................................................................................. 59

Rua Conde D’Eu ........................................................................................... 60

Rua Frei Gaspar ........................................................................................... 61

Rua General Câmara .................................................................................... 63

Rua João Pessoa ......................................................................................... 65

Rua Pedro II.................................................................................................. 67

Rua São Bento ............................................................................................. 68

Rua Vasconcellos Tavares ........................................................................... 69

Rua do Comércio .......................................................................................... 70

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 71


INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresentado tem como proposta, analisar de modo


aprofundado, a área localizada no bairro Centro de Santos (imagem 01). O
perímetro analisado compreende as seguintes vias:

IMAGEM 01 – Demarcação da área de estudo


Fonte: Google Maps, 2022

• Rua Antônio Prado (via com os armazéns);


• Rua Dom Pedro II;
• Rua São Francisco;
• Rua São Bento.
ZONEAMENTO

A área de análise fica na Macrozona CENTRO, que compreende os


bairros Centro, Valongo e Porto Valongo.

IMAGEM 02 – Macrozonas – anexo III


Fonte: Prefeitura de Santos, 2022
Com relação ao seu zoneamento, nota-se que fica na ZCI, que é a Zona
Central I, conforme legenda (Zona Central I – ZCI: área que agrega grande
número de estabelecimentos comerciais e de prestadores de serviços, além do
acervo de bens de interesse cultural, objeto de programa de revitalização urbana
no qual se pretende incentivar a proteção do patrimônio cultural, a transferência
dos usos não conformes e a instalação do uso residencial).

IMAGEM 03 – Zonamento – anexo II


Fonte: Prefeitura de Santos, 2022
Ao analisar as Zonas Especiais, vimos que a área de estudo compreende
a NIDE 1 (Nide Valongo) e a APC I - Área de Proteção Cultural I (APC: áreas
de interesse cultural, contendo os Corredores de Proteção Cultural – CPC com
acervo de bens imóveis que se pretende proteger, ampliando os incentivos à
recuperação e preservação do conjunto existente, por meio de instrumentos
como a Transferência do Direito de Construir – TDC, obedecendo a seguinte
classificação: a) APC 1: corresponde às áreas de interesse cultural na Zona
Central I, incluindo à área compreendida entre os Armazéns 1 (um) e 8 (oito).
a) NIDE 1 - VALONGO - DISTRITO CRIATIVO: porção do território que
contempla importantes equipamentos públicos e privados de interesse histórico
e turístico, onde se pretende restabelecer a conexão com a linha de água, com
a criação de parque, recuperação dos armazéns existentes, articulando usos
compatíveis com a economia criativa, lazer, turismo e cultura de forma integrada
aos diferentes modais de transporte, incluindo o bonde turístico;

IMAGEM 04 – Zonas Especiais – anexo IV


Fonte: Prefeitura de Santos, 2022
SISTEMA VIÁRIO
Hierarquia das vias

Analisando a Hierarquia Viária, vimos que a Zona compreende Vias


locais, Vias Arteriais e Vias coletoras.
II – A: vias Arteriais, compreende avenidas e ruas que permitem o
deslocamento entre várias regiões da cidade;
III – C: vias Coletoras, compreende vias que coletam e distribuem o tráfego
entre as vias arteriais e as locais, ou entre coletoras;
IV – L: vias Locais, compreende vias caracterizadas por interseções em nível
preferencialmente não semaforizadas, destinadas apenas ao acesso local ou a
áreas restritas.

IMAGEM 05 – Hierarquia Viária – anexo VII


Fonte: Prefeitura de Santos, 2022
Além da Hierarquia Viária, também é necessário analisar as Vias
Especiais, que no caso da área de estudo, é composta predominantemente de
Corredores de Proteção Cultural e algumas vias de Circulação de Pedestre.
V – CPC: Corredores de Proteção Cultural, compreendendo avenidas
e ruas onde haja controle e restrições do tráfego;
II – CP: vias de circulação de pedestres, compreendendo galerias
internas a edificações, passagens, áreas livres de uso público, áreas cobertas
de uso público, incluindo escadarias, no caso dos morros;

IMAGEM 06 – Vias Especiais – anexo VIII


Fonte: Prefeitura de Santos, 2022
Mobilidade

A mobilidade urbana presente no setor delimitado a ser estudado é


representada por ônibus, ciclofaixas e VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
Citando da direita para a esquerda, a região é cortada por três ciclofaixas
de sentido duplo. A mais longa fica localizada na Rua João Pessoa e a Avenida
Visconde de São Leopoldo, por esta rota é possível cruzar os bairros do Paquetá,
Centro e Saboó. O segundo trajeto fica localizado na Praça dos Andradas, esta
rota liga os bairros Pompeia, Campo Grande, Vila Belmiro, Jabaquara e Centro.
O terceiro trecho é o menor, localizado na Rua São Bento.
Não há nenhum projeto futuro ou em andamento, sendo um tópico
importante a ser avaliado em nosso estudo de mobilidade.

IMAGEM 07 – Mapa de ciclovias existentes e projetadas


Fonte: Santos Mapeada, 2022
IMAGEM 08 – Mapa Bike Santos.
Fonte: Santos Mapeada, 2022

A área estudada será contemplada com três estações do VLT, este trecho
será implementado na segunda fase de extensão das linhas já existentes na
cidade. Estas estações são:
• Estação Mauá: localizada na Rua João Pessoa;
• Estação São Bento: localizada na Rua São Bento;
• Estação Valongo: localizada em frente ao terminal do Valongo.
IMAGEM 09 – VLT.
Fonte: G1, 2018.
O local também possui pontos de ônibus assim como o terminal rodoviário
da cidade, sendo possível acessar qualquer região da cidade por ele.
Pela imagem abaixo é possível ver que existe uma maior concentração
de pontos de ônibus na região sudeste da área delimitada com maiores
ocorrências na Rua General Câmara e Rua João Pessoa.

IMAGEM 10 – Mapa de pontos de ônibus existentes.


Fonte: Santos Mapeada, 2022

Nessa foto conseguimos observar os pontos de ônibus e as linhas


municipais e intermunicipais. Existem um grande número de 27 linhas municipais
totais, 3 linhas intermunicipais que ligam a São Vicente, 5 linhas intermunicipais
que ligam Praia Grande e apena 1 linha intermunicipal liga a Cubatão.
Uma observação importante é que as linhas municipais cortam a cidade no eixo
Norte a Sul, quase não tendo linhas no eixo Leste-Oeste.
IMAGEM 11 – Mapa de pontos de ônibus existentes.
Fonte: Santos Mapeada, 2022

IMAGEM 12 – Mapa de pontos de ônibus existentes.


Fonte: Santos Mapeada, 2022
No mapa o setor conta com linhas que passam pelas seguintes vias: Rua
Tuyuti, Rua do Comércio, Rua General Câmara, parte da Rua D. Pedro II, Rua
Riachuelo e Rua Frei Gaspar.
Essa rota turística passa pelos seguintes marcos, Museu do Pelé, Arcos
do Valongo, Frontaria Azulejada, Praça Mauá, Paço Municipal, Museu do Café
e a Associação Comercial de Santos.

IMAGEM 13 – Rota turística.


Fonte: Santos Mapeada, 2022
Aspectos gerais observados

O setor não é bem atendido quanto a acessibilidade, alguns locais


possuem rampa apenas de um lado, enquanto outros locais possuem
acessibilidade, porém a calçada apresenta rachaduras, impossibilitando a
locomoção do PCD.
As vias principais possuem sinalização e são pavimentadas, enquanto as
vias menores geralmente são compostas de piso de pedra intertravado. Além
disso, cabe ressaltar que algumas ruas como a R. Visconde de Vergueiro,
possuem calçadas muito estreitas, enquanto outras possuem calçadas muito
largas, que é o caso da R. João Pessoa, que além de ser larga, ainda há espaço
para o recuo para o estacionamento de carros e motos.
Quanto ao atendimento a acessibilidade, nesse setor observamos que as
principais vias, como a Avenida Visconde São Leopoldo e na Rua Praça dos
Andradas existem melhores condições de conservação das calçadas e presença
de rampas onde localizam se as faixas de pedestres, porém não encontramos
presença de piso tátil.
A concentração de tráfego mais pesado pode ser encontrada nas vias
arteriais (Avenida São Leopoldo, Visconde de Embaré e a Praça dos Andradas
onde verificamos uma quantidade de circulação de pessoas alta também, nas
demais como as coletoras e locais percebemos a redução da presença de
pessoas talvez pela diminuição de locais com comércios e serviços e maior
presença de caminhões.
LEGISLAÇÃO
A legislação aplicável para análise da região, tem por base a lei
complementar 1.006/18, ressaltando artigos de maior relevância para o setor de
estudo.

Lei complementar nº 1.006, de 16 de julho de 2018


DISCIPLINA O ORDENAMENTO DO USO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO NA
ÁREA INSULAR DO MUNICÍPIO DE SANTOS, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
(...)
TÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS
Art. 1º O ordenamento do uso e da ocupação do solo para fins urbanos, na
Macroárea Insular do Município de Santos, será regido por esta lei
complementar, em conformidade com as determinações da Lei Orgânica e com
as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor de Desenvolvimento e Expansão
Urbana do Município, observadas no que couber, as disposições da legislação
federal e estadual pertinentes.
(...)
CAPÍTULO III - DO ZONEAMENTO
(...) Art. 10 Para os efeitos de parcelamento, uso e ocupação do solo ficam
estabelecidas 02 (duas) categorias de zonas:
I - Zonas de Uso Comum;
II - Zonas de Uso Especial.

Seção I - Das Zonas de Uso Comum


Art. 11 Para a Macroárea Insular do Município, ficam estabelecidas as zonas de
uso comum, especificadas e identificadas com as seguintes siglas:
(...) III - Zona Central I - ZCI: área que agrega grande número de
estabelecimentos comerciais e de prestadores de serviços, além do acervo de
bens de interesse cultural, objeto de programa de revitalização urbana no qual
se pretende incentivar a proteção do patrimônio cultural, a transferência dos usos
não conformes e a instalação do uso residencial;
(...) XIII - Zona Industrial e Retroportuária II - ZIR II: área localizada junto às
regiões Central e Leste da ilha, com potencial de suporte às atividades
portuárias, com serviços industriais e de logística, caracterizada pela intensa
circulação de veículos pesados, onde se pretende minimizar os conflitos
existentes com a malha urbana adjacente.

Seção II - Das Zonas de Uso Especial


Art. 12 Para a Macroárea Insular do Município ficam estabelecidas zonas
especiais de uso e ocupação do solo, especificadas e identificadas com as
seguintes siglas:
(...) II - Áreas de Proteção Cultural - APC: áreas de interesse cultural, contendo
os Corredores de Proteção Cultural - CPC com acervo de bens imóveis que se
pretende proteger, ampliando os incentivos à recuperação e preservação do
conjunto existente, por meio de instrumentos como a Transferência do Direito de
Construir - TDC, obedecendo a seguinte classificação:

a) APC 1: corresponde às áreas de interesse cultural na Zona Central I, incluindo


à área compreendida entre os Armazéns 1 (um) e 8 (oito);
(...) III - Núcleos de Intervenção e Diretrizes Estratégicas - NIDES: porções
do território com destinação específica, incentivos fiscais e normas próprias de
uso e ocupação do solo capazes de criar condições para o desenvolvimento
social, econômico e ambiental de forma estratégica, priorizando a mobilidade
urbana, o lazer, a cultura, o esporte e o turismo, obedecendo a seguinte
classificação:

a) NIDE 1 - VALONGO - DISTRITO CRIATIVO: porção do território que


contempla importantes equipamentos públicos e privados de interesse histórico
e turístico, onde se pretende restabelecer a conexão com a linha de água, com
a criação de parque, recuperação dos armazéns existentes, articulando usos
compatíveis com a economia criativa, lazer, turismo e cultura de forma integrada
aos diferentes modais de transporte, incluindo o bonde turístico;
(...)
IV - Zonas Especiais de Renovação Urbana - ZERU: porções do território,
públicas ou privadas, sem destinação específica, com incentivos fiscais e
normas próprias de parcelamento, uso e ocupação do solo capazes de criar
condições para o desenvolvimento social, econômico e ambiental de forma
estratégica, onde se pretende a requalificação do espaço urbano incorporando
o desenho urbano ao processo de planejamento, obedecendo a seguinte
classificação:
a) ZERU 1 - VALONGO: porção do território lindeira às áreas de proteção
cultural, onde se pretende consolidar a renovação urbana com uso misto,
priorizando o uso habitacional;
(...)
TÍTULO III - DO USO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO
CAPÍTULO I - DAS CATEGORIAS DE USO DO SOLO
Art. 23 A categoria de uso das atividades portuárias e retroportuárias é
identificada pela sigla - CSP, e se caracteriza pelos estabelecimentos destinados
à armazenagem, comércio e prestação de serviços, que impliquem em fixação
de padrões específicos quanto ao tráfego de veículos pesados, à periculosidade
e/ou riscos de acidentes, bem como instalações específicas para atividades
náuticas de transporte urbano e interurbano de passageiros, lazer, turismo e
pesca, admitindo instalações:

I - CSP1: portuárias e retroportuárias especializadas ou multiuso para a


movimentação e armazenagem de carga geral, unitizada ou não, exceto granel
sólido, produtos perigosos, semovente ou não, líquidos inflamáveis e
combustíveis, guarda e/ou regulagem de ônibus e de caminhões, oficinas de
reparo de contêineres, veículos pesados e máquinas de grande porte, praças de
rastreamento, identificação e controle automático de cargas, por varredura
eletrônica (praça de "scanner"), unidades de aferição, amostragem, inspeção e
pesagem de veículos de carga, empresas transportadoras ou de transportadores
autônomos de cargas e/ou passageiros, rodoviárias, ferroviárias, aeroviárias e
aquaviárias, terminais de Cruzeiros Marítimos, dutovias, esteiras rolantes de
carga, unidades de apoio "offshore", estaleiros, unidades condominiais para
processos logísticos e industriais, movimentação e/ou processamento
pesqueiro;
II - CSP2: portuárias e retroportuárias especializadas ou multiuso, de comércio
e/ou armazenagem de materiais de grande porte, a granel, exceto granel sólido,
semovente ou não, perigoso ou não, sobre rodas ou não, líquidos inflamáveis e
combustíveis;
(...)
Art. 28 As categorias de uso portuário, retroportuário e industrial, exceto os usos
enquadrados como I1, independente do porte do empreendimento, ficam
condicionadas à apresentação de Estudos de Impacto de Vizinhança - EIV,
exceto em vias classificadas como Arteriais, e nas Zonas Portuária - ZP e
Industriais e Retroportuárias I e II - ZIR I e ZIR II.
(...)
CAPÍTULO II - DOS ÍNDICES URBANÍSTICOS E DEMAIS
CONDICIONANTES
Art. 33 A ocupação do solo fica condicionada aos índices urbanísticos definidos
a partir do estabelecimento de:
I - lote mínimo para efeito de parcelamento;
II - recuos mínimos que a edificação deve observar em relação aos limites do
lote e entre edificações no mesmo lote;
III - táxa de permeabilidade;
IV - nível máximo permitido nos pavimentos;
V - coeficiente de aproveitamento (mínimo, básico, máximo e ampliado) do lote;
VI - taxa de ocupação máxima do lote.

Seção I - Do Parcelamento

Art. 34 Para os efeitos de parcelamento fica definido o lote mínimo de 200,00m²


(duzentos metros quadrados) e testada mínima de 8,00m (oito metros).
(...)
Seção II - Dos Recuos
Art. 38 Em todas as obras de construção, reforma, serviços e instalações
deverão ser observados os recuos mínimos exigidos por esta lei complementar.
§ 1º Serão permitidas saliências em qualquer fachada, além dos recuos mínimos
exigidos para elementos arquitetônicos decorativos, caixas de ar condicionado e
jardineiras, até no máximo de 0,40m (quarenta centímetros).
§ 2º Não será admitido o balanço da edificação, ou de qualquer outro elemento,
cuja projeção possa ultrapassar os limites do terreno.
§ 3º Em caso de reforma com ampliação inferior a 30% (trinta por cento) da área
construída total, em imóveis regularmente construídos antes da vigência desta
lei complementar, deverão ser respeitados os recuos mínimos exigidos nesta lei
complementar somente nas áreas acrescidas.
§ 4º Em caso de reforma com ampliação superior a 30% (trinta por cento) da
área construída total, em imóveis regularmente construídos antes da vigência
desta lei complementar deverão ser respeitados todos os recuos mínimos
exigidos nesta lei complementar.
§ 5º Para edificações regularmente construídas antes da vigência desta lei
complementar, será permitida a instalação de equipamento mecânico nos
recuos, para o atendimento da acessibilidade universal do imóvel.

Subseção I - Do Recuo Frontal


Art. 39 O recuo frontal mínimo exigido é de:
(...)
IV - 5,00m (cinco metros) para as vias públicas não citadas nos incisos
anteriores;
§ 1º Excetua-se da exigência de recuo frontal os imóveis nas Áreas de Proteção
Cultural - APC I e APC II e os imóveis gravados com Nível de Proteção 1, 2, 3a
ou 3b - NP1, NP2, NP3a ou NP3b, mediante análise prévia e aprovação do
Escritório Técnico do Alegra Centro e do CONDEPASA, quando para esses,
serão definidos os parâmetros de posicionamento e de tratamento da face
pública dos imóveis, considerando-se critérios de preservação da paisagem
urbana e cultural.
§ 2º Nos imóveis não citados no parágrafo anterior e situados na Área de
Abrangência do Programa Alegra Centro, poderão ser dispensadas do recuo
frontal as edificações com até 4 (quatro) pavimentos e os embasamentos das
demais edificações, mediante análise prévia e aprovação do Escritório Técnico
do Alegra Centro e do CONDEPASA, que estabelecerão a altura a ser
observada, bem como o tratamento da face pública, considerando o critério de
preservação da paisagem urbana e cultural.
(...)

Subseção II - Dos Recuos Laterais e de Fundos


§ 4º Excetua-se da exigência de recuo lateral e de fundos os imóveis nas Áreas
de Proteção Cultural - APC I e APC II e os imóveis gravados com Nível de
Proteção 1, 2, 3a ou 3b - NP1, NP2, NP3a ou NP3b, mediante análise e
aprovação do CONDEPASA.

§ 5º Nos imóveis não citados no parágrafo anterior e situados na Área de


Abrangência do Programa Alegra Centro, poderão ser dispensadas dos recuos
laterais e de fundos as edificações com até 04 (quatro) pavimentos e os
embasamentos das demais edificações, mediante análise prévia e aprovação do
Escritório Técnico do Alegra Centro e o CONDEPASA, que estabelecerão a
altura a ser observada, bem como o tratamento da face pública, considerando o
critério de preservação da paisagem urbana e cultural.
(...)
Seção III - Da Taxa de Permeabilidade
Art. 50 As novas edificações e reformas com ampliação acima de 50% (cinquenta
por cento) da área construída deverão, obrigatoriamente, possuir taxa de
permeabilidade de ao menos 15% (quinze por cento) da área do lote, exceto nas
Zonas dos Morros I, II e III - ZM I, ZM II e ZM III, em que deverão possuir taxa de
permeabilidade de ao menos 20% (vinte por cento) da área do lote.
§ 1º A taxa de permeabilidade não será exigida nas Áreas de Proteção Cultural
- APC I e APC II e nos imóveis gravados com Nível de Proteção 1, 2, 3a ou 3b -
NP1, NP2, NP3a ou NP3b.
(...)
CAPÍTULO III - DAS DIFERENÇAS ZONAIS
Art. 56 As condicionantes de ocupação e aproveitamento dos lotes serão
estabelecidas segundo a zona a que pertencem.
(...)
Seção III - Da Zona Central I e II
Art. 68 Na Zona Central I - ZCI ficam definidos os seguintes coeficientes de
aproveitamento:
I - coeficiente de aproveitamento mínimo de 0,5 (cinco décimos) vezes a área do
lote;
II - coeficiente de aproveitamento básico de 04 (quatro) vezes a área do lote;
III - coeficiente de aproveitamento máximo de 06 (seis) vezes a área do lote.
Parágrafo único. A utilização de adicional de coeficiente de aproveitamento,
acima do coeficiente básico e limitado ao coeficiente máximo, fica dispensada
da Outorga Onerosa do Direito de Construir - OODC.
Art. 69 Na Zona Central I - ZCI, respeitando-se os recuos definidos nesta lei
complementar, ficam estabelecidas as seguintes taxas de ocupação máxima:

I - 85% (oitenta e cinco por cento) para edificações de até 04 (quatro)


pavimentos;
II - 50% (cinquenta por cento) acima dos 04 (quatro) primeiros pavimentos.

§ 1º Para edifícios com restrição de gabarito de 45,00m (quarenta e cinco


metros), imposta pelo Comando da Aeronáutica - Comaer, será admitida a taxa
de ocupação de 60% (sessenta por cento) acima dos 04 (quatro) primeiros
pavimentos.
§ 2º Os imóveis com níveis de proteção 1 e 2, poderão ter taxa de ocupação de
100% (cem por cento) no pavimento térreo mediante parecer favorável do órgão
municipal de planejamento e do CONDEPASA.

Seção VI - Da Zona Portuária e das Zonas Industrial e Retroportuária I e II


Art. 86 Na Zona Portuária e nas Zonas Industrial e Retroportuária I e II, ficam
definidos os seguintes coeficientes de aproveitamento:
I - coeficiente de aproveitamento mínimo de 0,5 (cinco décimos) vezes a área do
lote;
II - coeficiente de aproveitamento básico de 05 (cinco) vezes a área do lote;
III - coeficiente de aproveitamento máximo de 05 (cinco) vezes a área do lote.

Art. 87 Na Zona Portuária e nas Zonas Industrial e Retroportuária I e II,


respeitando-se os recuos definidos nesta lei complementar, ficam estabelecidas
as seguintes taxas de ocupação máxima:
I - 85% (oitenta e cinco por cento) nos 05 (cinco) primeiros pavimentos;
II - 40% (quarenta por cento) acima dos 05 (cinco) primeiros pavimentos.
Parágrafo único. Na Zona Portuária, dentro dos limites do Porto Organizado, será
admitida taxa de ocupação de até 100% (cem por cento) da área arrendada,
mediante processo de licitação pública, conforme definido em legislação
pertinente, condicionada a parecer técnico a ser exarado pela Câmara
Intersetorial de Desenvolvimento Econômico com suporte nas atividades
portuárias e marítimas, exceto para edificações verticalizadas.

Seção IX - Das Zonas Especiais de Renovação Urbana


(...)
Art. 100 Nas Zonas Especiais de Renovação Urbana do Valongo e Paquetá -
ZERU VALONGO e ZERU PAQUETÁ, ficam definidos os seguintes coeficientes
de aproveitamento:
I - coeficiente de aproveitamento mínimo de 0,5 (cinco décimos) vezes a área do
lote;
II - coeficiente de aproveitamento básico de 01 (uma) vez a área do lote;
III - coeficiente de aproveitamento máximo de 07 (sete) vezes a área do lote

Art. 102 Nas Zonas Especiais de Renovação Urbana do Valongo e Paquetá -


ZERU VALONGO e ZERU PAQUETÁ, respeitando-se os recuos definidos nesta
lei complementar, ficam estabelecidas as seguintes taxas de ocupação máxima:
I - 70% (setenta por cento) nos 04 (quatro) primeiros pavimentos;
II - 50% (cinquenta por cento) acima dos 04 (quatro) primeiros pavimentos.

Parágrafo único. Para edifícios com restrição de gabarito de 45,00m (quarenta e


cinco metros), imposta pelo Comando da Aeronáutica - Comaer, será admitida a
taxa de ocupação de 60% (sessenta por cento) em todo o edifício.
Art. 103 Os empreendimentos habitacionais localizados nas Zonas Especiais de
Renovação Urbana Valongo e Paquetá - ZERU VALONGO e ZERU PAQUETÁ,
ficam desobrigados do atendimento do número mínimo de vagas de garagem
definido na lei complementar nº 528, de 18 de abril de 2005.
(...)
Seção X - Dos Imóveis de Interesse Cultural, das Áreas de Proteção
Cultural e
dos Corredores de Proteção Cultural
Art. 105 Os imóveis de interesse cultural, em decorrência de sua
representatividade, do seu estado de conservação e da sua localização, ficam
enquadrados em um dos 05 (cinco) níveis de proteção - NP, assim especificados:

I - Nível de Proteção 1 - NP 1, corresponde à proteção total e atinge imóveis a


serem preservados integralmente, incluindo toda a edificação, os seus
elementos construtivos e decorativos, interna e externamente;
II - Nível de proteção 2 - NP 2, corresponde à proteção parcial e atinge os
imóveis a serem preservados parcialmente, incluindo apenas as fachadas, a
volumetria e o telhado;
III - Nível de Proteção 3a - NP3a, corresponde à livre opção de projeto,
mantendo-se, porém, o gabarito e o recuos predominantes dos imóveis NP1 e
NP2 existentes na testada da quadra em que estiver inserido e quando da
inexistência destes na mesma quadra, nas testadas das quadras contíguas e
alinhadas a esta;
IV - Nível de Proteção 3b - NP3b, corresponde à livre opção de projeto para os
edifícios, porém respeitando-se o gabarito máximo de 45,00m (quarenta e cinco
metros) de altura contados a partir da calçada fronteiriça ao imóvel. Os lotes
identificados com este nível de proteção deverão estar localizados próximos de
imóveis verticalizados situados na mesma testada de quadra onde estão
inseridos ou em testadas fronteiriças ou nas testadas de quadras laterais
adjacentes;
V - Nível de proteção 4 - NP 4, corresponde à livre opção de projeto, respeitando
os índices urbanísticos da zona em que se situar o imóvel gravado.

§ 1º Cabe ao órgão municipal de planejamento a elaboração e o monitoramento


de inventário dos imóveis com os respectivos níveis de proteção.
§ 2º A alteração ou a inclusão dos níveis de proteção deverão ser submetidos à
aprovação do CONDEPASA.
§ 3º Os níveis de proteção previstos neste artigo poderão ser atribuídos aos
imóveis pelo CONDEPASA.
§ 4º Um mesmo lote poderá apresentar diferentes níveis de proteção, devendo
ser respeitada as áreas e exigências de cada nível envolvido.
§ 5º Na reunificação de lotes com diferentes níveis de proteção, deverão ser
mantidas e respeitadas as áreas e exigências de cada nível envolvido.

Art. 106 As edificações com níveis de proteção 1 e 2 que forem objeto de obras
de restauro, tendo recuperado e conservado as características originais das
fachadas e telhados, poderão gozar de benefícios de isenção total do Imposto
Predial Territorial Urbano - IPTU e do Imposto Sobre Serviços - ISS da obra, nos
termos do Código Tributário do Município, mediante solicitação do interessado,
e após parecer do órgão competente da Prefeitura e aprovação do
CONDEPASA.
Art. 107 Nas Áreas de Proteção Cultural - APC e nos Corredores de Proteção
Cultural - CPC, toda intervenção urbana ou obras nos imóveis (demolição,
construção, reforma, instalação, restauro ou conservação) deverá ser executada
com a prévia aprovação do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de
Santos - CONDEPASA.

Parágrafo único. As intervenções previstas no "caput" deste artigo de iniciativa


de órgãos da União, do Estado ou do Município, bem como de suas autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações, ficam
condicionadas à prévia aprovação pelos órgãos competentes da Prefeitura, após
manifestação favorável do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos
- CONDEPASA.

Art. 108 Nas Áreas de Proteção Cultual e nos Corredores de Proteção Cultural -
CPC, os imóveis com Níveis de Proteção 3a e 3b, poderão ter o recuo frontal
dispensado mediante a apresentação de estudo urbanístico da área envoltória
com parecer favorável do órgão municipal de planejamento e do CONDEPASA.

Art. 109 Nas Áreas de Proteção Cultural e nos Corredores de Proteção Cultural
- CPC, fica desobrigado o atendimento do mínimo de vagas de garagem para a
construção e reabilitação de imóveis residenciais, bem como a conversão para
o uso residencial.
Alegra Centro – Níveis de Proteção

IMAGEM 14 – Níveis de proteção dos lotes


Fonte: Santos Mapeada, 2021

IMAGEM 15 – Níveis de proteção dos lotes


Fonte: Santos Mapeada, 2021
DADOS SOCIOECONÔMICOS

Densidade demográfica
De acordo com o Censo 2010, o município concentrava 99,32% de sua
população na área insular, ou seja, 416.547 pessoas moravam em 39,4 Km².
Portanto, nessa região a densidade demográfica era de 10.572,26 hab./Km², que
equivalia a 105,72 hab./ha. Já o território continental, com área de 241,247 km²,
abarcava 2.853 pessoas e apresentava densidade demográfica de 11,83
hab./Km², que equivale a 0,12 hab./ha.
Lembrando também que segundo o IBGE a população estimada de 2020
da cidade de Santos é de 433.656 habitantes, o que representa 0,94% da
população do Estado de São Paulo. O município ocupa área de 281,033 km²,
que corresponde a 0,11% do território paulista e apresenta densidade
demográfica absoluta de 1528,35hab./km², que equivale a 15,28hab./hectare
(ha).

IMAGEM 16 – Densidade demográfica da cidade de Santos


Fonte: IBGE – Censo 2010
Pessoas residentes

Dados sobre o setor estudado no bairro do Centro, nesse setor


demarcado pelo IBGE encontramos quase a totalidade do setor estudado, no
entanto, como não compreende totalmente esse setor, portanto são dados para
estimativas de estudo:
A área estudada dentro do setor possui uma densidade que varia de 0 a
11.575,99(habitantes/km) em todas as quadras. Na foto abaixo, conseguimos
visualizar como esse número é homogêneo na área toda.

IMAGEM 17 – Densidade demográfica da cidade de Santos.


Fonte: IBGE – Censo 2010
Média de moradores por Domicílio Ocupado:

A área estudada dentro do setor possui uma média de moradores por


domicílio entre 2,69 a 3,07 pessoas, em todas as quadras. Na foto abaixo,
conseguimos visualizar como esse número é homogêneo na área toda e é
considerado um valor considerável, mas entorno de setores com uma média
muito elevada.

IMAGEM 18 – Média de moradores por Domicílio Ocupado


Fonte: IBGE – Censo 2010
Média de moradores por Domicílio Ocupado:

É uma instituição ou estabelecimento onde a relação entre as pessoas


que nele se encontravam, moradoras ou não, na data de referência, era restrita
a normas de subordinação administrativa. Classifica-se em duas espécies:
Domicílio Coletivo com Morador e Domicílio Coletivo sem Morador. Na nossa
área estudada o número varia entre 0 a 175 domicílios.

IMAGEM 19 – Domicílios Particulares e Coletivos.


Fonte: IBGE – Censo 2010
Razão por sexo e População por Sexo:

Expressa a relação quantitativa entre os sexos. Se igual a 100, o número


de homens e de mulheres se equivalem; acima de 100, há predominância de
homens e, abaixo, predominância de mulheres. O indicador é influenciado por
taxas de migração e de mortalidade diferenciadas por sexo e idade. Portanto, na
nossa área a predominância populacional é feminina com um valor entre 92,35
a 233,33.
No entanto no estudo de População por Sexo, observamos uma
predominância masculina na área estudada indo no sentido contrário da Razão
por sexo da mesma área e também da média da cidade de Santos em que a
população é majoritariamente feminina.

IMAGEM 20 – Razão de sexo.


Fonte: IBGE – Censo 2010
IMAGEM 21 – População por sexo.
Fonte: IBGE – Censo 2010

Domicílios e População

IMAGEM 22 – Domicílios e População.


Fonte: IBGE – Censo 2010

IMAGEM 23 – Domicílios e População.


Fonte: IBGE – Censo 2010
Pirâmide Etária:
No nosso setor temos uma prevalência de pessoas jovens adultas e
adultas, porém a idades compreendidas infantis são também muito expressivas.

IMAGEM 24 –Pirâmide.
Fonte: IBGE – Censo 2010
USO DO SOLO

Podemos observar que o setor possui predominância de serviços e


comércios. Por meio do gráfico abaixo (imagem 26), temos a seguinte ordem (do
maior para o menor):
• Serviços (24%);
• Terrenos subutilizados (venda/alugar/ocioso) (22%);
• Comércios (20%);
• Uso misto (17%);
• Institucionais público/privado e terrenos vagos (4%);
• Residencial multifamiliar (3%);
• Residencial unifamiliar e áreas de lazer (1%).
A partir do levantamento, podemos perceber alguns usos variados com
relação ao uso misto, como por exemplo, serviços, comércios e instituições no
mesmo lote que residências, ou seja, temos no primeiro pavimento este uso
destinado ao público e no segundo pavimento a moradia.

PREDOMINÂNCIA USO DO SOLO

Venda/alugar/ocioso
Lazer/verde
Vago
Inst. Público
Inst. Privado
Uso misto
Multifamiliar
Unifamiliar
Comércio
Serviço
0% 5% 10% 15% 20% 25%

IMAGEM 26 – Gráfico de porcentagem do uso do solo


Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
GABARITO

Concluímos que há predominância em edificações de até 03 pavimentos,


sendo a maioria edificações que possuem estilo eclético, neoclássico e
neobarroco. De modo geral, o setor é predominantemente horizontal, porém há
alguns edifícios com gabarito mais alto, sendo que estes estão mais localizados
nas vias arteriais.

GABARITO DO SETOR

5%
3%

12%

01 a 03 pavimentos
04 a 05 pavimentos
06 a 09 pavimentos
10 ou mais pavtos

80%

IMAGEM 27 – Gráfico de porcentagem do gabarito


Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
INFRAESTRUTURA

Todas as ruas da área possuem infraestrutura da SABESP de água,


esgotamento sanitário, drenagem urbana e energia elétrica.

IMAGEM 28 – Atendimento ao setor em relação à SABESP


Fonte: Santos Mapeada, 2022
IMAGEM 29 – Atendimento ao setor em relação à microdrenagem
Fonte: Santos Mapeada, 2022

Iluminação Pública
Muitas ruas possuem iluminação fraca e amarelada, decorrente dos
postes antigos da cidade. A iluminação geral da cidade poderia ser melhor, mas
não faltam postes em nenhuma rua.

Telefonia e internet
Por ser uma área bastante comercial, não faltam redes de internet e
telefonia nessa área.
MOBILIÁRIO URBANO

Aspectos gerais observados


Com relação ao mobiliário urbano presente no setor, conclui-se que o
atendimento também é precário, a exemplo dos pontos de ônibus, que em sua
maioria não possuem sequer cobertura, a via com mais paradas de ônibus é a
João Pessoa.
A falta de mobiliário urbano também ocorre em relação as lixeiras, que
estão muito espaçadas entre si e estão apenas nas vias mais importantes do
setor, que possuem maior interesse comercial, caso da Av. Visconde de São
Leopoldo e em pontos turísticos. A iluminação pública é contemplada em todo o
setor, mas também é priorizada nos setores estratégicos.
As praças são as mais bem contempladas de mobiliário urbano no setor
inteiro, estas possuem bancos públicos, iluminação, lixeira e alguns pontos de
ônibus cobertos. O boulevard localizado na Rua Quinze de Novembro e na Praça
Rui Barbosa também possuem bancos públicos. A área contempla uma boa
quantidade de lixeiras nas vias de maior interesse comercial. As vias locais
carecem delas.
ÁREAS VERDES
Aspectos gerais observados
De modo geral, o setor estudado é bem árido, não havendo presença relevante
de vegetações, com exceções das praças, – Praça dos Andradas, Praça Rui Barbosa,
Praça Visconde de Mauá – e pontos turísticos, como no caso do Museu Pelé. Muitas
vias não possuem sequer arborização e área verde, como é o caso, por exemplo, das
ruas Gonçalves Dias, Comercio, José Ricardo e Comendador Neto.
Há raras vias no setor, como no caso da Rua São Bento, que possuem algumas
arborizações de pequeno a médio porte com sombra moderada. Mas a grande
maioria, ou não possui vegetação, ou possui vegetação apenas vegetação rasteira
e/ou de pequeno porte, caso das vias Rua Visconde de São Leopoldo e Rua João
Pessoa. Em outros casos, a vegetação existente é da fachada de algum prédio ou
apenas vegetação invasora de edificações ociosas.
As vias defronte aos armazéns também possuem quantidade razoável de
vegetação, como algumas palmeiras e alguns canteiros, porém a vegetação está
malcuidada. Na principal via, João Pessoa, presença de vegetação esparsa, portando
acaba não sendo o suficiente. A maior concentração de vegetação acaba sendo nas
praças.
Identificação de áreas de preservação
A área de estudo não possui áreas de preservação, porém aos redores, há a
identificação de Zonas de Preservação Paisagística, que é o caso de alguns morros
como o Monte Serrat.

IMAGEM 30 –Zonas Especiais


Fonte: Prefeitura de Santos, 2022

41
PROJETOS PREVISTOS PARA A ÁREA

Novo terminal do CONCAIS


Com previsão de operação simultânea de três navios, edifício-garagem com
capacidade para mais de 800 veículos, praça de alimentação e passarela de acesso
à plataforma de embarque, o Concais apresentou o projeto de um novo terminal de
cruzeiros marítimos para o Porto de Santos. O estudo da empresa – que atualmente
administra o Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, na região de Outeirinhos –
prevê a moderna estrutura no Valongo.
Em fase de análise, o projeto já foi apresentado ao Ministério de Infraestrutura
e à Santos Port Authority (SPA), gestora do complexo portuário santista.
Representando o Concais, o presidente da empresa, Luis Floriano; a diretora de
Operações, Sueli Martinez; e o consultor portuário Ivam Jardim estiveram no Grupo
Tribuna na última sexta-feira para detalhar os planos.
Segundo eles, o projeto foi idealizado após pedido do Governo Federal, em
2021. O tempo estimado para instalação do empreendimento é de três anos, a partir
do sinal verde do Poder Público para as obras.
O estudo inicial foi encaminhado à Autoridade Portuária e ao Governo Federal
no início de junho e recebeu aval com algumas complementações, “pedindo a inclusão
da revitalização dos armazéns 2, 3 e 4, revitalização do cais e transferência do
Armazém 12A”, explica Ivam. O próximo passo é finalizar o projeto básico e executivo
de engenharia e precificá-lo. Em seguida, será dado início ao Estudo de Viabilidade
Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA).
Em nota, o Ministério da Infraestrutura afirmou que, atualmente, o processo
está em análise preliminar pela Secretaria Nacional de Portos. “Após a aprovação,
seguirá para consulta e audiência pública, análise da Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq) quanto ao EVTEA e aos aspectos concorrenciais do
remanejamento e, posteriormente, retornará para decisão definitiva do poder
concedente”.

42
OVE ARUP & partners
O projeto de revitalização dos antigos armazéns do Valongo, no Porto de
Santos, o Porto Valongo Santos, está sendo apresentado em solenidade na Prefeitura
de Santos. A exposição éf eita pela Ove Arup & Partners, empresa contratada para a
elaboração do estudo.
O projeto, uma parceria da Administração Municipal e da Codesp, prevê a
recuperação dos imóveis portuários, atualmente fora de operação. Eles serão
reformados e vão integrar um complexo turístico, empresarial, cultural e náutico. A
ideia é que, em cada armazém, seja implantada uma atividade específica.
No Armazém 8, por exemplo, está prevista a implantação de uma base do Instituto de
Oceanografia da Universidade de São Paulo (USP). Nela, serão concentradas todas
as pesquisas da instituição de ensino relacionadas ao mar na Cidade e, ainda, um
navio e um barco oceanográfico.
Ao lado do instituto, ficará uma base do Corpo de Bombeiros. O Porto Valongo
Santos também contará com o Museu Marítimo de Santos. Nele, ficará atracado o
navio oceanográfico Professor Besnard, embarcação da USP que realizou seis
expedições à Antártida e, no ano passado, foi aposentada.
Na área, também será construído um terminal de passageiros, que terá um píer
para a atracação de navios de cruzeiros. Essa parte do projeto ainda está sob estudos
de empresas interessadas em explorar a instalação.

43
Mergulhão
O projeto de revitalização portuária também prevê a construção de um mergulhão
(passagem subterrânea para o trânsito de caminhões e carros) na via em frente aos
armazéns.
A ideia é retirar o tráfego rodoviário da área rente aos imóveis. Nela,
permanecerá apenas a circulação de composições ferroviárias. A construção do
mergulhão é estimada em R$ 300 milhões, verba que virá da segunda fase do
Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal, o PAC 2.

Parque Valongo
Após mais de 20 anos de promessas de revitalização do Porto de Santos, no
litoral de São Paulo, a prefeitura estuda um novo projeto, o Parque Valongo. De acordo
com o secretário-adjunto de Desenvolvimento Urbano, Glaucus Renzo Farinello, a
ideia é de um centro voltado para o lazer, turismo e esporte, sem incluir a atividade
portuária, como o terminal de cruzeiros. O projeto foi adaptado para a situação atual
do município, além de integrar a política urbana.
Para que essa nova proposta seja viável, Farinello afirma que é necessário
repovoar a área central. “Durante 30 anos, de forma legal, forçamos a desocupação
da região, porque era proibido ter moradias no Centro. Santos é uma cidade
compacta, e sua dinâmica exige que as coisas aconteçam o mais próximo possível de
onde se mora”. Os bairros Valongo e Paquetá seriam as principais peças para essa
renovação urbana, já que estão mais livres de restrições do Patrimônio Histórico.
Segundo o secretário, o Parque Valongo será um vetor de desenvolvimento,
uma vez que Santos está muito ligada à praia, e a maioria das pessoas quer morar
perto de um ponto de lazer. Por isso, ele acredita que a área dos antigos armazéns é
essencial para que se consiga mudar um pouco a dinâmica na região central.

“Essa área não tem mais uso portuário, então, existe potencial para que seja
feito esse resgate para a cidade. A ideia é ligar esses dois bairros, que são
polos de renovação urbana, e toda a frente do Centro com esse parque
urbano, para que as pessoas consigam opções de passeio”, explica Farinello.

Ele avalia, ainda, que a transformação urbana não pode ser pensada em curto prazo.
Para isso, a prefeitura, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e a

44
Rumo, concessionária ferroviária que atua no cais, conversam para estabelecer as
premissas de cada esfera, e chegar a um acordo final, que não impeça o
desenvolvimento do Porto.
Com esses projetos alinhados, é possível que a prefeitura mobilize recursos para que,
aos poucos, consiga transformar a região dos armazéns. O secretário-adjunto
considera importante estabelecer uma agenda, fazer as intervenções que cabem ao
município e, desse modo, trazer dinheiro privado para viabilizar a renovação urbana,
construção de moradias e revitalização.

“Em curto prazo, vamos ter ações pontuais, como o funcionamento do VLT
[Veículo Leve sobre Trilhos], as intervenções, viabilização de calçadões e
planejamento do parque. Então, talvez daqui a cinco anos, a gente consiga
ver grandes mudanças”, prevê Farinello.

45
LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Para finalizar a análise do setor, fizemos um relatório fotográfico que
compreende todas as vias da área de estudo, para conclusões mais aprofundadas.

Avenida Visconde de São Leopoldo

IMAGEM 31 – Descrição
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 32 – Ciclovia com canteiro de vegetação rasteira e estacionamento de motos.


Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
46
IMAGEM 33
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 34
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
47
IMAGEM 35
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 36
Fonte: Nome do site, ano

48
Praça dos Andradas

IMAGEM 37 – Obras VLT


Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 38
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
49
IMAGEM 39 – Obras VLT
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 40 – Obras VLT


Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
50
IMAGEM 41 – Presença de bicicletário
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 42 – Arborização em bom estado


Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
51
IMAGEM 43
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 44
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

52
IMAGEM 45
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 46
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
53
Praça Frei Gaspar

IMAGEM 47
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

54
Praça Visconde de Mauá

IMAGEM 48
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 49
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
55
Rua Alexandre Rodrigues

IMAGEM 50
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

56
Rua Cidade de Toledo

IMAGEM 51
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 52
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

57
IMAGEM 53
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

58
Rua Comendador Neto

IMAGEM 54
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

59
Rua Conde D’Eu

IMAGEM 55
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

60
Rua Frei Gaspar

IMAGEM 56
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 57
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

61
IMAGEM 58
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 59
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

62
IMAGEM 60
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

Rua General Câmara

IMAGEM 61
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
63
IMAGEM 62
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 63
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

64
IMAGEM 64
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

Rua João Pessoa

IMAGEM 65
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
65
IMAGEM 66
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 67
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
66
Rua Pedro II

IMAGEM 68
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 69
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

67
Rua São Bento

IMAGEM 70
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

IMAGEM 71 – Arborização na via


Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
68
IMAGEM 72 – Saída do bondinho
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

Rua Vasconcellos Tavares

IMAGEM 73
Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022
69
Rua do Comércio

IMAGEM 74 – Trecho bonde


Fonte: Acervo pessoal da equipe, 2022

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SANTOS, Prefeitura Municipal de. SigSantos. Serviços públicos: ciclovia. Santos, 2021.
Disponível em:
<https://egov.santos.sp.gov.br/santosmapeada/Planejamento/Ciclovia/MapaCiclovia/>.
Acesso em: 10 set. 2022.

Concais apresenta projeto de novo terminal para cruzeiros no Porto de Santos, A Tribuna.
LUZ, Ágata, 2022. Disponível em: <https://www.atribuna.com.br/noticias/portomar/concais-
apresenta-projeto-de-novo-terminal-para-cruzeiros-no-porto-de-santos/>. Acesso em: 10 set.
2022.

Projeto de revitalização dos armazéns do Valongo é apresentado na Prefeitura, TN BENICIO


BIZ EDITORES, 2011. Disponível em: <https://tnpetroleo.com.br/noticia/projeto-de-
revitalizacao-dos-armazens-do-valongo-e-apresentado-na-prefeitura/>. Acesso em: 10 set.
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Projeto de revitalização do Porto de Santos inclui renovação urbana no Centro, SOPESP,


2018. Disponível em: <https://www.sopesp.com.br/2018/08/13/projeto-de-revitalizacao-do-
porto-de-santos-inclui-renovacao-urbana-no-centro/>. Acesso em: 10 set. 2022.

CET, Bike Santos. Santos Mapeada, 2022. Disponível em:


<https://egov.santos.sp.gov.br/santosmapeada/CET/BikeSantos/MapaBikeSantos/> Acesso
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PLANEJAMENTO, Mapa de ciclovia. Santos Mapeada, 2022. Disponível em:


<https://egov.santos.sp.gov.br/santosmapeada/Planejamento/Ciclovia/MapaCiclovia/>
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PLANEJAMENTO, Mapa bonde turístico. Disponível em:
<https://egov.santos.sp.gov.br/santosmapeada/Planejamento/Bonde/MapaBonde/> Acesso
em: 20 set. 2022.

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