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CADERNO CONCEITUAL

P.I.: EDIFICAÇÃO E ACÚSTICA


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Acadêmicas: Christianne Mendonça, Julia Lemos e


Maria Helena Sonda.
Turno: 6° Período – Noturno.
Docente: Luciana Prado.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................03

BRAINSTORMING.....................................................................................................04

LEGISLAÇÕES E NORMAS PERTINENTES.......................................................05

ANÁLISE DO ENTORNO..........................................................................................09

MATRIZ SWOT...............................................................................................................11

ESTUDO E ANÁLISE TOPOGRÁFICA....................................................................12

CONCEITOS BIOCLIMÁTICOS APLICADOS.........................................................13

REFERÊNCIAS ANÁLOGAS.....................................................................................14

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INTRODUÇÃO

O presente estudo propõe a construção de um Centro Cultural no município de Porto


Velho/RO, com espaços para apresentações artísticas e culturais, exposições de artes
plásticas, espetáculos e cursos de música e dança, restaurante, cafeteria, lojas e
estacionamento.

No município existem poucas construções voltadas a cultura local, que na sua maioria
oferecem somente ambientes para exposição. O espaço proposto oferecerá oportunidade
para antigos e novos artistas, proporcionar outras formas de entretenimento para
rondonienses e turistas, sendo uma oportunidade única para aqueles que visitam e poderão
encantar-se com as histórias e belezas da região. Segundo Teixeira Coelho, o Centro
Cultural tem que expor a “cultura viva”.

“Não existe uma cultura popular, ou uma cultura operária, ou


uma cultura camponesa ou erudita. Existe a cultura viva e a
cultura morta, existe a cultura de consumo (de bens eruditos
ou populares ou operários ― e consumir é matar), e a cultura
de produção pelo indivíduo em grupo, com bens seja de que
origem for.” (COELHO, 1986, p.113)

O terreno escolhido está inserido na área central e histórica da cidade situado próximo à
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Universidade Federal de Rondônia, Casa de Cultura Ivan Marrocos e praça Três Caixas
d’Água.

Portanto o projeto visa além de ampliar o acesso à cultura, lazer e convívio, ocupar um
vazio urbano, valorizando a área proposta.
BRAINSTORMING

É a parte em que organizamos referências visuais que irão nortear o nosso projeto. A
princípio formamos uma linha de raciocínio lembrando da história local e suas riquezas,
logo após a sensação de liberdade que queremos proporcionar à edificação, em seguida a
lembrança da arte e cultura, além da aprendizagem através dela.

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LEGISLAÇÕES E NORMAS PERTINENTES

Para a realização do projeto, iremos tomar como base a Lei 097 de 29 de dezembro de
1999 referente ao “Parcelamento uso e ocupação do solo” referente ao município de Porto
Velho, Lei Complementar 747 referente ao “Polo gerador de tráfego”, NBR-9050 para
“Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”, NBR-6492 que
fala sobre “Representação de projetos de arquitetura”, NBR-10152 que se refere “Níveis de
ruído para conforto acústico” e as Introduções Técnicas(IT´s) dos bombeiros.

LEI 097: USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

“Dispõe sobre o Parcelamento, uso e ocupação do solo do município de Porto Velho”

Art. 1º - Esta Lei tem por objetivo estabelecer normas relativas ao parcelamento, uso e
ocupação do solo do Município de Porto Velho.

- Nesse projeto irá ser utilizado a categoria:

XVI. E2 (Instituições diversificadas) - espaços, estabelecimentos ou instalações destinadas


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à educação, saúde, lazer, cultura, assistência social, culto religioso ou administração
pública;

- Nesse projeto irá ser utilizado a subcategoria:

Subseção III

Da Zona central

Art. 60 - A zona central é caracterizada pela homogeneidade de uso, em que predominam


as atividades comerciais ou de serviços.

Parágrafo único - Com vistas à viabilização e animação da zona central e ressalvadas as


disposições expressas em contrário, a predominância das atividades comerciais e de
serviços é compatível com a atividade residencial.

- Zona de uso ZC, tem as conformes restrições:

Frente mínima(m): 10,00


Área mínima (m2): 300,00
Recuo de frente mínima: s/ recuo

Taxa de ocupação: 80%


Coef. de aproveitamento: 5,00
Limite de gabarito: 12 PV ou 40m

LEI COMPLEMENTAR 747

“Dispõe sobre os procedimentos para a aprovação de projetos arquitetônicos e para a execução de


obras e serviços necessários para a minimização de impacto no Sistema Viário decorrente da
implantação ou reforma de edificações e da instalação de atividades - Polo Gerador de Tráfego,
altera artigos da Lei Complementar nº 97 de 29 de dezembro de 1999 e dá outras providências”

ANEXO I
Roteiro de verificação de itens de projeto e indicação inicial de medidas mitigadoras por
tipo de PGT:
PGT: Casas de espetáculos, show e eventos, pavilhão de feiras, museus e bibliotecas.
Tipo de impacto: Conflito/congestionamentos nas vias de acesso nos horários de
entrada/saída (ou pico da atividade) para embarque/desembarque e estacionamento,
ocupação do meio-fio ao redor, estacionamento irregular, insegurança para
pedestres, sobrecarga dos pontos de embarque/desembarque de transporte
coletivo, insegurança na circulação de veículos. 6

Itens de projeto: Área de embarque/desembarque, acesso pedestres.


Medidas mitigadoras: Projeto de segurança para pedestres e pontos críticos sistema
viário.

ANEXO II
Classificação dos empreendimentos:
Uso: Institucional.
Atividades: Casa de espetáculos, show e eventos, pavilhão de feiras, museus e
bibliotecas.
P2: Até 2.000 m².
P3: Acima de 2.000 m².

ANEXO III

Vagas para estacionamento:

Uso: Institucional.
Atividades: Casa de espetáculos, show e eventos, pavilhão de feiras, museus e
bibliotecas.
P2: Vagas mínimas é de 1 vaga/60m², as vagas de embarque e desembarque são 5.
P3: Vagas mínimas é de 1 vaga/60m², as vagas de embarque e desembarque são 5.

NBR-9050: ACESSIBILIDADE A EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO, ESPAÇÕS E EQUIPAMENTOS


URBANOS.

1 Escopo
Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao
projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às
condições de acessibilidade.
No estabelecimento desses critérios e parâmetros técnicos foram consideradas diversas
condições de mobilidade e de percepção do ambiente, com ou sem a ajuda de aparelhos
específicos, como próteses, aparelhos de apoio, cadeiras de rodas, bengalas de
rastreamento, sistemas assistivos de audição ou qualquer outro que venha a complementar
necessidades individuais.
Esta Norma visa proporcionar a utilização de maneira autônoma, independente e segura
do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos à maior
quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, estatura ou limitação de
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mobilidade ou percepção.
As áreas técnicas de serviço ou de acesso restrito, como casas de máquinas, barriletes,
passagem de uso técnico etc., não necessitam ser acessíveis.
As edificações residenciais multifamiliares, condomínios e conjuntos habitacionais
necessitam ser acessíveis em suas áreas de uso comum. As unidades autônomas
acessíveis são localizadas em rota acessível.

NBR-6492: REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS.

1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para representação gráfica de projetos de
arquitetura, visando à sua boa compreensão.

1.2 Esta Norma não abrange critérios de projeto, que são objeto de outras normas ou de
legislação específicas de municípios ou estados

NBR-10152: NÍVEIS DE RUÍDO PARA CONFORTO ACÚSTICO.


1 Objetivo

Esta Norma fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes
diversos.
Notas: a) As questões relativas a riscos de danos à saúde em decorrência do ruído são
estudadas em normas específicas.

b) A aplicação desta Norma não exclui as recomendações básicas referentes às


demais condições de conforto.

IT`s DOS BOMBEIROS

Conforme as IT´s dos bombeiros (Introduções Técnicas) sobre a tipologia escolhida pelo
grupo que é um Centro Cultural, encontra-se no Anexo A – Exigências de segurança contra
incêndio e pânico.

TABELA 1
CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES QUANTO A OCUPAÇÃO OU USO
Grupo: F.
Ocupação/uso: Local de Reunião de Público.
Divisão: F-10.
Descrição: Exposição de objetos e animais.
Tipologia: Salões e salas de exposição de objetos e animais, show-room, galerias de 8
arte, aquários, planetários e assemelhados em edificações permanentes.
TABELA 2
CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES QUANTO À ALTURA
Tipo: IV.
Denominação: Edificação de Média Altura.
Altura: 12,00 m < H ≤ 23,00 m.

A tipologia pertence ao grupo C (edificações do grupo C com área superior a 750m² ou


altura superior a 12m) na tabela 6C.
ANÁLISE DO ENTORNO

O terreno localiza-se na R. Dom Pedro II, entre a Av. Presidente Dutra e Rogerio Weber,
em Porto Velho – RO. O mesmo possui 49m x 40,5m, totalizando uma área de 1.984,5 m².

Para melhor análise desse entorno, fizemos uma visita ao lote no dia 20.08.2021 às 10:20h.
E tiramos as seguintes fotos:
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FOTOS: Julia Lemos


MATRIZ SWOT

Esse método visa o planejamento estratégico das forças, fraquezas, oportunidades e


ameaças relacionadas ao terreno que iremos utilizar nesse projeto.

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ESTUDO E ANÁLISE TOPOGRAFICA

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CONCEITOS BIOCLIMÁTICOS APLICADOS

O estudo determina a incidência solar das 10h até 17h na edificação. Já os ventos vêm da
direção noroeste.

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REFERÊNCIAS ANÁLOGAS

CENTRO CULTURAL UFG


FICHA TÉCNICA

• Arquitetos: Fernando Simon


• Ano: 2010
• Área construída: 2.801m²
• Tipo de projeto: Cultural
• Localização: Goiânia, GO, Brasil

PROGRAMA DE NECESSIDADES

O programa de espaços necessários à


realização das funções propostas dividiu
-se em três setores principais: administr-
ação, teatro e galeria de arte.

MATERIAIS UTILIZADOS

• Revestimento teatro
Piso – madeira sintética Fademac 14
Teto – gesso
Paredes – MDF acarpetado
• Revestimento sala de ensaios
Piso – madeira sintética Fademac
Teto – forro acústico
Parede – gesso
• Revestimento sala dança
Espelhos e massa corrida
• Revestimento sala exposição
Piso – granitina cinza claro com juntas plásticas cinza claro a cada 1,20 cm
Teto – chapas cimentícias e madeira reciclada com pintura acrílica branco neve
Parede – paredes em drywall (gesso acartonado).

RESUMO TEXTUAL

O arquiteto Fernando Simon procurou fazer do espaço um excelente centro cultural


aproveitando a altura do pé direito, disponibilizou mezanino e passarela mirante, com isso
os visitantes podem contemplar as artes e o teatro. O projeto nos chamou a atenção, pois
no estudo do nosso centro cultural em formato de folha deixaremos grandes sacadas com
vista tanto para a cidade em 360º quanto para as salas no interior da mesma, dando
oportunidade da participação de todos nas exposições, danças, oficinas e outros.

FOTOS: Helio Sparandio


PLANTA DE IMPLANTAÇÃO:

PLANTA BAIXAS E SEUS ACESSOS:

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FONTE: https://www.archdaily.com.br/br/01-6583/centro-cultural-ufg-fernando-simon
MUSEU DOS EMBOABAS

FICHA TÉCNICA

• Arquitetos: Laila Bentes,


Márcio Motta e Giulia Sgarbi.
• Ano: 2021
• Área construída: 646,30m²
• Tipo de projeto: Cultural
• Localização: Caeté – MG

PROGRAMA DE NECESSIDADES

No térreo estará a entrada para o pú-


blico e uma praça que pode receber feir-
as, encontros e eventos culturais. Já no
subsolo, ficará o auditório e a área ad-
ministrativa, com acesso exclusivo para
os funcionários e um foyer para a reali-
zação de eventos. Acima da praça, um pa-
vilhão vazio terá painéis móveis que pos-
sibilitarão exposições de variados portes
e caráteres. O corpo dessa área é com
posto por um grande bloco de estrutura 17
metálica e vidro, combinação que favorece a entrada da luz e da ventilação. Por fim, no
último andar, ficarão a biblioteca e o café.

MATERIAIS UTILIZADOS

A estrutura original do galpão é constituída de pré-moldados em concreto armado,


vedações em tijolos maciços aparentes e coberturas em telhas metálicas sobre treliças
arqueadas de seção triangular em aço CA50.

RESUMO TEXTUAL

O museu manifesta a importância da terra pela sua própria arquitetura, se abrindo para
a paisagem e colocando o usuário em contato com o território desde quando é recebido, na
praça, até o mirante na cobertura do prédio. Por esse motivo, a obra se faz relevante para
o projeto, por trazer a história. Além de ter no seu programa de necessidades espaços que
queremos incluir como, o café, área de exposições e auditório.

FOTOS: Cortesia de equipe de projeto.


PLANTA BAIXAS E SEUS ACESSOS:

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CORTE ESQUEMÁTICO:

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FONTE: https://www.archdaily.com.br/br/965726/arqliq-arquitetura-vence-concurso-
para-o-museu-dos-emboabas-em-caete-minas-gerais

https://blog.galeriadaarquitetura.com.br/post/arqliq-arquitetura-vence-concurso-do-
museu-dos-emboabas-em-minas-gerais

https://www.arqliq.com/museu-dos-emboabas
CENTRO CULTURAL ARAUCO

FICHA TÉCNICA

• Arquiteto: Elton Léniz.


• Área: 1400 m².
• Ano: 2016.
• Local: Arauco, Chile.

PROGRAMA DE NECESSIDADES

No primeiro nível temos o teatro, a ca-


feteria, a loja, o foyer de exposições e as
salas multiuso se relacionam com o es-
paço público e abrem-se para o pátio co-
berto. A biblioteca, a administração e os
serviços foram acomodados no segundo
nível mais silencioso e controlado. E por
último, a disposição dos volumes gera
um vazio no centro do terreno, uma pra-
ça interior, um foyer do Centro Cultural,
um espaço articulador de todo o progra-
ma.

MATERIAIS UTILIZADOS 20

Como uma medida de segurança, con-


sequência do terremoto e posterior tsu-
nami, o térreo foi desenhado em concreto armado. O teatro, salas multiuso e as circulações
verticais são envolventes estruturais que suportam um segundo nível de estrutura
metálica.

RESUMO TEXTUAL

Segundo os estudos, o Centro Cultural Arauco (CCA) foi uma construção vítima de
terremotos, por isso, desenvolveram uma nova infraestrutura cultural melhorando
substancialmente o edifício.
Sabemos da importância de um lugar de encontro, participação e de expressão de toda
manifestação cultural e artística, pois um centro cultural vem como um equipamento
disseminador de informações. Observamos que o arquiteto e sua equipe procuraram
estabelecer um espaço aberto onde todas as atividades massivas e públicas fossem
desenvolvidas no 1° nível, os outros que necessitam de mais silêncio, foram para o segundo
nível.
Este estudo nos levou a pensar no nosso programa de necessidades, deixando espaços
para restaurante, café e sacadas lineares onde as pessoas possam se sentir livre, tendo
contato com os ambientes do programa estabelecido e com o público que ali fará parte.

FOTOS: Felipe Diaz Contardo.


PLANTA DE SITUAÇÃO:

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PLANTAS BAIXAS:

PRIMEIRO NÍVEL
SEGUNDO NÍVEL 22

FONTE: https://www.archdaily.com.br/br/890527/centro-cultural-arauco-elton-leniz

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