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Laura Susana Santos Silva Garrido

Plano estratégico de marketing turístico


para Vila do Conde – análise swot

Trabalho desenvolvido no âmbito da Unidade


Imagem: Arquivo Municipal de Vila do Conde

Curricular Marketing do Produto Turístico, sob


orientação do Prof. Doutor Carlos Silva, do
Mestrado de Turismo, Património e
Desenvolvimento
Índice

1. Introdução .............................................................................................................. 3
2. Nota metodológica................................................................................................. 4
3. Vila do Conde ........................................................................................................ 5
3.1 Caraterização territorial .................................................................................. 5
3.2 História e cultura ............................................................................................ 6
3.3 Geografia e clima ........................................................................................... 9
3.4 Demografia, economia e sociedade .............................................................. 10
4. Enquadramento do contexto turístico à escala regional .......................................11
5. Análise SWOT: Vila do Conde ............................................................................ 14
6. Conclusão ............................................................................................................ 17
Bibliografia ................................................................................................................. 18

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1. Introdução
O presente trabalho prevê a apresentação de uma análise SWOT no âmbito do estabelecimento
de um plano estratégico de marketing turístico para Vila do Conde, enquadrando-o na linha de
orientação do Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT) e, particularmente, na estratégia de
marketing turístico do Porto e Norte de Portugal (PNP), à luz das principais orientações do
“Turismo 2020”.

Para o estabelecimento de um plano de desenvolvimento estratégico é fundamental conhecer as


caraterísticas do território em análise, bem como as atividades que aí se desenvolvem, traçando,
assim, um conjunto de vetores identitários. Com base nestes pressupostos, iniciaremos o nosso
trabalho com a apresentação do território de Vila do Conde, abordando as suas características
territoriais, o seu clima, a sua riqueza patrimonial e cultural, os seus recursos naturais, bem como,
uma breve caracterização do ponto de vista económico e demográfico, para ulteriormente,
desenvolvermos uma análise SWOT, procurando identificar os pontos fortes e pontos fracos, as
oportunidades e ameaças inerentes ao enquadramento turístico.

Naturalmente que a elaboração de uma análise SWOT para o território não confina a produção de
um plano estratégico de marketing, sendo apenas um primeiro passo para o desenvolvimento de
um projeto mais abrangente, que passaria pela apresentação de uma estratégia para o
desenvolvimento dos produtos turísticos (como a cultura e património, sol e mar), o
estabelecimento de orientações estratégicas, políticas de marketing e respetivo plano de ação. No
entanto, face ao âmbito e dimensão do trabalho em causa, apenas será possível a apresentação da
análise SWOT que desenvolveremos de forma sustentada.

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2. Nota metodológica

O presente trabalho partirá de uma análise sobre Vila do Conde, o que nos leva, por um lado para
uma revisão bibliográfica com vista à caracterização do território em causa, dando-nos conta das
suas características, da sua evolução, da sua individualidade na região do Grande Porto, e por
outro lado, que possibilite a identificação de pontos de convergência ao nível dos produtos
estratégicos definidos pela Entidade de Turismo Regional (ETR) do Porto e Norte.

Os dados estatísticos provenientes do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam-se


fundamentais para um enquadramento demográfico e socioeconómico de Vila do Conde, bem
como para proceder à análise de informação relativa ao número de quartos das unidades hoteleiras
existentes no concelho, a sua ocupação média em termos de dormidas, o número de hóspedes,
entre outros dados, que permitirão caracterizar a oferta disponível no setor hoteleiro assim como
o seu comportamento. Analisaremos ainda os dados estatísticos relativos a visitantes, em Vila do
Conde, nomeadamente, o número de entradas na Loja de Interativa de Turismo (LIT) e nos
museus de Vila do Conde, nos últimos 4 anos, provenientes da Câmara Municipal de Vila do
Conde (CMVC).

Torna-se também indispensável, para o desenvolvimento do estudo em causa, o conhecimento do


conjunto de documentos publicados pelo Estado Português e Instituto do Turismo de Portugal
(ITP), designadamente, a legislação portuguesa que estabelece e revê o PENT, no qual se “consi-
dera o turismo um setor prioritário para a estratégia de desenvolvimento do país” (Resolução do
Conselho de Ministros nº24 de 16 de abril, da Presidência do Conselho de Ministros, 2013), bem
como o documento “Turismo 2020 – Cinco Princípios para Uma Ambição” do ITP. Importa ainda
referir que está já em discussão pública a Estratégia de Turismo para 2027.

Por último, apresentaremos a caracterização do território vila-condense no enquadramento da re-


gião turística que integra – PNP – assim como exporemos a análise SWOT para Vila do Conde.
Seria fundamental o desenvolvimento e a aplicação de um inquérito aos vários stakeholders no
setor do turismo.

No entanto, face ao âmbito do projeto, bem como ao período temporal em que ele decorre, não
nos é possível recorrer a esse método, pelo que nos socorremos do conhecimento empírico da
realidade concelhia, dado o nosso enquadramento profissional no Município de Vila do Conde,
que potencia um conhecimento objetivo da cidade e do concelho, bem como uma consciência
operativa sobre os seus pontos fortes e fracos, amplamente discutidos no grupo de trabalho que
integramos.

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3. Vila do Conde

3.1 Caraterização territorial

Vila do Conde é sede de concelho, composto por 21 freguesias / uniões de freguesia, na sequência
da reorganização administrativa territorial autárquica decretada pela Lei 22/2012 de 30 de maio e
conforme publicação da Lei 11-A/2013, de 28 de janeiro.

Figura 1- Mapa do distrito do Porto com destaque para o concelho de Vila do Conde e
freguesias

Fonte: Site CMVC (adaptado)

Localizada no norte litoral, o seu território estende-se ao longo de cerca de 149 Km2 integrando
o distrito do Porto e a NUT III da AMP para fins estatísticos. Apresenta um território heterogéneo,
com freguesias de carácter mais rural, sobretudo na zona interior, em paralelo com as freguesias
mais urbanas, do litoral, que contemplam 18 km de areal e mar, ao longo do oceano Atlântico.
Tem como concelhos vizinhos Póvoa de Varzim, Vila Nova de Famalicão, Trofa, Maia e
Matosinhos.

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Figura 2 - Mapa de Portugal com destaque para o distrito do Porto

Fonte: Site Associação Empresarial do Porto (adaptado)

No que concerne a acessibilidades, Vila do Conde encontra-se a cerca de 20 minutos do Aeroporto


Francisco Sá Carneiro e sensivelmente à mesma distância do Porto de Leixões, o que coloca este
território estrategicamente bem posicionado. Do ponto de vista da circulação rodoviária e
mobilidade, Vila do Conde é servida pela A28 - Porto – Viana do Castelo com ligação à Galiza,
A7 - Vila do Conde – Vila Real, com ligação ao Nordeste Peninsular, e pela EN13 - Porto –
Valença. Quanto a transportes públicos, é atravessada pela linha B (vermelha) do Metro do Porto,
que estabelece a ligação entre o Estádio do Dragão e a cidade da Póvoa de Varzim, ponteada de
várias estações ao longo do concelho. A nível local, a rede viária é densa, reflexo de um modelo
de povoamento disperso, constituído sobretudo por estradas e caminhos municipais de
características pontualmente rurais, geridos pelo Município.

3.2 História e cultura

A história do território vila-condense tem vindo a ser construída ao longo de milhares de anos,
com base na informação coligida a partir dos achados arqueológicos mais remotos encontrados
no concelho de Vila do Conde, como os vários exemplares de utensílios de pedra lascada (bifaces),
da pré-história antiga. Para uma cronologia com mais de 200 mil anos apontamos os marcos
extensíveis ao longo da pré-história recente, com manifestações fúnebres, como as mamoas e, na
proto-história, os castros, que marcam o mapa de Vila do Conde com mais de uma dezena de
referências. A romanização deixou também as suas marcas, chegando-se ao período medieval,

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onde a existência de um conjunto de mosteiros, alguns criados ainda antes da fundação de
Portugal, caracteriza o território. Data do ano de 953 o primeiro documento escrito conhecido que
refere Villa de Comite, numa carta de venda de bens, por Flamula Deo- Vota, ao Mosteiro de
Guimarães.

Seria a partir do castro de S. João Baptista, local onde, em 1318, D. Teresa Martins e D. Afonso
Sanches fundariam o mosteiro de Santa Clara, que Vila do Conde viria a desenvolver-se e atingir
o seu apogeu marítimo e comercial, ocupando um lugar de destaque nos descobrimentos
portugueses, com a construção naval, o porto e a alfândega régia a assumirem um papel de enorme
relevância na economia da vila. A passagem de D. Manuel I1 por Vila do Conde, numa
peregrinação a Santiago de Compostela, em 1502, foi um acontecimento marcante para o burgo,
já que daria a Vila do Conde uma nova centralidade com a construção da Igreja Matriz, a Praça
Nova, os Paços do Concelho e a abertura de novas artérias na malha urbana.

Durante os séculos XVI e XVII Vila do Conde manteve o seu protagonismo na construção naval,
no comércio, na navegação e depois na emigração. O século XIX, período conturbado em
Portugal, marca Vila do Conde com a criação de um novo mapa concelhio: a anexação da maioria
das freguesias que compõem o atual concelho, na sequência da reorganização do mapa territorial
desenhado pela reforma administrativa iniciada por Mouzinho da Silveira.

Assiste-se ainda, neste período, à construção de vias de comunicação, inseridas no âmbito do


programa governativo saído da Regeneração e que pretendia dotar o país de uma boa rede viária,
à instalação da Linha do Americano, bem como à ligação ferroviária com o Porto. Instalam-se
fábricas e empresas e a praia começa a ser frequentada, com o processo de ocupação do território
e de urbanização de espaços para a fruição da praia de banhos iniciado em 1866, com a instalação
de um conjunto de equipamentos para os banhistas e a abertura de uma rua em direção à praia.
Também a promoção de atividades de lazer, como o teatro ou o casino, e a existência de dois
circuitos da linha do americano (um dos quais para os meses de verão que ligava a estação de
caminho-de-ferro à praia) contribuíram para este processo. Desde então, a praia de Vila do Conde
foi promovida, à semelhança de outras zonas balneares, em território nacional e também em
Espanha, sobretudo na Galiza.

Atualmente, Vila do Conde mantêm a atratividade e o investimento no desenvolvimento


urbanístico, que muito se acentuou nas últimas décadas do século passado e no início deste. Disso

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O mesmo monarca atribuiria a Vila do Conde a 11 de setembro de 1516 o foral novo, com a tipologia mais
relevante, o que poderia ser indício de uma relação próxima entre o rei e o senhorio, no caso o mosteiro de
Santa Clara.

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são exemplo as últimas intervenções que se verificaram nos principais pontos da cidade, como a
requalificação da zona envolvente ao mosteiro de Santa Clara e do centro histórico, a intervenção
na zona do Cais da Alfândega e zona ribeirinha, com a construção de um ancoradouro de barcos
de recreio, a construção e musealização de uma réplica de uma nau quinhentista, entre outros,
bem como toda a reestruturação da frente urbana marítima no âmbito do Programa Polis, que
procurou requalificar e valorizar este espaço urbano com vista ao usufruto das condições naturais
que a proximidade do mar permite.

A nível arquitetónico, Vila do Conde oferece um vasto leque de monumentos a visitar, sendo que
por todo o concelho existem 24 imóveis classificados: 7 como Monumento Nacional2 e 17 como
Imóvel de Interesse Público3. Também num processo de classificação como salvaguarda urgente
de património imaterial encontram-se as “Técnicas de construção e reparação naval em madeira
de Vila do Conde”: O processo, à data da realização deste trabalho, está disponível para consulta
pública na plataforma da Direção Geral do Património Cultural4 e em fase de avaliação pela
mesma entidade, a que se seguirá a candidatura à UNESCO.

No campo das artes e das letras vários são os nomes que deixaram o seu marco na história e
cultura vila-condense, designadamente do século XIX e XX português5. Atualmente, Vila do
Conde continua a ser berço de nomes como Paulo Praça e Manuela Azevedo, na música, ou Valter
Hugo Mãe, nas letras, que desempenham um importante papel na cultura, a nível nacional e in-
ternacional.

Será ainda de ressalvar a presença das rendas de bilros desde o século XVII, uma marca do arte-
sanato português, que terá iniciado a sua produção nas cidades italianas de Milão ou Veneza,
disseminando-se depois pela Europa. Hoje são consideradas um ex-libris de Vila do Conde e

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Igreja Matriz de Vila do Conde, Pelourinho de Vila do Conde Aqueduto de Vila do Conde, Igreja do
Mosteiro de Santa Clara e túmulos dos fundadores, Cividade de Bagunte, Igreja de Azurara, Igreja de São
Cristóvão de Rio Mau.
3
Mosteiro de São Simão da Junqueira, jardins, fonte e claustro, Azenha Quinhentista no rio Ave, Capela de
Nossa Senhora da Guia, Capela de Nossa Senhora da Graça, Capela de Santa Catarina, Casa da Praça, Solar
dos Vasconcelos / Auditório Municipal de Vila do Conde, Palacete Melo, Convento de Nossa Senhora dos
Anjos, Cruzeiro da Misericórdia de Vila do Conde, Cruzeiro de Azurara, Edifício e Igreja da Santa Casa da
Misericórdia de Vila do Conde, Capela de Nossa Senhora do Socorro, Forte de S. João Baptista, Capela de
S. João Baptista da Igreja Paroquial de Vairão, Pelourinho de Azurara, Ponte de São Miguel de Arcos,
Núcleo Urbano da cidade de Vila do Conde / parte antiga de Vila do Conde e Azurara.

http://www.matrizpci.dgpc.pt/MatrizPCI.Web/Inventario/InventarioConsultar.aspx?IdReg=501&EntSep=
3#gotoPosition
5
Antero de Quental, Guerra Junqueiro, Camilo Castelo Branco, Eça de Queirós, José Régio, Sonia e
Robert Delaunay, Julio Saúl Dias, Ruy Belo.

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mantêm a sua produção artesanal. Recentemente viram o seu processo de certificação aprovado,
bem como em 2015 foram galardoadas com o Record do Guiness Book, na sequência da produção
da maior renda de bilros do mundo e que se encontra exposta no Museu de Rendas de Bilros de
Vila do Conde. Também a doçaria conventual, remanescência da forte presença monacal no con-
celho, sobretudo do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde e do Mosteiro de Vairão, bem
como os tapetes de flores, que aí se produzem de 4 em 4 anos, por alturas da festa de Corpus
Christi, são manifestações remotas da história de Vila do Conde, profundamente características
deste território.

Os Caminhos de Santiago, hoje novamente tão em voga com os caminhos Central e da Costa,
devem ser considerados na história do concelho, pela forte tradição de peregrinação que existe
desde a Idade Média neste território.

3.3 Geografia e clima

Localizado no norte litoral de Portugal, o território de Vila do Conde estende-se ao longo de


149.35km2. O relevo do concelho apresenta uma topografia suave que evolui gradualmente, do
litoral para o interior. Em termos hidrográficos, é atravessado por uma densa rede de ribeiras (com
um regime irregular face às condições climatéricas), na maioria tributários do rio Ave ou do rio
Este, seu principal afluente, bem como do rio Onda, que divide, a Sul, os concelhos de Vila do
Conde e Matosinhos.

O clima desta região do norte litoral é temperado marítimo, naturalmente muito influenciado pelo
oceano Atlântico, com temperaturas moderadas. Apresenta baixas amplitudes térmicas anuais e
elevados níveis de pluviosidade, sobretudo no inverno. Os verões são suaves, influenciados pela
brisa marítima característica da costa ocidental de Portugal. Os ventos do quadrante de sudoeste,
provenientes de correntes meridionais do Atlântico são responsáveis por dias de elevada
pluviosidade e temperaturas amenas, no inverno, e os ventos do quadrante noroeste provenientes
da frente polar fria, traduzem-se em dias frios.

A orla costeira com características semelhantes e constantes ao longo dos 18km da frente de mar
permitiu à Autarquia implementar percursos naturalizados pedonais e cicláveis, vulgo passadiços,
criando condições para a fruição do ambiente e da paisagem, ao longo de toda a Área de Paisagem
Protegida Regional do Litoral Sul do Concelho, promovendo a mobilidade suave e protegendo os
ecossistemas naturais, regulando o pisoteio e o atravessamento dos sistemas dunares e o acesso
às praias.

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3.4 Demografia, economia e sociedade

Os últimos censos, realizados em 2011, indicam que residem em Vila do Conde 79 533 indivíduos,
sendo 38 469 homens (48,4%) e 41 064 mulheres (51,6%). A sua densidade populacional é de
533 habitantes /km2. De acordo com a informação disponibilizada pelo INE, mais de metade da
população ativa empregada vila-condense (58%) desenvolve a sua atividade no setor terciário e
apenas 8% trabalham no setor primário, que de resto tem vindo a perder expressão ao longo dos
últimos 20 anos, apesar de aqui se localizar uma das bacias leiteiras mais importantes do país,
assim como uma das maiores comunidades piscatórias a nível nacional. Em 2012, existiam, por
todo o concelho 7580 empresas, sendo que a área do comércio por grosso e a retalho é a mais
significativa, concentrando ¼ das empresas não financeiras de Vila do Conde. O alojamento,
restauração e similares é a quarta área da economia vila-condense com maior número de
empresas, a par da agricultura e das atividades administrativas.

Ainda que de forma pouco significativa a taxa de desemprego, em Vila do Conde, tem vindo a
aumentar, de acordo com os dois últimos censos realizados em Portugal. Mais de 50% da popu-
lação encontra-se entre os 25 e os 64 anos, ou seja, apresenta-se como população ativa, tendo-se
verificado um aumento populacional nas faixas 25- 64 anos e 65 ou mais anos, o que indica um
envelhecimento da população.

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4. Enquadramento do contexto turístico à escala regional

Após uma breve análise do território em estudo iremos concretizar o seu enquadramento no
contexto turístico da região em que se insere, a Região Turística do Porto e Norte de Portugal,
procurando conhecer as suas principais linhas de ação.

Em termos governativos a Secretaria de Estado do Turismo é o órgão do Governo com compe-


tências na área do turismo. O PENT, documento estratégico para o turismo nacional, que define
as entidades que têm responsabilidades nessa matéria, bem como os produtos em que Portugal
deve investir, foi aprovado em pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 53/2007, de 15 de
fevereiro. Este documento legal teve como horizonte temporal 2006 – 2015 e foi revisto em 2013.
A Resolução considera o turismo um setor prioritário para a estratégia de desenvolvimento do
nosso país que tem vindo a dar frutos, já que, à data da realização deste trabalho, o INE apresentou
os dados relativos ao desempenho da economia portuguesa, tendo-se verificado, no último tri-
mestre de 2016, um crescimento do PIB de 1.6%, apontando-se o turismo como o impulsionador
deste crescimento. A par com a Secretaria de Estado do Turismo, o Turismo de Portugal é a
autoridade responsável pela promoção, valorização e divulgação do destino “Portugal”.

Paralelemente, o país encontra-se dividido em regiões que, em termos administrativos, se


consubstanciam nas Entidades Regionais de Turismo, sendo a ETR Porto e Norte a responsável
pela dinamização do turismo dos 81 Municípios que integram esta importante parcela de
território. As Câmaras Municipais são um órgão de administração local com competências
também ao nível da qualificação e desenvolvimento do território, bem como na promoção do seu
concelho. Existe ainda um conjunto de entidades privadas com competências neste setor, como
associações do setor, empresas, entre outros. Interessa-nos, pois, analisar qual a visão e as
diretivas da ETR Porto e Norte para a região, por forma a enquadrar a promoção do destino “Vila
do Conde”.

Portugal representa, na Europa, em termos de receitas turísticas (9.º lugar na UE a 28), cerca de
2,5% do total das receitas turísticas internacionais e em termos mundiais ocupa o 26.º lugar (cerca
de 1,0% a nível mundial). Integra o TOP 20 dos países mais competitivo do mundo, no World
Economic Forum (WEF) – Travel & Tourism Competitiveness Index. Nos últimos anos, no nosso
país, as receitas turísticas internacionais cresceram a uma média anual superior a 8%, o que ultra-
passou a concorrência espanhola (4,5%), mediterrânica, europeia (5,4%) e mundial (6,5%). Sig-
nifica, pois, que Portugal se vem a afirmar como um destino em desenvolvimento e que apresenta

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produtos complementares, que o podem distinguir, tornando-se como uma oferta de valor acres-
centado a par com outros produtos em desenvolvimento, bem como os já consolidados. Natural-
mente que a realidade se altera de região para região.

De acordo com os dados apresentados no documento “Turismo 2020 - cinco princípios para uma
ambição”, da Secretaria de Estado do Turismo (2015) a região norte apresenta um aumento per-
centual no número de dormidas entre 2007 e 2014, só ultrapassado pela região de Lisboa. Ainda
segundo a mesma fonte, verificou-se uma taxa de crescimento médio anual das dormidas de 2,6%,
o que significou um aumento acima da média nacional (2.2%). Apresenta também uma sazonali-
dade menos significativa face à média do país (36% da região versus 39% do país), e a nível
internacional, a região apresenta uma crescente procura: em 2007 a procura do mercado externo
situava-se nos 41,6% e, em 2014 fixa-se nos 51,7%, ou seja, aumenta mais de 10 pontos percen-
tuais em apenas 7 anos. No âmbito do QREN 2007-2013 a NUTT II “Norte” foi a região que mais
investiu no Turismo, a nível privado, em Portugal.

O Plano de Ação para o Desenvolvimento do Turismo em Portugal, do Turismo de Portugal,


defende, para a região norte, a “Valorização de recursos culturais e intensivos em território, apro-
veitando as capacidades científicas e tecnológicas, nomeadamente nas áreas da gestão, marketing
e TIC, e a oferta turística relevante, promovendo percursos e itinerâncias como forma de aprovei-
tamento das principais infraestruturas de entrada de visitantes” (Plano de ação para o
desenvolvimento do turismo em Portugal, 2016, p. 64). Esta região é considerada um destino de
excelência, histórica e culturalmente rica e autêntica, com Património da Humanidade classifi-
cado pela UNESCO. É o primeiro destino a nível de ecoturísmo nacional, com relevância inter-
nacional, tendo como base a cultura do vinho e da vinha, primeiro destino de turismo da natureza
e rural do país e primeiro destino de turismo de saúde e bem-estar nacional, com base num ele-
mento único e diferenciador – a água mineral natural – e a inovação na rede de estâncias termais.

De acordo com o “Turismo Porto e Norte”, a importância desta região tem vindo a evoluir de
forma positiva, pese embora este desempenho positivo do turismo se concentre essencialmente
na área do Grande Porto. A região atrai uma elevada quota de mercado no segmento da visita a
familiares e amigos, assim como, no segmento de turismo de negócios. Nesta perspetiva, estes
segmentos contrariam uma elevada taxa de sazonalidade. Para o segmento de lazer, também
relevante (mais de um terço da procura total), os números apontam para short breaks, descanso e
relaxamento, fruição da natureza e cultura (incluindo city breaks, gastronomia e vinhos).

Com base no Plano de Ação para o Desenvolvimento do Turismo em Portugal, do Turismo de


Portugal, designadamente na análise SWOT aí produzida para o “Porto e Norte”, bem como no

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estudo dos produtos identificados para a região “Porto e Norte”, consolidados e em
desenvolvimento, partiremos para a análise do destino “Vila do Conde”.

Em 2013, de acordo com os dados fornecidos pelo INE, Vila do Conde registou 50 897 dormidas,
sendo que o Norte obteve 2.777.2296 dormidas no período homólogo, representando assim, 1.83%
das dormidas totais na região. Tem seguido a tendência do aumento do número de dormidas em
alojamento turístico por cada 100 habitantes, tal como o verificado no Grande Porto e no Norte.

Entre 2008 e 2014, o número de hóspedes conseguido nos estabelecimentos de alojamento de


Vila Conde cresceu de 16.900 para 27.400, embora esse crescimento tenha apresentado oscila-
ções. Também o número de camas tem aumentado desde 2008. De 290 camas em 2008, Vila
passou a disponibilizar de uma oferta de 382 em 2014.

Quanto à estada média nas unidades de alojamento de Vila Conde, o valor caiu de 2 noites em
2008 para 1,8 noites em 2011. À exceção do aumento em 2012, nos restantes anos verificou-se
uma queda consecutiva no número médio de noites no destino, tornando-se assim, em 2014 a
situação semelhante à verificada no Grande Porto. Já os hóspedes estrangeiros ficavam, em média,
mais noites nas unidades de Vila do Conde, embora esse número também tenha decaído: de 2,5
em 2008 passam para 2 noites em 2014. A tendência no Grande Porto manteve-se ao longo destes
anos, embora seja inferior à média inicial em Vila do Conde: 2 noites. A esta tendência poderá
não ser alheio o período de contração e crise então vividos.

Quanto à taxa de sazonalidade constatamos que no concelho de Vila do Conde se verifica uma
descida, ainda que não seja muito acentuada, entre os anos de 2008 e 2014 e ultrapassa um pouco
a taxa do Grande Porto (em 2014 35.1% e 33.9% respetivamente).

Por último, procuramos verificar o reflexo dos turistas no acesso aos equipamentos culturais sob
responsabilidade municipal. Tendo em conta que os dados analisados contabilizam visitas em
grupos e individuais, bem como públicos escolares, percebemos que, do número de turistas que
Vila do Conde recebe, apenas uma pequena parte visita os equipamentos culturais que a cidade
disponibiliza, já que apenas num dos equipamentos (Alfândega Régia e nau quinhentista) o nú-
mero de visitantes é equivalente ao número de hóspedes.

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Estes valores integram, para além dos estabelecimentos hoteleiros, os valores do TER e novas unidades
de AL.

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5. Análise SWOT: Vila do Conde

Segundo Nuno Madeira, uma análise SWOT apresenta uma metodologia simples e de fácil apli-
cação. A análise interna “tem por objetivo principal permitir aos agentes económicos identificar
o tipo de vantagem concorrencial que detêm, as suas forças face à concorrência […], trunfos e
qualidades distintivas valorizadas pelo mercado ou consumidores […]. Quanto às fraquezas, são
pontos que deve corrigir” (Madeira, 2010, p. 33). Esta análise deverá efetuar-se com os concor-
rentes sempre em mente. A análise externa – oportunidades e ameaças – procura estudar as ten-
dências mais importantes.

A análise SWOT que iremos apresentar procura analisar os pontos fortes e fracos de Vila do
Conde no que concerne à atividade turística, bem como procura identificar as oportunidades e
ameaças que poderão contribuir para o seu desenvolvimento.

Tabela 1 - Análise SWOT para Vila do Conde


Pontos Fortes Pontos Fracos

•Riqueza de recursos patrimoniais que •Incapacidade de fixação de visitantes no


pontuam o território (imóveis classificados) concelho (refletindo-se nas baixas taxas de
•Equipamentos culturais modernos, de elevada ocupação e estadias médias)
qualidade (Museus, Centro de Memória e • Elevado preço dos imóveis
Teatro Municipal) •Défice de imagem e de notoriedade /
•Património natural (rio, mar, paisagem estratégia de promoção
protegida) •Ausência ou má sinalização turística
•Praias de qualidade com Bandeira Azul •Presença residual on-line
•Eventos culturais, lúdicos e desportivos •Necessidade de recursos humanos
•Proximidade a grandes centros turísticos qualificados no setor
•Boas acessibilidades inter-regionais Norte/ •Ausência de uma unidade hoteleira distintiva
Sul e Nascente / Poente
•Proximidade do Aeroporto Internacional
Francisco Sá Carneiro
•Existência de um outlet de referência
internacional
•Limpeza e ordenamento do território
•Segurança e hospitalidade
•Caminhos de Santiago

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Oportunidades Ameaças

•Potencial do turismo cultural e religioso •Fragilidades concorrenciais do destino face


•Potencial do turismo natureza aos concelhos com características
•Potencial do turismo náutico semelhantes e que captam mais turistas
•Potencial do turismo de aventura •Perda de oportunidades na atração de
•Potencial do turismo rural promotores e investimentos turísticos a favor
•Potencial da gastronomia de outras regiões, em parte devido à
•Crescimento da afluência em função da persistência dos obstáculos de natureza
previsão de crescimento no Aeroporto burocrática e jurídico-formal na aprovação e
Francisco Sá Carneiro e Terminal de Cruzeiros no licenciamento (a nível nacional).
de Leixões •Crise económica e financeira
•Importância da oferta de qualidade •Falta de sensibilização da população para a
•Imagem de segurança do destino Portugal e importância do turismo e ausência de cultura
do Concelho de funcionamento em rede

A análise apresentada parece-nos muito próxima da realidade do cenário turístico em Vila do


Conde no que concerne aos pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças. Em Vila do Conde
identificamos um conjunto significativo de potencialidades para captar e incrementar o interesse
turístico, sendo os seus principais pontos fortes, a riqueza de recursos patrimoniais (recordemos
o elevado número de imóveis classificados), o património natural (rio, mar e a área de paisagem
protegida regional do litoral sul do concelho, onde se integra a Reserva Ornitológica de Mindelo),
a biodiversidade, as praias acessíveis e com bandeira azul, a existência de equipamentos culturais
de elevada qualidade e interesse e o número de eventos culturais, lúdicos e desportivos (alguns
de destaque internacional ou nacional como o Festival Internacional de Curtas Metragens, a Feira
Nacional de Artesanato, a Feira de Gastronomia, o Portugal Rural, o Encontro Nacional de
Palhaços, entre outros), assim como a proximidade a grandes centros urbanos e turísticos como o
Porto, a existência de boas acessibilidades inter-regionais Norte/ Sul e Nascente /Poente, a
proximidade do Aeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro, a existência de um outlet de
referência internacional, os Caminhos de Santigo que atravessam o concelho e despertam
interesse internacional, a limpeza e a segurança do concelho. Estes fatores concorrem fortemente
para despertar o interesse e a importância de Vila do Conde no norte de Portugal, aos quais
acrescem as oportunidades que este território potencia como o turismo religioso e cultural, o
turismo natureza, náutico, de aventura e rural. A gastronomia tem também um papel determinante,
fundamentalmente o peixe fresco do Atlântico e a doçaria conventual, bem como, a expectativa
de crescimento da afluência em função da previsão de crescimento no Aeroporto Francisco Sá
Carneiro e Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões representando novas oportunidades para o

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crescimento do setor turístico em Vila do Conde.

Contudo, encontramos alguns pontos fracos e ameaças como a incapacidade de fixação de


visitantes no concelho, que se reflete nas baixas taxas de ocupação e estadias médias, assim como,
o défice de imagem e de notoriedade, sobretudo na internet, cuja presença é residual, com um site
do Município mais vocacionado para quem vive no concelho do que propriamente para quem o
visita, pese embora a existência de informação turística dispersa. Igualmente, de assinalar, a
deficiente estratégia de promoção, face à inexistência de um plano estratégico de promoção do
concelho e particularmente da cidade, com atividades concertadas e coerentes. A insuficiência
dos recursos humanos qualificados no setor, a inexistência de um grupo virtual de aglomeração
da informação turística, a par com a ausência de uma unidade hoteleira distinta, de referência, a
falta de sensibilização da população para a importância do turismo, refletem baixas taxas de
ocupação, sobretudo quando comparadas com concelhos vizinhos (Póvoa de Varzim, Matosinhos,
Espinho) com características semelhantes. Neste sentido, torna-se necessário e urgente corrigir os
pontos fracos e minimizar as ameaças identificadas, com atenção especial para a crise financeira
e económica vivida, que poderá, no imediato limitar o desenvolvimento do setor, assim como a
existência de destinos concorrentes, mais competitivos e atrativos.

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6. Conclusão
Vila do Conde tem potencialidades para se tornar um destino de excelência e de referência no
norte de Portugal. Este primeiro trabalho, de recolha dos principais dados disponíveis e relevantes
para a análise solicitada, poderá ser objeto de um desenvolvimento mais aprofundado, procurando
estudar um conjunto mais vasto de informações que visem complementar e enriquecer um
trabalho desta natureza, sobretudo proveniente dos vários stakeholders, pelo que seria
fundamental a aplicação de questionários de forma a auscultarem-se opiniões, para,
posteriormente, desenvolver um estudo transversal ao universo de todos os envolvidos no trade
turístico.

Assim, é, igualmente, um ponto de partida que deverá ser alvo, numa fase ulterior, e caso se
pretenda levar esta análise para uma aplicação prática, da concretização de um plano de marketing
com a definição de objetivos gerais e metas.

É fundamental o envolvimento da comunidade, que deverá entender o turismo como uma fonte
de desenvolvimento económico para o concelho de Vila do Conde, na captação de investimento,
no fomento de serviços e no aumento, invariavelmente, do número de postos de trabalho. O
turismo deverá, igualmente, ser entendido como uma forma de reconhecimento das
potencialidades que o concelho tem para oferecer ao nível da sua história, da cultura, da riqueza
patrimonial, dos costumes, da genuinidade das suas gentes, da beleza e qualidade das praias, da
variedade e qualidade do peixe e gastronomia, da segurança, do clima ameno, entre outros aspetos
que urge promover e dar a conhecer de forma a sensibilizar, por um lado, a comunidade para esta
questão, e, por outro lado, a desenvolver uma estratégia concertada de comunicação, assegurando
a inclusão de Vila do Conde nos circuitos turísticos da região.

A atração de investimento, sobretudo a nível de hotelaria seria determinante para o


desenvolvimento turístico de Vila do Conde, sendo necessário apresentar o destino a investidores,
ajudando a captar esse investimento, construindo assim uma unidade hoteleira de referência em
Vila do Conde, com oferta de serviços de qualidade e diferenciados, orientada para a saúde e bem-
estar.

À autarquia de Vila do Conde compete-lhe liderar o processo de aglutinar todos os elementos


deste processo (comunidade, parceiros, agentes, investidores), com vista ao incremento de um
projeto que poderá inclua Vila do Conde no circuito turístico nacional e regional, tornando-o num
destino de grande projeção e de primeira escolha.

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