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Trabalho Individual
City-Break
Para a realização deste trabalho deverás ler o seguinte artigo:
Nas últimas décadas, o setor turístico tem apresentado constantes modificações no que diz respeito à sua
procura e oferta devido a inúmeros fatores de enorme relevância na atualidade. A facilidade no processo de
informação, preparação, reserva e compra de viagens e alojamento deve-se particularmente à intervenção
tecnológica e à progressivamente mais ampla e económica oferta turística. Analisando este fenómeno, é
compreensível a crescente procura de short breaks relacionadas com City Breaks, em que é evidente a
agregação de atrações turísticas numa área moderadamente diminuta.
O conceito de City Breaks, ou férias na cidade, consiste num turismo principalmente assente num extenso
leque de oportunidades e experiências relacionadas com incentivos distintos, desde motivações culturais,
históricas e gastronómicas até tantas outras no âmbito recreativo e comercial que dão a possibilidade ao
consumidor de conhecer uma cidade enquanto destino turístico. Este setor tem vindo a destacar-se bastante
nos últimos anos visto que se apresenta como o mais popular, ao manifestar-se como preferência em relação
a outros tipos de turismo nos mais variados países europeus. As estadias, geralmente, variam entre as duas
e seis noites, sendo que os turistas europeus mais entusiastas das City Breaks são principalmente de
nacionalidade britânica ou alemã.
O perfil do consumidor associado às City Breaks não tem necessariamente uma ou duas faixas etárias pré-
estabelecidas ou, pelo menos, definitivas. Denota-se, no entanto, que geralmente o turista apresenta uma
idade superior aos 25 anos. Por um lado, no turismo em que a cultura é a motivação principal (aliado mais à
história, arquitetura, arte e ao património cultural) observa-se um consumidor com idades compreendidas
entre os 30 e os 55 anos.
Não obstante, quando relacionadas com o turismo de lazer, as City Breaks revelam um turista mais jovem,
que se encaixa numa faixa etária entre os 25 e os 45 anos de idade. Constata-se que estamos perante um
consumidor de alguma estabilidade financeira e com um nível de educação médio ou alto. Simultaneamente,
observa-se que a internet como meio informativo e os voos low-cost têm desempenhado um papel
incentivador bastante acentuado e, como tal, algumas das transformações no setor ou alterações no perfil do
consumidor podem ser deste modo facilmente entendidas.
Apartado 2094 - Praia da Granja 4406 - 801 S Félix da Marinha Telefone 227626240 Fax 227626215 secretaria@esaof.edu.pt
O setor das City Breaks divide-se em três diferentes mercados:
● City breaks standard: que se apresenta como o principal modelo e que se caracteriza pela procura de
atividades variadas. O turista vai procurar preços acessíveis no que diz respeito a acomodação, transporte e
alimentação;
● City breaks temáticos: em que, contrariamente aos anteriores mercados, é evidente que a viagem parte de
uma motivação ou evento específico, nomeadamente relacionado com música, cinema, teatro, desporto,
entre outros.
Quando abordamos este setor do turismo, os destinos europeus com a procura mais saliente são,
nomeadamente, cidades como a de Londres, Paris, Roma, Amsterdão, Viena e Barcelona. Estas são
definitivamente localidades que dispõem dos recursos necessários para lidar com um grande fluxo turístico e,
simultaneamente, satisfazer as necessidades do consumidor.
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Não esquecendo aspetos como a doçaria conventual, uma das grandes vantagens da comida portuguesa
baseia-se na dieta mediterrânica (sendo que esta também já foi reconhecida pela UNESCO). Mas também a
vertente vitivinícola pode aqui adquirir o seu relevo pois, apesar da sua associação ao turismo rural ou ao
enoturismo, trata-se de uma importante representação cultural portuguesa e encontra-se presente em
praticamente qualquer estabelecimento de restauração frequentado por aqueles que procurem realizar as
suas City Breaks nas cidades portuguesas.
Por fim, deparamo-nos com a questão económica que, obviamente, detém um papel imperativo no que a esta
temática diz respeito. O crescimento das City Breaks deve-se em grande parte à sua acessibilidade a nível de
preços (viagens, serviços, entre outros) e, realizando uma análise comparativa relativamente a outros
destinos concorrentes, é inevitável realçar a vantagem que constitui a escolha de uma cidade portuguesa.
Portugal tem vindo a desenvolver a sua oferta turística de um modo deveras interessante e multifacetado.
Não obstante, tendo em conta a prosperidade do turismo no país e o crescimento do mercado das City
Breaks, poderão as cidades portuguesas tornar-se novos polos de atração nesse mesmo âmbito? No meu
parecer, é algo bastante exequível, que requer, porém, políticas ponderadas e sustentáveis na exploração
dos demais recursos que tão caraterísticos são e que cada vez mais manifestam ser atrativos para qualquer
tipo de turista.
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