Você está na página 1de 11

GUIA

DAS AGÊNCIAS DE
VIAGENS E TURISMO
GUIA CONTEÚDOS
DAS AGÊNCIAS DE
VIAGENS E TURISMO
pág. 3 1.
Enquadramento legal

pág. 3 2.
Noção de Agências de Viagens e Turismo

pág. 4 3.
Atividade das Agências de Viagens e Turismo

pág. 7 4.
Viagens

pág. 13 5.
Requisitos para o Exercício da Atividade

pág. 15 6.
Subscrição do Fundo de Garantia de Viagens e Turismo (FGVT)

pág. 17 7.
Reclamações e Fiscalização da Atividade

Edição pág. 18 8.
Turismo do Porto e Norte de Portugal, E.R. Legislação Aplicável
Textos e Fotografias
TPNP, E.R.
Municípios
Impressão
Two Design
Edição
Tpnp © 2020

2
1. Enquadramento 3. Atividade
legal das Agências
de Viagens ► A reserva e a venda de bilhetes para
O regime de acesso e de exercício da ativi-
dade das Agências de Viagens e Turismo e Turismo espetáculos e outras manifestações
públicas;
encontra-se regulamentado pelo Decreto-
Lei n.º 17/2018, de 08 de março, que trans- ► A realização de operações cambiais para
põe para a ordem jurídica nacional a Diretiva São atividades das agências de viagens e uso exclusivo dos clientes, de acordo
(EU) 2015/2302, do Parlamento Europeu e turismo, as seguintes atividades próprias: com as normas reguladoras da atividade
do Conselho, de 25 de novembro de 2015, cambial;
relativa às viagens organizadas e aos servi- ► A organização e venda de viagens
ços de viagens conexos. organizadas; ► A intermediação na celebração
de contratos de aluguer de veículos
Nota ► A representação de outras agências de de passageiros sem condutor;
O presente conteúdo traduz-se numa síntese viagens e turismo, nacionais ou estrangei-
informativa, não dispensando a consulta da ras, bem como a intermediação na venda ► A comercialização de seguros de viagem
respetiva legislação aplicável. dos respetivos produtos; e de bagagem em conjugação e no âmbito
de outros serviços por si prestados;
► Reserva de serviços em empreendimentos
turísticos e em estabelecimentos de aloja- ► A venda de guias turísticos
mento local; e de publicações semelhantes;

2. Noção ► A venda de bilhetes e reserva de lugares ► O transporte turístico efetuado no âmbito

de Agências em qualquer meio de transporte; de uma viagem turística, nos termos do


art.º 13.º do Decreto-Lei n.º 17/2018,

de Viagens ► Receção, transferência e assistência


a turistas.
de 8 de março;

e Turismo Desenvolvam a título acessório, as seguintes


► A prestação de serviços ligados ao
acolhimento turístico, nomeadamente
atividades: a organização de visitas a museus,
monumentos históricos e outros locais
São “Agências de Viagens e Turismo” as ► A obtenção de certificados coletivos de de relevante interesse turístico.
pessoas singulares ou coletivas que desen- identidade, vistos ou outros documentos
volvam, com caráter comercial, as atividades necessários à realização de uma viagem; As agências de viagens e turismo só podem co-
das agências de viagens e turismo referidas mercializar serviços de viagens prestados por
no art.º 3.º do Decreto-Lei n.º 17/2018, de 8 ► A organização de congressos entidades que cumpram os requisitos de aces-
de março. e de eventos semelhantes; so e exercício das respetivas atividades. >>>

3 4
EXCLUSIVIDADE

Só as pessoas singulares ou coletivas ins-


critas no Registo Nacional das Agências de
Viagens e Turismo (RNAVT) ou que operem
nos termos do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º
17/2018, de 8 de março podem exercer em
território nacional as atividades previstas no
n.º 1 do artigo 3.º, sem prejuízo do disposto
nos números seguintes.

Não estão abrangidos pelo exclusivo reser-


vado às agências de viagens e turismo:

► A comercialização direta dos seus servi-


ços pelos empreendimentos turísticos,
pelos estabelecimentos de alojamento
local, pelos agentes de animação turísti-
ca, pelas empresas transportadoras
e pelas empresas de aluguer de carros
ou de outros veículos a motor, bem como
por qualquer outro prestador de serviços;

► O transporte de clientes pelos empreen-


dimentos turísticos, pelos estabeleci-
mentos de alojamento local e agentes
de animação turística, com meios
de transporte próprios;

► A venda de serviços de empresas trans-


portadoras feita pelos seus agentes
ou por outras empresas transportadoras
com as quais tenham serviços combinados;

Entende-se por meios de transporte próprios


aqueles que são propriedade da empresa,
bem como aqueles em que a empresa utili-
zadora seja locatária.

5 6
4. Viagens
Turísticas
OBRIGAÇÕES DE INFORMAÇÃO OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS No caso de rescisão do contrato, o viajante
pode ser obrigado a pagar à agência de via-
Antes da venda de uma viagem, a agência As agências devem entregar aos clientes to- gens e turismo uma taxa de rescisão adequa-
de viagens e turismo deve informar, por es- dos os documentos necessários para a obten- da e justificável, estabelecida no contrato,
crito ou por qualquer outra forma adequada, ção do serviço vendido. calculada com base na antecedência da res-
os clientes que se desloquem ao estrangeiro cisão do contrato.
sobre a necessidade de: Aquando da venda de qualquer serviço, as
agências devem entregar aos clientes a docu- Nos casos em que o contrato não estabeleça
► Documento de identificação civil; mentação que mencione o objeto e caracterís- taxa de rescisão, o montante da mesma deve
ticas do serviço, a data da prestação, o preço corresponder ao preço da viagem organizada
► Passaportes; e os pagamentos já efetuados, exceto os do- deduzido das economias de custos e das re-
cumentos que não tenham sofrido alteração. ceitas resultantes da reafectação dos servi-
► Vistos e prazos legais para a respetiva ços de viagem, devendo a agência de viagens
obtenção; VIAGENS ORGANIZADAS e turismo, a pedido do viajante, justificar o
montante da taxa de rescisão.
► Formalidades sanitárias; A agência de viagens e turismo é obrigada a
fornecer ao viajante, antes de este formalizar O viajante tem direito a rescindir o contrato
► Caso a viagem se realize no território o contrato de viagem ou proposta correspon- de viagem antes do início da mesma sem pa-
de Estados-Membros da União Europeia dente, informação normalizada através de fi- gar qualquer taxa de rescisão, caso se verifi-
ou do espaço económico europeu, a chas informativas, conforme o anexo II parte quem circunstâncias inevitáveis e excecionais
documentação exigida para a obtenção A ou B do presente diploma. no local de destino ou na sua proximidade
de assistência médica ou hospitalar imediata que afetem consideravelmente a re-
em caso de acidente ou doença. As agências de viagens e turismo que anun- alização da mesma ou o transporte dos pas-
ciarem a realização de viagens organizadas sageiros para o destino.
Quando seja obrigatório contrato escrito, a podem dispor de programas para entregar a
agência deve, ainda, informar o cliente de to- quem os solicite. A rescisão do contrato de viagem nos termos
das as cláusulas a incluir no mesmo. do número 4 do artigo 25.º do Decreto-Lei n.º
O viajante pode rescindir o contrato de via- 17/2018, de 8 de março confere ao viajante o
gem organizada a todo o tempo, antes do iní- direito ao reembolso integral dos pagamentos
cio da viagem. efetuados, sem direito a indeminização adicio-
nal, sendo a agência de viagens e turismo
organizadora responsável por esse reembolso.
>>>

7 8
DIREITO DE RETRAÇÃO RESCISÃO DO CONTRATO DE VIAGEM ► 7 dias antes do início da viagem organiza-
ORGANIZADA PELA AGÊNCIA da, no caso de viagens com duração de
No caso dos contratos celebrados fora do dois a seis dias;
estabelecimento comercial, o viajante goza A agência de viagens e turismo pode rescin-
do direito de retração do contrato de viagem dir o contrato nos casos seguintes: ► 48 horas antes do início da viagem orga-
organizada durante o prazo de 14 dias sem nizada, no caso de viagens com duração
ter de invocar qualquer fundamento. ► O número de pessoas inscritas na viagem inferior a dois dias.
for inferior ao número mínimo indicado
São considerados contratos celebrados fora no contrato; ou No caso previsto na alínea b) do número 1
do estabelecimento comercial os que são do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 17/2018, de
celebrados na presença física simultânea ► A agência de viagens e turismo for impedi- 8 de março, a agência de viagens e turismo
do fornecedor de bens ou do prestador da de executar o contrato devido a cir- deve notificar o viajante da rescisão do con-
de serviços e do viajante em local que não cunstâncias inevitáveis e excecionais. trato, sem demora injustificada, antes do iní-
seja o estabelecimento comercial daque- cio da viagem organizada.
le, nos termos definidos no Decreto-Lei n.º
24/2014, de 14 de fevereiro, na sua redação No caso previsto na alínea a) do número 1 A rescisão do contrato de viagem nos termos
atual. do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 17/2018, do número 1 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º
de 8 de março, a agência de viagens e turis- 17/2018, de 8 de março, e cumpridas as obri-
O direito previsto no número 1 do artigo 26.º mo deve notificar o viajante da rescisão do gações previstas nos números 2 e 3, confere
do Decreto-Lei n.º 17/2018, de 8 de março contrato dentro do prazo fixado no mesmo e ao viajante o direito ao reembolso integral
não é aplicável ao contrato de viagem or- mais tardar: dos pagamentos efetuados, mas não o direi-
ganizada que seja celebrado em stands de to a uma indeminização adicional.
agências de viagens, devidamente identifi- ► 20 dias antes do início da viagem orga-
cadas como tal, em feiras de turismo. nizada, no caso de viagens com duração A agência de viagens e turismo deve efe-
superior a seis dias; tuar os reembolsos exigidos nos termos do
número 4 do artigo 27.º no prazo de 14 dias
após a rescisão do contrato de viagem. >>>

9 10
ASSISTÊNCIA AOS VIAJANTES A limitação dos custos prevista no número 3 A fim de dar cumprimento ao número ante- DA RESPONSABILIDADE DAS AGÊNCIAS
do artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 17/2018, de rior, o operador que facilite serviços de via- DE VIAGENS
Em caso de dificuldades do viajante, ou quan- 8 de março, não se aplica às pessoas com gem conexos deve fornecer ao viajante as
do por razões que não lhe forem imputáveis, mobilidade reduzida, nem aos respetivos informações através da ficha informativa As agências de viagens e turismo são res-
esta não possa terminar a viagem organiza- acompanhantes, às grávidas e às crianças normalizada relevante constante do anexo III ponsáveis perante os seus clientes pela
da, a agência de viagens e turismo é obriga- não acompanhadas, nem às pessoas que ne- ao presente decreto-lei e do qual faz parte execução dos serviços de viagem incluídos
da a dar-lhe assistência, nomeadamente: cessitem de cuidados médicos específicos, integrante, ou, caso o tipo especial de ser- no contrato de viagem, sem prejuízo nos nú-
desde que a agência de viagens e turismo te- viços de viagem conexos não seja abrangido meros seguintes.
► Fornecendo informações adequadas sobre nha sido notificada dessas necessidades es- por uma das fichas informativas constante
os serviços de saúde, as autoridades pecíficas pelo menos 48 horas antes do início desse anexo, fornece as informações aí indi- Quando se tratar de viagens organizadas,
locais e a assistência consular; e da viagem organizada. cadas. as agências de viagens e turismo são res-
ponsáveis perante os seus clientes, ainda
► Ajudando o viajante a efetuar comuni- SERVIÇOS DE VIAGEM CONEXOS Se as agências de viagens e turismo referi- que os serviços devam ser executados por
cações à distância e a encontrar soluções das no número 3 do artigo 34.º forem a parte terceiros e sem prejuízo do direito de re-
alternativas de viagem. Antes de um viajante ficar vinculado por um responsável pelo transporte dos passagei- gresso, nos termos gerais aplicáveis.
contrato conducente à criação de um serviço ros, a garantia abrange também o repatria-
A agência de viagens e turismo pode cobrar de viagem conexo ou por uma proposta cor- mento do viajante. No caso de viagens organizadas, as agên-
uma taxa razoável por essa assistência se a respondente, o operador que facilite os servi- cias de viagens e turismo organizadoras
dificuldade tiver sido causada pelo viajante ços de viagem conexos, mesmo que não esteja Se o operador que facilitar os serviços de via- respondem solidariamente com as agências
de forma deliberada ou por negligência deste estabelecido num Estado-Membro, mas que, gem conexos não cumprir os requisitos cons- retalhistas.
último, que não pode, em caso algum, exce- por qualquer meio, dirija tais atividades para tantes dos números anteriores do artigo 34.º,
der os custos efetivamente incorridos pela território nacional, deve indicar de forma cla- são aplicáveis os direitos e obrigações previs- As agências de viagens e turismo que in-
agência. ra, compreensível e bem visível que o viajante: tos nos artigos 22.º, 25.º, 26.º, 27.º, 28.º, 29.º, tervenham como intermediárias em vendas
30.º e 33.º do Decreto-Lei n.º 17/2018, de 8 ou reservas de serviços de viagem avulsos
Se devido a circunstâncias inevitáveis e ex- ► Não beneficia dos direitos que se aplicam de março relativamente aos serviços de via- são responsáveis pelos erros de emissão
cecionais, o viajante não puder regressar, a exclusivamente a viagens organizadas ao gem incluídos no serviço de viagem conexo. dos respetivos títulos, mesmo nos casos de-
agência de viagens e turismo organizadora é abrigo do presente decreto-lei e que cada correntes de deficiências técnicas nos siste-
responsável por assegurar os custos de alo- prestador de serviços será o único respon- Quando um serviço de viagem conexo resul- mas de reservas que lhes sejam imputáveis.
jamento necessários, se possível de catego- sável pela correta execução contratual tar da celebração de um contrato entre um
ria equivalente, por um período não superior do seu serviço; e viajante e uma agência de viagens e turis- As agências de viagens e turismo não são
a três noites por viajante. mo que não facilite o serviço de viagem co- responsáveis por erros na reserva que se-
► Beneficia da proteção em caso de insol- nexo, essa agência deve informar a agência jam imputáveis ao viajante ou que sejam
vência, nos termos do número 3 do artigo de viagens e turismo que facilita o serviço causados por circunstâncias inevitáveis e
34.º do Decreto-Lei n.º 17/2018, de 8 de de viagem conexo da celebração do contrato excecionais.
março. correspondente.

11 12
5. Requisitos para
o Exercício da
Atividade
A mera comunicação prévia é instruída com OBRIGAÇÃO DE REGISTO NO RNAVT O registo é obrigatório para todas as Agências ► Na reposição de valores do FGVT;
os seguintes elementos: de Viagens e Turismo. Assim, a comunicação
► Estabelecimentos, iniciativas ou projetos prévia é efetuada no RNAVT através de formu- ► Verificação de irregularidades graves na
► Certidão do registo comercial ou código declarados de interesse para o turismo lário eletrónico disponível em www.turismo- gestão da empresa ou incumprimento
de acesso à respetiva certidão permanente; que pretendam comercializar serviços, deportugal.pt (serviços na Web -> Registo grave perante fornecedores ou consumi-
em território nacional, de forma perma- Nacional de Turismo -> Serviços de Registo). dores de modo a por em risco os interes-
► Indicação do nome adotado para a agência nente, cumprindo os requisitos de acesso ses destes ou as condições normais de
de viagens e turismo e de marcas que à atividade; Nota funcionamento do mercado das agências
pretenda utilizar, acompanhados de cópia O nome dos estabelecimentos e a respetiva de viagens e turismo.
simples do registo da marca; ► As entidades que prossigam atribuições denominação devem ser exibidas de forma
públicas de promoção de Portugal ou visível em todas as formas de comunicação Devem ser comunicadas ao Turismo de
► Cópia simples da apólice do seguro de das regiões como destino turístico e que (transações, contratos, correspondência, pu- Portugal, I.P., através do RNAVT, no prazo
responsabilidade civil obrigatório e pretendam comercializar serviços devem blicações e publicidade). de 60 dias após a respetiva verificação:
comprovativo do pagamento do respetivo respeitar as normas de contratação públi-
prémio ou fração inicial; ca e devem fazê-lo por intermédio INFORMAÇÃO PÚBLICA NO RNAVT ► A abertura ou mudança de localização
de entidade inscrita no RNAVT. de estabelecimentos ou de quaisquer
► Cópia simples do documento comprovati- O Turismo de Portugal, I.P., publicita as situa- formas de representação;
vo da subscrição do FGVT ou da presta- ► Só as Agências de Viagens e Turismo ções de irregularidade verificadas no exercício
ção e garantia equivalente noutro Estado registadas no Registo Nacional das da atividade das agências de viagens e turis- ► A transmissão de propriedade;
membro da União Europeia ou do Espaço Agências de Viagens e Turismo (RNAVT) mo durante o período em que se verifiquem:
Económico Europeu; podem: ► A cessão de exploração
► Cessação da atividade por um período do estabelecimento;
► Comprovativo do pagamento da taxa - Exercer a atividade em superior a 90 dias sem justificação
de inscrição como agência de viagens território nacional; atendível; ► O encerramento do estabelecimento;
e turismo ao Turismo de Portugal, I.P.
- Usar a denominação de “agente ► Incumprimento da obrigação anual da ► A alteração de qualquer outro elemento
TAXA DE REGISTO de viagens” ou “agência de viagens”. entrega do comprovativo das garantias integrante do registo.
exigidas em vigor;
► 750,00 Euros.

13 14
6. Subscrição do
Em caso de necessidade de acionamento do AGÊNCIAS DE VIAGENS E TURISMO COM
FGVT, o Turismo de Portugal, I.P., notifica as ATIVIDADES DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA

Fundo de Garantia
agências de viagens e turismo organizado-
ra e retalhista responsáveis para proceder ao As Agências de Viagens e Turismo que pre-

de Viagens e
pagamento da quantia devida no prazo de 10 tendam exercer atividades de animação
dias, antes do mesmo ser acionado. turística devem inscrever-se no Registo

Turismo
Nacional dos Agentes de Animação Turística
Quando haja lugar a pagamento por parte do (RNAAT) e contratar as garantias exigidas
FGVT, a agência ou as agências de viagens para esta atividade, nomeadamente o se-
e turismo responsáveis devem repor o mon- guro de acidentes pessoais e de respon-
tante utilizado, no prazo máximo de 15 dias, sabilidade civil, ficando isentas do paga-
O FGVT é dotado de personalidade jurídica e Em caso de necessidade de acionamento do a contar da data do pagamento pelo FGVT. mento das taxas de registo, de acordo com
de autonomia administrativa, patrimonial e FGVT, o Turismo de Portugal, I.P., notifica as o estabelecido no Decreto-Lei n.º 108/2009,
financeira, responde solidariamente pelo pa- agências de viagens e turismo responsáveis ► Um presidente e um vogal designados de 15 de maio, alterado e republicado pelo
gamento dos créditos de viajantes decorren- para proceder ao pagamento da quantia pelo conselho diretivo do Turismo de Decreto-Lei n.º 186/2015, de 3 de setembro.
tes do incumprimento de serviços contrata- devida no prazo de 20 dias, antes do mesmo Portugal, I.P., e que o representam;
dos às agências de viagens e turismo. ser acionado. LIVRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
► Um representante da Direção-Geral
O financiamento do FGVT é assegurado pe- Quando haja lugar a pagamento por parte do do Consumidor; As agências de viagens e turismo le-
las agências de viagens e turismo, mediante FGVT, a agência ou as agências de viagens galmente estabelecidas noutro Estado-
uma contribuição única de € 2.500 a prestar e turismo responsáveis devem repor o ► Um representante da APAVT; membro da União Europeia ou do espaço
no momento da inscrição no RNAVT. montante utilizado, no prazo máximo de 30 económico europeu para a prática da ativida-
dias a contar da data do pagamento do FGVT. ► Um representante da Ass. Portuguesa de podem exercê-la livremente em território
O Fundo de Garantia de Viagens e Turismo para a Defesa do Consumidor (DECO). nacional. Caso pretendam exercer atividade
(FGVT) tem um montante mínimo de € 4 000 A gestão do FGVT cabe ao Estado, representado em Portugal, deverão apresentar previa-
000 e sempre que este atingir um valor infe- pelo Turismo de Portugal, I.P., com apoio, não Nota mente ao Turismo de Portugal, I.P., a docu-
rior a € 3 000 000, o Turismo de Portugal, I.P., remunerado, de um conselho geral, com a As agências europeias que pretendam exercer mentação, em forma simples, comprovativa
notifica as Agências de Viagens e Turismo seguinte composição: a atividade em Portugal de forma permanente e da contratação de garantias equivalentes
para a prestação de uma contribuição adicio- continuada efetuam a comunicação prévia através às prestadas pelas empresas estabeleci-
nal. do RNAVT à semelhança das agências nacionais. das em Portugal, nomeadamente o FGVT e
Seguro de Responsabilidade Civil.
Escalão Prestação de Serviços Efetuados (€) Montante da contribuição anual para FGVT (€) SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL

1.º ≤ 1 milhão 350 As agências de viagens e turismo devem ce-


2.º > 1 até 5 milhões 500 lebrar um seguro de responsabilidade civil
3.º > 5 até 10 milhões 1 500 que cubra os riscos decorrentes da sua ativi-
4.º > 10 até 30 milhões 3 500
dade (montante mínimo coberto no valor de €
5.º > 30 até 60 milhões 7 000
75 000), garantindo o ressarcimento dos da-
6.º >60 até 100 milhões 10 000
7.º > 100 milhões 15 0000 nos patrimoniais e não patrimoniais causados
a clientes ou a terceiros por ações ou omis-
(Quadro único definido no anexo I do Decreto-Lei n.º 17/2018, de 8 de março) sões da agência ou dos seus representantes.

15 16
7. Reclamações 8. Legislação
e Fiscalização Aplicável
da Atividade
RECLAMAÇÕES O Decreto-Lei n.º 17/2018, de 8 de março, es-
tabelece o regime de acesso e de exercício da
As Agências de Viagens e Turismo devem atividade das agências de viagens e turismo.
dispor de livro de reclamações nos termos
e condições estabelecidos no Decreto-Lei n.º A Portaria n.º 322/2019, de 19 de setembro
156/2005, de 15 de setembro, alterado e re- procede à alteração da Portaria n.º 224/2011,
publicado pelo Dec-Lei n.º 74/2017, de 21 de de 3 de junho, que aprova o regulamento
junho. do Fundo de Garantia de Viagens e Turismo
(FGVT).
O original da folha de reclamação deve ser
enviado pelo responsável da agência ao
Turismo de Portugal, I.P..

FISCALIZAÇÃO DA ATIVIDADE

A fiscalização da atividade das agências


de viagens e turismo, bem como a ins-
trução dos respetivos processos de con-
tra ordenação compete à Autoridade de
Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
Especificamente, a ASAE tem competência
para determinar a suspensão temporária da
atividade e o encerramento temporário do
estabelecimento. O Turismo de Portugal, I.P.
publicita, através do RNAVT, as situações de
irregularidade verificadas no exercício da ati-
vidade das agências de viagens e turismo.

17 18
Turismo do Porto e Norte de Portugal, ER
Castelo de Santiago da Barra
4900-360 Viana do Castelo
turismo@portoenorte.pt
investidor@portoenorte.pt
tel.: +351 258 820 270
www.portoenorte.pt

19

Você também pode gostar