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Curso Técnico de

Nível Médio
Subsequente em
Guia de Turismo

Disciplina: Legislação Turística


Prof.ª: Me Tatiana G. Marodin
Aula 3
LEI Nº 8.623, 28/JAN/1993 - LEI DO GUIA
DE TURISMO
• Na terceira aula vamos apresentar a Lei que regulamenta o
exercício da profissão de Guia de Turismo.
• Abaixo dos artigos mais importantes faremos comentários em
vermelho para melhor entendimento.
• Vocês já sabem! As dúvidas podem ser esclarecidas no fórum
da aula.
• Bom estudo!
LEI Nº 8.623, 28/JAN/1993 - LEI DO GUIA
DE TURISMO
Dispõe sobre a profissão de Guia de Turismo e dá
outras providências.
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:
• Art. 1º O exercício da profissão de Guia de Turismo, no território
nacional, é regulado pela presente Lei.
• Art. 2º Para os efeitos desta lei, é considerado Guia de Turismo o
profissional que, devidamente cadastrado no Instituto Brasileiro
de Turismo (Embratur), exerça atividades de acompanhar,
orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos, em
visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais,
internacionais ou especializadas.
– Desde 2003 esse registro passou a ser de competência do
Ministério do Turismo, através do CADASTUR.
• Parágrafo único. (Vetado).
• Art. 3º (Vetado).
• Art. 4º (Vetado).
• Art. 5º Constituem atribuições do Guia de Turismo:

a) acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos em visitas, excursões


urbanas, municipais, estaduais, interestaduais ou especializadas dentro do território
nacional;
- Cada guia de turismo orientará os grupos conforme sua capacitação, ou seja, regional, nacional ou
internacional.
b) acompanhar ao exterior pessoas ou grupos organizados no Brasil;
- O guia acompanha o grupo que sai do Brasil dando-lhe toda a assistência mas é muito provável
que chegando ao destino, um guia local irá assumir o guiamento, ficando o brasileiro apenas assistindo aos
seus passageiros.
c) promover e orientar despachos e liberação de passageiros e respectivas bagagens, em
terminais de embarque e desembarque aéreos, marítimos, fluviais, rodoviários e ferroviários.
- Cabe ao guia auxiliar o despacho das bagagens bem como orientar aos passageiros o que é permitido
e o que é proibido levar em bagagens de mão, no avião, por exemplo.
ter acesso a todos os veículos de transporte, durante o embarque ou
desembarque, para orientar as pessoas ou grupos sob sua responsabilidade,
observadas as normas específicas do respectivo terminal;
Cada terminal de embarque/desembarque tem suas especificidades. No terminal
marítimo, por exemplo, existem vários lugares perigosos onde os passageiros não
podem passar. Cabe ao guia orientar essas pessoas antes mesmo de elas
descerem dos ônibus, vans ou similares. Isso também serve para aeroportos,
portos fluviais, ferroviárias, entre outros.
e) ter acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposições, feiras,
bibliotecas e pontos de interesse turístico, quando estiver conduzindo ou não
pessoas ou grupos, observadas as normas de cada estabelecimento, desde
que devidamente credenciado como Guia de Turismo;
- Aqui existe uma controvérsia. Por lei o Guia de Turismo é isento de pagar
ingressos nos estabelecimentos acima quando estiver conduzindo ou não
pessoas. Já por uma questão ética, alguns autores entendem que essa
gratuidade deverá ser apenas quando o guia estiver conduzindo passageiros.
Muitas empresas porém, dão gratuidade em qualquer situação, desde que o
guia seja cadastrado previamente no estabelecimento. Convém não abusar desta
prerrogativa.
f) portar, privativamente, o crachá de Guia de Turismo emitido pela Embratur.
– Atenção quem emite agora o crachá é o Ministério do Turismo!
Art. 6º (Vetado).
Art. 7º (Vetado).
Art. 8º (Vetado).
Parágrafo único. Este modelo único deverá diferenciar as diversas categorias
de Guias de Turismo.
• Art. 9º No exercício da profissão, o Guia de Turismo deverá
conduzir-se com dedicação, decoro e responsabilidade, zelando
pelo bom nome do turismo no Brasil e da empresa à qual presta
serviços, devendo ainda respeitar e cumprir leis e regulamentos
que disciplinem a atividade turística, podendo, por desempenho
irregular de suas funções, vir a ser punido pelo seu órgão de
classe.
- O artigo 9º diz respeito ao que estudamos no Código de Ética. Está nas mãos do Guia
de Turismo apresentar uma boa imagem do Brasil ou dar um péssima impressão. Cabe a ele
zelar, e fazer zelar, pelo nosso patrimônio. Se for preciso advertir um cliente contra um caso de desrespeito
ao patrimônio ele deverá advertir, sempre lembrando que o uso da educação e das boas maneiras é
indispensável.

• Art. 10. Pelo desempenho irregular de suas atribuições, o Guia


de Turismo, conforme a gravidade da falta e seus antecedentes,
ficará sujeito às seguintes penalidades, aplicadas pela Embratur:
• a) advertência;
• b) (Vetado);
• c) cancelamento do registro
- Caso ocorra alguma denúncia contra algum Guia de Turismo, ela
deverá ser devidamente apurada, e do resultado dessa apuração, serão
aplicadas advertências ou até mesmo o cancelamento do registro, ficando o
profissional impossibilitado de atuar na profissão.
• Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo serão
aplicadas após processo administrativo, no qual se assegurará ao
• Art. 11. (Vetado).

• Art. 12. (Vetado).

• Art. 13. (Vetado).

• Art. 14. Dentro do prazo de 60 (sessenta) dias de sua publicação, o


Poder Executivo regulamentará esta lei.

• Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

• Art. 16. Revogam-se as disposições em contrário.

• Brasília, 28 de janeiro de 1992, 171º da Independência e 104º da


República.
• ITAMAR FRANCO
• José Eduardo de Andrade Vieira
Referências

• ATHENIENSE, Luciana. Viajando Direito: guia prático dos direitos e deveres dos turistas e prestadores de
serviços.

• CERQUINHO, Kleomara . Curso Técnico em Hospedagem: Legislação Turística. Manaus: Universidade


Federal do Amazonas, CETAM, 2008.

• MAMEDE, Gladston. Direito do Turismo: Legislação específica aplicada. Atlas: São Paulo, 2004.

• BADARÓ, Rui Aurélio. Hotelaria à luz do direito do turismo, Senac, São Paulo: SENAC, 2006.

• BADARÓ, Rui Aurélio . Direito do Turismo: história e legislação no Brasil e no exterior. São Paulo: Senac, 2ª
Ed., 2005.

• Código de Ética do Guia de Turismo. In Singtur. Disponível em http://www.singtur.org.br/etica.html. Acesso


em 20 maio 2013.

• TAVARES, Adriana; CHIMENTI, Silvia. Guia de Turismo: O profissional e a profissão. São Paulo: Senac, 2007.

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