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Sumário

Apresentação..............................................................................................05
Unidade I Fundamentos da Profissão de Guia de Turismo.........................07
1.1 Cadastramento e recadastramento.
1.2 Atribuições do Guia de Turismo
1.3 O dia-a-dia do Guia de Turismo
1.3.1 Cuidados a serem tomados
Unidade II Atualização do Guia de Turismo..............................................11
2.1 A atividade turística no Ceará
2.2 Programas e Ações do Ministério do Turismo
2.2.1 A competitividade no Mercado Turístico
2.2.2 Programa de Regionalização do Turismo
Destinos Indutores do Turismo
Segmentação Turística
Roteiros do Brasil
2.3 Novos Produtos e Equipamentos Turísticos do Ceará
2.4 Órgãos Oficiais de Turismo
2.5 Informações Adicionais
Anexos ......................................................................................................19
Referências.................................................................................................41
Apresentação

O Guia de Turismo é o profissional que de forma competente, transforma a


permanência dos visitantes em momentos de satisfação. Uma viagem ou passeio
com a presença de uma guia de turismo é uma experiência única, quando o
visitante tem a oportunidade de ter uma verdadeira aula de cultura, história,
geografia da região, além de ter momentos de descontração e interação com
outras pessoas.
Para que esta experiência seja possível é necessário que o guia tenha uma
boa base de conhecimentos sobre diversos assuntos, além de muita competência
para transmiti-las, evitando distorções ou inverdades. Necessita também ter
maturidade e apresentar boas práticas de relações humanas para atender
satisfatoriamente o visitante de forma cordial e com qualidade.
O turista de hoje é bem informado, sabe de seus direitos e valoriza cada
segundo do seu tempo. Por isso, não admite ser enganado e exige que o guia de
turismo domine profundamente os procedimentos inerentes a seu ofício, além de
ser um exímio conhecedor do destino que irá apresentar.
Sabemos também, da qualidade dos profissionais do estado do Ceará e de
sua eterna busca por mais conhecimentos Seja em leituras das mais variadas
publicações, assistindo aos noticiários, fazendo pesquisas na internet, interagindo
com os colegas e também aproveitando a oportunidade de trocar experiências com
pessoas das mais variadas origens, que acabam contribuindo com esse cabedal de
informações e conhecimentos.
Nossa proposta é que esta apostila seja um auxiliar, um norteador para o
Curso de Aperfeiçoamento para Guias de Turismo do Estado do Ceará, que
contará com o suporte de outras ferramentas e aulas participativas para o melhor
aproveitamento dos conteúdos, que deverão ser úteis ao profissional.
Trazemos informações sobre a legislação da profissão, sobre a
segmentação do turismo, sobre os destinos indutores do turismo no estado do
Ceará, os novos equipamentos de suporte ao turismo no estado além de outras
informações complementares como nosso patrimônio arquitetônico e natural.
Algumas informações contidas aqui poderão já fazer parte da realidade ou
do acervo de alguns guias. E isto é bom e principalmente quando posto em prática
cotidianamente, mostrando que ele é um profissional “antenado” nas questões que
se refere a ele e ao lugar onde vive.
Sendo assim, convidamos a todos a participar desta incursão pelas idéias
aqui contidas que de forma alguma deverão ser vistas como únicas ou finalizadas.
A atividade turística é muito dinâmica e é necessário que o profissional não pare
de pesquisar nem de se informar, já que ele está sendo sempre arguido sobre as
mais variadas questões, por pessoas que tem se mostrado mais exigentes a cada
dia e querem saber tudo sobre o lugar visitado.
Bons estudos e boa viagem.
Unidade I

Cadastro, Formação e Atribuições do Guia de


Turismo

Nesta unidade você vai estudar para desenvolver as seguintes competências:


 Demonstrar conhecimento sobre o processo de cadastramento e
recadastramento do Guia de Turismo
 Desenvolver a atividade de Guia de Turismo considerando suas
atribuições

“(Senhoras e senhores) Bom dia / boa tarde / boa noite. Meu nome é
__________________________________.
Sou guia de turismo e irei acompanhá-los na viagem a
__________________________________.
Em nome agência _____________________, dou-lhes as boas vindas.
Agradecemos a escolha que fizeram ao viajar conosco.
Esperamos superar suas expectativas.”

1.1 Cadastro do Guia de Turismo

Segundo o art. 5º do Decreto 946/93 (ver anexo III), para pleitear o cadastro no
Ministério do Turismo como Guia de Turismo, é necessário:
a) Ser brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil, habilitado para o
exercício da atividade profissional no país;
b) Ter dezoito anos completos à época da solicitação do cadastramento
como Guia de Turismo, consoante o disposto no art.5º da Lei
10.406/02;
c) Ser eleitor e estar em dia com as obrigações eleitorais;
d) Ser reservista e estar em dia com as obrigações militares, no caso de
requerente do sexo masculino menor de 45 ano;
e) Ter concluído o ensino médio;
f) Ter concluído curso de formação profissional de Guia de Turismo, na
classe (categoria) para a qual estiver solicitando o cadastramento.

O cadastramento do guia de turismo deve ser feito no Órgão Oficial de


Turismo do estado. No caso do Ceará, a Secretaria de Turismo do Estado –
SETUR. Caso o requerente queira, ele pode acessar o site do Ministério do
Turismo www.cadastur.turismo.gov.br e retirar a Ficha de Cadastro, preencher
e entregar ao Órgão junto com a documentação exigida, onde receberá o crachá
na data marcada.

Os documentos necessários para o cadastramento são:


 Cópia autenticada do certificado de formação profissional de Guia de
Turismo;
 Cópia autenticada de conclusão de ensino médio ou equivalente;
 Cópia autenticada do título de eleitor e comprovante de votação da
última eleição;
 Cópia autenticada da carteira de reservista, para o caso de requerente do
sexo masculino menor de 45 anos;
 Cópia autenticada do comprovante de cadastro no INSS (somente para
autônomo);
 Cópia autenticada do CPF;
 Cópia autenticada da carteira de identidade (RG);
 Cópia do comprovante de pagamento dos serviços referentes à
requisição do cadastramento;
 Comprovante do tipo sanguíneo e fator RH;
 Termo de responsabilidade devidamente assinado;
 01 (uma) foto recente tamanho 3x4 (com plano de fundo e roupa
contrastando com a cor da pele);
 Cópia autenticada de diploma de curso de idioma, ou comprovante de
exame de proficiência ou atestado de fluência, para os que pretendam o
cadastramento na categoria de Guia de Turismo Internacional ou para outra
categoria e que tenha mencionado no seu cadastro.

Cadastro de Estrangeiros

Os estrangeiros, residentes no Brasil, interessados em atuar como Guia


de Turismo no país, deverão pleitear seu cadastramento, observando as
exigências elencadas no item anterior.
Além disso, deverão respeitar os dispositivos da Lei 6.815/80 (Estatuto
do Estrangeiro) e do Decreto 86.715/81, que definem a situação jurídica dos
estrangeiros no Brasil, destacando-se os pontos que vem a seguir:
- Autorização de trabalho
A autorização de trabalho a estrangeiros é o ato administrativo de
competência do Ministério do Trabalho e Emprego exigido pelas autoridades
consulares brasileiras, em conformidade com a legislação em vigor, para efeito
de concessão de visto permanente e/ou temporário a estrangeiros que desejem
permanecer no Brasil a trabalho.
- Visto
É o ato administrativo de competência do Ministério das Relações
Exteriores que se traduz por autorização consular registrada no passaporte de
estrangeiros, permitindo-lhes entrar e permanecer no país, após satisfazerem as
condições previstas na legislação de imigração. O requerente pode solicitar o
visto temporário, para viagens a negócios, desportistas, estudantes, cientistas,
correspondentes etc. bem como visto permanente, que é concedido ao
estrangeiro que pretende se estabelecer definitivamente no Brasil, para isso é
necessário cumprir uma série de exigências e apresentação de documentos que
serão analisados e finalmente assinar um Termo de Responsabilidade, para
receber a credencial.

Figura 1- Credencial do Guia de Turismo

Pensando no assunto...
Você já acessou alguma vez o site www.cadastur.turismo.gov.br?
Assim que puder vá lá e verifique sua situação. Basta ter o número do
seu CPF em mãos.

Recadastramento do Guia de Turismo

Para renovação do crachá, o requerente deverá preencher um formulário e


apresentar junto com a documentação exigida, no Órgão de Turismo, no caso
do Ceará, Setur. Este formulário, Ficha de Cadastro eletrônica, encontra-se no
site www.cadastur.turismo.gov.br.

Os documentos exigidos segundo o art. 4º, §4º, da Deliberação


Normativa 426 de 04 de outubro de 2001, são:
 Cópia do crachá a ser substituído;
 01 (uma) foto recente tamanho 3x4 (com plano de fundo e roupa
contrastando com a cor da pele);
 Comprovante de pagamento da Contribuição Sindical;
 Comprovante de pagamento da Seguridade Social – INSS (no caso do
profissional com relação empregatícia, poderá ser feita prova deste requisito
apresentando-se a Carteira de Trabalho e Previdência Social com o respectivo
registro do empregador);
 Comprovante de pagamento do Imposto sobre Serviços sobre Qualquer
Natureza;
Fique
 Comprovante original do pagamento dos serviços, em favor do Órgão Sabendo
delegado de Turismo – Secretaria de Turismo do Ceará - Setur.

Segunda via do crachá

a) Se o crachá original for perdido ou roubado, o Guia de Turismo


deverá apresentar o boletim de ocorrência policial e uma declaração
de próprio punho, justificando o pedido com ônus. Neste caso a data
de validade da carteira não será alterada; Glossário
Atração
b) Se o crachá foi danificado e esse dano impede sua utilização normal turística:
(perda da visibilidade da foto e de dados), e que este esteja dentro do São os elementos
prazo de validade, caracterizando má qualidade do crachá, o Guia de componentes dos
produtos
Turismo deve devolvê-lo mediante o recebimento de novo, sem ônus, turísticos que
sendo que a validade permanecerá a mesma; fazem a
c) Se o crachá foi danificado e esse dano impede sua utilização normal motivação
central para o
(perda da visibilidade da foto e de dados), e que este esteja dentro do deslocamento do
prazo de validade, caracterizando o mau uso, o Guia de Turismo deve turista. Pode ser
devolvê-lo mediante o recebimento de novo, com ônus, sendo que a de vários tipos –
culturais,
validade permanecerá a mesma; esportivos,
d) Quando houver mudança de nome (por motivo de casamento, históricos,
separação ou sexo), inclusão de idiomas ou categoria, e o crachá naturais,
recreativos etc.
estiver dentro do prazo de validade de tirar uma 2ª via com ônus. Produto
Sendo que a validade permanecerá a mesma. turístico:
Conjunto de
elementos ou de
atividades
Atenção! realizadas e
destinadas à
Fique sempre atento à data de renovação do seu crachá. Não deixe satisfação das
para última hora. Mas também não se antecipe demais. necessidades dos
turistas –
transporte,
alojamento,
alimentação e
1.3 Atribuições do Guia de Turismo atrativos.

Espera-se que o aluno ao concluir o curso Técnico em Guia de Turismo


tenha competências que englobem uma gama de atribuições, algumas
específicas da profissão outras de cunho geral. A capacidade de prestar
informações gerais sobre o lugar visitado é fundamental. Porém é mais
importante ainda saber selecioná-las para saber empregar no momento e nos
lugares certos. O Guia de Turismo tem que estar também, bem informado
quanto a seus direitos e deveres, portanto deve conhecer saber interpretar e
cumprir a legislação e o código de ética (anexo I) pertinentes à sua profissão.
O Guia de Turismo é um profissional que se expressa de forma clara,
executa seu trabalho com desenvoltura e necessita ter alguns atributos, tais
como: preparo físico (dependendo do perfil do grupo e do roteiro a ser
executado, poderão ter: caminhadas, passeios de bugue, escaladas etc. além de
permanecer bastante tempo em pé); boa impostação da voz (quando não há
equipamento de som no veículo ou quando em deslocamentos a pé se é
necessário passar informações etc.); gostar do que faz (é muito importante
transmitir aos visitantes, alegria em estar com eles, passando informações,
acompanhando-os, orientando-os de forma espontânea e com interesse); ter
equilíbrio emocional (são muitas as situações que o profissional deve estar
atento para manter o controle pessoal, do grupo e até mesmo do motorista)
Além disso, é importante uma boa apresentação pessoal; ter bons hábitos
como não fumar próximo aos clientes, não beber quando em serviço, respeitar
os turistas e as pessoas dos locais visitados.

Segundo o art. 1º da Lei nº. 8.623/93 (ver anexo III) são atribuições do
Guia de Turismo:

a) Acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos


em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais
ou especializadas dentro do território nacional;
b) Promover e orientar despachos e liberações de passageiros e
respectivas bagagens, em terminais de embarque e desembarque
aéreo, marítimos, fluviais, rodoviários e ferroviários;
c) Ter acesso a todos os veículos de transportes, durante o embarque ou
desembarque para orientar as pessoas ou grupos sob sua
responsabilidade, observados as normas específicas do respectivo
terminal;
d) Ter acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposições, feiras,
bibliotecas e pontos de interesse turístico, quando estiver conduzindo
ou não pessoas ou grupos, observadas as normas de cada
estabelecimento, desde que devidamente credenciado como Guia de
Turismo;
e) Portar, visivelmente, o crachá de Guia de Turismo emitido pelo
Ministério do Turismo;
f) Acompanhar ao exterior pessoas ou grupos organizados no Brasil.

Você sabia?
10 de maio é o dia do Guia de Turismo.

Direitos e deveres do guia de turismo (ver anexo III)

De acordo com o Ministério do Turismo, o guia tem o direito a:


 Acesso a todos os veículos de transporte, durante embarque ou
desembarque, para orientar pessoas ou grupos sobre sua responsabilidade,
observadas as normas específicas do respectivo terminal.
 Acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposições, feiras,bibliotecas e
pontos de interesse turístico, quando estiver conduzindo ou não pessoas
ou grupos, observadas as normas de cada estabelecimento, desde que
devidamente credenciado como guia de turismo.

Dentre os deveres do guia de turismo estão principalmente a


obrigatoriedade do uso do crachá de identificação em lugar visível e o
cumprimento correto de suas funções. O guia ao descumprir as normas de boa
conduta está sujeito a punições de acordo com o Decreto nº 946/93 (vide anexo
III).
DIA-A-DIA DO GUIA DE TURISMO

Cuidados a serem tomados antes e durante o serviço

Os passeios turísticos podem ser realizados tanto por ônibus como por
vans e até por veículos particulares. A grande maioria dos passeios é realizada por
ônibus, sendo que estes devem estar equipados com todos os itens necessários
para a realização do bom desempenho do guia e do motorista.
É importante a checagem destes itens bem como da configuração do
veículo, tanto pelo guia como pelo motorista. Os veículos podem variar quanto à
quantidade de assentos, ao posicionamento das poltronas, à localização do toalete,
ao número de andares (simples ou dois andares – double deck) e aos
equipamentos inclusos (ar condicionado, som ambiente, aparelho de TV e de
DVD, frigobar, microondas etc.).
O posicionamento do toalete – na parte de trás ou inferior – só vai
influenciar o trabalho do guia se apresentar problemas durante o percurso, como
mau funcionamento ou mau cheiro. A única preocupação referente à localização
do sanitário é, se este ficar no andar de baixo (double deck). Devem-se alertar os
passageiros sobre os cuidados na descida e subida durante o trajeto,
principalmente à noite, uma vez que o veículo estará em movimento e a
luminosidade será menor.
Vídeo, som e ar – estes itens devem ser cuidadosamente checados antes
de chegar ao ponto de embarque dos passageiros. É importante o guia já se
familiarizar com os equipamentos para que não fique atrapalhado caso tenha que
utilizar ou informar sobre estas ou outras facilidades para os passageiros.
Normalmente o controle do ar condicionado é feito pela cabine do
motorista, sendo este frequetemente o responsável por suas alterações. Não é
difícil haver reclamações quanto à temperatura. Há várias razões para isso:
algumas pessoas são mais sensíveis ao frio ou ao calor, a localização onde o
passageiro se encontra no veículo (geralmente a parte anterior é mais fria), ao
retornar de um passeio à praia depois da exposição ao sol, muitas pessoas ficam
mais sensíveis ao frio do veículo etc.
Quanto à música e vídeo a serem executados no veículo, devemos lembrar
que nem todo mundo gosta do mesmo gênero de música ou filme, nem tampouco
podem ser “fans” dos estilos do guia ou do motorista. Portanto, é muito bom ter
um acervo variado destas mídias.
Gêneros muito extremos, como jazz, rap, funk e clássicos, devem ser
evitados, a menos que o grupo seja bastante homogêneo e tenha expressado
preferência por esses ritmos. Do mesmo modo filmes. Evitar os filmes
enfadonhos ou muito violentos. Dar preferência a filmes com teor mais cômico ou
de suspense, pois prendem mais a atenção do público e os distrai mais.
Para ambos os casos, filme ou música, o guia deve ter cuidado com o
volume. Deve-se usar o bom senso e de forma discreta, fazer uma consulta ao
público para regular o som. Não se deve aumentar ou diminuir várias vezes o som
ambiente para agradar a um ou outro passageiro. Da mesma forma que o ar
condicionado, quanto mais vezes for alterado o volume, maiores serão as
reclamações e mais frequentes as solicitações de mudança.
O microfone é um dos mais importantes instrumentos de trabalho do guia
de turismo. Sem ele ou com o aparelho defeituoso, a viagem pode ser prejudicada.
Ao passageiro, passa-se a imagem de que o serviço adquirido é de segunda
categoria. Pode prejudicar a qualidade das informações transmitidas, além de
poder trazer futuros problemas de voz ao profissional como rouquidão, pelo fato
de precisar gritar constantemente.
É recomendável que o guia não empreste o microfone para os passageiros.
Para tanto ele pode no início do passeio, junto com as orientações preliminares,
informar que o uso só será permitido em casos de avisos muito importantes. Por
mais divertido que possa ser os passageiros não tem costume de utilizar este tipo
de equipamento, principalmente em um veículo em movimento. Qualquer
descuido pode causar a queda do microfone ou a quebra do fio e assim o guia fica
desfalcado pelo resto do dia e até por toda a semana.
O guia deve se familiarizar com o uso do microfone para que o som não
fique distorcido e até mesmo por questões de higiene. Deve-se evitar colocá-lo
junto à boca ou muito distante também. Uma boa maneira de segurá-lo é a uma
distância de poucos centímetros da boca usando como apoio o dedo polegar, que
ficará encostado entre o lábio inferior e o queixo. Atenção também quanto a
pigarro ou tosse. Lembrar sempre de afastar o microfone da boca.

O atendimento

Existem diferentes tipos de clientes (turistas) ou de grupos. O guia deve


estar atento para saber diferenciá-los e adequar-se ao perfil deles. Estas
características podem tanto ser homogêneas (quando o grupo tem interesses
parecidos ou é formado por pessoas com características em comum), ou
heterogêneas (quando são bem diferentes entre si). Neste último caso, o guia deve
saber equilibrar as informações, atividades e grau de dificuldade durante o passeio
ou viagem.
Quem já não teve clientes com características iguais ou parecidas com
estas? Se não teve, poderá um dia ter.

 No grupo há um líder, que tem certo controle sobre os demais;


 Todos os membros já se conhecem muito bem e você torna-se um
estranho;
 Algum passageiro isolado, muito independente;
 Algum passageiro dependente;
 Passageiros exigentes demais;
 Passageiros que sabem demais;
 Passageiros que atrasam;
 Passageiros que reclamam de tudo.

Podemos também observar características pertinentes ao grupo todo, como


por exemplo:
 Tamanho do grupo: pequenos, médios ou grandes;
 Tipo do grupo: privativo ou convencional;
 Perfil social do grupo: baixa, média ou alta renda;
 Nacionalidade ou procedência regional;
 Faixa etária;
 Interesse do grupo (lazer somente, negócios, religiosidade etc.)

Cada um desses perfis (individualizado ou do grupo) necessitará da


atenção do guia, que deverá observar e constatar desde o primeiro contato.
Algumas características individuais ou dos grupos, já pode ser conhecidas do guia
antes do início do passeio. A agência já pode ter passado informações
preliminares, os colegas que já tenham trabalhado com este grupo ou indivíduo
em momento anterior, podem passar o perfil do grupo ou do indivíduo. Portanto,
é interessante que o guia procure se informar com antecedência sempre que puder
e manter contato direto e amigável com a agência para qual trabalha ou presta
serviço e com os colegas, tanto da agência como de outras companhias de
turismo.
A atitude do guia deve ser, para qualquer grupo, de cortesia, respeito,
confiabilidade, pontualidade. Além de ter conhecimentos sobre o local a ser
visitado. Há alguns procedimentos específicos que podem e devem ser adotados
para alguns públicos que trarão melhor resultado como podemos observar nos
quadros 1 e 2, onde encontramos perfis de turistas ou de grupos de turistas e
sugestões de comportamentos do profissional que os acompanha.

Perfil por Características (adequadas) de comportamento do guia


idade
Jovens  Demonstrar firmeza e autoridade sem ser autoritário.
 Fazer atividades e dinâmicas interessantes observando o
perfil do grupo para conquistá-lo.
 Demonstrar conhecimento e domínio da situação,
tendo cuidado com as informações técnicas.
 Ser flexível nos horários, mas sem perder o prumo.
 Usar linguagem mais informal, sem exageros.
Adultos  Mostrar profundo conhecimento sobre informações em
geral e do local a ser visitado como questões
ambientais, históricas, culturais e sociais.
 Ser pontual.
 Ter firmeza em aspectos técnicos.
 Ter cuidado ao selecionar atividades, piadas ou
Brincadeiras que serão utilizadas.
Idosos  Mostrar profundo conhecimento, mas dar espaço
a comentários e contribuições de integrantes do grupo.
 Formalidade de tratamento, porém demonstrar
proximidade emocional e interesse pelos aspectos
pessoais.
 Ser pontual.
 Ter firmeza em aspectos técnicos.
Quadro 1 – Características do Guia para Perfil por Idade.

Perfil por Características (adequadas) de comportamento do guia


motivação
Lazer  Ser flexível em alguns aspectos técnicos.
 Demonstrar bom humor.
 Utilizar atividades recreativas e brincadeiras durante o
passeio.
 Usar linguagem mais informal.
Cultura  Mostrar conhecimento sobre o local e em geral.
 Bom humor, mas utilizar poucas brincadeiras ou
piadas.
Negócios e  Polidez no atendimento, sem proximidade emocional.
Eventos  Firmeza em aspectos técnicos.
 Bom humor demonstrado de forma suave e discreta.
Quadro 2 – Características do Guia para Perfil por Motivação.

Turismo e acessibilidade

O Ministério do Turismo lançou em 2006, o Manual de Orientações –


Turismo e Acessibilidade, com o objetivo orientar e instrumentalizar o setor
turístico para a promoção da acessibilidade às pessoas com este perfil. A este
público demandam atitudes e atendimento condizentes com suas necessidades.
O manual traz no capítulo 6 as “Orientações para o Bem Atender”, que
se refere ao atendimento prioritário e atendimento adequado.

1. Atendimento prioritário

Devem ter atendimento imediato e diferenciado as pessoas com deficiência e as


com mobilidade reduzida, segundo o Decreto nº. 5.296/2004.

a) assentos de uso preferencial sinalizados, espaços e instalações acessíveis;


b) mobiliário de recepção e atendimento obrigatoriamente adaptado à altura e à
condição física de pessoas em cadeira de rodas, conforme estabelecido nas
normas técnicas de acessibilidade da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas);
c) serviços de atendimento para pessoas com deficiência auditiva, prestado por
intérpretes ou pessoas capacitadas em Língua Brasileira de Sinais – Libras e no
trato com aquelas que não se comuniquem em Libras, e para pessoas
surdocegas, prestado por guias-intérpretes ou pessoas capacitadas neste tipo de
atendimento;
d) pessoal capacitado para prestar atendimento às pessoas com deficiência
visual, mental e múltipla, bem como às pessoas idosas;
e) disponibilidade de área especial para embarque e desembarque de pessoa
com deficiência ou com mobilidade reduzida;
f) sinalização ambiental para orientação das pessoas com deficiência e com
mobilidade reduzida;
g) divulgação, em lugar visível, do direito de atendimento prioritário das
pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida;
h) admissão de entrada e permanência de cão-guia ou cão-guia de
acompanhamento junto de pessoa com deficiência ou de treinador nos órgãos
da administração pública direta, indireta e fundacional, as empresas prestadoras
de serviços públicos bem como nas demais edificações de uso público e
naquelas de uso coletivo, mediante apresentação da carteira de vacina
atualizada do animal;
i) locais de atendimento adequados.
2. Atendimento adequado

A pessoa com deficiência e o idoso sempre devem ser consultados sobre a


melhor maneira de serem atendidos ou abordados, evitando-se, assim,
constrangimentos desnecessários. No entanto, algumas recomendações ou
dicas podem ajudar no dia a dia dessas pessoas.

2.1. Pessoas que utilizam cadeiras de rodas


 Ao falar com uma pessoa em cadeira de rodas, procure situar-se de
frente e na mesma altura da pessoa, sentando-se, por exemplo;
 Pergunte ao usuário se quer alguma ajuda, dirigindo-se sempre a ele e
não ao acompanhante, se for o caso;
 Ao ajudar um usuário de cadeira de rodas a descer uma rampa inclinada
é preferível usar a “marcha ré”, para evitar que, pela excessiva
inclinação, a pessoa desequilibre e possa cair para frente;
 Para auxiliar a subir e descer de um meio de transporte não adaptado
proceda da seguinte forma:
- Coloque a cadeira de rodas freada, paralela ao veículo. Para maior segurança
é conveniente a ajuda de duas pessoas: uma para segurar o tronco (axilas) e
outra para segurar as pernas, logo abaixo dos joelhos;
- Para subir, deve-se posicionar a pessoa de costas para o degrau ou porta do
veículo, conduzindo-a para o interior;
- Para descer, deve-se adotar o mesmo procedimento, sendo que quem segura
pelas pernas deve descer primeiro, apoiado por quem segura pelo tronco;

2.2. Pessoas com deficiência auditiva


 Procure não ficar nervoso diante de uma pessoa que tem dificuldade
para falar. Compreenda que o ritmo e a pronúncia dessas pessoas são
distintas;
 Não aparente ter compreendido uma mensagem, se não a entendeu;
 Faça com que o surdo enxergue a boca de quem está falando. A leitura
dos lábios fica impossível se for gesticulada com algo na frente ou
contra a luz;
 Fale com o tom normal de voz, a não ser que lhe peçam para levantá-la;
 Seja expressivo. Como os surdos não percebem as mudanças sutis do
tom da voz, a maioria deles “lêem” as expressões faciais, os gestos ou
os movimentos do corpo para entender o que se quer comunicar;
 Ao desejar falar com uma pessoa surda, chame a atenção dela, seja
sinalizando com a mão ou tocando-lhe o braço;
 Diante de dificuldade de entendimento sinta-se à vontade para pedir que
a pessoa repita. Caso ainda não a entenda, peça-lhe para escrever;
 Caso o surdo esteja acompanhado, fale diretamente com ele.

2.3. Pessoas com deficiência visual


 Ao dirigir-se a alguém com deficiência visual, identifique-se sempre;
 Ao guiar uma pessoa cega:
 Dê-lhe o braço para que a mesma possa acompanhar seu
movimento;
 Não a deixe falando sozinha;
 Ao conduzir um cego a uma cadeira guie a mão para o encosto,
informando se a cadeira tem braços ou não;
 Com pessoas que possuem baixa visão (sérias dificuldades visuais)
proceda com o mesmo respeito, perguntando-lhe se precisa de ajuda se
notar que ela está com dificuldades;
 Informe à pessoa cega quando estiver passando por um obstáculo
qualquer evitando assim possíveis acidentes;
 Ao apresentar alguém cego faça com que a pessoa apresentada fique de
frente à pessoa cega, de modo que ela estenda a mão para o lado certo.

2.4. Pessoas com deficiência mental


 Cumprimente a pessoa com deficiência mental normalmente, evitando
superproteção;
 A pessoa com deficiência mental deve fazer sozinha tudo o que puder,
ajude-a quando realmente for necessário;
 A deficiência mental pode ser conseqüência de uma doença, mas não é
uma doença, é uma condição. Nunca use expressões pejorativas como
“doentinho” e outras;
 Não trate adolescentes e adultos com deficiência mental como criança;
 Fale devagar e transmita mensagens claras;
 Evite comparações. Uma pessoa só pode ser comparada a ela mesma.

2.5. Pessoas idosas


 Ao dirigir-se a um idoso comunique-se com atenção, olhando na
expressão facial e nos olhos;
 Identifique se o idoso apresenta boa comunicação verbal e não verbal;
 Dê atenção, saiba ouvir e demonstre compreensão no processo de
comunicação com o idoso;
 Identifique se o idoso apresenta deficiências visuais, auditivas e
motoras;
 Auxilie o idoso nas suas dificuldades para ter acesso aos diversos meios
de comunicação;
 O idoso deve ser tratado como adulto;
 Chame o idoso pelo nome.

O QUE FAZER E O QUE DIZER

Para um bom atendimento, o guia deve ter também muita atenção quanto
às informações que serão passadas. Há profissionais que se utilizam de “pesca”
(cola) para não esquecer alguma coisa. Esta atitude pode ser repudiada ou não
bem vista por alguns colegas, mas é aceitável quando o guia não faz esse passeio
com frequencia ou quando está no início de carreira e ainda corre o risco de
esquecer alguma informação que pode ser importante.
Caso o guia venha a utilizar esse método, é interessante tomar algumas
providências e cuidados para que isto não se torne um problema para ele. A
sugestão é que para cada dia ou passeio o guia tenha uma folha diferente. As
informações devem ser escritas (ou digitadas) em letras grandes e até maiúsculas
e evitar abreviações.
Há ainda situações em que o guia leva o texto pronto para ler durante o
passeio. O que não é muito comum e para alguns públicos pode ser um
desrespeito.
O ideal é que o guia evite somente decorar, mas apropriar-se das
informações que deve passar. Ter em mente o que é necessário para que o
passageiro fique bem informado e tenha um dia agradável e sem contratempos.
Uma vez tomadas essas precauções, o guia deve observar a sequência das
informações que deverão ser transmitidas, que deverão ser corretas e coerentes.
Logo ao sair o guia deve cumprimentar os passageiros, informar o seu
nome, o nome do motorista e o nome da empresa para qual trabalha ou está
prestando serviço. Após isso, deve informar ou reforçar para onde estão indo e
traçar de forma resumida o roteiro que será seguido.
Informações como uso do cinto de segurança, saídas de emergência e até
uso do toalete, são muito importantes. Seguindo a orientação do departamento de
transito, as transportadoras orientam seus motoristas a passar estas informações,
principalmente as empresas que tem pouco hábito de executar viagens com a
presença de um guia de turismo. O guia deve ter o cuidado para combinar
previamente quem deverá passar essas informações para evitar qualquer desafeto
ou desentendimento entre os dois profissionais. Isto ocorre principalmente em
viagens mais longas.
Ao informar sobre um determinado logradouro, monumento ou paisagem,
é importante que o guia antecipe o que vai ser visto, “previna” o passageiro, para
que ele possa se preparar, como abrir a cortina a tempo ou pegar a máquina
filmadora ou fotográfica para registrar a atração.
Existe uma técnica que pode ser seguida por todos os guias. Trata-se do
antes, durante e o depois. Antes da chegada ao atrativo, informar-se que ele está
próximo e que será visto do lado direito ou esquerdo do veículo – lembrar que
geralmente o guia fica em pé e de frente para a “platéia” e sempre ao indicar uma
direção, deve utilizar a expressão: à sua direita ou à sua esquerda (dos senhores /
senhoras); durante o guia descreve o atrativo e/ou passa alguma informação
específica sobre o mesmo (de preferência uma explicação não muito demorada); e
o depois serve para reforçar o que foi dito, quando o guia pode complementar a
informação com alguma história peculiar ou somente repetir o nome do atrativo
que foi visto.
Dependendo da distância que vai ser percorrida, o guia pode deixar os
passageiros descansando um pouco ou ouvindo alguma música suave ou mesmo
assistindo um vídeo sobre o local a ser visitado. Pode neste momento utilizar
alguma técnica de animação para tornar a viagem mais agradável e fazer que
todos tenham a sensação que as horas se passaram rápido.
Quando houver mais de um ponto a ser visitado pode-se informar que
haverá desembarque em todos, porém deve priorizar a informação de cada um em
separado para que não haja confusão quanto a tempo de permanência ou o que
deve ser levado pelo passageiro para aquele lugar específico.
Sobre o lugar a ser visitado, o guia pode passar informações como:
 História do lugar e seu desenrolar até os dias atuais;
 Importância do lugar para a região, para o estado, para o país ou mesmo
para a humanidade;
 Hábitos e costumes da localidade;
 Nomes de algumas personalidades famosas, nascidas ou que moraram ou
que moram no lugar;
 Curiosidades ou lendas locais;
 Produtos artesanais ou típicos;
 Gastronomia;
 Clima e cuidados relacionados a ele;
 Características ambientais como vegetação, fauna, relevo, formações
geológicas;
 Estruturação turística;
 Principais atrativos;
 Horários de visitação ou funcionamento de equipamentos;
 Permissão ou proibição de alguma atitude ou comportamento como
vestimenta, uso de máquinas fotográficas;
 Política de atendimento e funcionamento de equipamentos como
restaurante, passeios opcionais, brinquedos.

Antes do desembarque, é importante que o guia lembre os passageiros


sobre alguns pontos como:
 Atenção para não esquecer nenhum pertence no veículo, tanto na descida
para visitas, paradas técnicas como principalmente na descida nos hotéis
ou pontos de desembarque ao final da excursão ou passeio;
 Pedir que cada passageiro coloque a poltrona na posição vertical para que
o passageiro de trás possa sair sem esforço;

O QUE NÃO FAZER NEM DIZER

O profissional guia de turismo deve estar preocupado sempre com a sua


reputação, a da empresa e do lugar que está levando os turistas. Para tanto, é
fundamental ele deve ter alguns cuidados quanto ao que vai dizer aos passageiros.
O principal modo de saber o que não deve ser dito é utilizar o bom senso e se
colocar no lugar do turista. Seu eu fosse um turista, gostaria de participar desta
atividade? De receber esse tipo de informação? O que ela me traria de bom? Me
Ajudaria a conhecer melhor o local e a formar uma boa imagem dele?

Atitudes no início das viagens

Alguns guias costumam fazer orações ou rezar antes dos passeios. Esta
atitude é mais comum em grupos em viagens longas. Muitos (guias e passageiros)
consideram indispensável esta atitude. A reza ou oração e até cânticos religiosos,
podem ser bem vindos em grupos específicos, quando o guia tem certeza do perfil
do grupo, que deve ser formado por pessoas que pertençam à mesma
denominação religiosa e que aceitem esta prática. Porém, o guia mesmo tendo
esta informação sobre grupo, corre o risco de não ser autêntico. Por não pertencer
a esta denominação ou não conhecer bem seus fundamentos, corre o risco de ser
inconveniente ou até mesmo agressivo. Com a diversidade religiosa no Brasil e no
mundo, alguns grupos chegam a ser bem heterogêneos, o que pode ser
inconveniente para pessoas que seguem outras religiões. A oração e/ou o pedido
de proteção divina antes da viagem também pode dar para algumas pessoas ou
grupos a impressão que a viagem é perigosa com riscos no seu trajeto.
Sobre a localidade

Não cabe ao guia, no desempenho de suas funções, criticar nem fazer


comentários pessoais ou depreciativos sobre o local visitado.
Ocorrendo algum problema que tenha a ver com a estrutura turística
existente do local, o guia deverá contorná-lo, e, se houver criticas a serem feitas,
estas deverão ser inseridas nos relatórios de viagem e entregues ao responsável.
Se as críticas forem pessoais, cabe ao guia se dirigir à sua representação de classe,
sindicato ou associação e à Secretaria de Turismo. Críticas e comentários
depreciativos, não surtirão efeito benéfico, pelo contrário, poderá gerar uma
imagem negativa do lugar o que poderá acarretar uma diminuição do fluxo para a
região.
Devem-se evitar também as histórias de catástrofes recentes e mesmo
passadas, causadas principalmente por falta de estrutura social, pública ou de
fiscalização; acidentes envolvendo principalmente turistas como explosões,
incêndios, assassinatos, roubos, desastres dentre outros similares. Alguns
passageiros até poderão ficar interessados pelas histórias e até fazer referencias
para que o guia comente sobre o caso ou situações. Mas uma vez, isso só destruirá
a imagem do local que os está recebendo, bem como pode trazer desconforto para
boa se não todos os turistas. No estado do Ceará temos inúmeras histórias desse
tipo. Algumas são até parte do roteiro de informações em algumas agências, como
acidentes aéreos e queda de ônibus de pontes, mas este tipo de informação deve
ser evitado. Caso não seja possível, o guia pode até citar, mas procurar mudar de
assunto.
Outra atitude que o guia deve evitar é mentir ou fazer promessas que não
possa cumprir em relação a qualquer questão. A frase “o guia aumenta, mas não
inventa” deve ser pensada e repensada com cuidado. Alguns fazem promessas
para que os passageiros não deixem de participar de algum programa ou para que
deixem de pressioná-lo naquele instante, como prometer aumentar ou diminuir o
tempo de parada, incluir ou retirar uma visitação, conseguir descontos em alguns
serviços sem prévio acordo com o fornecedor, que não vai chover etc. Esse tipo
de comportamento prolonga o problema, pois se a promessa não for cumprida os
passageiros voltarão a pressioná-lo (às vezes, com mais intensidade que antes).

Sobre a programação ou empresa a qual presta serviço

Mesmo que a estrutura esteja errada, que os serviços prestados não


estejam de acordo com a o solicitado, não se deve criticar abertamente essa
organização. Ao guia cabe tentar trabalhar da melhor maneira possível para não
deixar que os passageiros percebam as falhas de organização. Todas as críticas
devem ficar restritas aos prestadores de serviço e aos relatórios à agência. É inútil
o profissional reclamar em alto e bom tom sobre o motorista, os barqueiros, os
bugueiros, o restaurantes, a empresa que ele está representando etc.). Para os
passageiros que compraram a programação completa, todos os prestadores de
serviço fazem parte da mesma equipe de trabalho contratada para organizar sua
viagem. Essa atitude demonstra que o guia não está trabalhando em equipe e quer
obter certa indulgência dos passageiros, pois, afinal, a culpa não é dele. Isso
demonstra falta de maturidade e de profissionalismo do guia.
Além de tudo isso, o guia deve ter cuidado com temas polêmicos ou
delicados em geral como, futebol, política, religião.
Atividades

1. Como você definiria “qualidade dos serviços prestados”?


2. Em alguns momentos, os interesses e desejos dos turistas são contraditórios
aos da agência. Que posição você pode tomar?
3. Você conhece algum caso em que o guia de turismo tenha tido
comportamento antiético? Comente.
4. Como proceder com passageiros com necessidades especiais?

Unidade II

Atualização do Guia de Turismo


Nesta unidade você vai estudar para desenvolver as seguintes competências:
 Demonstrar conhecimento sobre a evolução da atividade turística no
estado do Ceará
 Tomar conhecimento dos destinos indutores do turismo do Ceará, dos
novos equipamentos e destinos do estado e sobre a segmentação do
turismo segundo o Ministério do Turismo
 Desenvolver as atividades de Guia de Turismo considerando aspectos
gerais e atuais do mercado turístico brasileiro e cearense.

2.1 A atividade turística no Ceará

Na década de 1970, o Ceará surgiu como destino para o sudeste do País,


como opção à Bahia que, no final dos anos 1960, teve a força de inserir o
Nordeste no cenário turístico nacional. O chamado “Milagre econômico
brasileiro” trouxe à classe média a possibilidade de empreender viagens turísticas
a maiores distâncias com acesso ao transporte aéreo. Naquele momento, a
hotelaria de Fortaleza situava-se no centro da Cidade, passando posteriormente a
alocar-se na orla marítima, já acompanhando o surgimento de uma demanda
turística e da tendência globalizada.
O Ceará passou a ser “vendido” como destino turístico pelas principais
operadoras nacionais. No mercado internacional, algumas ações vêm inserindo o
Ceará, notadamente no mercado europeu.
Fortaleza em 2004 foi o destino mais vendido para os turistas nacionais,
conforme pesquisa da Associação Brasileira de Agências de Viagem – ABAV.
O litoral ainda é considerado o maior atrativo turístico do Ceará. Porém
temos outras regiões que tem grande potencial. Muitas já desenvolvem algumas
atividades turísticas, mas de forma ainda pouco profissional, pois são
dependentes de políticas de desenvolvimento turístico.
Inúmeras condições geográficas são favoráveis ao turismo no Ceará.
Algumas delas se destacam: a grande extensão da costa, a pluralidade
geomorfológica das paisagens e a variedade de espaços geográficos inexplorados
tão propícios ao turismo da natureza. E atente-se que são muitos os segmentos do
turismo possíveis, a exemplo do turismo de sol e praia, rural, de aventura, de
eventos, cultural, ecoturismo, dentre outros.

2. 2 Programas e Ações do Ministério do Turismo

A partir do ano de 2003, com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva


como presidente do Brasil começou a funcionar o Ministério do Turismo. Um
Ministério independente, sem ligação com outros ministérios como, por
exemplo, junto com o Ministério dos Esportes. Admitindo o turismo como
mola propulsora do desenvolvimento socioeconômico do país, sua
independência deveu-se ao fato de que os investimentos no turismo requerem
menores montantes e apresentam melhores resultados em termos de criação de
postos de trabalho que outros setores da economia. Além disso, a
impossibilidade de substituição dos recursos humanos por máquinas neste
setor. A característica do turismo de provocar um efeito multiplicador e
movimentar a economia e a possibilidade de redução das desigualdades
regionais e sociais também justificam essa política.
Esse Ministério instituiu o Plano Nacional de Turismo com suas
respectivas diretrizes, metas e programas, com duração prevista de 5 anos, ou
seja para vigorar no período de 2003 a 2007 e depois foi renovado para o
período de 2007 a 2010. Esperando-se então outra renovação para outro
período de 5 anos, ou seja, até o ano de 2014, ano da Copa do Mundo de
Futebol no Brasil.
Neste plano, ressalta-se a diversidade cultural e a regionalidade como
fator preponderante para incrementar o produto turístico nacional. Nele, o
turismo é visto como uma atividade estratégica de auto-sustentabilidade e
poderá pautar seu desenvolvimento numa proposta coletiva, com visão
compartilhada, tendo como referencial o código mundial de ética para o
turismo da Organização Mundial do Turismo (OMT). Para tanto, pretende unir
esforços das esferas federal, estadual e municipal, além de entidades não
governamentais, iniciativa privada e sociedade com o objetivo de otimizar os
recursos, aumentar a qualidade e a competitividade do setor dentro e fora do
país.

As grandes metas apresentadas no Plano Nacional de Turismo para este


período foram:
1. Promover a realização de 217 milhões de viagens no mercado interno;
2. Criar 1,7 milhão de novos empregos e ocupações;
3. Estruturar 65 destinos com padrão de qualidade internacional;
4. Gerar 7,7 bilhões de dólares em divisas

Para o alcance das metas, foram propostas as seguintes ações:


 Fortalecer o turismo interno;
 Promover o turismo como fator de desenvolvimento regional;
 Assegurar o acesso de aposentados, trabalhadores e estudantes à
pacotes de viagens e condições facilitadas;
 Investir na qualificação profissional e na geração de emprego e
renda;
 Assegurar mais condições para a promoção do Brasil no exterior.

A competitividade no mercado turístico

Para que haja desenvolvimento do setor turístico de uma região, é muito


importante que os produtos que compõem a oferta da localidade sejam
oferecidos e estejam acessíveis de diversas formas para o turista: seja de forma
direta (compra de serviços isolados ou em pacotes diretamente pelo cliente) ou
por meio de intermediários do processo de comercialização (operadoras e
agências de turismo). Mas tão importante quanto a oferta do produto é a sua
qualidade: a organização do trade turístico e a composição de produtos de boa
qualidade.
O grande desafio na formatação de um produto, e de um plano agressivo
de mercado, é encontrar os diferenciais competitivos, aqueles atributos e apelos
que somente o seu produto pode oferecer, e que vai conseguir lhe tornar
preferido junto à concorrência, que hoje está cada vez mais acirrada na busca
de turistas potenciais.
De acordo com o Ministério do Turismo, a competitividade do turismo
brasileiro ocorre tanto pela força individual de cada destino turístico, quanto,
principalmente, pela soma de habilidades capazes de atrair turistas e de
oferecer-lhes experiências positivas. Nesse sentido, a visão de competitividade
não objetiva promover ou acirrar disputas entre destinos, mas mostrar em quais
aspectos todos podem desenvolver-se e crescer para, em conjunto, tornar o
turismo brasileiro mais competitivo.
Numa visão de mercado, para ser competitivo, é adequado que sejam
elaboradas estratégias para competir no mercado, criando um posicionamento e
uma oferta de valor para o destino, de forma que, frente à concorrência, o
produto turístico se torne atraente para o turista.
Alguns questionamentos podem ser feitos para melhor compreensão do
assunto:
- Nossos atrativos têm diferenciais em relação às outras localidades?
- Nossos preços são competitivos e de acordo com a realidade aqui
encontrada?
-Temos parceiros no processo de formatação de ofertas e comercialização
do destino?
- Nossa região é conhecida?
- Temos suficientes profissionais qualificados e competentes?

Para tornar o turismo competitivo em relação a localidades concorrentes,


devemos pensar nas estratégias a serem desenvolvidas e as ações a serem
implantadas. A competitividade depende da diferenciação do nosso produto e
da forma como ele vai se relacionar com o mercado, de como tornar estes
atrativos conhecidos, com canais de comercialização e preços acessíveis, que
permitam criar experiências positivas para o turista através do desenvolvimento
de produtos segmentados.
A competitividade do produto turístico ou da localidade vai depender da
eficácia das estratégias de marketing para tornar o produto conhecido, desejado
e efetivamente comercializado para o segmento de demanda definido.
Assim, o conjunto de organizações (empresas, instituições etc.) e os
indivíduos envolvidos na manutenção de um destino turístico devem estar
sempre em perfeita colaboração para a obtenção de vantagens competitivas,
diante da rivalidade regional, nacional e internacional entre destinos que
possuem recursos semelhantes.

Programa de Regionalização do Turismo

Em abril de 2004, foi lançado o Programa de Regionalização do Turismo


– Roteiros do Brasil que apresentava um modelo de gestão da atividade
turística de forma regionalizada, diferentemente de como era trabalhado até o
ano de 2002, quando o foco era a municipalização do turismo.
Os objetivos principais do Programa são a promoção do desenvolvimento
turístico sustentável de forma regionalizada no Brasil, além de diversificar,
ampliar e estruturar a oferta turística brasileira, bem como promover a
integração e cooperação entre os municípios, ampliar e qualificar o mercado de
trabalho, evitar a duplicidade e o paralelismo de ações numa mesma região,
aperfeiçoar o uso dos recursos humanos, materiais e financeiros de uma região,
impulsionar a melhor distribuição de renda e promover a inclusão social,
aumentar o tempo de permanência e o gasto médio do turista na região e
possibilitar alternativas de desenvolvimento a municípios sem potencial
turístico aparente.
O Macroprograma de Regionalização do Turismo propõe a estruturação,
o ordenamento e a diversificação da oferta turística no País e se constitui no
referencial da base territorial do Plano Nacional de Turismo. É, dessa forma,
um modelo de gestão de política pública descentralizada, coordenada e
integrada, com base nos princípios de flexibilidade, articulação, mobilização,
cooperação intersetorial e interinstitucional e na sinergia de decisões como
estratégia orientadora dos demais macroprogramas, programas e ações do PNT.

DESTINOS INDUTORES DO TURISMO

Tomando por base as metas previstas no Plano Nacional do Turismo, foi


proposto um estudo e identificação de destinos com capacidade de induzir o
desenvolvimento regional, o que resultou no mapeamento de 200 regiões
turísticas no Brasil, envolvendo 3.819 municípios, e se tornou um dos
principais elementos da execução da política do turismo e referência para
importantes ações do Ministério.
Os destinos indutores teriam então a responsabilidade de propagar o
desenvolvimento nos roteiros dos quais fazem parte e, consequentemente, nas
regiões turísticas que esses roteiros perpassam.
Para priorizar esses destinos, considerou-se primeiramente que todas as
unidades da Federação e suas capitais deveriam ser contempladas e que cada
Unidade da Federação deveria ter no mínimo um e no máximo cinco destinos
indutores de desenvolvimento turístico regional.
Em seguida, foram consideradas as avaliações e valorações do Plano de
Marketing Turístico Internacional – Plano aquarela, do Plano de Marketing
Turístico Nacional – Plano Cores do Brasil, além de outros estudos e
investigações sobre investimentos do Governo Federal e sobre as
potencialidades e necessidades desses destinos, além dos estudos e resultados
obtidos durante o Primeiro Encontro Nacional do Programa de Regionalização
do Turismo em outubro de 2006, ocorrido em Brasília.
O resultado foi a seleção de 65 destinos que fazem parte de 59 regiões
turísticas em todas as Unidades da Federação. Esses destinos deveriam ser
trabalhados até 2010 para servirem de modelos de destinos indutores do
desenvolvimento turístico regional.
Para o programa de Regionalização do Turismo, os destinos indutores de
desenvolvimento turístico regional deveriam então, possuir infra-estrutura
básica e turística e atrativos qualificados, que se caracterizassem como núcleo
receptor ou distribuídos de fluxos turísticos, ou seja, são aqueles capazes de
atrair ou distribuir significativo número de turistas para seu entorno e
dinamizar a economia do território em que está inserido. Quadro 4.

MACRORREGIÃO NORTE

Nº UF Destino Indutor Região Turística


1 AC Rio Branco Vale do Acre
2 Barcelos Pólo Rio Negro e Solimões
3 AM Manaus Pólo Manaus / Encontro das Águas
4 Parintins Pólo Sataré / Tucandeira
5 AP Macapá Pólo Meio do Mundo
6 PA Belém Pólo Belém
7 Santarém (Tapajós) Pólo Tapajós
8 RO Porto Velho Pólo de Porto Velho
9 RR Boa Vista Roraima, a Savana Amazônica
10 TO Mateiros (Jalapão) Encantos do Jalapão
11 Palmas Serras do Lago

MACRORREGIÃO NORDESTE

Nº UF Destino Indutor Região Turística


12 AL Maceió Região Metropolitana
13 Maragogi Região Costa dos Corais
14 Lençóis Chapada Diamantina
15 Maraú Costa do Dendê
16 BA Mata de São João Costa dos Coqueiros
17 Porto Seguro (Arraial Costa do Descobrimento
d’Ajuda, Trancosso,
Caraíva)
18 Salvador Baía de Todos os Santos
19 Aracati (Canoa Quebrada) Litoral Leste
20 CE Fortaleza Fortaleza
21 Jijoca de Jericoacoara Litoral Extremo Oeste
22 Nova Olinda (Cariri) Cariri
23 MA Barreirinhas Lençóis Maranhenses
24 São Luís Pólo São Luís
25 PB João Pessoa Região Turística do Litoral
26 Fernando de Noronha Fernando de Noronha
27 PE Ipojuca (Porto de Galinhas) Litoral Sul
28 Recife Região Metropolitana
29 PI Parnaíba (Delta) Pólo Costa do Desta
30 São Raimundo Nonato Pólo das Origens
31 Teresina Pólo Teresina
32 RN Natal Pólo Costa das Dunas
33 Tibau do Sul (Pipa) Pólo Costa das Dunas
34 SE Aracaju Pólo Costa dos Coqueiros

MACRORREGIÃO CENTRO-OESTE

Nº UF Destino Indutor Região Turística


35 DF Brasília Brasília Patrimônio da Humanidade
36 Alto Paraíso (Chapada dos Região Reserva da Biosfera de Goyás
Veadeiros
37 GO Caldas Novas Região das Águas
38 Goiânia Região dos Negócios
39 Pirenópolis Região do Ouro
40 MS Bonito Bonito e Serra da Bodoquena
41 Campo Grande Campo Grande e Região
42 Corumbá (Pantanal Sul) Pantanal
43 MT Cáceres (Pantanal Norte) Pantanal Matogrossense
44 Cuiabá Cuiabá

MACRORREGIÃO SUDESTE

Nº UF Destino Indutor Região Turística


45 ES Vitória Região Turística Metropolitana
46 Belo Horizonte Região Turística Coração das Gerais
(Circuito Turístico Belo Horizonte)
47 Diamantina Região Turística Coração das Gerais
MG (Circuito dos Diamantes)
48 Ouro Preto Região Turística Coração das Gerais
(Circuito do Ouro)
49 Tiradentes Região Turística Coração das Gerais
(Circuito Trilhas dos Inconfidentes)
50 Angra dos Reis Costa Verde
51 Armação dos Búzios Costa do Sol
52 RJ Paraty Costa Verde
53 Petrópolis Serra Verde Imperial
54 Rio de Janeiro Região Metropolitana
55 SP São Paulo Capital Expandida
56 Ilhabela Vertente Oceânica Norte

MACRORREGIÃO SUL

Nº UF Destino Indutor Região Turística


57 PR Curitiba Região Metropolitana de Curitiba
58 Foz do Iguaçu Oeste e Municípios Lindeiros ao Lago de
Itaipu
59 Paranaguá (Ilha do Mel) Litoral
60 Bento Gonçalves Região Serra Gaúcha (Microrregião da Uva
e do Vinho)
61 RS Gramado Região Serra Gaúcha (Microrregião das
Hortências)
62 Porto Alegre Região Grande Porto Alegre (Microrregião
Porto Alegre e Delta do Jacuí)
63 SC Balneário Camboriú Rota do Sol
64 Florianópolis Grande Florianópolis
65 São Joaquim Serra Catarinense
Quadro 4 – Quadro dos Destinos Indutores do Turismo no Brasil.

No estado do Ceará, como pode ser visto no quadro 4, foram


selecionados quatro destinos com este perfil: Fortaleza, Jijoca de Jericoacoara,
Aracati e Nova Olinda.

Pólo Fortaleza
Atualmente oscilando entre a 4ª e 5ª maior capital brasileira, em número
de habitantes, Fortaleza conta com uma população acima de 2,5 milhões
(2010).
Distância (terrestre) de Fortaleza para grandes centros nacionais
emissores:
São Paulo: 3.145 km
Rio de Janeiro: 2.840 km
Brasília: 2.290 km
Salvador: 1.403 km
O destino indutor Fortaleza, influenciará boa parte de sua Região
Metropolitana.

Região Metropolitana de Fortaleza (RMF)

Criada em 1973, a RMF é formada hoje (2010) por um conjunto de 15


municípios (mapa 1 e quadro 5), que abriga quase a metade da população do
estado do Ceará, 3,6 milhões aproximadamente (IBGE - 2010). Constituindo-se
num importante aglomerado demográfico, o qual é possuidor de grande
expressão política e econômica.

Mapa 1 – Região Metropolitana de Fortaleza.

MUNICÍPIO ANEXADO A RMF


Fortaleza 08.06.1973
Caucaia 08.06.1973
Aquiraz 08.06.1973
Pacatuba 08.06.1973
Maranguape 08.06.1973
Maracanaú 16.04.1986
Eusébio 05.08.1991
Guaiúba 05.08.1991
Itaitinga 29.12.1999
Chorozinho 29.12.1999
Pacajus 29.12.1999
Horizonte 29.12.1999
São Gonçalo do 29.12.1999
Amarante
Cascavel 26.06.2009
Pindoretama 26.06.2009
Quadro 5 – Municípios que compõem Região Metropolitana de Fortaleza e suas respectivas datas de
inclusão.

Pólo Jijoca de Jericoacoara

A cerca de 290 km de Fortaleza. Destaca-se a praia de Jericoacoara. Que


foi tombada pelo patrimônio nacional como área de preservação ambiental. É
um local onde se misturam aspectos do sertão e do litoral, com a presença de
cactos e muitas rochas bem junto à praia. O lugar também é procurado para a
prática de esportes náuticos como o kitesurf e o windsurf. Conta com um
grande número de leitos desde simples hospedarias a um hotel bem sofisticado
para a região. O principal equipamento que a região irá receber será o
Aeroporto de Jijoca de Jericoacoara.
O pólo Jijoca de Jericoacoara deverá influenciar principalmente a região
extrema do litoral oeste.

Figura 2 - Litoral Oeste


Pólo Aracati
A fama de Aracati corre o mundo, com sua praia conhecida
internacionalmente, Canoa Quebrada. Além do conjunto arquitetônico tombado
pelo IPHAN, testemunho da época em que o porto natural recebia comerciantes
portugueses e de outros estados brasileiros em busca da carne de sol, a beleza
das dunas e das falésias faz o pano de fundo perfeito para passar o dia sob o
sol, saboreando uma água de coco ou aproveitar uma das noites mais animadas
de todo o estado do Ceará, com restaurantes de diversas especialidades
internacionais, bares e boates. Temos que agradecer aos hippies, principais
descobridores modernos desse paraíso na Terra, lá pelos anos 1970. De lá pra
cá, a região mantém a sua beleza, mas sua estrutura receptiva evoluiu e muito.
O pólo Aracati, deverá influenciar principalmente o extremo do litoral leste.

Figura 3 - Litoral Leste

Pólo Nova Olinda

No sertão do Cariri é possível ver o verdadeiro parque dos dinossauros,


nesta que é a maior reserva mundial de fósseis do cretáceo, quando essas
criaturas incríveis passeavam pela Terra. Mas não só nas entranhas da pedra
cariri estão as atrações de Nova Olinda, parte do grande circuito turístico de
Juazeiro do Norte, terra do Padre Cícero. Todas as cidades do circuito estão
concentradas em um raio de 70 km. Arqueologia, história, artesanato,
misticismo, tudo em meio a muito verde, que garante um clima ameno no meio
do sertão.
O município de Nova Olinda foi escolhido para representar a região do
Cariri. O município compõe a Região Metropolitana do Cariri – RMC, que é
formado por nove municípios: Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Caririaçu,
Farias Brito, Jardim, Santana do Cariri, Missão Velha e Nova Olinda.
A Região Metropolitana do Cariri foi criada em junho de 2009 e surgiu a
partir da conurbação entre os municípios de Juazeiro do Norte, Crato e
Barbalha, o conhecido “CRAJUBAR”. Tem como área de influência a região
sul do Ceará e a região da divisa entre o Ceará e Pernambuco.
O município do Crato é o maior em área, com cerca de 1.010 km² e
Juazeiro do Norte é o menor com cerca de 250 km², porém o mais populoso,
com cerca de 250 mil habitantes (2010). Nova Olinda é o de menor população,
com aproximadamente 14 mil habitantes (2010) e fica a cerca de 550 km de
Fortaleza.
O mais recente equipamento da região é o Metrô do Cariri, que interliga
as cidades do núcleo da RMC. O destino Nova Olinda vem também consolidar
o GeoPark Araripe, o único das Américas.

Figura 4 - Cariri Cearense

SEGMENTAÇÃO TURÍSTICA

Conforme o Plano Nacional de Turismo 2007-2010, o Programa de


Estruturação dos Segmentos Turísticos é norteado por duas linhas estratégicas:
segmentação da oferta e da demanda turística e estruturação de roteiros
turísticos. Este Programa contribui, entre outros, para promover a ampliação e
diversificação do consumo do produto turístico brasileiro, incentivando o
aumento da taxa de permanência e do gasto médio do turista nacional e
internacional.
Dentre as ações operacionais, o Programa prevê o fortalecimento
institucional, a formação de redes, a estruturação, diversificação e qualificação
da oferta turística, a realização de pesquisas e estudos de demanda, a promoção
e apoio à comercialização e a disseminação contínua do conhecimento.
Os principais segmentos de oferta trabalhados pelo Programa são:

Ecoturismo
“Ecoturismo é o segmento da atividade turística que utiliza, de forma
sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca
a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do
ambiente, promovendo o bem-estar das populações”. (Marcos Conceituais –
MTur)
Este segmento é caracterizado pelo contato com ambientes naturais, pela
realização de atividades que possam proporcionar a vivência e o conhecimento
da natureza e pela proteção das áreas onde ocorre. Ou seja, assenta-se sobre o
tripé: interpretação, conservação e sustentabilidade. Assim, o ecoturismo pode
ser entendido como as atividades turísticas baseadas na relação sustentável com
a natureza, comprometidas com a conservação e a educação ambiental.
Deste modo, o Ecoturismo está diretamente relacionado com o conceito
de turismo sustentável, que relaciona as necessidades dos turistas e das regiões
receptoras, protegendo e fortalecendo oportunidades para o futuro. Contempla
a gestão dos recursos econômicos e sociais e necessidades estéticas, mantendo
a integridade cultural, os processos ecológicos essenciais, a diversidade
biológica e os sistemas de suporte à vida.

Turismo de Aventura
“Turismo de Aventura compreende os movimentos turísticos decorrentes
da prática de atividades de aventura de caráter recreativo e não-competitivo”.
(Marcos Conceituais – Mtur).
São as atividades recreativas que envolvem desafio e riscos avaliados e
que proporcionam sensações diversas e novidade.
Destacam-se atividades como:
 Arvorismo, ciclismo, atividades equestres, atividades em
cavernas, percursos fora de estrada;
 Bungee jump, cachoeirismo, canyonismo, caminhadas, escaladas,
montanhismo, rapel, tirolesa;
 Bóia-cross, canoagem, mergulho, rafting;
 Asa delta, balonismo, parapente, pára-quedas, ultraleve.

Turismo Cultural
“Turismo Cultural compreende as atividades turísticas relacionadas à
vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e
cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e
imateriais da cultura”. (Marcos Conceituais – MTur)
“Consideram-se patrimônio histórico e cultural os bens de natureza
material e imaterial que expressam ou revelam a memória e a identidade das
populações e comunidades. São bens culturais de valor histórico, artístico,
científico, simbólico, passíveis de se tornarem atrações turísticas
(COLOCAR NO GLOSSÁRIO): arquivos, edificações, conjuntos
urbanísticos, sítios arqueológicos, ruínas, museus e outros espaços destinados à
apresentação ou contemplação de bens materiais e imateriais, manifestações
como música, gastronomia, artes visuais e cênicas, festas e celebrações. Os
eventos culturais englobam as manifestações temporárias, enquadradas ou não
na definição de patrimônio, incluindo-se nessa categoria os eventos
gastronômicos, religiosos, musicais, de dança, de teatro, de cinema, exposições
de arte, de artesanato e outros”.
Além disso, outros recortes como turismo cívico, religioso,
místico/esotérico e étnico também são considerados segmentos específicos do
Turismo Cultural, o que gera amplas oportunidades para desenvolver roteiros
adaptados a diversos gostos e necessidades, tanto do turista nacional quanto do
estrangeiro.
Os principais atrativos do Turismo Cultural são:
 Sítios históricos – centros históricos, quilombos
 Edificações especiais – arquitetura, ruínas
 Obras especiais – arquitetura, ruínas
 Obras de arte
 Espaços e instituições culturais – museus, casas de cultura
 Festas, festivais e celebrações locais
 Gastronomia típica
 Artesanato e produtos típicos
 Música, dança, teatro, cinema
 Feiras e mercados tradicionais
 Saberes e fazeres – causos, trabalhos manuais
 Realizações artísticas – exposições, ateliês
 Eventos programados – feiras e outras realizações artísticas,
culturais, gastronômicas
 Outros que se enquadrem na temática cultural

Turismo de Esportes
“Turismo de Esportes compreende as atividades turísticas decorrentes da
prática, envolvimento ou observação de modalidades esportivas”. (Marcos
Conceituais – MTur)
O desenvolvimento do Turismo de Esportes traz algumas oportunidades
que merecem destaque, como:
- Estímulo a outros segmentos e produtos turísticos; (COLOCAR NO
GLOSSÁRIO)
- Incentivo a eventos e calendários esportivos;
- Indução à implantação de estruturas esportivas também para o uso da
comunidade receptora, como “legados”;
- Indução de melhorias na infra-estruturai urbana;
- Diminuição dos efeitos da sazonalidade em algumas localidades turísticas;
- Estímulo à comercialização de produtos e serviços agregados;
- Estímulo ao sentimento de pertencimento e fortalecimento da autoestima;
- Valorização do ser humano e da prática do esporte;
- Promoção da confraternização;
- Tem a capacidade de transformar as competições esportivas em fatores de
sociabilidade.
Acredita-se em grande desenvolvimento do segmento nos próximos anos
inclusive em função de grandes eventos esportivos no País, como os Jogos
Panamericanos de 2007, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de
2016.

Turismo de Estudos e Intercâmbio


“Turismo de Estudos e Intercâmbio constitui-se da movimentação
turística gerada por atividades e programas de aprendizagem e vivências para
fins de qualificação, ampliação de conhecimento e de desenvolvimento pessoal
e profissional”. (Marcos Conceituais – MTur)
Dentre as principais modalidades, podemos destacar:
-         intercâmbio estudantil – ensino regular de nível fundamental e médio
-         intercâmbio universitário – graduação e pós-graduação
-         intercâmbio esportivo
-         cursos de idioma português
-         cursos técnicos e profissionalizantes
-         estágios profissionais
-         visitas técnicas e pesquisas científicas
Turismo Náutico
O amplo litoral brasileiro, com mais de 7.000 quilômetros, permite um
aproveitamento ao longo de todo o ano, principalmente um função das
temperaturas amenas na maior parte do tempo. Recortado em baías, lagoas e
praias belíssimas, guarda um potencial que precisa ser aproveitado com o
máximo de profissionalismo. Definido como:
“Turismo Náutico caracteriza-se pela utilização de embarcações náuticas
como finalidade da movimentação turística”. (Marcos Conceituais – MTur)
Pode ocorrer em lagoas, rios, represas, lagos ou no mar e envolve
também as atividades de cruzeiros (marítimos ou fluviais), passeios, excursões
e outras viagens realizadas em embarcações náuticas com finalidade turística.

Turismo de Negócios e Eventos


“Turismo de Negócios & Eventos compreende o conjunto de atividades
turísticas decorrentes dos encontros de interesse profissional, associativo,
institucional, de caráter comercial, promocional, técnico, científico e social”.
(Marcos Conceituais – Mtur).
 Segundo o volume editado pelo Ministério do Turismo, o turista
de negócios e eventos, doméstico e internacional, apresenta
algumas características comuns:
 Escolaridade superior;
 Poder aquisitivo elevado;
 Exige praticidade, comodidade, atendimento e equipamentos de
qualidade;
 Representa organizações e empresas;
 Realiza gastos elevados em comparação a outros segmentos;
 Permanência média de quatro dias (doméstico) e de oito dias
(internacional)

Turismo de Pesca
“Turismo de Pesca compreende as atividades turísticas decorrentes da
prática da pesca amadora, ou seja, atividade praticada com a finalidade de
lazer, turismo ou desporto, sem finalidade comercial”.     (Marcos Conceituais
– MTur)
O Brasil dispõe de recursos com potencial para atrair pescadores do
mundo todo, representados pela diversidade de seus peixes, suas vastas bacias
hidrográficas e seus oito mil quilômetros de costa, aproximadamente.
Essa potencialidade resulta em uma gama de oportunidades para a pesca
amadora, com finalidade de lazer, turismo ou desporto, sem fins comerciais,
mas, para aproveitá-la, é preciso conhecer as minúcias do segmento.

Turismo Rural
“Conjunto das atividades turísticas desenvolvidas no meio rural,
comprometidas com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e
serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da
comunidade”. (Marcos Conceituais – MTur)
O meio rural pode ser bem aproveitado para o turismo. Não só as
propriedades, como também os atrativos e produtos existentes no campo
podem ser uma opção para os turistas e uma oportunidade para os nele vivem:
bebidas e alimentos in natura; artesanato; criação de animais; atividades
equestres e de pesca; caminhadas; atividades pedagógicas; atividades
recreativas dentre outras.

Turismo Social
“Turismo Social é a forma de conduzir e praticar a atividade turística
promovendo a igualdade de oportunidades, a equidade, a solidariedade e o
exercício da cidadania na perspectiva da inclusão”. (Marcos Conceituais –
MTur)
Com essa visão, o Ministério do Turismo orienta para o desenvolvimento
do turismo independentemente da estratificação social: por um lado, enfoca
aqueles que, pelos mais variados motivos (renda, preconceito, alienação etc.),
não fazem parte da movimentação turística nacional ou consomem produtos e
serviços inadequados; por outro, atenta para os que não têm oportunidade de
participar, direta ou indiretamente, dos benefícios da atividade com vistas à
distribuição mais justa da renda e à geração de riqueza. Sob tal argumentação,
lança-se um novo olhar sobre a questão, na qual o Turismo Social não é visto
apenas como um segmento da atividade turística, mas como uma forma de
praticá-la com o objetivo de obter benefícios sociais.

Turismo de Sol e Praia


“Turismo de Sol e Praia constitui-se das atividades turísticas relacionadas
à recreação, entretenimento ou descanso em praias, em função da presença
conjunta de água, sol e calor”. (Marcos Conceituais – MTur)
Nesse conjunto amplo e complexo de ambientes aparecem as praias
naturais – marítimas,  fluviais e lacustres  – e as artificiais, requerendo a
compreensão das  características  e representatividade de cada uma delas para o
segmento de Sol e Praia.
Este segmento é responsável pela atração dos maiores fluxos de
visitantes e tem o seu sucesso associado ao fato de ser a modalidade de turismo
mais intensiva e, portanto mais adequada à captação de divisas internacionais.
De modo geral, o movimento turístico de Sol e Praia é muitas vezes
sazonal e massivo, tanto no litoral como nas águas/corpos d´água interiores, o
que explica as usuais deficiências de infraestrutura urbana  e de serviços,
contribuindo, em muitos  casos, para  a perda  de qualidade  ambiental  e para o
desgaste da imagem de destinos turísticos.

Turismo de Saúde
“Turismo de Saúde constitui-se das atividades turísticas decorrentes da
utilização de meios e serviços para fins médicos, terapêuticos e estéticos”.
(Marcos Conceituais – Mtur)
Os termos turismo hidrotermal, turismo hidromineral, turismo
hidroterápico, turismo termal, termalismo, turismo de bem-estar, turismo de
águas e vários outros podem ser compreendidos como Turismo de Saúde.

Você sabia?
O dia Nacional do Turismo é 2 de março.
Roteiros do Brasil - Ceará

Tendo como diretriz os destinos indutores, o Ministério do Turismo


também lançou em todo o território nacional sugestões de roteiros. Para o
Ceará foram criados cinco roteiros, os quais contemplam o maior número de
municípios além de sugerir os segmentos turísticos.

Roteiro 1 - Costa Sol Nascente – CE


Tema(s): Sol e Praia, Negócios e Eventos, Aventura.
Na capital Fortaleza, de influência portuguesa e indígena, a vida é uma
festa na orla magnífica. De dia, as águas verdes e mornas das belas praias. De
noite uma boa caminhada pela Beira Mar, para apreciar a paisagem iluminada,
visitar a feirinha de artesanato ou mesmo sentir a brisa que pode até ficar mais
amena no início do ano, mas não para nunca. Também à noite, várias opções de
restaurantes, bares, barracas de praia em diferentes pontos da cidade, com
destaque para o Centro Cultural Dragão do Mar.
Deixando Fortaleza rumo ao litoral Leste, a Costa do Sol Nascente,
podemos apreciar inúmeras praias como Porto das Dunas, Iguape, Morro
Branco, Canoa Quebrada, Majorlandia, Redonda, Ponta Grossa. Além da
beleza natural deste litoral, pode o visitante também apreciar o artesanato e a
história da região.

Roteiro 2 - Roteiro Integrado Delta/Lençóis/Jeri - MA/PI/CE


Estados: Ceará, Maranhão, Piauí.
Temas: Sol e Praia, Ecoturismo, Aventura.
Roteiro rico em belezas naturais é propício para a prática do ecoturismo e
o turismo de aventura.
Neste roteiro, o visitante tem acesso a três importantes e encantadores
áreas de proteção ambiental do Brasil. O Parque Nacional dos Lençóis
Maranhenses, com suas lagoas de águas cristalinas em meio a dunas de areia
branca; o Delta do rio Parnaíba, um dos únicos do mundo em mar aberto e o
maior das Américas, com uma paisagem onde se destacam dunas, mangues e
ilhas fluviais; e Jericoacoara, vilarejo localizado dentro de um Parque
Nacional, que possui um conjunto de belezas naturais variados, de cenários
diferentes, reunidos num único local, onde o intenso contato com a natureza e
seus moradores são os destaques.

Roteiro 3 - Costa Sol Poente – CE


Temas: Ecoturismo, Sol e Praia, Aventura.
O pôr-do-sol marca um compromisso obrigatório para quem está no
roteiro da Costa do Sol Poente: subir a duna e apreciar o espetáculo da natureza
enquanto o astro rei desce lentamente atrás das águas do Oceano Atlântico. O
ponto deste encontro fica em Jericoacoara, carro-chefe do litoral Oeste do
Ceará, que reúne ainda muitos quilômetros de praias nos municípios de
Caucaia, São Gonçalo do Amarante, Paracuru, Paraipaba, Trairi, Cruz e
Camocim. Para quem quiser mais do que praia e brisa fresca, a região é pólo de
esportes náuticos como surf, windsurf e kitesurf.
Este roteiro inesquecível tem como ponto de partida a capital cearense –
Fortaleza. Depois de uma parada em Trairi segue-se para Jericoacoara, famosa
internacionalmente e procurada por viajantes do mundo inteiro.

Roteiro 4 - Chapada do Araripe – Terra dos Kariris – CE


Temas: Cultural, Ecoturismo, Aventura.
O roteiro preparado para o viajante desvendar a Chapada do Araripe
reúne, na verdade, quatro vertentes. Quem busca conhecer a religiosidade da
terra do Padre Cícero Romão Batista, maior líder espiritual do povo do sertão,
pode seguir pelos “Caminhos dos Romeiros”. Quem quer conhecer a riqueza
do patrimônio cultural e histórico do sertão, segue pelo “Cariri Histórico-
Cultural”. Para quem preferir um roteiro científico e pedagógico, repleto de
arqueologia, geologia e paleontologia, pode percorrer os caminhos da
expedição “Desvendando a Pré-História” e encontrar registros de até 110
milhões de anos, no GeoPark Araripe. E finalmente os aficionados pela
natureza, aventura e ecologia, podem seguir os passos dos “Cantos e Encantos
da Chapada do Araripe”.

Roteiro 5 - Rota das Falésias, Cenário de Cores – CE

Temas: Cultural, Sol e Praia, Aventura.


Destacam-se neste roteiro as dunas brancas e falésias de tantas
tonalidades, desde a praia de Morro Branco até as Praias de Icapuí, passando
pela famosa Canoa Quebrada, que atrai turistas do mundo inteiro. Mas o roteiro
não se resume apenas a isso: o litoral Leste do Ceará traz inúmeras maravilhas.
São atrações históricas e naturais para encantar o viajante. O centro histórico
de Aquiraz, o centro de artesanato de Cascavel, o centro histórico de Aracati.
Além de passeios de jangada e bugue de Beberibe são alguns dos atrativos
deste roteiro inesquecível.

2.4 Novos Produtos e Equipamentos Turísticos do Ceará

O GEOPARK ARARIPE
Geopark é um território com limites definidos e que possui sítios de
grande valor científico cujos patrimônios socioeconômico, cultural, histórico,
ambiental e geológico apresentam importância, raridade, riqueza em
biodiversidade e contam a história da terra e conferem identidade ao lugar.
O Geopark Araripe foi encaminhado à verificação da UNESCO pelo
Governo do Estado do Ceará e Universidade Regional do Cariri – URCA,
ainda em 2005, representando nessa ação o Governo do Estado do Ceará e o
Governo Alemão, através do intercambio de cooperação do DAAD/ Deutscher
Akademischer Austausch Dienst, que deu apoio à iniciativa.
Em 21 de setembro de 2006, após se submeter aos procedimentos
padrões de vistoria e avaliação pela comissão oficial da UNESCO, Divisão de
Ciências da Terra o Geopark Araripe foi aprovado e oficializado na II
Conferência Mundial dos Geoparks (II World Conference on Geoparks),
realizada na Irlanda do Norte, em Belfast.
O Geopark Araripe é formado por nove locais de interesse, definidos pela
relevância geológica e paleontológica, que receberam a denominação de
geossítios, distribuídos pelo Cariri. São os locais mais representativos de seus
estratos geológicos e de suas formações fossilíferas. São eles:

Geossítio Exu - Pontal da Santa Cruz


Localiza-se precisamente no topo da Chapada do Araripe, no município
de Santana do Cariri, a uma altitude de cerca de 850m, de onde se tem uma
vista panorâmica de uma parcela considerável da Bacia Sedimentar do Araripe.
Destaca-se geologicamente pela configuração rochosa de arenitos
avermelhados oriundos da Formação Exu. Pode-se também observar a
densidade da vegetação local de mata sub-úmida, além de, para os mais
aventureiros, percorrer as trilhas nos arredores do Geossítio, inclusive
podendo-se perfazer todo percurso de subida do Pontal a pé.

Geossítio Santana - Sítio Cana Brava


Está instalado em área de 23 hectares de propriedade da Universidade
Regional do Cariri (URCA), na zona rural de Santana do Cariri, como um dos
principais componentes do Geopark Araripe, único equipamento do gênero em
todo o Brasil.
Em sua primeira etapa, já concluída, a proposta pretende a proteção e
preservação de uma área de escavação, visando à exposição dos diversos níveis
sedimentares, os quais contêm relevantes camadas fossilíferas.
A escavação está protegida por uma edificação que terá o objetivo de
servir de ponto de apoio para o estudo de paleontologia. Através das
escavações os professores, pesquisadores, estudiosos e visitantes poderão
estudar e conhecer os depósitos dos fósseis “in loco” nas camadas
sedimentares.

Geossítio Ipubi - Mina Chaves


A antiga Mina Chaves faz parte do complexo industrial de extração de
gipsita da companhia Chaves Mineração e Indústria, que explora diversas
minas situadas nos municípios de Santana do Cariri e Nova Olinda, fornecendo
matéria prima para a indústria de produção de cimento e produzindo tanto
gesso agrícola como gesso de fundição e revestimento, bem como aditivados
especiais.
A seleção desta situação, como um dos Geossítios, objetiva potencializar
a demonstração didática da importância da ocorrência geológica da gipsita que
constitui o Membro Ipubi da Formação Santana, do Período Cretáceo e, as
formas que as duas camadas não contíguas se apresentam, das quais a superior
é sempre mais potente.

Geossítio Granito - Colina do Horto


A Colina do Horto fica a 3 km da cidade de Juazeiro do Norte, onde
abriga a estátua de 25m do Padre Cícero. Sua paisagem é inteiramente inserida
na zona urbana de Juazeiro do Norte e, por este aspecto, está integralmente
submetida às ocupações e edificações ali existentes.
As atividades relacionadas ao Turismo, com destaque para o Turismo
Religioso, já se encontram consolidadas com os eventos das Romarias de Padre
Cícero que estão classificadas, em seu conjunto, como um dos maiores eventos
religiosos do Brasil.

Geossítio Nova Olinda - Mina Triunfo


A Mina de Pedra Cariri situa-se a 3 km da cidade de Nova Olinda, com fácil acesso pela rodovia CE-166 entre
Nova Olinda e Santana do Cariri. É uma formação fossilífera, que inclui grupos de invertebrados, vertebrados e plantas,
composta de calcários laminados de cor amarela a creme com estratificação plano paralelo horizontal.
A atividade de extração da pedra cariri, na medida em que altera a
conformação natural das encostas exploradas, cria uma nova paisagem,
permitindo a visualização de todo o desenho geológico do membro Crato da
Formação Santana.

Geossítio Arajara - Parque do Riacho do Meio


Onde se destacam os aspectos paisagísticos da Bacia Sedimentar do
Araripe que refletem a riqueza da flora, fauna e do potencial hídrico da região.
Este Geossítio é de fundamental importância para a observação do
Membro Arajara (Período Cretáceo Inferior), onde se localiza a Floresta
Nacional do Araripe (FLONA), que representa a 1ª unidade de conservação da
natureza do Brasil em 1946, com grande biodiversidade nos seus 500km².

Geossítio Devoniano - Canyon do Rio Salgado


O Canyon do Rio Salgado situa-se a 4 km da cidade de Missão Velha,
próximo à ponte sobre o rio, em uma estrada que conecta os municípios de
Missão Velha e Aurora.
É um afloramento da Formação Cariri, com paisagem exuberante, rochas
sedimentares de grandes dimensões, cachoeiras e vegetação de caatinga. Neste
ponto, podem ser vistos alguns icnofósseis (rastros de animais pretéritos)
preservados na rocha. A área do geossítio tem uma pequena barragem e uma
ponte sobre o rio, representando os elementos de intervenção antiga na forma
natural da paisagem.

Geossítio Missão Velha - Sítio Grota Funda


Floresta Fóssil, que se situa a 6 km a sudeste do município de Missão
Velha, ao lado esquerdo da rodovia CE- 293 que liga Missão Velha a Milagres.
Este geossítio tem um espaço de grande importância para os
pesquisadores, devido às valiosas descobertas de afloramento de troncos
fossilizados.

Geossítio Batateira - Rio Batateira


Nos pontos mais próximos à sua nascente, o Rio Batateira configura
belas situações formadas por um conjunto de pequenas cascatas, onde é
possível apreciar as formações rochosas do local inseridas em área de
vegetação densa ainda pouco exploradas por atividades humanas.

ACQUARIO CEARÁ
O maior aquário da América Latina que será construído na Praia de
Iracema deverá ter suas obras iniciadas em agosto de 2010 e estará
completamente por conta do estado do Ceará. Mas deverá ter parceiros da
iniciativa privada para a administração do equipamento.
O equipamento ocupará 297 metros e terá quatro andares, nos quais
estará um tanque de 18 milhões de litros de água, onde ficarão os animais
marinhos. Além disso, deverá compor o aquário dois cinemas em 3D, com
movimentação de poltronas; um ponto de navio naufragado, onde será possível
realizar mergulho; três simuladores de submarino e um túnel por dentro do
equipamento.

CENTRO DE EVENTOS DO CEARÁ

O Centro de Eventos que originalmente seria chamado de Pavilhão de


Feiras será um grande centro de convenções que abrigará eventos, palestras,
feiras, shows, congressos, workshops, exposições, seminários, eventos esportivos,
entre outros.
Ocupará uma área total de 206 mil m², sendo 185 mil m² de área construída
e mais 21 mil m² de áreas verdes. O projeto arquitetônico foi inspirado em
aspectos típicos da paisagem cearense, como as falésias e o bordado das
rendeiras.
O projeto vai além do Centro de Feiras e Eventos. Será construído um
elevado sobre a Av. Washington Soares e uma ponte sobre o rio Cocó,
interligando as avenidas Sebastião de Abreu e Santos Dumont.
O Centro irá fomentar, sobretudo o turismo de negócios e irá aumentar a
qualidade no setor de serviços. Estima-se que poderá receber até 30 mil pessoas
em um único evento.

Os Órgãos Oficiais de Turismo

ÓRGÃO FEDERAL - MINISTÉRIO DO TURISMO

O Ministério do Turismo foi instituído no dia 1º de janeiro de 2003,


com a missão de promover o desenvolvimento do turismo sustentável, como
agente de transformação, fonte de riqueza econômica e desenvolvimento
social, por meio da qualidade e competitividade dos produtos turísticos, da
ampliação e melhoria de sua infra-estrutura e da promoção comercial do
produto turístico brasileiro no mercado nacional e no exterior. A estrutura
interna do Ministério é composta pó órgãos de assistência direta e imediata ao
Ministro, além dos seguintes órgãos:

Secretaria Nacional de Políticas de Turismo - A ela compete formular,


elaborar, avaliar e monitorar a Política Nacional do turismo, de acordo com as
diretrizes propostas pelo Conselho Nacional de turismo, bem como articular as
relações institucionais e internacionais necessárias para a condução dessa
política.
Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo -
Compete realizar ações de estímulo às iniciativas públicas e privadas de
fomento, de promoção de investimentos em articulação com os PRODETUR,
bem como apoiar e promover a produção e comercialização de produtos
associados ao turismo e a qualificação dos serviços.

Instituto Brasileiro de Turismo – EMBRATUR - É a autarquia especial do


Ministério do Turismo responsável pela execução da Política Nacional de
Turismo no que diz respeito a promoção, marketing e apoio à comercialização
dos destinos, serviços e produtos turísticos brasileiros no mercado
internacional.
Trabalha pela geração de desenvolvimento social e econômico para o
País, por meio da ampliação do fluxo turístico internacional nos destinos
nacionais. Para tanto, tem o ‘Plano Aquarela – Marketing Turístico
Internacional do Brasil’ como orientador de seus programas de ação.
Teve sua atribuição direcionada exclusivamente para a promoção
internacional a partir de 2003, com a criação do Ministério do Turismo.

ÓRGÃO ESTADUAL – Secretaria do Turismo do Ceará - SETUR

A Secretaria do Turismo do Ceará foi criada em junho 1995 com a missão


de fortalecer o Estado como destino turístico nacional e internacional, de forma
sustentável, com foco na geração de emprego e renda, na inclusão social e na
melhoria de vida do cearense.
A Setur procura desenvolver o turismo em harmonia com o crescimento
econômico, a preservação ambiental, a responsabilidade social e o
fortalecimento da identidade e dos valores culturais. Para tanto, a secretaria
desenvolve ações de capacitação e qualificação dos segmentos envolvidos na
cadeia produtiva do setor. O órgão tem consolidado parcerias com setores
públicos e privados, captando negócios e investimentos para o
desenvolvimento da infra-estrutura e o crescimento sócio-econômico. O Estado
desenvolve, ainda, ações de marketing em parceria com o trade turístico e
operadoras nos mercados nacional e internacional.
À Secretaria do Turismo compete:
 Planejar coordenar, executar, fiscalizar, promover, informar, integrar e
supervisionar as atividades pertinentes ao turismo, fomentar o seu
desenvolvimento através de investimentos locais, nacionais e
estrangeiros;
 Realizar a capacitação e qualificação do segmento envolvido com o
turismo;
 Implantar as políticas do Governo no setor;
 Estimular o turismo de negócios, serviços e o ecoturismo;
 Em parceria com as Secretarias da Justiça e Cidadania e da Segurança
Pública e Defesa Social a elaboração e implementação de política
específica para combate permanente ao turismo sexual;
 Exercer outras atribuições necessárias ao cumprimento de suas
finalidades, nos termos do Regulamento.
Ações da Secretaria do Turismo do Ceará:

A - Desenvolvimento de destinos e produtos turísticos

O Programa de Desenvolvimento de Destinos e Produtos Turísticos visa a


ordenar as atividades turísticas no Estado, diversificando a oferta de produtos
com as especificidades de cada região ou município turístico. O programa
abrange as seguintes ações:

 Organização territorial regionalizada;


 Planejamento e a criação de produtos e destinos em diversas regiões
para descentralizar a atividade turística;
 Desenvolvimento de potencialidades turísticas regionais;
 Qualificação e regularização de prestação de serviços;
 Capacitação de profissionais para o turismo;
 Gestão descentralizada.

B - Marketing turístico
O Programa de Marketing Turístico visa consolidar os mercados já
conquistados e agregar novos mercados. O Marketing Turístico procura
diminuir a sazonalidade e incentivar o mercado de eventos. Dentre as ações,
estão:
 Divulgar e venda do destino Ceará em eventos especializados em
turismo;
 Comercializar produtos turísticos, junto ao mercado nacional e
internacional em parceria com operadoras e agências de viagens;
 Ampliar do acesso aéreo e marítimo para o Ceará;
 Produzir e veicular campanhas publicitárias e material promocional;
 Divulgar produtos e serviços que fortaleçam a interiorização do
turismo;
 Apoiar a realização de eventos;
 Criar e implementar novos postos de informações.

C - Captação de Investimentos
      
O objetivo do Programa de Captação de Investimentos é incrementar a
oferta turística através da atração de investimentos e ampliação de negócios
turísticos no Estado. As ações são as seguintes:
 Atrair investimentos, orientar investidores e promover parcerias de
parcerias;
 Realizar articulação entre investidores, órgãos públicos e privados para
viabilizar e agilizar processos de investimento e financiamento;
 Apoiar canais de financiamento para implantação de equipamentos
turísticos de pequeno e médio portes;
 Promover articulações com organismos nacionais e internacionais para
identificar projetos com interesse para parcerias, captação de recursos
externos, ampliação de mercado e estímulo à transferência de
tecnologia;
 Estimular a divulgação de oportunidades de investimentos no Ceará
através da mídia;
 Incentivar a participação do empresariado em eventos específicos do
turismo.

D - Planejamento estratégico

As ações de planejamento estratégico visam:

 Elaborar estudos e pesquisas para o desenvolvimento do turismo;


 Elaborar e monitorar os indicadores e agregados turísticos;
 Definir diretrizes e metas para o turismo do Estado.

Secretaria de Turismo do Estado do Ceará - Setur


Centro Administrativo Governador Virgílio Távora
Av. General Afonso Albuquerque Lima, s/n Cambeba
Edifício da SEPLAG Térreo Fortaleza - Ceará
Fone: (85) 3101 4688
Site: http://www.setur.ce.gov.br/

Conselho Estadual do Turismo

O Conselho Estadual do Turismo - CETUR - foi criado em 1971 pela Lei nº


9.511 com o objetivo de sugerir diretrizes gerais para o desenvolvimento
turístico do Ceará e de propor soluções concernentes a essa atividade. O
conselho sempre é presidido pelo Secretário Estadual do Turismo.

Ao longo da sua atuação, o Conselho procura:

 Fornecer subsídios ao Governo do Estado do Ceará para a formulação


de políticas e programas, visando ao desenvolvimento do turismo
cearense;
 Atuar em estreita articulação com entidades de classe do setor turístico,
órgãos, instituições públicas e privadas, que exerçam atividades
relacionadas ao turismo;
 Propor critérios para concessão de estímulos governamentais à
organização, expansão, modernização e aumento do fluxo turístico para
o estado do Ceará;
 Sugerir os meios necessários à atualização e aperfeiçoamento
profissional dos dirigentes e do pessoal técnico-administrativo do setor
turístico;
 Conhecer os planos de desenvolvimento do turismo cearense, emitindo
opinião sobre os mesmos;
 Sugerir medidas referentes à expansão de serviços turísticos no
território do Estado;
 Tomar conhecimento dos convênios de interesse turístico, firmados
pelo Estado com outras instituições;
 Colaborar com sugestões para a elaboração do calendário turístico do
Estado;
 Opinar sobre os assuntos de interesse turístico que lhe forem
submetidos pelo Presidente do Conselho, ou por qualquer outro
Conselheiro.

Além de exercer tais competências necessárias ao cumprimento de sua


finalidade, o CETUR é a instância deliberativa do estado prévia ao
encaminhamento das demandas e/ou projetos ao Ministério do Turismo, por
determinação deste.
O conselho é formado atualmente por representantes de diversas
instituições públicas e privadas, com abrangência suficiente para que as
decisões tomadas atendam aos mais variados setores da sociedade econômica e
socialmente.
Periodicamente o conselho realiza reuniões, com a participação dos
seus representantes, cujas atas são públicas e disponibilizadas neste site para
divulgação.
Cabe à Secretaria Executiva do CETUR a organização das reuniões e
dos eventos, bem como o recebimento das demandas relativas à entidade.
Atualmente, a Secretaria Executiva é ocupada por Marcos Pompeu.

ÓRGÃO MUNICIPAL – Secretaria de Turismo de Fortaleza – SETFOR

A cidade de Fortaleza, em sua gestão pública do turismo, conta desde o


final de 2005, com uma Secretaria de Turismo, num grande desafio, de se
implantar, planejar e agir para transformar o turismo na capital cearense,
contribuindo para a melhoria da qualidade de vida urbana, da prestação de
serviços públicos e da oferta de produtos, de forma a impulsionar a
sustentabilidade da atividade turística do Município.

Meta: Ser um instrumento de transformação do turismo local, contribuindo


para a melhoria da qualidade da vida urbana, da prestação de serviços públicos
e da oferta de produtos, de forma a impulsionar a sustentabilidade da atividade
turística do Município.

Síntese histórica:
 1993: Criação da Fundação para o Desenvolvimento do Turismo em
Fortaleza – FORTUR;
 1996: FORTUR teve um novo redirecionamento e passou a enfocar
apenas ações de turismo local, o que conseqüentemente levou à sua
extinção em 1999;
 1999: Criação da Fundação de Cultura, Esporte e Turismo –
FUNCET e vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico
– SDE, ambas criadas em 1999 foram os órgãos que substituíram a
FORTUR;
 14 de outubro de 2005 – Criação da SETFOR

EIXOS ESTRATÉGICOS
Oferta de serviços e equipamento de turismo cultural e familiar
- Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
- Superação do binômio sol-mar (diversificação do produto)
- Qualificação dos profissionais
- Respeito aos direitos do turista
- Produtos e serviços vinculados às tradições locais

PESQUISAS
• Inventário da Oferta Turística de Fortaleza;
• Pesquisa sobre a demanda por qualificação profissional no receptivo de
Fortaleza;
• Pesquisa sobre a exploração sexual infanto-juvenil no turismo de
Fortaleza;
• Diagnóstico Participativo das 360 famílias dos jovens do Proj. Inclusão
Social com Capacitação Profissional;
• Pesquisa de demanda das Casas do Turista e do Posto de Informações
turísticas.
Infra-Estrutura Turística

• Casa do Turista
– Beira Mar
– Mercado Central
– Praça do Ferreira
• Postos de Informações Turísticas
– Praia do Futuro / Barra do Ceará / Praia de Iracema, entre
outros.

PROJETOS SETFOR

• Projeto Passeio dos Jangadeiros


• Projeto de Humanização da Praia de Iracema
• Projeto Vista da Barra
• Projeto de Sinalização Turística
• Projeto Inclusão Social com Capacitação Profissional
• Circuito das Cidades
• Projeto Formação de Jovens em Atividades Culturais para o
Desenvolvimento do Turismo

Secretaria de Turismo de Fortaleza (SETFOR)


Endereço: Rua Leonardo Mota, 2700
Telefone: 85 - 3105.1535 / 3105.1518
Internet: www.fortaleza.ce.gov.br/setfor

Informações adicionais

Turismo Comunitário
O turismo comunitário nasceu da percepção das comunidades de que
não é suficiente apenas fazer críticas ao modelo de turismo convencional,
gerador de concentração de renda e de problemas sócio-ambientais.
Neste modelo, a população local possui o controle efetivo sobre o seu
desenvolvimento, sendo diretamente responsável pelo planejamento das
atividades e pela gestão das infra-estruturas e serviços turísticos, orientados por
princípios que buscam garantir a sustentabilidade, valorizando a produção, a
cultura e identidades do local. Assim, as estratégias prioritárias na construção
dos roteiros de visitação incluem os momentos de vivências com a
comunidade, as trocas culturais entre visitantes e populações locais e as trilhas
de inerpretação ambiental.
No Ceará 12 comunidades do litoral fazem parte da Rede Tucum, que é
um projeto pioneiro de turismo comunitário no estado, possibilitando a
convivência com pescadores, marisqueiras, indígenas e agricultores:

Jenipapo-Kanindé - Aquiraz
Batoque – Aquiraz
Prainha do Canto Verde – Beberibe
Assentamento Coqueirinho – Fortim
Ponta Grossa – Icapuí
Tremembé – Icapuí
Flecheiras – Trairi
Caetanos de Cima – Amontada
Curral Velho – Acaraú
Tatajuba – Camocim
Alojamento Frei Humberto (MST) – Fortaleza
Associação Mulheres em Movimento – Fortaleza

Símbolos do Ceará

A Bandeira

Instituído oficialmente pelo presidente do Estado Justiniano de Serpa,


em 1922, o pavilhão cearense é constituído de um retângulo verde e o losango
amarelo da bandeira nacional, tendo ao centro um círculo branco e no meio
deste o escudo do Ceará. Em 1967, a Lei 8889, de 31 de agosto, sancionada
pelo então governador Plácido Aderaldo Castelo dizia, em seu artigo
2º:...serão observadas na bandeira as seguintes proporções: a altura
corresponderá a 14m; a largura a 20m; os vértices do losango estarão a 1,7m
dos lados do retângulo; o raio do círculo corresponderá a 3,5m a distância da
parte superior e da inferior das armas, em relação ao círculo corresponderá a
1m; e os flancos, também em relação ao círculo, 2m.Com a adoção desses
requisitos heráldicos, o Estado do Ceará ganhava a sua bandeira definitiva.
As Armas

Na fase republicana, o presidente do Estado, Nogueira Acióli, tomou a


iniciativa de mandar desenhar um símbolo heráldico, cuja medida foi
consolidada por meio do Decreto nº 393, de 11 de setembro de 1897. Nesta
versão pioneira, as armas do Ceará eram representadas por um escudo e sobre
este um antigo forte. Completando o desenho, uma elipse atravessada por uma
zona em sentido oblíquo, da esquerda para a direita, e semeada de estrelas
simbolizando os diferentes municípios do Estado; no centro do escudo, tem-se
a enseada e o farol do Mucuripe, e mais o debuxo de um pássaro à direita.
Todos esses elementos figurativos cercados por ramos de fumo e algodão.
Por sugestão do historiador Raimundo Girão, primeiro secretário da Cultura do
Estado, no governo Plácido Aderaldo Castelo, este símbolo foi redefinido
(artigo 3º da Lei 8889, de 31 de dezembro de 1967: As armas do Estado do
Ceará serão representadas por um escudo polônio como o campo verde,
fendido, sendo o primeiro semeado de estrelas, cosido: e o segundo, carregado
de um pássaro de cor branca. Sobre o todo um escudo oval com a enseada do
Mucuripe, uma jangada no mar e uma palmeira na praia, iluminados por um
sol nascente, tudo de sua cor. Como timbre, uma fortaleza antiga, de ouro,
aberta de negro. 

Hino do Ceará

O Hino do Ceará: O Hino do Ceará teve sua primeira execução em 31


de julho de 1903, quando se comemorava o tricentenário da chegada da
expedição portuguesa liderada por Pero Coelho de Sousa em nosso Estado. A
letra do hino é do poeta, contista, romancista Thomaz Lopes e a composição
musical é do pianista, regente, professor e compositor Alberto Nepomuceno.

Hino do Estado do Ceará

Terra do sol, do amor, terra da luz!


Soa o clarim que a tua glória conta!
Terra, o teu nome, a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
- Nome que brilha, esplêndido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!

Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!


Chuvas de prata rolem das estrelas...
E, despertando, deslumbrada ao vê-las,
Ressoe a voz dos ninhos...
Há de aflorar, nas rosas e nos cravos
Rubros, o sangue ardente dos escravos!

Seja o teu verbo a voz do coração,


- Verbo de paz e amor, do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Peito que deu alívio a quem sofria
E foi o sol iluminando o dia!

Tua jangada afoita enfune o pano!


Vento feliz conduza a vela ousada;
Que importa que teu barco seja um nada,
Na vastidão do oceano,
Se, à proa, vão heróis e marinheiros
E vão, no peito, corações guerreiros?!

Sim, nós te amamos, em ventura e mágoas!


Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em messes, nos estios
Em bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras e florestas
Brotem do solo em rumorosas festas!

Abra-se ao vento o teu pendão natal,


Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E, desfraldando, diga aos céus e aos ares
A vitória imortal!
Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi, na paz, da cor das hóstias brancas!

A Carnaúba

O decreto de nº 27.413, de 30 de março de 2004, instituiu a carnaúba


como árvore símbolo do Ceará. Com isso, o Governo do Estado reconhece
oficialmente o valor histórico, cultural, econômico e paisagístico dessa espécie
tão comum na região nordestina, bem como nos estados do Pará, Tocantins e
Goiás. Em seu segundo artigo, o decreto determina que “ficam, a derrubada e
o corte da árvore Carnaúba condicionados à autorização dos órgãos e
entidades estaduais competentes”.
Unidades de Conservação do Ceará

São espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas


jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos
pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob
regime especial de administração, aos quais se aplicam garantias adequadas de
proteção (definição dada pela Lei n.º 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui
o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC).
As Unidades de Conservação (UC’s) podem ser classificadas em dois
grandes grupos, de acordo com a forma de uso dos seus recursos naturais:
Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável.

Unidades de Proteção Integral


É permitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, como a realização de
pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e
interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo
ecológico.
Inclui as seguintes categorias:
- Estação Ecológica
- Reserva Biológica
- Parque Nacional
- Monumento Natural
- Refúgio de Vida Silvestre

Unidades de Uso Sustentável


É permitido o uso sustentável de parcela de seus recursos naturais, em
compatibilidade com a conservação da natureza.
Inclui as seguintes categorias:
- Área de Proteção Ambiental
- Área de Relevante Interesse Ecológico
- Floresta Nacional
- Reserva Extrativista
- Reserva de Fauna
- Reserva de Desenvolvimento Sustentável
- Reserva Particular do Patrimônio Natural

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – NÍVEL ESTADUAL

Parque Ecológico do Rio Cocó


O rio Cocó com cerca de 50 km de comprimento, dá nome ao parque
ecológico que se estende da BR-116 (próximo ao Macro) até a sua foz. O
parque tem área de 1.155 hectares (ainda não totalmente definido), com uma
grande diversidade de animais, como algumas espécies de caranguejos, aves e
roedores.
Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio
O Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio foi criado
através da Lei Estadual Nº 12.717 de 05 de Setembro de 1997. É a única
Unidade de Conservação Marinha do Estado do Ceará, com uma área de 33,20
km² distante a 10 milhas náuticas (aproximadamente 18,5 km) do Porto do
Mucuripe, em Fortaleza, na direção 60° NE (sessenta graus nordeste).
Em toda área do Parque Estadual Marinho Pedra da Risca do Meio é
permitido o Turismo Subaquático, pois todos os pontos de concentração de
fauna e flora marinha são submersos, sendo necessárias instruções de mergulho
para conhecer as belezas do Parque marinho.
Estação Ecológica do Pecém
A Estação Ecológica do Pecém através do DECRETO ESTADUAL Nº 25.708,
de 17 de dezembro de 1999, que declara de utilidade pública para fins de
desapropriação pelo Estado do Ceará, as áreas de terra que indica, situadas nos
Municípios de Caucaia e de São Gonçalo do Amarante, localiza-se a 57 km de
Fortaleza, na Zona Costeira Oeste possui área de 956,04 ha, com principal
acesso pela Via Estruturante – Costa do Sol Poente, CE-085.
Monumento Natural “Monólitos de Quixadá”
O Monumento Natural Os Monólitos de Quixadá, unidade de conservação de
proteção integral, criada por meio do DECRETO Nº 26.805, de 25 de outubro
de 2002, Localiza-se no Município de Quixadá, a aproximadamente, 158 Km
de Fortaleza. O principal acesso a esta Unidade de Conservação se dá, partindo
de Fortaleza, pela Rodovia CE 060.
Corredor Ecológico do Rio Pacoti
O Corredor Ecológico do Rio Pacoti, criado por meio do DECRETO Nº
25.777, de 15 de fevereiro de 2000, abrange uma área de 19.405,00 hectares e
localiza-se em áreas dos Municípios de Aquiraz, Itaitinga, Pacatuba, Horizonte,
Pacajus, Acarape e Redençâo, no trecho compreendido entre a ponte velha da
Rodovia CE 040 e a cota 600 (RN-IBGE) da Serra de Baturité, constituindo-se
em uma área que interliga duas unidades de conservação, a APA do Rio Pacoti
e a APA da Serra de Baturité. O principal acesso a esta Unidade de
Conservação se dá pela Avenida Washington Soares e em seguida pela
Rodovia CE 025 Km, a aproximadamente, 30 km do centro de Fortaleza.
Parque Botânico do Ceará
O Parque Botânico do Ceará foi criado através do DECRETO ESTADUAL Nº
24.216, de 09 de setembro de 1996, localiza-se no Município de Caucaia,
Estado do Ceará, às margens da CE-090, rodovia estadual que dá acesso às
praias de Icaraí, Tabuba, Cumbuco, Cauípe e Lagoa do Banana. O Parque
Botânico possui uma área de 190 ha e fica a 15 km de Fortaleza.
Monumento Natural das Falésias de Beberibe
O Monumento Natural das Falésias de Beberibe, unidade de conservação de
proteção integral, criada por meio do DECRETO Nº 27.461, de 04 de junho de
2004, abrange uma área de 31,29 hectares e localiza-se no Município de
Beberibe, a aproximadamente, 87 Km de Fortaleza. O principal acesso a esta
unidade de conservação se dá, partindo de Fortaleza, pela Rodovia CE 040.
APA da Serra de Baturité
A APA da Serra de Baturité, a primeira e mais extensa Área de Proteção
Ambiental criada pelo Governo do Estado do Ceará, instituída através do
DECRETO ESTADUAL Nº 20.956, de 18 de Setembro de 1990 alterado pelo
Decreto nº 27.290, de 15/12/2003, abrange uma área de 32.690 hectares e
localiza-se na região serrana do Maciço de Baturité. Delimitada pela cota 600
(seiscentos) metros é composta pelos municípios de Aratuba, Baturité,
Capistrano, Guaramiranga, Mulungu, Pacoti, Palmácia e Redenção. Está
situada a 90 Km de Fortaleza e tem como principais acessos, partindo de
Fortaleza, a Rodovia CE-060, sentido Pacatuba-Baturité e a Rodovia CE-065,
sentido Maranguape-Palmácia.
APA da Serra da Aratanha
A APA da Serra da Aratanha, criada por meio do DECRETO
ESTADUAL Nº 24.959, de 05 de junho de 1998, abrange uma área de
6.448,29 hectares envolvendo parcelas dos Municípios de Maranguape,
Pacatuba e Guaiúba, tendo como limite físico a cota altimétrica de 200 metros.
O acesso a esta Unidade de Conservação se dá, partindo de Fortaleza, pela CE-
060.
APA do Lagamar do Cauípe
A Área de Proteção Ambiental - APA do Lagamar do Cauípe foi criada através
do DECRETO ESTADUAL Nº 24.957, de 05 de Junho de 1998. Tem extensão
territorial de 1.885 hectares.Localiza-se no Município de Caucaia, com
principais acessos pela Via Estruturante Costa do Sol Poente – CE-085 ou pela
Praia do Cumbuco CE -090.
APA do Pecém
A Área de Proteção Ambiental - APA do Pecém, foi criada através do
DECRETO ESTADUAL Nº 24.957, de 05 de junho de 1998, localiza-se no
Município de São Gonçalo do Amarante, Estado do Ceará, com principais
acessos pela Via Estruturante, Costa do Sol Poente, CE - 085. A APA do
Pecém possui uma área de 122,79 hectares.
APA da Lagoa do Uruaú
A APA da Lagoa do Uruaú, unidade de conservação de uso sustentável, criada
por meio do DECRETO Nº 25.355, de 26 de janeiro de 1999, abrange uma área
de 2.672,58 hectares e localiza-se no Município de Beberibe, a 85 km de
Fortaleza. O acesso a esta unidade de conservação se dá, partindo de Fortaleza,
pela CE 040.
APA da Bica do Ipu
A APA da Bica do Ipu, unidade de conservação de uso sustentável, criada por
meio do DECRETO Nº 25.354, de 26 de janeiro de 1999, abrange uma área de
3.484,66 hectares e localiza-se no Município de Ipu, a 391 Km de Fortaleza. O
acesso a esta unidade de conservação se dá, partindo de Fortaleza, pela BR 222
e a seguir pela Rodovia CE 187.
APA do Estuário do Rio Curu
A APA do Estuário do Rio Curu, unidade de conservação de uso sustentável,
criada por meio do DECRETO Nº 25.416, de 29 de março de 1999, abrange
uma área de 881,94 hectares e localiza-se na divisa dos Municípios de Paracuru
e Paraipaba, a 85 Km de Fortaleza. O acesso a esta unidade de conservação se
dá, partindo de Fortaleza, pela Rodovia CE 085 (Estruturante) e a seguir pela
Rodovia CE 341.
APA do Estuário do Rio Mundaú
A APA do Estuário do Rio Mundaú, unidade de conservação de uso
sustentável, criada por meio do DECRETO Nº 24.414, de 29 de março de
1999, abrange uma área de 1.596,37 hectares e localiza-se na divisa dos
Municípios de Trairi e Itapipoca, a aproximadamente, 165 Km de Fortaleza. O
acesso a esta unidade de conservação se dá, partindo de Fortaleza, pela CE 085
(Estruturante) e a seguir pela rodovia CE 163.
APA das Dunas de Paracuru
A APA das Dunas de Paracuru, unidade de conservação de uso sustentável,
criada por meio do DECRETO Nº 25.418, de 29 de março de 1999, abrange
uma área de 3.909,60 hectares e localiza-se no Município de Paracuru, a
aproximadamente, 86 Km de Fortaleza. O acesso a esta unidade de
conservação se dá, partindo de Fortaleza, pela CE 085 (Estruturante) e a seguir
pela Rodovia CE 341.
APA das Dunas da Lagoinha
A APA das Dunas da Lagoinha, unidade de conservação de uso sustentável,
criada por meio do DECRETO Nº 25.417, de 29 de março de 1999, abrange
uma área de 523,49 hectares e localiza-se no Município de Paraipaba, a
aproximadamente, 115 Km de Fortaleza. O acesso a esta unidade de
conservação se dá, partindo de Fortaleza, pela CE 085 (Estruturante) e em
seguida, pela via de acesso Paraipaba/Lagoinha.
APA do Rio Pacoti
A APA do Rio Pacoti, unidade de conservação de uso sustentável, criada por
meio do DECRETO Nº 25.778, de 15 de fevereiro de 2000, abrange uma área
de 2.914,93 hectares e localiza-se em áreas dos Municípios de Fortaleza,
Eusébio e Aquiraz, a aproximadamente, 30 km do centro de Fortaleza. O
principal acesso a esta unidade de conservação se dá pela Avenida Washington
Soares e em seguida pela Rodovia CE 025.
APA da Lagoa de Jijoca
A APA da Lagoa de Jijoca, unidade de conservação de uso sustentável, criada
por meio do DECRETO Nº 25. 975, de 10 de agosto de 2000, abrange uma
área de 3.995,61 hectares e localiza-se entre os Municípios de Cruz e Jijoca de
Jericoacoara, a, aproximadamente, 290 km de Fortaleza. O acesso a esta
unidade de conservação se dá, partindo de Fortaleza, pela BR 222 e em seguida
pela BR 402 e a CE 085.
 

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NÍVEL FEDERAL

Floresta Nacional do Araripe – Chapada do Araripe


Decreto-Lei nº 9.226 de 02/06/46
Área (ha): 38.262 Ecossistema: Serra úmida

Estação Ecológica de Aiuaba – Sertão dos Inhamuns


Decreto Federal nº 81.218 de 06/02/78
Área (ha): 11.525,03 Ecossistema: Caatinga

Área de Proteção Ambiental de Jericoacoara


Decreto Federal nº 90.379 de 29/10/84, alterado por Decreto de 04/02/02
Área (ha): 207,00 Ecossistema: Costeiro

Área de Proteção Ambiental da Serra de Ibiapaba


Decreto Federal de 26/11/96
Área (ha): 1.592,550,00 Ecossistema: Biorregião do Complexo da Ibiapaba

Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaiba (CE e PI)


Decreto Federal de 28/08/96
Área (ha): 313.809,00 Ecossistema: Costeiro/Manguezal

Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe


Decreto Federal de 04/08/97
Área (ha): 1.063.000,00 Ecossistema: Bioregião do Complexo do Araripe

Parque Nacional de Ubajara


Decreto Federal Nº 45.954 de 30.04.59, ampliado pelo decreto de 13/12/02
Área (ha): 6.288,00 Ecossistema: Serra úmida

Floresta Nacional de Sobral


Decreto Federal nº62.007 de 22/12/67 (alterado pela Port. n°358 de 27/09/01)

Área (ha): 598,00 Ecossistema: Bacia Hidrográfica do Açude Aires de Souza

Estação Ecológica do Açude Castanhão – Jaguaribe e Alto Santo


Decreto Federal de 27/09/01
Área (ha): 12.579,20 Ecossistema: Caatinga

Parque Nacional de Jericoacoara


Decreto Federal de 04/02/02
Área (ha): 8.416,08 Ecossistema: Costeiro

Reserva Extrativista do Batoque - Aquiraz


Decreto Federal de 05/06/03
Área (ha): 601,05 Ecossistema: Complexo Vegetacional Litorâneo

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NÍVEL MUNICIPAL

Parque Ecológico das Timbaúbas – Juazeiro do Norte


Decreto nº 1083 de 23/03/95
Área (ha): 634,50

Área de Proteção Ambiental da Praia de Maceió - Litoral Oeste do


Município de Camocim
Lei n°629/97 de 19/12/97
Área (ha): 1.374,1 Ecossistema: Costeiro/Complexo Vegetacional
Litorâneo

Área de Proteção Ambiental de Balbino - Litoral Leste do Município


de Cascavel
Diploma Legal: Lei nº 479 de 21/09/88
Área (ha): 250 Ecossistema: Costeiro/ Complexo Vegetacional
Litorâneo
Área de Proteção Ambiental de Maranguape
Diploma Legal: Lei nº 1168 de 08/07/93
Área (ha): A partir da cota 100m Ecossistema: Serra úmida

Área de Proteção Ambiental de Tatajuba - Camocim


Diploma Legal: Lei nº 559 de 26/12/94
Área (ha): 3.775 Ecossistema: Costeiro/ Complexo Vegetacional
Litorâneo

Parque Ecológico de Acaraú


Diploma Legal: Lei nº 877 de 06/03/98
Ecossistema: Costeiro/ Complexo Vegetacional Litorâneo

Área de Proteção Ambiental da Praia de Ponta Grossa - Icapuí


Diploma Legal: Lei Municipal nº 002/98 de 17/02/98
Área (ha): 558,67 Ecossistema: Costeiro/ Complexo Vegetacional
Litorâneo

Área de Proteção Ambiental de Canoa Quebrada


Diploma Legal: Lei nº 40/98 de 20 de março de 1998
Área (ha): 4000 Ecossistema: Costeiro / Complexo / Vegetacional
Litorâneo

Parque Ecológico da Lagoa da Fazenda - Sobral


Diploma Legal: Decreto n°21303/91 de 11/03/91
Área (ha): 19 Ecossistema: Lacustre

Parque Ecológico da Lagoa da Maraponga


Diploma Legal: Decreto n°21349/91 de 03/05/91
Área (ha): 31 Ecossistema: Lacustre

Área de Proteção Ambiental da Lagoa da Bastiana - Iguatu


Diploma Legal: Lei n°170/91 de 01/10/91
Ecossistema: Lacustre

Área de Proteção Ambiental do Manguezal da Barra Grande - Icapuí


Diploma Legal: Lei n°298/00 de 12/05/00
Área (ha): 1.260,31 Ecossistema: Litoral/Manguezal

Jardim Botânico de São Gonçalo


Diploma Legal: Decreto Municipal n°799/03 de 08/03/03
Área (ha): 19,80 Ecossistema: Lacustre/Complexo Vegetacional
Litorâneo

BENS TOMBADOS NO ESTADO DO CEARÁ


Tombamento Federal - IPHAN
Fortaleza
Assembléia Provincial
Casa de José de Alencar
Coleção Arqueológica do Museu da Escola Normal Justiniano de Serpa
Prédio do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Museu das Secas)
Theatro José de Alencar
Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção
Passeio Público
Acaraú
Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Almofala
Aquiraz
Mercado de Carne (Mercado das Artes)
Aracati
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário
Casa de Câmara e Cadeia
Conjunto arquitetônico e paisagístico
Caucaia
Casa de Câmara e Cadeia
Icó
Casa de Câmara e Cadeia
Conjunto arquitetônico e urbanístico
Iguatu
Igreja Matriz de Santana
Quixadá
Conjunto Paisagístico dos
Quixeramobim
Casa de Câmara e Cadeia
Sobral
Conjunto arquitetônico e urbanístico
Viçosa do Ceará
Conjunto histórico e arquitetônico
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção (incluindo a pintura do forro)

Tombamento Estadual - SECULT


Fortaleza
Estação João Felipe
Conjunto Palácio da Abolição
Seminário da Prainha
Antiga Cadeia Pública (Centro de Turismo)
Secretaria da Fazenda
Solar Fernandes Vieira (Arquivo Público)
Antiga Escola Normal (sede do IPHAN)
Prédio da Alfândega
Galpões da RFFSA (extensão do conj. Estação João Felipe)
Banco Frota Gentil
Sobrado do Dr. José Lourenço
Hotel do Norte (Museu da Indústria)
Farol do Mucuripe (Museu de Fortaleza)
Igreja Nossa Senhora do Rosário
Palácio da Luz (Academia Cearense de Letras)
Praça General Tibúrcio
Palacete Ceará (CEF da Praça do Ferreira)
Cine São Luiz
Palacete Jeremias Arruda
Minimuseu Firmeza
Escola Jesus, Maria e José
Aracati
Sobrado do Barão de Aracati
Aquiraz
Igreja Matriz São José de Ribamar
Casa do Capitão Mor
Casa de Câmara e Cadeia (Museu Sacro)
Barbalha
Casa de Câmara e Cadeia
Sobrado à Rua da Matriz (Casarão Hotel)
Sítio Histórico de Barbalha
Baturité
Imóveis na sede da cidade
Crato
Casa de Câmara e Cadeia
Estação Ferroviária do Crato
Sítio Caldeirão
Camocim
Estação Ferroviária de Camocim
Icó
Teatro da Ribeira dos Icós
São Gonçalo do Amarante
Igreja de Nossa Senhora da Soledade
Quixeramobim
Casa de Antônio Conselheiro
Sobral
Teatro São João
Tauá
Igreja Nossa Senhora do Rosário
Igreja Jesus, Maria e José
Várzea Alegre
Igreja de São Caetano

Tombamento Municipal
Fortaleza – SECULTFOR
Colégio Dorotéias
Estoril
Mercado dos Pinhões
Ponte dos Ingleses
Santa Casa de Misericórdia
Casa do Barão de Camocim
Capela de Santa Terezinha
Casa Rachel de Queiroz*
Espelhos de Água das Lagoas da Messejana e Parangaba
Estação Ferroviária da Parangaba
Feira de Artesanato da Beira Mar
Ideal Clube*
Igreja Bom Jesus dos Aflitos
Igreja São Pedro dos Pescadores
Imparh*
Mercado da Aerolândia
Riacho Papicu

(*) Bens com tombamento provisório

ANEXO I - CÓDIGO DE ÉTICA GUIA DE TURISMO

Aprovado no VII CBGTUR


Belo Horizonte, 20 a 23 de outubro de 1987.

Art. 1º - Atuar sempre á luz da verdade, não induzindo o usuário dos seus
serviços a erros de interpretação, quanto às informações prestadas.
Art. 2º - Possuir vocação e preparo adequado para o exercício da atividade de
GUIA DE TURISMO, procurando o aprimoramento constante, através de
cursos, seminários e congêneres.
Art. 3º - Desenvolver ao máximo o seu sentido de responsabilidade, evitando
que, por omissão ou negligência, seus atos possam causar prejuízos à empresa
onde trabalha ao público em geral ou aos seus companheiros de profissão.
Art. 4º - Demonstrar conduta apropriada em todos os seus atos, públicos e
privados, atendendo com esmero, pontualidade, discrição e zelosa diligência às
funções de GUIA DE TURISMO.
Art. 5º - Procurar sempre em seu relacionamento com as autoridades públicas,
obter o reconhecimento da importância da sua atividade para com a
comunidade, com igualdade para seus colegas de todo o mundo.
Art. 6º - Praticar a amizade como um fim e não como um meio, respeitando em
todos os momentos e se fazendo respeitar como pessoa humana.
Art. 7º - Colaborar com os colegas que lhe solicitarem apoio para desenvolver
sua atividade, dando proteção aos interesses dos mesmos como se fossem seus,
desde que não venha a ser prejudicado no desempenho de suas próprias
funções.
Art. 8º - Prestar o máximo apoio ao SINDICATO DOS GUIAS DE TURISMO
DO BRASIL, ao qual deve pertencer, ajudando-o a fortalecer-se para que o
mesmo, por sua vez, melhor possa proteger os interesses de seus associados.
Art. 9º - Procurar eleger e promover os mais capacitados valores da categoria
para dirigir o SINDICATO DOS GUIAS DE TURISMO DO BRASIL.
Art. 10º - Colaborar, sob todas as formas ao seu alcance, com o SINDICATO,
submetendo ao poder arbitral do mesmo qualquer conflito de interesse.
Art. 11º - Apresentar-se sempre como um eficiente e sério profissional,
constante portador da mensagem de Paz e Entendimento entre todos os povos.
Art. 12° - Não tecer, quando no exercício da atividade, comentários políticos -
partidários, não emitir qualquer comentário desfavorável sobre pessoas ou
locais, nem fazer qualquer tipo de discriminação de raça, credo, religião, sexo
ou costumes.
Art 13° - Respeitar o meio ambiente e o patrimônio cultural e artístico,
colaborando na sua preservação e atuando junto à sociedade visando evitar a
depredação da natureza e do patrimônio cultural e artístico.
Art. 14º - Manter postura correta e vocabulário adequado ao exercício da
profissão de GUIA DE TURISMO.
Art. 15º - O Presente Código de Ética substitui o anterior e passa a vigorar a
partir desta data.
Belo Horizonte (MG), 23 de outubro de 1987.

ANEXO II – REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE GUIA DE


TURISMO

Decreto n.º 946/93, de 1º de outubro de 1993


MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA, DO COMÉRCIO E DO TURISMO
EMBRATUR - INSTITUTO BRASILEIRO DE TURISMO DECRETO Nº946
DE 1º DE OUTUBRO DE 1993
Regulamenta a Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993, que dispõe sobre a
profissão de Guia de Turismo e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da sua atribuição que lhe confere o


artigo 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no artigo 14
da Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993, D E C R E T A:

Art. 1º - É considerado Guia de Turismo o profissional que, devidamente


cadastrado na EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo, nos termos da
Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993, exerça as atividades de
acompanhamento, orientação e transmissão de informações a pessoas ou
grupos, em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais,
internacionais ou especializadas.
Art. 2º - Constituem atribuições do Guia de Turismo:
I - acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos em
visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais ou
especializadas dentro do território nacional;
II - acompanhar ao exterior pessoas ou grupos organizados no Brasil;
III - promover e orientar despachos e liberação de passageiros e respectivas
bagagens, em terminais de embarques e desembarques aéreos, marítimos,
fluviais, rodoviários e ferroviários;
IV - ter acesso a todos os veículos de transporte, durante o embarque ou
desembarque, para orientar as pessoas ou grupos sob sua responsabilidade,
observadas as normas específicas do respectivo terminal;
V - ter acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposições, feiras, bibliotecas
e pontos de interesse turístico, quando estiver conduzindo ou não pessoas ou
grupos, observadas as normas de cada estabelecimento, desde que devidamente
credenciado como Guia de Turismo;
VI - portar, privativamente, o crachá de Guia de Turismo emitido pela
EMBRATUR.
Parágrafo único. A forma e o horário dos acessos a que se referem as alíneas
III, IV e V, deste artigo, serão, sempre, objeto de prévio acordo do guia de
turismo com os responsáveis pelos empreendimentos, empresas ou
equipamentos.
Art. 3º - O pedido de cadastramento como Guia de Turismo deverá ser
apresentado, pelo profissional interessado, observadas as disposições deste
decreto, no órgão ou entidade delegada da EMBRATUR na unidade da
federação em que:
I - O Guia de Turismo vá prestar serviços, caso pretenda o cadastramento nas
classes de Guia Regional e/ou especializado em atrativos turísticos;
II - O Guia de Turismo esteja residindo, caso pretenda o cadastramento nas
classes de Guia de Excursão Nacional e/ou Internacional.
Art. 4º - Conforme a especialidade de sua a formação profissional e das
atividades desempenhadas, comprovadas perante a EMBRATUR, os guias de
turismo serão cadastrados em uma ou mais das seguintes classes:
I - guia regional - quando suas atividades compreenderem a recepção, o
traslado, o acompanhamento, a prestação de informações e assistência a
turistas, em itinerários ou roteiros locais ou intermunicipais de uma
determinada unidade da federação, para visita a seus atrativos turísticos;
II - guia de excursão nacional - quando suas atividades compreenderem o
acompanhamento e a assistência a grupos de turistas, durante todo o percurso
da excursão de âmbito nacional ou realizada na América do Sul, adotando, em
nome da agência de turismo responsável pelo roteiro, todas as atribuições de
natureza técnica e administrativa necessárias à fiel execução do programa;
III - guia de excursão internacional - quando realizarem as atividades referidas
no inciso II, deste artigo, para os demais países do mundo;
IV - guia especializado em atrativo turístico - quando suas atividades
compreenderem a prestação de informações técnico-especializadas, sobre
determinado tipo de atrativo natural ou cultural de interesse turístico, na
unidade da federação para o qual o mesmo se submeteu a formação
profissional específica.
Art. 5º - O cadastramento e a classificação do Guia de Turismo em uma ou
mais das classes previstas neste Decreto estará condicionada à comprovação do
atendimento aos seguintes requisitos:
I - ser brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil, habilitado para o exercício
da atividade profissional no País;
II - ser maior de dezoito anos, no caso de guia de turismo regional, ou maior de
21 anos, para atuar como guia de excursão nacional ou internacional;
III - ser eleitor e estar em dia com as obrigações eleitorais;
IV - ser reservista e estar em dia com as obrigações militares, no caso de
requerente do sexo masculino menor de 45 anos;
V - ter concluído o 2º grau;
VI - ter concluído Curso de Formação Profissional de Guia de Turismo, na
classe para a qual estiver solicitando o cadastramento.
§ 1º - As entidades responsáveis pelos cursos referidos no inciso VI, deste
artigo, deverão encaminhar, previamente ao início de sua realização, os
respectivos planejamentos curriculares e planos de curso, para apreciação da
EMBRATUR.
§ 2º - Os certificados conferidos aos concluintes dos cursos mencionados no
parágrafo anterior especificarão o conteúdo programático e a carga horária de
cada módulo, a classe em que o guia de turismo está sendo formado e a
especialização em determinada área geográfica ou tipo de atrativo.
§ 3º - Admitir-se-á, para fins de comprovação do atendimento ao requisito
referido no inciso VI, deste artigo, que o requerente:
a) tenha se formado em curso superior de turismo e cursado cadeira
especializada na formação de guia de turismo; ou
b) tenha concluído o curso de formação profissional à distância, e sido
aprovado em Exame de Suplência Profissionalizante ministrado pelo Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC; ou
c) comprove, no prazo de 180 dias de vigência deste Decreto, o efetivo
exercício da profissão por, no mínimo, dois anos, bem como aprovação em
Exame de Suplência nos termos da alínea anterior.
Art. 6º - A EMBRATUR fornecerá ao requerente, após o cumprimento das
exigências a que se refere o artigo anterior, o respectivo crachá de identificação
profissional, em modelo único, válido em todo o território nacional, contendo
nome, filiação, número do cadastro e da cédula de identidade, fotografia, classe
e âmbito de atuação prevista em seu curso de formação.
Art. 7º - Constituem infrações disciplinares:
I - induzir o usuário a erro, pela utilização indevida de símbolos e informações
privativas de guias de turismo cadastrados;
II - descumprir total ou parcialmente os acordos e contratos de prestação de
serviço, nos termos e na qualidade em que forem ajustados com os usuários;
III - deixar de portar, em local visível, o crachá de identificação;
IV - utilizar a identificação funcional de guia cadastrado fora dos estritos
limites de suas atribuições ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos
não cadastrados;
V - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que contrarie as
disposições do Código Defesa do Consumidor ou que a lei defina como crime
ou contravenção;
VI - faltar a qualquer dever profissional imposto no presente Decreto;
VII - manter conduta e apresentação incompatível com o exercício da
profissão.
Parágrafo único. Considera-se conduta incompatível com o exercício da
profissão, entre outras:
a) prática reiterada de jogo de azar, como tal definido em lei;
b) a incontinência pública escandalosa;
c) a embriaguez habitual.
Art. 8º - Pelo desempenho irregular de suas atribuições, o Guia de Turismo,
conforme a gravidade da falta e seus antecedentes, ficará sujeito às seguintes
penalidades, aplicadas pela EMBRATUR:
I - advertência;
II - cancelamento do cadastro.
§ 1º - As penalidades previstas neste artigo serão aplicadas após processo
administrativo, no qual se assegurará ao acusado ampla defesa.
§ 2º - O Guia de Turismo poderá, independente do processo administrativo a
que se refere o parágrafo anterior, pelo desempenho irregular de suas funções,
vir a ser punido pelo seu órgão de classe.
Art. 9º - Os Guias de Turismo já cadastrados na EMBRATUR terão prazo de
120 dias, contados da data da publicação deste Decreto, para proceder a seu
recadastramento, mediante apresentação dos seguintes documentos:
I - cópia do crachá emitido pela EMBRATUR;
II - ficha de cadastro, segundo modelo fornecido pela EMBRATUR,
devidamente preenchida, acompanhada dos documentos comprobatórios das
informações fornecidas.
Art. 10 - A EMBRATUR expedirá normas disciplinando a operacionalização
do cadastramento e classificação dos guias de turismo e definirá a aplicação
das penalidades de que trata o art. 8º, estabelecendo as circunstâncias
atenuantes e agravantes.
Art. 11 - A EMBRATUR em ato próprio, instituirá o modelo de crachá de
identificação profissional a ser utilizado no desempenho da atividade
regulamentada neste Decreto.
Art. 12 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 1º de outubro de 1993; 172º da Independência e 105º da República.

ITAMAR FRANCO
José Eduardo de Andrade Vieira
(Publicado no Diário Oficial da União nº189, de 04/10/93, Seção I, Pág.14782)
*Observação: Onde está escrito EMBRATUR, leia-se Ministério do
Turismo

ANEXO III – NORMAS PARA CADASTRAMENTO DE GUIAS DE


TURISMO

MINISTÉRIO DO ESPORTE E TURISMO


EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo
DELIBERAÇÃO NORMATIVA Nº 426, DE 04 DE OUTUBRO DE 2001

A Diretoria da EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo, no uso de suas


atribuições e tendo em vista o disposto no art. 10 do Decreto nº 946, de 1º de
outubro de 1993, RESOLVE:
Art. 1º Editar normas disciplinando a operacionalização do cadastramento e a
classificação dos Guias de Turismo bem como fixar os critérios para aplicação
das penalidades previstas no art. 10 da Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993.
Art. 2º O pedido de cadastramento como Guia de Turismo de que trata o art. 3º
do Decreto nº 946, de 1º de outubro de 1993, será formulado com o
preenchimento de ficha de cadastro fornecida pela EMBRATUR ou por seus
órgãos ou entidades delegadas, nas unidades da Federação.
§ 1º Além do atendimento dos requisitos previstos no art. 5º do Decreto nº 946,
de 1993, o autor do pedido deverá comprovar o pagamento do preço dos
serviços de cadastramento cobrado pela EMBRATUR.
§ 2º Para cadastramento como Guia de Turismo, classe Excursão Internacional,
será obrigatória, também, a comprovação, por meio de exame de proficiência
ou atestado de fluência, em pelo menos uma língua estrangeira.
Art. 3º O requerente será cadastrado na classe de Guia de Turismo para a qual
estiver habilitado, desde que comprovada esta condição, mediante apresentação
de certificado de conclusão de curso específico de educação profissional de
nível técnico, cujo plano de curso tenha sido previamente aprovado pelo órgão
próprio do respectivo Sistema de Ensino, inserido no Cadastro Nacional de
cursos de Nível Técnico administrado pelo MEC, e apreciado pela
EMBRATUR.
Parágrafo único. Os órgãos próprios dos sistemas de ensino poderão recorrer a
EMBRATUR para prévia apreciação do plano de curso, quando for o caso.
Art. 4º O possuidor do crachá de Guia de Turismo emitido pela EMBRATUR
deverá proceder ao recadastramento para obtenção do crachá no modelo
vigente, mediante comprovação de cadastramento anterior.
§ 1º O crachá de Guia de Turismo terá validade de dois anos, contados da data
de sua emissão.
§ 2º O Guia de Turismo anteriormente cadastrado na classe de Guia Local será
recadastrado na classe Guia Regional; o Guia de Excursão recadastrado como
Guia de Excursão Nacional ou Internacional e o Guia Especializado em
Terceira Idade serão recadastrados na classe de Guia de Excursão Nacional ou
Guia Regional, de acordo com a natureza do seu curso de formação.
§ 3º O crachá de Guia de Turismo emitido anteriormente à edição desta
Deliberação Normativa terá validade de dois anos.
§ 4º Para renovação do crachá de que trata este artigo, o interessado deverá
entregar acópia do crachá a ser substituído, duas fotos recentes, tamanho três
por quatro, os comprovantes de pagamento da Contribuição Sindical, do
Imposto sobre Serviços, da Seguridade Social e do pagamento do preço dos
serviços cobrados pela EMBRATUR.
Art. 5º Para a apreciação dos planos de curso pela EMBRATUR, em
atendimento ao § 1º do art. 5º do Decreto 946, de 1993, as instituições de
ensino promotoras de cursos de Qualificação, Habilitação ou Especialização
profissional de nível técnico de Guia de Turismo deverão comprovar o
pagamento dos respectivos preços de serviço perante o órgão ou entidade
estadual delegada da EMBRATUR.
§ 1º As instituições de ensino de que trata este artigo deverão comunicar
previamente à EMBRATUR as datas de início e do término de cada turma,
bem como encaminhar, até quinze dias corridos, contados da data de início do
curso, a relação dos alunos matriculados e, em igual período, após a conclusão
do curso, a relação dos alunos aprovados, especificando nome e RG, nas duas
relações encaminhadas.
§ 2º O certificado de conclusão do curso de educação profissional de nível
técnico de Guia de Turismo emitido pelas entidades de que trata este artigo
deverá conter os números do processo e do parecer de apreciação da
EMBRATUR, bem como o número do ato de aprovação do plano de curso pelo
órgão próprio do respectivo sistema de ensino, sem prejuízo do disposto no §
2º do art. 5º do Decreto nº 946, de 1993.
Art. 6º Constituem infrações disciplinares:
I – deixar de portar, em local visível, o crachá de identificação;
II – induzir o usuário a erro, pela utilização indevida de símbolos e
informações privativas de guia de turismo;
III – faltar a qualquer dever profissional imposto pelo Decreto nº 946, de 1993;
IV – utilizar a identificação funcional de guia cadastrado fora dos estritos
limites de suas atribuições;
V – não cumprir integralmente os acordos e contratos de prestação de serviço,
nos termos e na qualidade em que forem ajustados com os usuários;
VI – descumprir totalmente os acordos e contratos de prestação de serviços;
VII – facilitar, por qualquer meio, o exercício da atividade profissional aos não
cadastrados;
VIII – praticar, no exercício da atividade profissional, ato que contrarie as
disposições do Código de Defesa do Consumidor;
IX – praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como
crime ou contravenção;
X – manter conduta e apresentação incompatível com o exercício da profissão.
§ 1º Para fins de aplicação das penalidades previstas no art. 7º consideram-se
infrações de natureza:
I – leve, as referidas nos incisos I a III;
II – média, as referidas nos incisos IV e V; e
III – grave, as referidas nos incisos VI a X.
§ 2º Considera-se conduta incompatível com o exercício da profissão, entre
outras:
I - prática reiterada de jogo de azar, como tal definido em lei;
II - a incontinência pública escandalosa;
III - a embriaguez habitual;
IV - uso de drogas;
V - contrabando.
§ 3º Para os fins do disposto no art. 10 do Decreto nº 946, de 1993,
consideram-se:
I - circunstâncias atenuantes:
a) ser o infrator primário;
b) a ausência de dolo;
c) ter o infrator adotado, de imediato, as providências pertinentes para
minimizar ou reparar os efeitos do ato lesivo; e
d) não ter sido a ação do infrator fundamental para a consecução do fato.
II – circunstâncias agravantes:
a) ser o infrator reincidente;
b) ter o infrator agido com dolo;
c) deixar o infrator de adotar, de imediato, as providências pertinentes para
minimizar ou reparar os efeitos do ato lesivo;
d) ter sido a ação do infrator fundamental para a consecução do ato e
e) o prejuízo causado à imagem do turismo nacional.
Art. 7º Pelo desempenho irregular de suas atribuições, o guia de turismo,
conforme a gravidade da falta e seus antecedentes, ficará sujeito às seguintes
penalidades, aplicadas pela EMBRATUR:
I - advertência;
II - cancelamento do cadastro.
§ 1º As penalidades previstas neste artigo serão aplicadas após processo
administrativo, no qual será assegurada ao acusado ampla defesa.
§ 2º O guia de turismo poderá, pelo desempenho irregular de suas funções, vir
a ser punido pelo seu órgão de classe, independentemente do processo
administrativo a que se refere o parágrafo anterior.
§ 3º A EMBRATUR, seus órgãos delegados, as federações e associações de
classe deverão dar conhecimento recíproco das penalidades aplicadas aos guias
de turismo, para que cada entidade adote as providências cabíveis.
§ 4º A pessoa física não cadastrada na EMBRATUR como Guia de Turismo,
que exercer esta atividade, está sujeita à penalidade prevista no art. 47 do
Decreto-Lei nº
3.688, de 3 de outubro de 1941, devendo a EMBRATUR ou o órgão delegado
dar conhecimento da ilegalidade à autoridade competente, para as providências
cabíveis.
§ 5º Na hipótese do parágrafo anterior, estando a pessoa física exercendo a
atividade na qualidade de preposto de pessoa jurídica, ficará sujeita, também, à
multa pecuniária de que trata o inciso II do artigo 5º da Lei nº 6.505, de 13 de
dezembro de 1977, por força do § 1º daquele dispositivo.
§ 6º Independentemente da natureza da infração e da faixa em que se situe a
penalidade a ela correspondente, poderá a EMBRATUR aplicar a pena de
advertência aos Guias de Turismo que não tenham antecedentes.
Art. 8º O Guia de Turismo que tiver seu cadastro cancelado, previsto no inciso
II do art. 7º desta Deliberação Normativa, em decorrência de infração de
natureza média, poderá requerer reabilitação provisória após cento e oitenta
dias, contados a partir da data que tomou conhecimento da penalidade que lhe
foi imputada, desde que inexista outro processo de denúncia em andamento
contra a sua pessoa.
Parágrafo único. A reabilitação à situação normal só se dará em conseqüência
de requerimento do interessado e cumprida a penalidade imposta, após um ano,
contado a partir da data que tomou conhecimento da penalidade que lhe foi
imputada, desde quenão seja reincidente.
Art. 9º O Guia de Turismo que tiver seu cadastro cancelado, previsto no inciso
II do art.
7º desta Deliberação Normativa, em decorrência de infração de natureza grave,
poderá requerer reabilitação provisória após um ano, contado a partir da data
que tomou conhecimento da penalidade que lhe foi imputada.
§ 1º Caso o requerente de que trata este artigo for reincidente, fica obrigado à
comprovação, por meio do certificado correspondente, de ter realizado curso de
reciclagem, com datas de início e de término posteriores à data que tomou
conhecimento da penalidade que lhe foi imputada.
§ 2º A reabilitação à situação normal só se dará em conseqüência de
requerimento do interessado e cumprida a penalidade imposta, após dois anos
contados a partir da data que tomou conhecimento da penalidade que lhe foi
imputada, não sendo o mesmo reincidente.
Art. 10 Esta Deliberação Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 11 Revogam-se os §§ 2º, 3º, 4º e 5º do art. 11 e o § 3º do art. 12 da
Resolução Normativa CNTur nº 4, de 28 de janeiro de 1983; o art. 2º da
Resolução Normativa CNTur nº 12, de 17 de outubro de 1984; a Deliberação
Normativa nº 234, de 7 de dezembro de 1987; a Deliberação Normativa nº 256,
de 10 de maio de 1989; a Deliberação Normativa nº 325, de 13 de janeiro de
1994; a Deliberação Normativa nº 377, de 17 de junho de 1997; a Deliberação
Normativa nº 386, de 10 de dezembro de 1997; a Deliberação nº 5.461, de 17
de dezembro de 1997; a Deliberação nº 5.462, de 17 de dezembro de 1997; e a
Deliberação nº 5.480, de 24 de março de 1998.
CAIO LUIZ CIBELLA DE CARVALHO
Presidente
* Onde está escrito EMBRATUR, leia-se Ministério do Turismo
Para Saber Mais
Sobre salas virtuais. Consulte:
 Destinos indutores e segmentação do turismo - www.turismo.gov.br
 Informações sobre o estado do Ceará – www.ceara.gov.br
 Federação Nacional de Guias de Turismo - www.fenagtur.org.br
 Turismo Comunitário – Instituto Terramar: Rua Pinho Pessoa, 86 Joaquim Távora.
3226-2476 e www.tucum.org
 GeoPark Araripe – www.geoparkararipe.org

Referências
CHIMENTI, Silvia e Adriana de Menezes Tavares. Guia de Turismo: o profissional e a profissão
– Editora Senac. São Paulo, 2007.
Guia Turístico Cultural do Ceará. Editora Terra da Luz. Fortaleza, 2006.
Secretaria de Turismo de Fortaleza. www.fortaleza.ce.gov.br/setfor março de 2010
Secretaria de Turismo do Ceará. www.setur.ce.gov.br março de 2010
Ministério do Turismo. http://www.turismo.gov.br março de 2010
Anuário do Ceará 2009 - 2010. Fortaleza: Jornal O Povo, 2009
BRASIL, Ministério do Turismo. Secretaria de Políticas de Turismo. Curso de Segmentação do
Turismo. Florianópolis: SEAD/ UFSC, 2009
Ministério do Turismo. Turismo e Acessibilidade: Manual de Orientações. Brasília, 2006
SEMACE. www.semace.ce.gov.br março de 2010
Geopark Araripe www.geoparkararipe.org
DIAS, Reinaldo; Mauricio Cassar. Fundamentos do Marketing Turístico. Pearson Prentice Hall.
São Paulo, 2005.

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