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Apresentação..............................................................................................05
Unidade I Fundamentos da Profissão de Guia de Turismo.........................07
1.1 Cadastramento e recadastramento.
1.2 Atribuições do Guia de Turismo
1.3 O dia-a-dia do Guia de Turismo
1.3.1 Cuidados a serem tomados
Unidade II Atualização do Guia de Turismo..............................................11
2.1 A atividade turística no Ceará
2.2 Programas e Ações do Ministério do Turismo
2.2.1 A competitividade no Mercado Turístico
2.2.2 Programa de Regionalização do Turismo
Destinos Indutores do Turismo
Segmentação Turística
Roteiros do Brasil
2.3 Novos Produtos e Equipamentos Turísticos do Ceará
2.4 Órgãos Oficiais de Turismo
2.5 Informações Adicionais
Anexos ......................................................................................................19
Referências.................................................................................................41
Apresentação
“(Senhoras e senhores) Bom dia / boa tarde / boa noite. Meu nome é
__________________________________.
Sou guia de turismo e irei acompanhá-los na viagem a
__________________________________.
Em nome agência _____________________, dou-lhes as boas vindas.
Agradecemos a escolha que fizeram ao viajar conosco.
Esperamos superar suas expectativas.”
Segundo o art. 5º do Decreto 946/93 (ver anexo III), para pleitear o cadastro no
Ministério do Turismo como Guia de Turismo, é necessário:
a) Ser brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil, habilitado para o
exercício da atividade profissional no país;
b) Ter dezoito anos completos à época da solicitação do cadastramento
como Guia de Turismo, consoante o disposto no art.5º da Lei
10.406/02;
c) Ser eleitor e estar em dia com as obrigações eleitorais;
d) Ser reservista e estar em dia com as obrigações militares, no caso de
requerente do sexo masculino menor de 45 ano;
e) Ter concluído o ensino médio;
f) Ter concluído curso de formação profissional de Guia de Turismo, na
classe (categoria) para a qual estiver solicitando o cadastramento.
Cadastro de Estrangeiros
Pensando no assunto...
Você já acessou alguma vez o site www.cadastur.turismo.gov.br?
Assim que puder vá lá e verifique sua situação. Basta ter o número do
seu CPF em mãos.
Segundo o art. 1º da Lei nº. 8.623/93 (ver anexo III) são atribuições do
Guia de Turismo:
Você sabia?
10 de maio é o dia do Guia de Turismo.
Os passeios turísticos podem ser realizados tanto por ônibus como por
vans e até por veículos particulares. A grande maioria dos passeios é realizada por
ônibus, sendo que estes devem estar equipados com todos os itens necessários
para a realização do bom desempenho do guia e do motorista.
É importante a checagem destes itens bem como da configuração do
veículo, tanto pelo guia como pelo motorista. Os veículos podem variar quanto à
quantidade de assentos, ao posicionamento das poltronas, à localização do toalete,
ao número de andares (simples ou dois andares – double deck) e aos
equipamentos inclusos (ar condicionado, som ambiente, aparelho de TV e de
DVD, frigobar, microondas etc.).
O posicionamento do toalete – na parte de trás ou inferior – só vai
influenciar o trabalho do guia se apresentar problemas durante o percurso, como
mau funcionamento ou mau cheiro. A única preocupação referente à localização
do sanitário é, se este ficar no andar de baixo (double deck). Devem-se alertar os
passageiros sobre os cuidados na descida e subida durante o trajeto,
principalmente à noite, uma vez que o veículo estará em movimento e a
luminosidade será menor.
Vídeo, som e ar – estes itens devem ser cuidadosamente checados antes
de chegar ao ponto de embarque dos passageiros. É importante o guia já se
familiarizar com os equipamentos para que não fique atrapalhado caso tenha que
utilizar ou informar sobre estas ou outras facilidades para os passageiros.
Normalmente o controle do ar condicionado é feito pela cabine do
motorista, sendo este frequetemente o responsável por suas alterações. Não é
difícil haver reclamações quanto à temperatura. Há várias razões para isso:
algumas pessoas são mais sensíveis ao frio ou ao calor, a localização onde o
passageiro se encontra no veículo (geralmente a parte anterior é mais fria), ao
retornar de um passeio à praia depois da exposição ao sol, muitas pessoas ficam
mais sensíveis ao frio do veículo etc.
Quanto à música e vídeo a serem executados no veículo, devemos lembrar
que nem todo mundo gosta do mesmo gênero de música ou filme, nem tampouco
podem ser “fans” dos estilos do guia ou do motorista. Portanto, é muito bom ter
um acervo variado destas mídias.
Gêneros muito extremos, como jazz, rap, funk e clássicos, devem ser
evitados, a menos que o grupo seja bastante homogêneo e tenha expressado
preferência por esses ritmos. Do mesmo modo filmes. Evitar os filmes
enfadonhos ou muito violentos. Dar preferência a filmes com teor mais cômico ou
de suspense, pois prendem mais a atenção do público e os distrai mais.
Para ambos os casos, filme ou música, o guia deve ter cuidado com o
volume. Deve-se usar o bom senso e de forma discreta, fazer uma consulta ao
público para regular o som. Não se deve aumentar ou diminuir várias vezes o som
ambiente para agradar a um ou outro passageiro. Da mesma forma que o ar
condicionado, quanto mais vezes for alterado o volume, maiores serão as
reclamações e mais frequentes as solicitações de mudança.
O microfone é um dos mais importantes instrumentos de trabalho do guia
de turismo. Sem ele ou com o aparelho defeituoso, a viagem pode ser prejudicada.
Ao passageiro, passa-se a imagem de que o serviço adquirido é de segunda
categoria. Pode prejudicar a qualidade das informações transmitidas, além de
poder trazer futuros problemas de voz ao profissional como rouquidão, pelo fato
de precisar gritar constantemente.
É recomendável que o guia não empreste o microfone para os passageiros.
Para tanto ele pode no início do passeio, junto com as orientações preliminares,
informar que o uso só será permitido em casos de avisos muito importantes. Por
mais divertido que possa ser os passageiros não tem costume de utilizar este tipo
de equipamento, principalmente em um veículo em movimento. Qualquer
descuido pode causar a queda do microfone ou a quebra do fio e assim o guia fica
desfalcado pelo resto do dia e até por toda a semana.
O guia deve se familiarizar com o uso do microfone para que o som não
fique distorcido e até mesmo por questões de higiene. Deve-se evitar colocá-lo
junto à boca ou muito distante também. Uma boa maneira de segurá-lo é a uma
distância de poucos centímetros da boca usando como apoio o dedo polegar, que
ficará encostado entre o lábio inferior e o queixo. Atenção também quanto a
pigarro ou tosse. Lembrar sempre de afastar o microfone da boca.
O atendimento
Turismo e acessibilidade
1. Atendimento prioritário
Para um bom atendimento, o guia deve ter também muita atenção quanto
às informações que serão passadas. Há profissionais que se utilizam de “pesca”
(cola) para não esquecer alguma coisa. Esta atitude pode ser repudiada ou não
bem vista por alguns colegas, mas é aceitável quando o guia não faz esse passeio
com frequencia ou quando está no início de carreira e ainda corre o risco de
esquecer alguma informação que pode ser importante.
Caso o guia venha a utilizar esse método, é interessante tomar algumas
providências e cuidados para que isto não se torne um problema para ele. A
sugestão é que para cada dia ou passeio o guia tenha uma folha diferente. As
informações devem ser escritas (ou digitadas) em letras grandes e até maiúsculas
e evitar abreviações.
Há ainda situações em que o guia leva o texto pronto para ler durante o
passeio. O que não é muito comum e para alguns públicos pode ser um
desrespeito.
O ideal é que o guia evite somente decorar, mas apropriar-se das
informações que deve passar. Ter em mente o que é necessário para que o
passageiro fique bem informado e tenha um dia agradável e sem contratempos.
Uma vez tomadas essas precauções, o guia deve observar a sequência das
informações que deverão ser transmitidas, que deverão ser corretas e coerentes.
Logo ao sair o guia deve cumprimentar os passageiros, informar o seu
nome, o nome do motorista e o nome da empresa para qual trabalha ou está
prestando serviço. Após isso, deve informar ou reforçar para onde estão indo e
traçar de forma resumida o roteiro que será seguido.
Informações como uso do cinto de segurança, saídas de emergência e até
uso do toalete, são muito importantes. Seguindo a orientação do departamento de
transito, as transportadoras orientam seus motoristas a passar estas informações,
principalmente as empresas que tem pouco hábito de executar viagens com a
presença de um guia de turismo. O guia deve ter o cuidado para combinar
previamente quem deverá passar essas informações para evitar qualquer desafeto
ou desentendimento entre os dois profissionais. Isto ocorre principalmente em
viagens mais longas.
Ao informar sobre um determinado logradouro, monumento ou paisagem,
é importante que o guia antecipe o que vai ser visto, “previna” o passageiro, para
que ele possa se preparar, como abrir a cortina a tempo ou pegar a máquina
filmadora ou fotográfica para registrar a atração.
Existe uma técnica que pode ser seguida por todos os guias. Trata-se do
antes, durante e o depois. Antes da chegada ao atrativo, informar-se que ele está
próximo e que será visto do lado direito ou esquerdo do veículo – lembrar que
geralmente o guia fica em pé e de frente para a “platéia” e sempre ao indicar uma
direção, deve utilizar a expressão: à sua direita ou à sua esquerda (dos senhores /
senhoras); durante o guia descreve o atrativo e/ou passa alguma informação
específica sobre o mesmo (de preferência uma explicação não muito demorada); e
o depois serve para reforçar o que foi dito, quando o guia pode complementar a
informação com alguma história peculiar ou somente repetir o nome do atrativo
que foi visto.
Dependendo da distância que vai ser percorrida, o guia pode deixar os
passageiros descansando um pouco ou ouvindo alguma música suave ou mesmo
assistindo um vídeo sobre o local a ser visitado. Pode neste momento utilizar
alguma técnica de animação para tornar a viagem mais agradável e fazer que
todos tenham a sensação que as horas se passaram rápido.
Quando houver mais de um ponto a ser visitado pode-se informar que
haverá desembarque em todos, porém deve priorizar a informação de cada um em
separado para que não haja confusão quanto a tempo de permanência ou o que
deve ser levado pelo passageiro para aquele lugar específico.
Sobre o lugar a ser visitado, o guia pode passar informações como:
História do lugar e seu desenrolar até os dias atuais;
Importância do lugar para a região, para o estado, para o país ou mesmo
para a humanidade;
Hábitos e costumes da localidade;
Nomes de algumas personalidades famosas, nascidas ou que moraram ou
que moram no lugar;
Curiosidades ou lendas locais;
Produtos artesanais ou típicos;
Gastronomia;
Clima e cuidados relacionados a ele;
Características ambientais como vegetação, fauna, relevo, formações
geológicas;
Estruturação turística;
Principais atrativos;
Horários de visitação ou funcionamento de equipamentos;
Permissão ou proibição de alguma atitude ou comportamento como
vestimenta, uso de máquinas fotográficas;
Política de atendimento e funcionamento de equipamentos como
restaurante, passeios opcionais, brinquedos.
Alguns guias costumam fazer orações ou rezar antes dos passeios. Esta
atitude é mais comum em grupos em viagens longas. Muitos (guias e passageiros)
consideram indispensável esta atitude. A reza ou oração e até cânticos religiosos,
podem ser bem vindos em grupos específicos, quando o guia tem certeza do perfil
do grupo, que deve ser formado por pessoas que pertençam à mesma
denominação religiosa e que aceitem esta prática. Porém, o guia mesmo tendo
esta informação sobre grupo, corre o risco de não ser autêntico. Por não pertencer
a esta denominação ou não conhecer bem seus fundamentos, corre o risco de ser
inconveniente ou até mesmo agressivo. Com a diversidade religiosa no Brasil e no
mundo, alguns grupos chegam a ser bem heterogêneos, o que pode ser
inconveniente para pessoas que seguem outras religiões. A oração e/ou o pedido
de proteção divina antes da viagem também pode dar para algumas pessoas ou
grupos a impressão que a viagem é perigosa com riscos no seu trajeto.
Sobre a localidade
Unidade II
MACRORREGIÃO NORTE
MACRORREGIÃO NORDESTE
MACRORREGIÃO CENTRO-OESTE
MACRORREGIÃO SUDESTE
MACRORREGIÃO SUL
Pólo Fortaleza
Atualmente oscilando entre a 4ª e 5ª maior capital brasileira, em número
de habitantes, Fortaleza conta com uma população acima de 2,5 milhões
(2010).
Distância (terrestre) de Fortaleza para grandes centros nacionais
emissores:
São Paulo: 3.145 km
Rio de Janeiro: 2.840 km
Brasília: 2.290 km
Salvador: 1.403 km
O destino indutor Fortaleza, influenciará boa parte de sua Região
Metropolitana.
SEGMENTAÇÃO TURÍSTICA
Ecoturismo
“Ecoturismo é o segmento da atividade turística que utiliza, de forma
sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca
a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do
ambiente, promovendo o bem-estar das populações”. (Marcos Conceituais –
MTur)
Este segmento é caracterizado pelo contato com ambientes naturais, pela
realização de atividades que possam proporcionar a vivência e o conhecimento
da natureza e pela proteção das áreas onde ocorre. Ou seja, assenta-se sobre o
tripé: interpretação, conservação e sustentabilidade. Assim, o ecoturismo pode
ser entendido como as atividades turísticas baseadas na relação sustentável com
a natureza, comprometidas com a conservação e a educação ambiental.
Deste modo, o Ecoturismo está diretamente relacionado com o conceito
de turismo sustentável, que relaciona as necessidades dos turistas e das regiões
receptoras, protegendo e fortalecendo oportunidades para o futuro. Contempla
a gestão dos recursos econômicos e sociais e necessidades estéticas, mantendo
a integridade cultural, os processos ecológicos essenciais, a diversidade
biológica e os sistemas de suporte à vida.
Turismo de Aventura
“Turismo de Aventura compreende os movimentos turísticos decorrentes
da prática de atividades de aventura de caráter recreativo e não-competitivo”.
(Marcos Conceituais – Mtur).
São as atividades recreativas que envolvem desafio e riscos avaliados e
que proporcionam sensações diversas e novidade.
Destacam-se atividades como:
Arvorismo, ciclismo, atividades equestres, atividades em
cavernas, percursos fora de estrada;
Bungee jump, cachoeirismo, canyonismo, caminhadas, escaladas,
montanhismo, rapel, tirolesa;
Bóia-cross, canoagem, mergulho, rafting;
Asa delta, balonismo, parapente, pára-quedas, ultraleve.
Turismo Cultural
“Turismo Cultural compreende as atividades turísticas relacionadas à
vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e
cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e
imateriais da cultura”. (Marcos Conceituais – MTur)
“Consideram-se patrimônio histórico e cultural os bens de natureza
material e imaterial que expressam ou revelam a memória e a identidade das
populações e comunidades. São bens culturais de valor histórico, artístico,
científico, simbólico, passíveis de se tornarem atrações turísticas
(COLOCAR NO GLOSSÁRIO): arquivos, edificações, conjuntos
urbanísticos, sítios arqueológicos, ruínas, museus e outros espaços destinados à
apresentação ou contemplação de bens materiais e imateriais, manifestações
como música, gastronomia, artes visuais e cênicas, festas e celebrações. Os
eventos culturais englobam as manifestações temporárias, enquadradas ou não
na definição de patrimônio, incluindo-se nessa categoria os eventos
gastronômicos, religiosos, musicais, de dança, de teatro, de cinema, exposições
de arte, de artesanato e outros”.
Além disso, outros recortes como turismo cívico, religioso,
místico/esotérico e étnico também são considerados segmentos específicos do
Turismo Cultural, o que gera amplas oportunidades para desenvolver roteiros
adaptados a diversos gostos e necessidades, tanto do turista nacional quanto do
estrangeiro.
Os principais atrativos do Turismo Cultural são:
Sítios históricos – centros históricos, quilombos
Edificações especiais – arquitetura, ruínas
Obras especiais – arquitetura, ruínas
Obras de arte
Espaços e instituições culturais – museus, casas de cultura
Festas, festivais e celebrações locais
Gastronomia típica
Artesanato e produtos típicos
Música, dança, teatro, cinema
Feiras e mercados tradicionais
Saberes e fazeres – causos, trabalhos manuais
Realizações artísticas – exposições, ateliês
Eventos programados – feiras e outras realizações artísticas,
culturais, gastronômicas
Outros que se enquadrem na temática cultural
Turismo de Esportes
“Turismo de Esportes compreende as atividades turísticas decorrentes da
prática, envolvimento ou observação de modalidades esportivas”. (Marcos
Conceituais – MTur)
O desenvolvimento do Turismo de Esportes traz algumas oportunidades
que merecem destaque, como:
- Estímulo a outros segmentos e produtos turísticos; (COLOCAR NO
GLOSSÁRIO)
- Incentivo a eventos e calendários esportivos;
- Indução à implantação de estruturas esportivas também para o uso da
comunidade receptora, como “legados”;
- Indução de melhorias na infra-estruturai urbana;
- Diminuição dos efeitos da sazonalidade em algumas localidades turísticas;
- Estímulo à comercialização de produtos e serviços agregados;
- Estímulo ao sentimento de pertencimento e fortalecimento da autoestima;
- Valorização do ser humano e da prática do esporte;
- Promoção da confraternização;
- Tem a capacidade de transformar as competições esportivas em fatores de
sociabilidade.
Acredita-se em grande desenvolvimento do segmento nos próximos anos
inclusive em função de grandes eventos esportivos no País, como os Jogos
Panamericanos de 2007, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de
2016.
Turismo de Pesca
“Turismo de Pesca compreende as atividades turísticas decorrentes da
prática da pesca amadora, ou seja, atividade praticada com a finalidade de
lazer, turismo ou desporto, sem finalidade comercial”. (Marcos Conceituais
– MTur)
O Brasil dispõe de recursos com potencial para atrair pescadores do
mundo todo, representados pela diversidade de seus peixes, suas vastas bacias
hidrográficas e seus oito mil quilômetros de costa, aproximadamente.
Essa potencialidade resulta em uma gama de oportunidades para a pesca
amadora, com finalidade de lazer, turismo ou desporto, sem fins comerciais,
mas, para aproveitá-la, é preciso conhecer as minúcias do segmento.
Turismo Rural
“Conjunto das atividades turísticas desenvolvidas no meio rural,
comprometidas com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e
serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da
comunidade”. (Marcos Conceituais – MTur)
O meio rural pode ser bem aproveitado para o turismo. Não só as
propriedades, como também os atrativos e produtos existentes no campo
podem ser uma opção para os turistas e uma oportunidade para os nele vivem:
bebidas e alimentos in natura; artesanato; criação de animais; atividades
equestres e de pesca; caminhadas; atividades pedagógicas; atividades
recreativas dentre outras.
Turismo Social
“Turismo Social é a forma de conduzir e praticar a atividade turística
promovendo a igualdade de oportunidades, a equidade, a solidariedade e o
exercício da cidadania na perspectiva da inclusão”. (Marcos Conceituais –
MTur)
Com essa visão, o Ministério do Turismo orienta para o desenvolvimento
do turismo independentemente da estratificação social: por um lado, enfoca
aqueles que, pelos mais variados motivos (renda, preconceito, alienação etc.),
não fazem parte da movimentação turística nacional ou consomem produtos e
serviços inadequados; por outro, atenta para os que não têm oportunidade de
participar, direta ou indiretamente, dos benefícios da atividade com vistas à
distribuição mais justa da renda e à geração de riqueza. Sob tal argumentação,
lança-se um novo olhar sobre a questão, na qual o Turismo Social não é visto
apenas como um segmento da atividade turística, mas como uma forma de
praticá-la com o objetivo de obter benefícios sociais.
Turismo de Saúde
“Turismo de Saúde constitui-se das atividades turísticas decorrentes da
utilização de meios e serviços para fins médicos, terapêuticos e estéticos”.
(Marcos Conceituais – Mtur)
Os termos turismo hidrotermal, turismo hidromineral, turismo
hidroterápico, turismo termal, termalismo, turismo de bem-estar, turismo de
águas e vários outros podem ser compreendidos como Turismo de Saúde.
Você sabia?
O dia Nacional do Turismo é 2 de março.
Roteiros do Brasil - Ceará
O GEOPARK ARARIPE
Geopark é um território com limites definidos e que possui sítios de
grande valor científico cujos patrimônios socioeconômico, cultural, histórico,
ambiental e geológico apresentam importância, raridade, riqueza em
biodiversidade e contam a história da terra e conferem identidade ao lugar.
O Geopark Araripe foi encaminhado à verificação da UNESCO pelo
Governo do Estado do Ceará e Universidade Regional do Cariri – URCA,
ainda em 2005, representando nessa ação o Governo do Estado do Ceará e o
Governo Alemão, através do intercambio de cooperação do DAAD/ Deutscher
Akademischer Austausch Dienst, que deu apoio à iniciativa.
Em 21 de setembro de 2006, após se submeter aos procedimentos
padrões de vistoria e avaliação pela comissão oficial da UNESCO, Divisão de
Ciências da Terra o Geopark Araripe foi aprovado e oficializado na II
Conferência Mundial dos Geoparks (II World Conference on Geoparks),
realizada na Irlanda do Norte, em Belfast.
O Geopark Araripe é formado por nove locais de interesse, definidos pela
relevância geológica e paleontológica, que receberam a denominação de
geossítios, distribuídos pelo Cariri. São os locais mais representativos de seus
estratos geológicos e de suas formações fossilíferas. São eles:
ACQUARIO CEARÁ
O maior aquário da América Latina que será construído na Praia de
Iracema deverá ter suas obras iniciadas em agosto de 2010 e estará
completamente por conta do estado do Ceará. Mas deverá ter parceiros da
iniciativa privada para a administração do equipamento.
O equipamento ocupará 297 metros e terá quatro andares, nos quais
estará um tanque de 18 milhões de litros de água, onde ficarão os animais
marinhos. Além disso, deverá compor o aquário dois cinemas em 3D, com
movimentação de poltronas; um ponto de navio naufragado, onde será possível
realizar mergulho; três simuladores de submarino e um túnel por dentro do
equipamento.
B - Marketing turístico
O Programa de Marketing Turístico visa consolidar os mercados já
conquistados e agregar novos mercados. O Marketing Turístico procura
diminuir a sazonalidade e incentivar o mercado de eventos. Dentre as ações,
estão:
Divulgar e venda do destino Ceará em eventos especializados em
turismo;
Comercializar produtos turísticos, junto ao mercado nacional e
internacional em parceria com operadoras e agências de viagens;
Ampliar do acesso aéreo e marítimo para o Ceará;
Produzir e veicular campanhas publicitárias e material promocional;
Divulgar produtos e serviços que fortaleçam a interiorização do
turismo;
Apoiar a realização de eventos;
Criar e implementar novos postos de informações.
C - Captação de Investimentos
O objetivo do Programa de Captação de Investimentos é incrementar a
oferta turística através da atração de investimentos e ampliação de negócios
turísticos no Estado. As ações são as seguintes:
Atrair investimentos, orientar investidores e promover parcerias de
parcerias;
Realizar articulação entre investidores, órgãos públicos e privados para
viabilizar e agilizar processos de investimento e financiamento;
Apoiar canais de financiamento para implantação de equipamentos
turísticos de pequeno e médio portes;
Promover articulações com organismos nacionais e internacionais para
identificar projetos com interesse para parcerias, captação de recursos
externos, ampliação de mercado e estímulo à transferência de
tecnologia;
Estimular a divulgação de oportunidades de investimentos no Ceará
através da mídia;
Incentivar a participação do empresariado em eventos específicos do
turismo.
D - Planejamento estratégico
Síntese histórica:
1993: Criação da Fundação para o Desenvolvimento do Turismo em
Fortaleza – FORTUR;
1996: FORTUR teve um novo redirecionamento e passou a enfocar
apenas ações de turismo local, o que conseqüentemente levou à sua
extinção em 1999;
1999: Criação da Fundação de Cultura, Esporte e Turismo –
FUNCET e vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico
– SDE, ambas criadas em 1999 foram os órgãos que substituíram a
FORTUR;
14 de outubro de 2005 – Criação da SETFOR
EIXOS ESTRATÉGICOS
Oferta de serviços e equipamento de turismo cultural e familiar
- Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
- Superação do binômio sol-mar (diversificação do produto)
- Qualificação dos profissionais
- Respeito aos direitos do turista
- Produtos e serviços vinculados às tradições locais
PESQUISAS
• Inventário da Oferta Turística de Fortaleza;
• Pesquisa sobre a demanda por qualificação profissional no receptivo de
Fortaleza;
• Pesquisa sobre a exploração sexual infanto-juvenil no turismo de
Fortaleza;
• Diagnóstico Participativo das 360 famílias dos jovens do Proj. Inclusão
Social com Capacitação Profissional;
• Pesquisa de demanda das Casas do Turista e do Posto de Informações
turísticas.
Infra-Estrutura Turística
• Casa do Turista
– Beira Mar
– Mercado Central
– Praça do Ferreira
• Postos de Informações Turísticas
– Praia do Futuro / Barra do Ceará / Praia de Iracema, entre
outros.
PROJETOS SETFOR
Informações adicionais
Turismo Comunitário
O turismo comunitário nasceu da percepção das comunidades de que
não é suficiente apenas fazer críticas ao modelo de turismo convencional,
gerador de concentração de renda e de problemas sócio-ambientais.
Neste modelo, a população local possui o controle efetivo sobre o seu
desenvolvimento, sendo diretamente responsável pelo planejamento das
atividades e pela gestão das infra-estruturas e serviços turísticos, orientados por
princípios que buscam garantir a sustentabilidade, valorizando a produção, a
cultura e identidades do local. Assim, as estratégias prioritárias na construção
dos roteiros de visitação incluem os momentos de vivências com a
comunidade, as trocas culturais entre visitantes e populações locais e as trilhas
de inerpretação ambiental.
No Ceará 12 comunidades do litoral fazem parte da Rede Tucum, que é
um projeto pioneiro de turismo comunitário no estado, possibilitando a
convivência com pescadores, marisqueiras, indígenas e agricultores:
Jenipapo-Kanindé - Aquiraz
Batoque – Aquiraz
Prainha do Canto Verde – Beberibe
Assentamento Coqueirinho – Fortim
Ponta Grossa – Icapuí
Tremembé – Icapuí
Flecheiras – Trairi
Caetanos de Cima – Amontada
Curral Velho – Acaraú
Tatajuba – Camocim
Alojamento Frei Humberto (MST) – Fortaleza
Associação Mulheres em Movimento – Fortaleza
Símbolos do Ceará
A Bandeira
Hino do Ceará
A Carnaúba
Tombamento Municipal
Fortaleza – SECULTFOR
Colégio Dorotéias
Estoril
Mercado dos Pinhões
Ponte dos Ingleses
Santa Casa de Misericórdia
Casa do Barão de Camocim
Capela de Santa Terezinha
Casa Rachel de Queiroz*
Espelhos de Água das Lagoas da Messejana e Parangaba
Estação Ferroviária da Parangaba
Feira de Artesanato da Beira Mar
Ideal Clube*
Igreja Bom Jesus dos Aflitos
Igreja São Pedro dos Pescadores
Imparh*
Mercado da Aerolândia
Riacho Papicu
Art. 1º - Atuar sempre á luz da verdade, não induzindo o usuário dos seus
serviços a erros de interpretação, quanto às informações prestadas.
Art. 2º - Possuir vocação e preparo adequado para o exercício da atividade de
GUIA DE TURISMO, procurando o aprimoramento constante, através de
cursos, seminários e congêneres.
Art. 3º - Desenvolver ao máximo o seu sentido de responsabilidade, evitando
que, por omissão ou negligência, seus atos possam causar prejuízos à empresa
onde trabalha ao público em geral ou aos seus companheiros de profissão.
Art. 4º - Demonstrar conduta apropriada em todos os seus atos, públicos e
privados, atendendo com esmero, pontualidade, discrição e zelosa diligência às
funções de GUIA DE TURISMO.
Art. 5º - Procurar sempre em seu relacionamento com as autoridades públicas,
obter o reconhecimento da importância da sua atividade para com a
comunidade, com igualdade para seus colegas de todo o mundo.
Art. 6º - Praticar a amizade como um fim e não como um meio, respeitando em
todos os momentos e se fazendo respeitar como pessoa humana.
Art. 7º - Colaborar com os colegas que lhe solicitarem apoio para desenvolver
sua atividade, dando proteção aos interesses dos mesmos como se fossem seus,
desde que não venha a ser prejudicado no desempenho de suas próprias
funções.
Art. 8º - Prestar o máximo apoio ao SINDICATO DOS GUIAS DE TURISMO
DO BRASIL, ao qual deve pertencer, ajudando-o a fortalecer-se para que o
mesmo, por sua vez, melhor possa proteger os interesses de seus associados.
Art. 9º - Procurar eleger e promover os mais capacitados valores da categoria
para dirigir o SINDICATO DOS GUIAS DE TURISMO DO BRASIL.
Art. 10º - Colaborar, sob todas as formas ao seu alcance, com o SINDICATO,
submetendo ao poder arbitral do mesmo qualquer conflito de interesse.
Art. 11º - Apresentar-se sempre como um eficiente e sério profissional,
constante portador da mensagem de Paz e Entendimento entre todos os povos.
Art. 12° - Não tecer, quando no exercício da atividade, comentários políticos -
partidários, não emitir qualquer comentário desfavorável sobre pessoas ou
locais, nem fazer qualquer tipo de discriminação de raça, credo, religião, sexo
ou costumes.
Art 13° - Respeitar o meio ambiente e o patrimônio cultural e artístico,
colaborando na sua preservação e atuando junto à sociedade visando evitar a
depredação da natureza e do patrimônio cultural e artístico.
Art. 14º - Manter postura correta e vocabulário adequado ao exercício da
profissão de GUIA DE TURISMO.
Art. 15º - O Presente Código de Ética substitui o anterior e passa a vigorar a
partir desta data.
Belo Horizonte (MG), 23 de outubro de 1987.
ITAMAR FRANCO
José Eduardo de Andrade Vieira
(Publicado no Diário Oficial da União nº189, de 04/10/93, Seção I, Pág.14782)
*Observação: Onde está escrito EMBRATUR, leia-se Ministério do
Turismo
Referências
CHIMENTI, Silvia e Adriana de Menezes Tavares. Guia de Turismo: o profissional e a profissão
– Editora Senac. São Paulo, 2007.
Guia Turístico Cultural do Ceará. Editora Terra da Luz. Fortaleza, 2006.
Secretaria de Turismo de Fortaleza. www.fortaleza.ce.gov.br/setfor março de 2010
Secretaria de Turismo do Ceará. www.setur.ce.gov.br março de 2010
Ministério do Turismo. http://www.turismo.gov.br março de 2010
Anuário do Ceará 2009 - 2010. Fortaleza: Jornal O Povo, 2009
BRASIL, Ministério do Turismo. Secretaria de Políticas de Turismo. Curso de Segmentação do
Turismo. Florianópolis: SEAD/ UFSC, 2009
Ministério do Turismo. Turismo e Acessibilidade: Manual de Orientações. Brasília, 2006
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