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MINISTÉRIO DO TURISMO
PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA
SECRETARIA DE TURISMO DE FORTALEZA - SETFOR
FORTALEZA
2008
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SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS E ILUSTRAÇÕES 3
APRESENTAÇÃO 4
UNIDADE I NOÇÕES FUNDAMENTAIS DO TURISMO 6
Ensino e Pesquisa em Turismo 6
O Ensino do Turismo no Brasil e no Ceará 6
Pesquisa e Produção Científica em Turismo 7
Características das Profissões ligadas ao Turismo e as necessidades de
Formação junto ao Mercado de Trabalho 8
O Turismo e o Profissional Turismólogo 9
Teoria Geral do Turismo e da Hospitalidade 9
O Turismo na Sociedade Globalizada do século XXI 9
O Sistema de Turismo (SISTUR) e seus Subsistemas 11
Cadeia Produtiva do Turismo 12
Planejamento Turístico e as Políticas Públicas do Turismo 13
Gestão Pública do Turismo 13
Princípios da Sustentabilidade para o Desenvolvimento do turismo 14
A Importância da hospitalidade nos municípios turísticos 16
Inventário Turístico e os Roteiros turísticos do Ceará 16
UNIDADE II FORMAÇÃO DE LÍDERES 19
Conceito de Liderança 19
Habilidade e Competência na postura do líder na gestão de pessoas 19
Trabalhando as relações internas do grupo 21
Compreendendo as diferenças e tirando lucro das semelhanças 21
Líder, uma questão de exemplo 22
Trabalhando as ferramentas da liderança 23
Visão holística na condução da equipe para resultados 24
Inteligência Organizacional 25
Dividindo competências sem perda de poder 26
Contribuição da liderança para o equilibrio da equipe de trabalho 27
A Negociação intra-equipe 28
A Comunicação na gestão 30
O feedback como ferramenta de crescimento na liderança compartilhada 31
UNIDADE III DIDÁTICA DE QUALIFICAÇÃO DE GRUPO DE TRABALHO 32
Formação e qualificação dos recursos humanos com foco na formação de
grupos 32
Estudo das tendências pedagógicas no processo ensino-aprendizagem e
suas relações com a formação e qualificação dos grupos de trabalho 35
Planejamento e desenvolvimento de abordagens interdisciplinares dos
conteúdos programáticos para a qualificação de grupos de trabalho 37
Técnicas de Animação Turística aplicada a Instrutores 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43
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Apresentação
No turismo essa concepção de qualificação não é diferente, uma vez que essa atividade
contribui para o desenvolvimento econômico, ela impacta os diversos setores da economia ao
gerar emprego, renda e receita, pois, com o êxito dessa atividade, aumentou o interesse de
estudiosos, empreendedores e trabalhadores por essa área e a necessidade de otimizar os
serviços prestados através da busca incisiva do conhecimento.
Com efeito, o Projeto da SETFOR enceta a partir da problemática levantada pelo Plano
Nacional do Turismo quanto à qualificação profissional deficiente dos prestadores de serviços,
tanto no âmbito gerencial quanto nas habilidades específicas operacionais. Não obstante aos
objetivos desse Plano em ampliar e qualificar o mercado de trabalho é que este Órgão propõe
um Projeto de Qualificação Profissional e Técnica dos Prestadores de Serviços em Turismo na
Cidade de Fortaleza mediante a realização de cursos e de pesquisa para levantamento da
demanda por qualificação profissional e empresarial junto aos empreendimentos turísticos e
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Quem de nós, estudiosos do turismo, nunca se deparou com um leigo na área que,
conhecedor de alguns destinos turísticos, fala do turismo com se fosse um expert?
Quem de nós nunca ouviu um amigo, parente ou acadêmico de um curso que não o turismo
dizer que turismo é um curso sem perspectiva? Certamente essas cenas já aconteceram
inúmeras vezes a todos os que decidiram atuar e estudar o turismo.
A exemplo disto, um aluno de uma instituição disse que preferia o curso de ad-
ministração ao de turismo porque estaria preparado para atuar na área do turismo tanto quanto
os demais alunos.
Ao ser inquirido se eram estudadas as características básicas do produto turístico
no curso de administração. Sua resposta foi: não. Então foi perguntado se ele já tinha ouvido
falar do efeito multiplicador do turismo; outro não. Insistiu-se perguntando se ele saberia fazer
um estudo de impacto social do turismo; novamente não. Então, em face da ignorância
revelada, o acadêmico afirmou não saber que existem tantos temas diferentes no turismo e
pediu desculpas pela afirmação feita inicialmente.
Essa passagem serve para destacar a necessidade da pesquisa científica em
turismo, da publicação dos resultados obtidos e do seu estudo por parte dos trabalhadores do
turismo. Acredita-se que somente assim pode-se avançar na prática do turismo em nosso país.
O número de publicações em turismo no Brasil ainda é baixo, em relação à necessidade que o
fenômeno tem de estudos atualizados. Considera-se também que a simples transferência das
teorias e metodologias de outros países não basta para desenvolver o turismo em nosso país,
uma vez que o Brasil necessita de uma teoria própria do turismo, em razão de sua diversidade
cultural, geográfica, ambiental, etc., e pelas suas dimensões continentais - bem diferentes dos
países do Velho Mundo e de outros destinos.
Pela limitação de tempo e fonte de informação sabe-se das limitações existentes, e
de que não foram levantadas todas as editoras brasileiras que publicam na área do turismo, e
se algum livro das editoras mais renomadas tenha ficado fora da análise, graças ao fato de que
nem todas elas mantêm seus sites atualizados. Contudo, este certamente é um estudo inédito
que lança algumas luzes sobre o rumo que está seguindo a produção científica em turismo.
O mercado em 2005 manteve o número de publicações perto da de 2004, ou seja,
entre 40 e 50 títulos lançados. Apesar de uma possível estagnação ou uma diminuição no ritmo
das publicações. Em dezembro de 2004 foi comunicado por uma grande editora nacional seu
ingresso no mercado editorial de turismo em janeiro de 2005.
As publicações seguiram a lógica do mercado, pois se há consumidor há oferta de
produto. Ou seja, quando não havia muitos cursos de turismo, pouca era a publicação na área;
conforme aumentou o número de cursos, aumentou também o número de publicações.
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diversas ocupações, como já foi dito, quer seja direta ou indiretamente ligada à atividade do
turismo.
O turismo é reconhecidamente a “indústria” que mais emprega no mundo,
aproximadamente 260 milhões de pessoas, ou 10% da força de trabalho global, envolvendo
muitas diferentes profissões e especialidades necessárias para a produção e o
desenvolvimento econômico global. Um em cada dez trabalhadores brasileiros está vinculado
ao setor turístico (LAGE; MILONE, 2000).
O Sistema de Turismo - SISTUR é hoje aceito como uma das teorias mais difundidas
e capazes de atender satisfatoriamente ao estudo do turismo no Brasil, proveniente dos estudos
do professor Mário Beni, em 1998. Baseado na Teoria Geral de Sistemas, onde cada variável
do sistema interage com as outras variáveis de forma completa e inseparável dentro de um
contexto, causando efeito e sendo, ao mesmo tempo, a causa. Possibilita uma divisão em
subsistemas que se inter-relacionam com o todo através de canais de conexão, com fluxos
próprios. Propõe dispor de um referencial dinâmico, flexível e adaptável, que integre a própria
complexidade do fenômeno turístico e a represente por inteiro em suas combinações. A
atividade turística, dentro da visão sistêmica, é considerada um sistema aberto, em que cada
variável interage com as outras, de forma tão completa que causa e efeito não podem ser
separados, como ilustra a Figura 2.
Segundo Beni (2006, p.18), a atividade do turismo surge em razão da existência prévia
do fenômeno turístico, que é um processo cuja ocorrência exige a interação simultânea de
vários sistemas com atuações que se somam para levar ao efeito final. O turismo, enquanto
resultado do somatório de recursos naturais do meio ambiente, culturais e socioeconômicos,
tem campo de estudo superabrangente, complexíssimo e pluricausal. Dentro da perspectiva do
SISTUR, o Inventário da Oferta Turística está situado parte no conjunto da organização
estrutural, na infra-estrutura, e parte no conjunto das ações operacionais, onde se inter-
relacionam no mercado turístico a oferta, a demanda e a distribuição do produto.
Diversos são os fatores que podem comprometer o produto final, os quais são: a
inadequação de infra-estruturas, desqualificação da mão-de-obra, indisponibilidade e má
qualidade dos atrativos, falta de equipamentos de apoio, dificuldade de transportes e
telecomunicações e outros. Portanto, cada elo da cadeia produtiva do turismo deve prezar pela
qualidade de seus produtos e serviços, devendo-se ainda está em consonância e harmonia com
os outros elos, visto que qualquer alteração em um destes repercutirá em toda a cadeia,
comprometendo assim a qualidade e a competitividade do produto final que é o turismo.
Por atrativos entendem-se todos os produtos capazes de atrair os turistas, os quais
são divididos em atrativos naturais, histórico-culturais, todas as manifestações e usos
tradicionais e populares, acontecimentos programados (eventos).
No elo dos transportes encontram-se todas as formas de transportes para que se
tenha acessibilidade aos atrativos, onde se consideram os transportes aquáticos, terrestres e
aéreos.
Nos elos de hospedagem e alimentação são considerados os hotéis, pousadas,
albergues, motéis, restaurantes, bares, lanchonetes, e outros.
Os serviços de apoio turístico são as atividades de infra-estrutura que existem para
atender o turista: telecomunicações, segurança, saúde, entre outros. Por fim, o elo da
comercialização é considerado aquele que irá colocar o produto turístico à venda no mercado,
os quais estão inseridos as agências de viagens, as operadoras, vendedores, etc.
(ESMERALDO, 2002)
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O turismo não pode se organizar e desenvolver-se sem que haja planejamento com
base na definição de objetivos a serem alcançados. É evidente esta necessidade para que uma
localidade ou região possa ter um valor importante como produto turístico e ser relevante no
cenário econômico.
O planejamento turístico é essencialmente coordenado e executado pela gestão
pública, entretanto, para o alcance de seus objetivos torna-se necessário e fundamental a
colaboração das empresas privadas que atuam direta ou indiretamente no desenvolvimento da
atividade (OLIVEIRA, 2002).
O planejamento da atividade turística, em todos os níveis local, regional, nacional e
internacional, permite uma gestão racional dos recursos, evitando o desenvolvimento
desequilibrado dos mesmos, ou o desperdício. Mas este processo não é tão simples, deve ser
considerada uma série de fatores relativos ao destino, como informações adequadas sobre os
recursos, infra-estrutura e equipamentos que permitam a segmentação posterior da demanda
em nichos diferenciados e facilitem a tarefa de conservar o entorno, não só em benefício dos
moradores, como também em benefício dos investimentos turísticos em longo prazo (OMT,
2001).
Após a decisão política de organizar turisticamente uma região, três linhas de ações
devem acompanhar o desenvolver das atividades implantadas no local:
a) ações de decisões - reúnem todas as decisões provenientes dos setores
públicos e privado sobre as ações que deverão ser tomadas para criar atrativos turísticos no
local, como por exemplo:
b) ações de planejamento - propõem modificações, orienta os investidores, cuida
da manutenção das decisões tomadas, evita que haja desvios de objetivos. É uma linha central
que deverá servir para manter o equilíbrio entre as duas linhas externas, a fim de que não
faltem os recursos financeiros e técnicos necessários. Deve controlar o crescimento da oferta
em relação à procura, acompanhar as necessidades dos visitantes.
O planejamento do turismo local deve sempre levar em consideração o contexto
regional, nacional e até o internacional. São as leis, os incentivos, os planos de
desenvolvimento existentes no país.
c) ações de recursos financeiros e técnicos - tratam da obtenção e aplicação dos
recursos financeiros e técnicos que serão utilizados na implantação e manutenção das
atividades turísticas na localidade. É parte do ciclo que mantém contatos com os sistemas
financeiros nacionais e internacionais dispostos a investir na região.
Cada município que pretenda desenvolver ou expandir o turismo deve avaliar seus
recursos turísticos, desde os atrativos e atividades turísticas existentes e potenciais
relacionadas ao ambiente natural, ao patrimônio cultural e aos pontos especializados, o
desenvolvimento existente de instalações e serviços turísticos, os transportes e outras infra-
estruturas, além de mão de obra treinada.
O inventário da oferta turística de um município subsidia o planejamento turístico,
pois se constitui numa base de informações sistematizadas sobre os atrativos, os equipamentos
e os serviços turísticos e a infra-estrutura do município, atendendo às diretrizes da esfera
federal expressas no Plano Nacional do Turismo. Para tanto, devem ser coletados dados de
fontes de pesquisa direta e indireta, de modo que se organizem as informações de acordo com
Componentes da Oferta Turística, constituídos de Categorias, que se subdividem em Tipos e
Subtipos. A seguir relacionamos a lista dos componentes e suas categorias conforme a
Metodologia de Classificação da Oferta Turística:
Conceito de Liderança
Para John Kotter (1997 apud PESSOA, 2005, a atividade principal de um líder é
produzir a mudança. A sua ação deve se pautar sobre três dimensões fundamentais:
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estabelecer a direção estratégica da empresa, comunicar essas metas aos recursos humanos e
motivá-los para que sejam cumpridas. Ele considera que “as capacidades de liderança são
inatas, embora todas as pessoas devam ser encorajadas a ser líderes”.
Bennis (1996 apud PESSOA, 2005) reforça que “um bom gestor faz as coisas bem,
enquanto um bom líder faz as coisas certas”. Ele identifica quatro competências comuns nos
líderes: visão, capacidade de comunicação, respeitabilidade e desejo de aprendizagem.
Também afirma que os líderes são pessoas com capacidade para se expressar plenamente.
“Eles também sabem o que querem, por que querem e como comunicar isso aos demais, a fim
de obter a cooperação e o apoio deles”. Considera a liderança um requisito básico para que
haja eficácia em qualquer organização ou empresa, seja qual for o tempo em que se viva.
Segundo Bennis (1996 apud PESSOA, 2005), as principais características que os
líderes possuem são:
a) Visão sistêmica - corresponde a ter muito claro ‘o que se quer’ e ‘aonde
chegar’, tanto no nível profissional como pessoal. Dessa forma os líderes
encontram forças para persistirem diante das vicissitudes da vida e são
capazes de estabelecer a missão organizacional, para que as pessoas
tenham clareza dos propósitos e dos objetivos da empresa de curto e longo
prazo.
b) Paixão - todo líder ama o que faz, coloca em seus empreendimentos uma
dedicação baseada na paixão pelo que está fazendo. Dessa forma consegue
estabelecer uma relação de esperança e inspiração que traduz um
entusiasmo empolgante entre os colaboradores.
c) Integridade - é a essência para haver a confiança, habilidade fundamental
para que ocorra o engajamento e comprometimento dos colaboradores. A
integridade depende de três características essenciais. A primeira, diz
respeito ao autoconhecimento que o líder dispõe perante si mesmo, sendo
capaz de reconhecer com humildade seus pontos fortes e a desenvolver. A
segunda é a sinceridade, chave para o autoconhecimento necessário para
que o líder conheça a si mesmo. A terceira característica, a maturidade, é
importante para que o líder exerça seu papel com base nas experiências
passadas como colaborador e também mantenha um aprendizado contínuo
com as experiências adquiridas no âmbito pessoal e profissional.
d) Curiosidade e audácia- o líder procura o melhoramento contínuo, o
aprimoramento, está sempre disposto a correr riscos, experimentar, tentar
coisas novas. Gosta de aprender com as adversidades e faz disso um
aprendizado.
Bennis e Nanus (1988 apud PESSOA, 2005) descrevem que entre outras existem
cinco habilidades essenciais para se tornar um grande líder:
• A capacidade de aceitar as pessoas como elas são - não como você gostaria
que fossem.
• A capacidade de abordar relacionamentos e problemas em termos do presente
e não do passado.
• A capacidade de tratar os que estão perto de você com a mesma atenção
cordial que você concede a estranhos e a pessoas que conhece casualmente.
• A capacidade de confiar nos outros, mesmo quando o risco parece grande.
• A capacidade de agir sem a aprovação e o reconhecimento constante dos
outros.
Thompson e sua equipe (1993 apud PESSOA, 2005) desenvolveram um
instrumento, denominado o Inventário de Liderança Visionária - ILV, que avalia oito dimensões
básicas da liderança autenticamente eficaz, a saber:
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O líder tem que possuir várias habilidades e atitudes para obter o compromisso da
equipe com os resultados e conhecer também o nível de maturidade da mesma.
A liderança situacional concebe a liderança um atributo psico-social complexo
diferentemente da consideração de traços ou características de personalidade. O
comportamento é visto como uma função ou resultado da interação da personalidade com o
ambiente. Para Hersey e Blanchard (1986 apud PESSOA, 2005) o líder não pode usar apenas
um estilo de liderança, uma única forma de influenciar o desempenho de outras pessoas. Ao
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contrário, precisa utilizar vários estilos de liderança, conforme as diferentes necessidades dos
seus colaboradores. Logo, a crença é de que não existe um método único e superior para a
gestão das pessoas. A idéia é que os gerentes devem adaptar seu estilo de liderança ao nível
de desenvolvimento dos empregados em cada tarefa específica. Um estilo de liderança
adequado para um empregado novo e inexperiente provavelmente não dará certo com uma
pessoa experiente.
A liderança situacional é baseada na abordagem contingencial que se concentra no
comportamento dos seguidores - pois reflete o pensamento de que são os seguidores que
aceitam ou rejeitam os líderes. Independentemente do que o líder faça; a eficácia depende das
ações dos seus seguidores. Isto é uma dimensão importante que foi ignorada ou subestimada
na maioria das teorias da liderança. Está fundamentada na relação entre:
a) o grau de direção e de controle (comportamento diretivo) consiste em
explicar exatamente e em detalhes o papel a ser desempenhado pelo empregado; dizer
claramente o que fazer, como fazer, onde fazê-lo, quando fazê-lo e supervisionar atentamente o
seu desempenho. Pode ser sintetizado em três palavras: estrutura, controle e supervisão;
b) o grau de apoio e estímulo (comportamento de apoio) consiste em escutar,
dar apoio e estimulo, facilitar a interação, e influenciar o empregado a participar da tomada de
decisão. Pode ser sintetizado em três palavras: elogiar, ouvir e facilitar.
c) a competência e o empenho (nível de desenvolvimento do empregado)
consiste em conhecer o trabalho e as habilidades (competência) que o empregado possui e a
sua motivação e/ou confiança. Competência é determinada com base no conhecimento e na
habilidade do empregado na atividade a ser realizada e pode ser adquirida mediante
treinamento, experiência e/ou educação. O Comprometimento é a combinação de confiança e
motivação. Confiança é a medida da segurança da pessoa em si mesma, isto é, a sensação de
ser capaz de desempenhar bem um trabalho sem supervisão. A motivação é o grau de
interesse e o entusiasmo da pessoa em fazer bem feito um trabalho.
Portanto, os fatores que interagem no estilo de liderança a ser adotado pelo líder
são: a intensidade da supervisão que o líder exerce em relação à competência dos empregados
para desempenhar tarefas e funções e atingir os objetivos e a intensidade do apoio que o líder
proporciona aos empregados em relação ao comprometimento dos empregados para
desempenhar tarefas e funções e atingir os objetivos. Os quatro estilos básicos de liderança
são: Direção, Treinamento, Apoio e Delegação.
Desenvolvedor de Pessoas
Alavancador de Resultados
"Liderança" é um tema que vem sendo discutido desde os mais remotos tempos pelo
homem. Ser líder, formar líderes, parece ser um desafio constante do homem e das
organizações. Mostramos a seguir resultados de uma pesquisa interessante, que fornece
conselhos úteis para todos nós que desejamos vencer, alcançar o sucesso pessoal e
profissional.
Disposição para tentar o que não foi tentado antes – nenhum empregado deseja ser guiado
por um administrador sem coragem e autoconfiança. É o estilo de liderança positiva aquele que
ousa nas tarefas e se vale de oportunidade não tentada anteriormente.
Um Gerente de Vendas bem sucedido irá às ruas e venderá junto com seus vendedores
quando o mercado está difícil ou quando o pessoal de vendas encontra-se sob extrema
pressão. Tal gerente sabe que se arrisca a tornar-se impopular. Contudo, ao liderar pelo
exemplo, manterá a motivação da equipe.
Auto motivação - o gerente que não consegue se auto-motivar não tem a menor chance de ser
capaz de motivar os outros.
Percepção aguda do que é justo - grande qualidade de um líder eficaz e a fim de ter o
respeito da equipe, o gerente deve ser sensível ao que é direito e justo. O estilo de liderança
segundo o qual todos são tratados de forma justa e igual sempre cria uma sensação de
segurança. Isso é extremamente construtivo e um grande fator de nivelamento.
Planos Definidos - o líder motivado sempre tem objetivos claros e definidos e planejou a
realização de seus objetivos. Ele planeja o trabalho e depois trabalha o seu plano coma
participação de seus subordinados.
Perseverança nas decisões – um líder que vacila no processo decisório mostra que não está
certo de si mesmo, ao passo que um líder eficaz decide depois de ter feito suficientes
considerações preliminares sobre o problema. Ele considera que a possibilidade da decisão que
está sendo tomada pode vir a se revelar errada. Muitas pessoas que tomam decisões erram
algumas vezes. Entretanto, isto não diminui o respeito que os seguidores têm por elas. Sejamos
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realistas: um gerente pode tomar decisões certas, mas um líder eficaz decide e mostra sua
convicção e crença na decisão ao manter-se fiel a ela, sabendo, no entanto, reconhecer quando
erra. Assim, seu pessoal tem força para sustentar aquela decisão junto com o gerente.
Hábito de fazer mais do que aquilo pelo qual se é pago - um dos ônus da liderança é a
disposição para fazer mais do que é exigido do pessoal. O gerente que chega antes dos
empregados e que deixa o serviço depois deles é um exemplo deste atributo de liderança.
Personalidade positiva - as pessoas respeitam tal qualidade. Ela inspira confiança e também
constrói e mantém uma equipe com entusiasmo.
Empatia - líder de sucesso deve possuir a capacidade de colocar-se no lugar de seu pessoal,
de ser capaz de ver o mundo pelo lado das outras pessoas. Ele não precisa concordar com
essa visão, mas deve ser capaz de entender como as pessoas se sentem e compreender seus
pontos de vista.
Domínio dos detalhes - líder bem sucedido entende e executa cada detalhe do seu trabalho e,
é evidente, dispõe de conhecimento e habilidade para dominar as responsabilidades inerentes
à sua posição.
Disposição para assumir plena responsabilidade - outro ônus da liderança é assumir
responsabilidade pelos erros de seus seguidores. Caso um subalterno cometa um erro, talvez
por incompetência, o líder deve considerar que foi ele quem falhou. Se o líder tentar mudar a
direção dessa responsabilidade, não continuará liderando e dará insegurança a seus
seguidores. O clichê do líder é: "A responsabilidade é minha".
Duplicação - líder de sucesso está sempre procurando maneiras de espelhar suas habilidades
em outras pessoas. Dessa forma ele faz os outros evoluírem e é capaz de "estar em muitos
lugares diferentes ao mesmo tempo". Talvez este seja um dos maiores atributos de um líder:
ser capaz de desenvolver outros líderes. Pode-se julgar um líder pelo número de pessoas em
que ele refletiu os seus talentos e fez evoluir.
Profunda crença em seus princípios - a expressão "A menos que batalhemos por alguma
causa, nos deixaremos levar por qualquer causa" resume bem a importância de ter-se uma
causa pela qual valha à pena viver e trabalhar. Nada cuja aquisição tenha valor é muito fácil. O
líder de sucesso tem a determinação de atingir objetivos não importando os obstáculos que
surjam pelo caminho. Ele acredita no que está fazendo com a determinação de batalhar por sua
realização.
Enquanto a gestão de processos for encarada como algo somente “da equipe de
processos”, sua sustentabilidade está ameaçada. As pessoas precisam ser envolvidas no
trabalho de processos, conhecerem os conceitos e aprenderem que o trabalho sob uma visão
de processos pode ajudar no seu dia-a-dia, desde que bem conduzido. (SANTOS, 2007).
Inteligência Organizacional
Negociação intra-equipe
Mas afinal, o que é uma equipe? Caracterizamos trabalho de equipe aquele em que
as pessoas com diferentes habilidades, talentos, experiência e formação reúnem-se para um
propósito compartilhado ou uma meta comum; quando as pessoas precisam de outras pessoas
para atingir os seus objetivos.
O trabalho de equipe – alcançar o propósito ou a meta – beneficia a todos os seus
integrantes, direta ou indiretamente. Talvez o trabalho de todos se torne mais fácil ou mais
satisfatório, a organização se aprimore, ou cada pessoa simplesmente se divirta e aprenda
alguma coisa no processo. Em equipes que funcionam bem, seus integrantes vêem
rapidamente o benefício para si próprios, ficando comprometidos com a maneira como a
equipe trabalha e com a qualidade das coisas que a equipe faz. (MAGGIN, 1996).
Uma equipe é um grupo de pessoas trabalhando juntas para atingir uma meta em
que todos acreditam, a qual seria difícil, ou até mesmo impossível, de ser atingida por pessoas
trabalhando sozinhas. Equipes dão oportunidade para as pessoas crescerem e aprenderem,
sabendo que contribuíram para cada mudança.
A negociação é um processo que envolve troca de mensagens entre as partes,
portanto aplicam-se a ela os conceitos da comunicação. E como o seu interesse é fazer com
que sua mensagem esteja adequada, chegue integralmente ao destinatário e cause o efeito
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pretendido, é importante que ela seja previamente planejada, levando em conta um estudo
sobre a outra parte, procurando identificar fatores como:
• Questões político-sociais e jurídicas;
• Crenças e cultura;
• Aspectos comerciais e mercadológicos;
• Questões financeiras e fiscais;
• Características das pessoas que representarão a outra parte na
negociação.
O processo de negociação deve prosseguir com foco no interesse comum, até
alcançar o máximo possível de satisfação mútua. Após o processo, antes de encerrar a reunião,
deve-se recapitular o que foi discutido e acordado, e registrar – formalmente ou não, mas de
forma que seja reconhecida por todas as partes.
Destacamos como sendo os princípios da boa negociação a lista a seguir:
a) Objetividade: definir com clareza um objetivo, e orientar todos os esforços
durante o processo na busca de alcançá-lo - sem deixar que aspectos emocionais, interesses
pessoais ou mesmo a sede de “ganhar a discussão” interfiram. O objetivo deve ser definido de
forma escalonada, identificando inclusive quais deles são irrenunciáveis (o “escopo mínimo”, do
qual o negociador não pode abrir mão) e quais são apenas desejáveis.
b) Comunicação: comunicação é tornar comum, é fazer com que uma mensagem
alcance o receptor e (idealmente, em uma comunicação efetiva) influencie seu comportamento.
Uma comunicação efetiva demanda planejamento prévio e grande capacidade de adaptação às
condições do ambiente e dos interlocutores – o que nos leva ao terceiro princípio:
c) Preparação: para ter sucesso no processo, é necessário conhecer de antemão
os interlocutores, garantir as melhores condições ambientais e conjunturais possíveis e ter um
plano detalhado contendo inclusive os “checkpoints” e roteiros de escape para o caso de ser
melhor interromper a negociação antes de chegar ao objetivo desejado, de forma a continuá-la
posteriormente em condições mais favoráveis. A análise é fundamental: leva vantagem o
negociador que consegue compreender e definir qual o objetivo de sua contraparte e identificar
até que ponto ela está preparada para ceder.
d) Pauta: a pauta de negociação deve ser definida levando em conta os critérios
acima e deve ser planejada levando em conta a forma como será transmitida. Uma pauta para
um almoço de negócios é diferente da pauta para uma reunião formal, que é diferente da pauta
para uma conferência. Decisões sobre como ela deve ser apresentada (paulatinamente ou de
uma vez só, verbalmente ou por escrito, etc.) e sobre por quais pontos iniciar a conversação
são importantes e não devem ser subestimadas.
e) Impessoalidade: a negociação não deve misturar os interesses das pessoas
com os objetivos do processo. Pode ser necessário assumir o papel da parte que “perdeu” a
negociação, aos olhos dos demais, para garantir o alcance dos objetivos previamente definidos.
Uma boa negociação é um processo racional e não deve considerar aspectos emocionais ou
exaltar os ânimos dos participantes. O foco deve ser sempre mantido nos objetivos definidos e
não nas posições assumidas pelos participantes ao longo do processo.
f) Análise: como no método científico, o ideal é primeiro ser analítico para só
depois ser sintético. O processo deve gerar múltiplas soluções possíveis, todas elas
adequadamente registradas e apenas ao final desta fase analítica, deve-se passar à fase de
síntese, em que se classificam e selecionam as melhores opções e escolhe a melhor.
g) Racionalidade: o resultado de todos os passos acima, se seguidos
corretamente, é uma decisão equilibrada, considerando todos os dados existentes ou estimados
e baseada em critérios objetivos – e que atende da melhor forma possível a todas as partes
interessadas.
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Estilos de negociação
A Comunicação na Gestão
a) expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua
expressão fisionômica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas
muitas pessoas tentam inibir a expressão emocional.
b) movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação.
Um olhar fixo pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contesto pode significar
ameaça e provocação. Desviar os olhos enquanto o emissor fala é uma atitude que tanto pode
transmitir a idéia de submissão como a de desinteresse.
c) movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de
mensagens.
d) postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas
mais seguras do que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por
ex.: inferiores hierárquicos adotam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus
superiores, que tendem a mostrar-se descontraídos.
e) comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo
da voz) revela-se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente
transmite mensagens mais claras do que uma voz agitada.
f) a aparência: a aparência de uma pessoa reflete normalmente o tipo de imagem
que ela gostaria de passar. Através do vestuário, penteado, maquiagem, apetrechos pessoais,
postura, gestos, modo de falar, etc., as pessoas criam uma projeção de como são e de como
gostariam de ser tratadas. As relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer
aos outros a sua projeção particular e se os outros respeitarem essa projeção.
Então, na interação pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são
importantes para que o processo de comunicação seja eficiente
e outras manifestações individuais não podem ser apontadas como falhas, mas
toleradas como próprias daquele indivíduo.
e) Solicitado, desejado e oportuno: é útil quando os observadores podem ajudar
referindo-se o mais próximo do comportamento manifesto ou do fato em questão.
f) Referir-se à pessoa presente: falar no próprio nome e não fazer referências a
terceiros - "muita gente já falou sobre isso de você". O feedback serve para
aperfeiçoar o comportamento de alguém em relação a nós e nosso grupo.
O que é um grupo?
Segundo Píchon-Rivière (apud FREIRE, 1993), pode-se falar em grupo quando um
conjunto de pessoas movidas por necessidades semelhantes se reúne em torno de uma tarefa
específica. No cumprimento e desenvolvimento das tarefas, deixam de ser um amontoado de
indivíduos para cada um assumir-se enquanto participante de um grupo, com um objetivo
mútuo.
Isto significa também que cada participante exercitou sua fala, sua opinião, seu
silêncio, defendendo seus pontos de vista. Portanto, descobrindo que, mesmo tendo um
objetivo mútuo, cada participante é diferente. Tem sua identidade. Neste exercício de
diferenciação - construindo sua identidade - cada Indivíduo vai introjetando o outro dentro de si.
Isto significa que cada pessoa quando está longe da presença do outro, pode “chamá-lo” em
pensamento, a cada um deles e a todos em conjunto. Este fato assinala o início da construção
do grupo enquanto composição de indivíduos diferenciados. O que Pichon denomina de “grupo
interno”.
EU NÃO SOU VOCÊ, VOCÊ NÃO É EU
Eu não sou você, Você não é eu. Mas sei muito de mim, Vivendo com você
E você, sabe muito de você vivendo comigo? Eu não sou você, Você não é eu
Mas encontrei comigo e me vi enquanto olhava pra você
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Para Wallon (apud FREIRE, 1993) a identidade do sujeito é um produto das relações
com os outros. Neste sentido todo indivíduo está povoado de outros grupos internos na sua
história.
Assim como, também, povoado de pessoas que o acompanham na sua solidão, em
momentos de dúvidas e conflito, dor e prazer. Desta maneira estamos sempre acompanhados
por um grupo de pessoas que vivem conosco permanentemente.
Em termos gerais, a influência deste grupo Interno permanece inconsciente.
Algumas vezes só no esquecimento (pré-consciente) e não nos damos conta que estamos
repetindo, reproduzindo estilos, papéis, que têm que vir com vínculos arcaicos onde outros
personagens jogam por nós.
Todos estes integrantes do nosso mundo interno estão presentes na hora de
qualquer ação, na realização de uma tarefa. Por isso, nosso ser individual nada mais é que um
reflexo, onde a imagem de um espelho que nos devolvem é a de um “eu” que aparenta
unicidade mas que está composto por inumeráveis marcos de falas, presenças de modelos de
outros.
Tipos de Grupos
que ajuda a conter o ódio, outro que faz a mediação, outro que está sempre em divergência,
outro que prefere fazer que esteja ausente, que não lhe diz respeito, outro que assume o
denunciar permanentemente. Estes papéis se mantêm ao longo da vida. Quando não
suficientemente pensados, elaborados conscientemente, educados, cristalizam-se, assumindo
uma forma estereotipada, onde a repetição mecânica do mesmo papel acontece.
Como se forma esta estrutura?
Segundo Pichon-Rivière (apud FREIRE, 1993), a estrutura dos grupos se compõe
pela dinâmica dos 3 D. 0 depositado, o depositário e o depositante.
O depositado é algo que o grupo, ou um indivíduo, não pode assumir no seu
conjunto e o coloca em alguém, que por suas características permite e aceita.
Estes que recebem nossos depósitos são nossos depositários, nós que nos
desembaraçamos destes conteúdos, colocando-os fora de nós, somos os depositantes.
Podemos observar em qualquer grupo (secundário) de adultos como se distribuem
esses papéis e tarefas implícitas. Há os que se encarregam sempre de romper os silêncios
embaraçosos, os que com uma piada ou uma saída criativa desfazem uma tensão, os que
sempre estão contra ou fazem o “advogado do diabo”, os que se encarregam de carregar as
culpas e, mesmo reclamando, aceitam o depósito de bode expiatório, os que chegam
atrasados, os que interrompem para sair, os que sempre discordam de algo, ou aqueles a quem
tudo lhes parece ótimo e encarregam-se das tarefas de que os demais se omitem.
Este movimento de depósito começa na família, com o projeto inconsciente dos pais.
Estes marcam um lugar para cada um de seus filhos. Deste modo o filho ou a filha já ocupará
um lugar preestabelecido e adquirirá um papel determinado. Entre os diversos papéis, são
divididos aspectos que são ansiogênicos e dos quais a família não pode assumir em seu
conjunto. Depositando-os assim num dos seus membros, o controle da situação é facilitado.
A “debilidade familiar (os medos, as doenças, a agressividade) é projetada
(depositada) num de seus membros que assume o doente”, “o frágil”, a quem se cuida, se vigia
de perto. Desta maneira a família controla sua ansiedade. Diante deste “membro doente”, os
demais se sentirão forçosamente sadios e fortes.
Um exemplo bem característico é no que se refere à agressividade. Um membro do
grupo familiar “torna-se” agressivo, ou seja, não lhe dando (e ele também aceitando) esse lugar
da violência do que sempre se irrita primeiro, ao que tudo lhe incomoda. A partir daí, identifica-
se inconscientemente com ele nessa emoção de raiva e passa a rer livre dela, colocando-se
ao contrário, na posição, no papel não-violento. Aquele que recebeu tal depósito passa a ser o
“brigão”, “reclamão” da família e os outros assumem o status de quem, generosamente, o
suporia.
Através do mecanismo de projeção nos livramos de aspectos que nos desagradam,
pois não admitimos que também fazem parte de nós. Se estou com medo, em lugar de admitir,
reconhecer MEU medo, digo: “Tu me dás medo” ou “tua proposta é atemorizante”. Caso esta
afirmação coincida (encontre) um sujeito a quem sempre lhe é dado esse papel (atemorizante),
nosso mecanismo subjetivo se verá inteiramente satisfeito. O depositário recebeu e se
encarregará de “viver” meu medo. Meu medo não estará mais no meu interior e será produto,
culpa daquele que me atemoriza. Poderei me distanciar-me do meu medo, na medida em que
me separe dessa pessoa que se encarregou deste papel “atemorizante”.
Os Componentes do Grupo
R E A P I MS OR M S O
R E A P I MS OR M S O
R E A P I MS OR M S O
R – RESPOSTA A – ALUNO I – INDIVÍDUO OR - ORGANISMO S – SUJEITO
E – ESTÍMULO P – PROFESSOR MS – MEIO SOCIAL M – MEIO O – OBJETO
ASSOCIALISMO
DIRETIVISMO POSITIVISMO LAMARCKISMO EMPIRISMO
BEHAVIORISMO
GESTALT NÃO-
IDEALISMO DARWINISMO APRIORISMO
CARL ROGERS DIRETIVISMO
Relações Pedagógicas
• Um movimento de polarização tende a valorizar ou (a) o professor ou (b) o aluno,
ou (c) as relações entre professor e aluno.
• Este fenômeno denuncia determinadas concepções pedagógicas que
didaticamente fazem avançar, retardar ou até impedir o processo de construção do
conhecimento.
• A pedagogia centrada no professor tende a valorizar relações hierárquicas que,
em nome da transmissão do conhecimento, produzem indivíduos anulados em sua capacidade
criativa, no seu saber, tabula rasa.
Base empírica, apoio na psicologia, no associativismo, em geral, no behaviorismo e
no neobehaviorismo.
• A pedagogia centrada no aluno pretende enfrentar as demandas autoritárias do
modelo anterior, atribuindo ao aluno qualidade que ele não tem, como: domínio do
conhecimento sistematizado em determinada área e capacidade de abstração suficiente,
especialmente na área de atuação específica do professor.
Base apriorismo – inatista ou interacionista.
• A pedagogia centrada na relação desabsoluta os pólos da relação pedagógica,
dialetizando-os. O professor traz sua bagagem, o aluno também.
1. Resgata-se: do primeiro a importância que se dá ao conteúdo sistematizado
pelas várias ciências (acervo cultural da humanidade) e a autoridade do saber do professor. Do
segundo a experiência de vida, o saber até agora construído e a capacidade de construir
conhecimento que deve ser ativo nos processos pedagógicos.
2. Nega-se: O saber absoluto atribuído ao professor e o autoritarismo daí derivado;
a pretensa incapacidade de o professor influir no aluno e inutilidade dos conhecimentos deste.
A ignorância absoluta atribuída ao aluno e a subserviência e a nanição que lhe são cobradas, o
autoritarismo do aluno e a pretensa auto-suficiência de seus instrumentos de acesso ao
conhecimento. O autoritarismo do professor e o autoritarismo do aluno, simultaneamente.
A fundamentação epistemológica encontra-se no interacionismo de tipo
construtivista.
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Relações Epistemológicas
ATO DE CONHECER
Em uma sociedade tão complexa como a atual, a prática docente não pode ficar na
dependência de improvisos bloqueadores da criatividade e do desenvolvimento do coletivo, sus-
tentados em ações fragmentadas e improvisadas. Sem uma sólida fundamentação científica da
realidade, a construção e a reconstrução do conhecimento são inviáveis.
O processo de planejamento visa a promover a mudança nas estratégias docentes
da prática pedagógica cotidiana. Para tanto, é importante que o professor tenha não somente
uma visão geral a respeito do processo histórico da sociedade, mas também a consciência do
caráter político do seu papel como formador de "gente", de construtor do saber. Por isso
mesmo, a prática pedagógica fundamentada no planejamento dinâmico e abrangente, com
propostas claras, significativas, construídas a partir da realidade, certamente conduzirá à
tomada de decisão em bases sólidas, à consecução de objetivos realistas e à possibilidade de
uma avaliação consciente e científica.
Nessa perspectiva, o improviso, o planejar como sinônimo de "estar tudo na cabeça"
não combina com as necessidades da sociedade moderna.
O Planejamento surge quando o homem começa a pensar na necessidade de
sobrevivência. No momento em que a procura do alimento ou da proteção se faz presente, o
ser humano começa a planejar o futuro. À medida que os habitantes do planeta evoluem,
transformando a natureza, surgem as primeiras iniciativas de organização de grupos. A partir de
então, o processo de planejamento - embora de início se restringisse às idéias existentes
apenas na "cabeça" das pessoas - passa a delinear-se paulatinamente, tornando-se a cada dia
mais necessário, até atingir a complexidade do momento atual. Neste início de século, seja de
maneira sistemática ou assistemática, seja como processo cientificamente estruturado ou como
atividade rotineira, o planejamento faz parte do cotidiano dos seres humanos.
É importante que o professor tenha consciência do caráter político do seu papel
como formador de "gente", de construtor do saber.
Para Whitaker apud Manata (2004) em um estilo bastante simples, como ele mesmo
reconhece, o planejamento é definido com um jogo de palavras: uma ação planejada é uma
ação não improvisada; uma ação improvisada é “uma ação não planejada".
Vasconcellos apud Manata (2004) não só traz a idéia de previsão, mas também de
correção em busca da situação ideal ao afirmar que "planejar é antecipar mentalmente uma
ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto; é buscar fazer algo incrível
essencialmente humano: o real ser comandado pelo ideal".
A idéia de transformação da realidade é expressa por Gandim apud Manata (2004):
planejar é construir a realidade desejada. Não é só organizar a realidade existente e mantê-la
em funcionamento (isto seria apenas o planejamento operacional a administração), mas é
transformar esta realidade construindo uma nova.
Finalmente, Lück apud Manata (2004) conceitua planejamento a partir de
intenções, necessidades e resultado:
12 a 16 anos
Fase da inteligência operatória abstrata, seu caráter geral é a conquista de um
novo raciocínio fundamentado em “hipóteses”, julgamento e criatividade; Jogos esportivos e em
geral, gincanas; Teatro, dramatizações; Bailes, encontros e festas; Excursões (em grupo)
Adultos
Churrasco, futebol; Carteado, bingo, adivinhações; Ginástica, gincanas,
caminhadas; Execuções musicais; Esportes náuticos e aéreos; Tipo de participação receptiva.
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Terceira idade
Jantares dançantes; Caminhadas, passeios; Carteado, bingo; Jogos de salão;
Oficinas de teatro, canto e criação literária; Reuniões de integração grupal, vivências e
reflexões; Tipo de participação receptiva; Oficinas de criatividade; Trabalhos manuais;
Hidroginástica e Yoga.
A animação turística, nos ônibus (em viagens de longa duração), em hotéis de lazer,
em locais específicos para esse fim, em praias, enfim, em qualquer lugar em que haja
disponibilidade de espaço, torna as viagens mais convidativas e, principalmente, traz um
elemento fundamental ao homem, que é a sua integração no grupo e a possibilidade de novos
conhecimentos e novas amizades.
Como acontece com toda expressão nova, a animação turística também não escapa
de algumas interpretações errôneas. Confunde-se, geralmente, com a atração, que só em
alguns casos excepcionais é também animação. Apresentar uma manifestação folclórica, um
bumba-meu-boi, por exemplo, é atração, é um espetáculo que o turista vê passivamente, da
mesma forma como assiste a uma peça de teatro ou a um programa de televisão. Mas se tratar
da apresentação de ciranda, a atração certamente passará a ser animação, já que ela induzirá
o turista a participar ativamente, a fazer parte do espetáculo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DRUCKER, Peter F. Desafios Gerenciais para o Século 21. São Paulo: Thomson
Pioneira,1999.
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aprender. Petrópolis, RJ: Vozes, 1993. p.59-68.
KRIPPENDORF, Jost. Sociologia do turismo para uma nova compreensão do lazer e das
viagens. São Paulo: Aleph, 2000.
LAGE, Beatriz Helena Gelas; MILONE, Paulo CESAR. Economia do Turismo. São Paulo:
Atlas, 2000.
LIMA, Iane Sampaio Moreira. Apostila de Lazer e Animação Turística. Fortaleza: s.d.
MATIAS, Marlene. Turismo: formação e profissionalização. São Paulo: Manole, 2002. p.30
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http://www.schneider.pro.br/textos/Lideranca-tendencias_e_demandas.pdf . Acesso em: 10 mar.
2008.
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