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01.(Imparh 2020) Com referência à acentuação gráfica, NÃO são acentuadas em razão da mesma regra as palavras:
A) até e será.
B) bíblico e países.
C) hipotética e século.
D) tecnológica e climáticas.
02.(Imparh 2019) Com relação às regras de acentuação gráfica, assinale a alternativa cujo teor está certo.
A) Esse vocábulo se acentua por ter um ditongo aberto e por ser oxítono.
B) Não deveria haver o acento agudo em razão de essa palavra ser paroxítona.
C) A colocação desse acento é facultativa, ou seja, também existe a forma “lençois”.
D) O uso do acento agudo em ditongos abertos foi abolido pelo acordo ortográfico (AOLP 1990).
04.(Imparh 2015) Quanto à acentuação gráfica das palavras constantes do segundo parágrafo, qual é a afirma-
ção incorreta?
A) A acentuação gráfica da única palavra oxítona é devida ao fato de ela ser terminada pela vogal o.
B) As palavras “Cássia" e “vários" podem ser acentuadas em virtude da mesma regra.
C) Existem mais proparoxítonas aparentes do que proparoxítonas reais.
D) Inexiste inadequação referente à acentuação gráfica.
05.(Imparh 2015) Em conformidade com o AOLP (1990), em vigor desde 1º. de janeiro de 2009, marque a opção verdadei-
ra.
A) De acordo com a base XI, a palavra “transgênero” pode escrita apenas dessa forma.
B) A palavra “discórdia”, segundo a base XI, só pode ser classificada como paroxítona aparente.
C) Conforme a base XV, a palavra “sexta-feira” deve ser hifenizada, diferentemente da palavra mandachuva.
D) Consoante a base XIX, o termo “papa”, grafado com inicial minúscula, apresenta incorreção com essa grafia.
06.(Imparh 2015) Em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (AOLP 1990), em vigor desde 1º de
janeiro de 2009, é correto asseverar que:
A) se deve grafar com hifens apenas a locução adverbial dia-a-dia.
B) se trata de um erro de ortografia, pois o substantivo dia-a-dia tem hifens.
C) o substantivo dia a dia não se grafa mais com hifens por causa desse acordo.
D) o substantivo dia a dia apresenta duas maneiras de ser grafada, ou seja, com ou sem hífens.
Leia:
“Sou perseverante, eu sei. À mesa que ponho ninguém senta. Nas camas que arrumo ninguém dorme. Não há ninguém
nesta casa, vazia há tanto tempo.”
07.(Imparh 2018). Marque a frase em que a palavra grifada constitui o antônimo de “perseverante”.
(A) Quando se trata de manter a casa limpa, sou uma mulher incansável!
(B) Às vezes, sinto-me tão volúvel por me preocupar com coisas tão fúteis...
(C) Vejo, todos os dias, como sou persistente em detalhes de uma vida tão vazia.
(D) A vontade insistente de manter esta casa limpa dá significado a minha existência!
Leia:
Os deuses, meus descendentes; os profetas, meus public-relations, os legisladores, meus advogados; proibir-te-ão como
luxúria, como adultério, como crime, e até como atentado ao pudor!
08.(Imparh 2016) Os substantivos “luxúria” e “pudor”, ambos apresentam entre si uma relação de:
A) homonímia.
B) paronímia.
C) antonímia.
D) sinonímia.
09.(Imparh 2015) Neste excerto, “O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (23) que os aparelhos tecnológicos, como celu-
lares e tablets, não atrapalhem as conversas em família”, a relação de coesão entre “aparelhos tecnológicos” e “celula-
res e tablets” se dá por meio da:
A) hiperonímia, a relação existente entre um termo mais genérico (“aparelhos tecnológicos”) e um mais específico (“ce-
lulares e tablets).
B) meronímia, o segundo termo (“celulares e tablets”) constitui uma parte do primeiro (“aparelhos tecnológicos”).
C) catáfora, o segundo termo (“celulares e tablets”) retoma o primeiro termo (“aparelhos tecnológicos”).
D) anáfora, o primeiro termo (“aparelhos tecnológicos”) aponta para o segundo (“celulares e tablets”).
10.(Imparh 2015) Considere-se este verso da música Tua presença, de Paulo César Baruk, “Eu correria o mundo se não
estivesses aqui”. A relação semântica existente entre a palavra sublinhada nesse verso e a palavra “correria” na frase
“Com a correria do dia a dia” é de:
A) homonímia.
B) sinonímia.
C) antonímia.
D) paronímia.
11.(Imparh 2015) Aponte a frase em que o termo destacado apresenta oposição semântica com o verbo “assimilar” (l. 08).
12.(Imparh 2012) Marque a oração em que o verbo em destaque constitui uma antonímia para titilar:
“A expansão do domínio português terra adentro, na constituição do Brasil, é obra dos brasilíndios ou mamelucos. Gerados
por pais brancos, a maioria deles lusitanos, sobre mulheres índias, dilataram o domínio português, exorbitando a dação de
papel das Tordesilhas, excedendo a tudo que se podia esperar.”
(Ribeiro, Darcy. 1995)
A) Brasilíndios.
B) Mamelucos.
C) Pais brancos.
D) Brasilíndios e mamelucos.
E) Brasilíndios, mamelucos e pais brancos.
14.(Imparh 2009) O dicionário registra o verbete brasilíndio com o sentido de “indígena do brasil”. No texto acima, o referi-
do termo deve ser lido como:
A) Antônimo de mameluco.
B) Sinônimo de mameluco.
C) Hipônimo de mameluco.
D) Hiperônimo.de mameluco.
E) Equivalente à acepção dicionarial.
Com a correria do dia a dia e a tecnologia ao alcance de todos, escrever à mão tornou-se algo menos frequente. Mas pes-
quisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, elucidaram que nem sempre o que se apresenta como mais
fácil é o melhor método. Eles explicaram que escrever aumenta a memorização das informações. Estudo realizado pelo
psicólogo Daniel Oppenheimer comprovou, por meio de um teste aplicado a estudantes, que após 30 minutos da apresen-
tação de uma palestra, quando interrogados sobre o assunto abordado, os voluntários que digitaram no notebook, apesar
de terem anotado uma grande quantidade de texto, conseguiram assimilar bem menos as explicações do tema proposto –
diferente do que aconteceu com o grupo que escreveu à mão.
(Revista Extrafarma. 10 ed. Nov. e dez. 2014, p. 16)
15.(Imparh 2015) Existe entre “a correria do dia a dia e a tecnologia ao alcance de todos” e o fato de escrever a mão ter-se
tornado menos frequente, respectivamente, uma relação de:
A) causa e efeito.
B) efeito e causa.
C) condição e hipótese.
D) hipótese e condição.
16.(Imparh 2009) As palavras destacadas na frase “O dizer de um precisa ser adicionado pelo dizer do outro” são, respec-
tivamente:
A) verbo e numeral;
B) substantivo e artigo indefinido;
C) substantivo e pronome indefinido;
D) verbo e artigo indefinido.
No Brasil, as estatísticas refletem essa realidade: os negros são 45,5% da população, mas têm nível de escolaridade menor
que os brancos. Silvério e outros pesquisadores que estudam as relações raciais na escola afirmam que o tratamento
diferenciado dentro da sala de aula é um dos fatores que contribuem para o baixo rendimento das crianças negras.
A) relatividade.
B) igualdade.
C) superioridade.
D) inferioridade.
18.(Impahr 2009) Marque a frase cuja palavra sublinhada tem a mesma classe gramatical do vocábulo destacado em “De
modo que ninguém diz propriamente o que diz”.
19.(Imparh 2018). Neste fragmento “Escurecem-se as pratas”, quanto à sintaxe de colocação, com base no conhecimento
gramatical de acordo com o padrão culto da língua, marque a asserção correta.
20.(Imparh 2018). O termo destacado neste trecho “E de vassoura em punho gasto tapetes persas” (l. 09) é um verbo:
A) transitivo indireto.
B) transitivo direto.
C) intransitivo.
D) de ligação.
21.(Imparh 2015) No excerto “que escreveu à mão”, o verbo escrever apresenta que tipo de regência?
A) É transitivo indireto.
B) É um verbo intransitivo.
C) É um verbo bitransitivo.
D) É um verbo transitivo direto.
Papa pede que celulares não atrapalhem conversas em família
O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (23) que os aparelhos tecnológicos, como celulares e tablets, não atrapa-
lhem as conversas em família que, para ele, são o berço da comunicação.
Em seu discurso anual pelo dia católico das comunicações, o pontífice afirmou que o uso dessas ferramentas pode
tanto ajudar como prejudicar a comunicação entre as famílias. Ao mesmo tempo, podem ajudar as pessoas a se evitarem.
“O grande desafio que enfrentamos hoje é reaprender a falar uns com os outros, não simplesmente como gerar e con-
sumir informação”, disse.
“Eles atrapalham quando se tornam uma via de escape para ouvir, se isolar, mas podem favorecer se ajudam a con-
versar e a dividir. Que as famílias orientem o nosso relacionamento com as tecnologias ao invés de serem guiadas por
elas”, destacou.
Para Francisco, o núcleo familiar é o primeiro local onde as pessoas aprendem a comunicar e é preciso “voltar a esse
momento para deixar a comunicação entre as pessoas mais autêntica e humana”.
“Em um mundo em que se gasta muito tempo em falar mal, semear a discórdia, poluir as conversas com nosso ambi-
ente humano, a família pode ser uma escola de comunicação abençoada. E a bênção deve permanecer, inevitavelmente,
acima do ódio e da violência”, ressaltou.
O tema do dia da comunicação deste ano coincide com o encerramento de dois anos de discussões sobre a família
que terão seu ponto alto em outubro, no Sínodo da Família, com a participação de bispos e cardeais.
Dentre os assuntos que possivelmente serão debatidos, estão o divórcio, as uniões estáveis, as crianças transgênero
e a união homossexual.
(http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1579399. Acesso em 25/01/15.)
A) O verbo atrapalhar, no trecho “não atrapalhem as conversas em família” (l. 02), está no presente do subjuntivo para
exprimir um desejo, uma vontade.
B) Em “podem ajudar as pessoas a se evitarem” (l. 05), há incorreção porque o infinitivo destacado não pode ser flexio-
nado.
C) A forma verbal “estão” (l. 20) poderia ser empregada também no futuro do presente sem se alterar o sentido da fra-
se.
D) A exemplo de “atrapalhem” (l. 02), o verbo orientar (l. 09, “orientem”) também está no presente do subjuntivo.
Leia:
A) objeto direto.
B) objeto indireto.
C) adjunto adnominal.
D) predicativo do sujeito.
23.(Imparh 2014) O trecho destacado em “No episódio histórico, o cachorro investiu contra o paquiderme durante um ata-
que na decisiva Batalha de Gaugamela, que deu a Alexandre o título de imperador persa.” é classificado como oração:
A) Entre os assuntos que, possivelmente, serão debatidos, estão o divórcio, as uniões estáveis, as crianças transgênero
e a união homossexual.
B) O papa Francisco pediu, nesta sexta-feira (23), que os aparelhos tecnológicos, como celulares e tablets, não atrapa-
lhem as conversas em família que, para ele, são o berço da comunicação.
C) Para Francisco, o núcleo familiar, é o primeiro local onde as pessoas aprendem a comunicar, e é preciso voltar a esse
momento, para deixar a comunicação, entre as pessoas, mais autêntica e humana.
D) Eles atrapalham, quando se tornam uma via de escape para ouvir, se isolar, mas podem favorecer, se ajudam a con-
versar e a dividir. Que as famílias orientem o nosso relacionamento com as tecnologias, ao invés de serem guiadas
por elas.
(Imparh 2018)
A honra passada a limpo
25.Com relação à forma e ao conteúdo do texto “A honra passada limpo”, é correto afirmar que:
26.No final do texto em análise, percebe-se que, para a personagem, só lhe restava:
A) ser compulsiva.
B) ocupar a sua vida.
C) livrar-se da sujeira.
D) curar sua compulsão.
27.O uso da expressão constante do título “a limpo” estabelece um paralelo com o teor do texto propriamente dito, porque:
Mulher linda, sensual, altamente desejável. Além disso, e evitando o "mau" uso dessas características, era devota, crente,
caridosa. Por isso, um dia, Deus lhe apareceu. Ela se prostrou diante dele, maravilhada e contrita. E Deus lhe disse: "Por
todas tuas virtudes morais e religiosas, jamais anuladas pelas tentações físicas, você vai viver 100 anos". Estimulada pela
promessa divina, a mulher caprichou, cada vez mais, nas suas práticas humanistas. Mas, não querendo que seu esplendor
físico se distanciasse muito de suas qualidades morais, aos cinquenta anos, fez uma operação plástica. Em nome de
Deus. Aos cinquenta e cinco anos, achou que devia manter os resultados positivos conseguidos aos cinquenta e fez outra
plástica. Outra aos sessenta. Outra aos sessenta e cinco. Um dia, aos setenta, quando ia saindo da clínica do Dr. Pitangui
(catrapum!), foi atropelada por uma ambulância. Ao abrir os olhos, estava no céu. Diante de Deus! Foi insopitável a co-
brança: "Mas, Senhor, meu Deus, o Senhor tinha me prometido...". E Deus, um tanto ou quanto contrafeito: "Perdão, minha
filha, eu não a reconheci."
MORAL: É PRECISO SER RECONHECIDA POR DEUS. NÃO BASTA SER RECONHECIDA AO CIRURGIÃO PLÁSTICO.
Millôr Fernandes Adaptado de http://www2.uol.com.br/millor/fabulas/017.htm; acesso em 1º/06/16.
A) um romance.
B) uma novela.
C) uma fábula.
D) um conto.
O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (23) que os aparelhos tecnológicos, como celulares e tablets, não atrapa-
lhem as conversas em família que, para ele, são o berço da comunicação.
Em seu discurso anual pelo dia católico das comunicações, o pontífice afirmou que o uso dessas ferramentas pode
tanto ajudar como prejudicar a comunicação entre as famílias. Ao mesmo tempo, podem ajudar as pessoas a se evitarem.
“O grande desafio que enfrentamos hoje é reaprender a falar uns com os outros, não simplesmente como gerar e con-
sumir informação”, disse.
“Eles atrapalham quando se tornam uma via de escape para ouvir, se isolar, mas podem favorecer se ajudam a con-
versar e a dividir. Que as famílias orientem o nosso relacionamento com as tecnologias ao invés de serem guiadas por
elas”, destacou.
Para Francisco, o núcleo familiar é o primeiro local onde as pessoas aprendem a comunicar e é preciso “voltar a esse
momento para deixar a comunicação entre as pessoas mais autêntica e humana”.
“Em um mundo em que se gasta muito tempo em falar mal, semear a discórdia, poluir as conversas com nosso ambi-
ente humano, a família pode ser uma escola de comunicação abençoada. E a bênção deve permanecer, inevitavelmente,
acima do ódio e da violência”, ressaltou.
O tema do dia da comunicação deste ano coincide com o encerramento de dois anos de discussões sobre a família
que terão seu ponto alto em outubro, no Sínodo da Família, com a participação de bispos e cardeais.
Dentre os assuntos que possivelmente serão debatidos, estão o divórcio, as uniões estáveis, as crianças transgênero
e a união homossexual.
(http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1579399. Acesso em 25/01/15.)
A) narrativa.
B) descritiva.
C) dissertativa.
D) argumentativa.
34.De acordo com o conteúdo desse texto, NÃO se pode asseverar que:
A) o papel da família é importante porque é nela que as pessoas iniciam o processo de comunicação.
B) o sumo pontífice não se posiciona totalmente contra o uso dos aparelhos tecnológicos.
C) os aparelhos tecnológicos podem ser utilizados com efeitos positivos.
D) as famílias não devem valer-se dos aparelhos tecnológicos.
Com a correria do dia a dia e a tecnologia ao alcance de todos, escrever à mão tornou-se algo menos frequente. Mas pes-
quisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, elucidaram que nem sempre o que se apresenta como mais
fácil é o melhor método. Eles explicaram que escrever aumenta a memorização das informações. Estudo realizado pelo
psicólogo Daniel Oppenheimer comprovou, por meio de um teste aplicado a estudantes, que após 30 minutos da apresen-
tação de uma palestra, quando interrogados sobre o assunto abordado, os voluntários que digitaram no notebook, apesar
de terem anotado uma grande quantidade de texto, conseguiram assimilar bem menos as explicações do tema proposto –
diferente do que aconteceu com o grupo que escreveu à mão.
(Revista Extrafarma. 10 ed. Nov. e dez. 2014, p. 16)
A) denunciar.
B) descrever.
C) informar.
D) criticar.
36.De acordo com o texto, é incorreto afirmar que:
Tive um dia desses um almoço alegre e melancólico. Tratava-se do reencontro de três ex-colegas da Faculdade Nacional
de Direito. A atmosfera lembra a do livro e do filme O Grupo, menos as confidências que não fizemos. Reencontro alegre
porque gostávamos umas das outras, porque a comida estava boa e tínhamos fome. Melancólico porque a vida trabalhara
muito em nós, e ali estávamos sorridentes, firmes. E melancólico também porque nenhuma de nós terminara sendo advo-
gada. Advogada, meu Deus. Era só o que me faltava, eu que me atrapalho em lidar burocraticamente com o mais simples
papel. Melancólico porque havíamos perdido tantos anos de estudo à toa. Estudo? Só uma de nós estudava mesmo, filha
de famoso jurista que era. Quanto a mim, a escolha do curso superior não passou de um erro. Eu não tinha orientação,
havia lido um livro sobre penitenciárias, e pretendia apenas isto: reformar um dia as penitenciárias do Brasil. San Tiago
Dantas uma vez disse que não resistia à curiosidade e perguntou-me o que afinal eu fora fazer num curso de Direito. Res-
pondi-lhe que Direito Penal me interessava. Retrucou: “Ah! Bem, logo adivinhei. Você se interessa pela parte literária do
Direito. Quem é jurista mesmo gosta é de Direito Civil.” A saudade que tenho de San Tiago. Voltando ao grupo: nós nos
despedimos alegres ou tristes? Não sei. Em mim, havia um certo estoicismo, em relação a ter tido uma parte de meu pas-
sado tão inútil. Ora, mas quantas outras coisas inúteis eu já havia vivido. Uma vida é curta: mas, se cortarmos os seus
pedaços mortos, curtíssima fica ela. Transforma-se numa vida feita de alguns dias apenas? Bem, mas é preciso não es-
quecer que a parte inútil fora, na hora, vivida com tanto ardor (por Direito Penal). O que de algum modo paga a pena. Saí da
casa de minha amiga para um sol de três horas da tarde, e num bairro que raramente frequento, Urca. O que mais acresceu
a minha perdição. Estranhei tudo. E, por me estranhar, vi-me por um instante como sou. Gostei ou não? Simplesmente
aceitei. Tomei um táxi que me deixaria em casa, e refleti sem amargura: muita coisa inútil na vida da gente serve como
esse táxi: para nos transportar de um ponto útil a outro. E eu nem quis conversar com o chofer. (LISPECTOR, Clarice. A
Descoberta do mundo. Rio de Janeiro, Rocco, 1999. P. 451)
A) uma mistura predominante de descrição e dissertação que passa a ideia de que os seres humanos devem ser aquilo
que eles querem ser.
B) uma mistura predominante de narração e descrição que apresenta a história do reencontro de três amigas, que teve
o lado alegre e o lado triste.
C) uma mistura de narração, descrição e dissertação que tem como objetivo principal caracterizar os amigos, os pro-
fessores e episódios da faculdade.
D) um texto puramente dissertativo, com argumentos distribuídos nos parágrafos, que passa a ideia de que os seres
humanos devem ser aquilo que eles querem ser
ten.prof.edvaldo@bol.com.br