Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2. Movimentos de Administração
314
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
316
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
Coordenar e executar os cálculos de valor nutritivo,
Quanto ao sistema de distribuição (Teixeira): rendimento e custo das preparações culinárias;
Planejar, implantar, coordenar e supervisionar as atividades
Centralizado – refeições produzidas e distribuídas no de pré-preparo, preparo, distribuição e transporte de
mesmo local. refeições e/ou preparações culinárias;
Descentralizado – refeições produzidas na cozinha Avaliar tecnicamente as preparações culinárias
central e distribuídas em outro local. Desenvolver manuais técnicos, rotinas de trabalho e
Misto – parte das refeições distribuídas de forma receituários;
centralizada e outra parte descentralizada. Efetuar controle de sobras e restos;
Planejar, implantar e supervisionar as atividades de
Tipos de Serviços (Abreu): higienização do ambiente, veículos de transporte de
alimentos, equipamentos e utensílios;
1. Serviço Próprio ou Autogestão – a própria empresa Implantar métodos de controle de qualidade de acordo com
gerencia a UAN, produzindo refeições a serem servidas a legislação vigente;
aos seus funcionários. Participar do recrutamento e seleção dos recursos
humanos;
2. Concessão – o fornecimento de refeições é feito por Coordenar e executar programas de treinamento e
uma empresa terceira (concessionária) que assume a reciclagem de recursos humanos;
responsabilidade da gestão da UAN. Tipos de Integrar a equipe de saúde ocupacional;
concessão:
Participar da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA);
Preço fixo da refeição – gestão, gestão fixa, gestão
Coordenar, supervisionar e executar as atividades
operacional, entre outros, onde o valor da refeição é
referentes às informações nutricionais e técnicas de
preestabelecido em contrato. A empresa recebe pelo
atendimento ao cliente;
número de refeições servidas.
Promover programas de educação alimentar;
Detectar e encaminhar ao superior hierárquico relatórios de
Mandato – a terceirizada cobra pela administração do
condições da UAN impeditivas das Boas Práticas;
serviço que será calculado com base em uma
Colaborar com autoridades na fiscalização;
porcentagem sobre: (i) folha de pagamento dos
funcionários e do montante total de compras da Desenvolver pesquisas e estudos sobre a área de atuação;
matéria-prima. Obs: funcionário da concessionária e Orientar estágio e participar de programas treinamento;
estoque do cliente; (ii) somente fornecimento de mão- Efetuar controle periódico dos trabalhos executados.
de-obra.
QUALIDADE TOTAL (ABREU)
Taxa fixa – a cobrança é feita sobre uma porcentagem
preestabelecida do faturamento. Clientes + Concorrência = aperfeiçoamento contínuo
dos serviços.
Obs: Mandato ou Taxa fixa podem ser cobrados EPIs,
utensílios, gastos com locação para eventos, outros. O desafio organizacional é o aperfeiçoamento com revisão
de conceitos a respeito da qualidade dos produtos e
A administração da UAN deve ser delegada ao nutricionista. serviços, bem como, estratégias para satisfazer o cliente e
o mercado.
Funções do nutricionista: planejamento, organização,
direção, supervisão e avaliação segundo a Lei 8.234/91. Definição de qualidade segundo ISO 8402/1986:
317
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
Desafio: Converter as necessidades do usuário em Promoção – publicidade, relações públicas,
características mensuráveis. promoção de vendas, venda pessoal e merchandising.
Ponto – local, distribuição e logística.
O Serviço de alimentação deve administrar de forma a:
Pesquisa de mercado – bom método para avaliar a
Se integrar aos objetivos organizacionais da empresa; qualidade dos serviços prestados, mas apresenta
Atender aos anseios dos clientes; limitações tais quais: processo e erro amostral, falha na
Conhecer o impacto da UAN dentro da empresa; coleta dos dados, erro no registro, processamento e
Abrir canal de comunicação; interpretação dos dados, não cobertura de todas as
Conquistar espaço com clientes, empregados e variáveis.
empresa.
O PROCESSO ADMINISTRATIVO (RELACIONADO ÀS
ATIVIDADES DE UAN)
Cliente satisfeito é sinônimo de sucesso,
lucratividade, competitividade, sobrevivência
O Custo da Má Qualidade PLANEJAMENTO
e maior participação no mercado.
São antecipadamente previstas as ações relacionadas a: o
Custo da não prevenção – ausência de programas de que fazer (objetivos do trabalho), de que maneira fazer
qualidade, controle de processos, treinamento. (normatização das operações, definição das atribuições),
Custo da não avaliação – ausência de auditorias, quando fazer (definição do tempo de execução) e quem
verificação de não conformidades, supervisão deve fazer.
sistemática.
Custo de erros anteriores à entrega dos produtos – Deve ser exequível (ações planejadas se tornem efetivas) e
desperdícios, retrabalho (detectados antes de chegar ao flexível (possibilitando as correções de direção
cliente). necessárias). Ex UAN: Definir Valor Energético Total,
Custo de erros posteriores à entrega dos produtos – padrão socioeconômico do cardápio, aceitação das
restos, devoluções, reclamações. preparações, etc.
Custo dos equipamentos - más condições,
subutilização, mau uso. Forma de relacionar os objetivos com as condições
disponíveis e determinar a melhor forma da execução das
MARKETING PARA UANS (ABREU) operações.
Processo pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que O que fazer corresponde aos objetivos do trabalho, para
necessitam e desejam por meio da criação, oferta e troca de evitar desperdícios financeiros, de tempo e energia.
produtos de valor com outros. Esta definição baseia-se em
alguns conceitos centrais como necessidades e desejos, Como fazer significa a normatização das operações, a
produtos (bens, serviços e ideias), valor, custo e satisfação, definição das atribuições proporcionando maior disciplina e
troca e relacionamentos. continuidade na execução das tarefas.
318
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
Dieta geral e dietas especiais de rotina, refeições
intermediárias (desjejum, merenda e lanche) e parte fria
(sucos, saladas e sobremesas)
Sistema Misto
Funcionários e acompanhantes
Fases do planejamento: Esteira rolante: comensal recebe sua bandeja pronta. Leva
a desperdícios pois não considera preferências e hábitos
1. Estabelecimento dos objetivos a alcançar alimentares.
(organizacionais, políticas, diretrizes, metas,
programas, procedimentos, métodos e as normas); Self-Service: mais encontrado em restaurantes industriais
2. A tomada de decisões para ações futuras; com elevado padrão de cardápio. Não apresenta
3. Determinação dos planos. desperdícios pois o comensal porciona sua bandeja.
319
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
Quando não há possibilidade de obtenção de dados locais Refeição HC PTN GT GS Fibra Na (mg)
para definição do V.C.T, sugere-se a utilização dos (%) (%) (%) (%) (g)
parâmetros do Programa de Alimentação do Trabalhador Desjejum
(PAT). 60 15 25 <10 4-5 360-480
Lanche
Almoço
Para as empresas que aderem ao Programa de Jantar 60 15 25 <10 7-10 720-960
Alimentação do Trabalhador (PAT) Ceia
320
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
O planejamento de cardápios deve levar em consideração:
Saladas – variar entre folhas, legumes crus e cozidos,
Necessidades nutricionais – inserção no cardápio de cereais ou massas, leguminosas e miscelâneas (frios,
cada grupo básico de alimentos. tortas, queijo, salgados, frutas etc). Evitar
componentes que estejam em outras preparações.
Regras a serem observadas: ao utilizar uma entrada de
alto valor calórico, escolher como guarnição ou sobremesa 1 salada Variar diariamente tipo
preparações de valor calórico mais baixo com a utilização 2 saladas 1 folha e outra variável
de fichas técnicas. 3 saladas 1 folha, 1 legumes e outra variável
1 folha, 1 legume cru, 1 legume
Disponibilidade de gêneros – utilização gêneros 4 saladas
cozido e 1 variável
disponíveis no mercado facilita abastecimento, garante
a qualidade do produto e minimizam os custos. Prato Base - arroz e feijão (ou outra leguminosa).
Quando usar massa deve ter o porcionamento igual ao
Recursos Humanos – pessoal disponível, habilitação arroz com feijão. A massa pode ser prato base + prato
e tempo hábil para a execução. Evitar preparações que principal + guarnição. Ex: lasanha de presunto.
demandem tempo e qualificação especial.
Prato Proteíco – Prato principal, denominação que se
Disponibilidade da área e equipamentos - para refere ao custo maior entre os demais componentes
melhor organização, racionalização do trabalho e não
comprometer a produção e qualidade das refeições.
do cardápio. Quando oferecer mais de uma opção, a
porção pode ser menor (meia porção). Oferecer tipos
Os equipamentos vão determinar a escolha das diferentes de carnes quando tiver opção e com técnica
preparações do cardápio. de preparo diferentes. Evitar mais de um tipo de fritura.
Programação do Cardápio
Estabelecer previamente a frequência e variedade
Deverá ser mensal para reduzir o risco de erros e dos gêneros a serem utilizados no cardápio;
repetições e facilitar a distribuição das formas de Usar denominação “prato light” se atender ao
preparo, das cores e da consistência dos alimentos, disposto na legislação.
além de balancear os custos.
321
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
Dietas hospitalares e armazenamento das mercadorias com normas de
operacionalização.
Dietas de rotina: sem modificações ou restrições
na composição, porém podem ser modificadas Escolha de fornecedores – informação da idoneidade,
quanto à consistência: dieta branda, pastosa, leve preço, padrões de qualidade, forma de pagamento,
e líquida. prazo de entrega. Licitação - deve-se respeitar as
regras da legislação em vigor.
Dietas modificadas quanto à composição:
hipossódica, laxativa, sem resíduos. Proporção Periodicidade - normatiza o abastecimento e permite
equilibrada de macronutrientes. avaliação do desempenho dos fornecedores.
Podem ser classificadas por ordem alfabética, por tipo de Fatores negativos de operacionalização como
preparação ou por composição de cardápio. Fichas ou interrupções no fluxo de operações, cruzamentos
planilhas eletrônicas. Instrumento de controle inadequados de gêneros e funcionários, má utilização
imprescindível para um programa de informatização dos equipamentos, limitação no planejamento dos
adequado. cardápios, equipamentos ociosos ou mal localizados,
congestionamento na circulação, filas, falhas nos
6. Estimativa do Número de Refeições pontos de distribuição e no sistema de ventilação,
aumento de custos, acidentes de trabalho e risco das
Nesta estimativa devem ser consideradas a rigidez no condições higiênicas.
cumprimento de normas em relação à oferta de refeições e
o plano de expansão ou retração da empresa. Este dado O planejamento físico-funcional das UAN não envolve
permite uma avaliação da frequência do refeitório, apenas a construção de uma edificação e suas instalações,
desempenho do serviço, previsão orçamentária, dentre mas também deve ser voltado para os processos de
outros. trabalho a serem desenvolvidos e para os fluxos de
manipulação dos alimentos, funcionários e clientes,
7. Estimativa do Custo para Cardápios-Padrões caracterizando uma preocupação com o arranjo físico-
funcional.
Tem como objetivo a definição de parâmetros para
apuração e avaliação dos custos realizados e elaboração do Dentro do contexto da qualidade total, um layout funcional
orçamento. proporciona:
322
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
Às operações: fluxo de trabalho mais racional, menor tecnológicas e planejar e supervisionar o
tempo de produção, diminuição dos custos com dimensionamento, a seleção, a compra e a
recursos materiais e humanos, aumento dos níveis de manutenção de equipamentos e utensílios.
eficiência administrativa e operacional.
Ao espaço físico: flexibilidade na disposição dos Critérios do projeto:
equipamentos, móveis e áreas físicas, além da
possibilidade de ampliação dessas áreas e Gerais: otimização de custo de investimento e
aproveitamento do espaço da melhor maneira possível. funcionamento; racionalização das áreas e dos
À empresa: integração dos processos e elementos equipamentos e possibilidade de ampliação futura.
envolvidos em sua execução, com resultados no
aumento dos níveis de qualidade, produtividade e Específicos: eficiência dos equipamentos vitais
eliminação dos desperdícios. (produção, distribuição e tratamento de utensílios) e
boa dissociação dos principais circuitos: cliente,
gêneros e lixo.
O planejamento físico-funcional das UAN envolve:
323
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
• Espaço ecológico: condições ligadas às pessoas e ao
Fluxo ou circuito de clientes: Trajeto que evite ambiente: climatização, luminosidade, acústica.
interferências de circulação e com sequência lógica.
• Espaço tecnológico: ligado às necessidades físicas para
A legislação brasileira como suporte para o planejamento implantação e operação do espaço: estrutura (paredes,
piso, teto) e instalações ( energia, água e esgoto).
físico-funcional das UAN
Portaria SVS/MS 1.428 de 26/11/93 – primeiro • Espaço de tempo: tempo em que o espaço é utilizado.
documento legal na área que estabelece diretrizes para
• Espaço psicológico: espaço pessoal e territorialidade.
boas práticas. Em relação às condições físicas faz
referência: as condições ambientais (internas e
externas); instalações e saneamento (planta baixa,
revestimento, instalações elétricas e hidráulicas, serviços
básicos de saneamento e respectivos controles
sanitários; equipamentos e utensílios.
365
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
Tipo de refeição (desjejum, almoço, lanche da tarde,
jantar, ceia, lanche noturno e outros); Planejamento e Organização
Número de refeições diárias; padrão e estilo geral do
cardápio; Estabelecimento do plano diretor
Per capita geral previsto; períodos previstos para Anteprojeto
distribuição; Definição da planta física
Política de compras (região e suas facilidades); Elaboração do memorial descritivo
Fontes de energia disponíveis (gás ou energia elétrica); Construção da unidade
Disponibilidade financeira (estima-se a estimativa de Atividades a serem desenvolvidas
R$2.500,00 a R$3.000,00 por metro /quadrado para a Recursos físicos, materiais e humanos
construção e instalação de equipamentos de uma UAN); Composição da equipe e estabelecimento de hierarquia.
Infraestrutura existente: área externa da UAN (livres de
focos insalubres, objetos estranhos, roedores, insetos); Áreas e subáreas de um Serviço de Nutrição Hospitalar
localização da UAN (zona isenta de odores indesejáveis, (SNH)
fumaça, pó e outros contaminantes)
Facilidade de iluminação natural: janelas devem receber Cozinha Geral e Dietética: recebimento, armazenamento
luz suficiente para usar o mínimo de luzes acessas de gêneros e materiais, pré-preparo, porcionamento de
evitando calor e aumento de custos. refeições, distribuição de dietas, higienização e guarda
Facilidade de ventilação natural cruzada: janelas de utensílios e louças.
localizadas em paralelo ou perpendicular. Lactário
Facilidade de comunicação com o exterior: permitir
facilidade de acesso. Nutrição enteral: recebimento de prescrição e
dispensação de NE, preparo de dietas artesanais (com
Facilidade de reparos, reformas e ampliações na alimentos in natura), limpeza e sanitização de
edificação e instalações. embalagens e outros insumos, manipulação e envase.
Eliminação de monta-cargas e elevadores: ideal que a Refeitórios
UAN seja no pavimento térreo, construção horizontal e Copas de apoio
em bloco isolado (facilita futuros reparos, como inclusão
de novas portas e janelas, reformas e ampliação); Projetos e construção de SNH devem se basear na resolução
calçadas contornando a edificação com pelo menos 1 ANVISA/MS, RDC 50, de 21/02/2002, atualizada pela RDC
metro de largura e com declive suficiente para 307 de 14/11/2002.
escoamento da água.
Localização voltada para o nascente para favorecer o Ambiência
conforto térmico. Deve ser estudada a posição geográfica
da área para verificar a orientação mais conveniente para Conjunto de elementos envolventes que condicionam as
a edificação. atividades e determinam a qualidade e quantidade do trabalho
Vias de Acesso e saída: portas de entrada e de saídas produzido.
para evitar cruzamentos indesejáveis e uso de certas vias
com finalidade inadequada. UAN de grande e extraporte Principais fatores: iluminação, cores, ventilação, temperatura,
devem ter acesso para matérias-primas, fornecedores, umidade relativa, acústica, ruídos e odores, relacionados
pessoal administrativo e visitantes, funcionários (porta diretamente à edificação e instalação da UAN.
única para entrada e saída), clientes e lixo. Caso não seja Fatores secundários: relações humanas, remuneração,
possível todas as vias, estabelecer horários diferentes. estabilidade e apoio social.
Fluxos de atividades x Localização dos setores da UAN
– evitar cruzamentos indesejáveis, contaminação de Fatores que interferem diretamente na produção:
alimentos, desordem e prejuízos na racionalização dos
processos de trabalho, redução da qualidade e 1. Iluminação
produtividade, acidentes de trabalho e aumento de
custos. A edificação deve ser projetada de forma a Exerce uma forte influência no comportamento das
possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em pessoas. Sua utilização adequada evita doenças visuais,
todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar aumenta a eficiência do trabalho e diminui o número de
as operações de manutenção, limpeza e desinfecção. acidentes.
Dessa forma, a concepção dessa UAN deve prever locais Uniforme evitando ofuscamento, sombras e reflexos
específicos para cada operação, sendo que a localização fortes e contrastes excessivos. Janelas dispostas de maneira
dos setores deve seguir um fluxo de atividades que que não permita penetração direta do sol sobre a superfície
priorize especialmente a manipulação segura dos de trabalho.
alimentos e fluxo linear. A iluminação mais recomendada para UAN é a natural
por ser acelerador de trocas orgânicas, bactericida (raios UV)
e age como um tônico estimulando as funções do organismo
GESTÃO DE UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E e propiciando sensações de alegria e disposição (está
NUTRIÇÃO HOSPITALAR
366
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
relacionada diretamente com o nível de trabalho produzido).
Além disso, é a mais econômica.
PINHEIRO (2012)
2. Ventilação, Temperatura e Umidade
Iluminação: garantir a higienização adequada do ambiente,
equipamentos e utensílios; garantir que as Ventilação
A ventilação assegura conforto térmico e renovação de ar
matérias-primas sejam inspecionadas, tanto na recepção, importante em cozinhas para que a mesma fique livre de
quando durante a produção de refeições; evitar distorção de fungos, gases, fumaça, gordura e condensação de vapores.
cores nos alimentos; garantir conforto físico e mental dos
operadores; reduzir erros e acidentes de trabalho; reduzir a A ausência deste conforto pode causar fatores negativos
fadiga física e visual; aumentar a percepção e atenção, como prostração, dor de cabeça, mal-estar, tontura, náuseas,
melhorando o desempenho intelectual; garantir conforto vômitos etc.
visual pela eliminação de reflexos e ofuscamentos; garantir o
desenvolvimento do interesse pelas tarefas que são O conforto térmico pode ser assegurado pela abertura de
realizadas, criando elementos motivacionais; possibilitar que paredes com área equivalente a 1/10 da área do piso.
indivíduos portadores de deficiências visuais possam realizar
um trabalho mais seguro. (Teixeira) Quando não é possível por meio natural, deve-se
utilizar meios artificiais como ventiladores, circuladores,
Iluminação Natural: apresenta vantagens em relação ao uso
exaustores e coifas.
de luz artificial por motivos econômicos, climáticos e de
saúde; a luz natural proporciona mais conforto ao olho
(Abreu) - Fluxo de ar da área limpa para a suja. Não devem
humano, é gratuita e não tem custo de manutenção, não
ser utilizados ventiladores nem aparelhos de ar-condicionado
produz tanto calor como a luz artificial . Janelas com área
nas áreas de manipulação.
suficiente com a 10 a 15% da área do setor, uso de claraboias
no teto, facilitando também a ventilação natural, como a (Pinheiro) Deve ser adequada para proporcionar a renovação
abertura em dente de serra.
do ar, remover o ar viciado, garantir o conforto térmico, manter
o ambiente livre de fungos, gases, gordura e condensação de
Iluminação Artificial: luminárias protegidas contra queda e
vapores.
explosão com superfície lisa para facilitar limpeza. Projeto
luminotécnico:
De preferência natural por meio de aberturas nas
Iluminação geral: distribuição equitativa das luminárias. paredes e na cobertura.
Para setores de pré-preparo e cocção da UAN. As aberturas devem ser de 10 a 15% da área do setor
Iluminação Localizada: concentração das luminárias sendo que para o salão de refeições devem ser maiores.
em locais de principal interesse. Útil para o setor de A ventilação artificial pode ser feita por condicionadores
seleção e higienização de grãos. de ar, exaustores, circuladores de ar e ventiladores.
Iluminação de tarefa: posicionamento das luminárias Na áreas de preparo deve ser ar insuflado e controlado
perto da tarefa visual e do plano de trabalho, iluminando por meio de filtros ou de exaustão com equipamentos
uma área reduzida. Pode ser utilizada em balcões de devidamente dimensionados.
distribuição de alimentos. Ventiladores e circuladores não são permitidos em áreas
de manipulação ou sobre os alimentos.
Temperatura e Umidade
367
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
Outros fatores como fardamento (tipo e cor do tecido) O sistema pode ser convencional (sem tratamento dos
podem contribuir para amenizar o calor. Deve evitar a poluentes) e com tratamento de poluentes. O mais usado
sudorese excessiva por risco de contaminação dos em UAN é o convencional.
alimentos. Todos os equipamentos deverão ter coifas com
comprimento e largura suficiente para cobrir os
Pinheiro (2012) equipamentos, além de 15 cm aproximadamente nos
lados livres e altura do 1,8m do piso, quando for coifa de
Temperaturas elevadas podem causar sensação de teto.
confinamento, prostração, dor de cabeça, mal-estar, Proibida a instalação de tomadas elétricas de fritadeiras
tontura, vômitos, náuseas, redução da produtividade e e similares nas proximidades do fluxo de ar (espaço entre
qualidade do trabalho. a fritadeira e a coifa).
Temperaturas baixas podem ocasionar redução da
capacidade motora, movimentos lerdos, redução da 3. Sonorização
sensibilidade tátil, alucinações e inconsistência.
Limite máximo de 26,7°C. O ruído é considerado uma das causas de doenças
O conforto térmico pode ser alcançado por aberturas nas psicológicas, ocasionando elevação da pressão sanguínea,
paredes que permitam a circulação natural do ar com redução das secreções salivares e
área em torno de 10 a 15% da do setor.
Faixa compatível com as atividades da UAN entre 22°C
a 26°C. gástricas, perda da acuidade auditiva, neurose, etc.
Prejudica a produtividade e a qualidade do produto.
369
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
elevadores, tubulações externas de vapor, água, energia Espaços para circulação: Pequenas circulações
etc. (utilizadas pelas pessoas) com no mínimo 0,8m para
salões de refeições e entre 1 e 1,5 m para circulação nos
2. Configuração geométrica – a forma mais indicada é a setores de trabalho e corredores. Grandes circulações
retangular desde que o comprimento não exceda mais (utilizadas pelas pessoas e carros de transporte) deve ser
de 1,5 a 2 vezes a largura. Propicia melhor disposição 1,8 e 2,1m para circulação nos setores de trabalho e
dos equipamentos, evita caminhadas supérfluas, permite corredores.
a setorização para melhoria do fluxo de produção
“marcha avante” e facilita supervisão das atividades. Espaços de circulação no setor de cocção de diferentes UAN
(valores médios)
Configuração geométrica ou Formato da UAN (PINHEIRO,
2012)
UAN Setor de Cocção Espaços para
Retangular: a mais indicada para a UAN desde que o circulação (cm)
comprimento não exceda demasiadamente a largura.
A Bancada/Fogão 121
Esse formato permite boa localização dos setores,
Bancada/Fritadeiras 96
Bancada/Panelões 180
possibilitando alocação da maioria deles próximos a
Bancadas/Fornos 96
paredes externas, facilitando a instalação de janelas e
B Fogão/Fritadeira 56
proporciona boa iluminação e ventilação natural, boa
Forno/Fritadeira 97
disposição de equipamentos e minimiza caminhadas
Bancada/Fogão 78
supérfluas.
Geladeira/Fogão 103
Fritadeira/Fritadeira 26,5
Configuração em H: excelente indicação, facilitando a
Geladeira/Pia 69
localização de diferentes setores e boa disposição de
Fogão/Pia 76
equipamentos. Para construção há necessidade de um
C Bancada/bancada 107,5
lote mais amplo, sendo os espaços não utilizados para
Bancada/panelões 128
construção (próximos às extremidades do H) usados
Panelão/Panelão 58
para jardins, área de lazer ou estacionamento.
Panelões/Fogão 86
Fonte: Pinheiro-Sant’Ana e cols. (1994)
Configuração em L: uma boa indicação, especialmente
para UAN grande ou exporte. Apresenta as vantagens
3. Revestimentos:
indicadas para o formato regular.
Piso - Facilidade de higienização, carga estática,
Configuração em U: pode ser utilizada no caso de
antiderrapantes (acidentes de trabalho), resistência a
planejamento de UAN extraporte, aumentando ainda substâncias corrosivas (ácidos graxos dos alimentos e
mais a possibilidade de alocar os setores próximos a produtos de limpeza), impermeabilidade e cor clara. Piso
paredes externas favorecendo iluminação e ventilação monolítico ou de cerâmica com rejunte de asplite (material
natural. Deve-se tomar cuidado de não distanciar os não poroso). Deve ter um único nível com inclinação para os
setores afins e prejudicar o fluxo. ralos e estes deverão ser sifonados para impedir entrada de
insetos e roedores.
Formato Quadrado: menos indicada para UAN. Os
setores da UAN ficam em paredes opostas aos Paredes - revestidas de material liso, cor clara, resistente,
equipamentos levando caminhadas desnecessárias, impermeável e lavável em toda a sua extensão. O azulejo é o
dificultar a localização dos setores e levar à necessidade melhor revestimento com atenção ao material de colocação
de alocar alguns deles na parte central, impossibilitando devido ao calor e umidade na área de cocção que pode levar
iluminação e ventilação natural. a deslocamentos assim como, cuidado com o rejunte.
Formatos Circular e Hexagonal: não indicados para Altura mínima de 2 m para azulejos (Abreu). Devem ser
UAN. Dificultam instalações de equipamentos; impedem colocadas cantoneiras nas paredes e barras de aço nos locais
a localização adequada dos setores e também levam à de movimentação de carro. Ângulo arredondado no contato
necessidade de alocar alguns deles na parte central, com o piso.
impossibilitando a ventilação e iluminação natural;
dificultam instalações de janelas, impedindo circulação Portas e Janelas - (Teixeira) Portas de madeira revestida
de ar e aumentando a temperatura interna da edificação; com material lavável com largura e altura mínimas nunca
concentram o som e aumentam a sensação de ruídos; inferiores a 1,00 e 2,00 metros respectivamente com vedação
custo mais elevado, aumenta o desconforto e favorece de borracha na parte inferior para evitar entrada de roedores
acidentes de trabalho. e insetos. As portas de comunicação devem ter visores e de
sistema de vai e vem. Janelas localizadas na parte superior
das paredes para melhor conforto térmico evitando raios
solares, ar quente que sobe e vento sobre o fogão.
370
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
Esquadrias móveis de madeira com pintura de tinta lavável e Obrigatório uso de água potável, sistema de abastecimento
corta-fogo ou alumínio com vidro transparente e liso para ligado a rede pública, obrigatório reservatórios de água com
garantir a limpeza, ventilação e iluminação. volume de pressão e temperatura adequados, identificação
de pontos de água quente e fria para evitar acidentes.
Material de aço inox para câmaras frigoríficas e esquadrias de
alumínio e vidro liso e transparente pra os demais setores . Estimativa média de 28 litros de água por refeição (20 L
de água fria e 8 L de água quente).
Drenagem das águas através de canaletas ou grelhas de tal forma que permitam a higienização dos ambientes. A
sifonadas nos pontos de maior evasão de água. Instalação de proteção e manutenção são fundamentais para evitar curto-
peneiras removíveis para facilitar a higienização. circuito. Os plugues e tomadas devem ser identificados com
Número refeições M2 por pessoas Até 200 refeições por turno deve ser 0,45m2 por refeição.
250 0,80 De 201 a 400 refeições por turno deve ser 0,3m 2 por
500 0,80 refeição. De 401 a 800 refeições por turno deve ser
600 0,75 0,18m2 por refeição. Acima de 800 refeições por turno
700 0,72 deve ser 0,16m2 por refeição.
800 0,70 Área de recepção e guarda de carros no mínimo de 3 m 2
900 a 1.000 0,60 mas pode ser alocada dentro de outro setor.
Acima de 1.000 0,50 Distribuição centralizada – um balcão de distribuição no
mínimo.
Acréscimo de 5% de área para cardápio médio e popular e Distribuição descentralizada – deve ter uma copa para
10% para tipo luxo. cada 30 leitos.
372
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
INDICES PARA CÁLCULO POR SETOR Francesa e Inglesa - o comensal é servido na própria
mesa por um garçom. Não deve ser utilizado em
Se aplica à UAN com total de refeições (TR) diárias ou restaurante institucional pelo requinte e maior
capacidade máxima de atendimento (CMA) entre 2.000 e necessidade de estrutura física e RH. Pode ser feito por
5.000 refeições. solicitação.
Para redução de 200 refeições em relação a 2.000 Americana - preparações dispostas numa grande mesa
no TR ou na CMA, deve-se aumentar o índice em 10% ou no centro ou em ilhas, em pontos estratégicos do salão
acrescentar 10% na área calculada. (bufê).
Área de Recebimento
374
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
Prateleiras inox moduladas, bandejas de alumínio ou Deverá estar situada entre a área de pré-preparo e a área
plásticas e para peças de carnes, os gancheiros. de expedição.
Cuba para higienização das mãos, toalheiro com toalha
Porta hermética de aço inox, ferragens cromadas e de papel.
dispositivos de segurança com abertura por dentro. Piso ao redor dos caldeirões, básculas a vapor e fogão,
deve ser levemente inclinado.
Área de Processamento
(PINHEIRO, 2012) SETORES DE COCÇÃO
São as áreas de pré-preparo, cocção, expedição das
preparações, higienização dos utensílios de cozinha, e nos Cocção geral de coletividades sadias: 0,06 a 0,08 m2
hospitais ainda consideram a cozinha dietética. Com exceção x CMA ou Ref>nº.
da área de higienização, as demais áreas não precisam estar Cocção geral de hospitais: 0,04 x 0,06 m2 a CMA ou
separadas por paredes completas, bastam os balcões. Ref>nº.
Cocção dietética ou de dietas (hospitais): 0,03 a 0,04
1. Área de Pré-Preparo Carnes m2 x CMA ou Ref>nº.
Cozinha Experimental: cerca de 20 a 40 m2.
Necessária e independente do número de refeições. Área de armazenamento de gás: 0,005 a 0,006 m2 x TR.
Deve dispor de bancada com tampo de material
adequado e com gavetas para guarda do material e 5. Área de Expedição das Preparações
balcão com cuba e local para equipamentos.
Preparações prontas são encaminhadas à Área de
2. Área de Pré-Preparo de verduras Distribuição.
Podem sair diretamente da cozinha para a área de
Dependendo do número de refeições, pode ser usada distribuição através de carros de transporte ou “Pass
para outros fins, como preparo de sobremesas e sucos. through”.
Dotada de balcão de aço inox, cubas e local para dispor No caso dos hospitais com serviço centralizado será
equipamentos. necessária uma área maior com balcão e esteira rolante
para porcionamento e encaminhamento aos pacientes ou
3. Área de Lanches, Desjejuns e Dietas (Teixeira) – por monta carga.
devem ter áreas específicas.
6. Área de Higienização de Utensílios da Produção
(PINHEIRO, 2012) SETORES DE PRÉ-PREPARO
Deve ser delimitada por parede completa com ventilação
Calculado com base na CMA apenas quando houver e iluminação adequadas. Sistema de drenagem bem
coincidência de preparações de mais de um tipo de refeição, dimensionado, local separado para utensílios sujos e
sendo preparadas em um mesmo turno no setor a ser limpos, cubas profundas, em número adequado e
dimensionado. instalação de triturador e esguicho de pressão.
375
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
(PINHEIRO, 2012) SETORES DE DISTRIBUIÇÃO
6. Sala do Nutricionista
Segundo NR24 um vaso sanitário, um mictório, um Pré-preparo de carnes: amaciador de bifes, carro
lavatório e um chuveiro para cada vinte empregados. detritos, mesa inox com e sem cuba, moedor carne,
picador carne, refrigerador.
8. Área de Lixo
Pré-preparo cereais: banco anatômico, carro caçamba
Local que facilite a remoção, revestida de material lavável, para higienização, carro detritos, mesa inox com furo.
esguicho de pressão com água fria e quente. Ideal que seja
refrigerada (câmara frigorífica exclusiva com 0ºC). Pré-preparo vegetais: carro de detritos, cortador
mecânico de vegetais, cutter, descascador de tubérculos,
Lixo Asséptico : trituração , incineração e remoção. mesa de inox com e sem cuba, processador vegetais,
refrigeradores, tanque para higienização de vegetais.
Lixo Séptico: Incineração (quando permitido por Lei). Ex.
resíduos cirúrgicos, laboratórios, limpeza, restos alimentares Preparo sobremesas: batedeira, carro de detritos,
dos pacientes. cortador / fatiador de frios, liquidificador, mesa inox com
e sem cuba, misturador massa e refrigeradores.
Bebedouro - NR24 1/50 funcionários.
Preparo de sucos: carro detritos, centrífuga para sucos,
Caixotaria – guarda de vasilhames, caixas, monoblocos, etc. extrator de sucos, mesa inox com e sem cuba.
Próximo à plataforma de descarga.
Cocção: caldeirão, chapa bifeteira, carros esqueleto,
Equipamentos charbroiller, coifa, fogão, forno combinado, forno
convecção, frigideira basculante, fritadeira elétrica,
Complementam o planejamento da área física. Tem estreita resfriador, sistema exaustão.
relação com:
Número de refeições. Distribuição: balcão distribuição aquecido e refrigerado,
Efetivo e qualidade da mão de obra. balcão apoio, cubas gastronômicas, passthrough
Padrão do cardápio que define complexidade e aquecido e refrigerado, post-mix de sucos, refresqueira.
sofisticação dos equipamentos.
Sistema de distribuição. Higienização utensílios cocção: carro de detritos,
esguicho, mesa inox com cuba, estantes com rodízios,
Política de compras e orçamento. prateleiras de inox.
Espaço a ser ocupado.
Higienização de utensílios do refeitório: carro para
Agrupamento de acordo com as finalidades.
detritos, carro plataforma para transporte de louças,
Fluxo de trabalho.
dosadores de produtos químicos, esguicho, estante com
Flexibilidade, higiene e segurança.
rodízios, máquina de lavar louças, mesa de inox com
cuba, coifa, sistema exaustão e compactador de lixo
Classificação (Teixeira):
orgânico.
Básicos: fogão, forno, panelões, batedeira, amaciador
Dimensionamento de Equipamentos
bifes, picador carne, descascador legumes, máquina
377
Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2017
Ex1: Para calcular a capacidade do caldeirão a partir dos Exemplo: 1 câmara prepara 14,5 kg de galinha em 25’.
dados do produto: Quantas câmaras serão necessárias para assar 300 kg em 3
Arroz horas?
Per capita: 80 g 14,5 ____ 25’
Fator Cocção: 3 X _____ 180’ (3 horas) x= 104,4 kg ___ 1 câmara
Nº refeições: 1.000 300 kg ___ x
x= 3 câmaras
Resolução da questão:
80 x 3 x 1.000 = 240.000 g ~ 240 litros + 24 (10%) = 264 L R: O forno deverá ser dotado de 3 câmaras para assar 300
para 80 kg de arroz. kg em 3 horas.
Resolução da questão:
Unidade – 500 L
Câmara ar – 50 L 500-50 = 90 kg
Fator cocção – 5 5
Balcão de Distribuição
378