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01. A palavra “você” tem origem na forma de tratamento “vossa mercê”, que sofreu uma série de
transformações fonéticas (vossemecê, vosmecê, mecê, vancê) até chegar à forma que conhecemos hoje e
que também já apresenta reduções como as formas “ocê” e “cê”. Estamos falando de que tipo de variação
linguística? Assinale a resposta correta:
(a) Variação diatópica;
(b) Variação diacrônica;
(c) Variação diastrática;
(d) Variação diafásica;
(e) Variação diamésica.
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
— “Paz no futuro e glória no passado.”
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!
Hino Nacional do Brasil. Letra: Joaquim Osório Duque Estrada.
Música: Francisco Manuel da Silva (fragmento).
02. O uso da norma-padrão na letra do Hino Nacional do Brasil é justificado por tratar-se de um(a)
(a) reverência de um povo a seu país.
(b) gênero solene de característica protocolar.
(c) canção concebida sem interferência da oralidade.
(d) escrita de uma fase mais antiga da língua portuguesa.
(e) artefato cultural respeitado por todo o povo brasileiro.
“Vancê pare um bocadinho; componha os seus arreios, que a cincha está muito pra virilha. E vá pitando um
cigarro enquanto eu dou dois dedos de prosa àquele andante... que me parece que estou conhecendo... e
conheço mesmo!... É o índio Reduzo, que foi posteiro dos Costas, na estância do Ibicui.
– Vancê desculpe a demora: mas quando se encontra um conhecido do outro tempo - e então do tope
deste! - a gente até sente uma frescura na alma!... Coitado, está meio acalcanhado... mas, bonzão, ainda!
Pois aquele cuerudo que vancê está vendo, teve grito d'armas!... Vou contar-lhe uma alarifagem em que
ele andou metido, e que só depois se soube, pelo miúdo, e isso mesmo porque a própria gente do caso é
que contava.”
NETO, José Simões Lopes. Contos e lendas. In: http://www.paginadogaucho.com.br/bibli/contosg-14.htm
03. O fragmento acima apresenta vários termos e expressões que determinam uma variedade:
(a) social e formal.
(b) regional e rural.
(c) etária e arcaica.
(d) social e informal.
(e) regional e urbana.
04. No terreno da variação linguística, o aspecto a ser centralmente estudado nesse texto de Patativa do
Assaré, intitulado “O poeta da roça” é a variação de
(a) construções sintáticas.
(b) situações sociocomunicativas.
(c) estratégias comunicativas.
(d) gêneros textuais realizados na fala.
(e) registros e níveis de fala.
05. Uma marca específica da Língua Portuguesa no Brasil é a pouca utilização do advérbio de afirmação
“sim” no caso das perguntas de modelo sim/não como resposta.
06. Na língua escrita, há situações em que algumas palavras e locuções oferecem maior dificuldade, pois
podem ser grafadas junto ou separadamente. A frase em que a expressão em negrito está corretamente
grafada é:
(a) Não mereço ter sucesso, tão pouco ser feliz.
(b) Nada nos resta se não a angústia de nos saber sabotados.
(c) Procuramos um psicólogo a fim de evitarmos maior sofrimento.
(d) Escolhemos a droga, com tudo trata-se de uma opção destrutiva.
(e) Conversávamos a cerca de nossas dificuldades com os sentimentos.
07. A seguinte frase está escrita de acordo com as normas da ortografia vigente:
(a) Eu me sinto mais vunerável quando viajo à noite.
(b) Preciso que vocês viagem para o Perú imediatamente.
(c) Alguns roteiros tem um acúmulo grande de deslocamentos.
(d) Fiz um voo gratuito porque ganhei uma passagem num sorteio.
(e) Fizemos um multirão para arrumar as malas, mas conseguimos.
09. “Os problemas de abastecimento são reflexos do MAU uso e desperdícios generalizados.”
Considerando a homonímia entre MAU e MAL, pode-se afirmar que está INCORRETA a frase:
(a) MAL teve início o verão, as chuvas desabaram em abundância.
(b) O MAU tempo foi o responsável pelo atraso no início das obras.
(c) Por ter sido a obra MAL planejada, o atraso na conclusão foi inevitável.
(d) Desenvolveu-se um MAU conhecimento sobre o uso racional da água.
(e) Um MAL planejamento traz consequências desastrosas.
Duas outras palavras corretamente acentuadas pelos mesmos motivos que aí e ótimo são,
respectivamente,
(a) juíz e ébano
(b) Icaraí e ritmo
(c) caquís e incrédulo
(d) país e sonâmbulo
(e) abacaxí e econômia
11. No curso da argumentação, o autor vai deixando marcas - palavras, expressões - para mostrar que o
conteúdo de muitos de seus enunciados deve ser entendido como uma POSSIBILIDADE - coisa que ocorre
em todas as alternativas abaixo, EXCETO:
(A) “Se a saúde é a não-doença, então sabemos exatamente do que cada qual necessita para curar-se.” (1º
parágrafo);
(B) “É possível, hoje, estabelecer melhor que no passado o grau de responsabilidade de cada pessoa nas
mazelas sociais.” (2º parágrafo);
(C) “Todavia, se ao fim de um ano ou dois, ele mostrar que não gerou custos para a seguradora,
provavelmente começará a ganhar bônus.” (2º parágrafo);
(D) “Aqui, para além do valor altamente moral da saúde como não-doença, entram elementos que podem
ser da ordem da vaidade, ou do gosto pelo próprio corpo, ou de certa felicidade.” (3º parágrafo);
(E) “É difícil separar o que é vaidade, o que é felicidade, e talvez se esmerar em distingui-los indique apenas
uma atitude moralista no pior sentido do termo.” (3º parágrafo).
12. Em: “O caso do sexo tem um elemento irônico, ademais” (6º parágrafo), a palavra “ademais” está
empregada para:
(A) introduzir a figura da ironia, indispensável como manobra argumentativa;
(B) aditar raciocínio que contradiz a linha de pensamento sustentada no texto;
(C) anunciar hipótese tendente a atenuar a importância de argumento anteriormente usado;
(D) iniciar narrativa destinada a documentar a tese sustentada pelo autor;
(E) acrescentar argumento decisivo orientado para a conclusão.
13. No enunciado: “Aliás, é quase consenso que uma das maiores falhas dos Estados Unidos é não terem
um sistema de saúde como o europeu e o canadense” (1º parágrafo), “aliás” funciona com o mesmo
sentido que em:
(A) Temos dois filhos casados. Aliás, três.
(B) Ela esteve aqui ontem. Aliás, trouxe-te um recado do pai.
(C) Fazer dicionário é trabalho árduo, sem, aliás, deixar de ser interessante.
(D) É boa pessoa; aliás, muito inteligente.
(E) Sempre o ajudou; aliás, não seria um bom pai.
14. A alternativa em que a proposta de mudança de redação altera o sentido do enunciado no texto é:
(A) “sem encontrar resposta” (§ 1) / a despeito de não encontrar resposta.
(B) “vai bater de frente com as patrulhas” (§ 1) / vai ao encontro das patrulhas.
(C) “ao contrário, se mesclam” (§ 4) / antes se mesclam.
(D) “se é verdade” (§ 4) / a ser verdade.
(E) “seja por progressos da medicina” (§ 7) / seja em virtude de progressos da medicina.
15. Altera-se o sentido de: “VERDADEIRA ATÉ ENTÃO, essa depreciação vai sendo desmentida por uma
saudável evolução das mentalidades” (§ 6) com a seguinte redação do termo em destaque:
(A) Se bem que verdadeira até então.
(B) Apesar de ser verdadeira até então.
(C) Por muito que verdadeira até então.
(D) Por ser verdadeira até então.
(E) Verdadeira que seja até então.
16. “Acha permanentemente que a vida perdeu todos os seus valores, que não há mais ética, conceitos
estéticos, nenhum objetivo mais profundo e mais humano a atingir?”
Nesse segmento do texto há três ocorrências do vocábulo “mais”, que se encontram sublinhadas. A
afirmação correta sobre essas ocorrências é:
(a) as três mostram o mesmo valor semântico;
(b) as três mostram classes gramaticais distintas;
(c) a primeira tem valor diferente das demais;
(d) as duas primeiras possuem o mesmo sentido;
(e) as duas últimas têm valor de “tempo”.
18. As preposições são elementos importantes no texto. A frase em que a preposição de mostra valor
exclusivamente funcional, sem valor semântico, é:
(a) “No Brasil, a diferença entre viver de ar e viver de arte é a sílaba te”.
(b) “Um olhar diferente muda um conceito de cabeça para baixo”.
(c) “Só posso escrever o que sou. E se os personagens se comportam de modos diferentes, é porque não sou
um só”.
(d) “Se você precisar de dinheiro de repente, vá dormir que a necessidade passa”.
(e) “Quando a gente acorda de bom humor, é sinal de que está em Paris”.
20. Os pares de palavras abaixo mostram uma estrutura idêntica em termos de classes de palavras; o par
que mostra uma estruturação diferente é:
(a) curiosa aberração;
(b) duvidosa justiça;
(c) absurdo inexistente;
(d) antiga alegação;
(e) mesmo número.
Já alguns anos que movimentos de defesa dos animais pregam que animais não em
cativeiro. Essa e outras pautas ganhado cada vez mais espaço na mídia, mas eles defendem que não
é o suficiente. de questões que carecem ainda de ampla discussão na sociedade e no âmbito
legislativo.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a opção que apresenta os termos que
completam, corretamente, as lacunas do fragmento acima.
(a) fazem – devem ser criados – têm – Tratam-se
(b) faz – devem serem criados – tem – Trata-se
(c) fazem – deve ser criado – tem – Tratam-se
(d) faz – devem ser criados – têm – Trata-se
(e) fazem – devem serem criados – têm – Tratam-se
24. Em todas as frases abaixo há inadequações gramaticais; a única frase inteiramente correta é:
(a) “A natureza e os livros pertencem aos olhos de quem as veem”;
(b) “As milhares de obras escritas são o bendito clorofórmio da mente”;
(c) “É preciso escrever o máximo possível como se fala e não falar demais como se escreve”;
(d) “A situação dos imigrantes venezuelanos no Norte se afastam muito das condições dignas de vida”;
(e) “O governador disse que avisou a polícia para os distúrbios provocados pela manifestação”.
26. Em “Quando eu era criança tinha medo do escuro...”, os verbos destacados estão conjugados em que
tempo e modo verbais?
(a) pretérito imperfeito do modo indicativo.
(b) pretérito perfeito do modo indicativo.
(c) pretérito imperfeito do modo subjuntivo.
(d) pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo.
(e) presente do indicativo
27. ... que os carros devam trafegar pelo lado direito das ruas.
... que os pedestres devem ter uma área específica para atravessar...
Os verbos flexionados nos mesmos tempos e modos em que se encontram os grifados nas frases acima
são, respectivamente:
(a) ganham - ganharam
(b) precisam - precisem
(c) determinam - determinem
(d) possam - podem
(e) tenham - teriam
28. Assinale a alternativa que completa, corretamente, a frase, de acordo com a norma-padrão da
conjugação verbal. – Haverá solução para a humanidade, se
(a) todos se manterem conscientes dessa necessidade.
(b) o governo propuser planejamento urbano adequado.
(c) a população conter seus impulsos consumistas.
(d) o cidadão saberá cuidar bem da natureza.
(e) as pessoas terem consciência do coletivo.
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está empregado em:
(A) ... com o maestro fluminense Guerra-Peixe, que então vivia em Recife.
(B) Sivuca nasceu numa família de pequenos lavradores e coureiros.
(C) ... que tentasse carreira na cidade grande.
(D) ... porque minha vocação foi mais forte do que toda e qualquer tendência.
(E) Suas primeiras memórias musicais vêm dos sanfoneiros itinerantes...
1 – Está correta quanto à regência verbal a seguinte frase: “Os alunos obedeceram às instruções da prova
e responderam ao questionário”.
2 – As duas frases a seguir, mantendo o mesmo sentido, estão corretas quanto à regência: “A enfermeira
assistiu o médico na operação” / “A enfermeira assistiu ao médico na operação”.
3 – “Banhou-se, barbeou-se e foi-se embora.” Nesta frase, temos exemplo de verbo pronominal.
4 – Na frase “Feijoada, o prato que todos os brasileiros gostam”, o verbo “gostar” é transitivo direto e,
por isso, não é precedido de preposição.
O verbo abaixo em que NÃO ocorre a mesma possibilidade de dupla regência e duplo sentido é:
(a) aspirar;
(b) assistir;
(c) carecer;
(d) chamar;
(e) precisar.
33. A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela
norma culta é:
(a) O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o transporte ferroviário”, com o
que discordava a grande maioria.
(b) Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países de fala hispânica, do qual não
pediu para integrar, a situação dos demais era tranquila.
(c) Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem cuidadosamente aonde trabalhar, dando
prioridade à locais de mais fácil acesso.
(d) Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado por outro morador
inconsciente com a limpeza do local.
(e) O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à
aventura, a tranquilidade.
34. “Ao se apresentarem os projetos, chegou-se à seguinte conclusão: pôr em discussão esses
projetos com outros menos caros equivaleria a julgar melhor o valor desses projetos, em vista do
princípio geral que vem julgando os mesmos projetos”.
Transcrevendo o texto, substituindo as expressões sublinhadas por pronomes pessoais que lhes sejam
correspondentes e efetuando as alterações necessárias, as formas adequadas seriam, respectivamente:
(a) pô-los / julgar-lhes / os vem julgando;
(b) por-los / julgá-los / vem julgando-os;
(c) pô-los / julgar melhor o seu valor / vem-nos julgando;
(d) por em discussão eles / julgar-lhes / os vem julgando;
(e) por-los / julgar o seu melhor valor / vem julgando-os.
35. A alternativa que contraria a colocação pronominal exigida pelo padrão escrito culto é:
(a) os órgãos aos quais se destinam as verbas desenvolvem projetos de segurança pública.
(b) dever-se-ia refletir sobre a construção histórica da violência.
(c) não põe-se em prática uma adequada política de prevenção ao crime.
(d) o jovem prefeito foi-se afirmando no cenário político.
(e) o secretário vai enviar-lhe os resultados da pesquisa no início da semana.
38. “A música talvez seja o único exemplo do que poderia ter sido – se não tivessem existido a invenção da
linguagem, a formação das palavras, a análise das ideias – a comunicação das almas”.
39. Assinale a opção que apresenta a frase em que o termo sintático sublinhado tem função sintática
diferente das demais.
(a) “Toda a sabedoria consiste em desconfiar dos nossos sentidos.”
(b) “O modo mais correto de esconder dos outros os limites do próprio saber é não ultrapassá-los jamais.”
(c) “Quem não tem necessidades próprias dificilmente se lembra das alheias.”
(d) “Pode-se prescindir de tudo. Desde que não se deva.”
(e) “Deus nunca perturba a alegria dos seus filhos.”
40. Uma das maneiras de estabelecer‐se a diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal é a
de ver‐se a diferença entre agente (adjunto) e paciente (complemento).
41. Sou contra essa visão utilitária, mas é assim que funciona.
Essa frase pode ser reescrita de vários modos; a única forma que altera o seu sentido original é:
(a) Mesmo sendo contra essa visão utilitária, é assim que funciona;
(b) Apesar de ser contra essa visão utilitária, é assim que funciona;
(c) É assim que funciona a despeito de eu ser contra essa visão utilitária;
(d) Ainda que eu seja contra essa visão utilitária, é assim que funciona;
(e) É assim que funciona a menos que eu seja contra essa visão utilitária.
43. “Ler é importante porque leva a pessoa a ter contato com várias ideias diferentes (dos autores),
adquirindo assim uma visão mais ampla do mundo e dos conflitos que envolvem a humanidade e a
sociedade. Quando se tem uma visão mais ampla, se tem também mais material para formar as próprias
ideias e resolver de melhor forma os próprios problemas.”
brunokabuki.blogspot.com/2019/
44. “A atividade humana alterou os sistemas naturais da Terra a tal ponto e deixou marcas tão evidentes
no registro geológico do planeta que, se os especialistas assim decidirem, as gerações futuras não deverão
ter problemas em identificar o chamado Antropoceno, a “era dos humanos”.
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente ainda da falta de
uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz veículo
de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam crimes já especificados em
lei, como a da imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a violação dos direitos
autorais, os plágios e outros recursos de apropriação indébita.
45. O texto mostra uma série de elementos aditivados por meio de diferentes processos; o trecho em
que NÃO ocorre qualquer tipo de aditivação é:
(a) “... que se ressente ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os
abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação”;
(b) “A maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da
imprensa”;
(c) “... que pune injúrias, difamações e calúnias”;
(d) “...bem como a violação dos direitos autorais”;
(e) “... a violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de apropriação indébita.
“É provável que nunca na história tenham sido escritos tantos tratados, ensaios, teorias e análises sobre a
cultura como em nosso tempo. O fato é ainda mais surpreendente porque a cultura, no sentido
tradicionalmente dado a esse vocábulo, está prestes a desaparecer em nossos dias. E talvez já tenha
desaparecido, discretamente esvaziada de conteúdo, tendo este sido substituído por outro, que
desnatura o conteúdo que ela teve”. (Mário Vargas Llosa, A civilização do espetáculo, p. 11)
46. Esse primeiro parágrafo de um livro famoso se apoia numa modalidade de linguagem figurada
denominada
(a) antítese.
(b) metonímia.
(c) paradoxo.
(d) metáfora.
(e) sinestesia.
47. Assinale a frase a seguir que não se estrutura a partir de uma antítese.
(a) Um provérbio é uma sentença curta baseada em longa experiência.
(b) Mais difícil do que publicar um livro é escrever um bom livro.
(c) Não dá para ficar a noite inteira nos eventos. Tem de saber a hora certa de chegar e ir embora.
(d) O Brasil é o único país do mundo onde as feias são bonitas.
(e) Nitidez é a correta distribuição de luz e sombra.
48. Ao dizer que “O mundo caminha para um consumo cada vez maior de alimento orgânico”, o autor do
texto apela para um tipo de figura de linguagem caracterizada pela:
(a) personificação de seres inanimados;
(b) utilização de um todo significando uma parte;
(c) comparação entre um termo real e um figurado;
(d) repetição enfática de termos;
(e) presença de termos de significação oposta.
49. “O drama dessas crianças tiradas dos braços de seus pais e mães.”
50. No texto 4 está presente o seguinte segmento: “Poderia não ter mais a grande voz, ou ser uma múmia
de si mesmo”.
“As cantigas de roda, também conhecidas como cirandas são brincadeiras que consistem na formação de
uma roda, com a participação de crianças, que cantam músicas de caráter folclórico, seguindo coreografias.
São muito executadas em escolas, parques e outros espaços frequentados por crianças. As músicas e
coreografias são criadas por anônimos, que adaptam músicas e melodias. Transmitidas oralmente, as letras
das músicas são simples e trazem temas do universo infantil.”
(Suapesquisa.com)
51. O primeiro período desse segmento exemplifica um tipo de texto denominado definição; no caso da
definição de cantiga de roda, NÃO faz parte de sua estrutura:
(a) outro vocábulo que também designa a mesma realidade;
(b) um vocábulo de significação geral em que se encaixa a realidade definida;
(c) componentes que formam a palavra definida;
(d) especificidades do termo definido;
(e) informações de caráter histórico sobre o vocábulo definido.
O conhecido filósofo Schopenhauer disse certa vez: “Observei que o caráter de quase todos os homens
parece particularmente adaptado a uma certa idade da vida, de modo que nela apresenta-se de forma mais
proveitosa. Alguns são jovens amáveis, e depois isso passa, outros, homens enérgicos e ativos, dos quais a
idade rouba todos os valores. Muitos se apresentam mais favoravelmente na velhice, quando são mais
indulgentes por serem mais experientes e serenos”.
53. A frase abaixo que NÃO se refere a uma outra frase bastante conhecida (intertextualidade) é:
(a) “A justiça tarda, mas não chega”;
(b) “Depois da impunidade vem a bonança”;
(c) “Assim tropeça a humanidade”;
(d) “Não existe o herói sem a plateia”;
(e) “Saio da História para cair na vida”.
Texto
“Nenhum ser humano é uma ilha… por isso não perguntem por quem os sinos dobram. Eles dobram por
cada um, por cada uma, por toda a humanidade. Se grandes são as trevas que se abatem sobre nossos
espíritos, maiores ainda são as nossas ânsias por luz. (…) As tragédias dão-nos a dimensão da inumanidade
de que somos capazes. Mas também deixam vir à tona o verdadeiramente humano que habita em nós, para
além das diferenças de raça, de ideologia e de religião. E esse humano em nós faz com que juntos choremos,
juntos nos enxuguemos as lágrimas, juntos oremos, juntos busquemos a justiça, juntos construamos a paz e
juntos renunciemos à vingança.“
Leonardo Boff
“Nenhum ser humano é uma ilha… por isso não perguntem por quem os sinos dobram. Eles dobram por
cada um, por cada uma, por toda a humanidade.”
56. O jornal ”Meia Hora” é um jornal direcionado para o público das classes B e C e um dos mais vendidos
do Rio de Janeiro. Uma de suas maiores peculiaridades é o uso do humor nas suas capas. A sua estratégia
mais utilizada e que pode ser observada na notícia acima é:
(a) o uso de metáforas.
(b) a linguagem ambígua.
(c) o rebuscamento da linguagem.
(d) a utilização da norma-padrão da língua.
(e) a linguagem coloquial.
Texto I
(http://www.clubedecriacao.com.br/novo/vamos-discutir-o-numero-de-outdoors-3/)
Texto II
Os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo aprovaram, em segunda votação, nesta terça-
feira (26/09), o Projeto de Lei 379/06, de autoria da Prefeitura que proíbe a publicidade externa na capital
paulista. [...]
Na prática, com a aprovação da lei, a partir de 2007, fica proibido qualquer tipo de publicidade
externa na cidade. Outdoors, placas, painéis, pinturas em muros, entre outros meios, estão todos proibidos
a partir do dia 1º de janeiro de 2007.
[...]
(NOVAES, João. 26 set 2006. Disponível em: HTTP://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/31901.shtml.
Acesso em: 4 jul. 2010.)
57. O anúncio reproduzido é institucional, ou seja, foi produzido por uma agência de publicidade para
tratar de seus interesses. Baseados na notícia acima e sabendo que desenvolveu o anúncio apresentado,
podemos concluir que o interlocutor preferencial do outdoor é:
(a) os moradores de rua que estão abaixo do anúncio, tentando mostrar-lhes que eles não são a prioridade
da Prefeitura.
(b) a população em geral, tentando convencê-la de que os vereadores estão deixando de tratar de assuntos
mais importantes para a gestão da cidade.
(c) a Prefeitura, como forma de protesto contra a liberdade de expressão.
(d) os vereadores, a fim de fazê-los mudar de ideia acerca da lei aprovada.
(e) as demais agências de publicidade, tentando convencê-las a participar de uma campanha em benefício
da população paulista.
Cidade grande
Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
ficou urbe tão notória,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.
(Carlos Drummond de Andrade)
33º Anuário de Criação. São Paulo. Clube de Criação de São Paulo, 2008. p. 227.
59. As imagens apresentadas referem-se a uma campanha publicitária de conscientização para evitar a
disseminação do vírus da AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis. Com base na identificação
dos elementos presentes da sequência de fotos, é possível perceber que o outdoor colocado na rua vale-se
de uma interessante estratégia que consiste em que:
(a) as letras da palavra “AIDS”, a cada preservativo retirado pelos pedestres, vão deseparecendo, assim
como a própria doença à medida que estes passantes utilizem as camisinhas.
(b) os passantes entendam que, à medida que os preservativos forem retirados, o uso de camisinha vá
diminuindo.
(c) se mostre que a camisinha é um método pouco eficaz para a prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis e que a sua eliminação é necessária.
(d) os responsáveis da campanha entreguem pessoalmente aos transeuntes os preservativos até que
acabem com a palavra “AIDS”.
(e) se prove que o uso da camisinha é o único método de se eliminar a “AIDS”.
“Antes que comecem os mimimis, um aviso: não tenho absolutamente nada contra aqueles que fumam.
A decisão de enviar mais de 4 mil substâncias tóxicas para dentro do corpo e correr o risco de morrer
precocemente com um câncer na boca, laringe, estômago ou pulmão é pessoal. Só não soltem fumaça na
cara de não-fumantes, combinado?”
(Publicidade, Guilherme Dantas, 2013)
60. Como outros textos de campanhas contra o tabagismo, o texto 2 também tenta convencer pessoas a
não fumar; o argumento básico do autor do texto é:
(a) o constrangimento social sobre os que não fumam;
(b) a condenação universal dos fumantes;
(c) a situação de vergonha pública por que passam os fumantes;
(d) a intimidação dos fumantes por alusão a possíveis doenças;
(e) o problema do encaminhamento a vícios mais graves.
62. O poeta italiano Leopardi escreveu: “O sentimento de vingança é tão agradável, que muitas vezes o
homem deseja ser ofendido para poder se vingar, e não falo apenas de um inimigo habitual, mas de uma
pessoa indiferente, ou até mesmo, sobretudo em alguns momentos de humor negro, de um amigo”.
Esse pensamento mostra uma série de distintos conectivos; a opção em que se indica o valor correto do
conectivo sublinhado é:
(a) “que muitas vezes o homem deseja ser ofendido” / consequência;
(b) “para poder se vingar” / explicação;
(c) “e não falo apenas de um inimigo habitual” / conclusão;
(d) “mas de uma pessoa indiferente” / adição;
(e) “ou até mesmo” / retificação.
63. Um dos problemas textuais mais frequente é a incoerência, como a que está presente na seguinte
frase:
(a) “Fiz esta carta longa porque não tive tempo de fazê-la mais curta”;
(b) “Há tantos que escrevem e tão poucos que leem”;
(c) “Escreve as ofensas na areia e os benefícios no mármore”;
(d) “Escrever cartas é a maneira mais deliciosa de perder tempo”;
(e) “O que vale é a versão e não os fatos”.
64. Na construção de um texto, a substituição de um elemento por outro na continuidade do texto pode
ocorrer por meio de diferentes processos.
Assinale a opção que indica a frase em que os termos sublinhados NÃO exemplificam o processo indicado.
(a) Enquanto as guerras se tornam a cada dia mais violentas, dirigi-las é cada vez mais cômodo e se faz de
locais cada vez mais distantes da conflagração. / substituição por sinônimos ou quase-sinônimos.
(b) O coronel trazia documentos importantes, mas, após o acidente, nada foi encontrado na pasta
do militar. / substituição por hipônimos.
(c) Acredito que o péssimo estado das nossas prisões é que as impede de serem ocupadas por algumas
pessoas da nossa melhor sociedade. / substituição por pronomes.
(d) Qualquer homem, andando uma média de onze horas por dia, levaria apenas 285 dias para ir do Rio a
Paris. Isso, naturalmente, se não houvesse o oceano Atlântico entre a Cidade Maravilhosa e a Cidade
Luz. / substituição por expressões conotativas.
(e) O riso é próprio do homem, mas o rir demais traduz pouca inteligência. / substituição por termos
cognatos.
Duas pesquisas mostram que as políticas sociais e de combate à fome implementadas pelo governo
federal começam a apresentar resultados concretos na melhoria das condições de vida do povo brasileiro.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas-FGV, intitulado “Miséria em Queda”, baseado em dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), do IBGE, confirmou que a miséria no Brasil caiu em
2004, e atingiu o nível mais baixo desde 1992. O número de pessoas que estão abaixo da linha da pobreza
passou de 27,26% da população, em 2003, para 25,08%, em 2004. Em 1992, esse percentual era de
35,87%. É considerado abaixo da linha da pobreza quem pertence a uma família com renda inferior a R$
115 mensais, valor considerado o mínimo para garantir a alimentação de uma família. O estudo da FGV
mostrou que o índice de miséria no Brasil caiu 8%, de 2003 para 2004, deixando o país com a menor
proporção de miseráveis desde 1992.
65. Assinale a opção que não constitui continuação coesa e coerente para o texto acima.
(a) A cobertura destes dois programas alcança os bolsões de pobreza das zonas mais distantes dos
grandes centros, reduzindo bastante a miséria no país.
(b) O coordenador do estudo da FGV atribuiu a queda da pobreza ao crescimento econômico do país e
listou fatores como estabilidade da inflação, reajuste do salário mínimo, recuperação do mercado de
trabalho, aumento da geração de empregos formais e, ainda, o aumento da presença do Estado na
economia, com uma maior transferência de renda para a sociedade.
(c) O aumento da taxa de escolarização da população tem sido fundamental para a redução da
desigualdade entre ricos e pobres.
(d) Há uma nova geração de programas sociais que está fazendo a sociedade brasileira enxergar que é
preciso dar mais a quem tem menos e entre os exemplos estão o programa Bolsa Família e o programa de
aposentadoria rural.
(e) A redução da taxa de pobreza foi fortemente influenciada pela queda na distância entre os ricos e
pobres no Brasil, registrada em três anos consecutivos. Somente em 2004, a desigualdade caiu duas vezes
mais do que no ano anterior.
XIV. Gêneros textuais e tipos de textos: descritivo, narrativo, expositivo, argumentativo e injuntivo.
Concordo plenamente com o artigo "Revolucione a sala de aula". É preciso que valorizemos o ser humano,
seja ele estudante, seja professor. Acredito na importância de aprender a respeitar nossos limites e superá-
los, quando possível, o que será mais fácil se pudermos desenvolver a capacidade de relacionamento em
sala de aula. Como arquiteta, concordo com a postura de valorização do indivíduo, em qualquer situação:
se procurarmos uma relação de respeito e colaboração, seguramente estaremos criando a base sólida de
uma vida melhor.Tania Bertoluci de Souza, Porto Alegre, RS,
Disponível em: <:http://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>. Acesso em: 2 maio 2009 (com adaptações).
66. Em uma sociedade letrada como a nossa, são construídos textos diversos para dar conta das
necessidades cotidianas de comunicação. Assim, para utilizar-se de algum gênero textual, é preciso que
conheçamos os seus elementos. A carta de leitor é um gênero textual que
(A) apresenta sua estrutura por parágrafos, organizado pela tipologia da ordem da injunção (comando) e
estilo de linguagem com alto grau de formalidade.
(B) se inscreve em uma categoria cujo objetivo é o de descrever os assuntos e temas que circularam nos
jornais e revistas do país semanalmente.
(C) se organiza por uma estrutura de elementos bastante flexível em que o locutor encaminha a ampliação
dos temas tratados para o veículo de comunicação.
(D) se constitui por um estilo caracterizado pelo uso da variedade não-padrão da língua e tema construído
por fatos políticos.
(E) se organiza em torno de um tema, de um estilo e em forma de paragrafação, representando, em
conjunto, as ideias e opiniões de locutores que interagem diretamente com o veículo de comunicação.
A comunidade científica mundial recebeu, na semana passada, a confirmação oficial de uma descoberta
sobre a qual se falava com enorme expectativa há alguns meses. Pesquisadores do Centro de Astrofísica
Harvard-Smithsonian revelaram ter obtido a mais forte evidência até agora de que o universo em que
vivemos começou mesmo pelo Big Bang, mas este não foi explosão, e sim uma súbita expansão de matéria
e energia infinitas concentradas em um ponto microscópico que, sem muitas opções semânticas,
os cientistas chamam de “singularidade”. Essa semente cósmica permanecia em estado latente e, sem que
exista ainda uma explicação definitiva, começou a inchar rapidamente […]. No intervalo de um piscar de
olhos, por exemplo, seria possível, portanto, que ocorressem mais de 10 trilhões de Big Bangs.
ALLEGRETTI, F. Veja, 26 mar. 2014 (adaptado).
67. No título proposto para esse texto de divulgação científica, ao dissociar os elementos da expressão Big
Bang, a autora revela a intenção de
(A) evidenciar a descoberta recente que comprova a explosão de matéria e energia.
(B) resumir os resultados de uma pesquisa que trouxe evidências para a teoria do Big Bang.
(C) sintetizar a ideia de que a teoria da expansão de matéria e energia substitui a teoria da explosão.
(D) destacar a experiência que confirma uma investigação anterior sobre a teoria de matéria e energia.
(E) condensar a conclusão de que a explosão de matéria e energia ocorre em um ponto microscópico.
Atualmente, é comum “disparar” currículos na internet com a expectativa de alcançar o maior número
possível de selecionadores. Essa, no entanto, é uma ideia equivocada: é preciso saber quem vai receber seu
currículo e se a vaga é realmente indicada para seu perfil, sob o risco de estar “queimando o filme” com um
futuro empregador. Ao enviar o currículo por e-mail, tente saber quem vai recebê-lo e faça um texto
sucinto de apresentação, com a sugestão a seguir:
Assunto: Currículo para a vaga de gerente de marketing
Mensagem: Boa tarde. Meu nome é José da Silva e gostaria de me candidatar à vaga de gerente de
marketing. Meu currículo segue anexo.
Guia da língua 2010: modelos e técnicas. Língua Portuguesa, 2010 (adaptado).
68. O texto integra um guia de modelos e técnicas de elaboração de textos e cumpre a função social de
(A) divulgar um padrão oficial de redação e envio de currículos.
(B) indicar um modelo de currículo para pleitear uma vaga de emprego.
(C) instruir o leitor sobre como ser eficiente no envio de currículo por e-mail.
(D) responder a uma pergunta de um assinante da revista sobre o envio de currículo por e-mail.
(E) orientar o leitor sobre como alcançar o maior número possível de selecionadores de currículos
“No nordeste, a história do Bumba meu boi foi inspirada na lenda da Mãe Catirina e do Pai Francisco (Chico).
Nessa versão, Mãe Catirina e Pai Francisco são um casal de negros trabalhadores de uma fazenda. Quando
Mãe Catirina fica grávida, ela tem desejo de comer a língua de um boi.
Empenhado em satisfazer a vontade de Catirina, Chico mata um dos bois do rebanho, que, no entanto, era
um dos preferidos do fazendeiro.
Ao notar a falta do boi, o fazendeiro pede para que todos os empregados saiam em busca dele.
Eles encontram o boi quase morto, mas com a ajuda de um curandeiro ele se recupera. Noutras versões, o
boi já está morto e com o auxílio de um pajé, ele ressuscita.
A lenda, dessa maneira, está associada ao conceito de milagre do catolicismo ao trazer de volta o animal. Ao
mesmo tempo, mostra a presença de elementos indígenas e africanos, tal como a cura pelo pajé ou
curandeiro e a ressurreição.
69. O texto acima, em termos de predominância quase absoluta, deve ser classificado como:
(a) descritivo;
(b) narrativo;
(c) dissertativo-expositivo;
(d) dissertativo-argumentativo;
(e) injuntivo.
“Um dos grandes problemas enfrentados pelos moradores das grandes cidades brasileiras é a deficiente
infraestrutura de transportes. As pessoas demoram muito tempo para se deslocarem, sem condições
mínimas de conforto, tendo muitas vezes que encarar longas distâncias em pé, em ônibus lotados.
Este problema tem origem em meados do século XX, quando o Brasil passou por um processo de
industrialização que aconteceu de forma rápida e descontrolada. Houve migração muito grande de pessoas
para as cidades, o que levou à supervalorização do preço dos terrenos e imóveis.
A solução, para as pessoas de renda mais baixa, foi estabelecer moradia em zonas mais afastadas, além de
favelas e ocupações irregulares. As ofertas de empregos e serviços, no entanto, ficou concentrada nos
bairros mais nobres, o que exige deslocamento de grandes distâncias pelos trabalhadores.”
71. Os sinais de pontuação são utilizados, na linguagem escrita, com a finalidade de reproduzir os inúmeros
recursos presentes na fala. Dito de outra forma, alguns sinais de pontuação são utilizados para marcar
pausa – como a vírgula, por exemplo – enquanto outros têm a função de marcar a prosódia e entonação da
fala – como, por exemplo, o ponto de exclamação. Por esse motivo é que podemos dizer que a pontuação,
em um texto escrito, serve para representar recursos característicos da fala. Assim, de acordo com o que se
sabe sobre esses sinais, marque a opção correta dentre as enumeradas abaixo:
(a) A palavra “péssimo” entre aspas indica que o menino não gostou da nota que recebeu da professora e,
por isso, não deveria vir entre aspas por completar o sentido do verbo “dar”.
(b) O uso das reticências no terceiro quadrinho se deve ao fato de o menino fazer uma interrupção na
sequência lógica da frase com o objetivo de deixar um espaço para continuação do raciocínio.
(c) O ponto de interrogação no último quadrinho indica que o menino está indicando surpresa, susto.
(d) O ponto de exclamação utilizado no primeiro quadrinho faz referência à indignação do menino com o
fato de a professora não ter dado uma nota ruim a ele devido ao fato de ele não ter ido bem na prova.
(e) O ponto de interrogação não deveria ter sido utilizado no segundo quadrinho, pois a intenção do aluno
não é fazer uma pergunta e sim mostrar indignação pela nota que recebeu.
73. “Diz-se da melhor companhia: sua conversa é instrutiva; seu silêncio, formativo.”
O emprego da vírgula é justificado na frase acima pela mesma razão em que ocorre na seguinte frase:
(a) “A imaginação não faz castelos no ar, mas transforma cabanas em castelos no ar.”
(b) “O homem ama a companhia, mesmo que seja apenas a de uma vela que queima.”
(c) “Para o desesperado, a partida não parece menos impossível do que o retorno.”
(d) “Ai de quem é só, pois se cai não tem quem o levante.”
(e) “Beber pouco é bom. Não beber, trágico.”
74. Falando sobre uma passeata em São Paulo, um jornal paulista escreveu o seguinte:
75. “A civilização do século XX tornou-se altamente dependente do mais nobre dos combustíveis, porque ele
é extremamente conveniente: é líquido, podendo pois ser transportado facilmente nos mais variados
recipientes e em oleodutos, e, além disso, é o combustível mais rico em calorias. Assim, a humanidade se
acostumou com o “creme” dos combustíveis e o desperdiçou, como quem desperdiça um bem ganho sem
qualquer esforço. Mas isso vai acabar, o petróleo é uma herança que recebemos do passado e que
fatalmente vai terminar”.
No texto acima, o corretor de texto do computador sublinhou os termos “podendo pois”. Nesse caso, o
erro apontado foi
(a) a ausência da conjunção “mas” antes de “podendo”.
(b) o emprego indevido de uma vírgula antes do gerúndio.
(c) o erro de posição de “pois”, que deveria vir antes de “podendo”.
(d) a falta de vírgulas antes e depois de “pois”.
(e) o erro no emprego do gerúndio “podendo”.