Você está na página 1de 112

C S EAD

Curso de Reciclagem
para Condutores Infratores

Módulo 1
Legislação de Trânsito
C S EAD
Legislação de Trânsito

Obje vo
Este modulo tem como obje vo principal atualizar os conhecimentos dos
condutores, que infringiram a legislação de trânsito culminando com a
penalidade de suspensão do direito de dirigir, a respeito da legislação de
trânsito vigente no pais.

Resumo
O conteúdo de legislação de trânsito Os graves problemas encontrados no
visa proporcionar instrumento ao trânsito urbano e regional do país –
aluno para que o esmo possa perceber principalmente os acidentes de
seu papel dentro da garan a de uma trânsito, a impunidade, precisam ser
circulação com respeito e cidadania.O comba dos com vigor, para que o país
processo de circulação de bens e possa desfrutar de uma melhor
pessoas, em todo o País, dentro dos qualidade de vida para seus habitantes.
padrões de acessibilidade, segurança, O Código de Trânsito Brasileiro
racionalidade, eficiência, fluidez e cons tui uma ferramenta essencial
conforto, condizentes e coerentes com para a ngir estes obje vos, no entanto,
uma sociedade civilizada e o sucesso da sua implantação depende
desenvolvida está pautado na muito do envolvimento do cidadão no
9 . 5 0 3 / 9 7 – C ó d i go d e Trâ n s i to sen do de cumprir e fazer cumprir o ali
Brasileiro – CTB, e pelas Resoluções expresso.
complementares. Além do CTB e das Durante a carga horaria do
Resoluções, os Estados complementam presente conteúdo serão abordados
a legislação por meio de Portarias e diversos aspectos relacionados às
Decretos. Os órgãos de trânsito normas de circulação e conduta,
municipais também têm autonomia infrações de trânsito, penalidades e
para norma zar detalhes do trânsito, cidadania.
que não são os mesmos em todas as É necessário que o aluno tenha
cidades, exigindo atenção por parte consciência de seu papel na construção
dos condutores. O Brasil vivencia uma de um transitar com mais harmonia e
nova fase na sua polí ca de trânsito a respeito.
par r da entrada em vigor do novo Os diversos conteúdos desta
Código de Trânsito Brasileiro, em apos la pretendem fazer com que o
Janeiro de 1998. Após uma longa aluno possa ao termino do curso adotar
discussão envolvendo o Estado e a um novo olhar no tocante a legislação
sociedade, chegou-se à proposta do de trânsito.
novo código, que traz inovações muito
importantes em relação à legislação
anterior.
C SEAD
Legislação de Trânsito

Sumário
1.1 Introdução................................................................ 2
1.2 Formação do condutor............................................. 4
1.2.1 Exigência para categorias de habilitação em
relação ao veiculo conduzido................................... 5
1.2.2 Documentos do condutor e do veiculo:
apresentação e validade.......................................... 10
1.2.3 Sinalização viária...................................................... 11
1.2.3.1 Sinalização ver cal................................................... 13
Sinalização de regulamentação................................ 14
Sinalização de advertência....................................... 14
Sinalização de indicação........................................... 15
Placas de iden ficação............................................. 15
Placas de orientação de des no............................... 17
Placas educa vas...................................................... 17
Placas de serviços auxiliares..................................... 18
Placas de atra vos turís cos.................................... 18
1.2.3.2 Sinalização horizontal.............................................. 19
1.2.3.3 Disposi vos auxiliares.............................................. 30
1.2.3.4 Sinalização semafórica............................................. 35
1.2.3.5 Gestos...................................................................... 38
1.3.1 Penalidades e crimes de trânsito............................ 42
1.3.2 Direitos e deveres do cidadão................................. 45
1.3.3 Normas de circulação e conduta............................. 47
1.4 Infrações e penalidades........................................... 66
Infrações.................................................................. 66
Penalidades............................................................. 69
C SEAD
Legislação de Trânsito

Sumário
Advertência por escrito............................................ 71
Multa........................................................................ 71
Suspensão do direito de dirigir................................. 71
Cassação da carteira nacional de habilitação e da
permissão para dirigir............................................... 72
Frequência obrigatória em curso de reciclagem...... 72
1.5 Documentação do condutor do veículo................... 74
1.6 Estacionamento, parada e circulação...................... 76
1.7 Segurança e a tudes do condutor, passageiro,
pedestre e demais atores do processo de circulação 81
1.8 Meio ambiente........................................................ 101
1.9 Álcool e direção: implicações legais........................ 106
1.10 Processo administra vo........................................... 109
C S EAD
Legislação de Trânsito

1.1 Introdução
Olá!
Iniciaremos uma viagem no universo da legislação de trânsito, a fim
de que você possa interagir com os conceitos trazidos pela atual estrutura
legisla va que regulamenta a gestão do trânsito em nosso país , bem como
revisitar o conteúdo des nado a condução de veículo de forma segura e
consciente.
A legislação de trânsito tem como obje vo proporcionar
instrumentos e condições para que o processo de circulação de bens e
pessoas, em todo o País, desenvolva-se dentro dos padrões de
acessibilidade, segurança, racionalidade, eficiência, fluidez e conforto,
condizentes e coerentes com uma sociedade civilizada e desenvolvida.
O trânsito brasileiro é regulamentado pela Lei 9.503/97 – Código de
Trânsito Brasileiro – CTB, e pelas Resoluções complementares. Além do CTB
e das Resoluções, os Estados complementam a legislação por meio de
Portarias e outros atos norma vos, contudo jamais poderão ultrapassar os
ditames previstos pela União por a regulamentação do trânsito de
competência da União conforme disposto no Ar go 22 inciso XI da
Cons tuição Federal.

Ar go 22. Compete priva vamente à União legislar


sobre:
...
XI trânsito e transporte;"

A Lei 9.503/97 define atribuições das diversas autoridades e órgãos


ligados ao trânsito, fornece diretrizes para a Engenharia de Tráfego e
estabelece normas de conduta, infrações e penalidades para diversos
usuários deste complexo sistema.

2
C S EAD
Legislação de Trânsito

Além do CTB é importante do Mercosul, o qual visa


esclarecer que o Brasil é signatario, uniformizar regras sobre
em parte, sem ter aderido a todos responsabilidade civil emergente
os itens, da Convenção sobre o de acidentes de trânsito ocorridos
Trânsito Viario (Viena) que foi no Brasil, Argen na, Paraguai e
firmada em Viena, na Áustria, em Uruguai quando par ciparem ou
08 de novembro de 1968 . A resultem ví mas domiciliadas em
referida convenção foi aprovada outro Estado-Parte. Conforme o
pelo Decreto Legisla vo nº 33, de protocolo se no acidente
13 de maio de 1980 e promulgada p a r c i p a re m o u re s u l ta re m
pelo Decreto nº 86.714, de 10 de vi mas unicamente pessoas
dezembro de 1981. Este fato com domiciliadas em outro Estado-
obje vo de facilitar o trânsito Parte, a responsabilidade civil não
viário internacional e de aumentar será do local onde ocorreu o
a segurança nas rodovias acidente e sim do Estado-Parte da
mediante a adoção de regras ví ma. As regras de trânsito
uniformes de trânsito. aplicáveis serão, entretanto, as do
Igualmente somos signatários do local em que ocorreu o acidente.
acordo internacional firmado pelo É importante observar que o
Brasil, Argen na, Bolívia, Chile, condutor estrangeiro está
Paraguai, Peru e Uruguai, sobre o obrigado a cumprir as leis e
trânsito estrangeiro nos territórios regulamentos vigentes no pais que
desses países, regulamentado por se encontra.
meio do Decreto Federal de 03 de   O C T B é
agosto de 1993, o acordo unifica p e r m a n e n t e m e n t e
procedimentos para o trânsito regulamentado por Resoluções do
nestes países, inclusive quanto à Conselho Nacional de Trânsito.
obrigatoriedade recíproca de se Nos casos de urgência e de
re c o n h e c e r o s d o c u m e n t o s relevante interesse público, o
originais de habilitação dos presidente do Contran poderá
condutores oriundos de outro país deliberar ad referendum do
contratante, bem como as licenças Colegiado, como dispõe o seu
dos veículos. Frisamos também o Regimento Interno (Art. 6º, inciso
Protocolo de São Luiz sobre IX).
Matéria de Responsabilidade Civil
Emergente de Acidentes de
trânsito entre os estados partes do
3
C S EAD
Legislação de Trânsito

Além das regulamentações acima narradas as Portarias do


Departamento Nacional de Trânsito tem por obje vo regulamentar
prá cas operacionais e administra vas na relação entre os órgãos e
en dades do Sistema Nacional de Trânsito e o Denatran, bem como
regulamentar resoluções do Contran.
Diversas leis tem alterado o CTB , ou estão relacionadas aos assuntos
por este elencado, portanto é fundamente que você fique atento as
alterações na legislação de trânsito a fim de cumprir os preceitos ali
con dos e acima de tudo, garan r a segurança de todos os usuários das
vias.

1.2 Determinações do CTB quanto a:

1.2.1 Formação do condutor


Agora que você já se inteirou acerca da Legislação de Trânsito no
Brasil, passaremos a dialogar sobre o processo de formação do condutor, e
é claro sobre a reciclagem deste condutor que por mo vos diversos acabou
por ter sua carteira de habilitação suspensa ou cassada.
Vale lembra que Carteira Nacional de Habilitação é um importante
documento e em determinados casos é requisito para empregabilidade.
A par r deste momento, você irá rever os conceitos e os princípios
necessários estabelecidos pelo CTB (Código de Trânsito Brasileiro) e pelas
resoluções do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para habilitá-lo na
condução de veículos automotores e elétricos.
Pretendemos que você reveja conceitos que apreendeu durante seu
processo de formação, ou caso tenha se habilitado antes da exigência de
curso teórico, passa a par r da leitura desta apos la, tornar-se um
condutor mais consciente.

4
C SEAD
Legislação de Trânsito

1.2.2 Exigencias para categorias


de habilitação em relação
ao veículo conduzido
Para começar o estudo, vamos relembrar qual o órgão competente
para habilitar condutores e quais os requisitos para obtenção da Carteira
Nacional de Habilitação.
É bom rever que todo condutor deve, obrigatoriamente, possuir um
documento de habilitação para ter o direito de conduzir qualquer po de
veículo motorizado.
Na legislação de trânsito está expresso que compete ao órgão
máximo execu vo de trânsito da União - Denatran expedir a Permissão
para Dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), os Cer ficados de
Registro (CRV) e o de Licenciamento Anual (CLA) mediante delegação aos
órgãos execu vos dos Estados e do Distrito Federal – Detran (art.19 inciso
VII)
A habilitação para conduzir veículo automotor e elétrico é apurada
por meio de exames que devem ser realizados junto aos Detran, do
domicílio ou residência do candidato, que preencher os seguintes
requisitos (art. 140):
· ser penalmente imputável;
· saber ler e escrever;
· possuir Carteira de Iden dade ou equivalente;
· possuir Cadastro de Pessoa Física – CPF (Res. Contran nº
168/2004).
Inves dos dos requisitos previstos no Ar go 140, e por força das
Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito que versam sobre o assunto,
em especial a Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004, o candidato
deverá se submeter à realização de: I – Avaliação Psicológica; II – Exames de
Ap dão Física e Mental; III – Exame escrito sobre a integralidade do
conteúdo programá co, desenvolvido em Curso de Formação para
Condutor; IV – Exame de direção veicular, realizado na via pública, em
veículo da categoria para a qual esteja se habilitando.

5
C S
EAD
Legislação de Trânsito
Tabela 1. Categorias de habilitação e suas especificações

CATEGORIA ESPECIFICAÇÃO

Todos os veículos automotores e elétricos, de duas ou três


rodas, com ou sem carro lateral.

A Ciclomotor, caso o condutor não possua ACC.


Não se aplica a quadrículos, cuja categoria é a B.

Veículos automotores e elétricos, de quatro rodas cujo

B
Peso Bruto Total (PBT) não exceda a 3.500 kg e cuja lotação
não exceda a oito lugares, excluído o do motorista,
contemplando a combinação de unidade acoplada,
reboque, semirreboque ou ar culada, desde que atenda a
lotação e capacidade de peso para a categoria.

Todos os veículos automotores e elétricos u lizados em


transporte de carga, cujo PBT exceda a 3.500 kg.

C Tratores, máquinas agrícolas e de movimentação de cargas,


combinação de veículos em que a unidade acoplada,
reboque, semirreboque ou ar culada, não exceda a 6.000 kg
de PBT.
Todos os veículos abrangidos pela categoria “B”.
Veículos automotores e elétricos u lizados no transporte de
passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do

D condutor.
Veículos des nados ao transporte de escolares
independente da lotação.
Todos os veículos abrangidos nas categorias “B” e “C”.

Combinação de veículos em que a unidade tratora se


enquadre nas Categorias B, C ou D e:
A unidade acoplada, reboque, semirreboques, trailer ou

E ar culada, tenha 6.000 Kg ou mais de PBT.


A lotação da unidade acoplada exceda a 8 lugares.
Tenha uma combinação de veículos com mais de uma
unidade tracionada, independentemente da capacidade de
tração ou do PBT.
Todos os veículos abrangidos nas categorias “B”, “C” e “D”.
Fonte: Próprio autor, 2017

7
C S EAD
Legislação de Trânsito

Todos os requisitos exigidos estão dispostos na citada resolução,


disponível no site do Departamento Nacional de Trânsito.
h p://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/RESOLUCAO_CONTR
AN_168.
O documento de habilitação é expedido em forma definida pelo
Conselho Nacional de Trânsito de acordo com a Resolução 598 que
regulamenta a expedição do documento único da Carteira Nacional de
Habilitação, com novo leiaute e requisitos de segurança.
As categorias da habilitação estão definidas de acordo com o Ar go
143, o qual prevê que os candidatos poderão se habilitar nas categorias “A”
a “E”.

Estando apto nos exames estabelecidos em lei o candidato receberá a


Permissão para Dirigir na categoria em que prestou os exames, eis que a
Permissão somente é emi da nas categorias “A”, “B” ou “AB” ou ainda na
ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotores). A Permissão para Dirigir
terá validade de um ano e ao término dessa, o condutor poderá solicitar a
CNH defini va, desde que o condutor não tenha come do nenhuma
infração de natureza grave ou gravíssima, ou seja reincidente em infração
média.

Assim sendo a Permissão para Dirigir é o documento expedido pelo


órgão execu vo de trânsito do domicilio ou residência do candidato, com
validade de 12(doze) meses, confiada ao candidato aprovado nos exames
de habilitação.
A você é bom lembrar que a Carteira Nacional de Habilitação possui
validade expressa, de acordo com os exames realizados pelo Psicólogo e
Médico, podendo variar de 05(cinco) a 03(três) anos ou menos a critério do
avaliador.
A renovação tem o fim de reavaliar as condições de Ap dão Física e
mental do condutor de veículo, cuja habilitação esteja com o prazo de
validade vencido ou a vencer.

6
C S EAD
Legislação de Trânsito

O condutor que exerce a vidade de transporte remunerado de


pessoas ou bens deverá declarar e se submeter à Avaliação Psicológica
Preliminar e Complementar ao Exame de Ap dão Física e Mental, quando
da renovação da CNH.
Aos condutores é permi do ainda o acréscimo ou adição de categoria
para permi r aos condutores habilitados para veículos das categorias B, C,
D ou E habilitarem-se para conduzir veículos da categoria A, ou quando é
habilitado para a categoria A e pretende habilitar-se para conduzir veículos
da categoria B.
Já a mudança de categoria visa alterar a categoria atual para uma
nova e encontra-se disciplinada no Ar go 145 do Código Trânsito
Brasileiro, vejamos:

Art.145
Para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir veículo de
transporte cole vo de passageiros, de escolares, de emergência ou de
produto perigoso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos:
I - ser maior de vinte e um anos;
II - estar habilitado:
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há um ano na
categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria D; e
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na
categoria E;
III - não ter come do nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser
reincidente em infrações médias durante os úl mos doze meses;
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de
prá ca veicular em situação de risco, nos termos da norma zação do
CONTRAN.
Parágrafo único. A par cipação em curso especializado previsto no inciso
IV independe da observância do disposto no inciso III.
Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para conduzir ambulâncias, o
candidato deverá comprovar treinamento especializado e reciclagem em
cursos específicos a cada 5 (cinco) anos, nos termos da norma zação do
Contran.
Art. 146. Para conduzir veículos de outra categoria o condutor deverá
realizar exames complementares exigidos para habilitação na categoria
pretendida.

8
C SEAD
Legislação de Trânsito

Importante destacar que a Carteira Nacional de Habilitação esta


condicionada à prévia autorização por parte dos órgãos execu vos de
trânsito do estado, ou seja, Detran. Assim, o ato de dirigir será exercido a
par r do preenchimento de certos requisitos, sendo assim é um direito
condicionado á manutenção dos requisitos que possibilitaram sua
aquisição, dentre estes os relacionados a saúde do condutor e os testes
que revelam estar apto a conduzir o veículo sem expor a risco os interesses
da cole vidade.
O condutor que descumprir os preceitos da legislação de trânsito
poderá ter sua CNH suspensa ou cassada, caso tenha excedido 20(vinte) ou
mais pontos, bem como cometer infrações que acarretam a suspensão
(veremos mais a frente), deverá realizar, o curso de reciclagem com carga
horária de 30(trinta) horas-aula que abrange os seguintes assuntos:
Legislação de Trânsito: carga horária de 12 horas-aula; Direção Defensiva:
carga horária de 8 horas-aula; Primeiros Socorros: carga horária de 4 horas-
aula; Relacionamento Interpessoal: carga horária de 6 horas-aula .
Portanto fique atendo e condicione seu conduzir ao perfeito
cumprimento da legislação de trânsito.

SAIBA MAIS: SAIBA MAIS SOBRE HABILITAÇÃO LENDO OS ARTIGOS 140 A 160 DO CTB

9
C S EAD
Legislação de Trânsito

1.2.4 Sinalização viária


A par r deste momento passaremos a rever os conceitos des nados
a sinalização viária suas normas e regulamentações, bem como a
prioridade dos sinais de trânsito.
De inicio é importante informar que o Anexo I do CTB conceitua
sinalização como conjunto de sinais de trânsito e disposi vos de segurança
colocados na via pública com o obje vo de garan r sua u lização
adequada, possibilitando melhor fluidez no trânsito e maior segurança dos
veículos e pedestres que nela circulam.
Assim temos como regra geral que sempre que necessário, será
colocada ao longo da via sinalização de trânsito des nada a condutores e
pedestres, de acordo com as normas estabelecidas no CTB e na legislação
complementar (art. 80), e a proibição de u lização de sinalização que não
esteja prevista no CTB e na legislação complementar, exceto quando
autorizada pelo Contran, em caráter experimental e por período
previamente determinado (art. 80, § 2º).
Toda sinalização deve ser implantada em posição e condições que a
tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a noite, em distância
compa vel com a segurança do trânsito, conforme normas e especificações
do Contran (art. 80 § 1º) e desta forma não serão aplicadas as sanções
previstas no CTB por inobservância à sinalização quando esta for
insuficiente ou incorreta (art. 90).
A instalação e manutenção da forma proibido afixar sobre a
sinalização é do órgão ou en dade sinalização de trânsito e
de trânsito com circunscrição respec vos suportes, ou junto a
sobre a via, respondendo pela sua ambos, qualquer po de
falta, insuficiência ou incorreta publicidade, inscrições, legendas e
símbolos que não se relacionem
co l o ca çã o . Ate nte - s e p a ra
com a mensagem da sinalização.
proibição de colocar proibido Cabe destacar que nas vias
c o l o c a r l u ze s , p u b l i c i d a d e , internas pertencentes a
inscrições, vegetação e mobiliário condomínios cons tuídos por
que possam gerar confusão, unidades autônomas, a sinalização
interferir na visibilidade da de regulamentação da via será
sinalização e comprometer a implantada e man da às expensas
segurança do trânsito, sendo desta do condomínio, após aprovação
dos projetos pelo órgão ou
en dade com circunscrição
sobre a via .
11
C S EAD
Legislação de Trânsito

1.2.3 Documentos do condutor e


do veículo: apresentação
e validade
Neste item passaremos a Com as recentes alterações
elencar os documentos na legislação de trânsito, o
necessários para a condução de porte do Cer ficado de
veículos e as consequências que Licenciamento Anual será
podem advir da ausência dos dispensado quando, no
mesmos. momento da fiscalização, for
Para conduzir veículos possível ter acesso ao devido
automotores os condutores sistema informa zado para
devem portar a Autorização para verificar se o veículo está
Conduzir Ciclomotor (ACC) ou a licenciado.
Carteira Nacional de Habilitação É sempre bom lembrar que
(CNH) de acordo com a categoria para efetuar o registro de seu
do veículo que está conduzindo ou veículo, bem como
a Permissão para Dirigir (PPD), em licenciamento, obtendo assim
se tratando de primeira a documentação necessária
habilitação. Tais documentos prevista nos 120 a 135 do
devem ser originais, dentro do Código Trânsito Brasileiro.
prazo de validade e não podem Logo à frente revemos as
estar plas ficados. infrações relacionadas ao
descumprimento do aqui
Já, em relação à documentação expresso.
do veículo, é obrigatório portar o
condutor deve portar o Cer ficado
de Licenciamento Anual (CLA),
nomenclatura atual do Cer ficado
de Registro e Licenciamento Anual TOME NOTA: Ler artigos 120 e 135 CTB
(CRLV), pois ele comprova que o
veículo está apto a circular.

10
C S EAD
Legislação de Trânsito
Pautados nos princípios que regem a Administração Pública, os
órgãos de trânsito ao projetarem a sinalização devem ter como norte a
percepção dos usuários, garan ndo a real eficácia dos sinais, assim sendo
deverão assegurar que na sua implantação a legalidade, suficiência,
padronização, uniformidade, clareza, precisão e confiabilidade, bem
como visibilidade e legibilidade estarão presentes, realizando sempre
que necessário a manutenção e conservação.
De acordo com o Anexo I do CTB sinais de trânsito são elementos de
sinalização viária que se u lizam de placas, marcas viárias, equipamentos
de controle luminosos, disposi vos auxiliares, apitos e gestos, des nados
exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres
e de de acordo com sua função, podem ser:

ver cais

horizontais

disposi vos de sinalização auxiliar

luminosos

sonoros

gestos do agente de trânsito e do condutor


Há também uma ordem de prevalência da sinalização :

as ordens do agente de trânsito prevalecem sobre as normas de


circulação e outros sinais

as indicações do semáforo prevalecem sobre os demais sinais

as indicações dos sinais prevalecem sobre as demais normas de


trânsito.

Passaremos agora a discorrer sobre os diversos


sinalização.
pos de 12
C S EAD
Legislação de Trânsito

1.2.4.1
1.2.2 Sinalização ver cal
É um subsistema da sinalização viária cujo meio de comunicação
está na posição ver cal, normalmente em placa, fixado ao lado ou
suspenso sobre a pista, transmi ndo mensagens de caráter permanente e,
eventualmente, variáveis, através de legendas e/ou símbolos pré-
reconhecidos e legalmente ins tuídos.
Segundo Anexo I do CTB placas são elementos colocados na
posição ver cal, fixados ao lado ou suspensos sobre a pista, transmi ndo
mensagens de caráter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante
símbolo ou legendas pré-reconhecidas e legalmente ins tuídas como sinais
de trânsito (Anexo I do CTB
A finalidade desta sinalização é fornecer informações que
permitam aos usuários das vias adotarem comportamentos adequados, de
modo a aumentar a segurança, ordenar os fluxos de tráfego e orientar os
usuários da via.

Classifica-se em:

sinalização de regulamentação

sinalização de advertência

sinalização de indicação

13
C S EAD
Legislação de Trânsito

Sinalização de regulamentação
A Resolução nº 180/2005 do Conselho Nacional de Trânsito
estabelece as caracterís cas dos sinais de regulamentação e o significado,
princípios de u lização, posicionamento na via e pificação de cada um
dos sinais.
Tem por finalidade informar aos usuários as condições, proibições,
obrigações ou restrições no uso das vias. Suas mensagens são impera vas
e o desrespeito a elas cons tui infração.

PARE

R-1 R-2 R-3 R-4a R-4b R-5a R-5b

Sinalização de advertencia
Regulamentada pela Resolução do Contran nº 243/2007 tem por
finalidade alertar os usuários da via para condições potencialmente
perigosas, indicando sua natureza.

A-1a A-1b A-2a A-2b

Em determinadas situações, quando não for possível u lizar os sinais


convencionais, pode ser empregada sinalização especial de advertência.

100
km
PISTA EXCLUSIVA 40
km

DE ÔNIBUS
A 150 m

A 500m

14
C S EAD
Legislação de Trânsito

Sinalização de indicação
Com o obje vo de iden ficar as vias e os locais de interesse, bem
como orientar condutores de veículos quanto aos percursos, os des nos, as
distâncias, os serviços auxiliares e a educação do usuário, suas mensagens
possuem caráter informa vo ou educa vo e estão divididas nos seguintes
grupos:

Posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento, ou com relação a


distâncias ou ainda aos locais de des no. Podem ser:

Placas de iden ficação

Posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento, ou com relação a


distâncias ou ainda aos locais de des no. Podem ser:

placas de iden ficação de rodovias e estradas


MG
BR116

placas de iden ficação de município

PORTO ALEGRE

15
C S
EAD
Legislação de Trânsito
placas de iden ficação de regiões de interesse de trafego
e logradouros

Moema
Zona Sul

placas de iden ficação nominal de pontes, viadutos,


túneis e passarelas

Ponte sobre
Rio São Francisco
Extensão 450 m

placas de iden ficação quilométrica

NORTE km
km 390
199

placas de iden ficação de limites de município, divisa de estados,


fronteira, perímetro urbano
LIMITE DE MUNICÍPIOS FRONTEIRA

Florianópolis Brasil
São José Argentina

placas de pedágio

PEDÁGIO 1 km
AUTOMÓVEL
UTILITÁRIO

16
C S EAD
Legislação de Trânsito

Placas de orientação de des no


Indicam ao condutor a direção que o mesmo deve seguir para a ngir
determinados lugares, orientando seu percurso e/ou distâncias.
Podem ser:

placas indica vas de sen do (direção)

Porto Alegre
Curitiba

placas indica vas de distância

Porto Alegre 560 km


Criciúma 281 km

placas diagramadas

Jd.Flamboyant
Souzas

Av. Anchieta
Prefeitura

Placas educa vas

MOTOCICLISTA USE O CINTO


USE SEMPRE DE SEGURANÇA
O CAPACETE

17
C S EAD
Legislação de Trânsito

Placas de serviços auxiliares


Orientando a direção ou iden ficam serviços, indicando aos usuários da via
os locais onde os mesmos podem ser encontrados. Podem ser:

placas para condutores

E A 500 m

placas para pedestres

Travessia Travessia
de de
pedestres pedestres

Placas de atra vos turís cos


Indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos podem dispor dos
atra vos turís cos existentes, orientando sobre sua direção ou

placas para iden ficação de atra vos turís cos

Pq. Nacional
de Itatiaia

18
C S EAD
Legislação de Trânsito

placas indica vas de sen do de atra vos turís cos

Igr. Bom Jesús do Bonfim


Museu Regional
Pq. Nacional de Itatiaia

placas indica vas de distancia de atra vos turís cos

Jurere 6 km
Canasvieiras 11 km
Ingleses 13 km

1.2.4.2
1.2.2 Sinalização horizontal
Com a função organizar o fluxo de veículos e pedestres; controlar e
orientar os deslocamentos em situações com problemas de geometria,
topografia ou frente a obstáculos; complementar os sinais ver cais de
regulamentação, advertência ou indicação, é um subsistema da sinalização
viária que se u liza de linhas, marcações, símbolos e legendas, pintados ou
apostos sobre o pavimento das vias.

Está regulamentada pela Resolução Contran nº 236/2007 que


estabelece a classificação, função, importância, forma, cores, dimensões e
os casos em que a sinalização horizontal tem poder de regulamentação.

19
C S EAD
Legislação de Trânsito

Quanto ao padrão do traçado podem ser:

con nua: são linhas sem interrupção no trecho da via onde estão
demarcando; podem estar longitudinalmente ou transversalmente
apostas à via.
tracejada ou Seccionada: são linhas interrompidas, com espaçamentos
respec vamente de extensão igual ou maior que o traço.
símbolos e legendas: são informações escritas ou desenhadas no
pavimento, indicando uma situação ou complementando sinalização
ver cal existente.

De acordo com a finalidade são u lizadas as seguintes cores:

amarela: u lizada na regulação de fluxos de sen dos opostos; na


delimitação de espaços proibidos para estacionamento e/ou parada e na
marcação de obstáculos.
vermelha: u lizada para proporcionar contraste, quando necessário, entre
a marca viária e o pavimento das ciclofaixas e/ou ciclovias, na parte interna
destas, associada à linha de bordo branca ou de linha de divisão de fluxo de
mesmo sen do e nos símbolos de hospitais e farmácias (cruz).
branca: u lizada na regulação de fluxos de mesmo sen do; na delimitação
de trechos de vias, des nados ao estacionamento regulamentado de
veículos em condições especiais; na marcação de faixas de travessias de
pedestres, símbolos e legendas.
azul: u lizada nas pinturas de símbolos de pessoas portadoras de
deficiência sica, em áreas especiais de estacionamento ou de parada para
embarque e desembarque.
preta: u lizada para proporcionar contraste entre o pavimento e a pintura.

A sinalização horizontal é classificada em:

marcas longitudinais;
marcas transversais;
marcas de canalização;
marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou parada;
inscrições no pavimento.

20
C SEAD
Legislação de Trânsito

Marcas Longitudinais
Separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a parte da pista
des nada normalmente à circulação de veículos, a sua divisão em faixas, a
separação de fluxos opostos, faixas de uso exclusivo de um po de veículo,
reversíveis, além de estabelecer as regras de ultrapassagem e transposição.
De acordo com a sua função, as marcas longitudinais são subdivididas nos
seguintes pos:

Linhas de divisão de fluxos opostos


Separam os movimentos veiculares de sen dos contrários e regulamentam
a ultrapassagem e os deslocamentos laterais, exceto para acesso à imóvel
lindeiro.

Linhas de divisão de fluxo de mesmo sen do


Separam os movimentos veiculares de mesmo sen do e regulamentam a
ultrapassagem e a transposição.

21
C S EAD
Legislação de Trânsito

marcação de faixa exclusiva (MFE)

ONIBUS
No Contrafluxo

marcação de faixa preferencial (MFP);


ONIBUS

ONIBUS

23
C SEAD
Legislação de Trânsito

Marcação de faixa reversível no contra-fluxo (MFR)

Marcação de ciclofaixa ao longo da via (MCI).

GUIA REBAIXADA

IMÓVEL

Marcas transversais

Ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e os harmonizam


com os deslocamentos de outros veículos e dos pedestres, assim
como informam os condutores sobre a necessidade de reduzir a
velocidade e indicam travessia de pedestres e posições de parada.
De acordo com a sua função, as marcas transversais são subdivididas
nos seguintes pos:
24
C S EAD
Legislação de Trânsito

linha de retenção

Indica ao condutor o local limite em que deve parar o veículo.

linhas de es mulo a redução de velocidade

Conjunto de linhas paralelas que, pelo efeito visual, induzem o condutor a


reduzir a velocidade do veículo.

linha de ``Dê a preferência`´

Indica ao condutor o local limite em que deve parar o veículo, quando


necessário, em locais sinalizados com a placa R-2.

25
C S EAD
Legislação de Trânsito
faixa de travessia de pedestre
Regulamentam o local de travessia de pedestres.
MÓDULO

Reciclagem para
Condutores Infratores
3 Noções de
Primeiros Socorros

Marcação de faixa reversível no contra-fluxo (MFR)

Marcação de ciclofaixa ao longo da via (MCI).

GUIA REBAIXADA

IMÓVEL

Marcas transversais

Ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e os harmonizam


com os deslocamentos de outros veículos e dos pedestres, assim
como informam os condutores sobre a necessidade de reduzir a
velocidade e indicam travessia de pedestres e posições de parada.
De acordo com a sua função, as marcas transversais são subdivididas
nos seguintes pos:
24

marcação de cruzamentos rodoviários

Regulamenta o local de travessia de ciclistas.

marcação de área de conflito

Assinala aos condutores a área da pista em que não devem parar e


estacionar os veículos, prejudicando a circulação.

26
C S EAD
Legislação de Trânsito

Linha de bordo
Delimita a parte da pista des nada ao deslocamento de veículos.

Linha de con nuidade


Proporciona con nuidade a outras marcações longitudinais, quando há
quebra no seu alinhamento visual.

Temos ainda como po de marca longitudinal as Marcas


Longitudinais Específicas que visam a segregação do tráfego e o
reconhecimento imediato do usuário.
Apresentam-se nos seguintes pos:

22
C S EAD
Legislação de Trânsito
marcação de área de cruzamento com faixa exclusiva
Indica ao condutor a existência de faixa(s) exclusiva(s).

marcas de canalização
Com o obje vo de Regulamentar as áreas de pavimento não u lizáveis,
orientam os fluxos de tráfego em uma via, direcionando a circulação de
veículos. Devem ser na cor branca quando direcionam fluxos de mesmo
sen do e na proteção de estacionamento e na cor amarela quando
direcionam fluxos de sen dos opostos.

27
C S EAD
Legislação de Trânsito
Marca Delimitadora de Estacionamento Regulamento
Delimita o trecho de pista no qual é permi do o estacionamento
estabelecido pelas normas gerais de circulação e conduta ou pelo sinal R-
6b.

Inscrições no Pavimento
Melhoram a percepção do condutor quanto às condições de
operação da via, permi ndo-lhe tomar a decisão adequada, no tempo
apropriado, para as situações que se lhe apresentarem. São subdivididas nos
seguintes pos:

Setas Direcionais
Símbolos
Legendas

ESCOLA
DEVAGAR DEVAGAR

ESCOLA
ESCOLA
PARE
PARE

29
C S EAD
Legislação de Trânsito
marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou parada
Delimitam e propiciam melhor controle das áreas onde é proibido ou
regulamentado o estacionamento e a parada de veículos, quando
associadas à sinalização ver cal de regulamentação.
De acordo com sua função as marcas de delimitação e controle de
estacionamento e parada são subdivididas nos seguintes pos:

Linha de Indicação de Proibição de Estacionamento e/ou Parada


Delimita a extensão da pista ao longo da qual aplica-se a proibição de
estacionamento ou de parada e estacionamento estabelecida pela
sinalização ver cal correspondente.

OPCIONAL OPCIONAL

Marca Delimitadora de Parada de Veículos Específicos


Delimita a extensão da pista des nada à operação exclusiva de parada.
Deve sempre estar associada ao sinal de regulamentação correspondente.
É opcional o uso destas sinalizações quando u lizadas junto ao marco do
ponto de parada de transporte cole vo.

CALÇADA

28
C S EAD
Legislação de Trânsito

1.2.4.3
1.2.2 Disposi vos auxiliares
Elementos aplicados ao pavimento da via, junto a ela, ou nos
obstáculos próximos, de forma a tornar mais eficiente e segura a operação
da via. São cons tuídos de materiais, formas e cores diversos, dotados ou
não de refle vidade, com as funções de:
incrementar a percepção da sinalização, do alinhamento da via ou de
obstáculos à circulação;
reduzir a velocidade pra cada;
oferecer proteção aos usuários;
alertar os condutores quanto a situações de perigo potencial ou que
requeiram maior atenção.

Os Disposi vos Auxiliares são agrupados, de acordo com suas funções, em:
Disposi vos Delimitadores
São elementos u lizados para melhorar a percepção do condutor quanto
aos limites do espaço des nado ao rolamento e a sua separação em faixas
de circulação. São apostos em série no pavimento ou em suportes,
reforçando marcas viárias, ou ao longo das áreas adjacentes a elas.
Podem ser mono ou bidirecionais em função de possuírem uma ou duas
unidades refle vas. O po e a(s) cor(es) das faces refle vas são definidos
em função dos sen dos de circulação na via, considerando como
referencial um dos sen dos de circulação, ou seja, a face voltada para este
sen do.
A Resolução Contran nº 336, de 24 de novembro de 2009, proibiu a
u lização de tachas e tachões, aplicados transversalmente à via pública,
como redutor de velocidade ou ondulação transversal.

Tipos de Disposi vos Delimitadores:

elemento
refletivo

TACHAS elementos
elemento refletivos
refletivo elementos
refletivos

TACHÃO CILINDROS
BALIZADORES BALIZADORES DE PONTOS
DELIMITADORES VIADUTOS, TÚNEIS, BARREIRAS
E DEFESAS

30
C S EAD
Legislação de Trânsito

Disposi vos de Canalização


Os disposi vos de canalização são apostos em série sobre a super cie
pavimentada.
Tipos de Disposi vos de Canalização:

PRISMAS

SEGREGADORES

Disposi vos de Sinalização de Alerta


São elementos que têm a função de melhorar a percepção do
condutor quanto aos obstáculos e situações geradoras de perigo potencial
à sua circulação, que estejam na via ou adjacentes à mesma, ou quanto a
mudanças bruscas no alinhamento horizontal da via.
Possuem as cores amarela e preta quando sinalizam situações
permanentes e adquirem cores laranja e branca quando sinalizam
situações temporárias, como obras.
Tipos de Disposi vos de Sinalização de Alerta:

bb b x xx
PRETO
S
S

S
S
S
S

AMARELO

Marcadores de obstáculos

31
C SEAD
Legislação de Trânsito
amarelo
refletivo
preto

Marcadores
Marcadores de perigo de alinhamento

Alterações nas Caracterís cas do Pavimento


São recursos que alteram as condições normais da pista de
rolamento, quer pela sua elevação com a u lização de disposi vos sicos
colocados sobre a mesma, quer pela mudança ní da de caracterís cas do
próprio pavimento. São u lizados para:
es mular a redução da velocidade;
aumentar a aderência ou atrito do pavimento;
alterar a percepção do usuário quanto a alterações de ambiente e uso da
via, induzindo-o a adotar;
comportamento cauteloso;
incrementar a segurança e/ou criar facilidades para a circulação de
pedestres e/ou ciclistas.

Disposi vos de Proteção Con nua


Elementos colocados de forma con nua e permanente ao longo
da via, confeccionados em material flexível, maleável ou rígido, que têm
como obje vo:
· evitar que veículos e/ou pedestres transponham determinado
local;
· evitar ou dificultar a interferência de um fluxo de veículos sobre o
fluxo oposto.
Tipos de Disposi vos para Fluxo de Pedestres e Ciclistas:

corrente
ou correia

Gradis de canalização e retenção Gradis de retenção


Dispositivos de contenção e bloqueio 32
C SEAD
Legislação de Trânsito

pos de disposi vos para fluxo veicular

defesas metálicas barreiras de concreto dispositivos antiofuscamento

Disposi vos Luminosos


São aqueles que se u lizam de recursos luminosos para
proporcionar melhores condições de visualização da sinalização, ou que,
conjugados a elementos eletrônicos, permitem a variação da sinalização ou
de mensagens, como por exemplo:
· advertência de situação inesperada à frente;
· mensagens educa vas visando o comportamento adequado dos
usuários da via;
· orientação em praças de pedágio e pá os públicos de
estacionamento;
· informação sobre condições operacionais das vias;
· orientação do trânsito para a u lização de vias alterna vas;
· regulamentação de uso da via.

Tipos de Disposi vos Luminosos:

--
Transito lento
km 40 a km 45,3

Acidente na pista

painéis eletrônicos painéis com setas luminosas

33
C S EAD
Legislação de Trânsito

Disposi vos de Uso Temporário


São elementos fixos ou móveis diversos, u lizados em situações especiais e
temporárias, como operações de trânsito, obras e situações de emergência
ou perigo, com o obje vo de alertar os condutores, bloquear e/ou canalizar
o trânsito, proteger pedestres, trabalhadores, equipamentos, etc.
Aos disposi vos de uso temporário estão associadas as cores laranja e
branca.
Tipos de Disposi vos de Uso Temporário:

CONE CILINDRO BALIZADOR MÓVEL

TAMBOR FITA ZEBRADA CAVALETE

ELEMENTOS LUMINOSOS
BARREIRA TAPUME COMPLEMENTARES

34
C S EAD
Legislação de Trânsito

DESVIO
S

GRADI FAIXA BANDEIRA

1.2.4.4
1.2.2 Sinalização semafórica
A sinalização semafórica é um subsistema da sinalização viária que se
co m p õ e d e i n d i ca çõ e s l u m i n o s a s , a c i o n a d a s a l te r n a d a o u
intermitentemente através de sistema elétrico/eletrônico, cuja função é
controlar os deslocamentos. Existem dois grupos:

sinalização semafórica de regulamentação


sinalização semafórica de advertência

Sinalização Semafórica de Regulamentação


A sinalização semafórica de regulamentação tem a função de efetuar o
controle do trânsito num cruzamento ou seção de via, através de indicações
luminosas, alternando o direito de passagem dos vários fluxos de veículos
e/ou pedestres.

As cores u lizadas são:


Para controle de fluxo de pedestres:
Vermelha: indica que os pedestres não podem atravessar.
Vermelha Intermitente: assinala que a fase durante a qual os pedestres
podem atravessar está a ponto de terminar. Isto indica que os pedestres
não podem começar a cruzar a via e os que tenham iniciado a travessia na
fase verde se desloquem o mais breve possível para o local seguro mais
próximo.
Verde: assinala que os pedestres podem atravessar.

35
C S EAD
Legislação de Trânsito

Para controle de fluxo de veículos:

Vermelha: indica obrigatoriedade de parar.

Amarela: indica “atenção”, devendo o condutor parar o veículo, salvo se


isto resultar em situação de perigo.

Verde: indica permissão de prosseguir na marcha, podendo o condutor


efetuar as operações indicadas pelo sinal luminoso, respeitadas as normas
gerais de circulação e conduta.

Sinalização Semafórica de Advertência

A sinalização semafórica de advertência tem a função de adver r da


existência de obstáculo ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a
velocidade e adotar as medidas de precaução compa veis com a segurança
para seguir adiante.
Compõe-se de uma ou duas luzes de cor amarela, cujo funcionamento é
intermitente ou piscante alternado, no caso de duas indicações luminosas.

36
C SEAD
Legislação de Trânsito

Sinalização de Obras

Tendo como caracterís ca a u lização dos sinais e elementos de


sinalização ver cal, horizontal, semafórica e de disposi vos e sinalização
auxiliares combinados de forma que:
· os usuários da via sejam adver dos sobre a intervenção
realizada e possam iden ficar seu caráter temporário;
· sejam preservadas as condições de segurança e fluidez do
trânsito e de acessibilidade;
· os usuário sejam orientados sobre caminhos alterna vos;
· sejam isoladas as áreas de trabalho, de forma a evitar a
deposição e/ou lançamento de materiais sobre a via.

Na sinalização de obras, os elementos que compõem a


sinalização ver cal de regulamentação, a sinalização horizontal e a
sinalização semafórica têm suas caracterís cas preservadas.

A sinalização ver cal de advertência e as placas de orientação de


des no adquirem caracterís cas próprias de cor, sendo adotadas as
combinações das cores laranja e preta. Entretanto, mantém as
caracterís cas de forma, dimensões, símbolos e padrões alfanuméricos:

3,4m
A

PRÓXIMOS Utilize Desvio


300 m
37
C S EAD
Legislação de Trânsito

SIGNIFICADO SIGNIFICADO SIGNIFICADO

Ordem de parada para todos Ordem de parada para os Ordem de seguir


os veículos que venham de veículos para os quais a luz é
direções que cortem dirigida.
ortogonalmente a direção
indicada pelo braço
estendidos, qualquer que
seja o sentido do seu
deslocamento.

GESTO GESTO GESTO

A
SINAL SINAL A
SINAL

Braços estendidos Braços estendidos Braço levantado, com


horizontalmente, com a horizontalmente, agitando movimento de antebraço da
palma da mão para frente, uma luz vermelha para um frente para retaguarda e a
do lado do trânsito a que se determinado veículo palma da mão voltada para
destina. trás.

Gestos de condutores

A definição trazida pelo Anexo I do CTB, esclarece que são movimentos


convencionais de braço, adotados exclusivamente pelos condutores, para
orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de direção,
redução brusca de velocidade ou parada .

39
C S EAD
Legislação de Trânsito

1.2.4.5
1.2.2 Gestos
Já sabemos que as ordens emanadas por gestos de agentes da
autoridade de trânsito prevalecem sobre as regras de circulação e as
normas definidas por outros sinais de trânsito.
Os gestos podem ser:

Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito

Gestos de Agentes – De acordo com o disposto no Anexo I do CTB


são movimentos convencionais de braço, adotados exclusivamente pelos
agentes de autoridades de trânsito nas vias, para orientar, indicar o direito
de passagem dos veículos ou pedestres ou emi r ordens, sobrepondo-se
ou completando outra sinalização ou norma constante no CTB .

SIGNIFICADO SIGNIFICADO SIGNIFICADO

Ordem de parada obrigatória Ordem de diminuição de Ordem de parada para todos


para todos os veículos. velocidade. os veículos que venham de
Quando executada em direções que cortem
interseções, os veículos que ortogonalmente a direção
já estiverem nela não são indicada pelos braços
obrigados a parar. estendidos, qualquer que
seja o sentido do seu
deslocamento.

GESTO GESTO GESTO


A
A

SINAL SINAL SINAL

Braço levantado Braços estendidos Braços estendidos


verticalmente, com a palma horizontalmente, com a horizontalmente, com a
da mão para frente. palma da mão para baixo, palma da mão para baixo,
fazendo movimentos fazendo movimentos

38
C SEAD
Legislação de Trânsito

SIGNIFICADO SINAL

Dobrar à esquerda

SIGNIFICADO SINAL

Dobrar a direita

SIGNIFICADO SINAL
A

Diminuir a marcha ou parar


A

Sinais sonoros

Emi dos exclusivamente pelos agentes da autoridade de trânsito nas vias,


para orientar ou indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres,
sobrepondo-se ou completando sinalização existente no local ou norma
estabelecida no CTB. Devem ser usados em conjunto com os gestos dos
agentes.

40
C S
EAD
Legislação de Trânsito

SINAL SIGNIFICADO EMPREGO

Liberar o trânsito
em direção/sentido
UM indicado pelo
SILVO SIGA agente
BREVE

Indicar parada
obrigatória
DOIS
SILVOS PARE
BREVES

Quando for
UM DIMINUIR necessário fazer
diminuir a marcha
SILVO A dos veículos
LONGO MARCHA

41
C S EAD
Legislação de Trânsito

1.2.5 Penalidades e crimes


de trânsito
O Código de Trânsito Brasileiro pautado no principio da especialidade
de rege o Direito Penal adotou a preocupação de tutelar a segurança viária,
com o intuito de prevenir o come mento de violações a tais bens e
interesses penalmente tutelados.

Quando falamos em bem jurídico é importante esclarecer que tratase


do interesse ou bem imprescindível para a convivência humana em
sociedade, assim o CTB em seus Ar gos 302 a 312, define uma gama de
bens a serem protegidos não apenas no âmbito administra vo mas
também no aspecto penal.Desta forma temos no Código de Trânsito
Brasileiro crimes em espécie, que protegem os seguintes bens jurídicos:
vida (art. 302), integridade sica (arts 303 e 304) ; segurança publica (arts
305, 309 e 310); segurança e incolumidade pública (art 306, 308, 311) e
administração publica (arts. 307 e 312)

São crimes que constam no CTB


Art. 302. Pra car homicídio culposo na Art. 303. Pra car lesão corporal
direção de veículo automotor: c u l p o s a n a d i re ç ã o d e v e í c u l o
automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro
anos, e suspensão ou proibição de se Penas - detenção, de seis meses a dois
obter a permissão ou a habilitação para anos e suspensão ou proibição de se
dirigir veículo automotor. obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor.
§ 1o No homicídio culposo come do
na direção de veículo automotor, a Parágrafo único. Aumenta-se a pena
pena é aumentada de 1/3 (um terço) à de 1/3 (um terço) à metade, seoocorrer
metade, se o agente: qualquer das hipóteses do § 1 do art.
302.
I - não possuir Permissão para Dirigir ou
Carteira de Habilitação; Art. 304. Deixar o condutor do veículo,
na ocasião do acidente, de prestar
II - pra cá-lo em faixa de pedestres ou imediato socorro à ví ma, ou, não
na calçada; podendo fazê-lo diretamente, por justa
III - deixar de prestar socorro, quando causa, deixar de solicitar auxílio da
possível fazê-lo sem risco pessoal, à autoridade pública:
ví ma do acidente; IV - no
exercício de sua profissão ou a vidade,
es ver conduzindo veículo de
transporte de passageiros. 42
C S EAD
Legislação de Trânsito
Penas - detenção, de seis meses a um § 2o A verificação do disposto neste
ano, ou multa, se o fato não cons tuir ar go poderá ser ob da mediante
elemento de crime mais grave. teste de alcoolemia ou toxicológico,
exame clínico, perícia, vídeo, prova
Parágrafo único. Incide nas penas testemunhal ou outros meios de prova
previstas neste ar go o condutor do em direito admi dos, observado o
veículo, ainda que a sua omissão seja direito à contraprova.
suprida por terceiros ou que se trate de
ví ma com morte instantânea ou com § 3 o O Contran disporá sobre a
ferimentos leves. equivalência entre os dis ntos testes
de alcoolemia ou toxicológicos para
Art. 305. Afastar-se o condutor do efeito de caracterização do crime
veículo do local do acidente, para fugir pificado neste ar go.
à responsabilidade penal ou civil que
lhe possa ser atribuída: Art. 307. Violar a suspensão ou a
proibição de se obter a permissão ou a
Penas - detenção, de seis meses a um habilitação para dirigir veículo
ano, ou multa. automotor imposta com fundamento
Art. 306. Conduzir veículo automotor neste Código:
com capacidade psicomotora alterada Penas - detenção, de seis meses a um
em razão da influência de álcool ou de ano e multa, com nova imposição
outra substância psicoa va que a d i c i o n a l d e i d ê n co p ra zo d e
determine dependência: suspensão ou de proibição.
Penas - detenção, de seis meses a três Parágrafo único. Nas mesmas penas
anos, multa e suspensão ou proibição incorre o condenado que deixa de
de se obter a permissão ou a entregar, no prazo estabelecido no § 1º
habilitação para dirigir veículo do art. 293, a Permissão para Dirigir ou
automotor. a Carteira de Habilitação.
§ 1o As condutas previstas no caput Art. 308. Par cipar, na direção de
serão constatadas por: veículo automotor, em via pública, de
I - concentração igual ou superior a 6 corrida, disputa ou compe ção
decigramas de álcool por litro de automobilís ca não autorizada pela
sangue ou igual ou superior a 0,3 autoridade competente, gerando
miligrama de álcool por litro de ar situação de risco à incolumidade
alveolar; ou pública ou privada:

II - sinais que indiquem, na forma Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3


disciplinada pelo Contran, alteração da (três) anos, multa e suspensão ou
capacidade psicomotora. proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo
automotor.

§ 1o Se da prá ca do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza


grave, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem
assumiu o risco de produzi-lo, a pena priva va de liberdade é de reclusão, de 3
(três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste ar go.
§ 2o Se da prá ca do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias
demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de
produzi-lo, a pena priva va de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez)
anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste ar go.

43
C S EAD
Legislação de Trânsito
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir
ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Art. 310. Permi r, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não
habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a
quem, por seu estado de saúde, sica ou mental, ou por embriaguez, não esteja em
condições de conduzi-lo com segurança:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Art. 311. Trafegar em velocidade incompa vel com a segurança nas proximidades de
escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros
estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando
perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Art. 312. Inovar ar ficiosamente, em caso de acidente automobilís co com ví ma, na
pendência do respec vo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o
agente policial, o perito, ou juiz:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste ar go, ainda que não iniciados, quando da
inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.

Com o intuito de possibilitar a subs tuição da pena e obje vando reeducar


o condenador por crime de trânsito o Ar go 312 A elenca as ins tuições e
as a vidades que podem ser levadas em consideração pelo juiz quando a
aplicação/subs tuição da pena.

Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 deste Código, nas situações
em que o juiz aplicar a subs tuição de pena priva va de liberdade por pena restri va
de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a en dades
públicas, em uma das seguintes a vidades:
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em
outras unidades móveis especializadas no atendimento a ví mas de trânsito;
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem
ví mas de acidente de trânsito e politrauma zados;
III - trabalho em clínicas ou ins tuições especializadas na recuperação de
acidentados de trânsito;
IV - outras a vidades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação
de ví mas de acidentes de trânsito.

44
C S EAD
Legislação de Trânsito

Vale lembrar que ocorrendo um acidente no trânsito onde além dos


danos materiais, surjam ví mas, estas fatais ou não, faz-se necessário
instaurar um procedimento policial, para que seja levado a efeito nas
delegacias de polícia, qualquer procedimento contra cidadão.
As normas são editadas para equacionar o relacionamento dos
indivíduos na sociedade e considerando o trânsito em condições seguras,
tem em conta os direitos e garan as fundamentais do cidadão.

1.2.6
1.2.2 Direitos e deveres
do cidadão
Abordaremos a par r deste momento a concepção traçada pelo
Código de Trânsito Brasileiro no tocante aos direitos e deveres dos atores
envolvidos no processo de transitar.

É fundamental lembrar a você aluno , que um dos fundamentos da


República Federa va do Brasil é a cidadania. Cidadania é a prerroga va da
certeza e da segurança dos direitos, tornando possível o exercício dos
mesmos. Cidadania é o direito a ter direitos. A nova cidadania exige uma
nova, sociedade, onde é necessária uma maior igualdade nas relações
sociais, novas regras de convivência social e um novo sen do de
responsabilidade pública, onde os cidadãos são reconhecidos como
sujeitos de interesses válidos, de aspirações per nentes e direitos
legí mos (BRAGA, 2004).

A cidadania tem sua referência no cidadão, aquele indivíduo que goza


de seus direitos e deveres no dia-a-dia de sua comunidade. É o indivíduo
que luta pelo reconhecimento de seus direitos, para fazer valer esses
direitos quando eles não são respeitados.
Evidencia-se, assim, que o indivíduo cidadão se caracteriza pela garan a de
pleno gozo ou acesso a direitos intercalados com deveres que resultam em
uma vida plena e saudável, concre zando, então, o autên co Estado de
Direito Democrá co.

45
C S EAD
Legislação de Trânsito
Direitos estes assegurados:
Universalmente:
Art. 1º. Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São
dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com
espírito de fraternidade (DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS
HUMANOS).

Especificamente no Brasil:
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem dis nção de qualquer natureza,
garan ndo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade.
(CRFB/88)
Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta cons tuição. (CRFB/88)
Para que se conquiste a verdadeira cidadania no trânsito é preciso incluir na
gestão do trânsito de nossas cidades, maior rigor na fiscalização de
velocidade; formação adequada de gestores; programas de educação de
trânsito pautados na educação e segurança viaria , e nao apenas na
formação de novos motoristas.
A educação é o principal elemento transformador da cidadania. A
sociedade cidadã precisa estar atenta ao efe vo cumprimento da lei
trânsito, cobrando das autoridades o necessário planejamento para torná-
la efe va e responsabilizando-a pela omissão e pela ineficiência.
Portanto, pode-se dizer que a lei de trânsito foi cons tuída para proteger os
cidadãos e atribuir ao Poder Público a responsabilidade de gestão, com a
par cipação de todos os cidadãos. A responsabilidade é compar lhada. É
de todos como diz o art. 1º do Código de Trânsito Brasileiro.
Para melhor conhecer seus direitos veja abaixo os ar gos 72 e 73 do Código
de Trânsito Brasileiro.
Art. 72. Todo cidadão ou en dade civil tem o direito de solicitar, por escrito,
aos órgãos ou en dades do Sistema Nacional de Trânsito, sinalização,
fiscalização e implantação de equipamentos de segurança, bem como
sugerir alterações em normas, legislação e outros assuntos per nentes a
este Código.
Art. 73. Os órgãos ou en dades pertencentes ao Sistema Nacional de
Trânsito têm o dever de analisar as solicitações e responder, por escrito,
dentro de prazos mínimos, sobre a possibilidade ou não de atendimento,
esclarecendo ou jus ficando a análise efetuada, e, se per nente,
informando ao solicitante quando tal evento ocorrerá.
Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem esclarecer quais as
atribuições dos órgãos e en dades pertencentes ao Sistema Nacional de
Trânsito e como proceder a tais solicitações.

46
C S EAD
Legislação de Trânsito

1.2.7
1.2.2 Normas de circulação
e conduta
Disciplinas no Capitulo III do CTB as normas de circulação e conduta estão
previstas no Código de Trânsito Brasileiro – CTB, no Capítulo III, nos ar gos
26 a 67, e são definidas a fim de que todos usuários das vias , trafegam com
segurança. Estão previstas normas para condutores, pedestres e ciclistas.
Aqui analisaremos as des nadas em especial aos condutores.
Iniciando a apresentação das normas de circulação e conduta temos
previsto no Ar go 26, que:

Art.26
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
I - abster-se de todo ato que possa cons tuir perigo ou obstáculo
para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar
danos a propriedades públicas ou privadas;
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, a rando,
depositando ou abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela
criando qualquer outro obstáculo.

Perceba que a garan a de um circular com segurança e respeito aos demais


atores está elencada nos incisos do referido ar go.
Destacam-se ainda os disposi vos do Ar go 27 e 28 que mencionam a
necessidade do condutor antes de colocar o veículo em circulação nas vias
públicas, verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos
equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência de
combus vel suficiente para chegar ao local de des no, bem como a todo o
momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados
indispensáveis à segurança do trânsito.

A circulação obedecerá as normas descritas no Ar go 29,vejamos:


A
A

A
A
47
C S EAD
Legislação de Trânsito

II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre


o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista,
considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da
circulação, do veículo e as condições climá cas;

III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se


aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de passagem:

a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que


es ver circulando por ela;

b) no caso de rotatória, aquele que es ver circulando por ela

48
C S EAD
Legislação de Trânsito
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;

A
A
A
IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação
no mesmo sen do, são as da direita des nadas ao deslocamento dos
veículos mais lentos e de maior porte, quando não houver faixa especial a
eles des nada, e as da esquerda, des nadas à ultrapassagem e ao
deslocamento dos veículos de maior velocidade.

ULTRAPASSAGEM: movimento de passar à frente de


outro veículo que se desloca no mesmo sen do, em
menor velocidade e na mesma faixa de tráfego,
necessitando sair e retornar à faixa de origem.
TOME NOTA

V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, só


poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas
especiais de estacionamento;

ACOSTAMENTO: parte da via diferenciada da pista de rolamento


des nada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de
emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não
houver local apropriado para esse fim.
CALÇADA: parte da via, normalmente segregada e em nível diferente,
não des nada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de
pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano,
sinalização, vegetação e outros fins.
PASSEIO: parte da calçada ou da pista de rolamento, neste úl mo
caso, separada por pintura ou elemento sico separador, livre de
interferências, des nada à circulação exclusiva de pedestres e,
excepcionalmente, de ciclistas. 49
C S EAD
Legislação de Trânsito

VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem,


respeitadas as demais normas de circulação;

VII - os veículos des nados a socorro de incêndio e salvamento, os de


polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de
prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada,
quando em serviço de urgência e devidamente iden ficados por
disposi vos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha
intermitente, observadas às seguintes disposições:
a) quando os disposi vos es verem acionados, indicando a proximidade
dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela
faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário;

AMBULÂNCIA

50
C S EAD
Legislação de Trânsito
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só
atravessando a via quando o veículo já ver passado pelo local;
c) o uso de disposi vos de alarme sonoro e de iluminação vermelha
intermitente só poderá ocorrer quando da efe va prestação de serviço de
urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com
velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas
as demais normas deste Código

OPERAÇÃO DE TRÂNSITO: monitoramento técnico


baseado nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das
condições de fluidez, de estacionamento e parada na via,
de forma a reduzir as interferências tais como veículos
quebrados, acidentados, estacionados irregularmente
atrapalhando o trânsito, prestando socorros imediatos e
TOME NOTA
informações aos pedestres e condutores.
CRUZAMENTO: interseção de duas vias em nível.

VIII - os veículos prestadores de serviços de u lidade pública, quando em


atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no local da
prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados, devendo estar
iden ficados na forma estabelecida pelo CONTRAN;

Ò
IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela
esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas
estabelecidas neste Código, exceto quando o veículo a ser ultrapassado
es ver sinalizando o propósito de entrar à esquerda;
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, cer ficar-
se de que:
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para
ultrapassá-lo;
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o
propósito de ultrapassar um terceiro;
c) faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente
para que sua manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito
que venha em sen do contrário;
51
C S EAD
Legislação de Trânsito

FAIXAS DE TRÂNSITO: qualquer uma das áreas


longitudinais em que a pista pode ser subdividida,
sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais,
que tenham uma largura suficiente para permi ra
SAIBA MAIS circulação de veículos automotores

XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:


a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz
indicadora de direção do veículo ou por meio de gesto convencional de
braço;
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma
que deixe livre uma distância lateral de segurança;
c) retomar, após a efe vação da manobra, a faixa de trânsito de origem,
acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto
convencional de braço, adotando os cuidados necessários para não pôr em
perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que ultrapassou;

GESTOS DE CONDUTORES: movimentos


convencionais de braço, adotados
exclusivamente pelos condutores, para
orientar ou indicar que vão efetuar uma
manobra de mudança de direção, redução
TOME NOTA
brusca de velocidade ou parada.

XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de


passagem sobre os demais, respeitadas as normas de circulação.
§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b do inciso X
e a e bdo inciso XI aplicam-se à transposição de faixas, que pode ser
realizada tanto pela faixa da esquerda como pela da direita.

TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS: passagem


de um veículo de uma faixa demarcada
para outra
52
C S EAD
Legislação de Trânsito
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste
ar go, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre
responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não
motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

Sobre ultrapassagem é importante conhecer as seguintes regras:

A menos que haja sinalização específica permi ndo, jamais ultrapasse nas
seguintes situações:

Sobre pontes ou viadutos


1
Em travessias de pedestres
2
Nas passagens de níve1
3
Nos cruzamentos ou em sua
4 proximidade

Em trechos sinuosos ou em aclives


5 sem visibilidade suficiente

Nas áreas de perímetro urbano das


6 rodovias

Assim dispõe o CTB:


Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o
propósito de ultrapassá-lo, deverá:
I - se es ver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a
faixa da direita, sem acelerar a marcha;
II - se es ver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na
qual está circulando, sem acelerar a marcha.
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila, deverão
manter distância suficiente entre si para permi r que veículos que os
ultrapassem possam se intercalar na fila com segurança.
53
C S EAD
Legislação de Trânsito
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de
transporte cole vo que esteja parado, efetuando embarque ou
desembarque de passageiros, deverá reduzir a velocidade, dirigindo com
atenção redobrada ou parar o veículo com vistas à segurança dos
pedestres.

Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo
sen do de direção e pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem
visibilidade suficiente, nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas
travessias de pedestres, exceto quando houver sinalização permi ndo a
ultrapassagem.
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá
efetuar ultrapassagem.

Em determinadas situações o trafegar exige que adotemos algumas


manobras necessárias sem que haja perigo para os usuários das vias.
Considera-se manobra o movimento executado pelo condutor para alterar
a posição em que o veículo está no momento em relação à via.

Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá cer ficar-se
de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o
seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua
direção e sua velocidade.

Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento


lateral, o condutor deverá indicar seu propósito de forma clara e com a
devida antecedência, por meio da luz indicadora de direção de seu veículo,
ou fazendo gesto convencional de braço.
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a transposição
de faixas, movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos.

O conceito de conversão nos informa que é o movimento em ângulo, à


esquerda ou à direita, de mudança da direção original do veículo. Já retorno
é o NO - movimento de inversão total de sen do da direção original de
veículos.

54
C S EAD
Legislação de Trânsito

Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente de um lote
lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos veículos e pedestres que
por ela estejam transitando.

A
LOTE LINDEIRO

LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias


urbanas ou rurais e que com elas se limita.
TOME NOTA

Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a


operação de retorno deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde estes
não exis rem, o condutor deverá aguardar no acostamento, à direita, para
cruzar a pista com segurança
A

A
A

55
C S EAD
Legislação de Trânsito

Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes


lindeiros, o condutor deverá:
I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do
bordo direito da pista e executar sua manobra no menor espaço possível;
II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível
de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando houver, caso se trate de
uma pista com circulação nos dois sen dos, ou do bordo esquerdo,
tratando-se de uma pista de um só sen do.
Parágrafo único: Durante a manobra de mudança de direção, o condutor
deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que
transitem em sen do contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas
as normas de preferência de passagem.

A
A
A
A

Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais
para isto determinados, quer por meio de sinalização, quer pela existência
de locais apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofereçam condições
de segurança e fluidez, observadas as caracterís cas da via, do veículo, das
condições meteorológicas e da movimentação de pedestres e ciclistas.

56
C S EAD
Legislação de Trânsito

O uso das luzes esta disciplinado no CTB e para que possamos u lizá-
las de forma adequada passaremos a transcrever os itens que discorrer
sobre o assunto.

Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações:


I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, u lizando luz
baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis providos de iluminação
pública e nas rodovias; ;
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao
cruzar com outro veículo ou ao segui-lo;
III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto
período de tempo, com o obje vo de adver r outros motoristas, só poderá
ser u lizada para indicar a intenção de ultrapassar o veículo que segue à
frente ou para indicar a existência de risco à segurança para os veículos que
circulam no sen do contrário;
IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de posição do
veículo quando sob chuva forte, neblina ou cerração;
V - O condutor u lizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
a) em imobilizações ou situações de emergência;
b) quando a regulamentação da via assim o determinar;
VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa a luz de
placa;
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o
veículo es ver parado para fins de embarque ou desembarque de
passageiros e carga ou descarga de mercadorias.
Parágrafo único: Os veículos de transporte cole vo regular de
passageiros, quando circularem em faixas próprias a eles des nadas, e os
ciclos motorizados deverão u lizar-se de farol de luz baixa durante o dia e a
noite.

Com o intuito de evitar ruídos desnecessários que possam


comprometer a atenção dos usuários, o CTB elenca mecanismos para sua
da buzina.

Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde que em
toque breve, nas seguintes situações:
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente adver r a
um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo. 57
C S EAD
Legislação de Trânsito

Frenagem, velocidade, estacionamento, circulação em motocicletas,


ciclomotores e bicicletas são também elementos expressos no CTB.

Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, salvo por
razões de segurança.

Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar


constantemente as condições sicas da via, do veículo e da carga, as
condições meteorológicas e a intensidade do trânsito, obedecendo aos
limites máximos de velocidade estabelecidos para a via, além de:
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação
sem causa jus ficada, transitando a uma velocidade anormalmente
reduzida;
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá
antes cer ficar-se de que pode fazê-lo sem risco nem inconvenientes para
os outros condutores, a não ser que haja perigo iminente;
III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a
sinalização devida, a manobra de redução de velocidade.

Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer po de cruzamento, o condutor do


veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em velocidade
moderada, de forma que possa deter seu veículo com segurança para dar
passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência.

Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável,
nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver possibilidade
de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou
impedindo a passagem do trânsito transversal.

INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível,


entroncamento ou bifurcação, incluindo as áreas
formadas por tais cruzamentos, entroncamentos
TOME NOTA
ou bifurcações.

Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária de um


veículo no leito viário, em situação de emergência, deverá ser
providenciada a imediata sinalização de advertência, na forma
estabelecida pelo CONTRAN. 58
C S EAD
Legislação de Trânsito

Ao imobilizar seu veiculo com base no Ar go


46, ou seja , de forma temporária , acione de
imediato as luzes de advertência (pisca-alerta)
providenciando a colocação do triângulo de
sinalização ou equipamento similar à distância
mínima de 30 metros da parte traseira do
IMPORTANTE veículo. O equipamento de sinalização de
emergência deverá ser instalado
perpendicularmente ao eixo da via, e em
condição de boa visibilidade.

Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá


restringir-se ao tempo indispensável para embarque ou desembarque de
passageiros, desde que não interrompa ou perturbe o fluxo de veículos ou
a locomoção de pedestres.
Parágrafo único: A operação de carga ou descarga será
regulamentada pelo órgão ou en dade com circunscrição sobre a via e é
considerada estacionamento.

Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos


estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no sen do do fluxo,
paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da calçada (meio-
fio), admi das as exceções devidamente sinalizadas.
§ 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados,
estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão estar situados
fora da pista de rolamento.
§ 2º O estacionamento dos veículos motorizados de duas rodas será
feito em posição perpendicular à guia da calçada (meio-fio) e junto a ela,
salvo quando houver sinalização que determine outra condição.
§ 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do condutor
poderá ser feito somente nos locais previstos neste Código ou naqueles
regulamentados por sinalização específica.

P I S TA D E R O L A M E N T O : p a r t e d a v i a
normalmente u lizada para a circulação de
veículos, iden ficada por elementos
separadores ou por diferença de nível em
TOME NOTA
relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros 59
C S EAD
Legislação de Trânsito
Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo,
deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes se cer ficarem de que isso
não cons tui perigo para eles e para outros usuários da via.
Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem ocorrer
sempre do lado da calçada, exceto para o condutor.
Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas adjacentes às
estradas e rodovias obedecerá às condições de segurança do trânsito
estabelecidas pelo órgão ou en dade com circunscrição sobre a via.

FAIXAS DE DOMÍNIO - super cie lindeira às vias


rurais, delimitada por lei específica e sob
responsabilidade do órgão ou en dade de
TOME NOTA trânsito competente com circunscrição sobre a via

Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios cons tuídos por
unidades autônomas, a sinalização de regulamentação da via será
implantada e man da às expensas do condomínio, após aprovação dos
projetos pelo órgão ou en dade com circunscrição sobre a via.
Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela direita da pista,
junto à guia da calçada (meio-fio) ou acostamento, sempre que não houver
faixa especial a eles des nada, devendo seus condutores obedecer, no que
couber, às normas de circulação previstas neste Código e às que vierem a
ser fixadas pelo órgão ou en dade com circunscrição sobre a via.
Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem circular nas vias
quando conduzidos por um guia, observado o seguinte:
I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser divididos
em grupos de tamanho moderado e separados uns dos outros por espaços
suficientes para não obstruir o trânsito;
II - os animais que circularem pela pista de rolamento deverão ser
man dos junto ao bordo da pista.
Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só
poderão circular nas vias:
I - u lizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores;
II - segurando o guidom com as duas mãos;
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações
do CONTRAN. 60
C S EAD
Legislação de Trânsito

MOTOCICLETA: veículo automotor de duas rodas,


com ou sem side-car, dirigido por condutor em
posição montada.
MOTONETA: veículo automotor de duas rodas,
dirigido por condutor em posição sentada.
CICLOMOTOR: veículo de duas ou três rodas,
IMPORTANTE
provido de um motor de combustão interna, cuja
cilindrada não exceda a cinquenta cen metros
cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja
velocidade máxima de fabricação não exceda a
cinquenta quilômetros por hora.

Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só


poderão ser transportados:
I - u lizando capacete de segurança;
II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar
atrás do condutor;
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações
do CONTRAN.

Art. 56. (VETADO)

Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da pista de


rolamento, preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou no bordo
direito da pista sempre que não houver acostamento ou faixa própria a eles
des nada, proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as
calçadas das vias urbanas.
Parágrafo único: Quando uma via comportar duas ou mais faixas de
trânsito e a da direita for des nada ao uso exclusivo de outro po de
veículo, os ciclomotores deverão circular pela faixa adjacente à da direita.
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de
bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou
acostamento, ou quando não for possível a u lização destes, nos bordos da
pista de rolamento, no mesmo sen do de circulação regulamentado para a
via, com preferência sobre os veículos automotores.
Parágrafo único: A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a
via poderá autorizar a circulação de bicicletas no sen do contrário ao
fluxo dos veículos automotores, desde que dotado o trecho com
ciclofaixa.
61
C S EAD
Legislação de Trânsito

CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento


des nada à circulação exclusiva de ciclos,
delimitada por sinalização específica.
CICLOVIA - pista própria des nada à circulação de
ciclos, separada fisicamente doráfego comum.
TOME NOTA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de
órgão ou en dade execu vo integrante do
Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por ele
expressamente credenciada.

Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo órgão ou


en dade com circunscrição sobre a via, será permi da a circulação de
bicicletas nos passeios.

A respeito de velocidade
A velocidade tem sido um dos indicadores nos acidente de trânsito, ou seja,
o excesso dela conjugado a demais fatores ocasiona acidentes.
Para que possamos circular com a velocidade compa vel com as vias, há no
CTB a classificação das vias, bem como a velocidade máxima permi da
para cada po de via. Contudo o órgão ou en dade de trânsito ou
rodoviário com circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de
sinalização, velocidades superiores ou inferiores .

Vejamos :

Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua u lização,


classificam-se em:
I - vias urbanas:
a) via de trânsito rápido;
b) via arterial;
c) via coletora;
d) via local;
II - vias rurais:
a) rodovias;
b) estradas. 62
C S EAD
Legislação de Trânsito

VIAS URBANAS
VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem
interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em
nível.

VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por
semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o
trânsito entre as regiões da cidade.

VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar
ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da
cidade.

VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas
ao acesso local ou a áreas restritas.

VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares abertos à circulação pública,
situados na área urbana, caracterizados principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo
de sua extensão.

VIA RURAL: estradas e rodovias.


ESTRADA: via rural não pavimentada.
TOME NOTA
RODOVIA: via rural pavimentada.

Art. 61. A velocidade máxima permi da para a via será indicada por meio
de sinalização, obedecidas a suas caracterís cas técnicas e as condições de
trânsito.
§ 1º Onde não exis r sinalização regulamentadora, a velocidade máxima
será de:

I - nas vias urbanas:


a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;

63
C S EAD
Legislação de Trânsito

II - nas vias rurais:


a) nas rodovias de pista dupla:
1)110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para automóveis,
camionetas e motocicletas
2) 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veículos;

b) nas rodovias de pista simples:


1)100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis, camionetas e
motocicletas;
2)90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veículos;
c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por hora).

§ 2º. O órgão ou en dade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre


a via poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores
ou inferiores àquelas estabelecidas no parágrafo anterior
Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da
velocidade máxima estabelecida, respeitadas as condições operacionais de
trânsito e da via.

A questão da segurança Art. 64. As crianças com idade


viária está sempre definida como inferior a dez anos devem ser
linha mestre para todas as ações transportadas nos bancos
junto aos órgãos de trânsito, bem traseiros, salvo exceções
como nas Poli cas Públicas. A regulamentadas pelo CONTRAN.
seguir passaremos a elencar as
normas de circulação e conduta Art. 65. É obrigatório o uso do cinto
que estabelecem a forma correta de segurança para condutor e
de transportar crianças com idade passageiros em todas as vias do
inferior da dez anos, bem como território nacional, salvo em
passageiros e condutores. situações regulamentadas pelo
Estamos falando os equipamentos CONTRAN.
de segurança a serem u lizados
quando do transporte de crianças
e também do cinto de segurança.

64
C S EAD
Legislação de Trânsito
As vias e os eventos nela realizados precedem de autorização da
autoridade de trânsito e dependem de alguns requisitos, conforme
dispostos no Ar go 67 CTB.

Art. 67. As provas ou compe ções despor vas, inclusive seus ensaios, em
via aberta à circulação, só poderão ser realizadas mediante prévia
permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e
dependerão de:
I - autorização expressa da respec va confederação despor va ou de
en dades estaduais a ela filiadas;
II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via;
III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de
terceiros;
IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos
operacionais em que o órgão ou en dade permissionária incorrerá.
Parágrafo único: A autoridade com circunscrição sobre a via arbitrará
os valores mínimos da caução ou fiança e do contrato de seguro.

Encontramos ainda requisitos para o condutor profissional, ou seja,


aquele que desenvolve suas a vidades laborais na condução de veiculo
automotor. Para melhor conhecer tais requisitos lei o Ar go 67 A a E do
CTB.
Finalizando este conteúdo é importante reforçar que as Normas
Gerais de Circulação e Conduta definem o comportamento correto dos
usuários das vias terrestre, em especial dos condutores de veículos; forma
criadas com o obje vo de garan r a segurança no trânsito e ao
desrespeitar tais regras o condutor estará cometendo uma infração de
trânsito ou até mesmo um crime de trânsito, acarretando como
consequência as penalidades descritas no CTB, medidas administra vas e
outras penalidades estabelecidas na legislação penal.

65
C S EAD
Legislação de Trânsito

1.2.2
1.3 Infrações e penalidades
Infrações:
Seguimos agora para o conteúdo relacionado às condutas pra cadas pelos
condutores que poderão acarretar a este determinadas punições, para
tanto é necessário conhecer o conceito de infração de trânsito.
“Cons tui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito do
CTB, da legislação complementar ou das resoluções do Contran, sendo o
infrator sujeito às penalidades e medidas administra vas indicadas em
cada ar go, além das punições previstas no Capítulo XIX do CTB”,
Parágrafo único: “as infrações come das em relação às resoluções do
CONTRAN terão suas penalidades e medidas administra vas definidas nas
próprias resoluções”.

Já o anexo I do CTB apresenta a seguinte definição: “é a inobservância a


qualquer preceito da legislação de trânsito, às normas emanadas do Código
de Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação
estabelecida pelo órgão ou en dade execu va do trânsito”.
Tendo caráter puni vo as penalidades decorrentes do come mento de
infrações de trânsito serão impostas ao condutor, ao proprietário do
veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os casos de
descumprimento de obrigações e deveres impostos a pessoas sicas ou
jurídicas, expressamente mencionados no CTB (art. 257), ou ainda, aos
responsáveis por “obra ou evento que possa perturbar ou interromper a
livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança
iniciada sem prévia permissão do órgão ou en dade de trânsito com
jurisdição sobre a via” (art. 95).
Vale salientar que existem infrações solidárias, cujas penalidades são
impostas concomitantemente aos proprietários e condutores de veículos,
conforme previsto no §1º do Art.257 “toda vez que houver
responsabilidade solidária em infração dos preceitos que lhes couber
observar, respondendo cada um de per si pela falta em comum que lhes for
atribuída” , ficando também responsáveis o transportador e o embarcador
pela infração rela va ao excesso de peso bruto total, se o peso declarado
na nota fiscal, fatura ou manifesto for superior ao limite legal” (art. 257,
§6º). 66
C S EAD
Legislação de Trânsito
Na esteira da responsabilidade pelo come mento da infração e sua
consequente punição, entende-se proprietário do veiculo a pessoa sica
ou jurídica em cujo nome está registrado o veículo automotor, elétrico,
ar culado, reboque ou semi-reboque, junto ao órgão execu vo de
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, do seu domicílio ou residência” .
Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração
referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e
condições exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre, conservação
e inalterabilidade de suas caracterís cas, componentes, agregados,
habilitação legal e compa vel de seus condutores, quando esta for
exigida, e outras disposições que deva observar (art. 257, § 2º do CTB).

Destaca-se que, independentemente da


responsabilização pela infração, o
encargo do pagamento da penalidade de
multa será sempre do proprietário,
excetuando-se infrações decorrentes do
IMPORTANTE excesso de peso que obedecem ao
disposto no art. 257 e parágrafos do CTB

Caso não seja você o condutor do E m t rata n d o d e ve í c u l o d e


veículo devera iden ficar o propriedade de pessoa jurídica
condutor infrator, sob pena de esta devera indicar o condutor
tornar-se o responsável pela infrator.
infração come da e sujeito a vo Após o prazo previsto no
das demais penalidades parágrafo anterior, não havendo
decorrente da infração come da. iden ficação do infrator e sendo o
veículo de propriedade de pessoa
Não sendo imediata a jurídica, será lavrada nova multa
i d e n fi ca çã o d o i nf rato r, o ao proprietário do veículo,
proprietário do veículo terá quinze man da a originada pela infração,
dias de prazo, após a no ficação cujo valor é o da multa
da autuação, para apresentá-lo, mul plicada pelo número de
na forma em que dispuser o infrações iguais come das no
CONTRAN, ao fim do qual, não o período de doze meses (art 257,
fa ze n d o , s e rá c o n s i d e ra d o §8º do CTB)
responsável pela infração (art. 257
§ 7º do CTB).
67
C S EAD
Legislação de Trânsito

São de responsabilidade do condutor as infrações decorrentes de atos


pra cados na direção do veículo (art. 257, § 3º).

Já o embarcador é responsável pela infração rela va ao transporte de carga


com excesso de peso nos eixos e/ou no peso bruto total, quando
simultaneamente for o único remetente da carga e o peso declarado na
nota fiscal, fatura ou manifesto for inferior àquele aferido (art. 257, § 4º).
Para o transportador fica a responsabilidade pela infração rela va ao
transporte de cargas com excesso de peso nos eixos e/ou no peso bruto
total, quando a carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar o
peso bruto total (art. 257, §5º).
O CTB ainda prevê infrações para pessoa sica ou jurídica sem que haja
efe vamente a condução de veículo. São elas: promotor de compe ção
(art. 174); fabricante ou comerciante de placas de iden ficação (art. 221);
seguradora (art. 243);estabelecimentos onde se executem reformas ou
recuperação de veículos, e que comprem, vendam ou desmontem veículos
(art. 330);comerciante (art.245);responsável pela obra (art. 246);cocheiro
(art. 247);pedestre (art. 254), e ciclista (art. 255).

Para conhecer as infrações consulte


os ar gos 162 a 255 do CTB.

SAIBA MAIS

O Código de Trânsito Brasileiro classificou as infrações de trânsito em


quatro categorias (art. 258), indicando de acordo com a gravidade o valor da
penalidade da multa e os pontos a serem atribuídos na CNH do infrator.

68
C S EAD
Legislação de Trânsito

INFRAÇÃO PONTOS VALOR DA MULTA


(A PARTIR DE 1.11.2016)

LEVE 3 R$ 88,38

MEDIA 4 R$ 130,16

GRAVE 5 R$ 195,23

*GRAVÍSSIMA R$ 293,47
X3 7 R$ 880,41
X5 R$ 1.467,35
X10 R$ 2.934,70
X20 R$ 5.869,40
X60 R$ 17.068,2

*Veja que a infração de natureza gravíssima tem forma simples e formas


qualificadas por um fator mul plicador ou índice adicional específico,
conforme previsto no Art. 258 §2º do CTB.

Penalidades:
As penalidades são punições ou sanções administra vas aplicadas ao
infrator da legislação de trânsito constante em cada um dos pos
infracionais descritos no CTB. Geram ao infrator sanções de natureza
restri va, e somente podem ser aplicadas pela autoridade de trânsito com
jurisdição sob a via.
Vale lembrar que as penalidades previstas no CTB não suprimem as demais
punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito
(art. 256 § 1º).
Abaixo segue quadro com as penalidades constantes no Código de
Trânsito Brasileiro.
69
C S EAD
Legislação de Trânsito

Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências


estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às
infrações nele previstas, as seguintes penalidades:
advertência por escrito;
multa;
suspensão do direito de dirigir;
cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
cassação da Permissão para Dirigir, e; frequência obrigatória em curso
de reciclagem.

Para aplicação das penalidades acima descritas devemos levar em


consideração dois fatores: o local de come mento da infração, isto é, da
circunscrição, e da espécie de penalidade prevista para a infração.
São diversas as autoridades de trânsito previstas no CTB, e todas possuem
competência pra aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa.
Contudo somente os dirigentes máximos dos órgãos execu vos de trânsito
dos Estados e do Distrito Federal (Detran) têm competência para aplicar
todas as penalidades relacionadas no art. 256 do CTB, destacando-se a
suspensão , cassação da Carteira Nacional de Habilitação e a frequência
obrigatória em curso de reciclagem.
Para aplicar as penalidades é necessário observar a ampla defesa e
contraditório, direitos fundamentais garan dos na Cons tuição da
República Federa va do Brasil, fato este constante do CTB quando a
inclusão da defesa da autuação e das instancias recursais, as quais vermos
adiante.

Vejamos agora conceitos e peculiaridades acerca das penalidades:

70
C S EAD
Legislação de Trânsito

ADVERTENCIA POR ESCRITO


É a penalidade que pode ser aplicada nos casos de infração de natureza
leve ou média, passível de punição com multa, quando a autoridade de
trânsito, após análise do prontuário do infrator, entender ser esta a
providência mais educa va, desde que o infrator não seja reincidente na
mesma infração nos úl mos doze meses (art. 267).

MULTA
Valor pecuniário atribuído ao infrator pela infração come da, aplicada e
arrecadada pelos órgãos execu vos de trânsito e pela Polícia Rodoviária
Federal, obedecendo os limites de suas competências, estabelecidas nos
ar gos 20, 21, 22 e 24 do CTB.

SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR


Consiste na interdição temporária da condução de veículos automotores
ou elétricos nas vias públicas. De competência exclusiva da autoridade
execu va de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, será aplicada
sempre que o infrator a ngir a contagem de vinte pontos no período de
doze meses, bem como nas infrações do CTB que preveem esta
penalidade.
Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir
quando o condutor a ngir 20(vinte) ou mais pontos em sua CNH, podem
par r de 6(seis ) meses a 1 (um )ano e havendo reincidência no período de
12 (doze) meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos.
Já quando houver transgressão às normas, cujas infrações preveem, de
forma específica, a penalidade de suspensão do direito de dirigir, o prazo
de suspensão poderá variar de 2 (dois) a 8 (oito) meses, exceto para as
infrações com prazo descrito no disposi vo infracional, e, no caso de
reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito)
meses, respeitado o disposto no inciso II do art. 263.

71
C S EAD
Legislação de Trânsito

Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de


qualquer outra substância psicoativa que determine
dependência.
Infração – gravíssima
Penalidade – multa(dez vezes) e suspensão do
IMPORTANTE direito de dirigir por 12(doze) meses.

CASSAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE


HABILITAÇÃO E DA PERMISSÃO PARA DIRIGIR
Consiste em tornar sem efeito o direito de dirigir do condutor habilitado,
pelo período de 02 (dois), ocasião em que o infrator poderá requerer sua
reabilitação, submetendo-se aos exames necessários à habilitação, na
forma estabelecida pelo Contran (art 263 § 3º).
A cassação do documento de habilitação é de competência exclusiva da
autoridade execu va de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, e poderá
ocorrer quando : reincidente , no prazo de 12(doze) meses nas infrações
previstas no inciso III do Art. 162 e nos Arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175
ou ainda quando condenado judicialmente por delito de trânsito,
observado o disposto no art. 160.

FREQUENCIA OBRIGATÓRIA EM
CURSO DE RECICLAGEM
Pautada no obje vo de reeducar o condutor infrator a frequência
obrigatória em curso de reciclagem cons tui penalidade, de competência
exclusiva da autoridade execu va de trânsito do Estado ou do Distrito
Federal (Detran), podendo ser aplicada nos seguintes casos:
..sendo contumaz, for necessário à sua reeducação;
..suspenso do direito de dirigir;
..se envolver em acidente grave para o qual haja contribuído,
independentemente de processo judicial;
..condenado judicialmente por delito de trânsito;
..for constatado, a qualquer tempo, que o condutor está colocando em
risco a segurança do trânsito, bem como outras situação em que
o Conselho Nacional de Trânsito regulamentar.
72
C S EAD
Legislação de Trânsito
FIQUE ATENTO
O CTB ainda prevê MEDIDAS ADMINISTRATIVAS que MEDIDAS
ADMINISTRATIVAS que são atos administra vos, de natureza restri va,
vinculadas, de competência da autoridade de trânsito com circunscrição
sob a via e de seus agentes, com o obje vo prioritário de proteção à vida e à
incolumidade sica da pessoa (art. 269 § 1°), de evitar que certas infrações
con nuem ou se repitam .Não suprimem a aplicação das penalidades por
infrações estabelecidas no CTB, tendo caráter complementar a estas.
São providencias exigidas para regularização de situações e podem ser
aplicadas pela autoridade e seus agentes.

O CTB prevê as seguintes medidas administra vas (art. 269):

retenção do veículo;

remoção do veículo;

recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;

recolhimento da Permissão para Dirigir;

recolhimento do Cer ficado de Registro;

recolhimento do Cer ficado de Licenciamento Anual;

transbordo do excesso de carga;

realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância


entorpecente ou que determine dependência sica ou psíquica;
recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa
de domínio das vias de circulação, e;
realização de exames de ap dão sica, mental, de legislação, de
prá ca de primeiros socorros e de direção veicular (Incluído pela Lei n.
9.602/98).

73
C S EAD
Legislação de Trânsito

1.2.2
1.3.1 Documentação do condutor
e do veículo
Conforme já mencionado acima, infração de trânsito é toda conduta
contrária a legislação de trânsito e suas normas complementares.
No descrever as condutas que configuram infração de trânsito a
legislação mencionou diversos comportamentos, dentre estes alguns
relacionados à documentação do condutor e do veiculo em que esta
trafegando.
Descritas nos ar gos 162 a 255 as infrações contemplam punições e
medidas administra vas a seus infratores.

Vamos apresentar agora as infrações relacionadas ao documento de


habilitação.

I - sem possuir Carteira Nacional III - com Carteira Nacional de


de Habilitação, Permissão para Habilitação ou Permissão para
Dirigir ou Autorização para Dirigir de categoria diferente da
Conduzir Ciclomotor do veículo que esteja conduzindo:
Infração – gravíssima Infração – gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes); Penalidade - multa (duas vezes;
Medida administra va - retenção Medida administra va - retenção
do veículo até a apresentação de do veículo até a apresentação de
condutor habilitado; condutor habilitado;

II - com Carteira Nacional de IV - (VETADO)


Habilitação, Permissão para Dirigir
ou Autorização para Conduzir V - com validade da Carteira
Ciclomotor cassada ou com Nacional de Habilitação vencida
suspensão do direito de dirigir: há mais de trinta dias:
Infração – gravíssima Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes); Penalidade - multa;
Medida administra va - Medida administra va -
recolhimento do documento de recolhimento da Carteira Nacional
habilitação e retenção do veículo de Habilitação e retenção do
até a apresentação de condutor
habilitado;
veículo até a apresentação
de condutor habilitado; 74
C S EAD
Legislação de Trânsito

VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de audição, de


prótese sica ou as adaptações do veículo impostas por ocasião da
concessão ou da renovação da licença para conduzir:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administra va - retenção do veículo até o saneamento da
irregularidade ou apresentação de condutor habilitado.

Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições previstas no


ar go anterior:
Infração - as mesmas previstas no ar go anterior;
Penalidade - as mesmas previstas no ar go anterior;
Medida administra va - a mesma prevista no inciso III do ar go anterior.

Art. 164. Permi r que pessoa nas condições referidas nos incisos do art.
162 tome posse do veículo automotor e passe a conduzi-lo na via:
Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
Medida administra va - a mesma prevista no inciso III do art. 162.

São também condutas passíveis de punição e que estão relacionadas aos


documentos do condutor e do veículo:

Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório


referidos neste Código:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
Medida administra va - retenção do veículo até a apresentação do
documento.
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias,
junto ao órgão execu vo de trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no
art. 123:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - retenção do veículo para regularização.

75
C S EAD
Legislação de Trânsito

Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de habilitação e de


iden ficação do veículo:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administra va - remoção do veículo.
Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo ou de
habilitação do condutor:
Infração - leve;
Penalidade - multa.
Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para fins de registro,
licenciamento ou habilitação:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.

1.2.2
1.3.2 Estacionamento, parada
e circulação
Para iniciarmos nossa conversa é importante entender o conceito de
Estacionamento e Parada trazido pelo Anexo I do CTB.

ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo superior ao


necessário para embarque ou desembarque de passageiros.

PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo


estritamente necessário para efetuar embarque ou desembarque de
passageiros.

O CTB entende como trânsito a u lização das vias por pessoas,


veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, que realizam
as ações de circulação, parada, estacionamento e operação de carga e
descarga.
Diante deste diapasão foram elencadas diversas infrações aquele
condutor de estacionar ou parar em desacordo com a legislação.

76
C SEAD
Legislação de Trânsito
Vejamos em que condições é proibido ESTACIONAR :

Art. 181. Estacionar o veículo:


I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinhamento
da via transversal:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta cen metros a
um metro:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Código:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de
trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água ou tampas
de poços de visita de galerias subterrâneas, desde que devidamente
iden ficados, conforme especificação do CONTRAN:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
VII - nos acostamentos, salvo mo vo de força maior:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;

77
C S EAD
Legislação de Trânsito

VIII - no passeio ou sobre faixa des nada a pedestre, sobre ciclovia ou


ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros
centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados
ou jardim público:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada des nada à
entrada ou saída de veículos:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
X - impedindo a movimentação de outro veículo:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de
veículos e pedestres:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de ponto de
embarque ou desembarque de passageiros de transporte cole vo ou, na
inexistência desta sinalização, no intervalo compreendido entre dez
metros antes e depois do marco do ponto:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
XIV - nos viadutos, pontes e túneis:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
XV - na contramão de direção:
Infração - média;
Penalidade - multa; 78
C SEAD
Legislação de Trânsito
XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado e sem
calço de segurança, quando se tratar de veículo com peso bruto total
superior a três mil e quinhentos quilogramas:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
XVII - em desacordo com as condições regulamentadas
especificamente pela sinalização (placa - Estacionamento
Regulamentado):
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela
sinalização (placa - Proibido Estacionar):
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
XIX - em locais e horários de estacionamento e parada proibidos
pela sinalização (placa - Proibido Parar e Estacionar):
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo.
XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou idosos, sem
credencial que comprove tal condição:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo
§ 1º Nos casos previstos neste ar go, a autoridade de trânsito
aplicará a penalidade preferencialmente após a remoção do veículo.
§ 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar o calço de
segurança na via.

E agora em que condições é proibido PARAR.


Art. 182. Parar o veículo:
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinhamento
da via transversal:
Infração - média;
Penalidade - multa;
79
C S EAD
Legislação de Trânsito

II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta cen metros a


um metro:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro:
Infração - média;
Penalidade - multa;
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Código:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de trânsito
rápido e das demais vias dotadas de acostamento:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
VI - no passeio ou sobre faixa des nada a pedestres, nas ilhas, refúgios,
canteiros centrais e divisores de pista de rolamento e marcas de
canalização:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de
veículos e pedestres:
Infração - média;
Penalidade - multa;
VIII - nos viadutos, pontes e túneis:
Infração - média;
Penalidade - multa;
IX - na contramão de direção:
Infração - média;
Penalidade - multa;
X - em local e horário proibidos especificamente pela sinalização (placa
- Proibido Parar):
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de sinal
luminoso:
Infração - média;
Penalidade - multa.
80
C S EAD
Legislação de Trânsito
1.3.3
1.2.2 Segurança e a tudes do condutor,
passageiro, pedestre e demais
atores do processo de circulação
Ao iniciarmos o debate acerca da Cada cidadão torna-se
segurança viária é fundamental corresponsável pela segurança
entender que a segurança é direito dos demais.
fundamental consagrado em Em uma concepção mais
nossa cons tuição federal. aprofundada podemos dizer que
um trânsito seguro deveria conter
Art. 5º Todos são iguais perante a um índice zero de acidentes ou de
lei, sem dis nção de qualquer pequena probabilidade de que
natureza, garan ndo-se aos pudessem ocorrer assim todas as
brasileiros e aos estrangeiros pessoas e todos os veículos
residentes no País a circulariam sem nunca se envolver
inviolabilidade do direito à vida, à (ou provocar) em acidentes de
liberdade, à igualdade, à trânsito. Como tal situação é muito
segurança e à propriedade, nos di cil de ocorrer na pra ca, o
termos seguintes: [...]. desejável é que esse número seja
Art. 6o São direitos sociais a sempre o menor possível, ou seja,
educação, a saúde, o trabalho, a que exista uma pequena
moradia, o lazer, a segurança, a probabilidade de as pessoas se
previdência social, a proteção à envolverem em acidentes. Desta
maternidade e à infância, a maneira devemos conhecer e
assistência aos desamparados, na estar preparados em todos os
forma desta Cons tuição. momentos, para a tudes que
Art. 144. A segurança pública, possam auxiliar na prevenção de
d e v e r d o E s t a d o, d i re i t o e acidentes.
responsabilidade de todos, é Uma legislação mais rígida,
exercida para a preservação da fiscalização presente, sinalização,
ordem pública e da incolumidade engenharia e educação para o
das pessoas e do patrimônio, trânsito podem contribuir para
através dos seguintes órgãos: [...]. segurança no trânsito, contudo
Destacamos a questão da nada adiantará se os atores do
segurança no trânsito como processo transitar não adotem
direito fundamental e assim dever ações visando
de todos os par cipantes do
fenômeno transitar.
um comportamento é co
no trânsito. 81
C S EAD
Legislação de Trânsito

Os eventos nas vias


Art. 173. Disputar corrida:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e
apreensão do veículo;
Medida administra va - recolhimento do documento de habilitação
e remoção do veículo.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em
caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração anterior.
Art. 174. Promover, na via, compe ção, eventos organizados, exibição e
demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles par cipar,
como condutor, sem permissão da autoridade de trânsito com
circunscrição sobre a via:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e
apreensão do veículo;
Medida administra va - recolhimento do documento de habilitação
e remoção do veículo.
§ 1o As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos condutores
par cipantes.
§ 2o Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de
reincidência no período de 12 (doze) meses da infração anterior.
Art. 175. U lizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra
perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com
deslizamento ou arrastamento de pneus:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e
apreensão do veículo;
Medida administra va - recolhimento do documento de habilitação
e remoção do veículo.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em
caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração anterior.

83
C S EAD
Legislação de Trânsito

É importante que as regras de circulação e de conduta sejam seguidas e


respeitadas, alias respeito é um ponto fundamental para garan a do
transito em condições seguras.
Abaixo passaremos a elencar algumas infrações que punem condutas
equivocadas quanto à segurança viária.

Cuidando os usuários das vias


Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança,
conforme previsto no art. 65:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - retenção do veículo até colocação do cinto
pelo infrator.
Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem observância das
normas de segurança especiais estabelecidas neste Código:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administra va - retenção do veículo até que a irregularidade
seja sanada.
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à
segurança:
Infração - leve;
Penalidade - multa.
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via
pública, ou os demais veículos:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administra va - retenção do veículo e recolhimento do
documento de habilitação.

82
C S EAD
Legislação de Trânsito

Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com ví ma:


I - de prestar ou providenciar socorro à ví ma, podendo fazê-lo;
II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sen do de evitar
perigo para o trânsito no local;
III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da
perícia;
IV - de adotar providências para remover o veículo do local, quando
determinadas por policial ou agente da autoridade de trânsito;
V - de iden ficar-se ao policial e de lhe prestar informações
necessárias à confecção do bole m de ocorrência:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir;
Medida administra va - recolhimento do documento de habilitação.
Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à ví ma de acidente de
trânsito quando solicitado pela autoridade e seus agentes:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem ví ma, de adotar
providências para remover o veículo do local, quando necessária tal
medida para assegurar a segurança e a fluidez do trânsito:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via pública, salvo
nos casos de impedimento absoluto de sua remoção e em que o veículo
esteja devidamente sinalizado:
I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito rápido:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo;
II - nas demais vias:
Infração - leve;
Penalidade - multa.
Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de combus vel:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção do veículo.

84
C S EAD
Legislação de Trânsito
Art. 245. U lizar a via para depósito de mercadorias, materiais ou
equipamentos, sem autorização do órgão ou en dade de trânsito com
circunscrição sobre a via:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - remoção da mercadoria ou do material.
Parágrafo único. A penalidade e a medida administra va incidirão
sobre a pessoa sica ou jurídica responsável.

Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à


segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via terrestre como na
calçada, ou obstaculizar a via indevidamente:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério da
autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança.
Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa sica ou
jurídica responsável pela obstrução, devendo a autoridade com
circunscrição sobre a via providenciar a sinalização de emergência, às
expensas do responsável, ou, se possível, promover a desobstrução

Art. 253. Bloquear a via com veículo:


Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administra va - remoção do veículo.

Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper,


restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou
en dade de trânsito com circunscrição sobre ela:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito de dirigir por
12 (doze) meses;
Medida administra va - remoção do veículo.
§ 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos
organizadores da conduta prevista no caput.
§ 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência no período
de 12 (doze) meses.
§ 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas sicas ou jurídicas que
incorram na infração, devendo a autoridade com circunscrição sobre a via
restabelecer de imediato, se possível, as condições de normalidade
para a circulação na via.
85
C S EAD
Legislação de Trânsito

Cuidando do transitar
(manobras, velocidade, ultrapassagem, distâncias)
Art. 184. Transitar com o veículo:
I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de circulação
exclusiva para determinado po de veículo, exceto para acesso a imóveis
lindeiros ou conversões à direita:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de circulação
exclusiva para determinado po de veículo:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamentada com
circulação des nada aos veículos de transporte público cole vo de
passageiros, salvo casos de força maior e com autorização do poder público
competente:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida Administra va - remoção do veículo.
Art. 185. Quando o veículo es ver em movimento, deixar de conservá-lo:
I - na faixa a ele des nada pela sinalização de regulamentação, exceto
em situações de emergência;
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 186. Transitar pela contramão de direção em:
I - vias com duplo sen do de circulação, exceto para ultrapassar outro
veículo e apenas pelo tempo necessário, respeitada a preferência do
veículo que transitar em sen do contrário:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
II - vias com sinalização de regulamentação de sen do único de
circulação:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
86
C S EAD
Legislação de Trânsito
Art. 187. Transitar em locais e horários não permi dos pela regulamentação
estabelecida pela autoridade competente:
I - para todos os pos de veículos:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo ou perturbando
o trânsito:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores, de
socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de
trânsito e às ambulâncias, quando em serviço de urgência e devidamente
iden ficados por disposi vos regulamentados de alarme sonoro e
iluminação vermelha intermitentes:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando este com
prioridade de passagem devidamente iden ficada por disposi vos
regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitentes:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitando em sen dos
opostos, estejam na iminência de passar um pelo outro ao realizar operação
de ultrapassagem:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso
de reincidência no período de até 12 (doze) meses da infração anterior.
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o
seu veículo e os demais, bem como em relação ao bordo da pista,
considerando-se, no momento, a velocidade, as condições climá cas do
local da circulação e do veículo:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas,
ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e
divisores de pista de rolamento, acostamentos, marcas de canalização,
gramados e jardins públicos:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes). 87
C S EAD
Legislação de Trânsito

Art. 194. Transitar em marcha à ré, Art. 199. Ultrapassar pela direita,
salvo na distância necessária a salvo quando o veículo da frente
pequenas manobras e de forma a es ver colocado na faixa
não causar riscos à segurança: apropriada e der sinal de que vai
Infração - grave; entrar à esquerda:
Penalidade - multa. Infração - média;
Art. 195. Desobedecer às ordens Penalidade - multa.
emanadas da autoridade Art. 200. Ultrapassar pela direita
competente de trânsito ou de seus veículo de transporte cole vo ou
agentes: de escolares, parado para
Infração - grave; embarque ou desembarque de
Penalidade - multa. passageiros, salvo quando
Art. 196. Deixar de indicar com houver refúgio de segurança para
antecedência, mediante gesto o pedestre:
regulamentar de braço ou luz Infração - gravíssima;
indicadora de direção do veículo, o Penalidade - multa.
início da marcha, a realização da Art. 201. Deixar de guardar a
manobra de parar o veículo, a distância lateral de um metro e
mudança de direção ou de faixa de cinquenta cen metros ao passar
circulação: ou ultrapassar bicicleta:
Infração - grave; Infração - média;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 197. Deixar de deslocar, com Art. 202. Ultrapassar outro
antecedência, o veículo para a veículo:
faixa mais à esquerda ou mais à I - pelo acostamento;
direita, dentro da respec va mão II - em interseções e
de direção, quando for manobrar passagens de nível;
para um desses lados: Infração - gravíssima;
Infração - média; Penalidade - multa (cinco
Penalidade - multa. vezes).
Art. 198. Deixar de dar passagem
pela esquerda, quando solicitado:
Infração - média;
Penalidade - multa.

88
C S EAD
Legislação de Trânsito
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo:
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente;
II - nas faixas de pedestre;
III - nas pontes, viadutos ou túneis;
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, cancelas,
cruzamentos ou qualquer outro impedimento à livre circulação;
V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de fluxos
opostos do po linha dupla con nua ou simples con nua amarela:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes).
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em
caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses da infração
anterior.
Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à direita, para aguardar
a oportunidade de cruzar a pista ou entrar à esquerda, onde não houver
local apropriado para operação de retorno:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que integre cortejo, prés to,
desfile e formações militares, salvo com autorização da autoridade de
trânsito ou de seus agentes:
Infração - leve;
Penalidade - multa.
Art. 206. Executar operação de retorno:
I - em locais proibidos pela sinalização;
II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis;
III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas, ajardinamento ou
canteiros de divisões de pista de rolamento, refúgios e faixas de pedestres
e nas de veículos não motorizados;
IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da via
transversal;
V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda que em
locais permi dos:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Art. 207. Executar operação de conversão à direita ou à esquerda em
locais proibidos pela sinalização:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
89
C S EAD
Legislação de Trânsito
Art. 208. Avançar o sinal vermelho Art. 211. Ultrapassar veículos em
do semáforo ou o de parada fila, parados em razão de sinal
obrigatória: luminoso, cancela, bloqueio viário
Infração - gravíssima; parcial ou qualquer outro
Penalidade - multa. obstáculo, com exceção dos
A r t . 2 0 9 . Tr a n s p o r, s e m veículos não motorizados:
autorização, bloqueio viário com Infração - grave;
ou sem sinalização ou disposi vos Penalidade - multa.
auxiliares, deixar de adentrar às Art. 212. Deixar de parar o veículo
áreas des nadas à pesagem de antes de transpor linha férrea:
veículos ou evadir-se para não Infração - gravíssima;
efetuar o pagamento do pedágio: Penalidade - multa.
Infração - grave; Art. 213. Deixar de parar o veículo
Penalidade - multa. sempre que a respec va marcha
A r t . 2 1 0 . Tr a n s p o r, s e m for interceptada:
autorização, bloqueio viário I - por agrupamento de
policial: pessoas, como prés tos,
Infração - gravíssima; passeatas, desfiles e outros:
Penalidade - multa, Infração - gravíssima;
apreensão do veículo e suspensão Penalidade - multa.
do direito de dirigir; II - por agrupamento de
Medida administra va - veículos, como cortejos,
remoção do veículo e formações militares e outros:
recolhimento do documento de Infração - grave;
habilitação. Penalidade - multa.

Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não


motorizado:
I - que se encontre na faixa a ele des nada;
II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra sinal verde
para o veículo;
III - portadores de deficiência sica, crianças, idosos e gestantes:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja
sinalização a ele des nada;
V - que esteja atravessando a via transversal para onde se dirige o
veículo:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
90
C S EAD
Legislação de Trânsito

Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem:


I - em interseção não sinalizada:
a) a veículo que es ver circulando por rodovia ou rotatória;
b) a veículo que vier da direita;
II - nas interseções com sinalização de regulamentação de Dê a
Preferência:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar adequadamente
posicionado para ingresso na via e sem as precauções com a segurança de
pedestres e de outros veículos:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem dar
preferência de passagem a pedestres e a outros veículos:
Infração - média;
Penalidade - multa.

Art. 218. Transitar em velocidade III - quando a velocidade for


superior à máxima permi da para superior à máxima em mais de
o local, medida por instrumento 50% (cinqüenta por cento):
ou equipamento hábil, em Infração - gravíssima;
rodovias, vias de trânsito rápido, Penalidade - multa [3 (três)
vias arteriais e demais vias: vezes], suspensão imediata do
I - quando a velocidade for direito de dirigir e apreensão do
superior à máxima em até 20% documento de habilitação.
(vinte por cento): Art. 219. Transitar com o veículo
Infração - média; em velocidade inferior à metade
Penalidade - multa; da velocidade máxima
II - quando a velocidade for estabelecida para a via,
superior à máxima em mais de retardando ou obstruindo o
20% (vinte por cento) até 50% trânsito, a menos que as
(cinqüenta por cento): condições de tráfego e
Infração - grave; meteorológicas não o permitam,
Penalidade - multa; salvo se es ver na faixa da direita:
Infração - média;
Penalidade - multa.

91
C S EAD
Legislação de Trânsito
Art. 220. Deixar de reduzir a X I - à a p rox i m a ç ã o d e
velocidade do veículo de forma animais na pista;
compa vel com a segurança do XII - em declive;
trânsito: XIII - ao ultrapassar ciclista:
I - quando se aproximar de Infração - grave;
passeatas, aglomerações, Penalidade - multa;
cortejos, prés tos e desfiles: XIV - nas proximidades de
Infração - gravíssima; escolas, hospitais, estações de
Penalidade - multa; embarque e desembarque de
II - nos locais onde o trânsito passageiros ou onde haja intensa
esteja sendo controlado pelo movimentação de pedestres:
agente da autoridade de trânsito, Infração - gravíssima;
mediante sinais sonoros ou Penalidade - multa.
gestos;
III - ao aproximar-se da guia Art. 222. Deixar de manter ligado,
da calçada (meio-fio) ou nas situações de atendimento de
acostamento; emergência, o sistema de
IV - ao aproximar-se de ou iluminação vermelha intermitente
passar por interseção não dos veículos de polícia, de socorro
sinalizada; de incêndio e salvamento, de
V - nas vias rurais cuja faixa fiscalização de trânsito e das
de domínio não esteja cercada; ambulâncias, ainda que parados:
VI - nos trechos em curva de Infração - média;
pequeno raio; Penalidade - multa.
VII - ao aproximar-se de Art. 223. Transitar com o farol
locais sinalizados com advertência desregulado ou com o facho de luz
de obras ou trabalhadores na alta de forma a perturbar a visão
pista; de outro condutor:
VIII - sob chuva, neblina, Infração - grave;
cerração ou ventos fortes; Penalidade - multa;
IX - quando houver má Medida administra va -
visibilidade; retenção do veículo para
X - quando o pavimento se regularização.
apresentar escorregadio,
defeituoso ou avariado;

92
C S EAD
Legislação de Trânsito

Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias providas de
iluminação pública:
Infração - leve;
Penalidade - multa.
Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os demais
condutores e, à noite, não manter acesas as luzes externas ou omi r-se
quanto a providências necessárias para tornar visível o local, quando:
I - ver de remover o veículo da pista de rolamento ou permanecer no
acostamento;
II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser re rada
imediatamente:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Art. 226. Deixar de re rar todo e qualquer objeto que tenha sido u lizado
para sinalização temporária da via:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rolamento, em fila
única, os veículos de tração ou propulsão humana e os de tração animal,
sempre que não houver acostamento ou faixa a eles des nados:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 248. Transportar em veículo des nado ao transporte de passageiros
carga excedente em desacordo com o estabelecido no art. 109:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - retenção para o transbordo.
Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de posição, quando o
veículo es ver parado, para fins de embarque ou desembarque de
passageiros e carga ou descarga de mercadorias:
Infração - média;
Penalidade - multa.

93
C S EAD
Legislação de Trânsito
Art. 250. Quando o veículo es ver c) quando a sinalização de
em movimento: regulamentação da via determinar
I - deixar de manter acesa a o uso do pisca-alerta:
luz baixa: Infração - média;
a) durante a noite; Penalidade - multa.
b)de dia, nos túneis providos Art. 252. Dirigir o veículo:
de iluminação pública e nas I - com o braço do lado de fora;
rodovias; II - transportando pessoas,
c) de dia e de noite, animais ou volume à sua esquerda
tratando-se de veículo de ou entre os braços e pernas;
transporte cole vo de III - com incapacidade sica ou
passageiros, circulando em faixas mental temporária que
ou pistas a eles des nadas; comprometa a segurança do
d) de dia e de noite, trânsito;
tratando-se de ciclomotores; IV - usando calçado que não
II - deixar de manter acesas se firme nos pés ou que
pelo menos as luzes de posição comprometa a u lização dos
sob chuva forte, neblina ou pedais;
cerração; V - com apenas uma das
III - deixar de manter a placa mãos, exceto quando deva fazer
traseira iluminada, à noite; sinais regulamentares de braço,
Infração - média; mudar a marcha do veículo, ou
Penalidade - multa. acionar equipamentos e acessórios
Art. 251. U lizar as luzes do do veículo;
veículo: VI - u lizando-se de fones nos
I - o pisca-alerta, exceto em ouvidos conectados a aparelhagem
imobilizações ou situações de sonora ou de telefone celular;
emergência; Infração - média;
II - baixa e alta de forma Penalidade - multa.
intermitente, exceto nas seguintes VII - realizando a cobrança de
situações: tarifa com o veículo em
a ) a c u r to s i nte r va l o s , movimento:
quando for conveniente adver r a Infração - média;
outro condutor que se tem o Penalidade - multa.
propósito de ultrapassá-lo; Parágrafo único. A hipótese
b) em imobilizações ou prevista no inciso V caracterizar-se-
situação de emergência, como á como infração gravíssima no caso
advertência, u lizando pisca- de o condutor estar segurando ou
alerta; manuseando telefone celular.
94
C S EAD
Legislação de Trânsito

Cuidando da circulação do veículo


em condições seguras
Art. 230. Conduzir o veículo:
I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou qualquer outro
elemento de iden ficação do veículo violado ou falsificado;
II - transportando passageiros em compar mento de carga, salvo por
mo vo de força maior, com permissão da autoridade competente e na
forma estabelecida pelo CONTRAN;
III - com disposi vo an -radar;
IV - sem qualquer uma das placas de iden ficação;
V - que não esteja registrado e devidamente licenciado;
VI - com qualquer uma das placas de iden ficação sem condições de
legibilidade e visibilidade:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administra va - remoção do veículo;
VII - com a cor ou caracterís ca alterada;
VIII - sem ter sido subme do à inspeção de segurança veicular, quando
obrigatória;
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou
inoperante;
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido
pelo CONTRAN;
XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explosão defeituoso,
deficiente ou inoperante;
XII - com equipamento ou acessório proibido;
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de sinalização
alterados;
XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo
viciado ou defeituoso, quando houver exigência desse aparelho;
XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter publicitário
afixados ou pintados no pára-brisa e em toda a extensão da parte traseira
do veículo, excetuadas as hipóteses previstas neste Código;
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por películas refle vas
ou não, painéis decora vos ou pinturas;
95
C S EAD
Legislação de Trânsito
X V I I - co m co r n a s o u XXIII - em desacordo com as
persianas fechadas, não condições estabelecidas no art. 67-
autorizadas pela legislação; C, rela vamente ao tempo de
XVIII - em mau estado de permanência do condutor ao
conservação, comprometendo a volante e aos intervalos para
segurança, ou reprovado na descanso, quando se tratar de
avaliação de inspeção de veículo de transporte de carga ou
segurança e de emissão de cole vo de passageiros:
poluentes e ruído, prevista no art. Infração - média;
104; Penalidade - multa;
XIX - sem acionar o limpador Medida administra va - retenção do
de pára-brisa sob chuva: veículo para cumprimento do tempo
Infração - grave; de descanso aplicável.
Penalidade - multa; XXIV - VETADO
Medida administra va - § 1o Se o condutor cometeu
retenção do veículo para infração igual nos úl mos 12 (doze)
regularização; meses, será conver da,
XX - sem portar a autorização automa camente, a penalidade
para condução de escolares, na disposta no inciso XXIII em infração
forma estabelecida no art. 136: grave.
Infração - grave; § 2o Em se tratando de
Penalidade - multa e condutor estrangeiro, a liberação do
apreensão do veículo; ve í c u l o fi ca co n d i c i o n a d a a o
XXI - de carga, com falta de pagamento ou ao depósito, judicial
i n s c r i çã o d a ta ra e d e m a i s ou administra vo, da multa.
inscrições previstas neste Código; Art. 231. Transitar com o veículo:
XXII - com defeito no sistema IV - com suas dimensões ou de
de iluminação, de sinalização ou sua carga superiores aos limites
com lâmpadas queimadas: estabelecidos legalmente ou pela
Infração - média; sinalização, sem autorização:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - retenção
do veículo para regularização;
V - com excesso de peso,
admi do percentual de tolerância
quando aferido por equipamento,
na forma a ser estabelecida pelo
CONTRAN
96
C S EAD
Legislação de Trânsito
Infração - média;
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogramas ou fração
de excesso de peso apurado, constante na seguinte tabela:
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco reais e trinta e
dois centavos);
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos quilogramas) - R$
10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos);
c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogramas) - R$ 21,28
(vinte e um reais e vinte e oito centavos);
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) - R$ 31,92
(trinta e um reais e noventa e dois centavos);
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilogramas) - R$
42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis centavos);
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ 53,20
(cinquenta e três reais e vinte centavos);
Medida administra va - retenção do veículo e transbordo da carga
excedente;
VI - em desacordo com a autorização especial, expedida pela
autoridade competente para transitar com dimensões excedentes, ou
quando a mesma es ver vencida:
Infração - grave;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administra va - remoção do veículo;
VII - com lotação excedente;
VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando
não for licenciado para esse fim, salvo casos de força maior ou com
permissão da autoridade competente:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administra va - retenção do veículo;
IX - desligado ou desengrenado, em declive:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administra va - retenção do veículo;
X - excedendo a capacidade máxima de tração:
Infração - de média a gravíssima, a depender da relação entre o
excesso de peso apurado e a capacidade máxima de tração,
a ser regulamentada pelo CONTRAN; e carga excedente.
97
C SEAD
Legislação de Trânsito
Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas nos incisos V e
X, o veículo que transitar com excesso de peso ou excedendo à
capacidade máxima de tração, não computado o percentual tolerado na
forma do disposto na legislação, somente poderá con nuar viagem após
descarregar o que exceder, segundo critérios estabelecidos na referida
legislação complementar.
Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do
veículo, salvo nos casos devidamente autorizados:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - retenção do veículo para transbordo.
Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda, salvo em
casos de emergência:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as especificações, e
com falta de inscrição e simbologia necessárias à sua iden ficação,
quando exigidas pela legislação:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - retenção do veículo para regularização.
Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a seus
agentes, mediante recibo, os documentos de habilitação, de registro, de
licenciamento de veículo e outros exigidos por lei, para averiguação de
sua auten cidade:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administra va - remoção do veículo.
Art. 239. Re rar do local veículo legalmente re do para regularização,
sem permissão da autoridade competente ou de seus agentes:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administra va - remoção do veículo.
Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do registro de
veículo irrecuperável ou defini vamente desmontado:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administra va - Recolhimento do Cer ficado de Registro e
do Cer ficado de Licenciamento Anual 98
C S EAD
Legislação de Trânsito

Cuidando da condução do veículo


de duas ou três rodas
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção
e vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo
CONTRAN;
II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma
estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado
atrás do condutor ou em carro lateral;
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda;
IV - com os faróis apagados;
V - transportando criança menor de sete anos ou que não tenha, nas
circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administra va - Recolhimento do documento de habilitação;
VI - rebocando outro veículo;
VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo eventualmente
para indicação de manobras;
VIII – transportando carga incompa vel com suas especificações ou
em desacordo com o previsto no § 2o do art. 139-A desta Lei;
IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em
desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as normas que
regem a a vidade profissional dos mototaxistas:
Infração – grave;
Penalidade – multa;
Medida administra va – apreensão do veículo para regularização.
§ 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII, além de:
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento especial a ele
des nado;
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde houver
acostamento ou faixas de rolamento próprias;
c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias,
condições de cuidar de sua própria segurança.
99
C S EAD
Legislação de Trânsito
§ 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do parágrafo
anterior:
Infração - média;
Penalidade - multa.
§ 3o A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste ar go não se
aplica às motocicletas e motonetas que tracionem semi-reboques
especialmente projetados para esse fim e devidamente homologados pelo
órgão competente.

De todo o contexto acima é claro que o transitar requer,


constantemente, um olhar atento para as mudanças em suas regras. É
necessário que o condutor tenha um conhecimento da realidade
vivenciada no seu co diano nas vias de trânsito, e entenda o seu papel na
construção de um mais seguro pautado na convivência humanizada entre
seus atores, pois um comportamento desajustado traz prejuízo para todos.

100
C S EAD
Legislação de Trânsito

1.2.2
1.3.4 Meio ambiente
A questão ambiental está in mamente ligada ao trânsito. Por vezes você
deve ter presenciado alguns dos atores envolvidos no transitar
arremessando objetos na via. Este fato é comum, e causa diversos
problemas ambientais. Ademais importante esclarecer que o veiculo
automotor é um dos elementos mais causadores da Poluição do Ar.
A preocupação com o meio ambiente, nos úl mos anos, vem crescendo
tanto nas sociedades desenvolvidas quanto nas em desenvolvimento. Esta
preocupação com a qualidade ambiental pode manifestar-se
principalmente pelo repúdio dos consumidores em adquirir bens que ao
longo de seu ciclo de vida causem degradação ambiental, assim como
estabelecer regras que possam atribuir punições a quem polui o meio
ambiente. O CTB vem nesta linha de pensamento quando atribui punições
aos condutores que causarem prejuízo ao meio ambiente.
Vale lembrar que Meio Ambiente é o conjunto de condições, leis,
influências e interações da ordem sica , química e biológica , que permite,
abriga e rege a vida em todas as suas formas (Lei 6.938, de 31/08/81 que
define a Polí ca Nacional de Meio Ambiente) .
A Cons tuição de 1988 dedica um capítulo específico ao meio
ambiente, destacado no Capítulo VI do Título VIII , do ar go 225 , aí
consignado um rol de ações e omissões que devem ser observados pela
Administração e pelos par culares.

Art.225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado


bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida ,
impondo-se ao Poder Público e à cole vidade o dever de defende-lo e
preserva-lo para as presentes e futuras gerações .
Parágrafo 1º . Para assegurar a efe vidade desse direito , incumbe ao Poder
Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos e essenciais e prover o
manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio gené co do País
e fiscalizar as en dades decidas à pesquisa e manipulação de material
gené co;

101
C S EAD
Legislação de Trânsito
III - definir , em todas as unidades da Federação , espaços territoriais
e seus componentes a serem especialmente protegidos , sendo a
alteração e supressão permi da somente através de lei , vedada qualquer
u lização que comprometa a integridade dos atributos que jus fiquem
sua proteção;
IV – exigir , na forma da lei , para instalação de obra ou a vidade
potencialmente causadora de significa va degradação do meio ambiente
, estudo prévio de impacto ambiental , a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas ,
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de
vida e o meio ambiente;
VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e
a conscien zação pública para a preservação do meio ambiente ;
VII – proteger a fauna e flora , vedas , na forma da lei as prá cas que
coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a ex nção de
espécies ou submetam os animais à crueldade.
Parágrafo 2º . Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a
recuperar o meio ambiente degradado , de acordo com solução técnica
exigida pelo órgão público competente , na forma da lei .
Parágrafo 3º . As condutas e a vidades consideradas lesivas ao meio
ambiente sujeitarão os infratores , pessoas sicas ou jurídicas , a sanções
penais e administra vas , independentemente da obrigação de reparar os
danos causados.
Parágrafo 4º . A Floresta Amazônica brasileira , a Mata Atlân ca , a
Serra do Mar , o Pantanal Mato-grossense e a Zona Costeira são
patrimônio nacional , e sua u lização far-se-á , na forma da lei , dentro de
condições que assegurem a preservação do meio ambiente , inclusive
quanto ao uso dos recursos naturais .
Parágrafo 5º. São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadas
pelos Estados , por ações discriminatórias , necessárias à proteção dos
ecossistemas naturais.
Parágrafo 6º. As usinas que operam com reator nuclear deverão ter
sua localização definida em lei federal , sem o que não poderão ser
instaladas.

102
C S EAD
Legislação de Trânsito

O Capítulo sobre o meio ambiente da Cons tuição de 1988 é


considerado um dos mais avançados do mundo. Inclui o meio ambiente
ecologicamente equilibrado entre os direitos do cidadão e da sociedade e
considera sua defesa e preservação como dever do Estado e da
cole vidade . Determina que o poder público deve preservar e restaurar
os processos ecológicos essenciais , dar condições para o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas , preservar a diversidade biológica e
a integridade do patrimônio gené co. O governo deve exigir relatório de
impacto ambiental (RIMA) para a instalação de qualquer obra ou a vidade
potencialmente causadora de degradação ambiental e tem o dever de
controlar a produção , comercialização e emprego de métodos e
substâncias potencialmente nocivas à preservação do equilíbrio do meio
ambiente . Define também o Sistema Nacional de Unidade de Preservação:
áreas consideradas de valor relevante por seus recursos naturais ou
paisagens , man das sob regime especial de administração , com garan as
de proteção e preservação da diversidade biológica.

É sabido que os veículos automotores são imensamente poluentes.


Os principais poluentes emi dos pelos veículos são o monóxido de
carbono (CO) , os compostos orgânicos usualmente chamados
hidrocarbonetos (HC) , os óxidos de nitrogênio(NOx) , os aldeídos e o
material par culado (fuligem , poeira , metais ,etc) .

Em 1986, o governo federal cria o Programa de Controle de Poluição


do Ar por Veículos Automotores , que obriga a instalação de filtros
catalisadores no escapamento dos automóveis e caminhões novos. A
constatação de que nos grandes centros urbanos a poluição ambiental era
causada pelos poluentes atmosféricos gerados na queima de combus vel
em veículos automotores , fez com que fosse viabilizada a implantação do
PROCONVE (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos
Automotores).

Assim, procurando viabilizar um programa de controle de emissão


veiculares que fosse economicamente viável o Conselho Nacional de
Meio Ambiente – CONAMA , criou , em 1986 , o PROCONVE , o qual foi
bem aceito e elogiado por todos os segmentos envolvidos , considerados ,
mesmo a nível internacional , como um dos mais bem elaborados
para o controle de emissão em fontes móveis.
103
C S EAD
Legislação de Trânsito
O PROCONVE tem como obje vos a redução dos níveis de emissão de
poluentes nos veículos automotores além de incen var o desenvolvimento
tecnológico nacional , tanto na engenharia automo va , como em métodos e
equipamentos para a realização de ensaios e medições de poluentes.

O referido programa vem ao encontro do previsto no ar go 104 do Código


de Trânsito Brasileiro que preceitua de “os veículos em circulação terão suas
condições de segurança , de controle de emissão de gases poluentes e de ruído
avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória , na forma e periodicidade
estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de segurança e pelo CONAMA para
emissão de gases poluentes e ruídos, no entanto nos parece mais importante
fazer com que o proprietário entenda e absorva o conceito da correta
manutenção do seu veículo , que depende dela a sua segurança e a dos outros e
ainda , que depende dela também , a qualidade do ar que todos respiram.

Constam ainda dos ar gos 6º, 21, 22 e 24 do CTB que é obje vo dos
integrantes do Sistema Nacional de Trânsito estabelecer as diretrizes para sua
Poli ca voltada a defesa ambiental, fiscalizando o nível de emissão de poluentes
e ruídos produzidos pelos veículos automotores. Além de condicionar o
licenciamento do veiculo ao pagamento de eventuais débitos ambientais.

Nos ar gos relacionados a infrações de trânsito destacamos algumas de


possuem como tutela o meio ambiente.

Ar go 171 - Usar o veículo para arremessar , sobre os pedestres ou veículos ,


água ou detritos;
Infração – Média
Penalidade – Multa
Ar go 172 – A rar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias ;
Infração – Média
Penalidade – Multa
Ar go 227 – Usar buzina:
I – em situação que não a de simples toque breve como advertência ao
pedestre ou a condutores de outros veículos;
II – prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
III – entre as vinte e duas e às seis horas:
IV – em locais e horários proibidos pela sinalização;
V – em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas
pelo CONTRAN: 104
C S EAD
Legislação de Trânsito
Infração - leve
Penalidade – Multa.
Ar go 228 – Usar no veículo equipamento com som e volume ou
frequência que não seja autorizado pelo CONTRAN;
Infração – Grave
Penalidade – Multa
Medida Administra va – Retenção do veículo para regularização.
Ar go 229 – Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou que
produza sons e ruídos que perturbe o sossego público, desacordo com as
normas fixadas pelo CONTRAN;
Infração – Média
Penalidade – Multa e apreensão do veículo
Medida Administra va – Remoção do veículo.

Ar go 231 – Transitar com o veículo :


I – danificando a via , suas instalações e equipamentos;
II – derramando , lançando ou arrastando sobre a via :
a) carga que esteja transportando:
b) combus vel ou lubrificante que esteja u lizando;
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente.
Infração – Gravíssima
Penalidade – Multa
Medida Administra va - Retenção do veículo para regularização.
III – produzindo fumaça,gases ou par culas em níveis superiores aos
fixados pelo CONTRAN;
IV – com suas dimensões ou de sua carga superiores aos limites
estabelecidos legalmente ou pela sinalização sem autorização.
Infração – Grave
Penalidade – Multa
Medida Administra va – Retenção do veículo para regularização.

Com o advento do novo Código de Trânsito Brasileiro, surgiram


novas condutas ao motorista . Faz-se necessário que os condutores de
veículos automotores tomem consciência de que o trânsito esta
diretamente relacionado ao meio ambiente , por isso as empresas estão
desenvolvendo produtos ecologicamente corretos , coerentes com o
desenvolvimento sustentável , isto é , o desenvolvimento que “atende
as necessidades do presente sem comprometer o futuro``
105
C S EAD
Legislação de Trânsito

1.3,5
1.2.2 Álcool e direção
(implicações legais)
O ato de beber e dirigir tem grande par cipação no cenário dos
acidentes de trânsito em nosso país. O Relatório Mundial sobre Prevenção
de Acidentes de Trânsito da OMS (2005) demonstrou que os acidentes nas
estradas, mataram um milhão e duzentas mil pessoas em todo mundo no
período de um ano, deixando cerca de 50 milhões de feridos, cujos
cuidados médicos custaram 65 bilhões de dólares.

Baseado nas esta s cas do IPEA (2010), as perdas econômicas


advindas dos acidentes de trânsito situam-se entre 1% e 2% do Produto
Interno Bruto (PIB) nacional e o custo médio por acidente no trânsito
brasileiro chega a R$ 467 mil.

Com a vigência da Lei n. 9.503/97- CTB houve uma grande alteração


no que diz respeito ao rigor a ser aplicado para a junção álcool e direção.
Diminui-se a faixa de tolerância para 6dg/L (seis decigramas de álcool por
litro de sangue) e, em 2013, a tolerância do legislador aproximou-se do
ideal zero, com a publicação da Lei n. 12.760/2012 e da Resolução n.
432/2013 do CONTRAN, e finalmente em 2016 a recusa a submeter-se a
teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita cer ficar
influência de álcool ou outra substância psicoa va, na forma estabelecida
pelo art. 277 passa a ser penalizada com as mesmas regras.

O cenário legal hoje nos aponta para as seguintes infrações:


Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância
psicoa va que determine dependência:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por
12 (doze) meses
Medida administra va - recolhimento do documento de habilitação
e retenção do veículo, observado o disposto no § 4odo art. 270 da Lei
no9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro.
(Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em
caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses.
106
C S EAD
Legislação de Trânsito
Art. 165-A Recusar-se a ser subme do a teste, exame clínico, perícia ou
outro procedimento que permita cer ficar influência de álcool ou outra
substância psicoa va, na forma estabelecida pelo art. 277:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12
(doze) meses;
Medida administra va - recolhimento do documento de habilitação e
retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em
caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses

Os avanços na esfera do Direito Penal seguem a mesma ordem de


combate à alcoolemia no volante estabelecendo como crime o ato de
conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoa va que
determine dependência,

Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora


alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoa va
que determine dependência:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
automotor.
§ 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por:
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de
sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar
alveolar; ou
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração
da capacidade psicomotora.
§ 2o A verificação do disposto neste ar go poderá ser ob da
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo,
prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admi dos,
observado o direito à contraprova.
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os dis ntos testes
de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime
pificado neste ar go.

107
C S EAD
Legislação de Trânsito

Ressaltamos que o condutor ficar sujeito a realização de teste, exame


clínico, perícia ou outro procedimento (e lômetro ou bafômetro) que
permita garan r a influência de álcool ou de outra substância psicoa va
que cause dependência, e sendo constatado tal combinação ficara o
condutor sujeto a infração gravíssima , ou seja , 07(sete) pontos em sua
CNH, em como a penalidade de multa mul plicada por 10 , suspensão do
direito de dirigir por 12 meses, recolhimento do documento de habilitação
e retenção do veículo.

Aquele condutor que se recusar a realização dos testes acima


descritos ficará igualmente sujeito as mesmas penalidades.

Não há limites seguros para o consumo de álcool e a direção. Mesmo


doses pequenas podem aumentar o risco tanto para o condutor, quanto
para aqueles que circulam na via. Assim, o ato de beber e dirigir deve ser
comba do por todos!

VOCE SABIA? Se você es ver com o direito de


dirigir suspenso e for pego dirigindo, a sua CNH
será cassada e somente após dois anos da
cassação, poderá requerer sua reabilitação,
SAIBA MAIS submetendo-se a todos os exames necessários à
habilitação, na forma estabelecida pelo CONTRAN.

Você que é proprietário ou possuidor do veículo e o confia ou entrega


a direção de veículo a pessoa habilitada, porém não está em condições de
dirigir com segurança por seu estado sico ou psíquico (por ingestão de
álcool, por exemplo) também comete uma infração gravíssima (7 pontos na
CNH) e se sujeita à multa, conforme previsto no Ar go 166 do CTB.

108
C S EAD
Legislação de Trânsito

1.3.6
1.2.2 Processo administra vo
Pautado no principio do contraditório e ampla defesa, consagrados
na Cons tuição Federal, o processo administra vo de trânsito está
regulado pelo Capítulo XVIII do Código de Trânsito Brasileiro, do ar go 280
a 290, sendo complementado pelas Resolução do CONTRAN.
Cabe traçar alguns comentários acerca do processo de contraditório nas
penalidades que decorrer das infrações de trânsito, iniciando pelo duplo
grau de recursos ali previstos, ou seja Recurso em 1ª Instancia junto a
Juntas Administra vas de Recursos de Infração de Trânsito – JARI e em 2ª
Instancia junto aos Conselhos Estaduais de Trânsito.
Antes de analisar os recursos que será apresentado após a emissão da
penalidade, cabe ao infrator ques onar a formalidade do auto de infração,
e o fará por meio da Defesa da Autuação, quando a infração ainda es ver
em grau de No ficação da Autuação.
Importante esclarecer que o auto de infração deverá sempre seguir os
itens constantes do Ar go 280 CTB a fim de que seja considerado válido , ou
seja , devera constar : pificação da infração; local, data e hora do
come mento da infração; caracteres da placa de iden ficação do veículo,
marca e espécie, além de outros elementos julgados necessários à
iden ficação; prontuário do condutor, sempre que possível; iden ficação
do órgão ou en dade e da autoridade ou agente autuador ou equipamento
que comprova a infração; assinatura do infrator, sempre que possível,
valendo essa como no ficação do come mento da infração.
Ademais a infração deverá ser comprovada por declaração da autoridade
ou do agente de trânsito por meio de aparelho eletrônico ou equipamento
audiovisual, reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente
disponível, previamente regulamentado pelo Contran.
Quando possível, o infrator deverá ser no ficado imediatamente sobre a
infração come da. Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente
de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de infração,
informando os dados a respeito do veículo e qual foi a infração.
Para toda conduta que culmine em infração de trânsito, deverá ser lavrado
um ato de infração e seu consequente procedimento administra vo, para
que, ao final, sejam determinadas as penalidades de acordo com a conduta
pra cada.

109

Você também pode gostar