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CÉSAR TEIXEIRA LOPES

CRISTIANE IVONETE DUTRA PIRES


ELENICE RODRIGUES SILVA MAIA
GABRIELA LANA ASSIS
GRACIA ALVES MATOSO
ERNANE DELPENHO MEDEIROS
PEDRO FRANCO MOURÃO

CURSO DE RECICLAGEM
PARA CONDUTORES
INFRATORES

3ª edição

Belo Horizonte
Appice Sistemas
2021
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CÉSAR TEIXEIRA LOPES
CRISTIANE IVONETE DUTRA PIRES
ELENICE RODRIGUES SILVA MAIA
GABRIELA LANA ASSIS
GRACIA ALVES MATOSO
ERNANE DELPENHO MEDEIROS
PEDRO FRANCO MOURÃO

CURSO DE RECICLAGEM
PARA CONDUTORES
INFRATORES

3ª edição

Belo Horizonte
Appice Sistemas
2021
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Copyright © Appice Consultoria e Sistemas de Gestão Ltda.

Lopes, César Teixeira


L864
Curso de Reciclagem para Condutores Infratores / César
Teixeira Lopes, Cristiane Ivonete Dutra Pires, Elenice Rodrigues
Silva Maia, Gabriela Lana Assis, Gracia Alves Matoso, Ernane
Delpenho Medeiros, Pedro Franco Mourão. Belo Horizonte, 2018.
168 p. : il.

ISBN: 978-85-54123-00-0

1. CNH. 2. Reciclagem. 3. Pontuação. 4. CTB. 5. Trânsito.

CDD-340

54123
ISBN: 978-85-54123-00-0
Curso de reciclagem para condutores infratores
Publicação digitalizada
3ª edição.

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Àqueles que, podendo, reciclam sua vida.

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Sumário

1) LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO ...................................................................................... 7


1.1) Formação do Condutor ..................................................................................... 9
1.2) Exigências para Categoria de Habilitação em Relação ao Veículo Conduzido 14
1.3) Documentos do Condutor e do Veículo ...........................................................17
1.4) Sinalização Viária ............................................................................................21
1.5) Sansões e Defesa ...........................................................................................66
1.6) Normas de Circulação e Conduta ..................................................................101
1.7) Conclusão .....................................................................................................117
2) DIREÇÂO DEFENSIVA .............................................................................................118
2.1) Conceito ........................................................................................................119
2.2) Condições Adversas e Cuidados na Direção e Manutenção de Veículos ......123
2.3) Abordagem Teórica da Condução do Veículo com Passageiros e/ou Cargas130
2.4) Animais e Veículos de Tração Animal............................................................131
2.5) Como Evitar Acidentes? ................................................................................132
2.6) Cuidados com os Demais Usuários da Via ....................................................137
2.7) Estado Físico e Mental do Condutor e Consequências da Ingestão e Consumo
de Bebida Alcoólica e Substâncias Psicoativas ....................................................138
2.8) Situações de Risco ........................................................................................139
2.9) Conclusão .....................................................................................................142
3) NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS...................................................................143
3.1) Fundamentos.................................................................................................144
3.2) Sinalização do Local do Acidente ..................................................................145
3.3) Acionamento de Recursos: Ambulância, Bombeiros, Polícia, Concessionária da
Via e Outros..........................................................................................................147
3.4) Verificação das Condições Gerais da Vítima .................................................150
3.5) Cuidados com a Vítima (O que não fazer?) ...................................................153
3.6) Conclusão .....................................................................................................155
4) RELACIONAMENTO INTERPESSOAL .....................................................................156
4.1) Fundamentos:................................................................................................157
4.2) Convívio social no trânsito. ............................................................................159
4.3) Diferenças Individuais: o Indivíduo no Grupo e na Sociedade .......................159
4.4) Responsabilidade do Condutor em Relação aos Demais Atores do Processo de
Circulação.............................................................................................................162
4.5) Respeito às Normas Estabelecidas para Segurança no Trânsito...................162
4.6) O Meio Ambiente e o Convívio Social no Trânsito .........................................164
4.6) Conclusão .....................................................................................................165
Referências Bibliográficas:.............................................................................................166

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1) LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

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Neste capítulo serão abordados os seguintes temas:

• Formação do condutor;

• Exigências para categorias de habilitação em relação a veículo conduzido;

• Documentos do condutor e do veículo: apresentação e validade;

• Sinalização viária;

• Penalidades e crimes de trânsito;

• Direitos e deveres do cidadão;

• Normas de circulação e conduta;

• Infrações e penalidades referentes a documentação do condutor e do veículo,


estacionamento, parada e circulação, segurança e atitudes do condutor,
passageiro, pedestre e demais atores do processo de circulação, meio
ambiente.

Espera-se que ao término de seu estudo o aluno conheça de maneira mais


aprofundada as leis que regem o trânsito no Brasil, bem como entenda seus
fundamentos sociais, e seu papel instrumento para o convívio social mais
harmônico, além de:

• Relembre quais são as condições necessárias à formação do condutor,


buscando avivar na memória do aluno os momentos pelos quais passou em
seu processo de habilitação.

• Relembre quais são as exigências necessárias para a concessão da


habilitação relativamente aos diversos tipos de veículo.

• Relembre os documentos de posse obrigatória pelo condutor, bem como seus


prazos de validade e os processos de renovação.

• Relembre os signos utilizados sinalização viária horizontal e vertical, nos sons


e gestos.

• Relembre as penalidades e crimes previstos na legislação de trânsito,


demonstrando a tendência de maior rigor.

• Refleta sobre quais são os seus direitos e deveres como condutor, passageiro

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e pedestre, de forma a perceber o caráter social do trânsito.

• Relembre ao aluno as normas que regulamentam a circulação e conduta a ser


adotada no trânsito de veículos e pedestres.

• Relembre as sanções aplicáveis no caso de não se portar os documentos


obrigatórios.

• Relembre as sanções aplicáveis no caso de não se obedecer as normas de


estacionamento, parada e circulação.

• Relembre as sanções aplicáveis no caso de não se obedecer as normas de


segurança e demais atitudes a serem observadas pelos atores atuantes no
trânsito.

• Relembre as sanções aplicáveis no caso de não se obedecer as normas


relacionadas ao meio-ambiente.

1.1) Formação do Condutor

1.1.1) Requisitos para a obtenção da CNH:

O candidato à CNH (Carteira Nacional de Habilitação) deve preencher os seguintes


requisitos:

a) Ser penalmente imputável. Significa que a pessoa é passível de punição judicial,


isto é, é maior de 18 anos e está plenamente consciente de seus atos;

b) Saber ler e escrever;

c) Possuir documento de identidade;

d) Possuir CPF (Cadastro de


Pessoa Física);

e) Ter no mínimo 18 anos.

As informações do candidato à
habilitação serão cadastradas no

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RENACH (Registro Nacional de Carteira de Habilitação) e apuradas por meio de
exames junto ao DETRAN do Estado do domicílio ou residência do candidato.

1.1.2) Processo para obtenção da CNH:

O processo para obtenção da CNH envolve as seguintes etapas:

a) Escolha da autoescola: o primeiro passo é escolher o CFC (Centro de Formação


de Condutores), mais conhecido como autoescola, que prestará todo o apoio
necessário ao candidato. No CFC, o aluno realizará outras etapas até obter a CNH;

b) Exames iniciais: o candidato deve submeter-se a dois exames iniciais -


psicológico e de aptidão física e mental - que serão realizados em clínicas e/ou com
profissionais credenciados e indicados pelo DETRAN;

c) Curso teórico-técnico: o terceiro passo é fazer o curso teórico-técnico. Nele, os


candidatos à CNH terão 45 horas/aula com conteúdo pedagógico determinado pelo
CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito). Neste momento, os candidatos
aprenderão sobre regras previstas no Código de Trânsito Brasileiro, legislação de
trânsito, direção defensiva, primeiros socorros, meio ambiente e cidadania e
mecânica básica. O candidato a condutor deverá ter frequência mínima em 90% das
aulas, que será aferida por autenticação biométrica;

d) Exame teórico: em seguida, é hora de realizar o exame teórico, aplicado pelo


DETRAN, no qual serão avaliados os conhecimentos do futuro motorista acerca do
conteúdo apresentado no curso
teórico-técnico. O exame teórico terá
15 perguntas de múltipla escolha
com 4 alternativas de resposta, e o
candidato deverá obter um
aproveitamento mínimo de 60% de
acertos para sua aprovação;

e) Aulas no simulador de direção:


Nesta etapa, os candidatos à CNH
serão submetidos a treinamento simulado de acordo com o conteúdo pedagógico
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determinado pelo CONTRAN. Ele é apresentado a situações que não poderiam ser
reproduzidas e treinadas em vias públicas em segurança. As aulas são evolutivas, e
o aluno vivencia ambientes que reproduzem a realidade, em situações com
diferentes graus de dificuldade, e conhece a forma correta de reagir a esses
eventos. Dessa forma, o candidato pode fixar o conteúdo teórico aprendido,
conhecer os comandos e controles básicos do carro e ter a experiência de conduzir
em situações diversas, como direção em rodovias, serras, sob neblina, chuva e
aquaplanagem, além de aulas em cenário noturno e sob os efeitos do álcool no
organismo, complementando, assim, a grade pedagógica para uma boa formação
teórica e prática;

Podem ser realizadas no máximo 5 horas/aula no simulador de direção veicular.

f) Aulas práticas no veículo: Nesta etapa, o aluno realizará 20 aulas práticas no


veículo. O candidato será submetido à direção em vias públicas com fluxo de
veículos e pedestres. Com o resultado da prática no simulador, que emite um
relatório com incidências de erros de conduta, infrações de trânsito e pontos que o
aluno teve mais dificuldade, pode-se intensificar a prática de situações que precisam
ser aprimoradas;

Para realizar as aulas práticas de direção, o candidato à CNH deve possuir a LADV
(Licença de Aprendizagem de Direção Veicular), documento válido no Estado do
DETRAN que a emitiu, em locais e horários estabelecidos. Esse documento deve
ser portado pelo instrutor do aprendiz e deverá sempre acompanhá-lo nos seus
deslocamentos. Caso o aprendiz seja flagrado sem a presença do instrutor, a
penalidade administrativa prevista é a suspensão da LADV por um prazo de seis
meses.

Exame de direção: Finalizadas as aulas práticas, o último passo para a obtenção da


CNH é o exame de direção. Nele, a capacidade dos futuros motoristas será avaliada
a partir de uma série de critérios previamente determinados pelos órgãos
responsáveis

Ao candidato que realizar os cursos e for aprovado nos exames (saúde, técnico-
teórico, prática de direção) será concedida a PPD (Permissão para Dirigir). A PPD
tem validade de 12 meses, a contar da data da aprovação no exame de direção, e
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trata-se de uma autorização provisória. Para obter a Carteira Nacional de
Habilitação, o condutor que possui permissão para dirigir não poderá:

• Cometer infração de natureza grave ou gravíssima; ou

• Ser reincidente em infrações de natureza média.

Se ocorrerem as infrações acima descritas, a PPD será cassada, e o candidato a


CNH deverá habilitar-se novamente.

Você também deverá saber que:

• A autorização para conduzir veículos de propulsão humana (bicicleta, skate


etc.) e de tração animal (carroça, carro de boi, etc.) ficará a cargo dos
municípios;

• No caso de reprovação no exame teórico de formação de condutor, o


candidato poderá repeti-lo;

• O exame de direção veicular será realizado perante uma comissão integrada


por três membros. Deve fazer parte dessa comissão pelo menos um membro
com habilitação em categoria igual ou superior à pretendida pelo candidato;

• Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na aprendizagem poderá


conduzir apenas mais um acompanhante;

• Os veículos destinados à formação de condutores serão identificados por


uma faixa amarela, de 20 cm de largura, pintada ao longo da carroçaria, a
meia altura, com a inscrição AUTOESCOLA na cor preta;

• As áreas destinadas aos exames de candidatos à Categoria A (motocicleta)


deverão ser especiais, contendo obstáculos semelhantes aos da via pública e
considerando as dificuldades e as características que ela apresenta. O
candidato deverá ser observado em todas as etapas do exame na motopista.
Os candidatos à ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor) também farão
os exames na motopista;

• É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da Carteira Nacional de

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Habilitação quando o condutor estiver à direção do veículo, tendo valor
apenas se for original.

Os tratores e os equipamentos automotores destinados à movimentação de cargas


ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de construção ou de
pavimentação só podem ser
conduzidos na via pública por
condutor habilitado nas categorias
“C”, “D” ou “E”.

O trator de roda e os equipamentos


automotores destinados a
trabalhos agrícolas poderão ser
conduzidos em via pública também
por condutor habilitado na categoria “B”.

Além do curso teórico normal, previsto na legislação para a obtenção da CNH, em


alguns casos, os condutores desses veículos pesados devem também possuir
cursos especiais, como o de tratorista; curso de içamento, giro e transporte de
cargas, para operador de grua e de guindastes; curso de operação de bate-estacas,
para o operador desse equipamento; e cursos específicos para operadores de
empilhadeiras, motoniveladoras, são alguns exemplos.

1.1.3) Renovação da CNH:

A CNH deverá ter validade conforme a idade e condições do seu portador, conforme
definido no CTB:

a) a cada 10 (dez) anos, para condutores com idade inferior a 50 (cinquenta) anos;

b) a cada 5 (cinco) anos, para condutores com idade igual ou superior a 50


(cinquenta) anos e inferior a 70 (setenta) anos;

c) a cada 3 (três) anos, para condutores com idade igual ou superior a 70 (setenta)
anos.

Os prazos acima poderão ser reduzidos conforme avaliação do perito, se o condutor


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apresentar indícios de deficiência física ou mental, ou de progressividade de doença
que possa diminuir a capacidade para conduzir o veículo.

No caso de condutor com CNH nas categorias “C”, “D” ou “E”, além dos exames de
aptidão física e mental e a avaliação psicológica, deverá ser apresentados também
os exames toxicológicos, com resultado negativo.

1.1.4) ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotores)

A Resolução nº 789/2020 do CONTRAN normatizou o processo para obtenção da


ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotores).

Quem for conduzir, exclusivamente,


um veículo de duas ou três rodas
com até 50cc vai precisar, de
acordo com a norma, realizar curso
teórico de 20 horas/aula e curso
prático de 10 horas/aula com uma
avaliação teórica contendo 15
questões. O aluno deverá ter um
aproveitamento mínimo de 60%
para aprovação. Já os exames práticos seguirão os mesmos requisitos daqueles
exigidos à Categoria A.

1.2) Exigências para Categoria de Habilitação em Relação ao Veículo


Conduzido

Os candidatos poderão habilitar-se nas seguintes categorias:

a) Categoria A: Condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem


carro lateral;

Para uma melhor compreensão, podemos dizer que a Categoria A da CNH


destina-se, conforme artigo 143, inciso I, do Código de Trânsito Brasileiro, aos
condutores de veículos motorizados de duas ou três rodas, com ou sem carro
lateral, isto é, aos condutores de motocicleta (veículo automotor de duas rodas,
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com ou sem sidecar, dirigido por
condutor em posição montada),
motoneta (veículo automotor de
duas rodas dirigido por condutor
em posição sentada), ciclomotor
(veículo de duas ou três rodas,
provido de um motor de
combustão interna, cuja
cilindrada não exceda a 50 cc e
cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 km/h) e triciclo.

a.1) Categoria ACC: Condutor apenas de veículo de duas ou três rodas, provido
de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm³ (3,05
polegadas cúbicas) e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a 50
km/h. O condutor que possui a Categoria ACC só pode conduzir o veículo
popularmente conhecido como “cinquentinha”;

a.2) Cicloelétrico: Popularmente conhecido como bicicleta elétrica, os


cicloelétricos não são movidos por meio da força humana. Eles se movem com o
auxílio de um dínamo, bateria que fica localizada no quadro e que é alimentada
por eletricidade.

Difere dos ciclomotores ou motocicletas porque sua velocidade máxima pode


atingir 25 Km/h e sua bateria tem duração de aproximadamente 40 km. Depois
disso, é necessário recarregá-la para que funcione normalmente.

Pelo fato dos cicloelétricos serem impulsionados por meio de bateria, o Código
de Trânsito Brasileiro exige que seu condutor possua Carteira de Habilitação A
ou ACC.

b) Categoria B: Condutor de veículo cujo peso bruto total não exceda a 3.500 kg e
cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;

c) Categoria C: Condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de carga


cujo peso bruto total exceda a 3.500 kg;

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d) Categoria D: Condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de
passageiros cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista e
veículos de transporte escolar ou transporte coletivo de passageiros.

e) Categoria E: Condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se


enquadre nas categorias B, C ou
D e cuja unidade acoplada,
reboque, semirreboque ou
articulada, tenha 6.000 Kg ou
mais de peso bruto total, ou cuja
lotação exceda a oito lugares, ou
ainda seja enquadrado na
categoria trailer.

1.2.1) Mudança de Categoria de Habilitação

A habilitação inicial somente poderá ocorrer para a Categoria A ou B, ou,


simultaneamente, A/B.

Em todos os casos de mudança de categoria, os condutores deverão realizar o


exame de aptidão física e mental, o curso prático de direção veicular (15 horas/aula)
e o exame de direção veicular. Deverão ainda realizar exames complementares
exigidos para habilitação na categoria pretendida.

Para mudar de categoria de habilitação, deverão ser observadas as seguintes


regras:

a) O candidato à Categoria C deverá estar habilitado no mínimo há um ano na


Categoria B e não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser
reincidente em infrações médias durante os últimos 12 meses.

Obs.: Esse mesmo procedimento ocorre para conduzir combinação de veículos com
mais de uma unidade tracionada, independentemente da capacidade de tração ou
do peso bruto total.

b) Os candidatos às categorias D e E, veículos de emergência ou de produto

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perigoso, deverão preencher os seguintes requisitos:

I - Ser maior de 21 anos;

II - Estar habilitado:

c) Quando pretende a Categoria D: No mínimo há dois anos na Categoria B ou no


mínimo há um ano na Categoria C.

d) Quando pretende a Categoria E: No mínimo há um ano na Categoria C ou possuir


Categoria D.

I - Não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em


infrações médias durante os últimos 12 meses;

II - Ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática


veicular em situação de risco.

Em todos os casos de mudança de categoria, os condutores deverão realizar o


exame de aptidão física e mental, o curso prático de direção veicular (15 horas/aula)
e o exame de direção veicular. Deverão ainda realizar exames complementares
exigidos para habilitação na categoria pretendida.

1.3) Documentos do Condutor e do Veículo

1.3.1) Documentos do Condutor

O condutor que estiver na direção do veículo deve portar obrigatoriamente a CNH


(Carteira Nacional de Habilitação) ou PPD (Permissão Para Dirigir).

A Carteira Nacional de Habilitação, é expedida em modelo único e, conterá


fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé pública e equivalerá a documento
de identidade em todo o território nacional.

Caso a CNH preveja a utilização de óculos ou próteses, as mesmas deverão ser


usadas pelo condutor.

Está também em vigor a versão digital da Carteira Nacional de Habilitação (CNH-e)

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que armazena todas as informações da CNH impressa, garantindo a autenticidade
do documento. A CNH-e só pode ser gerada para os condutores que possuem a
última versão da CNH impressa, que conta com um QR Code (CNH's emitidas a
partir de maio de 2017).

A CNH digital possui a mesma validade do documento de habilitação impresso e


funciona por meio de um aplicativo de celular gratuito. O documento é acessível
offline, sem necessidade de conexão wi-fi ou dados móveis habilitados.

A versão impressa continuará sendo emitida normalmente, mas o condutor poderá


dirigir apenas com a CNH-e que é válida em todo território nacional, se fizer esta
opção. Nesse caso, deverá atentar para o funcionamento do smartphone, já que,
para efeitos de fiscalização, se o aparelho estiver descarregado, será considerado
que a CNH não está sendo portada. O condutor será autuado com base no artigo
232 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB):

Art. 232 - Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório


referidos neste Código:
Infração: leve (3 pontos);
Penalidade: multa (R$ 88,38);
Medida administrativa: retenção do veículo até a apresentação do
documento.

1.3.2) Documentos do Veículo

Para que possa circular legalmente pelas vias públicas, o veículo tem de estar
registrado e licenciado pelo órgão
executivo de trânsito estadual. O
documento que comprova a
mencionada legalidade é o
(Certificado de Registro e
Licenciamento de Veículos), também
chamado de licenciamento anual. O
art. 133 do CTB regula a obrigatoriedade do porte do documento citado, porém, em
seu parágrafo único, preconiza: o porte será dispensado quando, no momento da

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fiscalização, for possível ter acesso ao devido sistema informatizado para verificar se
o veículo está licenciado. Para evitar ser flagrado em uma condição irregular, é
interessante imprimir o CRLV digital, disponível no site do DETRAN, e conduzir o
veículo com esse documento em mãos.

O licenciamento deve ser realizado, anualmente, pelo proprietário do veículo por


meio do pagamento das obrigações anuais que incidem sobre o mesmo. Essas
obrigações são compostas pelo IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores), seguro obrigatório (DPVAT) e taxa de licenciamento. As multas em
aberto também deverão ser pagas independentemente da responsabilidade pelas
infrações cometidas.

Em casos específicos, alguns veículos também deverão passar por inspeções de


segurança veicular e de controle de emissão de gases poluentes e de ruído;

Para que o veículo tenha o CRLV liberado, não podem constar multas em aberto.

1.3.3) PID - Permissão Internacional para Dirigir

PID é a permissão internacional para dirigir que comprova a condição de condutor


habilitado. Ela é válida em 135
países signatários da Convenção de
Viena e países com o princípio da
reciprocidade.

Qualquer cidadão que possua CNH


pode solicitar a PID, desde que sua
habilitação esteja válida.

A PID tem o mesmo prazo de


validade da CNH. A categoria de habilitação e as restrições serão as mesmas
referentes à CNH.

Em alguns países signatários da Convenção de Viena, é possível dirigir usando


apenas a CNH brasileira por até 180 dias a partir do ingresso no país.

Mas portar a PID é o mais recomendável, visto que se trata de um documento


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internacionalmente reconhecido e traduzido em oito idiomas (alemão, árabe, chinês,
espanhol, francês, inglês, português e russo). A PID pode facilitar a checagem das
informações do condutor não apenas em situações de fiscalização com agentes
oficiais, mas também na hora de locar veículos, resgatar seguros e buscar agilidade
nos atendimentos em casos de acidentes.

A PID não substitui a CNH em território brasileiro. O documento obrigatório para


condução de veículos no Brasil é a CNH, portanto, a PID não substitui esse
documento em território nacional.

1.3.3.1) Países que não aceitam a PID

Os países que não aceitam a PPD estão localizados principalmente na África e no


Oriente Médio. São eles:

Afeganistão, Andorra, Antíqua e Barbuda, Arábia Saudita, Armênia, Belize, Benim,


Botsuana, Brunei, Burkina Faso, Burundi, Butão, Camarões, Camboja, Catar,
Chade, China, Chipre, Comores, Coréia do Norte, Djibuti, Dominica, Egito, Emirados
Árabes Unidos, Eritréia, Etiópia, Fiji, Gâmbia, Granada, Guiné, Guiné-Equatorial,
Iêman, Ilhas Marshall, Ilhas Maurício, Ilhas Salomão, Índia, Iraque, Irlanda, Islândia,
Jamaica, Japão, Jordânia, Kiribati, Laos, Lesoto, Líbano, Libéria, Lichteinstein,
Madagascar, Malásia, Malauí, Maldivas, Mali, Malta, Mauritânia, Mianmar,
Micronésia, Moçambique, Montenegro, Naru, Nepal, Nigéria, Omã, Palau, Papua,
Nova Guiné, Quênia, Quirquistão, República Democrática do Congo, Ruanda,
Samoa, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Serra Leoa,
Síria, Somália, Sri Lanka, Suazilândia, Sudão, Sudão do Sul, Suriname, Tailândia,
Tanzânia, Togo, Tonga, Trinidad e Tobago, Turquia, Tuvalu, Uganda, Vanuato,
Vietnam e Zâmbia.

1.3.4) DPVAT

O Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre,


mais conhecido como DPVAT, existe desde 1974.

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É um seguro de caráter social que indeniza vítimas de acidentes de trânsito,
motorista, passageiro ou pedestre,
sem apuração de culpa. O DPVAT
oferece coberturas para três
naturezas de danos: morte, invalidez
permanente e reembolso de
despesas médicas e hospitalares.

O pagamento da indenização é feito


em conta corrente ou poupança da
vítima ou de seus beneficiários em até 30 dias após a apresentação da
documentação necessária. O prazo para solicitar a indenização por morte ou
reembolso de despesas médicas e hospitalares é de três anos a contar da data do
acidente. No caso de indenização por invalidez permanente, esse prazo é de três
anos a contar da ciência da invalidez permanente pela vítima.

Os recursos do Seguro DPVAT são financiados pelos proprietários de veículos por


meio de pagamento anual.

Do total arrecadado são repassados:

• 45% ao Ministério da Saúde para custeio do atendimento médico-hospitalar


às vítimas de acidentes de trânsito em todo o país por meio do SUS.

• 5% ao Ministério das Cidades (DENATRAN - Departamento Nacional de


Trânsito) para aplicação exclusiva em programas destinados à prevenção de
acidentes de trânsito.

• 50% para o pagamento das


indenizações e reservas.

1.4) Sinalização Viária

A sinalização de trânsito informa e


orienta os usuários das vias. São
sinais e dispositivos de segurança

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que têm como objetivo garantir a adequada utilização das vias e possibilitar melhor
fluidez e maior segurança do trânsito. É classificada como sinalização vertical,
sinalização horizontal, dispositivos de sinalização auxiliar, sinalização semafórica,
sinais sonoros e gestos.

A sinalização de trânsito tem a seguinte ordem de prevalência:

a) as ordens dos Agentes de Trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais;

b) as indicações do semáforo sobre os demais sinais;

c) as indicações dos demais sinais sobre as normas de trânsito.

O artigo 90, §1º, do Código de Trânsito Brasileiro, determina que a sinalização de


trânsito é responsabilidade do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, e
este responde pela falta, insuficiência ou incorreta colocação dos sinais.

1.4.1) Sinalização Vertical

A sinalização vertical é formada por placas, fixadas ao lado ou suspensas sobre a


pista, que transmitem mensagens de perfil permanente. De acordo com sua função,
é classificada em três tipos:

Sinalização de Regulamentação;

1.4.1.1) Sinalização de Regulamentação

As placas de regulamentação têm a finalidade de comunicar aos usuários as


condições, proibições, restrições ou obrigações no uso da via. Suas mensagens são
imperativas, e o desrespeito a ela constitui infração. Atualmente as vagas de
estacionamento destinadas por lei a idosos e deficientes físicos devem ser
sinalizadas com as respectivas placas indicativas de destinação, inclusive
informando os dados sobre a infração por estacionamento indevido cuja natureza da
infração passou de leve para grave.

A forma padrão do sinal de regulamentação é circular e possui as seguintes cores:

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Características Exemplos
Fundo: branco
Tarja: vermelha
Orla: vermelha
Símbolo: preto
Letras: pretas Obrigação/Restrição Proibição

Constituem exceção quanto à forma, os sinais:

Significado Placa Características

Fundo: vermelho
Letras: brancas
Parada Obrigatória
Orla Interna: branca
Orla Externa: vermelha
Formato Octogonal

Fundo: branco
Tarja: vermelha
Orla Interna: vermelha
Dê a Preferência
Orla Externa: branca
Símbolo: vermelho
Formato Triangular Legendas: pretas

Sendo necessário acrescentar informações, como período de validade,


características e uso do veículo, condições de estacionamento etc. Deve-se anexar
uma placa adicional abaixo da sinalização ou incorporar à principal, formando uma
só placa. O padrão de cores é o seguinte:

• Fundo: branco;

• Tarja: vermelha;

• Orla Interna: vermelha;

• Orla Externa: branca;

• Símbolo: preto;

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• Legendas: pretas.

Exemplos:

1.4.1.2) Sinalização de Advertência

As placas de advertência têm por finalidade alertar aos usuários da via as condições
potencialmente perigosas, indicando sua natureza.

A forma padrão do sinal de advertência é quadrada, devendo uma das diagonais


ficar na posição vertical, e possui as seguintes cores:

Característica Exemplo

Fundo: amarelo
Orla Interna: preta
Orla Externa: amarela
Símbolo e/ou Legendas: pretos

Constituem exceção quanto à cor, os sinais:

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Significado Característica Exemplo

Obras Fundo e Orla Externa: laranja

Símbolo: cores preta, vermelha, amarela e


verde
Semáforo à Frente
Fundo: amarelo. Quando empregado em obras,
laranja

Constituem exceção quanto à forma:

Significado Exemplo

Sentido Único e Sentido Duplo

Para Faixas ou Pistas Exclusivas de Ônibus

Para Pedestres

Para Rodovias, Estradas e Vias de Trânsito


Rápido

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Cruz de Santo André

São empregados em casos que as demais placas de advertência não podem ser
utilizadas. O formato adotado é retangular.

1.4.1.3) Sinalização de Indicação

As placas de indicação têm por finalidade identificar vias, destinos e locais de


interesse e orientar os usuários da via quanto a percursos, destinos, distâncias e
serviços auxiliares. Suas mensagens são informativas ou educativas.

1.4.1.3.1) Placas de Indicação

Posicionam o condutor ao longo dos deslocamentos (em relação a distâncias ou


destinos). Exemplos:

Aplicação Características Exemplo:


Fundo: branco
Rodovias e Orlas Internas: pretas
Estradas Orla Externa: branca
Tarja, Seta e Legendas: pretas
Forma: retangular, com lado maior na
horizontal
Fundo: azul
Municípios
Orla Interna: branca
Orla Externa: azul
Tarja, Seta e Legendas: brancas
Forma: retangular, com lado maior na
horizontal
Regiões de
Interesse de Fundo: azul
Tráfego e Orla Interna: branca
Logradouros Orla Externa: azul
Tarja, Seta e Legendas: brancas

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Aplicação Características Exemplo:
Forma: retangular, com lado maior na
horizontal
Nominal de
Pontes, Viadutos, Fundo: azul
Túneis e Orla Interna: branca
Passarelas Orla Externa: azul
Tarja, Seta e Legendas: brancas
Forma: retangular, com lado maior na
vertical
Fundo: azul
Quilométrica
Orla Interna: branca
Orla Externa: azul
Tarja, Seta e Legendas: brancas
Forma: retangular, com lado maior na
horizontal
Limite de Fundo: azul
Municípios,
Orla Interna: branca
Estados e Países
Orla Externa: azul
Tarja, Seta e Legendas: brancas
Forma: retangular, com lado maior na
horizontal
Fundo: azul
Pedágio
Orla Interna: branca
Orla Externa: azul
Tarja, Seta e Legendas: brancas

1.4.1.3.2) Placas de Orientação de Destino

Indicam ao condutor a direção que deve seguir, orientando percursos e/ou


distâncias.

Aplicação Características Exemplo:

Forma: retangular, com lado maior na


horizontal
Mensagem de Fundo: verde
Localidades Orla Interna: branca
Orla Externa: verde
Tarja, Legendas e Setas: brancas

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Aplicação Características Exemplo:
Forma: retangular, com lado maior na
horizontal
Mensagem de
Nomes de Fundo: azul
Rodovias, Estradas Orla Interna: branca
ou Associadas aos Orla Externa: azul
Símbolos Tarja, Legendas e Setas: brancas
Símbolos: de acordo com a rodovia

1.4.1.3.3) Placas Educativas

Tem função de educar os usuários com relação a comportamentos adequados e


podem conter reforço quanto às normas gerais de circulação e conduta.

Características Exemplo
Forma: retangular, lado maior na horizontal
Fundo: branco
Orla Interna: preta
Orla Externa: branca
Tarja, Legendas e Pictogramas: pretos

1.4.1.3.4) Placas de Serviços Auxiliares

Indicam/orientam locais onde estão os serviços indicados.

Aplicação Características Exemplo


Forma: retangular, com quadro interno quadrado
Fundo: azul
Quadro Interno: branco
Para Condutores Seta e Legendas: brancas
Pictograma: preto (constitui exceção a placa
indicativa de Pronto Socorro em que o símbolo
deve ser vermelho)
Forma: retangular, lado maior na horizontal
Fundo: azul
Orla Interna: branca
Para Pedestres Orla Externa: azul
Quadro Interno: branco
Tarja, Setas e Legendas: brancas
Pictograma: preto

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1.4.1.3.5) Placas de Atrativos Turísticos

Indicam a localização de atrativos turísticos, orientando sobre direção e pontos de


interesse.

Aplicação Características Exemplo

Identificação de
Atrativo Turístico
Fundo: marrom
Orla Interna: branca
Orla Externa: marrom
De Sentido de Quadro Interno: branco
Atrativo Turístico Tarja, Setas e Legendas:
brancas
Símbolo: preto

De Distância de
Atrativo Turístico

1.4.2) Placas de Sinalização Vertical

1.4.2.1) Sinalização de Regulamentação

As placas de regulamentação têm a finalidade de comunicar aos usuários as


condições, proibições, restrições ou obrigações no uso da via. Suas mensagens são
imperativas, e o desrespeito a ela constitui infração.

R-1 R-2 R-3 R-19


Parada obrigatória Dê a preferência Sentido proibido Velocidade máxima
permitida

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R-4a R-4b R-5a R-5b
Proibido virar à Proibido virar à direita Proibido retornar à Proibido retornar à
esquerda esquerda direita

R-24a R-24b R-25a R-25b


Sentido de circulação Passagem obrigatória Vire à esquerda Vire à direita
da via/pista

R-25c R-25d R-26 R-28


Siga em frente ou Siga em frente ou Siga em frente Duplo sentido de
à esquerda à direita circulação

R-6a R-6b R-6c R-7


Proibido estacionar Permitido estacionar Proibido parar e Proibido ultrapassar
estacionar

R-8a R-8b R-9 R-10


Proibido mudar de Proibido mudar de Proibido trânsito de Proibido trânsito de
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faixa ou pista de faixa ou pista de caminhões veículos automotores
trânsito da esquerda trânsito da direita para
para direita esquerda

R-11 R-12 R-13 R-14


Proibido trânsito de Proibido trânsito de Proibido trânsito de Peso bruto total
veículos de tração bicicletas máquinas agrícolas permitido
animal

R-15 R-16 R-17 R-18


Altura máxima Largura máxima Peso máximo Comprimento máximo
permitida permitida permitido por eixo permitido

R-20 R-21 R-22 R- 23


Proibido acionar Alfândega Uso obrigatório de Conserve-se à direita
buzina ou sinal sonoro corrente

R-27 R-29 R-30 R-31


Ônibus, caminhões e Proibido trânsito de Pedestre, ande pela Pedestre, ande pela
veículos de grande pedestres esquerda direita
porte mantenham a
direita

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R-32 R-33 R-34 R-35a
Circulação exclusiva Sentido circular Circulação exclusiva Ciclista, transite à
de ônibus obrigatório de bicicletas esquerda

R-35b R-36a R-36b R-37


Ciclista, transite à Ciclistas à esquerda, Ciclistas à direita, Proibido trânsito de
direita pedestres à direita pedestres à esquerda motocicletas,
motonetas e
ciclomotores

R-38 R-39 R-40


Proibido trânsito de Circulação exclusiva Trânsito proibido a
ônibus de caminhão carros de mão

1.4.2.2) Sinalização de Advertência

A-1a A-1b A-2a A-2b


Curva acentuada à Curva acentuada à Curva à esquerda Curva à direita
esquerda direita

Página 32 de 168
A-3a A-3b A-4a A-4b
Pista sinuosa à Pista sinuosa à direita Curva acentuada em Curva acentuada em
esquerda S à esquerda S à direita

A-5a A-5b A-6 A-7a


Curva em S à Curva em S à direita Cruzamento de vias Via lateral à esquerda
esquerda

A-7b A-8 A-9 A-10a


Via lateral à direita Interseção em T Bifurcação em Y Entroncamento
oblíquo à esquerda

A-10b A-11a A-11b A-12


Entroncamento Junções sucessivas Junções sucessivas Interseção em círculo
oblíquo à direita contrárias primeira à contrárias primeira à
esquerda direita

A-13a A-13b A-14 A-15


Confluência à Confluência à direita Semáforo à frente Parada obrigatória à
esquerda frente
Página 33 de 168
A-16 A-17 A-18 A-19
Bonde Pista irregular Saliência ou lombada Depressão

A-20a A-20b A-21a A-21b


Declive acentuado Aclive acentuado Estreitamento de pista Estreitamento de pista
ao centro à esquerda

A-21c A-21d A-21e A-22


Estreitamento de pista Alargamento de pista Alargamento de pista Ponte estreita
à direita à esquerda à direita

A-26a
Sentido único

A-23 A-24 A-25


Ponte móvel Obras Mão dupla adiante

A-26b
Sentido duplo

A-27 A-28 A-29


Área com Pista escorregadia Projeção de cascalho
desmoronamento

Página 34 de 168
A-30a A-30b A-30c A-31
Trânsito de ciclistas Passagem sinalizada Trânsito Maquinaria agrícola
de ciclistas compartilhado por
ciclistas e pedestres

A-32a A-32b A-33a A-33b


Passagem de Passagem sinalizada Área escolar Passagem sinalizada
pedestres de pedestres de escolares

A-34 A-35 A-36 A-37


Crianças Animais Animais selvagens Altura limitada

A-41
Cruz de Santo André

A-38 A-39 A-40


Largura limitada Passagem de nível Passagem de nível
sem barreira com barreira

A-42a A-42b A-42c A-43


Início de pista dupla Fim de pista dupla Pista dividida Aeroporto

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A-44 A-45 A-46 A-47
Vento lateral Rua sem saída Peso bruto total Peso limitado por eixo
limitado

A-48
Comprimento limitado

1.4.3) Sinalização de Indicação

1.4.3.1) Placas de Identificação de Rodovias e Estradas Pan-Americanas,


Federais e Estaduais

Pan-Americana Federal Estadual

1.4.3.2) Placas de Identificação de Municípios

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1.4.3.3) Placas de Identificação de Regiões de Interesse de Tráfego e
Logradouros

1.4.3.4) Placas de Identificação de Obras de Arte

Indicação nominal de pontes, viadutos, túneis e passarelas.

1.4.3.5) Placas de Identificação Quilométrica

1.4.3.6) Placas de Identificação de Limite de Municípios, Divisa de Estados,


Fronteira e Perímetro Urbano

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1.4.3.7) Placas de Identificação de Pedágio

1.4.3.8) Placas de Orientação de Destino

1.4.3.8.1) Placas Indicativas de Sentido (Direção)

1.4.3.8.2) Placas Indicativas de Distância

1.4.3.8.3) Placas Diagramadas

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1.4.3.9) Placas Educativas e Auxiliares

1.4.3.9.1) Placas Educativas

1.4.3.9.2) Placas Auxiliares - SAU (Serviço Auxiliar), SVA (Serviço Variado)

SAU-01 SAU-02 SVA-06 SVA-07


Área de Informações Serviço telefônico Serviço
estacionamento Mecânico

Página 39 de 168
SAU-08 SVA-09 SVA-10 SVA-11
Borracharia Abastecimento Pronto socorro Serviço sanitário

SVA-12 SVA-13 SVA-14 SVA-15


Restaurante Hotel Área de campismo Estacionamento de
trailer

SAU-18 SAU-21 SAU-22 SAU-26


Pedágio Aeroporto Transporte Ponto de parada
sobre água

1.4.3.9.3) Placas para Pedestres

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1.4.3.10) Placas de Atrativos Turísticos

1.4.3.10.1) Atrativos Turísticos Naturais

TNA-01 TNA-02 TNA-03 TNA-04

TNA-05 TNA-06 TNA-07 TNA-08

TNA-09

1.4.3.10.2) Atrativos Histórico-Culturais

THC-01 THC-02 THC-03 THC-04

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THC-04 THC-06 THC-07 THC-08

THC-09 THC-10 THC-11

1.4.3.10.3) Áreas para Prática de Esportes

TAD-01 TAD-02 TAD-03 TAD-04

TAD-05 TAD-06 TAD-07 TAD-08

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TAD-09 TAD-10 TAD-11 TAD-12

TAD-13 TAD-14 TAD-15 TAD-16

1.4.3.10.4) Áreas para Recreação

TAR-01 TAR-02 TAR-03 TAR-04

TAR-05 TAR-06 TAR-07

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1.4.3.10.5) Locais para Atividades

TIT-01 TIT-02 TIT-03 TIT-04

TIT-05 TIT-06 TIT-07 TIT-08

TIT-09 TIT-10

1.4.3.10.6) Serviços de Transporte

STR-01 STR-02 STR-03 STR-04

Página 44 de 168
STR-05 STR-06 STR-07 STR-08

1.4.3.10.7) Serviços Variados

SVR-01 SVR-02 SVR-03 SVR-04

SVR-05 SVR-06 SVR-07 SVR-08

SVR-09 SVR-10 SVR-11 SVR-12

Página 45 de 168
SVR-13 SVR-14 SVR-15

1.4.3.10.8) Placas de Orientação Acoplada a Placas de Orientação de Destino

1.4.3.10.8) Placas de Identificação de Atrativo Turístico

1.4.3.10.8) Placas Indicativas de Sentido

1.4.3) Sinalização Horizontal

A finalidade da sinalização horizontal é transmitir e orientar sobre as condições


adequadas de utilização da via, compreendendo proibições, restrições e
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informações que lhes permitam adotar comportamento adequado para aumentar a
segurança e ordenar os fluxos de tráfego, canalizar e orientar os usuários da via.
(Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito - Vol. IV).

Características:

• Traçado Contínuo: Linhas sem interrupção pelo trecho da via. Podem estar
longitudinalmente ou transversalmente apostas à via.

• Tracejada ou Seccionada: Linhas interrompidas com espaçamentos de


extensão igual ou maior que o traço.

• Setas, Símbolos e Legendas: Informações escritas ou desenhadas no


pavimento que indicam uma situação ou complementam a sinalização vertical
existente.

• Cores:

o Amarela: Utilizada para regular fluxos de sentidos opostos, delimitar


espaços proibidos para estacionamento e/ou parada e demarcar
obstáculos.

o Branca: Utilizada para regular fluxos de mesmo sentido, delimitar


trechos destinados ao estacionamento regulamentado de veículos em
condições especiais, marcar faixas de travessias de pedestres e na
pintura de símbolos e legendas.

o Vermelha: Utilizada para demarcar ciclofaixas e/ou ciclovias e nos


símbolos de hospitais e farmácias (cruz).

o Azul: Utilizada nas pinturas de símbolos em áreas de estacionamento


ou de parada para embarque e desembarque de pessoas com
deficiência física.

o Preto: Utilizada para proporcionar contraste entre o pavimento e a


pintura.

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1.4.3.1) Marcas Longitudinais

As marcas longitudinais separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a


parte da pista destinada à circulação de veículos. São divididas em faixas de mesmo
sentido, de fluxos opostos, de uso exclusivo ou preferencial de espécie de veículo,
em faixas reversíveis, além de estabelecer regras de ultrapassagem e transposição.

1.4.3.1.1) Linhas de Divisão de Fluxos Opostos (Amarela)

Tipo de Linha Função Exemplo

Não permite ultrapassagem e


Simples Contínua
deslocamentos laterais

Simples Permite ultrapassagem e


Seccionada deslocamentos laterais

Não permite ultrapassagem e


Dupla Contínua
deslocamentos laterais

Contínua/ Permite a ultrapassagem para um


Seccionada único sentido

Dupla Seccionada Permite ultrapassagem

Exemplo de aplicação: Ultrapassagem permitida somente no sentido “B”.

1.4.3.1.2) Linhas de Divisão de Fluxos de Mesmo Sentido (Branca)

Tipo de Linha Função Exemplo

Não permite ultrapassagem e


Contínua
transposição de faixa de trânsito

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Tipo de Linha Função Exemplo

Permite ultrapassagem e transposição


Seccionada
de faixa de trânsito

Exemplo de aplicação: Proibida a mudança de faixa entre “A-B-C”. Ultrapassagem


permitida entre “D-E-F”.

1.4.3.1.3) Linhas de Borda (Branca)

Tipo de Linha Função Exemplo

Delimita, por meio de linha contínua, a


Contínua parte da pista destinada ao deslocamento
dos veículos

Exemplo de aplicação:

1.4.3.1.4) Linhas de Continuidade (Amarela ou Branca)

Tipo de Linha Função Exemplo

Dá continuidade visual às marcações


longitudinais
Contínua
Cor branca, quando dá continuidade a
linhas brancas

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Tipo de Linha Função Exemplo
Cor amarela, quando dá continuidade a
linhas amarelas

Exemplo de aplicação:

1.4.3.2) Marcas Transversais

As marcas transversais ordenam deslocamentos frontais dos veículos e os


harmonizam com os deslocamentos de outros veículos e dos pedestres, assim como
informam os condutores sobre a necessidade de reduzir a velocidade e indicam
travessia de pedestres e posições de parada.

TIPO DE MARCA ILUSTRAÇÃO APLICAÇÃO

Linhas de Retenção
(Branca)

Linhas de Estímulo à
Redução de Velocidade
(Branca)

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TIPO DE MARCA ILUSTRAÇÃO APLICAÇÃO

Linha de “Dê a
Preferência”

Separar Tipo Zebrada

Faixa de Travessia de
Pedestres (Branca)

1.4.3.3) Marcas de Cruzamentos

TIPO DE MARCA ILUSTRAÇÃO APLICAÇÃO

Marcação de
Cruzamentos
Rodocicloviários
(Branca)

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TIPO DE MARCA ILUSTRAÇÃO APLICAÇÃO

Marcação de Área
de Conflito
(Amarela)

Marcação de Área
de Cruzamento
com Faixa
Exclusiva (Amarela
ou Branca)

Marcação de
Cruzamento
Rodoferroviário
(Branca)

1.4.3.4) Marcas de Canalização de Fluxo

TIPO DE
ILUSTRAÇÃO APLICAÇÃO
MARCA

Marcas de
Canalização

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1.4.3.5) Marcas de Delimitação e Controle de Estacionamento e/ou Parada

TIPO DE MARCA ILUSTRAÇÃO APLICAÇÃO

Linhas de
Indicação de
Proibição de
Estacionamento
e/ou Parada
(Amarela)

Marca
Delimitadora de
Parada de
Veículos
Específicos
(Amarela)

Marca
Delimitadora de
Estacionamento
Regulamentado
(Branca)

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1.4.3.6) Inscrições no Pavimento

TIPO DE
ILUSTRAÇÃO APLICAÇÃO
MARCA

Setas Indicativas
de
Posicionamento
na Pista para a
Execução de
Movimentos
(Branca)

1.4.3.7) Símbolos

TIPO DE MARCA ILUSTRAÇÃO

Dê a Preferência

Cruz de Santo André

Serviços de Saúde

Bicicleta

Deficiente Físico

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1.4.3.8) Legendas

TIPO DE MARCA ILUSTRAÇÃO

Distância de Escola

1.4.4) Dispositivos de Sinalização Auxiliar

Dispositivos auxiliares são elementos aplicados ao pavimento da via, junto a ela ou


nos obstáculos próximos para tornar mais eficiente e segura a operação da via. São
compostos de formas, cores e materiais diversos, dotados ou não de refletividade.
Permitem melhor visualização dos sinais e destacam os obstáculos que podem estar
presentes em determinado local.

1.4.4.1) Delimitadores

Elementos utilizados para melhorar a percepção do condutor quanto aos limites do


espaço destinado ao rolamento e a sua separação em faixas de circulação.
Exemplos:

ELEMENTO ILUSTRAÇÃO

Balizadores

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ELEMENTO ILUSTRAÇÃO

Balizadores de Pontes, Viadutos,


Túneis, Barreiras e Defensas

Tachas

Tachões

Cilindros Delimitadores

1.4.4.2) Canalizadores

Elementos que substituem as guias quando não é possível construí-las


imediatamente. São colocadas lado a lado, em série e sobre a via pavimentada.
Também tentam impedir que veículos transponham determinado local ou faixa de
tráfego. Exemplos:

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ELEMENTO ILUSTRAÇÃO

Prismas

Segregadores

1.4.4.3) Sinalização de Alerta

Apesar de ser mais comumente utilizado em condições normais de operação, os


dispositivos de alerta e advertência também podem ser usados em situações de
obras e emergências, como:

Marcadores de Obstáculos - São dispositivos refletivos instalados no próprio


obstáculo destinados a alertar o condutor quanto à existência de barreira na via ou
adjacente a ela.

Marcadores de Perigo - São dispositivos refletivos destinados a alertar o condutor do


veículo quanto a uma situação potencial de perigo consequente de obstáculos
físicos. Em condições normais, são utilizados em barreiras, pilares de viadutos,
cabeceiras de pontes e agulhas.

Marcadores de Alinhamento - São utilizados em desvios que se constituem em


variantes temporárias normalmente não pavimentadas.

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ELEMENTO ILUSTRAÇÃO

Obstáculos com
Obstáculos com passagem
passagem só pela
por ambos os lados
direita
Marcação de Obstáculos

Obstáculos com Parte superior do obstáculo

passagem só pela
esquerda

Marcadores de Perigo

Marcadores de Alinhamento

1.4.4.4) Alterações nas Características do Pavimento

As alterações feitas no pavimento das pistas de rolamento têm objetivos específicos,


como: estimular a redução da velocidade; aumentar a aderência ou atrito do

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pavimento; alterar a percepção do usuário quanto a alterações de ambiente e uso da
via, induzindo-o a adotar comportamento cauteloso. Essas medidas visam aumentar
a segurança, criando facilidades para a circulação de pedestres e/ou ciclistas.

1.4.4.5) Proteção Contínua

Estes elementos colocados de forma permanente ao longo da pista de rolamento


têm o objetivo de evitar que veículos e/ou pedestres passem no local.

Exemplos:

ELEMENTO ILUSTRAÇÃO

Defensas Metálicas

Barreiras de Concreto

Gradis de Canalização e Retenção


(Maleável ou Rígido)

Dispositivos de Contenção e Bloqueio

Dispositivos Antiofuscamento

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1.4.4.4.2) Luminosos

Dispositivos que pretendem produzir melhor visualização da sinalização nas vias,


orientando o condutor e auxiliando quando ocorre mudança de mensagens ou
variação da sinalização. Exemplos:

ELEMENTO ILUSTRAÇÃO

Painel Eletrônico e
Painel com Setas
Luminosas

1.4.4.4.3) Uso Temporário

Elementos temporários utilizados em situações especiais, como obras, emergência


ou perigo. Exemplos:

ELEMENTO ILUSTRAÇÃO

Cones

Cilindro

Balizador Móvel

Tambores

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ELEMENTO ILUSTRAÇÃO

Fita Zebrada

Cavalete

Barreiras (Móveis ou Fixas)

Tapumes

Gradis (Fixos, Dobráveis, Modulados ou


Telas Plásticas)

Elementos Luminosos Complementares

Bandeiras

Faixas

1.4.5) Sinalização Semafórica

Sinalização viária que se compõe de indicações luminosas acionadas, alternada ou


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intermitente, cuja função é controlar os deslocamentos.

1.4.5.1) Sinalização Semafórica de Regulamentação

ELEMENTO ILUSTRAÇÃO

• Vermelha: indica obrigatoriedade de parar


• Amarela: indica “Atenção”, devendo o
condutor parar o veículo, salvo se isso
Para Controle de Fluxo
resultar em situação de perigo
de Veículos
• Verde: indica permissão de prosseguir na
marcha, podendo o condutor efetuar as
operações indicadas pelo sinal luminoso

Compostos de Duas
Luzes Dispostas em Para uso exclusivo em controles de acesso
sequência específico. Nesses casos, o comando
Preestabelecida na “Amarelo” é substituído pelas duas luzes
Vertical ou na acesas ao mesmo tempo.
Horizontal

1.4.5.2) Com Símbolos

O símbolo pode estar sozinho ou integrando um semáforo de três ou duas luzes.


Indicam: direção controlada; controle de faixa reversível e direção livre.

ELEMENTO ILUSTRAÇÃO

Direção Controlada (Amarelo com Seta é Opcional)

Direção Livre

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ELEMENTO ILUSTRAÇÃO

Controle ou Faixa Reversível

1.4.5.3) Para Controle de Fluxo de Pedestres

O símbolo pode estar sozinho ou integrando um semáforo de três ou duas luzes.


Indicam: direção controlada; controle de faixa reversível e direção livre.

ELEMENTO ILUSTRAÇÃO

Vermelha: indica que os pedestres não podem atravessar

Vermelha Intermitente: assinala que a fase durante a qual os


pedestres podem passar está quase terminando, indicando que não
poderão começar a cruzar a via. Os pedestres que tenham indicado
a travessia na fase verde devem se deslocar o mais breve possível
para o refúgio seguro mais próximo

Verde: assinala que os pedestres podem passar

1.4.5.4) Sinalização Semafórica de Advertência

Adverte da existência de obstáculo ou situação perigosa. Compõe-se de uma ou


duas luzes de cor amarela com funcionamento intermitente ou piscante alternado, no
caso de duas luzes.

ELEMENTO ILUSTRAÇÃO

No caso focal de regulamentação, admite-se o uso isolado


da indicação luminosa em amarelo intermitente em
determinados horários e situações específicas

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1.4.7) Gestos

1.4.7.1) Agentes de Trânsito

Os gestos dos Agentes de Trânsito correspondem a movimentos convencionais de


braço para orientar e indicar o direito de passagem dos veículos.

As ordens emanadas por gestos de Agentes de Trânsito prevalecem sobre as regras


de circulação e as normas definidas por outros sinais de trânsito.

GESTO SIGNIFICADO

Ordem de parada obrigatória para todos os veículos.


Quando executado em interseções, os veículos que já se
encontrem nela não são obrigados a parar

Ordem de parada para todos os veículos que venham de


direções que cortem ortogonalmente a direção indicada
pelos braços estendidos, qualquer que seja o sentido do
seu deslocamento

Ordem de parada para todos os veículos que venham de


direções que cortem ortogonalmente a direção indicada
pelo braço estendido, qualquer que seja o sentido do seu
deslocamento

Ordem de diminuição da velocidade

Ordem de parada para os veículos aos quais a luz é


dirigida

Ordem de seguir

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1.4.7.2) Condutores

Os gestos do condutor dos veículos são realizados com o braço esquerdo para
sinalizar suas intenções de mudança de direção, redução brusca de velocidade ou
parada.

GESTO SIGNIFICADO

Dobrar à esquerda

Dobrar à direita

Diminuir a marcha ou parar

1.4.8) Sinais Sonoros

Somente devem ser utilizados em conjunto com os gestos dos Agentes de Trânsito.

SINAIS DE APITO SIGNIFICADO EMPREGO


Libera o trânsito em direção/sentido
Um silvo breve Siga
indicado pelo Agente de Trânsito
Dois silvos breves Pare Indica parada obrigatória
Sinal de advertência. O condutor deve
Três silvos breves Acenda a lanterna
obedecer à intimação
Quando for necessário, fazer diminuir a
Um silvo longo Diminua a marcha
marcha dos veículos
Trânsito impedido Aproximação do Corpo de Bombeiros,
Um silvo longo e um
em todas as Ambulância, Veículos de Polícia ou de
breve
direções Tropa, ou de Representação Oficial

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SINAIS DE APITO SIGNIFICADO EMPREGO
Nos estacionamentos à porta de teatros,
Três silvos longos Motoristas a postos
campos desportivos etc.

1.4.9) Outras Formas de Sinalização

Além da sinalização por meio de apitos realizada pelos Agentes de Trânsito nas vias
públicas, podemos encontrar sinais sonoros em equipamentos eletrônicos.

Um exemplo é a sinalização sincronizada com o semáforo geralmente instalada em


locais próximos a hospitais, institutos de cegos, clínicas e lugares específicos de
movimentação de deficientes visuais para auxiliar a travessia dessas pessoas.
Também o alarme sonoro instalado nos cruzamentos de vias férreas que alertam
motoristas e pedestres sobre a passagem de trens no local.

1.5) Sansões e Defesa

Infração de trânsito é o descumprimento ou desobediência dos preceitos do Código


de Trânsito, legislação complementar e resoluções do CONTRAN (Conselho
Nacional de Trânsito).

Uma parte das infrações de trânsito consiste na desobediência às normas de


circulação e conduta. E a outra está
relacionada à circulação do veículo,
seu estado de conservação,
documentação e segurança
proporcionada.

Para que ocorra uma infração de


trânsito, esta deverá estar tipificada,
isto é, deverá estar descrita em um
dispositivo legal, caso contrário, o Agente de Trânsito não poderá efetuar a
autuação.

Obediência também deverá ter o Agente de Trânsito quanto à aplicação das


medidas administrativas, devendo estas estar especificadas no artigo descrito da
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infração.

Cometida a infração de trânsito, o proprietário/condutor estará sujeito às


penalidades, medidas administrativas e processos criminais constantes na
legislação.

1.5.1) Penalidades

As penalidades previstas na legislação são as seguintes:

PENALIDADES
Advertência por escrito

Apreensão do veículo

Cassação da Carteira Nacional de Habilitação

Suspensão ou proibição do direito de se obter a PPD ou a CNH

Cassação da Permissão para Dirigir

Frequência obrigatória em curso de reciclagem

Multa

Suspensão do direito de dirigir

A multa é uma punição que vai variar de acordo com a natureza da infração. Ela é
representada por valores em dinheiro e um determinado número de pontos que será
lançado no prontuário do condutor.

VALOR DA MULTA
NATUREZA DA INFRAÇÃO PONTOS
(em R$)
LEVE 3 88,38

MÉDIA 4 130,16

GRAVE 5 195,23

GRAVÍSSIMA 7 293,47

A suspensão do direito de dirigir será imposta aos condutores, nos seguintes casos:

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a) sempre que a pontuação registrada no prontuário do condutor atingir, no período
de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de pontos:

a.1) 20 (vinte) pontos, caso possua 2 (duas) ou mais infrações gravíssimas em seu
prontuário;

a.2) 30 (trinta) pontos, caso possua 1 (uma) infração gravíssima;

a.3) 40 (quarenta) pontos, caso não possua nenhuma infração gravíssima em seu
prontuário.

b) sempre que a infração cometida prever, explicitamente, a aplicação da penalidade


de suspensão do direito de dirigir.

Quando o condutor exercer atividade remunerada e possuir CNH nas categorias C,


D ou E, apenas ocorrerá a suspensão da CNH, quando a pontuação do mesmo
atingir 40 pontos, independentemente da natureza das infrações cometidas. Quando
esse condutor possuir entre 30 e 39 pontos ou mais, poderá participar de Curso
Preventivo de Reciclagem, como forma de eliminar a pontuação existente

O condutor que não cometer infração de trânsito sujeita à pontuação, nos últimos 12
(doze) meses, terá seu registro incluído no Registro Nacional Positivo de Condutores
(RNPC), administrado pelo órgão máximo executivo de trânsito da União. A União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão utilizar o RNPC para
conceder benefícios fiscais ou tarifários aos condutores cadastrados, na forma da
legislação específica de cada ente da Federação.

O fator agravante multiplica o valor da multa gravíssima em dois, três, cinco e dez ou
mais vezes. Veja alguns exemplos:

MULTIPLICADOR INFRAÇÃO
Dirigir com CNH ou PPD de categoria diferente da do veículo
2
que esteja conduzindo

Dirigir sem possuir CNH, PPD ou ACC


3
Transitar sobre calçadas, ciclovias ou passarelas

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MULTIPLICADOR INFRAÇÃO
Transitar em velocidade superior à máxima em mais de 50%

Deixar de prestar socorro ou providenciá-lo


5
Deixar de sinalizar obstáculos que comprometem a segurança

Dirigir sob influência de álcool ou substância psicoativa

Promover ou participar, na via pública, de competição sem


10
autorização

Disputar corrida

60 na primeira vez
Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper,
e 120 em caso de
restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização do
reincidência em 12
órgão de trânsito
meses

A receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito será aplicada,


exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento,
fiscalização e educação de trânsito.

O percentual de cinco por cento do valor das multas de trânsito arrecadadas será
depositado, mensalmente, na conta do FUNSET (Fundo de Segurança e Educação
no Trânsito) de âmbito nacional.

O órgão responsável deverá publicar, anualmente, na internet, dados sobre a receita


arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e sua destinação.

1.5.2) Medidas Administrativas

Medidas administrativas são ações tomadas pelo Agente de Trânsito, previstas na


legislação, para evitar a continuidade de uma situação irregular. Elas estão sempre
associadas ao cometimento de uma infração e podem ser:

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MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
Retenção do veículo

Remoção do veículo

Recolhimento da habilitação (CNH, PPD, ACC)

Recolhimento da documentação do veículo (CRV, CRLV)

Recolhimento de animais

Transbordo de excesso de carga

Realização de teste de dosagem de alcoolemia

1.5.3) Crimes

Os crimes de trânsito são aqueles


praticados na condução do veículo
automotor e podem ser culposos ou
dolosos. Quando alguém quer
cometer um delito ou assume o risco
de cometê-lo, ele agirá dolosamente.
Mas se ele cometeu o crime apenas
por negligência, imprudência ou
imperícia, ele agirá culposamente.

PENA
TIPO DE CRIME
MÍNIMA MÁXIMA
Homicídio culposo (sem intenção) na direção de veículo DETENÇÃO
automotor. 2 anos 4 anos
Homicídio culposo (sem intenção) na direção de veículo RECLUSÃO
automotor estando o condutor do veículo sob a influência de
álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que 5 anos 8 anos
determine dependência.
Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora DETENÇÃO
alterada em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência 6 meses 3 anos

Lesão corporal culposa (sem intenção) na direção de veículo DETENÇÃO


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PENA
TIPO DE CRIME
MÍNIMA MÁXIMA
automotor. 6 meses 2 anos
Lesão corporal culposa (sem intenção) se o agente conduz o RECLUSÃO
veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que
determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal 2 anos 5 anos
de natureza grave ou gravíssima.
Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de DETENÇÃO
corrida, disputa ou competição automobilística ou ainda de
exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo
automotor, não autorizada pela autoridade competente,
gerando situação de risco à segurança pública ou privada.
* Se da prática desse crime resultar lesão corporal de
natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem que o
agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi- 6 meses 3 anos
lo, pena de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.
**Se da prática do crime resultar morte, e as circunstâncias
demonstrarem que o agente não quis o resultado nem
assumiu o risco de produzi-lo, pena reclusão de 5 (cinco) a 10
(dez) anos.
Deixar de prestar ou providenciar socorro.
Evadir-se do local do acidente.
DETENÇÃO
Dirigir com habilitação suspensa ou cassada.
Dirigir sem possuir habilitação.
Entregar a direção a pessoa inabilitada ou incapacitada.
Imprimir velocidade incompatível próximo a escolas, hospitais,
etc. 6 meses 1 ano
Modificar o local do acidente com o propósito de confundir o
trabalho da perícia.

1.5.4) Infrações

As infrações de trânsito estão classificadas, como gravíssima, grave, média e leve.

1.5.4.1) As infrações gravíssimas são as seguintes:

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Infrações Penalidades

Penalidade: multa (3 vezes)


Dirigir veículo ou entregar a direção a pessoa sem Medida Administrativa:
possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão Retenção do veículo até a
para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor. apresentação de condutor
habilitado

Penalidade: multa (3 vezes)


Dirigir veículo ou entregar a direção a pessoa com
Medida Administrativa:
Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para
Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor Retenção do veículo até a
cassada ou com suspensão do direito de dirigir. apresentação de condutor
habilitado

Penalidade: multa (2 vezes)


Dirigir veículo ou entregar a direção a pessoa com
Medida Administrativa:
Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para
Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja Retenção do veículo até a
conduzindo. apresentação de condutor
habilitado.

Penalidade: multa
Medida Administrativa:
Dirigir veículo ou entregar a direção a pessoa com
validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida Recolhimento da CNH e
há mais de 30 dias. retenção do veículo até a
apresentação de condutor
habilitado.

Dirigir veículo ou entregar a direção a pessoa sem Penalidade: multa


usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de Medida Administrativa:
audição, de prótese física ou as adaptações do Retenção do veículo até a
veículo impostas por ocasião da concessão ou da apresentação de condutor
renovação da licença para conduzir. habilitado

Penalidade: multa (3 vezes)


Permitir que pessoa nas condições referidas acima Medida Administrativa:
tome posse do veículo automotor e passe a conduzi- Retenção do veículo até a
lo na via. apresentação de condutor
habilitado

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Infrações Penalidades

Penalidades: multa (10 vezes)


e suspensão do direito de
Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra dirigir por 12 meses
substância psicoativa que determine dependência.
Medidas Administrativas:
Aplica-se em dobro a multa prevista em caso de
reincidência no período de até 12 meses. Recolhimento do documento
de habilitação e retenção do
veículo

Penalidades: multa (10 vezes)


Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, e suspensão do direito de
perícia ou outro procedimento que permita certificar dirigir por 12 meses
influência de álcool ou outra substância psicoativa. Medidas Administrativas:
Aplica-se em dobro a multa prevista em caso de Recolhimento do documento
reincidência no período de até 12 meses. de habilitação e retenção do
veículo

Conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação


nas categorias C, D ou E sem realizar o exame Penalidade: multa (5 vezes);
toxicológico previsto no § 2º do art. 148-A deste Suspensão do direito de dirigir
Código, após 30 (trinta) dias do vencimento do prazo por 3 (três) meses,
estabelecido: condicionado o levantamento
Exercer atividade remunerada ao veículo sem da suspensão à inclusão no
comprovação da realização de exame toxicológico Renach de resultado negativo
por ocasião da renovação do documento de em novo exame.
habilitação nas categorias C, D ou E.”

Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa


que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou
Penalidade: multa
psíquico não estiver em condições de dirigi-lo com
segurança.

Penalidade: multa
Transportar crianças em veículo automotor sem
Medida Administrativa:
observância das normas de segurança especiais
estabelecidas neste Código. Retenção do veículo até que a
irregularidade seja sanada

Dirigir segurando ou manuseando telefone celular. Penalidade: multa

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Infrações Penalidades

Penalidades:multa e
suspensão do direito de dirigir
Dirigir ameaçando pedestres que estejam Medidas Administrativas:
atravessando a via pública ou os demais veículos Retenção do veículo e
recolhimento do documento de
habilitação

Penalidades: multa (10 vezes),


suspensão do direito de dirigir
Disputar corrida. Aplica-se em dobro a multa prevista e apreensão do veículo
em caso de reincidência no período de 12 meses da Medidas Administrativas:
infração anterior. Recolhimento do documento
de habilitação e remoção do
veículo

Promover, na via, competição, eventos organizados,


exibição e demonstração de perícia em manobra de Penalidades: multa (10 vezes),
veículo ou deles participar como condutor sem suspensão do direito de dirigir
permissão da autoridade de trânsito com e apreensão do veículo
circunscrição sobre a via. As penalidades são Medidas Administrativas:
aplicáveis aos promotores e aos condutores Recolhimento do documento
participantes. Aplica-se em dobro a multa prevista no de habilitação e remoção do
caput em caso de reincidência no período de 12 veículo
meses da infração anterior.

Penalidades: multa (10 vezes),


Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir suspensão do direito de dirigir
manobra perigosa, mediante arrancada brusca, e apreensão do veículo
derrapagem ou frenagem com deslizamento ou
Medidas Administrativas:
arrastamento de pneus. Aplica-se em dobro a multa
prevista no caput em caso de reincidência no período Recolhimento do documento
de 12 meses da infração anterior. de habilitação e remoção do
veículo

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Infrações Penalidades

Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima:


• de prestar ou providenciar socorro à vítima,
podendo fazê-lo;
• de adotar providências, podendo fazê-lo, no
sentido de evitar perigo para o trânsito no
Penalidades: multa (5 vezes) e
local;
suspensão do direito de dirigir
• de preservar o local para facilitar os trabalhos
Medida Administrativa:
da polícia e da perícia;
Recolhimento do documento
• de adotar providências para remover o veículo
de habilitação
do local quando determinadas por policial ou
Agente de Trânsito;
• de identificar-se ao policial e de lhe prestar
informações necessárias à confecção do
boletim de ocorrência.

Estacionar o veículo:
• na pista de rolamento das estradas, das
rodovias, das vias de trânsito rápido e das
vias dotadas de acostamento;
Penalidade: multa
• nas vagas reservadas às pessoas com
Medida Administrativa:
deficiência ou idosos sem credencial que
Remoção do veículo
comprove tal condição.
Nesses casos, a autoridade de trânsito aplicará a
penalidade, preferencialmente, após a remoção do
veículo.

Transitar com o veículo na faixa ou via Penalidades: multa e


regulamentada como de circulação exclusiva de apreensão do veículo
transporte público coletivo de passageiros, salvo Medida Administrativa:
casos de força maior e com autorização do poder Remoção do veículo
público competente.

Transitar pela contramão de direção em vias com


sinalização de regulamentação de sentido único de Penalidade:multa
circulação.

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Infrações Penalidades

Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de


batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de
polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às
ambulâncias quando em serviço de urgência e Penalidade: multa
devidamente identificados por dispositivos
regulamentados de alarme sonoro e iluminação
vermelha intermitente.

Forçar passagem entre veículos que, transitando em


sentidos opostos, estejam na iminência de passar
Penalidades: multa (10 vezes)
um pelo outro ao realizar operação de
e suspensão do direito de
ultrapassagem. Aplica-se em dobro a multa prevista
dirigir
no caput em caso de reincidência no período de até
12 meses da infração anterior.

Transitar com o veículo em calçadas, passeios,


passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios,
ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de Penalidade: multa (3 vezes)
pista de rolamento, acostamentos, marcas de
canalização, gramados e jardins públicos.

Ultrapassar pela direita veículo de transporte coletivo


ou de escolares parado para embarque ou
Penalidade: multa
desembarque de passageiros, salvo quando houver
refúgio de segurança para o pedestre.

Ultrapassar outro veículo:


• pelo acostamento; Penalidade: multa (5 vezes)
• nas interseções e passagens de nível.

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Infrações Penalidades

Ultrapassar pela contramão outro veículo:


• nas curvas, aclives e declives sem visibilidade
suficiente;
• na faixa de pedestres;
• nas pontes, viadutos ou túneis;
• parado em fila junto a sinais luminosos,
porteiras, cancelas, cruzamentos ou outros Penalidade:multa (5 vezes)
impedimentos à livre circulação;
• onde houver marcação viária longitudinal de
divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla
contínua ou simples contínua amarela.
Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em
caso de reincidência no período de até 12 meses da
infração anterior.

Executar operação de retorno:


• em locais proibidos pela sinalização;
• nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos
e túneis;
• passando por cima de calçadas, passeios,
ilhas, ajardinamentos ou canteiros centrais e Penalidade: multa
divisores de pista de rolamento, refúgios e
faixas de pedestres e de veículos não
motorizados;
• nas interseções, entrando na contramão de
direção da via transversal;
• com prejuízo da livre circulação ou da
segurança, ainda que em locais permitidos.

Avançar sinal vermelho do semáforo ou de parada


obrigatória, exceto onde houver sinalização que
Penalidade: multa
permita a livre conversão à direita prevista no art. 44-
A do CTB

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Infrações Penalidades

Penalidades: multa, apreensão


do veículo e suspensão do
direito de dirigir
Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial Medidas Administrativas:
Remoção do veículo e
recolhimento do documento de
habilitação

Deixar de parar o veículo antes de transpor linha


Penalidade: multa
férrea

Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva


marcha for interceptada por agrupamento de
Penalidade: multa
pessoas, como préstitos, passeatas, desfiles e
outros.

Deixar de dar preferência de passagem a pedestres


e a veículos não motorizados:
• que se encontre na faixa a ele destinada;
• que não tenha concluído a travessia mesmo Penalidade: multa
que ocorra sinal verde para o veículo;
• pessoas com deficiência física, crianças,
idosos e gestantes.

Transitar em velocidade superior à máxima permitida


para o local, medida por instrumento ou equipamento
Penalidades: multa (3 vezes),
hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias
suspensão do direito de dirigir
arteriais e demais vias quando a velocidade for
superior à máxima em mais de 50%.

Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma


compatível com a segurança do trânsito:
• quando se aproximar de passeatas,
aglomerações, cortejos, préstitos e desfiles;
• nas proximidades de escolas, hospitais, Penalidade: multa
estações de embarque e desembarque de
passageiros ou onde haja intensa
movimentação de pedestres.
• ao ultrapassar ciclista:

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Infrações Penalidades

Conduzir o veículo:
• com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a
placa ou qualquer outro elemento de
identificação do veículo violado ou falsificado;
• transportando passageiros em compartimento
de carga, salvo por motivo de força maior,
Penalidades: multa e
com permissão da autoridade competente e
apreensão do veículo
na forma estabelecida pelo CONTRAN;
Medida Administrativa:
• com dispositivo antirradar;
Remoção do veículo
• sem qualquer uma das placas de
identificação;
• que não esteja registrado e devidamente
licenciado;
• com qualquer uma das placas de identificação
sem condições de legibilidade e visibilidade.

Transitar com o veículo:


• danificando a via, suas instalações e
equipamentos.
Penalidade: multa
• derramando, lançando ou arrastando sobre a
Medida Administrativa:
via:
Retenção do veículo para
A) carga que esteja transportando;
regularização
B) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
C) qualquer objeto que possa acarretar risco de
acidente.

Penalidades: multa e
Falsificar ou adulterar documento de habilitação e de apreensão do veículo
identificação do veículo Medida Administrativa:
Remoção do veículo

Recusar-se a entregar à Autoridade de Trânsito e Penalidades: multa e


seus agentes, mediante recibo, os documentos de apreensão do veículo
habilitação, de registro, de licenciamento de veículo
Medida Administrativa:
e outros exigidos por lei para averiguação de sua
autenticidade. Remoção do veículo

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Infrações Penalidades

Penalidades: multa e
Retirar do local veículo legalmente retido para apreensão do veículo
regularização sem permissão da Autoridade de
Medida Administrativa:
Trânsito e seus agentes.
Remoção do veículo

Fazer falsa declaração de domicílio para fins de


Penalidade: multa
registro, licenciamento ou habilitação.

Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:


• sem usar capacete de segurança ou vestuário de
acordo com as normas e especificações
aprovadas pelo CONTRAN;
Penalidades: multa e
• transportando passageiro sem capacete de suspensão do direito de dirigir
segurança, na forma estabelecida no inciso
Medida Administrativa:
anterior, ou fora do assento suplementar colocado
atrás do condutor ou em carro lateral; Retenção do veículo até
regularização e recolhimento
• fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas
do documento de habilitação
em uma roda;
• transportando criança menor de 10 anos ou que
não tenha, nas circunstâncias, condições de
cuidar de sua própria segurança.

Conduzir ciclos:
• com passageiro fora da garupa ou do assento Penalidades: multa e
especial a ele destinado; suspensão do direito de dirigir
• fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas Medida Administrativa:
em uma roda; Retenção do veículo até
• transportando criança menor de 10 anos ou que regularização e recolhimento
não tenha, nas circunstâncias, condições de do documento de habilitação
cuidar de sua própria segurança.

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Infrações Penalidades

Deixar de sinalizar qualquer obstáculo, tanto no leito


da via terrestre como na calçada, à livre circulação, à
segurança de veículos e pedestres ou impedir a via
Penalidade: multa agravada
indevidamente. A penalidade será aplicada à pessoa
em até cinco vezes, a critério
física ou jurídica responsável pela obstrução,
da autoridade de trânsito,
devendo a autoridade com circunscrição sobre a via
conforme risco à segurança
providenciar a sinalização de emergência, às
expensas do responsável, ou, se possível, promover
a desobstrução.

Bloquear a via com veículo ou usar qualquer veículo


para, deliberadamente, interromper, restringir ou
perturbar a circulação na via sem autorização do
órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
sobre ela.
Penalidades: multa (20 vezes)
Aplica-se multa agravada em 60 vezes aos
e suspensão do direito de
organizadores da conduta.
dirigir por 12 meses
Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência
Medida Administrativa:
no período de 12 meses.
Remoção do veículo
As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou
jurídicas que incorram na infração, devendo a
autoridade com circunscrição sobre a via
restabelecer de imediato, se possível, as condições
de normalidade para a circulação na via.

1.5.4.2) As infrações graves são as seguintes:

Infrações Penalidades
Penalidade: multa
Medidas Administrativas:
Deixar o condutor ou o passageiro de usar o cinto
de segurança. Retenção do veículo até a
colocação do cinto pelo
infrator
Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de
acidente de trânsito quando solicitado pela Penalidade: multa
Autoridade de Trânsito e seus agentes.

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Infrações Penalidades
Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na
via pública, salvo nos casos de impedimento Penalidade: multa
absoluto de sua remoção e em que o veículo esteja Medida Administrativa:
devidamente sinalizado na pista de rolamento de Remoção do veículo
rodovias e vias de trânsito rápido.
Estacionar o veículo:
• afastado do meio-fio a mais de 1 m;
• no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre,
ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas,
refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais,
divisores de pista de rolamento, marcas de
canalização, gramados ou jardim público;
• ao lado de outro veículo em fila dupla;
• na área de cruzamento de vias, prejudicando a
circulação de veículos e pedestres;
• nos viadutos, pontes e túneis;
• em aclive ou declive, não estando devidamente Penalidade: multa
freado e sem calço de segurança, quando se
Medida Administrativa:
tratar de veículo com peso bruto total superior a
Remoção do veículo
3.500 kg;
• em desacordo com as condições
regulamentadas, especificamente, pela
sinalização (Estacionamento Regulamentado);
• em locais e horários de estacionamento e parada
proibidos pela sinalização (Proibido Parar e
Estacionar).
• Nesses casos, a Autoridade de Trânsito aplicará
a penalidade, preferencialmente, após a remoção
do veículo.
• No que diz respeito ao inciso XVI, é proibido
abandonar o calço de segurança na via.
Parar o veículo:
• na pista de rolamento das estradas, rodovias, vias
de trânsito rápido e demais vias dotadas de Penalidade: multa
acostamento;
• sobre ciclovia ou ciclofaixa.

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Infrações Penalidades
Transitar com o veículo na faixa ou pista da
esquerda regulamentada como de circulação Penalidade: multa
exclusiva para determinado tipo de veículo.
Transitar pela contramão de direção em vias com
duplo sentido de circulação, exceto para ultrapassar
outro veículo e apenas pelo tempo necessário, Penalidade: multa
respeitada a preferência do veículo que transitar em
sentido contrário.
Seguir veículo em serviço de urgência, estando esse
com prioridade de passagem devidamente
Penalidade: multa
identificada por dispositivos regulamentares de
alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente.
Deixar de guardar distância de segurança lateral e
frontal entre seu veículo e os demais, bem como em
relação ao bordo da pista, considerando, no Penalidade: multa
momento, velocidade, condições climáticas do local
da circulação e do veículo.
Transitar em marcha à ré, salvo na distância
necessária a pequenas manobras e de forma a não Penalidade: multa
causar riscos à segurança.
Desobedecer às ordens emanadas pela Autoridade
Penalidade: multa
de Trânsito e seus agentes.
Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto
regulamentar de braço ou luz indicadora de direção
do veículo, o início da marcha, a realização da Penalidade: multa
manobra de parar o veículo, a mudança de direção
ou de faixa de circulação.
Deixar de parar o veículo no acostamento à direita
para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou
Penalidade: multa
entrar à esquerda quando não houver local
apropriado para operação de retorno.
Executar operação de conversão à direita ou à
Penalidade: multa
esquerda em locais proibidos pela sinalização.

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Infrações Penalidades
Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou
sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de
adentrar áreas destinadas à pesagem de veículos Penalidade: multa
ou evadir-se para não efetuar o pagamento do
pedágio.
Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de
sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou
Penalidade: multa
qualquer outro obstáculo, com exceção dos veículos
não motorizados.
Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva
marcha for interceptada por agrupamento de
Penalidade: multa
veículos, como cortejos, formações militares e
outros.
Deixar de dar preferência de passagem a pedestres
e a veículos não motorizados:
quando tiver iniciado a travessia mesmo sem
Penalidade: multa
sinalização a ele destinada;
que esteja atravessando a via transversalmente
para onde se dirige o veículo.
Deixar de dar preferência de passagem:
nas interseções não sinalizadas
A) a veículo que estiver circulando por rodovia ou
rotatória; Penalidade: multa
B) a veículo que vier da direita
nas interseções com sinalização de regulamentação
de Dê a Preferência.
Transitar em velocidade superior à máxima
permitida para o local, medida por instrumento ou
equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito
Penalidade: multa
rápido, vias arteriais e demais vias quando a
velocidade for superior à máxima em mais de 20%
até 50%.

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Infrações Penalidades
Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma
compatível com a segurança do trânsito:
• nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado
por sinais sonoros ou gestos;
• ao aproximar-se do meio-fio ou acostamento;
• ao aproximar-se de ou passar por interseção não
sinalizada;
• nas vias rurais com faixa de domínio não cercada;
• nos trechos em curva de pequeno raio; Penalidade: multa
• ao aproximar-se de locais sinalizados com
advertência de obras ou trabalhadores na pista;
• sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes;
• quando houver má visibilidade;
• quando o pavimento se apresentar escorregadio,
defeituoso ou avariado;
• quando aproximar-se de animais na pista;
• em declives;
Penalidade: multa
Transitar com farol desregulado ou com facho de luz Medida Administrativa:
alta, perturbando a visão de outro condutor. Retenção do veículo para
regularização
Deixar de sinalizar a via para prevenir os demais
condutores e, à noite, não manter acesas as luzes
externas ou omitir-se quanto a providências
necessárias para tornar visível o local quando:
Penalidade: multa
tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou
permanecer no acostamento;
a carga for derramada sobre a via e não puder ser
retirada imediatamente.
Usar no veículo equipamento com som em volume
ou frequência que não sejam autorizados pelo Penalidade: multa
CONTRAN.

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Infrações Penalidades
Conduzir o veículo:
• com cor ou característica alterada;
• sem ter sido submetido à inspeção de segurança
veicular quando obrigatória;
• sem equipamento obrigatório ou ineficiente e
inoperante;
• com equipamento obrigatório em desacordo com
o estabelecido pelo CONTRAN;
• com descarga livre ou silenciador de motor de
explosão defeituoso, deficiente ou inoperante;
• com equipamento ou acessório proibido;
• com sistema de iluminação e de sinalizações
alteradas;
• com registrador instantâneo inalterável de
velocidade e tempo viciado ou defeituoso se
houver exigência desse aparelho; Penalidade: multa
• com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de Medida Administrativa:
caráter publicitário afixado ou pintado no para- Retenção do veículo para
brisa e em toda a extensão da parte traseira do regularização
veículo, excetuadas as hipóteses previstas neste
Código;
• com vidros total ou parcialmente cobertos por
películas refletivas ou não, painéis decorativos ou
pinturas;
• com cortinas ou persianas fechadas não
autorizadas pela legislação;
• em mau estado de conservação, comprometendo
a segurança, ou reprovado na avaliação de
inspeção de segurança e de emissão de
poluentes e ruído (Art.104);
• sem acionar o limpador de para-brisa sob chuva.
Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação
do veículo fica condicionada ao pagamento ou ao
depósito, judicial ou administrativo, da multa.

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Infrações Penalidades
Conduzir veículo sem portar autorização para
condução de escolares.
Penalidades: multa e
Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação
apreensão do veículo
do veículo fica condicionada ao pagamento ou ao
depósito, judicial ou administrativo, da multa.
Transitar com o veículo:
produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis Penalidade: multa
superiores aos fixados pelo CONTRAN; Medida Administrativa:
com dimensões ou cargas superiores aos limites Retenção do veículo para
estabelecidos legalmente ou pela sinalização sem regularização
autorização;

Transitar com o veículo em desacordo com a Penalidades: multa e


autorização especial expedida pela autoridade apreensão do veículo
competente para transitar com dimensões Medida Administrativa:
excedentes ou quando estiver vencida. Remoção do veículo
Penalidade: multa
Conduzir pessoas, animais ou cargas nas partes
Medida Administrativa:
externas do veículo, salvo nos casos devidamente
autorizados. Retenção do veículo para
transbordo

Transitar com o veículo em desacordo com as Penalidade: multa


especificações e com falta de inscrição e simbologia Medida Administrativa:
para sua identificação quando exigidas pela Retenção do veículo para
legislação. regularização
Penalidade: multa
Deixar o responsável de promover a baixa do Medida Administrativa:
registro de veículo irrecuperável ou definitivamente Recolhimento dos
desmontado. Certificados de Registro e de
Licenciamento

Deixar a empresa seguradora de comunicar ao Penalidade: multa


órgão executivo de trânsito competente a ocorrência Medida Administrativa:
de perda total do veículo e de lhe devolver as Recolhimento das placas e
respectivas placas e documentos. dos documentos

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Infrações Penalidades
Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
• rebocando outro veículo (não se aplica às
motocicletas e motonetas que tracionem
semirreboques, especialmente, projetados para
esse fim e devidamente homologados pelo órgão
competente);
Penalidade: multa
• sem segurar o guidom com ambas as mãos,
Medida Administrativa:
salvo, eventualmente, para indicação de
Apreensão do veículo para
manobras;
regularização
• transportando carga incompatível com suas
especificações ou em desacordo com o CTB;
• efetuando transporte remunerado de mercadorias
em desacordo com o previsto no CTB ou com as
normas que regem a atividade profissional dos
mototaxistas.
Conduzir Ciclos:
Penalidade: multa
sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo,
Medida Administrativa:
eventualmente, para indicação de manobras;
Apreensão do veículo para
transportando carga incompatível com suas
regularização
especificações ou em desacordo com o CTB.
Utilizar a via para depósito de mercadorias,
materiais ou equipamentos sem autorização do Penalidade: multa
órgão ou entidade de trânsito com circunscrição Medida Administrativa:
sobre a via. A penalidade e a medida administrativa Remoção da mercadoria ou
incidirão sobre a pessoa física ou jurídica do material
responsável.
Penalidade: multa
Transportar carga excedente em veículo destinado
Medida Administrativa:
ao transporte de passageiros.
Retenção para o transbordo

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1.5.4.3) As infrações médias são as seguintes:

Infrações Penalidades

Usar o veículo para arremessar sobre pedestres ou


Penalidade: multa
veículos água ou detritos.

Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou


Penalidade: multa
substâncias.

Deixar o condutor, envolvido em acidente sem vítima,


de adotar providências, quando necessário, para
Penalidade: multa
remover o veículo do local, assegurando a segurança
e a fluidez do trânsito.

Penalidade: multa
Ter seu veículo imobilizado na via por falta de
Medida Administrativa:
combustível.
Remoção do veículo

Penalidade: multa
Deixar de efetuar o registro do veículo no prazo de
Medida Administrativa:
30 dias com o órgão executivo de trânsito.
Remoção do veículo.

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Infrações Penalidades

Estacionar o veículo:
• nas esquinas e a menos de 5 m do bordo do
alinhamento da via transversal;
• em desacordo com as posições estabelecidas
no CTB;
• junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro
de água ou tampas de poços de visita de
galerias subterrâneas, desde que
devidamente identificados, conforme
especificação do CONTRAN;
• onde houver guia de calçada (meio-fio) Penalidade: multa
rebaixada destinada à entrada ou saída de Medida Administrativa:
veículos; Remoção do veículo
• impedindo a movimentação de outro veículo;
• onde houver sinalização horizontal
delimitadora de ponto de embarque ou
desembarque de passageiros de transporte
coletivo ou, na inexistência dessa sinalização,
no intervalo compreendido entre 10 m antes e
depois do marco do ponto;
• em locais e horários proibidos,
especificamente, pela sinalização da placa
Proibido Estacionar.

Estacionar o veículo na contramão de direção. Penalidade: multa

Parar o veículo:
• nas esquinas e a menos de 5 m do bordo do
alinhamento da via transversal;
• afastado do meio-fio a mais de 1 m;
• na área de cruzamento de vias, prejudicando
Penalidade: multa
a circulação de veículos e pedestres;
• nos viadutos, pontes e túneis;
• na contramão de direção;
• em local e horário proibidos, especificamente,
pela sinalização da placa Proibido Parar.

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Infrações Penalidades

Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na


Penalidade: multa
mudança de sinal luminoso.

Quando o veículo estiver em movimento, deixar de


conservá-lo:
• na faixa a ele destinada pela sinalização de
regulamentação, exceto em situações de Penalidade: multa
emergência;
• na faixa da direita, veículos lentos e de maior
porte.

Transitar em locais e horários não permitidos pela


regulamentação estabelecida pela autoridade Penalidade: multa
competente.

Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo ou


Penalidade: multa
perturbando o trânsito.

Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo


para a faixa mais à esquerda ou mais à direita,
Penalidade: multa
dentro da respectiva mão de direção, quando for
manobrar para um desses lados.

Deixar de dar passagem pela esquerda quando


Penalidade: multa
solicitado.

Deixar de guardar distância lateral de 1,50 m ao


Penalidade: multa
passar ou ultrapassar bicicleta.

Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar


adequadamente posicionado para ingresso na via e
Penalidade: multa
sem precauções com a segurança de pedestres e de
outros veículos.

Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem


dar preferência de passagem a pedestres e a outros Penalidade: multa
veículos.

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Infrações Penalidades

Transitar em velocidade superior à máxima permitida


para o local, medida por instrumento ou equipamento
Penalidade: multa
hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias
arteriais e demais vias quando a velocidade for
superior à máxima em até 20%.

Transitar em velocidade inferior à metade da


velocidade máxima estabelecida para a via,
retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as Penalidade: multa
condições de tráfego e meteorológicas não o
permitam, salvo se estiver na faixa da direita.

Portar no veículo placas de identificação em


desacordo com especificações e modelos Penalidade: multa
estabelecidos pelo CONTRAN. Medidas Administrativas:
Incide na mesma penalidade aquele que Retenção do veículo para
confecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio regularização e apreensão das
ou de terceiros, placas de identificação não placas irregulares
autorizadas pela regulamentação.

Deixar de manter ligado nas situações de


atendimento de emergência, ainda que parados, o
sistema de iluminação vermelha intermitente dos
Penalidade: multa
veículos de polícia, de socorro de incêndio e
salvamento, de fiscalização de trânsito e das
ambulâncias.

Deixar de retirar todo e qualquer objeto que tenha


Penalidade: multa
sido utilizado para sinalização temporária da via.

Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme Penalidades: multa e


ou que produza sons e ruídos que perturbem o apreensão do veículo
sossego público, desacordando das normas fixadas Medida Administrativa:
pelo CONTRAN. Remoção do veículo

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Infrações Penalidades

Conduzir veículo:
• de carga com falta de inscrição da tara e
demais inscrições previstas neste Código;
• com defeito no sistema de iluminação, de
Penalidade: multa
sinalização ou com lâmpadas queimadas;
Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação
do veículo fica condicionada ao pagamento ou ao
depósito, judicial ou administrativo, da multa.

Conduzir veículo em desacordo com as condições


estabelecidas no CTB, relativamente ao tempo de
permanência do condutor ao volante e aos intervalos Penalidade: multa
para descanso, quando se tratar de veículo de Medida Administrativa:
transporte de carga ou coletivo de passageiros. Retenção do veículo para
Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12 cumprimento do tempo de
meses, será convertida, automaticamente, a descanso aplicável
penalidade disposta no inciso XXIII em infração
grave.

Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor:


• utilizando capacete de segurança sem viseira ou Penalidade: multa;
óculos de proteção ou com viseira ou óculos de
Medida administrativa:
proteção em desacordo com a regulamentação do
retenção do veículo até
Contran;
regularização;
• transportando passageiro com o capacete de
segurança utilizado na forma prevista no CTB:

Conduzir ciclo ou ciclomotor em vias de trânsito


rápido ou rodovias, salvo onde houver acostamento Penalidade: multa
ou faixas de rolamento próprias.

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Infrações Penalidades

Penalidade: multa acrescida a


cada 200 kg ou fração, de
excesso de peso apurado,
Transitar com o veículo com excesso de peso,
constante na seguinte tabela:
admitido percentual de tolerância quando aferido por
a) até 600 kg: R$ 5,32
equipamento, na forma a ser estabelecida pelo
CONTRAN: b) de 601 a 800 kg: R$ 10,64

Sem prejuízo das multas previstas, o veículo que c) de 801 a 1.000 kg: R$ 21,28
transitar com excesso de peso ou excedendo à d) de 1.001 a 3.000 kg: R$
capacidade máxima de tração, não computado o 31,92
percentual tolerado na forma do disposto na e) de 3.001 a 5.000 kg: R$
legislação, somente poderá continuar viagem após 42,56
descarregar o que exceder, segundo critérios f) acima de 5.001 kg: R$ 53,20
estabelecidos na referida legislação complementar.
Medida Administrativa:
Retenção do veículo e
transbordo da carga excedente

Transitar com o veículo:


• com lotação excedente;
• efetuando transporte remunerado de pessoas Penalidade: multa
ou bens, quando não for licenciado para esse Medida Administrativa:
fim, salvo casos de força maior ou com Retenção do veículo
permissão da autoridade competente;
• desligado ou desengrenado em declive.

Penalidade: multa
Transitar com o veículo excedendo a capacidade Medida Administrativa:
máxima de tração. Retenção do veículo e
transbordo do peso excedente

Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda,


Penalidade: multa
salvo em casos de emergência.

Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rolamento,


em fila única, veículos de tração ou propulsão
Penalidade: multa
humana e de tração animal sempre que não houver
acostamento ou faixa a eles destinados.

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Infrações Penalidades

Deixar de manter acesas, à noite, quando o veículo


estiver parado, as luzes de posição para fins de
Penalidade: multa
embarque ou desembarque de passageiros e carga
ou descarga de mercadorias.

Quando o veículo estiver em movimento:


I - deixar de manter acesa a luz baixa:
a) durante a noite;
b) de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou
cerração;
c) de dia, no caso de veículos de transporte coletivo
de passageiros em circulação em faixas ou pistas a
eles destinadas; Penalidade: multa
d) de dia, no caso de motocicletas, motonetas e
ciclomotores;
e) de dia, em rodovias de pista simples situadas fora
dos perímetros urbanos, no caso de veículos
desprovidos de luzes de rodagem diurna;
II - à noite, deixar de manter a placa traseira
iluminada.

Utilizar as luzes do veículo:


I - pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações
de emergência;
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas
seguintes situações:
A) a curtos intervalos, quando for conveniente
Penalidade: multa
advertir a outro condutor que se tem o propósito de
ultrapassá-lo;
B) pisca-alerta, em imobilizações ou situação de
emergência como advertência;
C) quando a sinalização de regulamentação da via
determinar o uso do pisca-alerta.

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Infrações Penalidades

Dirigir o veículo:
• com o braço do lado de fora;
• transportando pessoas, animais ou volume à
sua esquerda ou entre braços e pernas;
• com incapacidade física ou mental temporária
que comprometa a segurança do trânsito;
• usando calçado que não se firme nos pés ou
que comprometa a utilização dos pedais;
• com apenas uma das mãos, exceto quando Penalidade: multa
fizer sinais regulamentares de braço, mudar a
marcha do veículo ou acionar equipamentos e
acessórios do veículo (será infração
gravíssima se o condutor estiver segurando ou
manuseando telefone celular);
• utilizando fones nos ouvidos conectados a
aparelhagem sonora ou de telefone celular;
• realizando cobrança de tarifa com o veículo
em movimento.

Conduzir bicicleta em passeios onde não seja Penalidade: multa


permitida essa circulação ou de forma agressiva em Medida Administrativa:
desacordo com o disposto no CTB. Remoção da bicicleta

1.5.4.4) As infrações leves são as seguintes:

Infrações Penalidades

Dirigir sem atenção ou sem cuidados indispensáveis


Penalidade: multa
à segurança.

Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via Penalidade: multa


pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de
Medida Administrativa:
sua remoção e em que o veículo esteja devidamente
Remoção do veículo
sinalizado na pista de rolamento de rodovias e vias
de trânsito rápido.

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Infrações Penalidades

Estacionar o veículo:
• afastado do meio-fio de 50 cm a 1 m;
• em desacordo com as posições estabelecidas
neste Código; Penalidade: multa
• nos acostamentos, salvo motivo de força Medidas Administrativas:
maior. Remoção do veículo
Nos casos aqui previstos, a Autoridade de Trânsito
aplicará a penalidade, preferencialmente, após a
remoção do veículo.

Transitar com o veículo na faixa ou pista da direita


regulamentada como de circulação exclusiva para Penalidade: multa
determinado tipo de veículo, exceto para acesso a
imóveis lindeiros ou conversões à direita.

Ultrapassar veículo em movimento que integre


cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo
Penalidade: multa
com autorização da Autoridade de Trânsito e seus
agentes.

Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias


Penalidade: multa
providas de iluminação pública.

Usar buzina:
• em situação que não a de simples toque breve
como advertência ao pedestre ou a
condutores de outros veículos;
• prolongada e sucessivamente a qualquer
pretexto; Penalidade: multa
• entre as 22h e as 6h;
• em locais e horários proibidos pela
sinalização;
• em desacordo com padrões e frequências
estabelecidos pelo CONTRAN.

Penalidade: multa
Conduzir veículo sem documentos de porte Medida Administrativa:
obrigatório referidos neste Código. Retenção do veículo até a
apresentação dos documentos

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Infrações Penalidades

Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo


Penalidade: multa
ou de habilitação do condutor.

É proibido ao pedestre:
• permanecer ou andar nas pistas de rolamento,
exceto para cruzá-las onde for permitido;
• cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes,
ou túneis, salvo onde exista permissão;
• atravessar a via dentro das áreas de
cruzamento, salvo quando houver sinalização
Penalidade: multa em 50% do
para esse fim;
valor da infração de natureza
• utilizar-se da via em agrupamentos capazes de leve
perturbar o trânsito ou para a prática de qualquer
folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em
casos especiais e com a devida licença da
autoridade competente;
• andar fora da faixa própria, passarela, passagem
aérea ou subterrânea;
• desobedecer à sinalização de trânsito específica.

1.5.5) Notificações e Direito à Defesa

O condutor do veículo ou seu proprietário devem ser notificados sobre todas as


ações do órgão de trânsito relativas a processos de apuração de infrações contra
eles.

A primeira notificação é o AIT (Auto de Infração de Trânsito) que será entregue ao


condutor no momento presente de sua lavratura. Se o condutor for o proprietário do
veículo e assinar o AIT, será considerado notificado do cometimento da infração,
sendo desnecessária a emissão da Notificação da Autuação.

Se o condutor não for o proprietário, não estiver presente ou não assinar o AIT, é
obrigatória a emissão da Notificação da Autuação. Caso os Correios não consigam
entregar a notificado após três tentativas, a notificação deve ser feita por Edital
publicado na imprensa.

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Se a Notificação da Autuação tiver sido dirigida ao proprietário do veículo, mas não
tiver sido este o responsável pela infração, ele deve preencher o Formulário de
Identificação do Condutor Infrator identificando quem conduzia o veículo no
momento da infração, e entregá-lo ao órgão de trânsito no prazo de 30 dias.
Fazendo isso, evitará que pontos decorrentes da infração sejam lançados em seu
prontuário.

Diante da Notificação da Autuação, proprietário ou condutor podem apresentar


defesa prévia, argumentando suas razões à Autoridade de Trânsito, que poderá ou
não deferir o pedido.

Se as razões do condutor ou proprietário não forem aceitas pela Autoridade de


Trânsito, ela determinará a aplicação das penalidades cabíveis, devendo ser lavrada
a respectiva Notificação da Penalidade, no prazo máximo de 180 dias contados do
cometimento da infração.

O condutor pode optar pelo Sistema de Notificação Eletrônica (SNE), onde ele toma
conhecimento das notificações e apresenta petições através de meios virtuais. A
adesão ao SNE pode ser feita através dos órgãos estaduais de trânsito. Pelo SNE, o
condutor pode ter acesso ou executar os seguintes processos:

a) notificação de autuação;

b) notificação de penalidade de multa

c) notificação de penalidade de advertência por escrito;

d) interposição de defesa da autuação;

e) interposição de recursos administrativos de infrações de trânsito;

f) resultado de julgamentos;

g) indicação de condutor infrator;

h) resultado da identificação do condutor infrator;

i) campanhas educativas de trânsito;

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j) outros documentos e informes de suas competências.

Além disso, o condutor que aderir ao SNE paga as multas que lhe foram aplicadas
com um desconto de 40% (quarenta por cento).

O infrator pode apresentar recurso à JARI (Junta Administrativa de Recursos de


Infrações) contra a aplicação da penalidade, encaminhando um documento e
apresentando suas razões à Autoridade de Trânsito que impôs a penalidade. A
Autoridade de Trânsito receberá o recurso e, dentro de dez dias, enviará à JARI, que
terá o prazo de até 30 dias para julgar o recurso. Se esse prazo for extrapolado, a
Autoridade de Trânsito pode suspender os efeitos da penalidade até o efetivo
julgamento pela JARI.

Se a infração que levou à autuação do infrator for de natureza média ou leve, e este
não tiver cometido a mesma infração nos 12 meses anteriores, a penalidade de
multa deverá ser convertida em advertência por escrito.

Para recurso contra multa, não é necessário efetivar seu pagamento para depois
recorrer.

Se o recurso em primeira instância for negado, outro poderá ser realizado em


segunda instância, encaminhando, por meio da Autoridade de Trânsito que aplicou a
penalidade, aos seguintes órgãos de trânsito:

• CONTRAN: tratando-se de penalidade de suspensão do direito de dirigir por


mais de seis meses, ou cassação do documento de habilitação, ou
penalidade por infrações gravíssimas, impostas por Órgão ou Entidade de
Trânsito da União (Órgão Nacional).

• Colegiado Especial: tratando-se das demais penalidades impostas por Órgão


ou Entidade de Trânsito da União (Órgão Nacional).

• CETRAN: tratando-se de qualquer penalidade imposta por Órgão ou Entidade


de Trânsito Estadual ou Municipal.

• CONTRANDIFE: tratando-se de qualquer penalidade imposta por Órgão ou


Entidade de Trânsito do Distrito Federal. Se o recurso em segunda instância

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for sobre multa, ela deverá ser paga preliminarmente.

1.6) Normas de Circulação e Conduta

Devemos, inicialmente, entender como os veículos são classificados segundo o


Código de Trânsito Brasileiro.

1.6.1) Classificação dos Veículos

Os veículos classificam-se em:

I - quanto à tração:
a) automotor;
b) elétrico;
c) de propulsão humana;
d) de tração animal;
e) reboque ou semirreboque.
II - quanto à espécie:
a) de passageiros:
1 - bicicleta;
2 - ciclomotor;
3 - motoneta;
4 - motocicleta;
5 - triciclo;
6 - quadriciclo;
7 - automóvel;
8 - micro-ônibus;
9 - ônibus;
10 - bonde;
11 - reboque ou semirreboque;
12 - charrete.
b) de carga:

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1 - motoneta;
2 - motocicleta;
3 - triciclo;
4 - quadriciclo;
5 - caminhonete;
6 - caminhão;
7 - reboque ou semirreboque;
8 - carroça;
9 - carrinho de mão.
c) misto:
1 - camioneta;
2 - utilitário;
3 - outros.
d) de competição;
e) de tração:
1 - caminhão trator;
2 - trator de rodas;
3 - trator de esteiras;
4 - trator misto.
f) especial;
g) de coleção;
III - quanto à categoria:
a) oficial;
b) de representação diplomática, de repartições consulares de carreira ou
organismos internacionais acreditados junto ao governo brasileiro;
c) particular;
d) de aluguel;
e) de aprendizagem.

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1.6.2) Regras Fundamentais

Os condutores devem demonstrar controle sobre os veículos, ser atentos e zelosos


para garantir a segurança no trânsito. Antes de colocar o veículo em circulação,
devem observar se o automóvel possui todos os equipamentos de uso obrigatório e
se eles estão em bom estado de funcionamento. Devem verificar ainda o nível de
combustível, assegurando que a quantidade disponível seja suficiente para chegar
ao destino.

Quando em circulação, os motoristas devem deixar de fazer qualquer ato que leve
perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, pessoas e animais ou que cause
danos à propriedade pública ou privada. Não devem também cometer atos, como
atirar, depositar ou abandonar na via objetos ou substâncias.

A mão de direção no trânsito brasileiro se faz pelo lado direito da via. As exceções
são aceitas quando devidamente regulamentadas e sinalizadas (ultrapassagens). Os
motoristas devem manter distância de segurança entre seus veículos de 1,5 m à
frente e ao lado.

Quando as vias forem divididas em várias faixas, os veículos mais lentos e de maior
porte devem trafegar pela direita se não houver faixa especial para eles. A faixa da
esquerda é destinada aos veículos em ultrapassagem e que imprimem maior
velocidade.

No trânsito brasileiro, subir em calçadas ou passeios só é permitido para entrar ou


sair de garagens, e passageiros e condutores são obrigados a usar cinto de
segurança.

Veículos de grande porte são responsáveis pela segurança daqueles de menor


porte; veículos motorizados são responsáveis pelos não motorizados; e todos eles
são responsáveis pela segurança dos pedestres.

1.6.3) Prioridade para Veículos Especiais

A prioridade de passagem é assegurada aos veículos precedidos de batedores.

Veículos especiais em socorro de incêndio e salvamento, polícia, fiscalização,


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operação de trânsito e ambulâncias terão prioridade de passagem, parada e
estacionamento.

Veículos destinados à prestação de serviços de utilidade pública terão prioridade de


parada e estacionamento na via e
devem estar corretamente
identificados.

Esses veículos especiais terão


prioridade somente quando na
efetiva prestação do serviço de
urgência e emergência e com as
luzes intermitentes (giroflex) ligadas,
assim como o alarme sonoro
(sirene).

Quando esses veículos se aproximam, os demais devem se deslocar para a direita


da via, deixando livre a passagem pela esquerda.

1.6.4) Regras de Preferência nas Interseções

Nas interseções não sinalizadas, terá preferência:

• RODOVIA: aquele veículo que já estiver circulando pela rodovia terá


preferência;

• ROTATÓRIA: aquele veículo que já estiver circulando pela rotatória terá


preferência;

• DIREITA: exceto nos casos acima citados, em todas as demais situações,


terá preferência aquele veículo que vier pela direita do condutor.

Obs.: Veículos que se deslocam sobre trilhos sempre terão preferência sobre os
demais.

1.6.5) Normas de Ultrapassagem

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Quando um condutor vai realizar uma ultrapassagem, deve avançar à frente do outro
veículo indo para a faixa da
esquerda e, após a manobra,
retornar à faixa da direita. Todo
condutor, antes de efetuar uma
ultrapassagem, deve indicar com
antecedência a manobra pretendida,
acionando a luz indicadora de
direção (seta) ou fazendo o gesto
convencional de braço. Também
deve verificar se nenhum outro condutor que o segue iniciou a manobra primeiro, se
o veículo à sua frente não está indicando a intenção de ultrapassar um terceiro e se
a faixa de trânsito a ser tomada (contramão) está livre para fazer a manobra com
segurança.

Toda ultrapassagem deve ser realizada pelo lado esquerdo da pista. Só é permitido
ultrapassar pela direita quando o veículo à frente indicar a intenção de entrar à
esquerda.

Se o condutor estiver circulando pela faixa da esquerda e perceber que outro veículo
que o segue tem a intenção de ultrapassá-lo, deve deslocar-se para a direita sem
acelerar o veículo. E se estiver pelas demais faixas, deve continuar como está sem
acelerar o veículo.

Antes de iniciar uma conversão à direita, o condutor deve aproximar-se do bordo


direito da via e executar a manobra no menor espaço possível.

Antes de iniciar uma conversão à esquerda, o condutor deve observar as seguintes


condições:

• Via de mão dupla: aproximar-se do eixo da pista (faixa divisória) sem atingir a
contramão de direção;

• Via de mão única: deslocar-se totalmente à esquerda da via;

• Em rodovias: deslocar-se para o acostamento antes de realizar a manobra.

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Sempre o acostamento à direita do condutor.

Para a realização de manobras de retorno nas vias urbanas ou rodovias, locais


apropriados, como trevos, rotatórias, ilhas, viadutos, canteiros e praças, devem ser
procurados.

1.6.6) Normas para Parada e Estacionamento

Parar o veículo significa imobilizá-lo pelo tempo


suficiente ao embarque ou desembarque de
passageiros.

Estacionar o veículo significa imobilizá-lo pelo tempo


superior ao necessário para o embarque ou
desembarque de passageiros.

Será considerado estacionado quando um veículo realiza uma operação de carga e


descarga. Deve ficar direcionado no sentido do fluxo de veículos, paralelo ao bordo
da pista e junto da guia da calçada. A operação de carga e descarga de mercadorias
será regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.

Veículos que trafegam por rodovias providas de acostamento, se necessitarem


parar, estacionar ou realizar operação de carga e descarga, devem fazê-los fora da
pista de rolamento.

Em imobilizações de emergência na pista de rolamento, deve ser providenciada,


imediatamente, a sinalização de emergência.

Veículos de duas rodas devem ser estacionados de forma perpendicular à guia da


calçada e junto a ela.

O embarque e desembarque de passageiros se faz pelo lado da calçada. O condutor


pode acessar o veículo pelo lado oposto ao da calçada.

1.6.7) Normas para Uso de Buzina

A buzina deve ser utilizada somente como advertência e para evitar acidentes. Nas
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vias rurais, pode ser acionada com o propósito de ultrapassagem. O uso de buzina é
proibido entre as 22h e as 6h.

1.6.8) Normas para Uso de Luzes

1.6.8.1) Farol

O uso do farol baixo é obrigatório para todos os veículos que transitam durante a
noite em vias providas de iluminação
pública e durante o dia dentro de
túneis. O uso de luzes baixas
durante o dia também é obrigatório
para os veículos de transporte
coletivo e ciclomotores. Também
devem ser utilizadas luzes baixas
durante o dia nas rodovias e anéis rodoviários.

O farol alto deve ser utilizado durante a noite nas vias sem iluminação pública.

1.6.8.2) Luzes de Posição (Farolete)

As luzes de posição não têm o objetivo de iluminar a pista, e sim de mostrar as


dimensões e o posicionamento do veículo.

A utilização de luzes de posição é obrigatória nos casos de chuva forte, cerração ou


neblina. E também para embarque ou desembarque de passageiros e carga ou
descarga de mercadorias.

1.6.8.3) Pisca-alerta

O pisca-alerta deve ser acionado em situações de emergência quando o veículo


estiver imobilizado ou quando a sinalização da via determinar.

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1.6.9) Motocicletas, Motonetas, Ciclomotores, Triciclo Motorizado e Quadriciclo
Motorizado

Os condutores de motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclo motorizado e


quadriciclo motorizado só poderão circular nas vias:

• Segurando o guidom com as duas mãos;

• Fazendo uso de capacete motociclístico pelo condutor e passageiro,


devidamente, afixado à cabeça pelo conjunto formado pela cinta jugular e
engate por debaixo do maxilar inferior;

• A norma estabelece que os capacetes devem estar certificados por


organismo acreditado pelo Inmetro. Os Agentes de Trânsito devem observar
o seguinte na fiscalização do capacete:

• Se o capacete motociclístico utilizado é certificado pelo Inmetro;

• Se o capacete motociclístico está devidamente afixado à cabeça;

• A aposição de dispositivo retrorrefletivo de segurança nas partes laterais e


traseira do capacete motociclístico;

• A existência do selo de identificação da conformidade do Inmetro ou etiqueta


interna com a logomarca do Inmetro, especificada na norma ABNT NBR 7471,
podendo esta ser afixada no sistema de retenção;

• O estado geral do capacete, buscando avarias ou danos que identifiquem sua


inadequação para uso.

As viseiras dos capacetes deverão seguir as


regras abaixo:

• O condutor e o passageiro de motocicleta,


motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e
quadriciclo motorizado, para circular na via
pública, deverão utilizar capacete com viseira,

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ou na ausência dela, óculos de proteção em boas condições de uso.

• Óculos de proteção: aquele que permite ao usuário a utilização simultânea de


óculos corretivos ou de sol.

• É proibido o uso de óculos de sol, corretivos e de segurança do trabalho (EPI)


de forma singular em substituição aos óculos de proteção.

• Quando o veículo estiver em circulação, viseira ou óculos de proteção


deverão estar posicionados para dar proteção total aos olhos, observados os
seguintes critérios:

• Quando o veículo estiver imobilizado na via, independentemente do motivo, a


viseira pode ser totalmente levantada, devendo ser imediatamente
restabelecida à posição frontal aos olhos assim que o veículo for colocado em
movimento;

• A viseira deve estar abaixada de tal forma que possibilite a proteção total
frontal aos olhos, considerando um plano horizontal e permitindo, no caso dos
capacetes com queixeira, pequena abertura para garantir a circulação de ar;

• Para os capacetes modulares, além da viseira, conforme inciso II, a queixeira


deve estar totalmente abaixada e travada;

• No período noturno, é obrigatório o uso de viseira no padrão cristal;

• É proibida a aposição de película na viseira do capacete e nos óculos de


proteção;

• Usando vestuário de proteção (luvas de motociclismo, calçado fechado e


roupas de tecido grosso e resistente).

• Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão ser


transportados:

• Utilizando capacete de segurança (conforme especificado acima);

• Em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar atrás do

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condutor;

• Usando vestuário de proteção.

1.6.10) Bicicletas

Quando existirem ciclovias ou ciclofaixas, as bicicletas devem trafegar dentro desses


limites.

Quando as mesmas não existirem,


as bicicletas devem circular no
mesmo sentido dos veículos e junto
à margem da pista.

As bicicletas só podem andar sobre


o passeio quando autorizado e
sinalizado;

O ciclista equipara-se ao pedestre em direitos e deveres;

Os condutores de outros veículos automotores devem manter uma distância de 1,5


m das bicicletas ao passarem por elas.

1.6.11) Circulação de Pedestres

Quando não houver passeio ou calçada nos trechos urbanos, os pedestres devem
circular pelas margens da pista, em fila e sempre tendo prioridade sobre os veículos.

Nas vias rurais, o pedestre deve circular pelas margens, em fila e na direção
contraria aos veículos.

O pedestre deve utilizar a faixa própria quando for cruzar a via. Na falta da faixa de
pedestres a até uma distância de 50 m, deve cruzar a via em sentido perpendicular a
ela.

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1.6.12) Tratores

O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto ou o equipamento automotor


destinado à movimentação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de
terraplenagem, de construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na via
pública por condutor habilitado nas categorias C, D ou E.

O trator de roda e os equipamentos automotores destinados a executar trabalhos


agrícolas poderão ser conduzidos em via pública também por condutor habilitado na
Categoria B.

1.6.13) Ambulâncias

Para conduzir ambulâncias, a cada cinco anos, o candidato deve comprovar


treinamento especializado e reciclagem em cursos específicos nos termos da
normatização do CONTRAN.

1.6.14) Veículos de Propulsão Humana, Tração Animal, Aparelhos Automotores


e Tratores

O registro e o licenciamento dos veículos de propulsão humana e de tração animal


devem obedecer à regulamentação estabelecida em legislação municipal do
domicílio ou residência de seus proprietários.

O registro dos tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a


arrastar maquinaria agrícola ou a executar trabalhos agrícolas deve ser efetuado,
sem ônus, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento diretamente ou
mediante convênio.

Cabe aos municípios fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e arrecadar multas


decorrentes de infrações desses veículos.

O veículo deve ser identificado, externamente, por meio de placas dianteira e


traseira lacradas em sua estrutura, obedecidas as especificações e modelos
estabelecidos pelo CONTRAN.

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Aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria de qualquer
natureza ou a executar trabalhos de construção ou de pavimentação estão sujeitos
ao registro na repartição competente, se transitarem em via pública, dispensados o
licenciamento e o emplacamento.

Tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar


maquinaria agrícola ou a executar trabalhos agrícolas, desde que facultados a
transitar em via pública, estão sujeitos ao registro único, sem ônus, em cadastro
específico do Ministério da
Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, acessível aos
componentes do Sistema Nacional
de Trânsito.

Veículos artesanais utilizados para


trabalho agrícola (jericos), para
efeito do registro, ficam
dispensados do certificado de
segurança expedido por instituição técnica credenciada por órgão ou entidade de
metrologia legal, conforme norma elaborada pelo CONTRAN.

Devem ser conduzidos à direita da pista e junto ao bordo da pista.

Os animais, quando em rebanhos, devem ser conduzidos em pequenos grupos e


junto à guia da calçada.

1.6.15) Transporte de Carga e Transporte Coletivo Rodoviário de Passageiros

É vedado ao motorista profissional


dirigir por mais de 5 horas e meia,
ininterruptas, veículos de
transporte rodoviário coletivo de
passageiros ou de transporte
rodoviário de cargas.

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Como proceder de acordo com a nova legislação:

• Serão observados 30 minutos para descanso dentro de cada 6 horas na


condução de veículo de transporte de carga, sendo facultado seu
fracionamento e o do tempo de direção, desde que não ultrapassadas 5 horas
e meia, contínuas, no exercício da condução;

• Serão observados 30 minutos para descanso a cada 4 horas na condução de


veículo rodoviário de passageiros, sendo facultado seu fracionamento e o do
tempo de direção;

• Em situações excepcionais
de inobservância justificada
do tempo de direção,
devidamente registradas, o
tempo de direção pode ser
elevado pelo período
necessário para que o condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que
ofereça segurança e atendimento demandados, desde que não haja
comprometimento da segurança rodoviária;

• O condutor é obrigado, dentro do período de 24 horas, a observar o mínimo


de 11 horas de descanso, que podem ser fracionadas e usufruídas no
veículo.

• O tempo de direção ou de condução é aquele período em que o condutor


estiver efetivamente ao volante, em curso, entre a origem e o destino.
Entende-se como início de viagem a partida do veículo na ida ou no retorno,
com ou sem carga, considerando-se como sua continuação as partidas nos
dias subsequentes até o destino;

• O condutor somente iniciará uma viagem após o cumprimento integral do


intervalo de descanso de 8 horas.

Nenhum transportador de cargas ou coletivo de passageiros, embarcador,


consignatário de cargas, operador de terminais de cargas, operador de transporte

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multimodal de cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer motorista a seu
serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo de transporte de cargas ou
transporte coletivo rodoviário de passageiros sem descanso entre jornadas de 8
horas.

1.6.16) Segurança no Transporte de Crianças

Crianças com idade inferior a 10 anos devem ser transportadas no banco traseiro,
sendo obrigatório o uso de cinto de segurança ou dispositivo de retenção adequado
ao seu peso e altura.

O transporte de crianças com até 7 anos deve ser feito da seguinte forma:

• Crianças com até 1 ano de idade deve utilizar, obrigatoriamente, dispositivo


de retenção denominado bebê conforto ou assento conversível;

• Crianças com idade superior a 1 ano e inferior ou igual a 4 anos devem


utilizar, obrigatoriamente, dispositivo de retenção denominado cadeira de
segurança;

• Crianças com idade superior a 4 anos e inferior ou igual a 7 anos devem


utilizar dispositivo de retenção denominado assento de elevação.

É permitido o transporte de criança menor de 10 anos no banco dianteiro quando for


excedida a capacidade de lotação do banco traseiro. Aquela de maior estatura irá no
banco da frente, utilizando cinto de segurança veicular.

Excepcionalmente nos veículos dotados exclusivamente de banco dianteiro, o


transporte de crianças com até 10 anos pode ser realizado nesse banco, utilizando
dispositivo de retenção adequado ao peso e altura da criança.

No caso dos veículos dotados apenas de cinto abdominal no banco de trás de dois
pontos, o transporte de criança com idade inferior a 10 anos pode ser realizado no
banco dianteiro do veículo, utilizando dispositivo de retenção adequado para a
criança (bebê conforto, cadeirinha ou assento de elevação).

Nesses veículos, as crianças de 4 a 7 anos podem ser transportadas no banco

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traseiro, utilizando cinto de segurança de dois pontos sem dispositivo denominado
assento de elevação.

Isso acontece porque existe indisponibilidade de equipamentos para transporte de


crianças nos veículos fabricados com cinto de segurança de dois pontos.

Tipos de assentos indicados por idade:

Bebê conforto

Indicado para crianças que ainda não conseguem manter o equilíbrio da cabeça.
Sob o formato de concha, o bebê deve sempre ser posto com a cabeça em sentido
aos bancos dianteiros do veículo. Com essa medida, diminuem-se os riscos de
traumas e colisões na coluna cervical. A posição do bebê somente deve ser alterada
após 9 kg.

Assento conversível

A recomendação vai para crianças que já ultrapassaram 9 kg, mas ainda não
completaram 1 ano. A posição do assento ainda pode ser contrária aos demais
assentos dos carros. Essa posição pode ser mantida até o topo da cabeça do bebê
ultrapassar o limite da cadeirinha.

Cadeirinha de segurança

Indicada para crianças acima de 1 ano ou com, aproximadamente, 18 kg. A


recomendação restringe-se à posição: a cadeirinha deve ser situada pela posição
central do banco traseiro e virada para frente: no sentido original dos bancos.

Assento de elevação

É referência para casos em que a criança já ultrapassou os limites para uma


cadeirinha, mas ainda não atingiu a altura para utilização do cinto. O uso do assento
de elevação deve ocorrer até aproximadamente 10 anos ou 36 kg.

No banco traseiro

Mesmo após 10 anos completos, é aconselhável que seja observada se a estatura

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da criança é compatível com o uso do cinto. Para a preservação física da criança, é
adequado esperar que ela atinja a altura na qual o cinto de segurança consiga obter
eficiência máxima. Caso contrário, ela deve permanecer na cadeirinha.

Crianças com idade inferior a 7 anos ou que não tenha, nas circunstâncias,
condições de cuidar de sua própria segurança não podem ser transportadas em
motocicletas, motonetas e ciclomotores.

1.6.18) Classificação das Vias e Limites de Velocidade

Quando não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima é de:

a) Vias Urbanas

• Trânsito rápido: 80 quilômetros por hora (caracterizada por acessos


especiais);

• Vias arteriais: 60 quilômetros por hora (controlada por semáforo);

• Vias coletoras: 40 quilômetros por hora (coleta e distribui o trânsito nos


bairros);

• Vias locais: 30 quilômetros por hora (destinada a áreas restritas).

b) Vias Rurais (Rodovias e Estradas)

• Pavimentadas:

• Para automóveis, camionetas e motocicletas, 110 quilômetros por hora;

• Para ônibus e micro-ônibus, 90 quilômetros por hora;

• Para os demais veículos, 80 quilômetros por hora;

• Não pavimentadas: para todos os veículos, 60 quilômetros por hora.

A velocidade mínima não pode ser inferior à metade da velocidade máxima


estabelecida para qualquer via, respeitadas as suas condições operacionais de
trânsito.

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1.7) Conclusão

Nesse capítulo, você estudou os aspectos fundamentais relativos à legislação de


trânsito, das condições para a obtenção da CNH ou ACC, e sua manutenção,
passando pelas normas de circulação e conduta e as infrações e penalidades a que
está sujeito, bem como as formas de defender-se. De posse desse conhecimento,
você será um cidadão mais capacitado a conviver socialmente, respeitando a
legislação de trânsito que objetiva, em última análise, regular conflitos pelo uso das
vias públicas.

Para prosseguir no curso, agora você deverá realizar o teste simulado sobre o
conteúdo estudado. O teste consiste de 15 perguntas, com 4 alternativas de
resposta. Você deve obter um aproveitamento de, no mínimo, 70% (11 questões)
para seguir em frente. Se não for bem sucedido na primeira vez, tente novamente
até atingir esse objetivo. Não existe limite para o número de tentativas,

Ao final de cada teste você terá um retorno de seu desempenho e, com base nele,
você poderá reforçar-se naqueles conteúdos onde apresentou baixo desempenho.

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2) DIREÇÂO DEFENSIVA

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Nesse capítulo serão abordados os seguintes conteúdos:

• Conceito de direção defensiva - veículos de 2, 4 ou mais rodas

• Condições adversas

• Como evitar acidentes

• Cuidados com os demais usuários da via

• Estado físico e mental do condutor, consequências da ingestão e consumo de


bebida alcoólica e substâncias psicoativas

• Situações de risco

Espera-se que, após seu estudo, o condutor adote uma postura ativa de segurança,
e relembre:

• em que consiste a prática da direção defensiva.

• os diversos tipos de condições adversas a que está sujeito no processo de


circulação de veículos.

• as atitudes que devem ser praticadas pelo condutor de forma a evitar a


ocorrência de acidentes.

• os cuidados que devem ser dispensados aos demais usuários das vias.

• a importância de manter-se em perfeitas condições físicas e mentais,


alertando-o para os riscos do consumo de bebidas alcoólicas e substâncias
psicoativas, expondo os resultados dessa postura.

• quais são as situações de risco possíveis de ocorrer e da atitude pertinente


diante delas.

2.1) Conceito

É a forma de dirigir que permite o reconhecimento antecipado das situações de


perigo e a previsão do que pode acontecer com você, com seus acompanhantes,
com seu veículo e com os outros usuários da via. É a técnica indispensável para o
aperfeiçoamento do motorista que trata de forma correta o uso do veículo na
maneira de dirigir, reduzindo a possibilidade de envolvimento nos acidentes de
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trânsito, ou seja, é uma atitude de segurança e prevenção dos acidentes.

A direção defensiva pode ser dividida em:

• PREVENTIVA: deve ser a atitude permanente do motorista para evitar


acidentes.

• CORRETIVA: é a atitude que o motorista deve adotar ao se defrontar com a


possibilidade de acidente, corrigindo situações não previstas.

2.1.1) Condutor Defensivo

É aquele que utiliza técnicas preventivas e corretivas para evitar acidentes mesmo
convivendo com atitudes incorretas
de outros condutores e problemas
encontrados nas vias de trânsito.

Em pesquisas realizadas em todo o


mundo, foram identificadas como
principais as seguintes causas de
acidentes:

• problemas mecânicos: 30%;

• problemas da via: 6%;

• problemas com o condutor:


64%.

Depreende-se que o condutor é o


maior causador de acidentes. Entre
os principais problemas que ele
apresenta, temos a destacar os
seguintes:

• dirigir sob efeito de álcool ou


de substância entorpecente;

• imprudência: velocidade inadequada;


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• imperícia: inexperiência ou falta de conhecimento do local;

• negligência: falta de atenção, falha de observação.

A direção defensiva é o ato de conduzir para evitar


acidentes, apesar das ações incorretas (erradas) dos
outros e das condições adversas (contrárias) que
encontramos nas vias de trânsito.

Acidente evitável é aquele em que você deixou de fazer


tudo o que razoavelmente poderia ter feito para evitá-lo.

Acidente inevitável é aquele em que, apesar de o


condutor fazer tudo para evitar o acidente, ele ocorre.

Acidente misterioso é aquele que ocorre e todos os


envolvidos falecem ou os sobreviventes não sabem explicar a causa nem existem
testemunhas.

As colisões misteriosas são normalmente causadas por condições adversas, cujo


conteúdo será exposto no item 1.3 abaixo.

É importante para nosso entendimento sobre a dinâmica dos acidentes conhecer


alguns termos técnicos. Falaremos que ocorreu uma “colisão” sempre que um
veículo em movimento se chocar com outro veículo em movimento. Ocorrerá um
“choque” quando um dos veículos estiver inerte, ou não sendo um veículo, seja um
objeto fixo ou móvel sem movimento (poste, árvore etc.). Ocorrerá um atropelamento
quando uma pessoa ou animal sofrer o impacto de um veículo, estando pelo menos
um dos dois em movimento. O impacto com o ciclista será considerado
atropelamento apenas quando o mesmo estiver desmontado e empurrando a
bicicleta (art. 68 CTB). Quando ele estiver trafegando sobre a bicicleta, o impacto
será considerado colisão.

Os riscos e os perigos a que estamos sujeitos no trânsito estão relacionados com:

• os veículos;

• os condutores;
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• as vias de trânsito;

• o ambiente;

• o comportamento das pessoas.

2.1.2) Elementos Fundamentais da Direção Defensiva

O desenvolvimento de algumas habilidades na condução do veículo possibilita ao


motorista a prevenção de acidentes. São elas:

• CONHECIMENTO - É preciso conhecer leis e normas que regem o trânsito.


Esse conhecimento é repassado por meio do Código de Trânsito Brasileiro e
do aprendizado na prática. É necessário conhecer seus direitos e deveres em
qualquer situação de trânsito, como condutor ou pedestre, para evitar tomar
atitudes que possam causar acidentes ou danos aos usuários da via.

• ATENÇÃO - Deve ser direcionada a todos os elementos da via e também às


condições físicas e mentais do condutor, aos cuidados e à manutenção do
veículo, tempo de deslocamento e conhecimento prévio do percurso, entre
outros.

• PREVISÃO - É a antecipação de uma situação de risco e pode ser


desenvolvida e treinada no uso do seu veículo. É exercida numa ação
próxima (a curto prazo, por exemplo: O condutor prevê a possibilidade de
riscos nos cruzamentos; ver um pedestre à sua frente e prever complicações)
ou distante (a longo prazo, por exemplo: Revisão do veículo; abastecimento;
verificação de equipamentos obrigatórios), dependendo sempre do seu bom
senso e conhecimento.

• DECISÃO - Dependerá da situação que se apresenta e do seu conhecimento


das possibilidades do veículo, das leis e normas relacionadas ao trânsito, do
tempo e do espaço que você dispõe para tomar uma atitude correta. É ser
ágil nas suas ações, mas não esquecendo o bom senso e sua experiência.

• HABILIDADE - Ser um condutor hábil significa que você é capaz de manusear


os controles de um veículo e executar com perícia e sucesso qualquer
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manobra necessária no trânsito.

Além desses elementos, é preciso conhecer e aplicar as três medidas básicas para
a prevenção de acidentes:

a) Considerar o risco;

b) Conhecer e aplicar a defesa;

c) Agir no momento certo.

2.2) Condições Adversas e Cuidados na Direção e Manutenção de Veículos

São todos aqueles fatores que podem prejudicar o desempenho do condutor de


veículo, tornando ainda maior a possibilidade de um acidente de trânsito.

As condições adversas nem sempre ocorrem isoladamente, o que torna o perigo


ainda maior. Podemos encontrar as seguintes condições adversas:

a) Condições Adversas de Luminosidade;

b) Condições Adversas de Tempo ou Clima;

c) Condições Adversas da Via;

d) Condições Adversas de Trânsito

e) Condições Adversas de Veículo

f) Condições Adversas de Condutor

g) Condições Adversas de Carga

2.2.1) Condições Adversas de Luminosidade

Caracterizada pela intensidade ou refluxo da luz natural (solar) ou artificial (faróis)


que pode provocar ofuscamento da visão.

Esse ofuscamento causa a contração da pupila (miose), ocasionando a perda

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momentânea, parcial ou total da visão, reduzindo a capacidade do condutor agir
diante dos eventos ao seu redor.

2.2.2) Condições Adversas de Tempo ou Clima

Essas condições adversas estão ligadas às condições atmosféricas:

Frio, calor, vento, chuva, granizo e neblina. Todos esses fenômenos reduzem a
capacidade visual do motorista,
tornando mais difícil a visualização
de outros veículos. Em situações
extremas, tais condições
impossibilitam de ver a margem de
estradas ou as faixas divisórias.

Além de dificultar a capacidade de


ver e de ser visto, as condições
adversas de tempo causam problemas nas estradas, como barro, areia e
desmoronamento, deixando-as escorregadias e perigosas, proporcionando
derrapagens e acidentes.

A grande maioria dos acidentes ocorridos em condições climáticas adversas deve-se


à falta de adaptação de alguns motoristas que continuam a dirigir o veículo em
velocidade incompatível. Assim, medidas de segurança devem ser tomadas, como
reduzir a marcha, acender as luzes baixas e, se o tempo estiver ruim, parar em um
lugar seguro e esperar que as condições melhorem.

2.2.2.1) Aquaplanagem ou Hidroplanagem

É a falta de aderência dos pneus à via. Ocorre em função da formação de uma


“camada” de água entre a pista e o pneu do veículo, levando o condutor à perda do
controle do automóvel.

a) Fatores que Propiciam a Aquaplanagem:

• Alta velocidade;

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• Grande quantidade de água na pista;

• Pneus lisos, com ausência de sulcos.

b) O que Deve ser Feito quando o Veículo Aquaplanar?

• Desacelerar suavemente;

• Segurar firme o volante;

• Manter o veículo o maior tempo possível em linha reta.

c) O que Deve ser Evitado quando o Veículo Aquaplanar?

• Frear bruscamente;

• Movimentar a direção de forma brusca.

A possibilidade do veículo mais leve aquaplanar é maior que a dos veículos mais
pesados, portanto, procure controlar sua estabilidade por meio da velocidade, que
deve ser menor nos pisos molhados.

2.2.3) Condições Adversas da Via

Envolve a maneira como a via foi construída, seu contorno, sua largura e sua
espécie. São muitas as condições adversas das vias de trânsito, como:

• Curvas;

• Desvios;

• Subidas e descidas;

• Tipos e condições de pavimentação;

• Largura da pista;

• Desníveis;

• Acostamento;

• Trechos escorregadios (areia, óleo na pista, poças de água);

• Buracos;
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• Obras na pista;

• Saliência ou lombada;

• Depressão;

• Pista irregular;

• Desmoronamento;

• Excesso de vegetação;

• Posicionamento de objetos fixos no entorno;

• Sinalização.

2.2.4) Condições Adversas de Trânsito

Envolve a presença de outros usuários, interferindo no comportamento do condutor


e criando problemas no fluxo normal, como:

• Congestionamentos;

• Hora do rush;

• Feriados e fins de semana prolongados;

• Tipos de veículos.

a) Nas Cidades (Vias Urbanas)

O trânsito é mais intenso e mais lento, havendo maior número de veículos, mas
existe uma sinalização específica
para controle do tráfego com
segurança. Em determinados locais
(área central, área escolar, órgãos
públicos, paradas de ônibus) e
horários (entrada ou saída de
trabalhadores e escolares), o
número de veículos é maior. O
motorista defensivo deve procurar

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obedecer à sinalização existente com redobrada atenção e com todo o cuidado ao
dirigir. Sempre que possível, o motorista deve evitar esses horários e locais e optar,
preferencialmente, pelo uso do transporte coletivo.

b) Nas Estradas (Vias Rurais)

Nas rodovias estaduais e federais, os níveis de velocidades são maiores, porém o


número de veículos geralmente é menor, o que predispõe o motorista a exceder a
velocidade permitida e cometer infrações de trânsito, aumentando também o risco
de acidentes. Em determinadas épocas do ano (férias, feriadões, festas), o número
de veículos aumenta muito, causando congestionamentos e outros tipos de
problemas com o trânsito. Além disso, o motorista defensivo deve observar à frente
e atrás, avaliando as condições do trânsito e evitando, assim, situações estressantes
para todos os usuários.

2.2.5) Condições Adversas de Veículo

É a condição em que se encontra o próprio veículo, caracterizado por defeitos


apresentados que podem ocasionar acidentes. As verificações podem ser periódicas
e, principalmente, quanto a:

• Combustível: veja se o indicado no painel é suficiente para chegar ao destino;

• Nível de óleo de freio, do motor e de direção hidráulica: observe os


respectivos reservatórios, conforme manual do proprietário;

• Nível de óleo do sistema de transmissão (câmbio): para veículos de


transmissão automática, veja o nível do reservatório. Nos demais veículos,
procure vazamentos sob o veículo;

• Água do radiador: nos veículos refrigerados a água, veja o nível do


reservatório de água;

• Água do sistema limpador de para-brisa: verifique o reservatório de água;

• Palhetas do limpador de para-brisa: se estiverem ressecadas, troque;

• Desembaçador dianteiro e traseiro (se existirem): verifique se estão


funcionando corretamente;
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• Funcionamento dos faróis: verifique, visualmente, se todos estão acendendo
(luzes baixa e alta);

• Regulagem dos faróis: faça por meio de profissionais habilitados;

• Lanternas dianteiras e traseiras, luzes indicativas de direção, luz de freio e luz


de ré: inspeção visual;

• Pneus têm três funções importantes: impulsionar, frear e manter a


dirigibilidade do veículo. Confira sempre:

• Calibragem;

• Desgaste;

• Deformações na carcaça;

• Dimensões irregulares.

Você pode identificar outros problemas de pneus com facilidade. Vibrações do


volante e veículo puxando para um dos lados significam problema com a calibragem
dos pneus ou com o alinhamento da direção. Tudo isso pode reduzir a estabilidade e
a capacidade de frenagem.

• Cinto de segurança: faça sempre uma inspeção dos cintos;

• Veja se os cintos não têm cortes para não se romperem numa emergência;

• Confira se não existem dobras que impeçam a perfeita elasticidade;

• Teste o travamento para ver se está funcionando perfeitamente;

• Verifique se os cintos dos bancos traseiros estão disponíveis para utilização


dos ocupantes;

• Suspensão: problemas na suspensão podem causar a perda de controle do


veículo e seu capotamento, especialmente, em curvas e nas frenagens;

• Direção: folgas no sistema de direção fazem o veículo “puxar’ para um dos


lados, podendo levar o condutor a perder seu controle. Ao frear, esses
defeitos são aumentados;

• Sistema de iluminação: sem iluminação ou com iluminação deficiente, você


pode ser causa de colisão e de outros acidentes. Verifique, periodicamente, o

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estado e o funcionamento das luzes e lanternas;

• Faróis queimados ou com mau estado de conservação;

• Lanternas de posição queimadas ou com defeito;

• Luzes de freio queimadas ou com mau funcionamento;

• Luzes indicadoras de direção (pisca-pisca) queimadas ou com mau


funcionamento;

• Freios: o sistema de freios se desgasta com o uso do seu veículo e tem sua
eficiência reduzida. Freios gastos exigem maiores distâncias para frear com
segurança e podem causar acidentes.

Principais problemas:

• Vazamento de fluido: observe a existência de manchas no piso sob o veículo;

• Disco e pastilhas gastos: verifique com profissional habilitado;

• Lonas gastas: verifique com profissional habilitado.

Nos veículos dotados de sistema ABS (central eletrônica que recebe sinais
provenientes das rodas e que gerencia a pressão no cilindro e no comando dos
freios, evitando o bloqueio das rodas), verifique, no painel, a luz indicativa de
problemas no funcionamento.

2.2.6) Condições Adversas de Condutor

Compreende a alteração temporária do estado físico e psíquico do condutor,


podendo afetar sua habilidade em
satisfazer todas as exigências da
tarefa de dirigir e manter o controle
do veículo.

O condutor é responsável tanto pela


sua segurança quanto pela
segurança dos demais usuários da
via. A falha humana acontece,
principalmente, por deficiência de qualificação.
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Se o condutor estiver pouco concentrado ou não puder se concentrar totalmente na
direção, seu tempo normal de reação vai aumentar, transformando os riscos do
trânsito em perigos no trânsito. Alguns dos fatores que diminuem a concentração,
retardam os reflexos e alteram a habilidade do condutor:

• Consumir bebida alcoólica;

• Usar drogas;

• De acordo com seu médico, usar medicamento que modifica o


comportamento;

• Ter participado, recentemente, de discussões fortes com familiares, no


trabalho ou qualquer outro motivo;

• Ficar muito tempo sem dormir, dormir pouco ou dormir muito mal;

• Ingerir alimentos muito pesados que acarretam sono.

2.2.7) Condições Adversas de Carga

Levam a condições adversas:

• Carga mal arrumada;

• Carga em excesso;

• Carga mal amarrada.

Ocorrendo uma dessas condições, a carga pode desequilibrar o veículo, fazê-lo


pender para um lado ou cair na pista e provocar acidentes.

2.3) Condução do Veículo com Passageiros e/ou Cargas

É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de 5 horas e meia, ininterruptas,


veículos de transporte rodoviário coletivo de passageiros ou de transporte rodoviário
de cargas.

Como proceder de acordo com a legislação:

• Serão observados 30 minutos para descanso dentro de cada 6 horas na

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condução de veículo de transporte de carga, sendo facultado seu
fracionamento e o do tempo de direção, desde que não ultrapassadas 5 horas
e meia, contínuas, no exercício da condução;

• Serão observados 30 minutos para descanso a cada 4 horas na condução de


veículo rodoviário de passageiros, sendo facultado seu fracionamento e o do
tempo de direção;

• Em situações excepcionais de inobservância justificada do tempo de direção,


devidamente registradas, o tempo de direção pode ser elevado pelo período
necessário para que o condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que
ofereça segurança e atendimento demandados, desde que não haja
comprometimento da segurança rodoviária;

• O condutor é obrigado, dentro do período de 24 horas, a observar o mínimo


de 11 horas de descanso, que podem ser fracionadas e usufruídas no veículo.

• O tempo de direção ou de condução é aquele período em que o condutor


estiver efetivamente ao volante, em curso, entre a origem e o destino.
Entende-se como início de viagem a partida do veículo na ida ou no retorno,
com ou sem carga, considerando-se como sua continuação as partidas nos
dias subsequentes até o destino;

• O condutor somente iniciará uma viagem após o cumprimento integral do


intervalo de descanso de 8 horas.

Nenhum transportador de cargas ou coletivo de passageiros, embarcador,


consignatário de cargas, operador de terminais de cargas, operador de transporte
multimodal de cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer motorista a seu
serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo de transporte de cargas ou
transporte coletivo rodoviário de passageiros sem descanso entre jornadas de 8
horas.

2.4) Animais e Veículos de Tração Animal

Devem ser conduzidos à direita da pista e junto ao bordo da pista.

Os animais, quando em rebanhos, devem ser conduzidos em pequenos grupos e

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junto à guia da calçada.

2.5) Como Evitar Acidentes?

Estatisticamente, o homem é o maior responsável pelos acidentes de trânsito. E na


grande maioria das vezes a causa
principal dos acidentes provocados
pelo homem é o próprio o
comportamento do motorista.

Para que uma viagem (curta ou


longa) transcorra sem acidente de
trânsito, é preciso obedecer às
normas, regras e regulamentos do
CTB.

Muitas vezes, praticamos direção defensiva sem perceber.

Mas a direção defensiva necessária para evitar acidente de trânsito requer


conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidade para que o motorista possa
conhecer e identificar situações geradoras de acidentes, bem como uma pronta
decisão e habilidade necessária para sua autoproteção.

2.5.1) Conhecimento:

• Das leis e normas de trânsito;

• Das particularidades do veículo;

• Das condições adversas.

2.5.2) Atenção:

• À sinalização;

• Ao comportamento dos

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demais condutores;

• Ao comportamento de pedestres, ciclistas e demais veículos não motorizados;

• Às possíveis e prováveis condições adversas.

2.5.3) Previsão:

Na direção defensiva, a previsão


ocorre simultaneamente com a
atenção;

Na exata medida que a atenção vai


mapeando o terreno, o cérebro tenta
prever e antecipar possíveis
acontecimentos para poder agir
prontamente, se necessário, para
não ser tomado de surpresa.

2.5.4) Decisão:

A decisão correta é a meta da direção defensiva.

Uma boa percepção das situações implica rápido exame das alternativas de ações e
na escolha inteligente a tempo de evitar o acidente.

2.5.5) Habilidade/Ação:

Significa operar os controles do veículo e executar com perícia qualquer manobra


básica de condução do veículo.

2.5.6) O Que Deve ser Evitado:

Devem ser evitadas as seguintes posturas:

a) Imprudência

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Dirigir sob efeito de álcool ou substância entorpecente. O álcool altera a capacidade
de autoavaliação, de percepção e de coordenação motora e afeta vários órgãos do
corpo humano, principalmente o cérebro.

As drogas são substâncias que


alteram o comportamento do
motorista, chegando a provocar
diversos efeitos, como sono, euforia
etc. A alteração temporária do
estado físico e psíquico do condutor
pode afetar sua habilidade em
satisfazer às exigências da tarefa de
dirigir e manter o controle do veículo.
O condutor é responsável tanto pela sua segurança quanto pela segurança dos
outros condutores e pedestres.

São situações que levam à imprudência:

• Dirigir em estado emotivo alterado;

• Dirigir cansado;

• Dirigir por longos períodos;

• Dirigir após tomar alguns medicamentos;

• Dirigir com excesso de velocidade;

• Fazer manobras arriscadas;

• Avaliar incorretamente as distâncias;

• Desvios de direção;

• Reagir fora de tempo;

• Perder o controle das situações;

• Trafegar em velocidade inadequada.

b) Imperícia

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Inexperiência ou falta de conhecimento da via e do veículo. A falha humana
acontece, principalmente, por deficiência de qualificação. Dizemos que em um
acidente houve imperícia quando o condutor não teve habilidade e perícia
suficientes para evitá-lo.

c) Negligência

Falta de atenção, de observação e falha na conservação do veículo podem causar


acidentes. Esteja sempre atento à manutenção do seu veículo. Além de reduzir o
risco de acidentes, você estará aumentando a vida útil do seu veículo.

d) Maneira de Conduzir

A maneira incorreta de conduzir seu veículo é uma das grandes causas de acidentes
nas vias públicas.

Porém, muitos condutores “acham” que estão dirigindo direito por desconhecerem
comportamentos adequados e leis de trânsito, visando manter a segurança nas vias
públicas.

Conduzir com fones de ouvido conectados a aparelho de som ou com telefone


celular resulta em multa, sendo considerado infração média: perda de 4 pontos (Art.
252-VI - CTB).

Além disso, há procedimentos praticados por condutores que colocam em risco a


segurança do trânsito e dos usuários da via, além da sua, e que são passíveis de
penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro.

Conduza com as duas mãos no volante ou no guidom, evite acender cigarros ou


apanhar objetos dentro do veículo em movimento, evite manobras bruscas,
brincadeiras e tudo aquilo que pode desviar sua atenção do ato de dirigir.

Para efetuar parada de emergência por defeito mecânico, ao transitar à noite por
rodovias regularmente sinalizadas, o condutor deve estacionar no acostamento;
acionar as luzes de advertência; fixar o triângulo de segurança atrás do veículo e
aguardar fora dele a chegada de socorro ou assistência mecânica.

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Durante períodos de chuva, a visibilidade diminui, portanto, o condutor deve trafegar
com velocidade reduzida e usar farol baixo.

O motorista defensivo, para dobrar à esquerda em vias de sentido duplo de trânsito,


deve posicionar o veículo à esquerda da via com as rodas dianteiras direcionadas
para frente e a sinaleira ligada indicando sua intenção.

Olhar a paisagem, sintonizar o rádio, acender um cigarro ou usar aparelho celular,


tirando a atenção do trânsito, são coisas que colocam em risco a segurança do
trânsito.

Visando evitar acidentes, o motorista deve estar sempre atento para ver tudo o que
se passa no trânsito, decidir o que
fazer e agir corretamente.

Desobediência à sinalização é
considerada imprudência, bem
como dirigir com sono ou sob o
efeito de drogas.

Quando, por motivo de força maior,


um veículo não puder ser removido
da pista de rolamento ou
acostamento, o condutor deve colocar a sinalização (triângulo) a uma distância
adequada e de forma que os demais condutores sejam prevenidos do fato.

De acordo com as regras de direção defensiva, o uso do farol alto em sentido


contrário é responsável por grande número de acidentes.

Em situações de congestionamento no trânsito, é prudente o motorista manter-se


calmo e atento.

Para evitar a colisão com o veículo que vai à frente, o motorista deve manter
distância de segurança.

A falta de atenção do motorista pode lhe causar grandes problemas. Estar atento
significa olhar e analisar o trânsito, observando os perigos que podem surgir à sua

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volta.

A única forma de eliminar o álcool do organismo é o tempo, pois a eliminação se dá


de maneira lenta, levando de 6 a 8 horas.

São comportamentos do condutor que ajudam a evitar ou a criar condições que


levem a acidentes.

Os comportamentos corretos são sua maior garantia de chegar com segurança ao


seu destino.

2.7) Cuidados com os Demais Usuários da Via

2.7.1) Ciclistas:

A bicicleta é um veículo de
passageiros que tem direito de
trânsito como qualquer outro
veículo. Por ser um veículo
silencioso e pequeno, muitas vezes
não é percebida.

O CTB determina que o condutor


deve deixar uma distância lateral de 1,50 m ao passar ou ultrapassar uma bicicleta.

O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e


deveres.

2.7.2) Pedestres:

A prioridade no trânsito é do
pedestre. O condutor precisa
respeitar as normas estabelecidas
pelo CTB, respeitando a seguinte
ordem decrescente: os veículos de

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maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os
motorizados, pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade (livre do perigo,
são e salvo) dos pedestres.

2.8) Estado Físico e Mental do Condutor e Consequências da Ingestão e


Consumo de Bebida Alcoólica e Substâncias Psicoativas

O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo com
atenção e cuidados necessários à
segurança no trânsito e levando em
consideração seu equilíbrio físico,
psicológico e mental. A alteração
temporária do estado físico e
psíquico do condutor pode afetar
sua habilidade em satisfazer as
exigências da tarefa de dirigir e
manter o controle do veículo.

O consumo de algumas substâncias afeta negativamente nosso estado físico e


mental e nosso modo de conduzir veículos.

Alguns remédios usados, mesmo por recomendação médica, alteram nosso estado
geral, prejudicando nosso desempenho ao volante. Evite tomá-los ou não dirija após
seu uso. Exemplo: remédios para emagrecer, calmantes ou antialérgicos, drogas
para manter-se acordado (rebite) etc.

As drogas afetam o raciocínio lógico e o desempenho normal das funções físicas e


mentais. Conduzir alcoolizado é infração gravíssima e acarreta várias penalidades
previstas no Código de Trânsito Brasileiro.

Dirigir alcoolizado em nível superior a seis decigramas de álcool por litro de sangue
resulta em multa (5 vezes), suspensão do direito de dirigir e detenção de seis meses
a três anos, sendo considerado infração gravíssima (Art. 165 e 306 do CTB).

É de prática popular fazer uso de exercícios físicos, café forte sem açúcar, banho
frio ou remédios e chazinhos caseiros na tentativa de diminuir os efeitos do álcool no
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organismo. Isso não adianta, mesmo para aquelas pessoas que se acham
resistentes à bebida ou pensam que conduzem melhor quando bebem.

Recursos populares apenas conseguem transformar um bêbado com sono num


bêbado acordado. Ele vai continuar sem os reflexos normais. Nunca conduza um
veículo depois de beber.

A única maneira de eliminar a bebida alcoólica do organismo é esperar passar o


tempo necessário para a eliminação natural, que varia de acordo com peso, altura,
quantidade e espécie de alimentos existentes no estômago e com o tempo decorrido
após o ato de beber.

Se você bebeu, tomou remédios ou fez uso de qualquer tipo de droga, não conduza
nenhum veículo. Espere passar o efeito do produto ingerido.

2.9) Situações de Risco

2.9.1) Comportamentos Perigosos no Trânsito

Existem alguns comportamentos que são causadores de situações perigosas na


condução do veículo pelas vias.

Conhecer essas situações e evitá-las diminui os riscos de envolvimento em


acidentes.

São algumas dessas situações:

a) Manobra de Marcha à Ré

Por ser considerada manobra perigosa, deve ser evitada sempre que possível e
nunca ser realizada sem adotar medidas de segurança numa via por onde circulam
veículos e pedestres.

Transitar em marcha à ré, salvo na distância necessária a pequenas manobras e de


forma a não causar riscos à segurança, resulta em multa, sendo considerado
infração grave (Art. 194 do CTB.).

Ela serve apenas para pequenas distâncias e para manobras, como entrada e saída
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de garagem, estacionamento, não sendo permitido usá-la para locomover-se de um
a outro local nas vias públicas.

b) Conduzir nas Vias Rurais

Muitos acreditam que conduzir nas vias rurais é melhor e mais fácil que conduzir nas
cidades, uma vez que não há trânsito contínuo de veículos, pedestres e toda a
sinalização que regulamenta o trânsito.

Mas justamente a falta de determinados tipos de sinalização, que é desnecessária


nas rodovias, leva a comportamentos bem diferentes das áreas urbanas,
transformando em grandes causadores de acidentes, reforçados por atitudes
erradas e desatentas de condutores irresponsáveis que pretendem burlar as leis de
trânsito, colocando em risco sua vida e a dos demais usuários das vias.

2.9.2) Normas de Segurança

Siga sempre as seguintes normas de segurança:

• Faça revisão no seu veículo, antes de iniciar a viagem, verificando todos os


equipamentos obrigatórios e o estado do motor e do veículo. Não esqueça
de encher o tanque de combustível;

• Verifique o trajeto que irá fazer, informe-se sobre locais de serviços


mecânicos, postos de gasolina, hotéis, restaurantes, Polícia Rodoviária,
atendimento médico de emergência, enfim, tudo que possa precisar.

• Para entrar nas rodovias de maior velocidade, lembre-se que você será
parte integrante do trânsito, deslocando-se de maneira coerente com as
condições locais e o fluxo de veículos;

• Mantenha-se no ritmo da maioria, procurando nunca frear bruscamente,


não parar sobre a pista, não dar marcha à ré e não fazer manobras na
pista. Se perder uma saída ou retorno, siga até a próxima. É mais seguro;

• Observe e obedeça à sinalização, preste atenção em tudo, pois você não


terá tempo de pensar duas vezes. Por isso, mantenha-se bem distante do
veículo da frente para evitar colisões;

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• Cuidado com fadiga, sono, rebites, bebidas alcoólicas etc., pois você não
percebe quando começa a dormir ao volante. A fadiga tira de você as
condições de reagir prontamente em caso de emergência;

• Ao conduzir nas rodovias, principalmente à noite, a tentação é maior para


exceder a velocidade permitida, tornando bem mais difícil qualquer
manobra que você tenha que fazer, ou sua parada numa emergência, além
de impedir sua visão de obstáculos ou problemas na via;

• Ao entrar ou sair das rodovias, diminua a marcha na pista de


desaceleração ou em local indicado e aguarde o momento certo, pois
essas manobras são perigosas por causa das velocidades mais altas;

• Cuidado com dias de chuva, pois as pistas ficam escorregadias, sujeitas a


derrapagens, o tempo e o espaço para parar é maior e todas as manobras
tornam-se mais difíceis e perigosas. Diminua a velocidade;

• Quando for ultrapassar ou mudar de faixa, use setas, olhe pelos


retrovisores, olhe de novo e só comece a ultrapassagem com segurança.
Após ultrapassar, retorne à faixa da direita.

2.9.3) Riscos, Perigos e Acidentes:

• O primeiro passo é a identificação da situação de risco;

• O segundo passo é a redução de risco;

• O terceiro passo é sua eliminação.

Podemos aplicar os procedimentos acima na maior parte do tempo e das situações.

• Dirigir com atenção: permite a identificação da situação de risco;

• Velocidade adequada: favorece a redução do risco;

• Manter distância de segurança: facilita a eliminação do risco.

Outras situações nas quais a ação do motorista pode evitar acidentes:

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RISCO ATITUDE DE RISCO AÇÃO DEFENSIVA

Colisão frontal Ultrapassagem perigosa Ultrapassagem segura

Colisão com o veículo da Andar colado Manter distância de segurança


frente

Colisão com o veículo Frear bruscamente Frear de modo gradativo


detrás

Colisão lateral Não sinalizar intenções Sinalizar mudanças de direção

A quase totalidade dos acidentes está relacionada aos erros de motoristas e


pedestres que não conhecem as ações preventivas ou agem de forma negligente e
imprudente nas situações.

2.10) Conclusão

Nesse capítulo, você estudou as formas, atitudes, procedimentos e ações que


devem ser seguidas a fim de transitar com segurança, respeitando os demais atores
que atuam no trânsito.

Para prosseguir no curso, agora você deverá realizar o teste simulado sobre o
conteúdo estudado. O teste consiste de 15 perguntas, com 4 alternativas de
resposta. Você deve obter um aproveitamento de, no mínimo, 70% (11 questões)
para seguir em frente. Se não for bem sucedido na primeira vez, tente novamente
até atingir esse objetivo. Não existe limite para o número de tentativas,

Ao final de cada teste você terá um retorno de seu desempenho e, com base nele,
você poderá reforçar-se naqueles conteúdos onde apresentou baixo desempenho.

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3) NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS

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Nesse capítulo serão abordados os seguintes conteúdos:

• Sinalização do local do acidente

• Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância, concessionária da


via e outros

• Verificação das condições gerais da vítima

• Cuidados com a vítima (o que não fazer)

Após concluir seu estudo, estar preparado para enfrentar situações de emergência,
tendo relembrado:

• como deve ser feita a sinalização de um local onde ocorreu um acidente.

• como devem ser acionados os órgãos que podem atuar na ocorrência de


emergências.

• como se pode verificar as condições gerais da vítima, de forma a orientar os


socorristas.

• o que não deve ser feito quando se depara com vítimas de acidentes de
trânsito.

3.1) Fundamentos

São os primeiros procedimentos de emergência que visam manter as funções vitais


e evitar que piore o estado de saúde da vítima de acidente até
que ela receba assistência qualificada.

Em quaisquer situações e atividades, pessoas estão expostas


a riscos e, portanto, sujeitas a ferimentos e traumatismos
causados por acidentes.

Acidentes podem ocorrer em qualquer lugar, mas alguns


ambientes parecem ser especialmente propícios.

Especialistas no assunto garantem que a melhor forma de enfrentar esse problema


é pela prática da prevenção. Deve-se prevenir, afastando todas as condições de

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risco, e, assim, evitar que acidentes aconteçam.

3.2) Sinalização do Local do Acidente

Para evitar que a situação se agrave, é preciso sinalizar o local para não acontecer
novos acidentes e atropelamentos. O que pode ser feito:

• Acionar o pisca-alerta de veículos próximos ao local;

• Definir uma distância para melhor colocação do triângulo;

• Espalhar alguns arbustos ou galhos de árvores na via;

• Desligar a chave de ignição e/ou cabos da bateria dos veículos acidentados.

Existem muitos materiais fabricados, especialmente, para sinalização, mas na hora


do acidente, provavelmente, você terá apenas o triângulo de segurança à mão, já
que ele é um dos itens obrigatórios de todos os veículos. Use seu triângulo e os dos
motoristas que estejam no local. Não se preocupe, com a chegada das viaturas de
socorro, eles poderão ser substituídos por equipamentos mais adequados e
devolvidos aos seus donos.

Também podem ser usados outros materiais, como galhos de árvore, cavaletes de
obra, latas, pedaços de madeira, pedaços de tecidos, plásticos etc.

À noite ou com neblina, a sinalização deve ser feita com materiais luminosos.
Lanternas, pisca-alerta e faróis dos veículos devem sempre ser utilizados.

O importante é lembrar que tudo que for usado para sinalização deve ser de fácil
visualização e não pode oferecer risco, transformando-se em verdadeiras
armadilhas para os passantes e outros motoristas.

O emprego de pessoas sinalizando é bastante eficiente, porém, é sempre arriscado.


Ao se colocar pessoas na sinalização, é necessário tomar alguns cuidados:

• Suas roupas devem ser coloridas e contrastar com o terreno;

• As pessoas devem ficar na lateral da pista sempre de frente para o fluxo dos
veículos;

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• Devem ficar o tempo todo agitando um pano colorido para alertar os
motoristas;

• Prestar muita atenção e estar sempre preparado para o caso de surgir algum
veículo desgovernado;

• As pessoas nunca devem ficar logo depois de uma curva ou em outro local
perigoso. Elas têm que ser vistas, de longe, pelos motoristas.

A sinalização do local do acidente deve ser iniciada rapidamente para ser visível
pelos motoristas de outros veículos, antecipando a visão do problema e evitando
novos desastres.

Para fazer a marcação do local do acidente, é melhor usar passos, pois é mais
simples de executar. Cada passo largo de um adulto corresponde a
aproximadamente 1 m.

A distância onde deve começar a marcação preventiva deve ser calculada com base
nas seguintes informações:

• Percurso necessário para o veículo parar após iniciada a frenagem somado


ao tempo de reação do motorista;
• Maiores deverão ser as distâncias para colocação de sinais visuais do local
do acidente quanto maior for a velocidade permitida na via.

No quadro abaixo, apresentamos como deve ser feita a marcação:

VELOCIDADE DISTÂNCIA PARA INÍCIO DA SINALIZAÇÃO


TIPO DA VIA MÁXIMA (Chuva, Neblina,
PERMITIDA (Pista Seca)
Fumaça, Noite)
Vias locais 40 km/h 40 passos largos 80 passos largos
Avenida 60 km/h 60 passos largos 120 passos largos
Vias rápidas 80 km/h 80 passos largos 160 passos largos
Rodovias 100 km/h 100 passos largos 200 passos largos

Para isso, é preciso evitar riscos que surgem em cada acidente, agindo rapidamente
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para evitá-los.

3.3) Situações de Risco Decorrentes de Acidentes

Acontecendo um acidente, podem ocorrer várias outras situações de risco. As


principais são:

a) Novas Colisões

Você já viu como sinalizar adequadamente o local do acidente. Seguindo as


instruções, a possibilidade de novas colisões fica bem reduzida. Porém, imprevistos
acontecem. Por isso, nunca é demais usar simultaneamente mais de um
procedimento, aumentando ainda mais a segurança.

b) Atropelamentos

Adote as mesmas providências empregadas para evitar novas colisões. Mantenha o


fluxo de veículos na pista livre. Oriente para que curiosos não parem na área de
fluxo e que pedestres não fiquem caminhando pela via.

3.3) Acionamento de Recursos: Ambulância, Bombeiros, Polícia,


Concessionária da Via e Outros

O socorro especializado deve ser acionado o quanto antes possível em benefício


das vítimas de acidente. Esses
serviços de atendimento de
emergência estão presentes em
grande parte do país.

São gratuitos e têm números de


telefone padronizados em todo o
Brasil. Se você não tiver um celular
no momento, peça a alguém que estiver passando pelo local, procure ver se existe
algum telefone nos acostamentos das rodovias ou até mesmo solicite a algum
condutor que passar pelo local que procure um posto de polícia rodoviária ou
semelhante.

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Listamos abaixo os telefones que podem ser acionados em casos de emergência:

Telefones e Serviços
Quando Acionar
para Acionamento
Vítimas presas nas ferragens.
Qualquer perigo identificado, como fogo, fumaça,
faíscas, vazamento de substâncias, gases, líquidos,
combustíveis. Ou ainda locais instáveis, como
ribanceiras, muros caídos, valas etc.
193 Em algumas regiões do país, o Resgate-193 é utilizado
RESGATE DO CORPO DE para todo tipo de emergência relacionada à saúde. Em
BOMBEIROS outras, é utilizado prioritariamente para qualquer
emergência em via pública.
O Resgate pode acionar outros serviços quando
existirem e se houver essa necessidade.
Procure saber se existe e como funciona o Resgate em
sua região.
Qualquer tipo de acidente.
Mal súbito em via pública ou rodovia.
192 O SAMU foi idealizado para atender qualquer tipo de
emergência relacionada à saúde, incluindo acidentes de
SAMU
trânsito. Pode ser acionado também para socorrer
SERVIÇO DE
pessoas que passam mal dentro dos veículos. O SAMU
ATENDIMENTO MÓVEL
pode acionar o serviço de Resgate ou outros se houver
DE URGÊNCIA
essa necessidade.
Procure saber se existe e como funciona o SAMU em
sua região.
Acione sempre que ocorrer uma emergência em locais
sem serviços próprios de socorro.
Acidentes nas localidades que não possuem um sistema
190 de emergência poderão contar com o apoio da Polícia
POLICIA MILITAR Militar local.
Estes profissionais, ainda que sem equipamentos e
materiais necessários para atendimento e transporte de
uma vítima, são as únicas opções nesses casos.
Acione sempre que ocorrer qualquer emergência nas
TELEFONES VARIÁVEIS
rodovias.

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Telefones e Serviços
Quando Acionar
para Acionamento
Todas as rodovias devem divulgar o número do telefone
a ser chamado em caso de emergência. Pode ser da
Polícia Rodoviária Federal, Estadual, do serviço de uma
concessionária ou serviço público próprio. Esses
RODOVIAS POLÍCIA serviços não possuem um número único de telefone,
RODOVIÁRIA FEDERAL variando de uma rodovia a outra.
OU ESTADUAL Muitas rodovias dispõem de telefones de emergência
nos acostamentos, geralmente (mas nem sempre)
dispostos a cada quilômetro. Nesses telefones, é só
retirar o fone do gancho, aguardar o atendimento e
passar as informações solicitadas pelo atendente.
O Serviço de Atendimento ao Usuário - SAU é
SAU
obrigatório nas rodovias administradas por
SERVIÇO DE
concessionárias. Executa procedimentos de resgate,
ATENDIMENTO AO
lida com riscos potenciais e realiza atendimento às
USUÁRIO
vítimas. Seus telefones geralmente iniciam com 0800.
Mantenha sempre atualizado o número dos telefones
das rodovias que você utiliza. Anote o número da
SERVIÇOS
emergência logo que entrar na estrada. Regrinha
RODOVIÁRIOS FEDERAIS
eficiente para quem utiliza celular é deixar registrado no
OU ESTADUAIS
seu aparelho, e pronto para ser usado, o número da
emergência.
Não confie na sua memória. Procure saber como
acionar o atendimento nas rodovias que você utiliza.
Algumas localidades ou regiões possuem serviços
SERVIÇOS DOS distintos dos citados acima. Muitas vezes, eles não têm
MUNICÍPIOS MAIS responsabilidade de dar atendimento, mas fazem.
PRÓXIMOS Podem ser ambulâncias de hospitais, de serviços
privados, de empresas, grupos particulares ou ainda
voluntários que, acionados por telefones específicos,
podem ser os únicos recursos disponíveis.
Se você circula habitualmente por áreas que não
OUTROS RECURSOS contam com nenhum serviço de socorro, caso sofra um
EXISTENTES acidente, procure saber ou pensar, antecipadamente,
como conseguir auxílio.

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Se algum desses serviços for solicitado, você deve responder a algumas perguntas
simples, como:

• seu nome e número do telefone;

• local onde está a vítima (referências);

• o que foi que aconteceu: a natureza da


emergência;

• número de vítimas: condição da vítima e


providências tomadas.

3.4) Verificação das Condições Gerais da Vítima

Até que o atendimento especializado chegue ao local do acidente, medidas básicas


já podem ser tomadas. Você só deve fazer aquilo para o qual está preparado ou
treinado.

É importante ressaltar que não é recomendável movimentar a vítima, devendo


esperar socorro específico. Se for uma emergência de muita gravidade, podemos ter
como objetivo quatro comportamentos: informar, ouvir, aceitar e solidarizar.

Podemos falar com a vítima as providências que foram tomadas para socorrê-la,
ouvir o que ela tem a dizer, e, certamente, ela estará ansiosa, portanto, é importante
ter calma. Fale somente o que não causar expectativas negativas e evite discutir a
responsabilidade com o acidente nesse momento. É importante ter atitudes
tranquilizadoras.

Aquele que está prestando esse primeiro atendimento não especializado pode ser
solidário sem prejudicar sua segurança, mantendo-se próximo a vítima ou em algum
local onde possa ser visto por ela.

3.4.1) ABC da Vida

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O ABC da Vida é a primeira letra das palavras em inglês Airway, Breathing e
Circulation (Vias Aéreas,
Respiração e Circulação). Checados
nessa ordem, você pode assumir
que a vítima não apresenta uma
situação imediata de risco de morte
por comprometimento de seus
sistemas vitais.

Para se fazer primeiros socorros de


maneira eficiente, é necessário
efetuar uma verificação destes do funcionamento desses sistemas, adotando os
procedimentos gerais a seguir:

Restabeleça as Vias Aéreas para permitir a respiração. Retire qualquer

A objeto que as estiver obstruindo, como dentes quebrados, saliva, sujeira


etc. Cuidado para não empurrá-los mais para dentro. Lembre-se: Antes
de tudo, estabilize a região cervical.

Olhe, escute e sinta para tentar identificar sinais de respiração, como


B movimento do peito ou movimento de ar vindo da boca. Veja se existe
algum som proveniente da respiração ou dos pulmões.

Cheque a pulsação. Coloque a ponta dos dedos sobre a artéria carótida,

C no pescoço, e espere por pelo menos 20 segundos. É difícil de


encontrar pulso quando está fraco, quando está ventando muito ou
quando a vítima está em choque.

Veja se o cinto de segurança está dificultando a respiração da vítima. Neste caso, e


só neste caso, você deverá soltá-lo sem movimentar seu corpo.

3.4.2) Movimentos da Cabeça

Uma atitude que pode ser tomada é a de manter a posição da cabeça da vítima
impedindo que ela se movimente. Basta segurar a cabeça na altura das orelhas,

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exercendo uma leve pressão.

A vítima só deve ser movimentada quando existir um profissional especializado


capaz de avaliar a situação e se estiver com problemas para respirar.

3.4.3) Vítima Inconsciente

O contato com a vítima é importante e pode ser feito de maneira simples. Para tanto,
podemos fazer algumas perguntas,
como:

• Como você se chama?

• Como está se sentindo?

• Sabe o que aconteceu?

Essas perguntas visam apenas


identificar se a pessoa está
consciente e sabendo o que ocorreu.

Se a vítima se encontrar inconsciente ou desmaiada, a melhor atitude a se fazer é


reforçar o chamado para o socorro de especializado. A maioria dos casos de
atendimento a pessoas inconscientes exige preparo e treinamento específico.

3.4.4) Controlando uma Hemorragia Externa

A maneira mais simplificada para lidar com uma situação em que existe um forte
sangramento, principalmente se estiver visível, é usar um pano limpo ou gaze e
fazer compressão no local do ferimento.

Se houver a possibilidade de ocorrer contato com sangue ou outros fluídos corporais


da vítima, devem ser tomadas várias precauções, como uso de luvas e descarte
correto do material utilizado. O leigo só deve agir nesses casos se estiver preparado
psicologicamente e usando luvas.

Existem doenças que podem ser transmitidas quando ocorre contato com sangue,
como hepatites e Aids. Portanto, se existir contato com sangue da vítima, a equipe
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de socorro especializado deverá ser informada.

3.4.5) Evitando Desorientação

Quando ocorre um acidente, as pessoas podem


ficar desorientadas e ter dificuldade de sair do
veículo ou se sentir em condições adequadas de
saírem, normalmente, mesmo que um pouco
atordoadas.

Para as pessoas que deixam seus veículos por


conta própria, é indicado que se escolha um local seguro para aguardar as equipes
de socorro. Fato esse que também minimizará o trabalho das equipes
especializadas.

3.4.6) Proteção contra Condições Climáticas Negativas

As vítimas de acidentes devem ser protegidas contra sol, chuvas ou frio.

Devem ser mantidas aquecidas para que não percam o calor do próprio corpo, na
sombra e sob proteção de chuvas. Se não houver agasalho, pode-se procurar um
local sem vento e coberto.

Uma vítima de acidente exposta a condições climáticas adversas pode ter seu
estado de saúde comprometido.

3.5) Cuidados com a Vítima (O que não fazer?)

• Não movimente a vítima;

• Não faça torniquetes;

• Não tire o capacete de um motociclista;

• Não dê nada para ela beber.

As lesões de coluna, fraturas em membros superiores ou inferiores podem ser


agravados com a movimentação da vítima de acidente. Em caso de atropelamento e

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colisões em que os veículos se amassam, esses riscos são ainda maiores.

Caso o acidente tenho causado lesões internas, essa movimentação pode causar
hemorragias. Se houver uma vértebra comprometida, a movimentação da vítima
pode levar à fratura dela, atingindo a medula e causando graves sequelas, como a
paralisia dos membros superiores ou inferiores.

Se houver risco de incêndio, do veículo cair ou outro perigo eminente, apenas


nesses casos, a vítima pode ser movimentada antes da chegada da equipe de
socorro especializado. Não havendo risco imediato, não movimente as vítimas.

Mesmo que uma vítima de acidente consiga se movimentar normalmente, é


aconselhável que ela aguarde sentada, em local seguro, até a chegada de uma
equipe especializada em socorro de urgência.

3.5.1) Não Tire o Capacete de um Motociclista

A retirada do capacete do motociclista deve ser feita apenas por socorrista


especializado ou pessoas com treino e formação adequada, principalmente se ele
estiver inconsciente. Esse gesto pode contribuir para agravar lesões no pescoço,
coluna e crânio.

3.5.2) Não Aplique Torniquetes

O torniquete consiste numa faixa de constrição (pressão) que se aplica a um


membro de maneira tal que possa apertar-se até deter a passagem do sangue
arterial, controlando uma hemorragia externa. Seu uso não é aconselhado. Hoje em
dia, apenas profissionais treinados podem decidir se esse procedimento é
necessário.

3.5.3) Não dê nada para a Vítima Ingerir

Uma vítima de acidente pode ter lesões internas ou fraturas. Dessa forma, se
necessitar ser submetida a procedimentos hospitalares, seu estado de saúde pode
ser agravado pela ingestão de qualquer tipo de líquido. Espere uma avaliação da

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equipe de socorro especializado.

3.6) Conclusão

Nesse capítulo, você estudou como deve ser o comportamento dos condutores em
situações de emergência, diante de acidentes de trânsito. Em decorrência disso,
você deve estar mais preparado para atuar com eficácia em eventuais situações que
exijam sua intervenção. Em nosso país, o trânsito é extremamente violento: segundo
dados da OMS - Organização Mundial da Saúde - o Brasil é o 5º país do mundo com
mais mortes de trânsito (dados de 2016), matando 47 mil pessoas, e deixando cerca
de 400 mil com algum tipo de sequela.

Para prosseguir no curso, agora você deverá realizar o teste simulado sobre o
conteúdo estudado. O teste consiste de 15 perguntas, com 4 alternativas de
resposta. Você deve obter um aproveitamento de, no mínimo, 70% (11 questões)
para seguir em frente. Se não for bem sucedido na primeira vez, tente novamente
até atingir esse objetivo. Não existe limite para o número de tentativas,

Ao final de cada teste você terá um retorno de seu desempenho e, com base nele,
você poderá reforçar-se naqueles conteúdos onde apresentou baixo desempenho.

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4) RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

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Os temas a serem abordados nesse capítulo são os seguintes:

• Comportamento solidário no trânsito

• O indivíduo, o grupo e a sociedade

• Responsabilidade do condutor em relação aos demais atores do processo de


circulação

• Respeito às normas estabelecidas para segurança no trânsito

• Papel dos agentes de fiscalização de trânsito

Concluído o seu estudo, o cursando deverá ter plena consciência da sua postura no
trânsito como agente de redução de conflitos e ampliação de uma convivência mais
harmoniosa junto aos demais atores que se utilizam das vias públicas, relembrando,
ainda:

• a importância do comportamento solidário no trânsito, estimulando o condutor


a adotar uma postura adequada;

• como se constitui a sociedade humana e as interações entre seus grupos e


indivíduos;

• suas responsabilidades diante dos demais atores;

• os fundamentos sociais das normas de segurança do trânsito e a importância


de respeitá-las;

• o papel dos agentes de trânsito, que atuam na fiscalização.

4.1) Fundamentos:

As pessoas carregam diferenças entre si e têm conhecimento que suas


necessidades não são iguais. Ressalvando as necessidades básicas, como
alimentação, abrigo, proteção dos perigos da natureza e da violência, as demais
apresentam um anseio único de cada ser. Quando identificamos semelhanças nas
necessidades, formamos grupos que dão força e voz às necessidades que já não
são mais exclusivamente individuais. A ação coletiva, na maioria dos casos, será
mais efetiva do que a ação individual para reivindicar direitos ou para se defender de
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abusos. Dentro dos grupos, cada ser humano é único e tem características próprias,
são indivíduos com identidade própria, única.

Se a princípio os homens são únicos em suas


formas de existir, alguma relação deve se
estabelecer para que eles convivam em
sociedade.

Essas relações devem se apoiar no respeito e na


confiabilidade exercidos por cada membro de
uma sociedade.

As regras de convívio se transformam em


condutas padrão a ser seguidas por todos,
disciplinando o relacionamento entre pessoas.
Leis, códigos, normas e punições nascem justamente no sentido de regular
condutas. Aquilo que vale para um indivíduo deve valer para todos os outros. Todos
podem ou não exercer atos cotidianos da vida civil sem distinção.

A Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, é a lei mais importante


do país e prevalece sobre todas as outras. Ela é conhecida como constituição
cidadã, pois representou um marco no anseio por direitos democráticos. Existem
também em nosso ordenamento jurídico códigos que trazem uma legislação distinta
focada em assuntos particulares.

Temos, assim, como exemplos, o Código de Trânsito, o Código Penal, o Código


Civil, o Código Eleitoral etc. O cidadão tem o dever de obedecer leis e normas em
benefício do bem comum. Essa é a melhor forma de respeitar o direito das demais
pessoas e ter nossos direitos respeitados. Isso quer dizer que estamos sujeitos a
punições.

Particularmente no trânsito, temos um conjunto complexo de circunstâncias, pois


que todo cidadão, pedestre ou condutor, deve seguir determinadas normas para que
ocorra um convívio harmonioso.

Sendo assim e para evitar problemas, é necessário tanto o conhecimento da

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legislação de trânsito quanto das normas de circulação e conduta.

A busca comum deve ser por um ambiente harmonioso no trânsito para que os
diversos participantes desse complexo sistema se respeitem e procurem soluções
pacíficas e baseadas no bom senso na resolução de conflitos. O que se pretende é
um ambiente mais calmo e seguro para todos os usuários das vias públicas. Um
trânsito mais humanizado.

4.2) Convívio social no trânsito.

O complexo sistema que o trânsito representa em qualquer parte do mundo deve


considerar as necessidades de todos os usuários indiscriminadamente.

O Código de Trânsito Brasileiro, (Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997) as leis e


as resoluções complementares definem as normas que devem ser seguidas no
trânsito de qualquer natureza, nas vias terrestres, assim como as punições para
aqueles que as desrespeitam. Isso porque a segurança de todos os usuários das
vias públicas é colocada em risco diariamente por comportamentos que não são
adequados ou que desrespeitam as normas. Dessa forma, as responsabilidades
civis e criminais também estão previstas no CTB.

Os problemas pessoais e as frustações do dia a dia muitas vezes são


descarregadas no trânsito, criando situações de violência e desrespeito. Vemos que
uma simples discussão de trânsito, às vezes, leva a um homicídio por causa do
estresse cotidiano.

No trânsito, verificamos que o maior culpado pelas agressões, desrespeito e


violência é o motorista.

Para que ocorra uma maior harmonia no trânsito, são possíveis algumas atitudes
simples, como paciência e bom senso.

4.3) Diferenças Individuais: o Indivíduo no Grupo e na Sociedade

Cada ser humano é uma construção em que se agregam vários fatores, como
cultura, educação, crenças, costumes, gostos etc. É esse conjunto de influências

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que torna uma sociedade dinâmica. Dessa forma e por meio dessas influências, as
interpretações para os acontecimentos vão
ser especiais e próprias, revelando as
diferenças individuais. Essas diferenças
individuais determinam também as diferentes
personalidades e, consequentemente,
reações também distintas.

Sendo assim e entendendo que no trânsito


encontraremos todos os tipos de indivíduos
com diferentes personalidades, é necessário que se busque harmonia. Para tanto,
devemos sempre conhecer nossos
direitos e deveres como cidadãos,
respeitar as leis de trânsito e as
normas de circulação e conduta.
Como já citado anteriormente e
segundo pesquisas, o maior
responsável pelos acidentes de
trânsito é o homem. Alguns
elementos que comprometem a
segurança no trânsito se referem
aos diferentes tipos de personalidades e valores pessoais.

4.3.1) Fatores que Interferem no Relacionamento Humano no Trânsito:

Não se esqueça que você não está sozinho no trânsito, e as leis foram feitas não
apenas para os outros, mas para você também. É importante salientar que grande
parte dos problemas de relacionamento humano no trânsito ocorre em razão de uma
série de fatores. Como:

• Supervalorização da máquina: quanto melhor o veículo, mais direitos e


menos deveres o motorista julga ter;

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• Inversão de valores: o veículo é usado como instrumento de força, de
vaidade e de competição;

• Falta de controle emocional


do indivíduo: julgar que só
os próprios problemas ou
vontades contam e devem
ser respeitados;

• Egoísmo: falta de pensar


em conjunto; levar em
conta só a si mesmo, os outros não existem;

• Descaso a normas e
regulamentos: julgar que a
legislação de trânsito foi
feita para os outros, não
para si mesmo;

• Falta de planejamento em
relação ao horário e ao
percurso: tentar recuperar o “tempo perdido”, apressando ou perturbando
os outros motoristas;

• Crença na imunidade: achar que coisas ruins não acontecem consigo


mesmo;

• Desconhecimento das leis: o desconhecimento das leis de trânsito, da


sinalização e/ou de seu veículo impedirá que o indivíduo dirija
corretamente;

• Desrespeito aos direitos alheios: sempre que você cometer uma infração
de trânsito estará ferindo direitos alheios.

4.3.2) Atitudes que tornam o trânsito mais humano:

• Agir com urbanidade;

• Todos nós somos sujeitos de direitos e obrigações;

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• Entender as limitações pessoais de algum usuário das vias públicas;

• Evitar o cometimento de infrações;

• Cultivar o respeito entre indivíduos.

4.4) Responsabilidade do Condutor em Relação aos Demais Atores do


Processo de Circulação

Existe um princípio da segurança do trânsito que estabelece uma hierarquia de


responsabilidades, onde o menos vulnerável é o responsável pelos mais
vulneráveis. Sob essa ótica, o pedestre (ator mais frágil) deve ter sua segurança
garantida por todos os demais atores: condutores de veículos de tração humana, de
tração animal, condutores de veículos automotores de 2 e 3 rodas, condutores de
veículos leves e pesados, que nessa ordem são responsáveis pelos que os
antecedem.

Portanto, todas as ações que visam a segurança no trânsito devem tomar este
aspecto em consideração.

Um outro princípio estabelece que a segurança no trânsito, se inicia antes mesmo


da circulação propriamente dita. Isto significa que os veículos devem ter suas
condições de circulação previamente verificadas antes de serem colocados nas vias
públicas, evitando que danos decorrentes de manutenção precária venham a
provocar acidentes e empecilhos à circulação.

4.5) Respeito às Normas Estabelecidas para Segurança no Trânsito

A legislação de trânsito, como já dito, objetiva fundamentalmente a segurança de


todos os atores que utilizam as vias públicas, bem como à fluidez da circulação.
Desta forma possui um profundo sentido social que procura estabelecer padrões de
convivência adequados a sociedades complexas, que devem merecer o respeito de
todos para que se tornem cada vez mais fortes.

Também por esse motivo, a sociedade tem exigido normas cada vez mais rigorosas,
que prescrevam penalidades mais pesadas para aqueles que cometem infrações
atentatórias à segurança coletiva. Exemplo disso é a escalada da penalização ao
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uso de álcool pelos condutores, que possuia penalidades relativamente leves, e
agora é punida com rigor.

4.6) Papel dos Agentes de Fiscalização de Trânsito

Para melhor compreendermos o papel do agente de trânsito podemos fazer uma


distinção entre agente de trânsito e autoridade de trânsito.

A autoridade de trânsito é o dirigente de órgão ou entidade executiva integrante do


Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por ele expressamente credenciada.

Já o agente de trânsito, é pessoa civil ou militar, credenciada pela autoridade


de trânsito para o exercício das atividades de fiscalização, operação, policiamento
ostensivo de trânsito ou patrulhamento. Em várias passagens, a legislação refere-se
ao agente de trânsito como agente da autoridade de transito.

O principal foco de atuação do agente de trânsito é trabalhar por uma melhor


qualidade de vida das pessoas, pois o trânsito é um dos maiores criadores de stress
e desentendimentos do mundo moderno.

Para que exista uma maior qualidade nos relacionamentos no trânsito, o agente
deve atuar como um facilitador da mobilidade urbana ajudando na organização do
sistema viário, pautando-se pelos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.

Neste contexto e para que possa exercer suas atribuições como agente da
autoridade de trânsito, o servidor ou policial militar deverá ser credenciado, estar
devidamente uniformizado, conforme padrão da instituição, e no regular exercício de
suas funções. O uso de veículo, na fiscalização de trânsito, deverá ser feito com os
mesmos caracterizados.

O agente de trânsito, ao presenciar o cometimento da infração, lavrará o respectivo


Auto de Infração de Trânsito (AIT) e aplicará as medidas administrativas cabíveis,
sendo vedada a lavratura do AIT por solicitação de terceiros.

Essas ações de fiscalização interferem diretamente na segurança e escoamento do


trânsito ajudando na mudança de postura dos usuários da via e principalmente do

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condutor infrator, usando dos instrumentos legais para imposição de multas,
advertências e/ou orientações visando um trânsito mais seguro e humanizado.

O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o auto de infração de


trânsito (AIT) poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial
militar designado pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via no
âmbito de sua competência.

O agente de trânsito, ao presenciar o cometimento da infração, lavrará o respectivo


auto e aplicará as medidas administrativas cabíveis, sendo vedada a lavratura do
AIT por solicitação de terceiros.

A lavratura do AIT é um ato vinculado na forma da Lei, não sendo opcional a sua
lavratura, conforme dispõe o artigo 280 do CTB.

O agente de trânsito deve priorizar suas ações no sentido de coibir a prática das
infrações de trânsito, porém, uma vez constatada a infração, só existe o dever legal
da autuação, devendo tratar a todos com urbanidade e respeito, sem, contudo,
omitir-se das providências que a lei lhe determina.

4.6) O Meio Ambiente e o Convívio Social no Trânsito

A legislação ambiental tem como


objetivo principal a preservação da
vida humana, assegurando sua
qualidade de vida.

Toda a coletividade anseia por um


ambiente saudável e seguro,
construído e conservado para nele
viver em harmonia. Isso implica
também em uma relação saudável
com o trânsito.

A integração entre trânsito e meio ambiente passa também pelo entendimento e


absorção de termos como “humanização do trânsito”. Isso porque é necessário

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diagnosticar problemas causados pelo comportamento inadequado do homem,
principalmente no ambiente urbano, e apontar medidas práticas para a solução dos
problemas diagnosticados.

4.7) Conclusão

Nesse capítulo, você viu como o trânsito é um processo social, onde interagem
diversos atores, muitas vezes em situações de conflito. Cada indivíduo e cada grupo
possuem suas próprias características sendo importante que se estabeleçam
parâmetros que permitam um relacionamento adequado. Neste sentido, a legislação
atua como um elemento de coesão, impondo regras que devem ser respeitadas,
penalizando aqueles que as contrariam.

Para prosseguir no curso, agora você deverá realizar o teste simulado sobre o
conteúdo estudado. O teste consiste de 15 perguntas, com 4 alternativas de
resposta. Você deve obter um aproveitamento de, no mínimo, 70% (11 questões)
para seguir em frente. Se não for bem sucedido na primeira vez, tente novamente
até atingir esse objetivo. Não existe limite para o número de tentativas,

Ao final de cada teste você terá um retorno de seu desempenho e, com base nele,
você poderá reforçar-se naqueles conteúdos onde apresentou baixo desempenho.

Após realizar o teste simulado referente a esse capítulo, será disponibilizado o teste
simulado final.

Este teste possui 30 perguntas, com 4 alternativas de resposta. Para concluir o


curso, e receber o Certificado de Conclusão, você deve obter um aproveitamento
mínimo de 70 % (21 questões). Após conseguir este objetivo, você receberá um e-
mail com as orientações para agendar o exame oficial.

Mesmo tendo obtido o certificado, você poderá continuar a acessar o curso, para
voltar a estudar seu conteúdo e realizar mais testes, de forma a melhor se preparar
para o exame oficial.

BOA SORTE!

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Referências Bibliográficas:

BRASIL. Lei no 9.503, de 02 de março de 2015. Diário Oficial da União, Poder


Executivo, Brasília, DF, 25 set. 1997. Seção 1, p. 29514. Seção 1, p. 29514.
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BRASIL. Lei no 13.103, de 02 de março de 2015. Diário Oficial da União, Poder


Executivo, Brasília, DF, 03 mar. 2015. Seção 1, p. 1. Disponível em:
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BRASIL. Resolução CONTRAN no 160, de 22 de abril de 2004. Aprova o Anexo II do


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Sinalização Semafórica do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Diário
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BRASIL. Resolução CONTRAN no 561, de 15 de OUTUBRO de 2015. Aprova o


Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, Volume II – Infrações de competência
dos órgãos e entidades executivos estaduais de trânsito e rodoviários. Diário Oficial
da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 nov. 2015. Seção 1, p. 33. Disponível
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BRASIL. Resolução CONTRAN no 690, de 27 de setembro de 2017. Aprova o


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BRASIL. Resolução CONTRAN no 690, de 27 de setembro de 2017. Aprova o


Volume VII - Sinalização Temporária, do Manual Brasileiro de Sinalização de
Trânsito. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 28 set. 2017.
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