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(FLC5156SES)
CAMAQUÃ
2022
CIDADE
ANO
2
CAMAQUÃ
2022
3
SUMÁRIO
2 CONCLUSÕES..............................................................................................................19
3 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...................................................................................20
INTRODUÇÃO
Na presente Análise Institucional será exposto um breve histórico do município, onde está
referida a Secretaria especial da mulher do trabalho e desenvolvimento social- SEMTDS, bem
como histórico da Instituição concedente de estágio – Centro de Referência Especializado de
Assistência Social – CREAS, por conseguinte serão relatados fundamentos da Política de
Assistência Social, suas principais diretrizes e princípios que norteiam a efetivação da política. Em
seguida serão apontadas as duas proteções especiais que o Sistema Único de Assistência Social
opera, em dois níveis: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial, e os serviços prestados
por elas, dando ênfase a Proteção Social Especial, sendo está campo de estágio I, dando
continuidade será abordado, as demandas atendidas pela instituição e suas principais
características, bem como a proposta de atuação ao usuário, estrutura e funcionamento da
organização, seguindo irei falar sobre serviço social na unidade do CREAS, sua origem e também
sobre o assistente social, bem os instrumentos técnicos operativos utilizados na sua prática, e por
fim a conclusão, ou seja, uma reflexão e análise da prática durante o estágio curricular
supervisionado, concebido como um dos momentos privilegiados de integração teoria-prática.
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médias propriedades dedicadas ao plantio da soja, milho, feijão, fumo e mandioca. Esta região
apresenta ainda uma rara paisagem, composta por cascatas e cachoeiras.
Dentre os diversos significados dados ao município de Camaquã o mais adequado
segundo o autor Antônio Cândido Silveira Pires é o de rio correntoso ou rio forte. Camaquã vem
de Icabaquã e na língua tupi guarani I significa rio, água e Cabaquã quer dizer velocidade,
correnteza. Então podemos concluir que o nome de nosso município vem do rio Camaquã que
passa em nossa cidade.
Segundo o censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), atualmente o município de Camaquã conta com uma população de
aproximadamente 62.764 habitantes, com uma área territorial (Km²) de aproximadamente
1.679,441, e uma densidade demográfica de habitantes por Km² de 37,37.
Sendo que até o ano de 1988 a Assistência Social não se preocupava em soluções para
resolver ou atenuar os problemas sociais da população, visto que os programas socioassistenciais
eram desenvolvidos por entidades filantrópicas.
Em seu artigo 194, a Constituição Federal definiu a Assistência Social como política
pública de natureza não contributiva, passando a compor o Sistema de Seguridade Social ao lado
das políticas da Saúde e da Previdência Social.
Em 07 de dezembro de 1993 foi publicada a Lei 8.742, que dispõe sobre a organização da
Assistência Social, responsável por regulamentar e ratificar aquilo que havia sido disciplinado pela
Constituição Federal.
A Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS, como ficou conhecida a Lei 8.742/93,
assegurou a assistência social como direito do cidadão e dever do Estado, ou seja, ao Estado
cabe a responsabilidade pela gestão, financiamento e execução da política de Assistência Social.
No ano de 2004 foi aprovada a Política Nacional de Assistência Social – PNAS, que
reorganizou projetos, programas, serviços e benefícios de assistência social, consolidando no país
o Sistema Único de Assistência Social – SUAS.
Com base no PNAS, no ano de 2005 foi aprovada a Norma Operacional Básica do Sistema
Único de Assistência Social (NOB/SUAS), responsável por regular em âmbito nacional a
organização do já consolidado Sistema Único de Assistência Social – SUAS.
Em 2011, com base na PNAS e na NOB/SUAS, foi publicada a Lei 12.435, que alterou
alguns dispositivos da Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS (Lei 8.742/93) e assegurou
definitivamente a institucionalidade do SUAS, garantindo avanços significativos no tocante a
organização de programas de Assistência Social no país.
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Vê-se, desse modo, que o caminho percorrido até a consolidação do Sistema Único de
Assistência Social – SUAS foi sinuoso.
- Realizar busca ativa dos beneficiários do BPC que não estão cadastrados no Cadastro
Único a partir do cadastro do INSS;
- Sensibilizar a rede de saúde educação para a identificação dos beneficiários do BPC que
estão fora do Cadastro Único;
- Campanha publicitária sensibilizando a sociedade para as responsabilidades e o papel da
família;
- Reativar o conselho municipal dos Direitos da Mulher e sensibilizar a sociedade para a
participação do mesmo;
- Fomentar a interlocução entre os conselhos municipais a fim de se traçar estratégias para
o enfrentamento das desigualdades sociais;
- Ampliar as divulgações dos conselhos, fomentando a participação da sociedade civil;
- Ações comunitárias articuladas entre a rede de serviços para as famílias como estratégia
para a manutenção dos adolescentes na rede escolar;
- Capacitação dos trabalhadores do SUAS, visando o atendimento aos usuários portadores
de deficiência;
- Buscar parcerias com a iniciativa privada incentivando a inclusão produtiva;
- Revisão e adequação da Lei Municipal de Assistência Social de acordo com o SUAS;
- Fortalecimento da gestão do SUAS a nível municipal;
- Fortalecimento do controle social do SUAS;
- Fortalecimento da rede de serviços do SUAS e intersetorialidade com as demais políticas.
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São dois os níveis de proteção organizados pelo SUAS; Proteção Social Básica, destinada
à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e
benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social; e Proteção Social
Especial, destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que
tiveram seus direitos violados.
Dessa forma, para melhor compreender os serviços e projetos desenvolvidos pelo CREAS
voltados às famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, é necessário escrever
acerca das competências do CREAS, explicando também sua abrangência e campo de atuação.
Iniciamos pelo PAEFI, sendo este ofertado e/ou referenciado no CREAS: Serviço de
Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos.
De acordo com as orientações sobre a Gestão do PAEFI, pode ser assim definido como
serviço de apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seus membros em
situação de ameaça ou violação de direitos, compreende também atenções e orientações
direcionadas para a promoção de direitos, preservação e o fortalecimento de vínculos familiares,
comunitários e sociais e para o fortalecimento da função protetiva das famílias diante do conjunto
de condições que as vulnerabilizem e/ou as submetam a situações de risco pessoal e social. O
atendimento fundamenta-se no respeito à heterogeneidade, potencialidades, valores, crenças e
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identidades das famílias. O serviço articula-se com as atividades e atenções prestadas às famílias
nos demais serviços socioassistenciais, nas diversas políticas públicas e com os demais órgãos
do Sistema de garantia de Direitos. Devendo garantir atendimento sistemático, continuado e
providências necessárias para a inclusão da família e seus membros em serviços
socioassistenciais e/ou em programas de transferência de renda, de forma a qualificar a
intervenção e restaurar direitos.
São usuários desse serviço às famílias e indivíduos que possuem direitos violados,
consequentemente, são aqueles que passam por ocorrência de:
- Violência física, psicológica e negligência;
- Violência sexual: abuso e/ou exploração sexual;
- Afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medida socioeducativa ou medida
de proteção;
- Tráfico de pessoas;
- Situação de rua e mendicância;
- Abandono;
- Vivência de trabalho infantil;
- Discriminação em decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia;
- Outras formas de violação de direitos decorrentes de discriminações/submissões a
situações que provocam danos e agravos a sua condição de vida e os impedem de usufruir
autonomia e bem-estar;
- Descumprimento de condicionalidades do Programa Bolsa Família (PBF) e do Programa
de Erradicação de Trabalho Infantil (PETI) em decorrência de violação de direitos.
Serviço de MSE em Meio Aberto tem como propósito contribuir para o aprimoramento da
execução do Serviço de Proteção Social a Adolescente em Cumprimento de Medida
Socioeducativa LA e de PSC, ofertado no CREAS. O aperfeiçoamento do processo de trabalho do
atendimento socioeducativo no SUAS tem como desafio estabelecer orientações para o Serviço
de MSE em Meio Aberto a partir das diretrizes e normativas do SUAS, alinhado ás disposições
legais do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE.
adolescentes em relação ao fenômeno total da violência, como também o fato de suas trajetórias
serem usualmente marcadas por violações de direitos.
Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos e suas famílias,
é destinado à promoção de atendimento especializado a famílias com pessoas com deficiência e
idosos com algum grau de dependência, que tiveram suas limitações agravadas por violação de
direitos.
Os usuários que acessam os serviços ofertados pelo CREAS, podemos citar famílias e
indivíduos que vivenciam violação de direitos por ocorrência de: violência física, psicológica e
negligência; violência sexual: abuso e/ou exploração; famílias com adolescentes em cumprimento
de medida socioeducativa de LA e PSC; afastamento do convívio familiar devido à aplicação de
medida de proteção; indivíduos regressos de situação de tráfico de pessoas; situação de rua e
mendicância; abandono; vivência de trabalho infantil; discriminação em decorrência da orientação
sexual e /ou raça/etnia; outras formas de violação de direitos decorrentes de
discriminações/submissões a situações que provocam danos e agravos a sua condição de vida e
os impedem de usufruir autonomia e bem estar; descumprimento de condicionalidade PBF e do
PETI em decorrência de violação de direitos.
Assim sendo, são realidades que merecem tratamentos diferenciados e a Política Nacional
de Assistência Social tem exatamente esta proposta, deixando clara a responsabilidade de Estado
no atendimento a essas famílias e tendo como um dos objetivos: Prover serviços, programas,
projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos
que deles necessitarem.
Na presente proposta daremos ênfase a Proteção Social Especial que tem a capacidade
de atendimento integral, através da Política de Assistência Social, às questões de vulnerabilidades
que se apresentam, motiva a instituição de atendimentos diferenciados; por este motivo, quando
as famílias e indivíduos já encontram-se em situações que são traduzidas como violação de
direitos, risco social e pessoal com perda de vínculos afetivos, devem ser atendidas pela Proteção
Social Especial, no CREAS; significa dizer que são situações que extrapolam a função da
Proteção Social Básica.
- Um Coordenador;
- Duas Assistente Social;
- Duas Psicóloga;
- Uma profissional de nível médio para recepção dos usuários.
Cada profissional que atua no CREAS tem sua importância e complementa o serviço de
acompanhamento especializado para famílias em situação de risco. No entanto, devido à
complexidade deste trabalho, a pessoa responsável pela coordenação desta unidade pública tem
um papel fundamental, pois estará à frente na tomada de decisões, articulações a serem feitas e
na condução da equipe multiprofissional.
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Com a Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004), foi instituída no país uma
nova organização na forma de ofertar a proteção social, decorrendo daí novo modelo na gestão e
na oferta de serviços, isso fortalece o (ainda) necessário reconhecimento da Assistência como
política pública e direito social.
Setembro 2005
O Serviço Social é uma profissão de nível superior e pode ser exercida somente por
profissionais diplomados em instituições de ensino reconhecidas pelo MEC – Ministério da
Educação e Cultura devidamente registrado.
O Assistente Social deve orientar-se pela Lei que regulamenta a profissão de Serviço
Social Lei n 8662 de 07 de junho de 1993 e pelo Código de Ética Profissional e pela Lei de
Regulamentação da Profissão devendo ser observada tanto pelos/as assistentes sociais quanto
pelas organizações e/ou instituições em que trabalham estes profissionais.
A prática dos profissionais de Serviço Social no CREAS está marcada no que dispõe o
código de ética da profissão, respeitando os indivíduos e atuando no processo de transferência de
direitos, bem como se valendo do disposto na lei de regulamentação da profissão (lei nº 8.662/93)
que em seu ART. 4º estabelece ser competências do assistente social dentre outras, destacamos
as seguintes:
As principais ações /atividades que constituem o trabalho social essencial ao serviço e que
devem ser realizadas pelos profissionais do CREAS são: acolhida; escuta; estudo social;
diagnóstico socioeconômico; monitoramento e avaliação do serviço; orientação e
encaminhamentos para a rede de serviços locais com resolutividade; construção de plano
individual e/ou familiar de atendimento; orientação sócio-familiar; atendimento psicossocial;
orientação jurídico-social; referência e contra-referência; informação, comunicação e defesa de
direitos; apoio à família na sua função protetiva; acesso à documentação pessoal; mobilização,
identificação da família extensa ou ampliada; articulação da rede de serviços socioassistenciais;
articulação com os serviços de outras políticas setoriais; articulação interinstitucional com os
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2 CONCLUSÕES
O estágio tem como referência a Lei 8.662/1993, que regulamenta a profissão; o Código de
Ética Profissional de 1993, com seus onze princípios indicando o rumo ético-político a serem
seguidos pela categoria profissional, assim como os conhecimentos a serem buscados; a
Resolução CFESS/CRESS nº 533/2008, que regulamenta a Supervisão Direta de Estágio em
Serviço Social e PNE – Política Nacional de Estágio instituída pela ABEPSS no ano de 2010.
Enfim, é a partir das vivências, presenciando e acompanhado cada atitude profissional que
ocorrerá a formação da identidade do futuro profissional, que deverá ser compromissado com a
qualidade dos serviços prestados e a consolidação dos direitos dos cidadãos.
3 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL, Conselho Nacional de Assistência Social. Norma Operacional Básica do Sistema Único
de Assistência Social. Resolução nº 33, de 12 de dezembro 2012. Brasília: CNAS, 2012.
BRASIL. Lei Orgânica de Assistência Social. Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993. Brasília:
Senado Federal, 1993.
GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade do Assistente Social. 9ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.
<https://www.blog.gesuas.com.br/centro-de-referencia-especializado-de-assistencia-social/>
acessado em 13 de novembro de 2022.