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Centro Universitário Leonardo Da Vinci

Curso Bacharelado em Serviço Social

BIANCA ESPINDULA BOHMER

(FLC5156SES)

ESTUDO E ANÁLISE DA INSTITUIÇÃO:


(CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CREAS )

CAMAQUÃ
2022

CIDADE
ANO
2

BIANCA ESPINDULA BOHMER

ESTUDO E ANÁLISE DA INSTITUIÇÃO:


(CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CREAS)

Estudo apresentado à disciplina de Estágio I –


Iniciação ao Serviço Social – do Curso de Serviço
Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci –
UNIASSELVI, como requisito parcial para avaliação.

Indira Oliveira Lemes


Tutor Externo- Orientador

Ana Maria Vieira Gomes


Supervisor de Campo– Orientador

CAMAQUÃ
2022
3

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................... ............. ..1

1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO CONCEDENTE DE ESTÁGIO..............................2

1.1 DADOS CADASTRAIS DA INSTITUIÇÃO ................................................................. ..3

1.2 DESCRIÇÃO GERAL DA INSTITUIÇÃO.................................................................... ..3


1.2.1 Histórico da instituição.................................................................................. ........... ..5
1.2.2 Área de atuação, objetivos e finalidades.................................................................. ..6
1.2.3 Área de abrangência................................................................................................ 11
1.2.4 Demandas atendidas pela instituição....................................................................... 11
1.2.5 Principais características da população atendidas pela instituição..........................12
1.2.6 Proposta de atuação ao usuário.............................................................................. 12
1.2.7 Estrutura e funcionamento da organização............................................................. 13

1.3 O SERVIÇO SOCIAL NA INSTITUIÇÃO.................................................................... 16


1.3.1 Identificação do Supervisor de Campo.................................................................... 17
1.3.2 Origem do Serviço Social na Instituição.................................................................. 17
1.3.3 O Assistente Social.................................................................................................. 18
1.3.4 O Instrumental Técnico-Operativo........................................................................... 19
.

2 CONCLUSÕES..............................................................................................................19

2.1 O ESTUDO DA INSTITUIÇÃO....................................................................................20

3 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...................................................................................20
INTRODUÇÃO

Na presente Análise Institucional será exposto um breve histórico do município, onde está
referida a Secretaria especial da mulher do trabalho e desenvolvimento social- SEMTDS, bem
como histórico da Instituição concedente de estágio – Centro de Referência Especializado de
Assistência Social – CREAS, por conseguinte serão relatados fundamentos da Política de
Assistência Social, suas principais diretrizes e princípios que norteiam a efetivação da política. Em
seguida serão apontadas as duas proteções especiais que o Sistema Único de Assistência Social
opera, em dois níveis: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial, e os serviços prestados
por elas, dando ênfase a Proteção Social Especial, sendo está campo de estágio I, dando
continuidade será abordado, as demandas atendidas pela instituição e suas principais
características, bem como a proposta de atuação ao usuário, estrutura e funcionamento da
organização, seguindo irei falar sobre serviço social na unidade do CREAS, sua origem e também
sobre o assistente social, bem os instrumentos técnicos operativos utilizados na sua prática, e por
fim a conclusão, ou seja, uma reflexão e análise da prática durante o estágio curricular
supervisionado, concebido como um dos momentos privilegiados de integração teoria-prática.
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1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO CONCEDENTE DE ESTÁGIO

O poder público municipal tem em sua instância os órgãos necessários e ações


capazes de propiciar atividades socioassistenciais, por isso torna-se importante conhecer um
pouco de sua história.

A Secretaria Municipal da mulher do trabalho e desenvolvimento social - SEMTDS


está situada no município de Camaquã.
O município de Camaquã teve seu início histórico em 9 de dezembro em 1815,
quando foi concedida a licença para a criação da capela curada de São João Batista de Camaquã,
construída em terreno doado pelo capitão, considerado fundador do município. Portanto segundo
pesquisas do historiador Luís Alberto Cibilis, o Capitão Joaquim Gonçalves da Silva, doador do
primeiro terreno para a construção da Capela e o requerente da provisão que o criou, é o fundador
do município de Camaquã.
A região onde atualmente está localizado o município de Camaquã já era
conhecida desde os tempos coloniais de 1714. Por volta de 1763 diversos casais açorianos foram
descendo para o sul, localizando-se na margem esquerda do Estuário Guaíba e da margem direita
da Laguna dos Patos, fundando fazendas e charqueadas até o rio Camaquã.
A 19 de Abril de 1864, a lei Municipal n°569, cria o município de São João Batista
de Camaquã. O local possui também a riqueza de fatos históricos decorrentes do período da
Revolução Farroupilha (1835-1845).
Em 1844, foi erguida uma nova Capela em terras doadas por Ana Gonçalves da
silva Meirelles, à margem esquerda do Arroio Duro, local onde hoje se situa a cidade. Assim
alguns historiadores também destacam D. Ana como fundadora de Camaquã.
A Vila da Pacheca é a região mais importante da cidade em termos de vestígios
históricos. Todas as casas da vila estão na beira do Rio Camaquã que era, para esse povoado, o
acesso ao mundo. Ali está a casa de Manoel da Silva Pacheco, considerado fundador de
Camaquã, apesar das controvérsias. A vila é conhecida Pacheca porque, quando ele faleceu, sua
esposa ficou administrando a fazenda. A localidade viveu um surto de progresso devido às
granjas. Em 1922, tinha telefônica e pista de pouso da Varig.
Temos como destaque histórico no município, os heróis General Bento Gonçalves
da silva, o general Antônio de Souza Neto, proclamador da República Rio-Grandense e o
Revolucionário Italiano Giuseppe Garibaldi com sua fiel e brava companheira Anita Garibaldi.
Atualmente, o município, cortado pela BR 116, possui duas áreas de topografias
distintas: a zona da várzea, onde predominam as grandes e médias propriedades dedicadas à
pecuária e às lavouras de arroz e soja; e a zona da serra, onde predominam as pequenas e
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médias propriedades dedicadas ao plantio da soja, milho, feijão, fumo e mandioca. Esta região
apresenta ainda uma rara paisagem, composta por cascatas e cachoeiras.
Dentre os diversos significados dados ao município de Camaquã o mais adequado
segundo o autor Antônio Cândido Silveira Pires é o de rio correntoso ou rio forte. Camaquã vem
de Icabaquã e na língua tupi guarani I significa rio, água e Cabaquã quer dizer velocidade,
correnteza. Então podemos concluir que o nome de nosso município vem do rio Camaquã que
passa em nossa cidade.
Segundo o censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), atualmente o município de Camaquã conta com uma população de
aproximadamente 62.764 habitantes, com uma área territorial (Km²) de aproximadamente
1.679,441, e uma densidade demográfica de habitantes por Km² de 37,37.

Nesta etapa apresentaremos alguns dados pertinentes a Prefeitura Municipal de Camaquã,


juntamente com a Secretaria Municipal da mulher do trabalho e desenvolvimento social, a qual se
insere o campo de estágio supervisionado I no CREAS, relatando desde os seus dados cadastrais
e toda descrição de suas atividades.

1.1 DADOS CADASTRAIS DA INSTITUIÇÃO

Razão Social: Centro de Referência Especializado de Assistência Social


CNPJ: 88.696.810/0001-75
Nome Fantasia:
Tipo de Instituição: Ramo de Atividade:
( X ) Pública ( X ) Serviços
( ) Privada ( ) Indústria
( ) Terceiro setor( ) Outra (mais
( ) Outra
End: João de Oliveira , nº 55 Bairro: Centro

Cidade: Camaquã UF: Fone: ( 51 ) 36921707


RS
CEP: 96180-000 E-mail: creas@camaqua.rs.gov.br
Representada por: Ana Maria Gomes

Cargo: Coordenadora do CREAS


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1.2 DESCRIÇÃO GERAL DA INSTITUIÇÃO

A Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania, Habitação e Trabalho têm por


objetivo trabalhar as Proteções Sociais, pela defesa dos direitos do sujeito.

Sendo que até o ano de 1988 a Assistência Social não se preocupava em soluções para
resolver ou atenuar os problemas sociais da população, visto que os programas socioassistenciais
eram desenvolvidos por entidades filantrópicas.

A Constituição Federal de 1988, denominada Constituição Cidadã, mudou radicalmente o


paradigma anterior, preocupou-se com a construção de um sistema de proteção social,
transferindo ao Estado a responsabilidade pela proteção dos direitos humanos e sociais de todos
os cidadãos.

Em seu artigo 194, a Constituição Federal definiu a Assistência Social como política
pública de natureza não contributiva, passando a compor o Sistema de Seguridade Social ao lado
das políticas da Saúde e da Previdência Social.

Em 07 de dezembro de 1993 foi publicada a Lei 8.742, que dispõe sobre a organização da
Assistência Social, responsável por regulamentar e ratificar aquilo que havia sido disciplinado pela
Constituição Federal.

A Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS, como ficou conhecida a Lei 8.742/93,
assegurou a assistência social como direito do cidadão e dever do Estado, ou seja, ao Estado
cabe a responsabilidade pela gestão, financiamento e execução da política de Assistência Social.

No ano de 2004 foi aprovada a Política Nacional de Assistência Social – PNAS, que
reorganizou projetos, programas, serviços e benefícios de assistência social, consolidando no país
o Sistema Único de Assistência Social – SUAS.

Com base no PNAS, no ano de 2005 foi aprovada a Norma Operacional Básica do Sistema
Único de Assistência Social (NOB/SUAS), responsável por regular em âmbito nacional a
organização do já consolidado Sistema Único de Assistência Social – SUAS.

Em 2011, com base na PNAS e na NOB/SUAS, foi publicada a Lei 12.435, que alterou
alguns dispositivos da Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS (Lei 8.742/93) e assegurou
definitivamente a institucionalidade do SUAS, garantindo avanços significativos no tocante a
organização de programas de Assistência Social no país.
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Vê-se, desse modo, que o caminho percorrido até a consolidação do Sistema Único de
Assistência Social – SUAS foi sinuoso.

O Sistema Único de Assistência Social – SUAS, coordenado pelo Ministério de


Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS, cumpre com sua função de organizar, de
forma descentralizada, os serviços socioassistenciais nos três níveis de governo: Federal,
Estadual e Municipal.

1.2.1 Histórico da instituição

A Secretaria Municipal da mulher do trabalho e desenvolvimento social-SEMTDS,


foi criada através da Lei nº 585 de 27/01/1983 e vem se adaptando a evolução da Política
Nacional de Assistência Social.
No art. 5º da Lei Municipal n° 1386 de 30/03/2010 demonstra as competências
atribuídas a SMTAS conforme abaixo relacionadas:
I – coordenar, executar e articular as ações municipais no campo da Assistência
Social, conforme o disposto nos art. 22, 23,24 e 25 da Lei Federal n°8.742, de 7 de dezembro de
1993.
II – propor ao Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS, a Política Municipal
de Assistência Social, suas normas gerais, bem como os critérios de prioridade e de elegibilidade,
além de padrões de qualidade na prestação de benefícios, serviços, programas e projetos.
III – elaborar o Plano Municipal de Assistência Social, respeitando as diretrizes de
Assistência Social – estabelecidas pelo Conselho Municipal CMAS;
IV – encaminhar a apreciação do Conselho Municipal de Assistência Social-CMAS,
bimestralmente, de forma sintética e, anualmente, de forma analítica, relatórios de atividades e de
realização financeira de recursos;
V _ elaborar e submeter ao Conselho Municipal de Assistência Social- CMAS os
planos anuais e plurianuais de aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Assistência Social –
FMAS.
VI – proceder à transferência dos recursos destinados à assistência social, na forma
prevista em LEI;
VII – prestar assessoramento técnico às entidades e organizações de assistência
social;
VIII – implantar e manter atualizado o Sistema Municipal de Informações;
IX – articular-se com os órgãos responsáveis pelas Políticas Sócio-Econômicas
Setoriais, visando à elevação do patamar mínimo de atendimento às necessidades básicas.
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X – prestar apoio técnico e administrativo necessário ao funcionamento do Conselho


Municipal de Assistência Social- CMAS;
XI – expedir os atos normativos necessários à gestão do Fundo Municipal de
Assistência Social – FMAS, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Municipal de
Assistência Social – CMAS;
XII – formular política para a qualificação sistemática e continuada de recursos
humanos no campo de assistência social;
XIII – desenvolver estudos e pesquisas para fundamentar as análises de
necessidade e formulação de proposição para a área.
XIV – cumprir com as demais exigências contidas na Norma Operacional Básica
NOB/SUAS, de acordo com o nível de gestão.

1.2.2 Área de atuação, objetivos e finalidades

A Secretaria tem como atribuições dar suporte às pessoas em situação de risco e


atuar na prevenção desses casos. Para isso trabalha na elaboração e execução de projetos
sociais na Política de Assistência Social.
Assim como trabalha em conjunto com o Conselho Tutelar, o Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Conselho Municipal de Assistência Social. Ainda é
responsável pela administração do CREAS, Programa Bolsa Família e os CRAS assim como a
mantença e administração da Casa Lar, Abrigo e Albergue municipal.
As áreas de atuação são de prevenção, proteção, inclusão e promoção social. Tem
por objetivos e finalidades institucionais: a construção e reconstrução do resgate da cidadania de
pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade e riscos sociais, através de:
 Acolher as demandas que chegam à Secretaria bem como as encontradas nas
visitas realizadas pelos profissionais da instituição;
 Qualificar para o mercado de trabalho;
 Proporcionar formação profissional visando geração de renda;
 Desenvolver projetos sociais;
 Orientar a população, com relação aos seus direitos a saúde, habitação, transporte,
alimentação, programas sociais;
 Atuar em programas propostos pelo governo;
 Desenvolver projetos que visem à emancipação da população;
 Instigar a construção de um futuro mais digno;
 Promover ações junto à comunidade;
 Acompanhar e executar a Gestão da Política Nacional da Assistência Social;
7

 Executar os programas, projetos e serviços da Política Nacional da Assistência


Social;
 Desenvolver projetos intersetoriais;
A área de abrangência são os limites do município de Camaquã, atendendo a todos
os bairros bem como todo o interior e distritos pertinentes ao município.
A Sede da Secretaria Municipal da mulher do trabalho e desenvolvimento social é
locada, possui 23 salas, sendo que contamos com uma sala de reunião e um auditório.
A Secretaria Municipal da mulher do trabalho e desenvolvimento social atende
famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, juntamente com duas esferas de governo,
possui como competência segundo a LOAS superar as mais graves privações sociais, incluindo
parcerias com as organizações da sociedade civil.
É uma população com dificuldade de recursos financeiros que buscam por
intermédio da mesma a melhoria da qualidade de vida, e que pretendem com a orientação dos
profissionais habilitados, terem acesso aos direitos a estes cabíveis.
População com vulnerabilidade social desde alimentação, saneamento básico,
infraestrutura e habitação, além da falta de trabalho e formas de geração de renda para garantia
de acesso dos mínimos sociais.
Sua composição organizacional conta com Departamento de Trabalho, de
Habitação, Transporte, Departamento da Assistência Social, Pessoal, Financeiro, Coordenação,
Setor de cursos, Setor de manutenção, Assessoria Técnica, Nutrição e Cadastro Único. Conta
ainda com os Conselhos Municipais de Assistência Social e Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente.
Com a implantação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no território
brasileiro resultou na criação de uma ampla rede de proteção social, que materializa a política
pública de assistência social como direito do cidadão e dever do Estado, conforme previsto na
Constituição Federal de 1988, o ano de 2011 marcou a sanção da Lei do Sistema Único de
Assistência Social, a Lei do SUAS.

O objetivo geral é consolidar o Sistema Único de Assistência Social no Município de


Camaquã/RS, de forma a viabilizar a garantia de direitos aos usuários da assistência social nos
diferentes níveis de proteção, tendo como referência a Política Nacional de Assistência Social
(PNAS 2004), a Norma Operacional (NOB - SUAS 2012), o Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo SINASE (Lei Nº 12.594/2012), a Norma Operacional de Recursos Humanos do
SUAS (NOB – RH SUAS 2006) e a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei Nº 8. 742/1993
alterada pela Lei 12.435/2011).

Os Objetivos Específicos são:


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- Qualificar os serviços desenvolvidos na Proteção Social Básica e Proteção Social


Especial de Média e Alta Complexidade, atendendo aos critérios pré-estabelecidos na Tipificação
Nacional de Serviços Socioassistenciais do SUAS;
- Implantar novas ações e serviços de acordo com a Tipificação Nacional de Serviços
Socioassistenciais do SUAS e demandas do município, tendo como referência a Política Nacional
de Assistência Social (PNAS, 2004), a Norma Operacional Básica (NOB – SUAS 2012), a Norma
Operacional de Recursos Humanos do SUAS (NOB RH SUAS 2006) e a Lei Orgânica da
Assistência Social (Lei Nº 8.742/1993 alterada pela lei 12.435 de 2011);
- Capacitar os conselheiros que fazem parte da Instância de Controle Social da Política
Pública da Assistência Social, enquanto instâncias deliberativas, de caráter permanente e
composição paritária entre governo e sociedade civil, conforme legislação nacional, estadual, e
municipal, como forma de democratizar a gestão;
- Aprimorar a vigilância socioassistencial do município.

Possui como Diretrizes e Prioridades deliberadas:

- Realizar busca ativa dos beneficiários do BPC que não estão cadastrados no Cadastro
Único a partir do cadastro do INSS;
- Sensibilizar a rede de saúde educação para a identificação dos beneficiários do BPC que
estão fora do Cadastro Único;
- Campanha publicitária sensibilizando a sociedade para as responsabilidades e o papel da
família;
- Reativar o conselho municipal dos Direitos da Mulher e sensibilizar a sociedade para a
participação do mesmo;
- Fomentar a interlocução entre os conselhos municipais a fim de se traçar estratégias para
o enfrentamento das desigualdades sociais;
- Ampliar as divulgações dos conselhos, fomentando a participação da sociedade civil;
- Ações comunitárias articuladas entre a rede de serviços para as famílias como estratégia
para a manutenção dos adolescentes na rede escolar;
- Capacitação dos trabalhadores do SUAS, visando o atendimento aos usuários portadores
de deficiência;
- Buscar parcerias com a iniciativa privada incentivando a inclusão produtiva;
- Revisão e adequação da Lei Municipal de Assistência Social de acordo com o SUAS;
- Fortalecimento da gestão do SUAS a nível municipal;
- Fortalecimento do controle social do SUAS;
- Fortalecimento da rede de serviços do SUAS e intersetorialidade com as demais políticas.
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O Sistema Único de Assistência Social, no exercício de sua função de organizar os


serviços socioassistenciais as estrutura por níveis de proteção e por níveis de complexidade de
atendimento.

São dois os níveis de proteção organizados pelo SUAS; Proteção Social Básica, destinada
à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e
benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social; e Proteção Social
Especial, destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que
tiveram seus direitos violados.

As atividades de Proteção Social Especial são diferenciadas em níveis de complexidade do


atendimento, organizados entre serviços de Média e Alta Complexidade, subdivididos a partir da
análise cuidadosa de critérios como nível dos riscos pessoais e sociais a que estão submetidos às
famílias e os indivíduos com seus direitos violados, o território em que essas pessoas estão
inseridas, a complexidade de cada caso e as especificidades do público alvo atingido.

No entanto, o presente trabalho, observar-se-á mais especificamente os programas


voltados à Proteção Social Especial de Média Complexidade.

Dessa forma, para melhor compreender os serviços e projetos desenvolvidos pelo CREAS
voltados às famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, é necessário escrever
acerca das competências do CREAS, explicando também sua abrangência e campo de atuação.

Iniciamos pelo PAEFI, sendo este ofertado e/ou referenciado no CREAS: Serviço de
Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos.

O Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos, o PAEFI, é


um serviço inserido no âmbito da Proteção Social Especial de Média Complexidade. Presta ações
de apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seus membros em
situação de ameaça ou violação de direitos.

De acordo com as orientações sobre a Gestão do PAEFI, pode ser assim definido como
serviço de apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seus membros em
situação de ameaça ou violação de direitos, compreende também atenções e orientações
direcionadas para a promoção de direitos, preservação e o fortalecimento de vínculos familiares,
comunitários e sociais e para o fortalecimento da função protetiva das famílias diante do conjunto
de condições que as vulnerabilizem e/ou as submetam a situações de risco pessoal e social. O
atendimento fundamenta-se no respeito à heterogeneidade, potencialidades, valores, crenças e
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identidades das famílias. O serviço articula-se com as atividades e atenções prestadas às famílias
nos demais serviços socioassistenciais, nas diversas políticas públicas e com os demais órgãos
do Sistema de garantia de Direitos. Devendo garantir atendimento sistemático, continuado e
providências necessárias para a inclusão da família e seus membros em serviços
socioassistenciais e/ou em programas de transferência de renda, de forma a qualificar a
intervenção e restaurar direitos.

São usuários desse serviço às famílias e indivíduos que possuem direitos violados,
consequentemente, são aqueles que passam por ocorrência de:
- Violência física, psicológica e negligência;
- Violência sexual: abuso e/ou exploração sexual;
- Afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medida socioeducativa ou medida
de proteção;
- Tráfico de pessoas;
- Situação de rua e mendicância;
- Abandono;
- Vivência de trabalho infantil;
- Discriminação em decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia;
- Outras formas de violação de direitos decorrentes de discriminações/submissões a
situações que provocam danos e agravos a sua condição de vida e os impedem de usufruir
autonomia e bem-estar;
- Descumprimento de condicionalidades do Programa Bolsa Família (PBF) e do Programa
de Erradicação de Trabalho Infantil (PETI) em decorrência de violação de direitos.

Os objetivos deste serviço são:

- Contribuir para o fortalecimento da família no desempenho de sua função protetiva;


- Processar a inclusão das famílias no sistema de proteção social e nos serviços públicos,
conforme necessidades;
- Contribuir para restaurar e preservar a integridade e as condições de autonomia dos
usuários;
- Contribuir para romper com padrões violadores de direitos no interior da família;
- Contribuir para a reparação de danos e da incidência de violação de direitos;
- Prevenir a reincidência de violação de direito.

O serviço deve ser ofertado exclusivamente no CREAS e deverá funcionar no período


mínimo de cinco dias por semana, oito horas diária.
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Dentre as atividades essenciais do PAEFI estão:

- Entrevistas de acolhida e avaliação inicial;


- Atendimento psicossocial (individual familiar e em grupo);
- Construção do Plano de Atendimento;
- Orientação jurídico-social;
- Elaboração de relatórios técnicos sobre o acompanhamento realizado;
- Ações de mobilização e enfrentamento;
- Acompanhamento dos encaminhamentos;
- Visita domiciliar;
- Articulação com a rede.

O acesso ao serviço do PAEFI às famílias e indivíduos que vivenciam violação de direitos


se dá através da identificação e encaminhamentos dos serviços de proteção e vigilância social;
por encaminhamento de outros serviços de proteção e vigilância social; por encaminhamento de
outros serviços sócioassistenciais, das demais políticas públicas setoriais, dos demais órgãos do
SGD e do Sistema de Segurança Pública – SSP; por demanda espontânea.

Serviço de Proteção Social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa –


MSE, em Meio Aberto realiza o acompanhamento do cumprimento das medidas socioeducativas
de LA e de PSC, que se fundamenta no atendimento especializado, na escuta qualificada, no
acompanhamento dos adolescentes e de suas famílias de forma integrada aos demais serviços
socioassistenciais e às políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, cultura, esporte e lazer. A
garantia do acesso aos serviços e a ação integrada entre as políticas setoriais são imprescindíveis
para a concretização dos objetivos das medidas socioeducativas e para a ampliação da proteção
social ao adolescente e sua família.

Serviço de MSE em Meio Aberto tem como propósito contribuir para o aprimoramento da
execução do Serviço de Proteção Social a Adolescente em Cumprimento de Medida
Socioeducativa LA e de PSC, ofertado no CREAS. O aperfeiçoamento do processo de trabalho do
atendimento socioeducativo no SUAS tem como desafio estabelecer orientações para o Serviço
de MSE em Meio Aberto a partir das diretrizes e normativas do SUAS, alinhado ás disposições
legais do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE.

A perspectiva do senso comum sempre esteve fundada na premissa de que atos


infracionais praticados por adolescentes representam uma das principais causas da violência na
sociedade. Este raciocínio desconsidera a proporção dos atos infracionais cometidos por
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adolescentes em relação ao fenômeno total da violência, como também o fato de suas trajetórias
serem usualmente marcadas por violações de direitos.

Assim o Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua visa o atendimento de


pessoas que utilizam as ruas como espaço de moradia e/ou sobrevivência. As ações visam
desenvolver sociabilidades, na perspectiva de fortalecimento de vínculos interpessoais ou
familiares que favoreçam a construção de novos projetos de vida. O município de Tapes não
conta com este serviço estruturado.

Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos e suas famílias,
é destinado à promoção de atendimento especializado a famílias com pessoas com deficiência e
idosos com algum grau de dependência, que tiveram suas limitações agravadas por violação de
direitos.

Os Serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade estão pautados nos


pressupostos da Política Nacional de Assistência Social – PNAS, da Norma Operacional Básica
de Recursos Humanos – NOB-RH, da Norma Operacional Básica do Sistema Único de
Assistência Social – NOB-SUAS, da Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (BRASIL-
2009). Devem ainda estar em conformidade com o Plano Nacional de Convivência Familiar e
Comunitária e o Guia de Orientações Técnicas: Serviço de Acolhimento para Crianças e
Adolescentes.

De acordo com a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, o Serviço de


Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes pode ser ofertado nas modalidades de
Casa Lar e Abrigo Institucional.

O acolhimento de crianças e adolescentes deve cumprir sua função protetiva e de


restabelecimento de direitos, compondo uma rede de proteção que favoreça o fortalecimento de
vínculos familiares e comunitários, o desenvolvimento de potencialidades e o empoderamento de
suas famílias. Este deve garantir um ambiente que ofereça à segurança, o apoio, a proteção e
cuidado, contribuindo para o desenvolvimento da criança e do adolescente. Esse serviço deve
proporcionar atendimento integral com vistas a efetivação da proteção social, manutenção da
saúde física e emocional, cuidados pessoais e convívio sócio familiar. O município de Tapes
oferece o serviço em uma unidade própria, com administração direta do município, com equipe
profissional conforme NOB/RH- SUAS e ações integradas a outros serviços da rede municipal de
assistência social.
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1.2.3 Área de abrangência

O CREAS é uma unidade pública estatal, de abrangência é municipal, atuando tanto na


área urbana quanto rural do município de Camaquã.

1.2.4 Demandas atendidas pela instituição

Os usuários que acessam os serviços ofertados pelo CREAS, podemos citar famílias e
indivíduos que vivenciam violação de direitos por ocorrência de: violência física, psicológica e
negligência; violência sexual: abuso e/ou exploração; famílias com adolescentes em cumprimento
de medida socioeducativa de LA e PSC; afastamento do convívio familiar devido à aplicação de
medida de proteção; indivíduos regressos de situação de tráfico de pessoas; situação de rua e
mendicância; abandono; vivência de trabalho infantil; discriminação em decorrência da orientação
sexual e /ou raça/etnia; outras formas de violação de direitos decorrentes de
discriminações/submissões a situações que provocam danos e agravos a sua condição de vida e
os impedem de usufruir autonomia e bem estar; descumprimento de condicionalidade PBF e do
PETI em decorrência de violação de direitos.

1.2.5 Principais características da população atendida pela instituição

O CREAS atende indivíduos que supostamente se encontram em violação de direitos ou


que sofreram violência, visando o fortalecimento dos indivíduos ante a situação que os
vulnerabiliza, e contribui na identificação das potencialidades de seus usuários. O CREAS
também atua na proteção dos usuários, na garantia do acesso a direitos e outras políticas, no
restabelecimento de vínculos familiares e capacidade protetiva, desnaturalizando-se a violência.
Os serviços ofertados estão previstos na Tipificação dos serviços socioassistenciais.

Assim os Serviços de Proteção Social Especial destinam-se a famílias e indivíduos cujos


direitos tenham sido violados e/ou ameaçados. São serviços que requerem o acompanhamento
de famílias e indivíduos que necessitam de apoios e processos que asseguram qualidade na
atenção protetiva, demandando atendimento de forma efetiva e monitorada, por este motivo na
Proteção Social Especial estão previstos níveis de complexidade diferenciados: média e alta
complexidade. Os serviços de Proteção Social especial têm estreita interface com o sistema de
garantia de Direito exigindo, muitas vezes, uma gestão mais complexa e compartilhada com o
Poder Judiciário, Ministério Público e outros órgãos e ações do Executivo.
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1.2.6 Proposta de atuação ao usuário

Considerando que famílias e indivíduos passam por vulnerabilidade e riscos sociais


diferentes, ou até mesmo por estágios destes, faz-se necessário destinar serviços, programas,
projetos e ações diferenciadas, que estejam mais próximas das suas realidades. Algumas famílias
precisam apenas de apoio, orientações e acompanhamento, a fim de fortalecer a sua função
protetiva, que mesmo fragilizada ainda existe; outras vão além dessa necessidade, porque já se
encontram com seus direitos violados e em situação de risco e de total exclusão.

Assim sendo, são realidades que merecem tratamentos diferenciados e a Política Nacional
de Assistência Social tem exatamente esta proposta, deixando clara a responsabilidade de Estado
no atendimento a essas famílias e tendo como um dos objetivos: Prover serviços, programas,
projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos
que deles necessitarem.

Na presente proposta daremos ênfase a Proteção Social Especial que tem a capacidade
de atendimento integral, através da Política de Assistência Social, às questões de vulnerabilidades
que se apresentam, motiva a instituição de atendimentos diferenciados; por este motivo, quando
as famílias e indivíduos já encontram-se em situações que são traduzidas como violação de
direitos, risco social e pessoal com perda de vínculos afetivos, devem ser atendidas pela Proteção
Social Especial, no CREAS; significa dizer que são situações que extrapolam a função da
Proteção Social Básica.

Algumas situações merecem atenção especial e são de competência exclusiva da


Proteção Social Especial, como por exemplo: necessidade de afastamento da convivência
familiar; situações de abandono; violência sexual; física e psicológica; cumprimento de medidas
socioeducativas, além de outras.

1.2.7 Estrutura e funcionamento da organização

Conforme a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais o CREAS deve funcionar


no mínimo, cinco dias por semana, por oito horas diárias, totalizando quarenta horas semanais,
assegurando a presença da equipe profissional de nível superior, além dos demais profissionais
necessários ao bom funcionamento dos serviços.

A dinâmica de funcionamento da unidade CREAS compreenderá o seguinte fluxo:


15

Através de demandas espontâneas e de encaminhamentos realizados por outros serviços


socioassistenciais, como também por demais políticas públicas setoriais, órgãos do Sistema de
Garantia de Direitos e pelo Sistema de Segurança Pública.

A Instituição fica localizada na Rua João de Oliveira, nº 55, bairro Centro.

Em sua estrutura física é compartilhada com a sede da Secretaria da mulher do trabalho e


desenvolvimento social, possui duas sala para atendimento familiar, individual e em grupo, a sala
da coordenação, a sala de reunião e atendimento coletivo, e conta também com uma recepção.

Nestes espaços são possibilitados sempre que necessários momentos de integração e


reflexão em equipe; isso serve para o aperfeiçoamento do trabalho desenvolvido, pois os olhares
e contribuições das diferentes áreas se mostram como complementares e importantes no trabalho
social com as famílias. Observa-se que coordenador do CREAS desempenha um papel
fundamental, definindo com a equipe a dinâmica e os processos de trabalho a serem
desenvolvidos na Unidade, bem como a troca de ideias, opiniões, contribuindo assim para maior
desenvolvimento do trabalho e maior engajamento da equipe, através de reuniões constantes.

O trabalho no CREAS é realizado por uma equipe multiprofissional, definida na Norma


Operacional Básica de Recursos Humanos/SUAS (2006), e composta conforme o porte do
município e a capacidade de atendimento de cada unidade, assim quantificamos abaixo os
recursos humanos:

- Um Coordenador;
- Duas Assistente Social;
- Duas Psicóloga;
- Uma profissional de nível médio para recepção dos usuários.

Cada profissional que atua no CREAS tem sua importância e complementa o serviço de
acompanhamento especializado para famílias em situação de risco. No entanto, devido à
complexidade deste trabalho, a pessoa responsável pela coordenação desta unidade pública tem
um papel fundamental, pois estará à frente na tomada de decisões, articulações a serem feitas e
na condução da equipe multiprofissional.
16

1.3 O SERVIÇO SOCIAL NA INSTITUIÇÃO

Com a Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004), foi instituída no país uma
nova organização na forma de ofertar a proteção social, decorrendo daí novo modelo na gestão e
na oferta de serviços, isso fortalece o (ainda) necessário reconhecimento da Assistência como
política pública e direito social.

Nesse sentido, e considerando as diferenças sociais e as várias circunstâncias que as


famílias e indivíduos enfrentam, podendo resultar em situações distintas de riscos e
vulnerabilidades, assim a Proteção Social Especial, desenvolvida no Centro de Referência
Especializado de Assistência Social (CREAS) entre os vários objetivos de proteção e promoção
social, vem com o intuito de desenvolver ações de apoio e atenção às famílias, a fim de prevenir
situações de vulnerabilidade e risco social e pessoal, porém, quando laços afetivos e comunitários
17

já estão rompidos e existem situações envolvendo violação de direitos, conflitos rupturas, é


preciso empregar medidas capazes de promover a superação de tais situações, prevenindo o seu
agravamento e estabelecendo a proteção e a dignidade humana.

A equipe técnica do CREAS esta sempre em processo de qualificação profissional, pois


visa atender as demandas pertinentes da Instituição da maneira mais eficiente possível e através
dos instrumentos técnico-operativos realizar um diagnóstico das questões sociais para que
possam acompanhar a situação das famílias possibilitando a matricialidade sociofamiliar com foco
nas proteções sociais, objetivando sempre maior eficiência e efetividade em sua atuação.

1.3.1 Identificação do Supervisor de Campo

Nome da Supervisora: Ana Maria Vieira Gomes


CPF: RG: REGISTRO CRESS: Nº 3116
Cargo: Assistente Social Função: Assistente Social
Carga horária semanal: 40 horas
Tempo de atuação:
E-mail: Fone: ( 51 ) 99931-3270

1.3.2 Origem do Serviço Social na Instituição

Setembro 2005

1.3.3 O Assistente Social

O Serviço Social é uma profissão de nível superior e pode ser exercida somente por
profissionais diplomados em instituições de ensino reconhecidas pelo MEC – Ministério da
Educação e Cultura devidamente registrado.

O Assistente Social deve orientar-se pela Lei que regulamenta a profissão de Serviço
Social Lei n 8662 de 07 de junho de 1993 e pelo Código de Ética Profissional e pela Lei de
Regulamentação da Profissão devendo ser observada tanto pelos/as assistentes sociais quanto
pelas organizações e/ou instituições em que trabalham estes profissionais.

O Artigo 3º do Código de Ética inscreve como deveres dos/as assistentes sociais:


18

- Desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade,


observando a Legislação em vigor;
- Utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da profissão;
- Abster-se, no exercício da profissão, de práticas que caracterizem a censura, o
cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos, denunciando sua ocorrência aos
órgãos competentes;
- Participar de programas de socorro a população em situação de calamidade pública, no
atendimento e defesa de seus interesses e necessidades.

Os Assistentes Sociais possuem e desenvolvem atribuições localizadas no âmbito da


elaboração, execução e avaliação de políticas públicas, como também na assessoria a
movimentos sociais e populares.

A prática dos profissionais de Serviço Social no CREAS está marcada no que dispõe o
código de ética da profissão, respeitando os indivíduos e atuando no processo de transferência de
direitos, bem como se valendo do disposto na lei de regulamentação da profissão (lei nº 8.662/93)
que em seu ART. 4º estabelece ser competências do assistente social dentre outras, destacamos
as seguintes:

I elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração


pública, direta e indireta, empresas, entidades e organizações populares;
II elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do
âmbito de Serviço Social com participação da sociedade civil;
III encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e a população.

1.3.4 O instrumental técnico-operativo

As principais ações /atividades que constituem o trabalho social essencial ao serviço e que
devem ser realizadas pelos profissionais do CREAS são: acolhida; escuta; estudo social;
diagnóstico socioeconômico; monitoramento e avaliação do serviço; orientação e
encaminhamentos para a rede de serviços locais com resolutividade; construção de plano
individual e/ou familiar de atendimento; orientação sócio-familiar; atendimento psicossocial;
orientação jurídico-social; referência e contra-referência; informação, comunicação e defesa de
direitos; apoio à família na sua função protetiva; acesso à documentação pessoal; mobilização,
identificação da família extensa ou ampliada; articulação da rede de serviços socioassistenciais;
articulação com os serviços de outras políticas setoriais; articulação interinstitucional com os
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demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos; mobilização para o exercício da cidadania;


trabalho interdisciplinar; elaboração de relatórios e/ou prontuários; estímulo ao convívio familiar,
grupal e social; mobilização e fortalecimento do convívio e de redes sociais de apoio, dentre
outros.

2 CONCLUSÕES

O estágio tem como referência a Lei 8.662/1993, que regulamenta a profissão; o Código de
Ética Profissional de 1993, com seus onze princípios indicando o rumo ético-político a serem
seguidos pela categoria profissional, assim como os conhecimentos a serem buscados; a
Resolução CFESS/CRESS nº 533/2008, que regulamenta a Supervisão Direta de Estágio em
Serviço Social e PNE – Política Nacional de Estágio instituída pela ABEPSS no ano de 2010.

A realização do estágio supervisionado I teve como finalidade a experiência prática, por


meio da observação, acompanhada e instruída pela supervisora de campo, atuando apenas como
observador das atividades e atendimentos aos usuários da comunidade, posto isto o estágio vem
contribuir de forma significativa para a vivência acadêmica, uma vez que a prática em campo
enriquece de forma significativa as teorias expostas em aula e expõem a realidade diária do futuro
Assistente Social. O choque com esta realidade na qual somos expostas no campo de estágio
nos obriga a confrontar a realidade idealizada e a realidade de fato, onde fica evidente muitas
vezes a incoerência versus coerência entre a prática e as teorias expostas na Instituição
Acadêmica.

Enfim, é a partir das vivências, presenciando e acompanhado cada atitude profissional que
ocorrerá a formação da identidade do futuro profissional, que deverá ser compromissado com a
qualidade dos serviços prestados e a consolidação dos direitos dos cidadãos.

2.1 DO ESTUDO DA INSTITUIÇÃO

No que se refere ao Estudo e Análise da Instituição Secretaria Municipal da Mulher do


Trabalho e Desenvolvimento Social e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social
pode-se observar que inúmeros avanços foram conquistados, mas ainda há muitos desafios a
serem enfrentados, pois a eficácia da política depende de um esforço mútuo e contínuo de todos
os agentes envolvidos, requerendo ainda um trabalho intersetorial com os demais órgãos da rede
de proteção social, clareando as competências de cada um deles, estabelecendo normas,
procedimentos, fluxos e linhas de ação para as situações mais adversas que se apresentem. Ou
20

seja, a compreensão do espaço de atuação e das particularidades sociais de cada área é


fundamental para que os devidos encaminhamentos sejam dados não apenas a efetividade das
ações do CREAS e sua plausibilidade, como também a efetividade de toda a rede
socioassistencial de fornecer aos usuários nos níveis de proteção acesso à universalização e
garantia dos direitos previstos constitucionalmente.

3 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BRASIL, Conselho Nacional de Assistência Social. Norma Operacional Básica do Sistema Único
de Assistência Social. Resolução nº 33, de 12 de dezembro 2012. Brasília: CNAS, 2012.

BRASIL, Conselho Nacional de Assistência Social. Tipificação Nacional de Serviços


Socioassistenciais. Resolução nº 109, 11 de novembro de 2009. Brasília, MDS: 2009.

BRASIL. Lei Orgânica de Assistência Social. Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993. Brasília:
Senado Federal, 1993.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Norma Operacional Básica de


Recursos Humanos/SUAS. Brasília, (2006);

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações sobre a Gestão


do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS – 1ª versão – SUAS e
Proteção Social Especial; MDS, 2011

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas:


Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS; Secretaria Nacional de
Assistência Social; Editora Brasil Ltda; Brasília, 2011.

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais


na Política de Assistência Social. Brasília, CFESS, 2009.

GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade do Assistente Social. 9ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.

IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação


profissional. 21. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
21

POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – PNAS/ 2004. Resolução 145/2004. Brasília:


CNAS, 2004.

Revista CREAS: Centro de Referência Especializado de Assistência Social (2008);


Plano municipal de assistência social- Quadriênio 2022-2025 – Camaquã-RS

< Prefeitura Municipal de Camaquã - RS (camaqua.rs.gov.br)> acesso em 13 de novembro de


2022.

<https://www.blog.gesuas.com.br/protecao-social-basica-especial/> acessado em 13 de novembro


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