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COMANDO DA AERONÁUTICA
MANUTENÇÃO
MCA 66-7
MANUAL DE MANUTENÇÃO
DOUTRINA, PROCESSOS E DOCUMENTAÇÃO DE
MANUTENÇÃO
2014
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E BÉLICO
MANUTENÇÃO
MCA 66-7
MANUAL DE MANUTENÇÃO
DOUTRINA, PROCESSOS E DOCUMENTAÇÃO DE
MANUTENÇÃO
2014
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E BÉLICO
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES...................................................................................... 11
1.1 FINALIDADE ........................................................................................................................ 11
1.2 CONCEITUAÇÕES ............................................................................................................... 11
1.3 APRESENTAÇÃO DESTE MANUAL ................................................................................. 11
1.4 SISTEMA DE MATERIAL DA AERONÁUTICA ............................................................... 11
1.5 GRAU DE SIGILO ................................................................................................................. 15
1.6 ÂMBITO ................................................................................................................................. 15
1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 CONCEITUAÇÕES
1.1.1 A doutrina e procedimentos de manutenção são abordados neste manual divididos nas
principais áreas que envolvem o processo de manutenção. São apresentados, como se fossem
Capítulo, a partir do item 2 do manual, exceto o Sistema de Material da Aeronáutica, que é
abordado no item 1.4. Essa divisão destina-se apenas a organizar a apresentação do assunto,
pois todos os tópicos abordados, inclusive aqueles apresentados nos anexos, são interligados,
em maior ou menor grau, e essenciais para assegurar a realização efetiva das atividades de
manutenção estabelecidas para a frota.
1.1.3 Como pode ser observado, alguns tópicos ainda não foram finalizados, porém já
constam no Sumário deste manual. Para esses assuntos, permanecem válidas as respectivas
documentações do SISMA, listadas no item 26.4.2. Tão logo esses tópicos sejam finalizados,
as respectivas documentações, atualmente em vigor, serão canceladas ou modificadas,
dependendo do caso, e este manual atualizado.
1.1.4 No caso de assuntos na área de manutenção, para os quais ainda não exista
documentação emitida pelo COMAER, os mesmos serão normatizados por meio da
introdução de novos tópicos neste manual ou pela emissão de documentação específica, caso
seja necessária a sua distribuição externa ao COMAER.
1.4.5 Falha funcional representa a falha do MSI em realizar sua função dentro de limites
especificados, ou seja, é a sua incapacidade em atingir o padrão desejado de desempenho. É
normalmente expressa pela negação da função.
1.4.6 Parte é normalmente tratada como uma peça única ou constituída fisicamente por duas
ou mais peças unidas de forma que impeça a sua desmontagem sem a destruição ou o
impedimento de utilização projetada. Como exemplo, tem-se porca, parafuso, junta,
rolamento, gaxeta, escova, engrenagem, fusível, lâmpada, tubo, capacitor e resistência.
1.4.10 Por Sistema entende-se o conjunto de Órgãos ou Elementos de uma Organização que
tem por finalidade realizar uma tarefa de apoio em proveito da missão principal. A vinculação
desses Órgãos ou Elementos entre si ocorre por interesse de coordenação e orientação técnica
e normativa, não implicando em subordinação hierárquica.
1.4.12 Elos do Sistema são Órgãos e setores responsáveis pela execução das atividades
específicas atribuídas. Também podem ser as Organizações e setores responsáveis pela
execução das atividades específicas atribuídas ao sistema ao qual pertencem.
e Manutenção (EsqdSM) e todas as demais Organizações que têm por atribuição o apoio nível
Base, tais como Divisão de Suprimento e Manutenção (DSM) e Divisão de Apoio Militar
(DAM), para fins deste Manual.
1.4.17 UAe e Unidade Operadora são denominadas Operador para efeito deste documento.
.)
1.5.3 Com a finalidade de obter a transparência determinada por lei específica, sempre que
possível todos os documentos de manutenção do SISMA serão ostensivos, exceto aqueles
cujo teor possa afetar a segurança, tal como formulário de equipamento eletrônico de
comunicação criptografado.
1.6 ÂMBITO
2 MANUTENÇÃO NO COMAER
2.1 PROPÓSITO
2.1.1 Este Capítulo estabelece definições e limites dos serviços da manutenção do SISMA e
define normas para sua realização, bem como operar seu processo de coleta de informações,
empregar publicações técnicas e priorizar fornecimento de material em emergência.
2.2 DEFINIÇÕES
2.2.1 Componente
Item, conjunto, subconjunto, peça ou material que serve como uma das partes
de um todo.
2.2.2 Equipamento
Na maioria das vezes, é interpretado como um item final, mas em certos casos
refere-se a conjunto, subconjunto ou componente que está em manutenção em oficina. Em
geral, o contexto em que aparece neste documento designa o seu significado.
2.2.3 Habilitado
2.2.7 Montagem
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Item que pode ser normalmente removido e trocado como uma única unidade
com o fim de corrigir uma deficiência ou mau funcionamento de um equipamento.
NOTA
c) instalações de apoio;
d) dados técnicos, relatórios, documentação e catalogação; e
e) recursos de informática, contendo este último todo o fluxo de informações
imprescindíveis ao seu funcionamento.
2.3.2 Logística Aeroespacial envolve o conjunto de atividades relativas à previsão e
provisão dos recursos e serviços de toda natureza necessários ao emprego do Poder
Aeroespacial. Por sua vez, estrutura logística fixa é aquela onde apoio é prestado nas
Organizações fixas que, em sua maioria, existem desde o tempo de normalidade (PAMA,
Bases Aéreas, Centros de Instrução e Treinamento, Hospitais e outras Organizações), as quais
permanecem prestando o suporte necessário em situação de conflito. De outro lado,
caracteriza-se a estrutura logística móvel pelo emprego de Unidades temporárias, organizadas
para atender um determinado tipo de operação, e são desmobilizadas depois de cessados os
motivos de sua ativação. Utiliza-se de recursos humanos, materiais e serviços oriundos do
apoio logístico fixo para sua organização.
NOTA
2.3.11 Entende-se por Diretiva Técnica (DT) neste documento a publicação elaborada pelo
fabricante, por autoridade aeronáutica reguladora ou pelo PAMA Central de um Projeto com
o objetivo de prevenir, corrigir ou melhorar o funcionamento ou operação de um item,
componente, conjunto maior ou sistema de um tipo de avião ou EAS. Provê instruções de
atividades a serem efetuadas por Técnicos de Manutenção do COMAER ou por Organização
contratada para cumprir alteração única, modificação, inspeção de equipamento ou instalação
de um novo equipamento. Para efeito deste Manual, compreende:
NOTA
2.3.13 Entende-se por conjunto ou conjunto maior (CJM) a unidade normalmente removida e
substituída como um item único, consistindo de peças e partes que realizam coletivamente
uma operação funcional específica, tal como motor, caixa para guiagem e controle, caixa de
engrenagens, caixa eletro-hidráulica, atuador mecânico e equipamento de comunicações e
navegação. Também pode ser um subsistema completo, ou seja, parte de um todo maior que é
montado a partir de pequenas peças.
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2.3.14 Denomina-se subconjunto a unidade pertencente a um conjunto maior que pode ser
removida, trocada e reparada separadamente, encontrando-se normalmente disponível em
estoque para apoiar ações de manutenção.
2.3.15 Designa-se acessório todo item mecânico, eletromecânico, eletrônico ou elétrico que
complementa a aeronave ou seus sistemas. Pode ser também a unidade contida em si própria,
constituindo ou montada em um conjunto maior, ou instalada em um avião ou equipamento,
que é projetada com o fim de realizar uma função específica, como gerar energia elétrica,
produzir pressão hidráulica ou aplicar essa fonte para atuar portas, mecanismos e superfícies
de comando de voo.
2.3.16 Plano de Manutenção são os requisitos das verificações das aeronaves e seus
componentes prescritos na OT aplicável, sendo reproduzidos nos cartões de inspeção e/ou
checklists. Também, pode ser o agrupamento de cartões de inspeção que estabelecem um
conjunto de tarefas de manutenção preventiva e corretiva para um sistema ou acessório,
baseando-se em um dado valor de horas de voo, período de calendário, quantidade de ciclos
ou número de acionamentos (inclusive tiros). Procura-se otimizá-lo com o objetivo de
empregar os recursos de manutenção de modo mais efetivo e minimizar as vezes que o
sistema ou conjunto maior fica fora de serviço. De igual modo, é o documento emitido pelo
PAMA Central, e encaminhado à DIRMAB fins de apreciação, através do qual o SISMA
toma conhecimento, entre outras, das seguintes definições e atribuições de um determinado
Projeto:
Serviço (OS). Atende o estabelecido em 2.6.14 quanto à sua implantação e contém, entre
outras, as seguintes características:
NOTA
2.3.18 Revisão geral ou revisão maior é o serviço executado em avião, seus sistemas e/ou
conjuntos maiores que completaram os limites previstos, caso existentes, ou necessitam
colocá-los dentro dos parâmetros estabelecidos, possibilitando o funcionamento por um outro
período similar. De modo semelhante, é o serviço executado em decorrência de inspeção
MAIOR ou, ainda, a desmontagem, limpeza, checagem, reparo ou substituição de partes ou
peças, montagem e teste com padrões e dados técnicos determinados de qualquer componente
ou acessório, de acordo com a OT aplicável e de maneira a prover um item final de
equipamento operacionalmente seguro e confiável. Também será compreendida como a ação
de manutenção durante a qual um acessório é restaurado ao estado comparável ao de um
novo.
2.3.19 Item é cada um dos nomes de artigos ou produtos constituintes de OT-4 CATÁLOGO
ILUSTRADO DE PEÇAS (ILLUSTRATED PARTS CATALOG - IPC), ou de documento
semelhante que determine seu P/N, nomenclatura e localização em equipamento,
prioritariamente. Caso a informação não conste deste manual, será consultada a DT de
implantação do item ou mesmo o SILOMS, caso já conste em seu banco de dados. Se ocorrer
divergência entre as informações existentes nessas documentações e aquelas implantadas no
SILOMS, o fato deve ser comunicado imediatamente ao PAMA Central do Projeto, de modo
que tal não conformidade seja solucionada e a documentação e/ou o SILOMS, corrigidos. De
igual modo, é qualquer combinação de partes ou subconjuntos reunidos em um todo capaz de
cumprir uma função limitada dentro de um conjunto.
2.3.20 Item final de equipamento é a entidade de componentes que não está instalada em
outra parte de equipamento, sendo aquele de uma unidade que voa a própria aeronave e de um
motor removido o próprio motor. Para EAS, é a configuração de conjunto maior não
instalado, nem fisicamente ligado a outra parte. Igualmente, é um item que não atende
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quaisquer desses critérios mas foi selecionado pela DIRMAB para assim ser tratado, tal como
canhão, cadeira de ejeção, pod eletrônico e outros. É similar a conjunto maior e acessório.
3.3.23 Item consumível é aquele que corresponde às condições de ter consumo no uso, não
ter a possibilidade de ser utilizado novamente, ser de troca obrigatória e serem considerados
antieconômicos os serviços que lhe restituem a possibilidade de uso. É constituinte de item
recuperável ou aplicável diretamente em avião, empregado para fixar um conjunto maior ou
parte deste, como gaxeta, porca, arruela, parafuso, etc., também sendo considerado integrante
de sua classe os líquidos e lubrificantes empregados, tais como combustíveis, óleos, graxas,
etc.
3.3.24 Item recuperável é aquele que satisfaz as condições de ter emitidas publicações
técnicas específicas, necessitar de EAS, inclusive bancadas, testes e ferramentas, precisar de
Técnicos de Manutenção treinados para realizar a sua inspeção ou reparo e ser considerado
econômico os serviços que lhe podem restituir o estado de uso. Sobressalentes deles são
denominados de giro, entendendo-se do conceituado que aqueles parcialmente recuperáveis
estão inseridos na definição. Também é qualquer material removível de um item final de
equipamento, conjunto maior ou subconjunto para ser processado em separado e efetuar
revisão geral ou reparo com o fim de restabelecer a sua disponibilidade. Reparáveis e
trabalháveis são itens incluídos no conceito.
2.3.25 Maintenance Resource Management (MRM) é uma filosofia a ser estimulada no setor
de Manutenção para que todo o seu pessoal a conheça e pratique, de modo a evitar a
ocorrência de erros causado por fatores de humanos nas atividades diárias que possam resultar
em incidentes e acidentes, individuais e/ou aeronáuticos. Esforços para sua redução serão
feitos pela melhoria de processos, redução de falhas, diminuição dos danos induzidos e
minimização das lesões em serviço. Isso será praticado por meio da integração das
habilidades técnicas com capacidades interpessoais e conhecimento das limitações básicas de
cada um, juntamente com gestão de risco operacional. Com isso, poder-se-á melhorar a
comunicação, eficácia e segurança nas ações de manutenção. (Ver Anexo SS - FATOR
HUMANO E MANUTENÇÃO.)
2.4.2 O método utilizado pelo COMAER para operar com confiabilidade ao longo do tempo
e garantir disponibilidade de aviões de forma segura e eficaz é a abordagem consciente e
disciplinada para com a sua manutenção.
Também, a operação segura dela é sua atribuição, isto significando que todos as restrições
estabelecidas em OT aplicável (limites), inclusive aquelas referentes ao envelope de voo,
serão respeitadas.
2.4.6 A FAB será capaz de executar os serviços de manutenção em seus aviões, sistemas
e/ou conjuntos maiores imprescindíveis à garantia da pronta resposta.
2.4.9 O conceito de qualidade, e da garantia desta, será estimulado por cada Oficial ou
Inspetor de Manutenção com o fim de manter a capacidade de qualquer Técnico, e toda
atividade será conduzida de forma a sustentá-la. (Ver Anexo JJ - PROGRAMA DE
GARANTIA DA QUALIDADE.)
2.4.11 A qualidade será rastreável pelo registro de todos os fatos significativos na história de
uma aeronave, de forma a garantir a sua aeronavegabilidade. Isto será efetivado através de
apontamentos previstos em documentos estabelecidos neste e em outros documentos do
SISMA, em particular aqueles consumados nos Livro de Registro de Aeronave (LRA) -
RELATÓRIO DE VOO, LRA - LOG BOOK e SILOMS (cartões de inspeção e FCDD).
Sempre que qualquer um deles for completado manualmente, será usada letra de forma para
caracteres alfabéticos e algarismos arábicos para aqueles numéricos, evitando ao máximo
cometer erros, efetuar rasuras ou omitir dados. Além disto, a escrita será realizada com
clareza, evidenciando-se se é “6”, “C” ou “G” (colocar um traço horizontal na extremidade
inferior direita deste), se é ”I” (introduzir um traço horizontal nas suas bases superior e
inferior) ou “1” (colocar um traço horizontal na sua parte de baixo), e se é “S” ou “5”.
Também, cortar-se-á sempre o “0” (zero) e o “7”(sete). Ainda, o Responsável pela
Manutenção assegurar-se-á que as entradas realizadas pelos Técnicos de Manutenção a si
subordinados estarão sempre atualizadas, completas, corretas e legíveis. Se nenhuma cor de
caneta for referida para designar como será o preenchimento de um espaço em documento de
manutenção, será empregada a azul. Se incorreções forem feitas, pôr-se-á risco horizontal
vermelho na informação inexata e feita entrada com o dado correto. Também estão
autorizados ser usados máquina de escrever e/ou computador para o completamento, exceto
onde seja permitido o assentamento a lápis.
2.4.12 Os aplicativos do SILOMS fazem diversas críticas quanto à validade dos dados dos
registros de documentos do SISMA. Mesmo assim, é fundamental ter a máxima atenção ao
preencher os seus campos, pois nem todas as ocorrências serão corrigidas automaticamente ou
não serão aceitas, e uma grafia ruim tem o risco de ser digitada erradamente, com
consequências imprevisíveis.
2.4.14 Os dados de um conjunto maior, subconjuntos e/ou item, tais quais número de parte,
nomenclatura e fabricante, a serem lançados em formulários ou documentos do SISMA serão
aqueles designados na OT -4 CATÁLOGO ILUSTRADO DE PEÇAS (ILLUSTRATED
PARTS CATALOG - IPC), prioritariamente. Caso a informação não fizer parte deste manual,
consultar-se-á a DT de implantação do item ou mesmo o SILOMS, caso já conste em seu
banco de dados. Se ocorrer divergência entre as informações existentes nessas documentações
e aquelas implantadas no SILOMS, o fato deve ser comunicado imediatamente ao PAMA
Central do Projeto, de modo que tal não conformidade seja solucionada e a documentação
e/ou o SILOMS, corrigidos.
2.4.25 Na aquisição de EAS, como testes e ferramentas, aplicados pelo SISMA considerar-
se-á a padronização para facilitar as atividades de apoio.
2.5 SILOMS
2.5.1 Informações Logísticas incluem os recursos necessários para assegurar que um fluxo
de dados efetivo e eficiente é provido pelas e às Organizações responsáveis pela execução das
tarefas de manutenção. Neste fluxo, para a FAB, estão contidas as ligações necessárias entre
30/655 MCA 66-7/2014
2.5.3 O SILOMS foi criado com o fim de informatizar, de forma integrada e modular, as
funções e atividades logísticas, visando propiciar o planejamento e o controle em todos os
seus níveis, incluindo os recursos humanos, materiais, equipamentos, fornecedores e
distribuidores. (Ver Anexo Y - INFORMAÇÃO NA CADEIA LOGÍSTICA.)
processos de manutenção que serão usados para documentar as suas ações e, assim,
determinar o status da frota.
2.6.3 É vital o seu uso correto por todos os elos do SISMA, especialmente durante
operações de contingência, para obter dados de manutenção apropriados em locais inóspitos,
de modo a permitir análise de ações a tomar por escalões superiores.
2.6.4 Qualquer dado relevante do SISMA estará contido no SILOMS, sendo compulsório o
seu preenchimento com valores exatos e confiáveis com o intuito de manter e poder melhorar
os indicadores de disponibilidade, confiabilidade, mantenabilidade e suprimento.
2.6.7 Entradas de dados SILOMS não têm que ser feitas pela mesma pessoa que deu entrada
nos formulários, mas a identificação de quem realizar o registro será clara.
2.6.9 Sempre que for observada qualquer discrepância de um dado no SILOMS, correção
será feita pelo seu usuário ou, se não possuir acesso, relatá-la por escrito a um superior ou à
sua Diretoria por meio eletrônico preferencialmente.
NOTA
O efeito dos erros nos dados coletados varia para as diferentes aplicações das
informações. Por exemplo, alguma margem será tolerada no cômputo de H/h de trabalho
32/655 MCA 66-7/2014
repetitivo. Entretanto, no cômputo do tempo de vida de itens de alto custo ou baixo nível de
estoque ou nos dados de movimentação de itens controlados serão inaceitáveis.
2.6.13 Durante o período que o SILOMS não dispuser da versão informatizada de qualquer
documento referido neste Manual, inclusive formulário, registrar-se-ão os seus assentamentos
em papel do mesmo modo que estabelecido. Após a sua disponibilidade no aplicativo, serão
feitas cópias preenchidas e assinadas (com firma escaneada ou eletrônica) para serem
baixadas, impressas e arquivadas pelas OM interessadas e setor encarregado de sua feitura da
OM emissora, se preciso.
2.7.1 A razão primária de se ter publicações técnicas em uma Organização é assegurar que
todos os documentos relativos à operação de sua frota estarão disponíveis e atualizados para
consulta pelos usuários, principalmente seus Técnicos de Manutenção. Enquanto as
bibliotecas centrais ou Centro de Distribuição e Controle de Publicações Técnicas (CDCP)
dos PAMA Central de Projeto na FAB possuirão arquivos mestre em papel, em meio digital
ou microfilme, aqueles distribuídos às OM apoiadoras e Operadores estarão restritos a cópias
destes contendo os encargos de que se ocupa, as quais serão controladas pelos CDCP.
MCA 66-7/2014 33/655
3 2.7.2 Existe uma grande quantidade de publicações técnicas que acompanham cada
aeronave em uso no COMAER, as quais permitem compreender, identificar e
implementar os requisitos de manutenção necessários para atender a sua segurança e
confiabilidade inerentes. Isto sem considerar os formulários que serão preenchidos e
servirão para registrar todo o histórico de cada uma, assim como propiciar coleta de
dados e acompanhar o seu desempenho, de seus sistemas e de seus acessórios. (Ver, entre
outros, os Capítulo 12 AERONAVEGABILIDADE E SÍMBOLOS
3.1 PROPÓSITO
8.1.1 Este Capítulo estipula procedimentos quanto ao uso dos símbolos apropriados em
formulários de manutenção e constitui normas com o intento de os utilizar, assim como
aponta Técnicos autorizados a colocá-los, retirá-los ou modificá-los.
3.2 DEFINIÇÕES
NOTA
8.3.1 Símbolos são usados em formulários do LRA - RELATÓRIO DE VOO e LRA - LOG
BOOK por Técnicos de Manutenção encarregados de realizar serviços em aeronave e
Inspetores que controlam sua qualidade com o objetivo de economizar tempo e apresentar
apontamentos importantes que possam ser distinguidos rapidamente por quem consultar tais
documentos. Devem ser feitos com lápis vermelho. Indicam:
a) aeronave ou EAS em situação de Disponibilidade Excepcional;
b) necessidade de reabastecimento de aeronave ou EAS com algum
combustível, lubrificante, outros líquidos ou gases; e/ou
c) exigência de inspecionar ou executar instalação ou manutenção em
aeronave e seus acessórios ou EAS.
8.3.2 O uso de símbolos deve ser totalmente compreendido por quem os aplica, com o
intento de tornar as entradas apropriadas em documentos de manutenção.
8.3.3 Quando existir qualquer dúvida quanto à interpretação de um símbolo, uma explicação
resumida e apropriada será anotada na PARTE II no campo OBS DO PILOTO OU MEC de
DISCREPÂNCIA no LRA - RELATÓRIO DE VOO.
8.3.8 As iniciais ou o nome de guerra de Técnico e/ou Inspetor de Manutenção escrito nos
formulários apropriados das PARTES do LRA - RELATÓRIO DE VOO indicam quem
consertou e/ou inspecionou o sistema, conjunto ou item e o considera em condições
satisfatórias. Assim, é fácil constatar que a combinação de uma inicial sobre um símbolo
indica que uma condição defeituosa foi corrigida. Nunca, porém, um símbolo será anotado
por cima de uma inicial.
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8.3.9 Aeronave com símbolo Traço ou Diagonal Vermelha somente será empregada se
estiver como o determinado na Parte II Registro de Situação de Aeronave do LRA - Relatório
de Voo e no alusivo a firma e aceitação pelo seu Comandante.
8.3.10 Havendo incerteza se uma condição deva ser indicada por qual símbolo, Cruz
Vermelha, Traço Vermelho ou Diagonal Vermelha, deve-se consultar um Inspetor ou o
Responsável pela Manutenção e obter a decisão.
8.4.1 Ninguém pode autorizar o voo, pilotar uma aeronave ou usar um EAS até que uma
Cruz Vermelha tenha sido retirada de acordo com a OT aplicável, exceto com o intuito de
realizar reparo ou auxiliar a detectar no solo a discrepância que a(o) torna inapta(o) ao voo ou
uso.
8.4.2 A existência de uma Cruz Vermelha não permite o encerramento de uma PARTE II de
um LRA - RELATÓRIO DE VOO.
8.4.3 Quando uma Cruz Vermelha tiver sido aplicada, um Inspetor de Manutenção
habilitado a retirá-la verificará o serviço efetuado e validará as correções. Quando uma
aeronave estiver não segura ou EAS indisponível e uma equipe de um PAMA ou de uma
OFSM executar um serviço que a ou o restaura, o seu Chefe somente retirará a Cruz
Vermelha do trabalho que sua equipe cumpriu se estiver habilitado, inclusive com publicação
em Boletim Interno da OM apoiadora, e com a concordância do Inspetor quanto à qualidade
do serviço realizado.
8.4.5 Quando em uma aeronave ou EAS for colocado uma Cruz Vermelha para fazer uma
inspeção, depois do seu término pelo menos um Inspetor que participou do seu cumprimento,
checando-a, registrará uma frase descrevendo a sua realização segundo a OT aplicável, ou a
parte pela qual se responsabiliza no espaço de ação corretiva no formulário de manutenção,
indicando-a, bem como a página em que se encontra a descrição da maneira apropriada de
como as tarefas foram realizadas, e aporá a sua assinatura no local apropriado. Isto significará
que reviu todos os documentos de manutenção aplicáveis e que os seus requisitos técnicos
foram cumpridos.
NOTA
8.4.6 Deve-se usar uma Cruz Vermelha pelo menos, mas não limitado a, se:
a) houver discrepância reportada na PARTE II do LRA - RELATÓRIO DE
36/655 MCA 66-7/2014
8.5.1 Nas zonas de combate, em pistas de pouso avançadas, os reparos provisórios feitos em
aeronave (resultado de avarias recebidas em combate) antes de ela retornar à sua base talvez
sejam inferiores à linha marginal de uma condição de Cruz Vermelha porém representam uma
situação mais séria que uma condição de Diagonal Vermelha. Neste caso, o estado da
aeronave será indicado por um Traço vermelho e uma anotação no campo DISCREPÂNCIA
da PARTE II do LRA - RELATÓRIO DE VOO declarando que foram feitos consertos
provisórios e permite fazer um único voo de retorno à sua base de apoio. (Ver 11.9
RETIRADA DE CRUZ VERMELHA PARA EFETUAR UM ÚNICO VOO.)
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8.5.2 Quando em uma aeronave ou EAS for colocado um Traço Vermelho depois do
término do serviço de correção, o Técnico de Manutenção habilitado que o efetuou registrará
uma frase descrevendo a sua realização segundo a OT aplicável, ou a parte pela qual se
responsabiliza no espaço de ação corretiva no formulário de manutenção, indicando-a, bem
como a página em que se encontra a descrição da maneira apropriada de como a tarefa foi
realizada, e aporá a sua assinatura no local apropriado (espaço reservado ao Inspetor da
PARTE II do LRA - RELATÓRIO DE VOO). Isto significará que reviu todos os documentos
de manutenção aplicáveis e que os seus requisitos técnicos foram cumpridos.
8.5.3 Deve-se usar um Traço Vermelho pelo menos, mas não limitado a, quando:
a) existir necessidade de trocar acessório e/ou realizar uma inspeção especial,
fazer verificação operacional ou cumprir voo de experiência;
b) ter carência de executar uma Inspeção Básica como PV, PV, etc. (inclusive
tempo ou outros fatores que não permitam cumpri-la antes de um voo);
c) ocorrer precisão de realizar uma Inspeção MEN ou MAI segundo o
previsto na OT aplicável. Esta será cumprida o mais breve possível, assim
que a situação impeditiva deixar de existir, mas não mais tarde do que o
intervalo de tolerância determinado pela OT aplicável (em seguida, o Traço
Vermelho será alterado para Cruz Vermelha);
d) acontecer indispensabilidade de efetuar uma INPP em uma aeronave.
Depois de 90 dias, uma Cruz Vermelha deve substituí-la, exceto se houver
autorização da DIRMAB;
e) suceder vencimento de Equipamento SSS pelo término do tempo de troca,
mas a aeronave encontra-se em status de alerta ou fora de sua base de
apoio. A ela é autorizado o retorno antes de a discrepância ser transformada
em Cruz Vermelha;
f) revelar a urgência de conclusão de parte de uma verificação não terminada
por falta de material, EAS, etc. (exceto se proibido pela OT aplicável);
g) sobrevier alcance do limite de vida de equipamento SSS ou dispositivo que
não afete a segurança de voo (como botes vencidos sem que se tenha
missão a cumprir sobre a água) em aeronave em status de alerta fora de
sede;
h) não trocar ou consertar ITC defeituoso até a próxima inspeção periódica;
i) mencionar dessa maneira outra parte deste documento; e
j) qualquer condição assim estabelecida na OT aplicável e não indicada nos
itens anteriores.
8.6.1 Quando uma falha designar necessidade de adição de uma Diagonal Vermelha, a
discrepância que a estabelece será descrita. Defeitos assim serão retirados pelo Técnico de
Manutenção que cumpriu a ação corretiva, que descreverá esta e aporá a sua assinatura no
espaço de correção da PARTE II do LRA - RELATÓRIO DE VOO.
aeronave, uma anotação do trabalho feito será feita na PARTE II do LRA - RELATÓRIO DE
VOO. Isto se torna necessário com a intenção de que ela possa apresentar um histórico
completo dos trabalhos de manutenção feitos na aeronave.
8.6.4 Observar-se-á sempre se uma discrepância com Diagonal Vermelha não se encontra
nos casos de Cruz e Traço Vermelhos.
8.7.1 Qualquer Técnico de Manutenção que apuser a sua assinatura com o escopo de retirar
um símbolo Vermelho de um formulário será habilitado e conhecedor da OT aplicável
necessária para executar a tarefa, seja aquele que efetuou o trabalho, seja o seu Inspetor,
ambos tendo considerado a resolução satisfatória. Uma discrepância com Cruz ou Traço
Vermelho incluirá na sua ação corretiva referência à OT aplicável (inclusive número da
página, do parágrafo e/ou da figura - se mais de uma, indicar a primeira e a última; caso mais
de um item, fazer o mesmo) ou equivalente. O Responsável pela Manutenção poderá
determinar a colocação de informações adicionais.
8.7.2 O símbolo original anotado nos campos SITUAÇÃO HOJE da PARTE II do LRA -
RELATÓRIO DE VOO receberá por cima as iniciais de quem fez a retirada da discrepância e
aquele que representa a próxima condição mais séria será anotado no próximo espaço em
branco, caso existir.
8.8.1 Qualquer Técnico de Manutenção que julgar que um símbolo necessita ser mais
restritivo do que aquele existente, inclusive pela sua falta, visto a seriedade de uma
discrepância, tem autorização de alterá-lo em um formulário de manutenção. EM OBS DO
PILOTO OU MEC da PARTE II do LRA - RELATÓRIO DE VOO fará uma entrada sobre
isto: “Símbolo incorreto; discrepância e símbolo reescritos na página ____, item ____.” ou
“Símbolo inexistente; discrepância e símbolo escritos na página ____, item ____.”, e o
Técnico que a fizer aporá a sua assinatura. Em seguida, fará nova entrada da discrepância com
o símbolo que julgar adequado.
8.8.2 Se um Técnico ou Inspetor de Manutenção crer que um defeito é menos sério do que o
representada por um símbolo, o problema será levado ao Comandante ou Responsável pela
Manutenção de sua OM com o intento de abrandá-lo, ao representante contratado equivalente
ou aos seus substitutos em OFSM com o mesmo objetivo. Se ocorrer uma atenuação, o
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8.8.3 Além disso, reescreverá a mesma discrepância em outra linha com o novo símbolo,
deixando em branco o espaço da assinatura do Técnico de Manutenção que inicialmente
lançou o problema, transcrevendo o seu nome de guerra e iniciais e incluindo o texto:
“Símbolo abrandado de ____ para ____ em ____ (data) por____ (assinatura do Inspetor,
Responsável pela Manutenção ou Comandante)”. Esta frase permanecerá com a discrepância
até que seja corrigida.
8.8.4 Os símbolos e as assinaturas uma vez apostos nunca serão apagados, mesmo que
errados. Sua correção será feita da seguinte maneira:
a) caso for Traço ou Diagonal Vermelho, o Técnico de Manutenção que o
corrigiu inserirá a frase: “Símbolo incorreto; discrepância e símbolo
reescritos na página ____, item ____” ou “Símbolo incorreto; não existe a
discrepância”, aporá suas iniciais sobre o símbolo e a sua assinatura nos
locais anteriores apropriados e, quando necessário, lançará a discrepância
outra vez no formulário; e
b) caso for Cruz Vermelha, o Técnico de Manutenção que a corrigir procederá
como no tópico anterior. Se tiver habilitação de retirá-la, completará o
espaço adequado com a sua assinatura e aporá suas iniciais sobre o
símbolo. Caso negativo, colocará a sua assinatura apenas na parte corretiva
e um Inspetor autorizado a removê-la aporá as iniciais de seu nome sobre o
símbolo e completará o espaço exigido.
8.8.5 Quando uma inicial for feita com erro, será usada a frase com o fito de a corrigir:
“Iniciais erradas, ver página ____, item ____”. Em seguida, a assinatura corrigida será aposta
no espaço oportuno e um texto com a discrepância será disposto no espaço vazio seguinte.
8.8.6 Quando uma discrepância for feita erradamente, não será apagada ou alterada por
qualquer um, exceto o seu autor. O Técnico de Manutenção que a descobrir escreverá a frase
no espaço de correção: “Discrepância errada; a correta acha-se na página ____, item ____”, e
aporá a sua assinatura no local apropriado. Quando requerido, o defeito será lançado outra vez
no formulário.
8.8.7 Quando uma pane ainda não corrigida tornar-se mais séria, o Técnico que observou a
piora encerrará essa anotação com: “Símbolo agravado para ____” no espaço de ação
corretiva. Em seguida, reescreverá a entrada adequada no próximo espaço em branco de
defeito com o novo símbolo.
8.9.1 Uma aeronave com Cruz Vermelha será autorizada a realizar um único voo desde que
possa ficar aeronavegável sob restrições operacionais extremamente controladas e
especificadas. Essa ação será autorizada por escrito pelo Responsável pela Manutenção ou seu
substituto legal. Com essa permissão, um Técnico de Manutenção escreverá a seguinte frase
no espaço de correção, “Cruz Vermelha alterada para ___ (ver página ____, item ____), com
o propósito de um único voo para (nome do destino)”, e se aplicável, “com pouso em ____
MCA 66-7/2014 41/655
8.9.2 Caso não estiver disponível o Responsável pela Manutenção ou seu substituto legal
com o fim de apor a sua assinatura, será contatado um ou outro, obtida a sua autorização e
continuada a frase com: “Voo único autorizado por ____ (nome, posto, função, OM)”. Um
Técnico de Manutenção abrandará a Cruz Vermelha e aporá a sua assinatura no espaço de
inspeção, colocando as suas iniciais sobre o símbolo.
8.9.3 Na próxima entrada em aberto, após colocar a Diagonal Vermelha e a data vigente, o
Técnico descreverá o problema inicial e o reparo temporário ou a inspeção cumprida que
tornou a aeronave aeronavegável a único voo no espaço DISCREPÂNCIA da PARTE II do
LRA - RELATÓRIO DE VOO. Também, colocará os condicionantes dos sistemas, conjuntos
maiores e equipamentos de voo, tal como operação do trem de pouso impossibilitado,
restrição do uso da pressurização, altitude máxima a ser mantida, velocidade limitada, etc. O
mesmo Técnico de Manutenção que abrandou a Cruz Vermelha aporá a sua assinatura no
espaço adequado. Quando a aeronave chegar ao destino, a Diagonal Vermelha será
modificada para Cruz Vermelha.
4.1 PROPÓSITO
EM ANÁLISE NA DIRMAB
42/655 MCA 66-7/2014
.)
2.7.3 Nos anos recentes, meios digitais estão substituindo papéis, mas as exigências de
dados e relatos estão sendo mantidas. Também, determinados documentos, designados como
controlados, dado à sua importância, devem chamar atenção dos integrantes dos setores de
Operações e de Material de uma Organização, pois obedecem a certas imposições, com
alguns deles acatando normas de autoridades reguladoras civis. Como a sujeição a alguns
deles é de interesse da FAB, pois atendem requisitos de aeronavegabilidade de aviões,
motores e componentes, tais documentos demandam revisão regular de atualização e
contemplam uma lista delas ocorridas até o momento de sua edição, inclusive com a data de
ocorrência, ou seja, das páginas vigentes, contemplando aquelas que se encontram efetivas e
as que se tornaram obsoletas. Por isso, até mesmo a sua distribuição pelo CDCP de uma OM,
nível Parque ou Base, é controlada, devendo o destinatário assinar o recibo do pacote recebido
após conferir sua pertinência. Desse modo, este processo assegura que esses documentos
foram entregues e recebidos por quem de direito. Uma ofício ou documento semelhante
deverá acompanhá-los identificando o conteúdo, dando-lhe número de controle, data da
revisão e/ou qualquer outra informação importante.
2.7.4 As instruções escritas providas com a aeronave incluem os manuais fornecidos pelo
fabricante da sua estrutura e aqueles dos sistemas e conjuntos maiores que a equipam. Tais
manuais são padronizados por instituições governamentais, a exemplo da USAF, US NAVY,
US ARMY e NATO, ou privadas, como a Linhas Aéreas para a América (Airlines for America
- A4A), anteriormente conhecida como Air Transport Association of America (ATA), tendo
sido tomada essa atitude de padronização com o intuito de reduzir as diferenças entre os
manuais e torná-los mais compatíveis entre si. Pela amplitude de volume de tipos e modelos
de aviões da A4A, apesar do pioneirismo da USAF em adotar esse procedimento, esta está
seguindo várias padronizações daquela entidade. Como resultado, cada sistema foi designado
com o número de um capítulo em uma publicação técnica. São eles, entre outros:
a) 13, Ar Condicionado;
b) 22, Piloto automático;
c) 23, Comunicações;
d) 24, Sistema Elétrico;
e) 26, Proteção Contra Fogo;
f) 27, Controle de Voo;
g) 28, Combustível;
h) 29 Sistema Hidráulico;
i) 30, Proteção Contra Chuva e Gelo;
j) 31, Sistema de Gravação e Indicação;
k) 32, Trem de Pouso;
l) 33, Iluminação;
m) 34, Navegação;
n) 35, Oxigênio;
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o) 36, Pneumático;
p) 38, Água e Lixo;
q) 49, APU;
r) 52, Portas;
s) 53, Fuselagem;
t) 54, Naceles e Pilones;
u) 55, Estabilizadores;
v) 56, Janelas;
w) 57, Asas;
x) 71, Motor;
y) 73, Combustível do Motor;
z) 74, Ignição;
aa) 78, Escapamento;
bb) 79, Sistema de Óleo;
cc) 80, Partida; e
dd) 82, Injeção de Água.
2.7.5 Ademais, esses códigos são divididos em três blocos de dois números, seguidos por
um quarto de três dígitos. O primeiro, conforme mostrado acima, refere-se ao capítulo e é o
mesmo para todos os fabricantes, sendo utilizado em todos os manuais de manutenção. Os
outros dois variam conforme o fabricante e, mesmo, o tipo de aeronave, devido às diferenças
entre os sistemas a que se aplicam. Já o último conjunto também é idêntico para todos os
documentos:
a) as páginas de 001 a 099, denominada de Descrição e Operação, identificam
os vários modos operacionais de cada sistema a que se refere e explana
como este e suas partes funcionam;
b) as com números entre 101 a 199, intituladas de Isolamento de Falhas,
expõem as árvores de defeito para solucionar diversos problemas com o
sistema ao qual se alude e suas partes, não abrangendo todos os possíveis
modos, contudo, dada a complexidade existente;
c) as com de números entre 201 e 299, nomeadas de Práticas de Manutenção,
narram procedimentos de remoção e instalação, seguido de testes BIT e
BITE, verificações funcionais, modos de ajustes ou instruções para
reabastecer, lubrificar e fazer outros serviços;
d) as com números entre 301 a 399, cognominadas de Serviços, mostram
todas as tarefas obrigatórias de ser cumpridas nos sistemas e acessórios,
tais como checar, completar e trocar óleo, óleo hidráulico, água,
combustível, e outros mais, incluindo lista de materiais necessários e suas
especificações, quando aplicáveis;
e) as com números entre 401 e 499, intituladas de Remoção e Instalação,
detalham passo a passo instruções para remover as LRU (Line Replaceable
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2.7.7 Os Manuais de Revisão Geral dos Componentes, de igual maneira referidos neste
documento como OT -3 MANUAL DE REVISÃO GERAL (OVERHAUL MANUAL),
complementam e acompanham o Manual de Manutenção, tendo igual finalidade e
constituição, e são escritos pelos fornecedores dos fabricantes, tais quais aqueles de itens
elétricos, eletrônicos, hidráulicos, entre outros, que serão removidos para fazer manutenção
em oficina. São supridos pelo produtor da aeronave como opcionais (conhecidos como SFE,
Seller Furnished Equipment - Equipamento Fornecido pelo Vendedor) ou comprados pelo
Operador e instalados pelo Construtor antes da entrega da aeronave (conhecido como BFE,
Buyer Furnished Equipment - Equipamento Fornecido pelo Comprador).
NOTA
sigla SD e, do Diagrama de Cablagens, WD. Para maiores detalhes sobre o tema, ver TO 00-
5-18 AF TECHNICAL ORDER NUMBERING SYSTEM da USAF.
a) A BSL indica a uma Unidade específica e para cada missão lhe atribuída
quais os sistemas e subsistemas devem funcionar em um equipamento com
o fim de realizá-la; e
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NOTA
2.8.5 Cada CDCP conterá infraestrutura de apoio, como mesas, cadeiras, escaninhos,
leitores de micro filmes, terminais de computador, impressoras, copiadoras e outros
dispositivos que permitam aos usuários consultar e copiar as folhas de interesse de uso em
serviço.
2.8.7 Antes de iniciar qualquer tarefa, todas as OT aplicáveis serão revistas para familiarizar
os Inspetores e Técnicos de Manutenção com os mais recentes procedimentos. Durante o uso,
todos os usuários atentarão da sua classificação quanto à exatidão, atualização e segurança.
2.8.15 Checklist (contendo as letras CL - Check List - após a sua numeração nas OT da
USAF) e cartão de inspeção (contendo as letras WC - Working Card - após a sua numeração
nas OT da USAF) garantem de que nenhum item deixará de ser verificado em uma
averiguação programada ou não programada, e darão credibilidade e estabelecerão
responsabilidade para cada item de exame executado, por serem publicações técnicas
abreviadas.
2.8.17 Cartões de inspeção e checklists não contém instruções de reparo, ajustes ou outros
meios de corrigir as condições defeituosas, nem contém instruções detalhadas para investigar
defeitos e encontrar causa de mau funcionamento. Os requisitos de inspeção são expostos de
50/655 MCA 66-7/2014
forma a estabelecer qual equipamento, acessório, componente, etc. será examinado e quais
condições buscarão atingir. Trechos das OT aplicáveis serão consultados com o fim de saber
sobre como e porque cada requisito de inspeção é efetuado.
2.8.19 PoP será feito para qualquer ação designada em OT aplicável ou consumada sem o
devido detalhe e será usado em operação ou manutenção de aeronave.
2.8.20 Exigências de inspeções em publicações que não a OT aplicável não serão cumpridos
em aeronave do COMAER, seus sistemas, conjuntos maiores e outros constituintes. Caso
necessário, será levada a situação ao Responsável pela Manutenção, que a encaminhará ao
PAMA Central do Projeto para apreciação.
2.8.21 Lista de Verificação Funcional será feita para qualquer atividade não designada em
OT aplicável ou consumada sem o devido detalhe. Este tipo de publicação não será usado em
operação ou manutenção de aeronave, mas em desinterdição de pista de um tipo de aeronave,
por exemplo.
2.9.1 A seguinte ordem de precedência será seguida pelo SISMA e atenderá emergências de
conjuntos maiores e partes de aeronaves dos Projetos da FAB, exceto se de outro modo
disposto pelo COMGAP ou por determinação de autoridade hierarquicamente superior ao
Comandante dessa OM:
a) aeronave com AIFP em alerta, missão de guerra, emergência nacional ou
exercício do Ministério da Defesa e/ou do COMAER;
b) aeronave com AIFP fora de sede;
c) aeronave de salvamento com AIFP em sede;
d) aeronave em IPLR que esteja escalada em missão de guerra, emergência
nacional ou exercício do Ministério da Defesa e/ou do COMAER;
e) aeronave de salvamento com IPLR em sede;
f) aeronave com AIFP em sede de Unidade Administrativa;
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6.1 PROPÓSITO
3.1.1 Este Capítulo designa os processos e níveis de manutenção adotados pelo SISMA,
considera métodos com o fim de aplicá-los, assim como estipula encargos e atribuições de
cada um dos níveis e legisla sobre apoio a aeronaves em trânsito.
6.2 DEFINIÇÕES
3.2.1 Go/No Go
Tarefas que são (ou possam ser) cumpridas em aeronave, conjuntos e/ou
componentes efetivamente, quando instalados.
Ações que não são (ou possam não ser) realizadas em uma aeronave, seus
sistemas e/ou componentes e requerem a remoção a uma oficina de reparo e o uso de seus
recursos humanos e materiais.
Tempo que um conjunto maior com controle de manutenção Hard Time (HT)
opera até ser removido para revisão geral. Normalmente, será contado em horas de voo ou
período de calendário.
Itens de uma LRU que possuem sobressalentes no local para permitir pequenos
reparos em oficina nível Base.
NOTA
3.3.6 Órgão apoiador é uma OM que seja sede de uma UAe. Uma organização poderá ser,
simultaneamente, Órgão apoiador e Operador, caso possua aviões orgânicos em sua dotação.
Ambas podem guardar entre si uma grande diversidade de características que implicam na
necessidade de se particularizar cada caso quando da definição das suas estruturas
organizacionais, relacionando-se atribuições e dimensionamento dos efetivos na área de
suprimento e manutenção de aviação nos níveis Orgânico e Base.
determinada aeronave, constituir-se-á num Operador Isolado para outro tipo. (Como a AFA
que, apesar de possuir apoio logístico completo para T-25 e T-27, é Operador Isolado de
C-95, necessitando suporte de outra OM. A EPCAR é Operador Isolado de C-98 e não possui
G/ESM ou Seção de Material, ficando evidente, neste caso, maior dependência de um Órgão
apoiador.)
a) Chefia (S4)
- Secretaria (S4SE);
- Inspetoria Técnica (S4IN);
b) Subseção de Programação e Coordenação (S4PC)
- Centro de Controle de Dados de Manutenção (S4DM); e
- Publicações Técnicas (S4PT);
c) Subseção de Manutenção (S4MN)
- Equipamento de Voo (S4EV);
- Sistemas de Aeronaves (S4SA); e
- Equipes de Manutenção (S4EM)
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- Hangar (S4MH); e
- Pista (S4MP);
d) Subseção de Apoio (S4AP)
- Equipamentos de Apoio de Solo (S4AS);
- Ferramentaria (S4AF);
- Almoxarifado (S4AA); e
- Provedoria (S4PR);
e) Outras Seções, como Suprimento, Armamento, Foto-sensores, etc.
NOTA
NOTA
NOTA
NOTA
NOTA
NOTA
menos:
a) Chefia (TTEC)
- Secretaria da Divisão Técnica (TSEC);
b) Assessoria de Planejamento (TPLJ)
- Seção de Previsões e Meios (TPPM);
- Seção de Planejamento de Manutenção (TPMN); e
- Seção de Planejamento de Materiais (TPMT);
c) Subdivisão de Controle (TCTR)
- Seção de Controle de Manutenção (TCMN);
- Seção de Controle de Qualidade e Inspetoria (TCQI);
- Seção de Controle de Ordens de Serviço (TCOS);
- Subseção de Controle de Ordens de Serviço Internas (TCOI); e
- Subseção de Controle de Ordens de Serviço Externas (TCOE).
- Centro de Distribuição e Controle de Publicações (CDCP)
- Seção de Controle de Documentação Técnica (CCDT); e
- Biblioteca Técnica (CBTP).
d) Subdivisão de Suprimento (TSUP);
- Seção de Recebimento (TSRE);
- Seção de Expedição (TSAE);
- Seção de Material de Aeronaves (TSMF);
- Seção de Armazenagem de Utilizáveis (TSAU);
- Seção de Armazenagem de Recuperáveis (TSAR);
- Seção de Aquisição (TSAQ); e
- Seção de Sucata (TSAS);
e) Subdivisão de Aeronaves (TANV);
- Seção de Manutenção de Aeronaves (TAAF);
- Subseção de Planejamento e Controle (TAFP); e
- Subseção de Execução (TAFE).
- Seção de Operações (TAOP).
f) Subdivisão de Oficinas (TOFI);
- Seção de Componentes Trabalháveis (TOCT);
- Seção de Hidráulica (TOHD);
- Seção de Usinagem (TOFU);
- Seção de Estrutura (TOFT);
- Seção de Ensaios Não-Destrutivos (TOMD);
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NOTA
NOTA
NOTA
3.5.1 O cenário de incertezas e riscos cada vez mais presente nos últimos anos, tem
impactado de forma expressiva os diversos segmentos da sociedade, em particular as
instituições públicas. Inserida nesse contexto, a DIRMAB tem observado que é de capital
importância o uso de novos instrumentos administrativos, que permitam superar os óbices
decorrentes das limitações impostas pela conjuntura econômica.
3.5.2 A sistematização da análise da situação a partir de um quadro no qual estão integradas
as informações oriundas do trabalho fruto das diferentes funções cria condições para adotar
uma atitude pró-ativa, na medida em que tem os instrumentos para evitar as possíveis
consequências de problemas potenciais.
3.5.3 O ciclo PDCA (Planning, Doing, Controlling and Acting), ou ciclo de Shewhart ou de
Deming, é aquele que tem como foco a melhoria contínua. Possui por princípio tornar mais
claros e ágeis os processos envolvidos na gerência, dividindo-a em quatro passos principais. É
aplicado com o fim de alcançar resultados dentro de um sistema de gestão e será utilizado em
qualquer Organização de forma a garantir um bom desempenho, independentemente da área
de atuação. O ciclo começa pelo Planejamento, no qual se constitui uma meta ou identifica-se
um problema - este com o sentido daquilo que impede o alcance do produto esperado, ou seja,
atingir a meta - e analisa-se o fenômeno - observam-se as informações referentes ao problema
ou examina-se o processo e descobrem-se as causas principais do problema, elaborando-se
um plano de ação; em seguida, vem a Execução, ou seja, cumpre-se o conjunto de tarefas
planejadas conforme o referido plano; após, faz-se o Controle, em que se checa se o que foi
68/655 MCA 66-7/2014
feito está de acordo com o projetado. Nesta fase, monitora-se e avaliam-se os resultados e os
processos, confrontando-os com o previsto - objetivos, especificações e estado almejado -,
consolidando as informações e, eventualmente, confeccionando relatórios; e toma-se uma
Ação para eliminar ou, ao menos, amenizar defeitos no produto ou na execução. Age-se de
acordo com o avaliado e segundo os relatórios, casualmente determinando e confeccionando
novos planos de ação, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando o
realizado, corrigindo as falhas.
3.5.4 Na logística da FAB, isto será realizado pela existência de uma Comissão de Análise
Crítica (CAC) nos PAMA e G/ESM. Estrategicamente, a CAC funciona como um catalisador
de informações, seja por descobri-las, reuni-las ou sedimentá-las, juntando-as e dando
sustentação e ampla visão ao processo decisório.
3.5.5 Ações de avaliação são resultantes da comparação da situação real com a planejada,
identificação dos desvios, causas e, se for o caso, especificação das medidas corretivas
necessárias. Na CAC, essas ações objetivam fundamentalmente avaliar os impactos das não
conformidades de um processo gerencial específico sobre os demais processos e dos fatores
de planejamento (por exemplo, aumento de esforço aéreo, TDA, disponibilidade e outros
mais). Se essas não conformidades ocorrerem em um processo fornecedor de recursos, tal
como o de suprimento e o de gestão de RH, e seus impactos forçarem o replanejamento de
algum processo produtivo, tal como o de manutenção de aeronaves e de recuperáveis,
ocorrerá a compatibilização das metas do PTA com as limitações de recursos.
3.5.5.1 Referente a Material - considerar todas as variáveis no processo de avaliação, em
relação às necessidades de atendimento. Por exemplo, DPE, preço, quantidade, recursos
disponíveis, condição do material e outros mais.
3.5.5.2 Referente a Serviços - considerar todas as variáveis no processo de avaliação, em
relação às necessidades de atendimento. Por exemplo, DPE, H/h empregado, material
necessário, sobretaxa, garantia, recursos disponíveis, viabilidade econômica e outros mais.
3.5.5.3 Referente a Recursos Humanos - considerar todas as variáveis no processo de
avaliação em relação às necessidades de atendimento. Por exemplo, necessidade versus
disponibilidade de mão de obra qualificada, PCRH, PLAMOV e outros mais.
3.5.6 Ações de decisão consistem na análise, seleção das alternativas e determinação de
medidas consequentes.
3.5.7 Ações de retroalimentação objetivam recolocar o projeto na direção planejada ou,
alternativamente, redefinir os objetivos, prazos e custos, replanejar e efetuar as medidas
consequentes de execução.
3.5.8 Aquisição em emergência é o processo de aquisição relacionado ao material
necessário e não disponível, cuja falta está comprometendo e/ou poderá prejudicar o
cumprimento do PTA da Organização, seja em PAMA, seja em OM subordinada
sistemicamente, e/ou atender às situações de emergência que estejam inviabilizando o
cumprimento de missão por Operador.
3.5.9 Durante a elaboração do PTA, serão considerados o esforço aéreo, a TDA e a
disponibilidade da frota a ser mantida, além dos materiais previstos para cumprimento de DT,
assunção de encargos, modernizações e/ou modificações de aeronaves. O Caderno de
Necessidades é a listagem que retrata as necessidades de material e de serviços com o fim de
cumprir o PTA da Organização aprovado para o ano a que se refere por OM de escalão
imediatamente superior.
3.5.10 Caderno de Obtenção é a listagem fruto da análise comparativa entre o Caderno de
MCA 66-7/2014 69/655
do Tempo de Pedido e Remessa - TPR -, para consumíveis), dividido pela média do Custo de
reparo (compra) de cada um. (Ver artigo 3.7.3 c sobre atribuições do Setor de Controle para
mais detalhes). O seu roteiro constará, pelo menos, para cada componente:
a) leitura de todas as medidas determinadas na reunião anterior,
mencionando-se as que foram solucionadas e as que estão em fase de
resolução;
b) avaliação das medidas em fase de resolução;
c) análise da situação atual; e
d) análise de itens específicos propostos na pauta de encontro atual e
precedente.
NOTA
NOTA
NOTA
3.6.4 O Chefe da TCTR, nos PAMA, ou SEPC, nos G/ESM, é o responsável pela
convocação da reunião da CAC, após a aprovação do Chefe da TTEC ou Comandante do
G/ESM, informando os dados básicos da mesma, tais como: data, local, horário e assuntos a
serem discutidos. A princípio terá caráter semanal, devendo ocorrer preferencialmente às
segundas-feiras. A divulgação de sua ata será na sexta-feira, no primeiro expediente.
3.6.5 Além de discutir os 10 itens recuperáveis e os 10 consumíveis mais críticos de cada
Projeto, os participantes poderão propor assuntos para compor a agenda até a data da reunião.
Dentre outros, poderão constar:
a) FCDD;
b) atualização trimestral dos Caderno de Necessidade, Caderno de Obtenção,
Caderno de Compras e criação de Caderno de Contingenciamento;
b) laudos técnicos;
c) análise de risco no trabalho dos setores;
d) itens de ação de ROP;
e) itens de ação de VAT; e
f) assunção de novos encargos.
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3.6.6 Reuniões extraordinárias poderão ser realizadas quando houver constatação de risco
potencial grave e iminente, que determine a aplicação de medidas corretivas imediatas de
emergência.
3.7.1 Existem três funções básicas quando se faz inspeções em aeronaves ou conjuntos
maiores: previsão, planejamento e controle.
3.7.2 A previsão inclui principalmente a carga de trabalho estimada para o curto, médio e o
longo prazos e baseia-se na frota existente e nos planos de emprego no período considerado,
assim como em qualquer alteração que possa se suceder nesses parâmetros durante o processo
de previsão. Deve considerar as exigências rotineiras de manutenção existentes e mudanças
conhecidas nas operações que a afetarão, assim como na infraestrutura e na capacitação de
seus RH. Ainda, deve abarcar o envelhecimento da frota, a substituição de acessórios, a
adição de outros mais e a incorporação de DT. Esta função assegura que o setor de
Manutenção encontra-se atualizado e preparado para adaptar seus processos e procedimentos
quando e se for decidido aplicar tais modificações. Aquelas concernentes ao longo prazo
(entre 5 e 10 anos), o afetarão sob aspectos de RH, orçamento, treinamento e instalações.
Adaptações serão feitas de modo a acomodar novas necessidades. Como compreendem
atividades vindouras e genéricas, serão revistas anualmente. Já aquelas de curto prazo (entre 0
e 2 anos) serão mais detalhadas. Possuem planos mais definitivos que atentam à capacidade
de trabalho vigente e disponibilidade de recursos materiais e financeiros no momento. Desse
modo, essa função provê um plano continuado à Manutenção prosseguir no empenho de se
conservar pronta para transformações que porventura vierem a acontecer e estar em condições
de transformar qualquer trabalho existente harmoniosamente, com o mínimo de transtornos,
quando da sua ocorrência.
3.7.3 O planejamento abrange determinar o cronograma das manutenções futuras e inclui as
definições das necessidades de pessoal, material (inclusive EAS), instalações e
disponibilidade nas janelas de tempo existentes nos períodos desejados para executar as
ações, compreendendo também a aplicação de DT e outras modificações julgadas oportunas.
(Esta função possui um indicador muito útil: ver em 7.4 INSPEÇÕES PROGRAMADAS
diagonal de manutenção.) É o primeiro passo no cumprimento do trabalho e deve sempre
preceder a execução, já que as atividades serão impulsivas sem ele e produzirão resultados
imprevisíveis. Assim, trata das práticas do dia a dia da manutenção. Como o objetivo desta é
restituir os equipamentos em condições aeronavegáveis ao setor de Operações de maneira a
atender a programação de voo, com todas as tarefas previstas realizadas ou apropriadamente
postergadas, então o planejamento delas significa projetá-las tendo em mente tais metas.
Sabe-se que a Subdivisão de Engenharia dos PAMA apoiadores produziu o Plano de
Manutenção em vigor e determinou os trabalhos, de modo que os pacotes de serviços fossem
adequados, com as tarefas a serem feitas identificadas e os intervalos de seu cumprimento
estabelecidos, assim como a mão de obra necessária indicada e os materiais imprescindíveis
para efetuá-las delineados; em decorrência, o setor de Planejamento deve adequá-lo e adaptá-
lo às verificações a serem efetivadas em cada aeronave, adicionando as peculiaridades que
demanda qualquer uma das inspeções. Isto inclui a coordenação com todos os setores
envolvidos, de modo a não deixar sem programação qualquer aspecto fundamental ou que
possa se tornar importante. Por isso, é indispensável encaminhar a lista contendo as ações a
cumprir à subseção encarregada da execução realizar uma crítica, de modo a checar se
subsiste qualquer impossibilidade ou falta. Também, a realização de uma reunião dos
envolvidos para discutir os problemas e finalizar as ações de modo a as tornar um plano é
capital. Isto permitirá inserir alterações de última hora necessárias de serem feitas devido às
72/655 MCA 66-7/2014
circunstâncias, tais como extensão de tempo para cumprir determinados serviços, prioridade
maior de execução de trabalhos pendentes, itens de suprimento faltantes, escassez de mão de
obra devido a doenças, férias, etc. (Ver 7.8 GESTÃO DE UMA INSPEÇÃO.)
3.7.4 Apesar de englobar qualquer uma delas, praticamente aquelas diárias ou mais simples
pouco demandam desta função: apenas programá-las e monitorá-las do aspecto de controle da
produção. Eventualmente, quando não tomam muito tempo ou demandam muito trabalho,
algumas tarefas postergadas e/ou DT têm a possibilidade de ser adicionadas a uma delas,
sendo executadas pela mesma equipe de manutenção ou por uma outra. Além disso, alguns
serviços estabelecidos no Plano de Manutenção podem ser efetuados com frequência distinta
das rotineira, situando-se em uma escala intermediária. O planejamento e controle da
produção é responsável por incluí-los e divulgar às subseções afetadas quando devem ser
consumados, assim como pela verificação de que foram cumpridos apropriadamente. Muito
cuidado deve ser tomado para não os postergar até o limite autorizado, pois isto tem a
faculdade de acarretar ao setor de Manutenção a necessidade de tirar a aeronave do voo por
algumas horas, ou dias, com o fim de efetuá-los. (Ver 7.8 GESTÃO DE UMA INSPEÇÃO.)
3.7.5 As inspeções Menores (MEN), Maiores (MAI) ou equivalentes das aeronaves do
COMAER serão programadas e, assim, consideradas passíveis de serem planejadas, com o
conteúdo e o cronograma de cada uma podendo ser determinado previamente: o seu início
ocorrerá, pelo menos, 4 semanas para a primeira antes do começo da inspeção e, no mínimo, 8
semanas para a segunda e a terceira. (O ideal é ao término da inspeção anterior.) Se houver
carência de qualquer acessório e o seu Tempo de Pedido e Remessa for maior, esse período
pode exceder tais valores. Quando da necessidade de aplicar DT com materiais ainda não
recebidos, a anterioridade tem a propensão de ser maior ainda. Igualmente, as discrepâncias
lançadas na PARTE III do LRA - RELATÓRIO DE VOO serão objeto de muita atenção, pois
se expõem a precisar de mão de obra, materiais e tempo de execução extras. Normalmente,
quando nada do planejado faltar, sua duração é curta, dependendo da aeronave e das
circunstâncias. O número de turnos de trabalho existentes, a disponibilidade de material e a
habilidade exigida para o serviço afetarão o andamento. (Ver 7.4 INSPEÇÕES
PROGRAMADAS para as definições de MEN e MAI.)
3.7.6 Existem 3 tipos de tarefas a cumprir: as rotineiras, as rotineiras variáveis e as não
rotineiras. As primeiras são aquelas identificadas por terem de ser feitas com um intervalo
especificado, sendo este, por exemplo, cada MEN ou toda MAI impar, etc. Como
consequência, tais inspeções têm a ocasião de possuir lapso de tempo e materiais distintos e
serão objeto de preocupação do planejamento e controle da produção. As seguintes, rotineiras
variáveis, são as que se alteram de uma verificação a outra e de uma aeronave a outra. São
resultados de postergações de serviços, incorporações de DT ou qualquer outro trabalho cuja
ação de manutenção seja para ser feita uma única vez em uma aeronave em particular. Como
o tempo para efetuá-las é fixo, tais itens possuem características similares às tarefas rotineiras
para efeito de planejamento. Finalmente, as não rotineiras são fruto das duas anteriores,
quando, ao serem consumadas, apresentam serviços a executar. Como exemplo, tem-se que se
um cartão de inspeção prevê a checagem de vazamento de óleo hidráulico da área da baia do
trem de pouso, o qual, em caso de ser encontrado, gerará a necessidade de um reparo ser
realizado com tempo e dimensões somente determinados quando da constatação do defeito.
Como a quantidade dessas tarefas pode apenas ser estimada, o que também ocorrerá com o
tempo despendido, tornar-se-á encargo do Setor de Controle nos PAMA e da Subseção de
Programação e Coordenação nos Operadores saber quanto durará a verificação. Assim, é seu
dever coletar e catalogar o tempo de todos os tipos de tarefas, sem considerar retardos por
falta de mão de obra, material, EAS e/ou instalações, de modo a ter a capacidade de prever
quanto uma verificação futura prolongar-se-á. Por outro lado, não é incomum as inspeções
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MEN, MAI ou equivalentes, incluírem partes de outras, o que permitirá ocasionar duplicidade
na feitura de tarefas assemelhadas, caso não se atentar à atividade: por exemplo, se for
previsto efetuar um teste funcional em um conjunto maior, logicamente estará implícito que
se está realizando um operacional. O evento final dessa função será produzir os cartões de
inspeção a serem empregados na checagem pelos Inspetores e Técnicos de Manutenção. Na
data programada, a aeronave será limpa e encaminhada ao hangar. (Ver 7.8 GESTÃO DE
UMA INSPEÇÃO.)
3.7.7 Este planejamento é algo idealizado. Foi assumido existir um certo tempo para
cumprir os trabalhos e a mão de obra, materiais, EAS e instalações estarem prontos para
aplicação. Do mesmo modo, foi adotado que o fluxo dos serviços acontecerá como previsto,
mesmo tendo sido feitas inferências sobre falhas não rotineiras, estatísticas estas baseadas no
conhecimento passado de certos acontecimentos, o que tem a oportunidade de ser bastante
não acurado quando a quantidade de eventos é pequena e/ou o desvio padrão das amostras é
grande, pois existe a possibilidade ou não de acontecer, criando uma variação no cronograma
difícil de ser estimada, mas que terá de ser programada. Por isto, é importante aos Técnicos de
Manutenção relatarem adequadamente nos formulários apropriados o desempenho ocorrido
na consecução de cada tarefa, a fim de alimentar com dados o planejamento. Durante a
execução dos serviços, muito do que acontece exige alteração do projetado. O controle
permite fazê-lo. Supondo, por exemplo, que um parafuso quebre na sua instalação, isto
significa que, no mínimo, deve-se executar a extração de sua parte restante e que as
ferramentas para cumpri-la estão disponíveis, assim como aquelas de refazer as roscas, o que
tomará algum tempo adicional. Há ainda o ensejo de se ter um exame com o fim de checar o
motivo da ocorrência, que pode ter sido devido ao uso inapropriado do EAS, sua calibração
incorreta e/ou fragilidade da parte. Também, é possível que, em decorrência do atraso nesta
tarefa, uma outra, dependente dela, teve de ser protelada. Enfim, se o controle não estiver
acompanhando cada atividade no instante em que estiver se sucedendo, existirá a ocasião de
perder-se em seu fim. Embora os Técnicos de Manutenção não gostem dessa ideia de serem
seguidos pelo planejamento e controle, é importante ao COMAER saber quão longa será uma
tarefa, quais problemas conseguem surgir na sua consecução e o tempo que levará para
solucioná-los. É natural que uma mesma ação praticada por uma mesma pessoa tenha
períodos de duração distintos, mesmo tendo se sucedido dentro das “mesmas” circunstâncias.
Assim, dentro de certas condições, contendo pequenas variações (um desvio padrão, antes de
se fazer uma investigação do por quê), isto deve ser encarado como um fato da vida, não um
problema de disciplina. Mas o controle não apenas realiza este ajuste, como também procura
manter a verificação dentro do tempo programado. Existem diversas maneiras para praticar
isto, envolvendo desde o acréscimo de pessoal, a postergação de cumprir determinadas tarefas
ou a contratação de equipe terceirizada. Esta etapa inicia-se com um encontro dos principais
envolvidos antes de o planejamento ser dado como pronto, verificando a sua adequação. Em
caso de necessidade, deve-se realizar um ajuste inicial. Em seguida, os esforços prosseguirão
durante o cumprimento das tarefas, imediatamente depois da feitura de cada uma, o que
assegurará a observância do projetado tão logo que possível e permitirá a tomada de ações
quando preciso com o objetivo de adequar os desvios e as circunstâncias ao planejado. Sem a
sua observância, a tendência é de um aumento de volume na quantidade de serviços, a maioria
proveniente de eventos inesperados e de atrasos. Ademais, a realimentação permite que os
setores envolvidos possam adequar as próximas inspeções similares. (Ver 7.8 GESTÃO DE
UMA INSPEÇÃO.)
3.7.8 Os objetivos desse planejamento e controle da produção são:
a) maximizar a contribuição do setor de Manutenção ao esforço da OM em
cumprir sua missão;
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NOTA
NOTA
3.9.1 Este tópico tem por finalidade fixar responsabilidades em maior minúcia do
funcionamento dos 1º e 2º níveis de manutenção no SISMA, dentro do contexto de atribuições
estabelecido na IMA 19-87 PROCEDIMENTO E METODOLOGIA PARA
ESTRUTURAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS MANUTENÇÕES DE NÍVEL
ORGÂNICO E BASE. Seus executores, Operadores e G/ESM, respectivamente, têm como
incumbências aquelas estabelecidas em 6.4 GESTÃO DOS NÍVEIS DE MANUTENÇÃO.
As orientações a seguir complementa-as, mas não as esgota. Por isto, deverão ser mais
detalhadas em NPA ou outros documentos referentes ao funcionamento de cada OM,
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NOTA
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3.9.8.3.1 As suas obrigações estarão ligadas aos aspectos técnicos de todas as ações de
manutenção de responsabilidade de Operador, atuando na conferência das tarefas efetuadas e
seu registro e na elaboração e/ou fiscalização do assentamento das FCDD.
3.9.8.3.2 Prestará assessoramento à Chefia da Seção de Material no estudo e decisão
de·assuntos de natureza técnica, bem como orientará os setores pertinentes com o intuito de
que as inspeções sejam cumpridas de acordo com os requisitos estabelecidos na OT aplicável.
Os seus integrantes poderão realizar os cursos das aeronaves existentes na Unidade, condição
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esta não essencial, contudo, já que sua atuação não requererá noções específicas. Para tanto, o
Corpo de Inspetores (CINSP) terá como atribuições, adotando as providências cabíveis se não
conformes:
a) acompanhar as inspeções e serviços realizados nas aeronaves, subconjuntos
e constituintes, controlando o cumprimento das OS conforme definido nos
cartões de inspeção ou em outros documentos pertinentes, quando estiver
determinado ou julgar conveniente, atentando ao emprego de EAS
prescritos e publicações técnicas atualizadas;
NOTA
NOTA
NOTA
Embora o controle das FCDD seja feito pela Seção de Planejamento e Controle
do G/ESM apoiador, as Inspetorias Técnicas dos Operadores manterão cópia delas e dos
relatórios ou outros documentos que contemplam as soluções decorrentes, assim como
aquelas de interesse da OM, com o fim de efetuar análise, aplicação, divulgação e outras
ações pertinentes.
h) emitir parecer aos Órgãos superiores ou apoiadores sempre que pedido pela
Subseção de Manutenção ou quando julgado imperativo;
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NOTA