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Ano: 2020
1
Juan Carlos Dickmann Stipp
Contabilidade básica
1ª Edição
2020
Curitiba, PR
Faculdade UNINA
2
Editora UNINA
Rua Cláudio Chatagnier, 112
Curitiba – Paraná – 82520-590
Fone: (41) 3123-9000
Conselho Editorial
D.r Alex de Britto Rodrigues / D.ra Diana Cristina de Abreu /
D.r Eduardo Soncini Miranda / D.ra Gilian Cristina Barros /
D.r João Paulo de Souza da Silva / D.ra Marli Pereira de Barros Dias /
D.ra Rosi Terezinha Ferrarini Gevaerd / D.ra Wilma de Lara Bueno /
D.ra Yara Rodrigues de La Iglesia
Revisão de Conteúdos
Murillo Hochuli Castex
Designer Instrucional
Murillo Hochuli Castex
Revisão Ortográfica
Alexandre Kramer Morgenterm
Desenvolvimento Iconográfico
Juliana Emy Akiyoshi Eleutério
FICHA CATALOGRÁFICA
3
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade UNINA!
4
Sumário
Prefácio ................................................................................................................. 09
Aula 1 – Introdução à contabilidade ....................................................................... 10
Apresentação da aula 1 ......................................................................................... 10
1.1 Conceito ................................................................................................... 10
1.1.1 História da contabilidade ........................................................................ 11
1.1.2 A contabilidade nas citações bíblicas ..................................................... 14
1.1.3 Evolução da história da contabilidade .................................................... 14
1.2 Finalidade da contabilidade ...................................................................... 16
1.2.1 Função da contabilidade ........................................................................ 17
1.3 Usuários da contabilidade ......................................................................... 18
1.4 Técnicas contábeis ................................................................................... 19
1.4.1 Livros contábeis e fiscais ....................................................................... 20
1.5 Livro diário ................................................................................................ 20
1.5.1 Livro razão ............................................................................................. 21
1.6 Campo de aplicação da contabilidade ...................................................... 24
1.6.1 Classificação da ciência contábil ........................................................... 24
1.6.2 Ramos de atuação da contabilidade ...................................................... 25
Conclusão da aula 1 .............................................................................................. 25
Aula 2 – O Patrimônio das empresas ..................................................................... 26
Apresentação da aula 2 ......................................................................................... 26
2.1 Conceito de patrimônio ............................................................................. 26
2.1.1 Bens ...................................................................................................... 26
2.1.2 Direitos .................................................................................................. 27
2.1.3 Obrigações ............................................................................................ 27
2.1.4 Objeto de estudo da contabilidade: o patrimônio .................................... 28
2.1.5 Aspectos qualitativos e quantitativos do patrimônio ............................... 28
2.2 Representação gráfica e equação patrimonial .......................................... 29
2.2.1 Equação fundamental do patrimônio ..................................................... 29
2.2.2 Patrimônio líquido ou situação líquida .................................................... 30
2.2.3 Situações líquidas patrimoniais possíveis .............................................. 30
2.2.4 Situação líquida patrimonial impossível ................................................. 33
2.3 Balanço patrimonial .................................................................................. 33
2.4 Ativo, passivo e patrimônio líquido ............................................................ 34
2.4.1 Ativo ....................................................................................................... 34
2.4.2 Passivo .................................................................................................. 35
2.4.3 Patrimônio líquido .................................................................................. 36
5
2.5 Origem e aplicação dos recursos .............................................................. 37
2.5.1 Ativo: aplicação dos recursos ................................................................ 38
2.5.2 Passivo: origem dos recursos ................................................................ 38
Conclusão da aula 2 .............................................................................................. 39
Aula 3 – Princípios fundamentais ........................................................................... 39
Apresentação da aula 3 ......................................................................................... 39
3.1 Princípios fundamentais: conceito ............................................................ 39
3.1.1 Princípio da entidade ............................................................................. 41
3.1.2 Princípio da continuidade ....................................................................... 41
3.1.3 Princípio da oportunidade ...................................................................... 42
3.1.4 Princípio do registro pelo valor original ................................................... 42
3.2 Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis ...................... 43
3.2.1 Princípio da competência ....................................................................... 44
3.2.2 Princípio da prudência ........................................................................... 45
Conclusão da aula 3 .............................................................................................. 46
Aula 4 – Contas...................................................................................................... 46
Apresentação da aula 4 ......................................................................................... 46
4.1 Conceito e classificação ........................................................................... 47
4.1.2 Classificação ......................................................................................... 47
4.1.3 Abertura e movimentação das contas .................................................... 48
4.1.4 Função das contas ................................................................................. 48
4.2 Débito e crédito ......................................................................................... 49
4.3 Plano de contas ........................................................................................ 50
4.3.1 Planejamento do plano de contas .......................................................... 51
4.3.2 Composição do plano de contas ............................................................ 51
4.3.3 Estrutura do plano de contas ................................................................. 52
4.3.4 Modelo de um plano de contas ............................................................... 52
Conclusão da aula 4 .............................................................................................. 57
Aula 5 – Registro contábil ...................................................................................... 57
Apresentação da aula 5 ......................................................................................... 57
5.1 Conceito ................................................................................................... 58
5.1.1 Conceito de Registro Contábil ............................................................... 58
5.1.2 Função do Registro Contábil .................................................................. 58
5.2 Métodos de escrituração ........................................................................... 59
5.2.1 Métodos das partidas simples ................................................................ 59
5.3 Métodos das partidas dobradas ................................................................ 59
5.3.1 Atos e fatos administrativos ................................................................... 60
5.3.2 Atos administrativos ............................................................................... 61
5.3.3 Fatos administrativos ............................................................................. 61
6
5.4 Escrituração segundo métodos das partidas dobradas ............................. 62
5.5 Lançamentos ............................................................................................ 63
5.5.1 Elaboração do lançamento .................................................................... 63
5.5.2 Fórmulas de lançamento ....................................................................... 64
Conclusão da aula 5 .............................................................................................. 65
Aula 6 – Razonete e balancete de verificação ............................................................. 65
Apresentação da aula 6 ......................................................................................... 65
6.1 Razonete .................................................................................................. 66
6.2 Balancete de verificação ........................................................................... 68
6.2.1 Finalidade do balancete ......................................................................... 69
6.2.2 Estrutura do balancete ........................................................................... 70
6.3 Balancete de duas colunas de valores monetários ................................... 70
6.3.1 Balancete de quatro colunas de valores monetários .............................. 70
6.3.2 Balancete de quatro colunas de valores monetários .............................. 71
6.3.3 Elaboração do balancete ....................................................................... 72
6.4 Modelo de balancete ................................................................................. 73
6.4.1 Registros no livro diário: lançamentos .................................................... 73
6.4.2 Transcrição dos registros no livro razão: razonetes ............................... 75
6.4.3 Elaboração do balancete de verificação ................................................ 78
Conclusão da aula 6 .............................................................................................. 79
Aula 7 – Apuração do resultado do exercício ......................................................... 79
Apresentação da aula 7 ......................................................................................... 79
7.1 Roteiro para apuração do resultado ......................................................... 80
7.1.1 Despesa ............................................................................................... 80
7.1.2 Receita ................................................................................................. 81
7.1.3 Custos .................................................................................................. 81
7.1.4 Lucro ou prejuízo .................................................................................. 81
7.2 Procedimentos e contabilização .............................................................. 82
7.3 Depreciação linear e soma dos dígitos ..................................................... 86
7.3.1 Métodos de depreciação ....................................................................... 86
7.4 Resultado com mercadoria ...................................................................... 87
7.4.1 Valor das mercadorias compradas ....................................................... 87
7.4.2 Valor das vendas de mercadorias ......................................................... 88
7.4.3 Apuração do custo da mercadoria vendida ........................................... 88
Conclusão da aula 7 .............................................................................................. 89
Aula 8 – O resultado do exercício e sua destinação ............................................... 89
Apresentação da aula 8 ......................................................................................... 89
8.1 Demonstração do resultado do exercício ................................................ 89
8.1.1 Elaboração da DRE ............................................................................. 93
7
8.2 Balanço patrimonial após encerramento ................................................. 94
8.2.1 Balanço patrimonial: conceito e finalidade .............................................. 95
8.2.2 Apresentação do balanço patrimonial ..................................................... 95
8.2.3 Estrutura do balanço patrimonial ............................................................ 96
8.2.4 Modelo de balanço patrimonial ............................................................... 96
8.2.5 Passos para elaborar o balanço patrimonial ........................................... 97
Conclusão da aula 8 .............................................................................................. 98
Índice Remissivo ................................................................................................... 101
Referências ........................................................................................................... 107
8
Prefácio
9
Aula 1 – Introdução à contabilidade
Apresentação da aula 1
1.1 Conceito
10
– sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.
11
A partir do momento em que o homem deixa de caçar e coletar frutas, se
inicia uma organização voltada para a agricultura e pastoreio, é concebida uma
nova ordem econômica acerca do direito do uso e propriedade do solo, resultante
dessa separação da vida comunitária e nômade, fazendo surgir divisões sociais
e o senso de propriedade. Nesse momento, o homem passa a criar a sua
riqueza.
Patrimônio
Fonte: https://gestaodesegurancaprivada.com.br/wp-content/uploads/O-que-e-
Patrimonio.jpg
12
Curiosidade
Na Babilônia, já se faziam as cobranças de impostos com escritas, embora
fossem muito rudimentares. No Egito, um escriba contabilizou os negócios
efetuados pelo governo no ano 2000 a.C.
Importante
É importante frisar que, naquele tempo, não havia o crédito, ou seja, as compras,
vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore
assinalados como prova de dívida ou de quitação dela.
13
1.1.2 A contabilidade nas citações bíblicas
14
teoria contábil (IUDÍCIBUS, 1997, p. 30). No Brasil, a Contabilidade pode ser
dividida em dois estágios.
O primeiro estágio é compreendido em anterior a 1964, em que pode-se
destacar que em 1908 ocorreu uma das primeiras manifestações da classe
contábil com a publicação do alvará, obrigando os contadores gerais a aplicarem
o método das partidas dobradas na escrituração contábil. O Código Comercial
Brasileiro de 1850 foi umas das primeiras legislações na área contábil. A partir
de sua promulgação, tornou-se obrigatória a escrituração contábil e a elaboração
anual da demonstração do balanço geral.
Em 1890, a Escola Politécnica do Rio de Janeiro passou a ofertar as
disciplinas de Direito Administrativo e Contabilidade, seguindo uma tendência
em colocar a contabilidade como uma disciplina ligada ao curso de Direito. Em
20 de abril de 1902, surgiu a Escola Prática de Comércio Álvares Penteado, que
teve, em 9 de janeiro de 1905, o reconhecimento oficial do curso de guarda-livros
e de perito-contador. Em 1946, foi criada a faculdade de Ciências Contábeis da
USP e é também desse ano a criação do Conselho Federal de Contabilidade
(CFC) (IUDÍCIBUS, 1997, p. 36-37).
Saiba mais
A contabilidade foi a primeira profissão regulamentada no Brasil, surgindo com
a criação do ensino comercial, em 1931, viabilizando os negócios e acelerando
o desenvolvimento econômico.
Reflita
Qual a importância da contabilidade para o planejamento e controle das
entidades?
16
ciência social aplicável irrestritamente a todas as organizações, com ou sem fins
lucrativos.
17
1.3 Usuários da contabilidade
18
1.4 Técnicas contábeis
19
1.4.1 Livros contábeis e fiscais
20
Registro de saídas
Registro de controle de produção e de estoque
Registro de selo especial de controle
Registro de impressão de documentos fiscais e
termos de ocorrência
Registro de inventário Livro Razão (Lei n.
8.218/91)
Livro Caixa (Lei n. 8.541/92) para pessoas
jurídicas que optarem pela tributação com base no
lucro presumido
Legislação trabalhista – CLT Registro de empregados
Registro de inspeção do trabalho
Livros facultativos Livro conta corrente
Livro controle de contas a receber
Livro controle de contas a pagar
Livro Caixa (exceto para as entidades que
optarem pela tributação com base no lucro
presumido).
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
21
O Livro Razão possibilita o conhecimento do volume das operações de
cada elemento do patrimônio, pois se abre uma folha para cada conta,
registrando todas as operações que afetam e alteram a respectiva conta. A
qualquer momento é possível apurar o saldo das contas. Durante muito tempo,
o Livro Razão era um livro facultativo, mas, a partir de 1991, sua escrituração
passou a ser obrigatória (Art. 14, da Lei n. 8.218, de 29/08/1991).
22
Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrência;
Registro de Inventário
23
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Instituto dos Auditores
Independentes do Brasil (IBRACON). De acordo com a Lei das S/A, as
demonstrações que as empresas devem elaborar são: Balanço Patrimonial (BP);
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); Demonstração do Lucro e
Prejuízo Acumulado (DLPA); Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido (DMPL); Demonstração dos fluxos de caixa (DFC) e Demonstração do
valor adicionado (DVA), somente para companhias abertas;
24
1.6.1 Classificação da ciência contábil
Conclusão da aula 1
25
Atividade de aprendizagem
Apresentação da aula 2
2.1.1 Bens
26
Classificação dos bens
Bens Definição
Permanentes São bens que possuem vida longa e são adquiridos para
serem utilizados na empresa, ou seja, não são destinados à
venda. Ex: veículos, máquinas e ferramentas.
Consumo São adquiridos para utilização dentro da empresa e que
serão consumidos a curto prazo, geralmente dentro do
próprio exercício em que foram adquiridos. Ex: material de
expediente e material de limpeza.
Móveis São bens suscetíveis de remoção sem dano em seu estado
físico e de utilização. Ex: veículos, animais, máquinas,
móveis e equipamentos.
Imóveis São bens que não podem ser deslocados de seu lugar de
origem (solo e subsolo) sem dano físico ou de utilização, ou
ainda aqueles que, se deslocados, terão que ser total ou
parcialmente danificados. Ex: casa, terreno, edifício,
reflorestamento etc.
Corpóreos Sãos bens que constituem corpo físico, ou seja, possuem
(tangíveis) matéria e podem ser tocados. Ex: carros, máquinas,
mercadorias, enfim, a grande maioria dos bens.
Incorpóreos São bens que não constituem matéria, ou seja, não podem
(intangíveis) ser tocados. Mesmo assim, são passíveis de avaliação
econômica e devem ser registrados na contabilidade por
seu valor de mercado. Ex: nome comercial, benfeitoria em
imóvel de terceiros, fundo de comércio, marca, patente,
licença de uso de direitos autorais, licença de uso de marca,
entre outros.
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
2.1.2 Direitos
27
eles duplicatas a receber, clientes (em casos de compras a prazo), contas a
receber, impostos a recuperar (quando se possui um crédito tributário junto ao
governo) etc.
2.1.3 Obrigações
28
2.1.5 Aspectos qualitativos e quantitativos do patrimônio
29
nome porque é composto pelas obrigações (contas a pagar), que formam o
grupo dos elementos negativos da empresa.
30
Ativo > Obrigações
A = O + PL
O = A - PL
PL = A - O
Ativo > zero
PL > zero
Situação nula
Situação Nula
Balanço Patrimonial
Ativo (A) Passivo (P)
Bens (B) 170 Obrigações (O) 200
Direitos (D) 30 Patrimônio
Líquido (PL) 00
Total Ativo 200 Total Passivo 200
Ativo = Obrigações
31
A=O
O=A
PL = ZERO
Ativo > zero
Obrigações > zero
PL = zero
32
A = O + PL
O = A – PL
PL = A – O
Ativo > zero
Obrigações = zero
PL > zero
Modelo de balanço
BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2017
EMPRESA BOM EXEMPLO S/A
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Caixa 200 Contas a pagar 1.100
Móveis 900 Duplicatas a pagar 900
33
Terrenos 6.500 Títulos a pagar 1.600
Veículos 4.500 Empréstimos 1.750
Estoque de Mercadorias 1.800 Salários a pagar 950
Impostos a recolher 350
Direitos Patrimônio Líquido
Contas a receber 550 Capital Social 7.000
Duplicatas a receber 650 Reservas 1.000
Títulos a receber 500 Lucro 1.350
Prejuízo (500)
Total do Ativo 15.600 Total do Passivo 15.600
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
2.4.1 Ativo
34
produtivo quando esse recurso fazer parte das atividades operacionais da
organização, por forma de conversibilidade em caixa ou podendo ainda ter a
capacidade de redução nas saídas de caixa, ao exemplo de um processo
industrial alternativo que reduz os custos de produção.
As empresas utilizam seus ativos na produção de mercadorias ou na
prestação de serviços que satisfazem os desejos e necessidades de seus
clientes, que se dispõem a pagar por esses produtos ou serviços, contribuindo
assim para o fluxo de caixa da empresa.
Esses benefícios econômicos futuros dos ativos auxiliam a empresa de
várias formas, podendo ser usados sozinhos ou junto com outros ativos, na
produção de mercadorias e prestação de serviços a serem negociados com os
clientes; podem ser trocados por outros ativos que sejam da necessidade da
empresa, usados para liquidar um passivo ou distribuídos aos sócios ou
investidores.
Alguns ativos estão ligados a direitos legais, inclusive o direito de
propriedade, mas, quando se determina essa existência de um ativo, esse direito
de propriedade não é essencial, dessa maneira, um imóvel objeto de
arrendamento é considerado um ativo, desde que a empresa controle os valores
provenientes da propriedade.
Os ativos são resultados de transações passadas e são obtidos por meio
de compra ou produção. O planejamento de ações previstas para ocorrer no
futuro não pode resultar em reconhecimento de ativos, por exemplo, quando se
existe uma intenção em adquirir estoques, não poderá ser classificada como um
ativo. Assim, o fato de uma empresa ter incorrido com algum gasto, pode
expressar uma evidência de sua busca por futuros benefícios econômicos, mas
não é considerado uma prova conclusiva de que a definição de ativo tenha sido
obtida.
Seguindo essa mesma linha de raciocínio, a ausência de um gasto não
impede que um elemento possa satisfazer a definição de ativo e se qualificar
para reconhecimento no balanço patrimonial, pode-se, neste caso, exemplificar
com itens que podem ser doados à empresa e consigam satisfazer a definição
de ativo.
35
2.4.2 Passivo
36
2.4.3 Patrimônio líquido
Importante
O valor pelo qual o patrimônio líquido é apresentado no balanço patrimonial
depende da mensuração dos ativos e passivos. Normalmente, o valor do
patrimônio líquido somente por coincidência é igual ao valor de mercado das
ações da entidade ou da soma que poderia ser obtida pela venda dos seus ativos
e liquidação de seus passivos numa base de item por item, ou da entidade como
um todo, numa base de continuidade operacional (CPC, 2008).
37
a origem e qual a aplicação de recursos?”. Vamos responder analisando o
modelo de balanço abaixo:
Balanço patrimonial
BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2017
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Caixa 100 Contas a pagar 150
Moveis 200
Direitos Patrimônio Líquido
Duplicatas a receber 600 Capital Social 750
Total do Ativo 900 Total do Passivo 900
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
Conclusão da aula 2
Atividade de aprendizagem
Apresentação da aula 3
39
que deve ser feito, mas o que é prerrogativa e está determinado na legislação.
A desobediência às normas pode acarretar em multas e até mesmo na
suspensão do registro profissional (Resolução CFC nº. 1.282/10).
CAPITULO II
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO
40
principal norma que tratava dos Princípios de Contabilidade, antes de ser
revogada em 2016, pela Resolução CFC nº. 1.282/10.
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto
da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um
conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer
natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência,
nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a
recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de
patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa
unidade de natureza econômico-contábil. Resolução CFC nº. 1282/10
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida
definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação
e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas.
41
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em
muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente
quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou
previsível.
§ 2º A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à
correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se
relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais
e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir
a capacidade futura de geração de resultado. Resolução CFC nº.
1282/10
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas
mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a
extensão correta, independentemente das causas que as originaram.
Parágrafo único – Como resultado da observância do Princípio da
OPORTUNIDADE
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das variações
patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir
razoável certeza de sua ocorrência;
II – o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos,
contemplando os aspectos físicos e monetários;
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações
ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em um período de tempo
determinado, base necessária para gerar informações úteis ao
processo decisório da gestão. Resolução CFC nº. 1282/10
42
3.1.4 Princípio do registro pelo valor original
43
Bases da mensuração
Base Descrição
Custo histórico Os ativos são registrados pelos valores pagos em caixa ou
pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los. Os
passivos são registrados pelos valores dos recursos
recebidos em troca da obrigação ou, em alguns casos,
pelos valores em caixa e se espera que serão necessários
para liquidar o passivo no curso das operações.
Custo corrente Os ativos são mantidos pelos valores em caixa que teriam
de ser pagos se esses mesmos ativos fossem adquiridos
na data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos
valores em caixa e se espera que esses montantes sejam
necessários para liquidar a obrigação na data do balanço.
Valor realizável Os ativos são mantidos pelos valores em caixa, que podem
ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os
passivos são mantidos pelos seus valores de liquidação,
pelos não descontados, esperando ser pagos para liquidar
as obrigações das operações.
Valor presente Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado,
dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa que se
espera que seja gerado pelo item no curso normal das
operações. Os passivos são mantidos pelo valor presente,
descontado, dos fluxos futuros de saídas líquidas de caixa
que serão necessários para liquidar o passivo no curso
normal das operações.
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do
resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente
quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou
pagamento
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações
no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no
patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das
44
mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da
OPORTUNIDADE.
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando
correlatas, é consequência natural do respeito ao período em que
ocorrer sua geração.
§ 3º As receitas consideram-se realizadas:
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o
pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela
investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à
ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados;
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que
seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de
valor igual ou maior;
III – pela geração natural de novos ativos independentemente da
intervenção de terceiros;
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções.
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas:
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por
transferência de sua propriedade para terceiro;
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;
III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.
Resolução CFC nº. 1282/10
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor
valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO,
sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio
líquido.
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que
resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções
45
igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de
Contabilidade.
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da PRUDÊNCIA
somente se aplica às mutações posteriores, constituindo-se
ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da
COMPETÊNCIA.
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando,
para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem
ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável.
Resolução CFC nº. 1282/10
Conclusão da aula 3
Atividade de aprendizagem
Aula 4 – Contas
Apresentação da aula 4
46
mais elementos do patrimônio. Esses elementos patrimoniais recebem uma
denominação para que os usuários possam identificar com exatidão; o nome que
é utilizado para representar os elementos do patrimônio é conhecido como conta.
4.1.2 Classificação
47
Classificação das contas
Contas Descrição
Resultado São contas que representam as despesas e receitas. Por
meio do confronto entre as receitas e despesas, pode-se
calcular o resultado (lucro ou prejuízo) da entidade,
aumentando ou diminuindo o patrimônio líquido. Essas
contas estão discriminadas na Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE). São abertas no início do
exercício financeiro e extintas no final do exercício.
Patrimoniais São contas que representam bens, direitos, obrigações
exigíveis e o patrimônio líquido. Estão subdivididas em
ativo e passivo. Estão discriminadas na demonstração
contábil, denominada Balanço Patrimonial. Elas
demonstram a posição do patrimônio em determinado
momento.
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
Importante
Fundamentos da escola patrimonialista: o objeto da contabilidade é o
patrimônio; os fenômenos patrimoniais são fenômenos contábeis; a
contabilidade é uma ciência social; ela se divide em três ramos na sua parte
teórica: estática patrimonial, dinâmica patrimonial e revelação patrimonial.
48
4.1.4 Função das contas
49
Vocabulário
Débito: vem do latim debes, que significa “pertencente a mim”;
Crédito: vem do latim credo, que significa confiança; acreditar.
50
Toda diminuição de Passivo e PL (lança-se no lado esquerdo do
razonete): debita-se.
51
Lei 11.941/2009;
A legislação específica do ramo de atividade exercido pela
empresa.
52
4.3.4 Modelo de um plano de contas
Esse Plano de Contas é um exemplo para que você tenha a noção da sua
estrutura, não abrangendo as operações de empresas dos ramos industriais,
financeiro, securitário, pecuário e agrícola; também não contempla todas as
possíveis contas necessárias ao controle do patrimônio, somente as principais.
Saiba mais
Para um plano mais completo, você deve consultar o livro Manual de
Contabilidade das Sociedades por Ações, da FIPECAFI (IUDÍCIBUS e outros,
2011).
53
1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.1.5.5 Participações a pagar
1.2.1 Ativo realizável em longo prazo 2.1.6 Provisões
1.2.1.1 Contas a receber 2.1.6.1 para contribuição social
1.2.1.1.1 Clientes 2.1.6.2 para 13º
1.2.1.1.2 Duplicata a receber 2.1.6.3 para encargos sociais
1.2.1.1.3 Promissórias a receber 2.1.6.4 para férias
1.2.1.1.4 (–) PCLD 2.1.6.5 para imposto de renda
1.2.1.2 Outros Direitos 2.2 Passivo não Circulante
1.2.1.2.1 Adiantamento a diretores 2.2.1 Obrigações a fornecedores
1.2.1.2.2 Empréstimo a coligada 2.2.1.1 Duplicata a pagar
1.3 Investimentos 2.2.1.2 Fornecedores
1.3.1Participações coligadas 2.2.2 Obrigações financeiras
1.3.2 Participações controladas 2.2.2.2 Banco conta empréstimo
1.3.3 Obras de arte 2.2.2.3 Debêntures
1.3.4 Investimento permanente 2.2.2.4 Financiamento a pagar
1.3.5 (–) Perdas no investimento 2.2.2.5 Promissória a pagar
1.3.6 Imóveis de renda 2.2.3 Outras obrigações
1.3.7 (–) Depreciação acumulada 2.3 Resultado de exercícios futuros
1.3.2 Imobilizado Bens Materiais 2.3.1 Aluguéis ativos a vencer
(Tangíveis) 2.3.2 Receitas financeiras a vencer
1.3.2.2 Micro e periféricos 2.3.3 (–) Custos operacionais a
1.3.2.3 Imóveis vencer
1.3.2.4 Instalações 2.3.4 Receita não operacional a
1.3.2.5 Móveis e utensílios vencer
1.3.2.6 Veículos 2.3.5 (–) Custo não operacional a
1.3.2.7 (–) Depreciação acumulada vencer
1.3.2.8 Recursos naturais 2.4 Patrimônio líquido
1.3.2.9 (–)Exaustão acumulada Bens 2.4.1 Capital social
imateriais (Intangíveis) 2.4.1.1 Capital subscrito
1.3.2.10 Benfeitoria em bem de terceiro 2.4.1.2 (–) Capital a realizar
1.3.2.11 Direitos de uso 2.4.2 Reservas de capital
1.3.2.12 Fundo de comércio 2.4.2.1 Ágio de ações
1.3.2.13 Marcas e patentes 2.4.2.2 Alienação de debêntures
1.3.2.14 (–) Amortização acumulada 2.4.2.3 Venda partes beneficiárias
2.4.2.4 Doações e subvenções p/
investimentos
2.4.3 Ajustes de avaliação patrimonial
2.4.4 Reservas de lucros
2.4.4.1 Reserva legal
2.4.4.2 Reservas estatutárias
2.4.4.3 Reservas p/ contingências
2.4.4.4 Reservas p/ investimentos
2.4.4.5 Reservas de lucro a realizar
2.4.5 Lucros ou prejuízos acumulados
2.4.5.1 Lucros acumulados
2.4.5.2 (–) Prejuízos acumulados
2.4.5.3 (–) Ações em tesouraria
B – Contas de Resultado
3 – Despesas com Vendas
54
3.1 Despesas Operacionais
3.1.1 Despesas com vendas
Pessoal
3.1.1.1 Assistência médica e social
3.1.1.2 Comissões sobre vendas
3 – Despesas e Custos
3.1.1.3 Condução e transporte
3.1.1.4 Contribuições para o FGTS
3.1.1.5 Contribuições de previdência
3.1.1.6 Décimo terceiro salário
3.1.1.7 Encargos sociais
3.1.1.8 Férias
3.1.1.9 Gratificações
3.1.1.10 Indenizações
3.1.1.11 Lanches e refeições
3.1.1.12 Salários
3.1.1.13 Seguros de acidente de trabalho
3.1.1.14 Viagens e estadias
3.1.1.15 Outras despesas com pessoal
Outras
3.1.1.16 Brindes e presentes
3.1.1.17 Combustíveis
3.1.1.18 Despesa com PCLD
3.1.1.19 Fretes e carretos
3.1.1.20 Material de embalagem
3.1.1.21 Perdas com clientes
3.1.1.22 Propaganda e publicidade
3.1.1.23 Serviços de terceiros
3.1.1.24 Despesas eventuais
3.1.2 Despesas administrativas pessoal
3.1.2.1 Assistência médica e social
3.1.2.2 Condução e transporte
3.1.2.3 Contribuição para o FGTS
3.1.2.4 Contribuições de previdência
3.1.2.5 13º salário
3.1.2.6 Encargos sociais
3.1.2.7 Férias
3.1.2.8 Honorários da diretoria
3.1.2.9 Indenizações
3.1.2.10 Lanches e refeições
3.1.2.11 Pró-labore
3.1.2.12 Salários
3.1.1.13 Seguro de acidente de trabalho
3.1.1.14 Viagens e estadias
3.1.1.15 Outras despesas com pessoal Gerais
3.1.1.16 Água e esgoto
3.1.1.17 Aluguel passivo (pago)
3.1.1.18 Amortização
3.1.1.19 Combustíveis
3.1.1.20 Correios e telégrafos
55
3.1.1.21 Depreciação
3.1.1.22 Energia elétrica
3.1.1.23 Fretes e carretos
3.1.1.24 Jornais e revistas
3.1.1.25 Material de expediente
3.1.1.26 Prêmio de seguro
3.1.1.27 Telefone
3.1.1.28 Despesas eventuais
3.1.1.29 Material de limpeza
Tributárias
3.1.1.30 Impostos e taxas
Outras
3.1.1.31 Serviços de terceiros
3.1.1.32 Despesas eventuais
3.1.3 Despesas financeiras
3.1.3.1 Descontos concedidos
3.1.3.2 Juros passivos (pagos)
3.1.3.3 IOF
3.1.3.4 Despesas bancárias
3.1.4 Outras despesas operacionais
3.1.4.1 Multas fiscais
3.1.4.2 Perda na realização de investimentos
3.1.4.3 Variações monetárias passivas
3.1.4.4 Despesas de participações societárias
3.2 Custos Operacionais
3.2.1 Custo das compras
3.2.1.1 Compras de mercadorias
3.2.1.2 Fretes e seguros sobre as compras
3.2.1.3 (–) Compras anuladas
3.2.1.4 (–) Descontos incondicionais obtidos
3.3 Despesas não Operacionais
3.3.1 Perdas em transações do ativo permanente
4 – Receitas
4.1 Receitas Operacionais
4.1.1 Receita bruta com as vendas
4.1.1.1 Venda de mercadorias
4.1.1.2 Receitas de serviços prestados
4.1.1.3 (–) Vendas anuladas
4.1.1.4 (–) Descontos incondicionais concedidos
4.1.1.5 (–) ICMS sobre as compras
4.1.1.6 (–) Impostos sobre serviço (ISS)
4.1.1.7 (–) PIS sobre o faturamento (Programa de Integração Social)
4.1.1.8 (–) COFINS
4.1.2 Receitas financeiras
4.1.2.1 Descontos obtidos
4.1.2.2 Juros ativos (recebidos)
4.1.2.3 Rendimentos sobre aplicações financeiras
4.1.3 Outras receitas operacionais
4.1.3.1 Aluguéis ativos (recebidos)
4.1.3.2 Perdas recuperadas
56
4.1.3.3 Receitas de participações societárias
4.2 Receitas não Operacionais
4.2.1 Ganhos em transações do ativo permanente
4.2.2 Doações recebidas
4.2.3 Recebimento de indenizações
5 – Apuração do Resultado
5.1 Resultado bruto
5.1.1 Custo da mercadoria vendida (CMV)
5.1.2 Custo dos serviços prestados (CSP)
5.1.3 Resultado da conta de mercadorias (RCM)
5.1.4 Lucro sobre vendas (lucro bruto)
5.1.5 (–) Prejuízo sobre vendas
5.2 Resultado não operacional
5.2.1 Ganhos ou perdas de capital
5.3 Resultado líquido
5.3.1 Resultado do exercício
Fonte: elaborado por Ribeiro (2002), adaptado pelo autor.
Conclusão da aula 4
Atividade de aprendizagem
57
Aula 5 – Registro contábil
Apresentação da aula 5
5.1 Conceito
58
Função monetária: ao registrar os fatos em seus valores monetários,
a escrituração possibilita a análise econômica, financeira e
patrimonial.
59
credor. Como para cada débito há um crédito equivalente, a soma dos valores
debitados será igual à soma dos creditados.
Como a natureza dos saldos é correspondente à diferença entre os
valores debitados e creditados na mesma conta, a soma final dos saldos
devedores será igual aos saldos credores. Por consequência, o total do ativo
será igual ao total do passivo, e por intermédio desse método, os registros são
realizados inicialmente no Livro Diário e, por sequência, no Livro Razão.
Esse método foi divulgado pela primeira vez na cidade de Veneza, na
Itália, em 10 de novembro de 1494, pelo Frei Luca Paccioli, que foi empregado
pelos comerciantes desde o século XV, e até hoje é utilizado pelos contabilistas.
Marion define o método das partidas dobradas como:
o Método das Partidas Dobradas já fez 500 anos de idade após sua
oficialização. Nos últimos 50 anos observamos as maiores descobertas
e invenções do mundo, entretanto, nada ainda substituiu na
Contabilidade este método. Na verdade, este método é tão perfeito que
nunca sofreu qualquer ameaça de substituição (MARION, 2004, p.
152).
60
geram fatos contábeis imediatamente, por alterar a situação patrimonial ou do
resultado e deverão ser devidamente registrados.
O patrimônio das empresas sempre estará em constante movimento em
função dos acontecimentos que ocorrem diariamente e podem ser divididos em
dois grupos: atos e fatos administrativos.
61
Fatos mistos: são os que abrangem, ao mesmo momento, um fato
permutativo e um fato modificativo, podendo originar alterações no
ativo, no passivo e no patrimônio líquido, ao mesmo tempo. Abrangem
duas ou mais contas patrimoniais e uma conta de resultado. Por
exemplo, pagamento de guia de impostos com juros, recebimento de
duplicata com juros etc.
62
• Porque é origem • Porque é
de recurso. aplicação de
recurso.
Todas as contas de receita devem ter Todas as contas de despesa devem
saldo credor. ter saldo devedor.
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
5.5 Lançamentos
63
Importante
Documentos não fiscais não podem ser considerados para a escrituração.
64
Segunda fórmula: uma conta debitada e várias contas creditadas.
Fato: compra de veículo com entrada de R$ 2.000 e restante em 5
parcelas de R$ 600 cada.
Débito: conta veículo 5.000.
Crédito: conta caixa 2.000.
Crédito: conta duplicata a pagar 3.000.
Conclusão da aula 5
65
Atividade de aprendizagem
Apresentação da aula 6
Olá aluno, para fins didáticos, utiliza-se o razonete para uma melhor
explicação e entendimento dos lançamentos na contabilidade. O Razonete é um
gráfico em forma de “T”, em que, acima, estará o nome da conta contábil, do lado
esquerdo serão feitos os lançamentos a débito e, do lado direito, a crédito.
6.1 Razonete
66
dos atos e fatos contábeis, tornando-se um sistema padrão utilizado pela
contabilidade, a fim de registrar as transações financeiras de entidades.
Sua ideia inicial é de que a condição econômico-financeira e os resultados
das operações da empresa são melhores representados por diversas variáveis
denominadas de contas e que cada uma tem a função de refletir o aspecto do
valor monetário do registro.
As operações possuem valor financeiro registrado em pelos menos duas
contas, nas quais o total dos créditos deve ser igual ao valor dos débitos. Para
registrar-se o valor patrimonial de formação do capital social da empresa, serão
feitos os seguintes registros:
No Livro Diário:
Débito (D): conta Caixa – ativo
Crédito (C): conta Capital Social – patrimônio líquido
No Livro Razão:
Caixa Capital Social
D C
67
Razonete
Fonte: elaborado pelo autor (2020).
Importante
O saldo da conta caixa nunca deverá ser negativo.
68
Registro de valor de depósito bancário no valor de R$ 200:
Caixa Banco c/c Movimento
(1) 1.000 200 (2) (2) 200
Saldo = 800
Saldo = 700
69
Servir de base para, no final do exercício, apurar o resultado
operacional e elaborar as demonstrações contábeis;
70
identificação das contas, os saldos devedores e credores e a soma dos saldos
devedores e credores.
Balancete sintético
Empresa Exemplo Ltda
Balancete de verificação elaborado em 31/1/2005
Referente ao período de janeiro de 2005
Saldos
Contas
Devedores Credores
Caixa 1.000
Mercadorias 5.000
Fornecedores 2.000
Capital social 4.000
Totais 6.000 6.000
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
71
valores
monetários
000
Fonte: adaptado pelo autor (2019).
Balancete complexo
Empresa Exemplo Ltda
Balancete de verificação elaborado em 31/1/2005
Referente ao período de janeiro de 2005
Contas Saldo Anterior Movimentos Saldo Final
Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
Caixa 1.000 2.000 1.200 1.800
Mercadorias 5.000 1.000 2.000 4.000
Fornecedores 2.000 200 1.800
Capital social 4.000 4.000
Totais 6.000 6.000 3.200 3.200 5.800 5.800
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
72
Em seguida, transcrever os lançamentos para o Livro Razão ou
razonete;
Finalizados os lançamentos, calcula-se o valor total do lado do
débito e também do lado do crédito de cada razonete, sendo
apurado o saldo de cada razonete;
Desenhar a estrutura do balancete de quatro colunas de valores;
Registrar no balancete o nome de todas as contas movimentadas;
Transferir para a coluna movimento devedor do balancete a soma
do lado do débito de cada razonete;
Transferir para a coluna movimento credor do balancete a soma
do lado do crédito de cada razonete;
Transferir para a coluna saldo do balancete o saldo de cada
razonete. Esse valor é lançado a débito ou a crédito, conforme
identificado nos razonetes;
Somar os valores das colunas movimento e das colunas saldos;
Verificar se os totais das colunas movimento são iguais entre si;
Verificar se os totais das colunas saldo são iguais entre si. Após a
elaboração do balancete, sempre deverá ser procedida a
verificação;
Verificar se o princípio do Método das Partidas Dobradas foi
observado, pois o total dos saldos devedores deverá ser igual ao
total dos saldos credores;
Verificar se todas as contas relacionadas apresentam saldos de
acordo com sua natureza.
73
6.4.1 Registros no livro diário: lançamentos
74
10. Antonio pagou a segunda prestação na loja Soares com juros de R$ 5
(valor da prestação: R$ 50).
Débito – Juros pagos (aplicação): R$ 5.
Débito – DP a pagar ou fornecedor Soares (aplicação): R$ 50.
Crédito – caixa (origem): R$ 55.
11. Antonio recebeu de Ana a segunda prestação com juros de R$ 3 (valor da
prestação: R$ 50).
Débito – caixa (aplicação): R$ 53.
Crédito – Juros recebidos (origem): R$ 3.
Crédito – DP a receber ou cliente Ana (origem): R$ 50.
12. Antonio pagou a terceira prestação na loja Soares com desconto de R$ 2
(valor da prestação: R$ 50).
Débito – DP a pagar ou fornecedor Soares (aplicação): R$ 50.
Crédito – Desconto obtido (origem): R$ 2.
Crédito – Caixa (origem): R$ 48.
13. Antonio recebeu de Ana a terceira prestação com desconto de R$ 1 (valor
da prestação: R$ 50).
Débito – Caixa (aplicação): R$ 49.
Débito – Desconto concedido (aplicação): R$ 1.
Crédito – DP a receber ou cliente Ana (origem): R$ 50.
14. Provisão do salário do mês de fevereiro, que será pago em março no valor
de R$ 300.
Débito – Com salário (aplicação): R$ 300.
Crédito – Salário a pagar (origem): R$ 300.
75
Contas do ativo
Caixa Duplicata a receber
2.000 100 250 50
200 200 50
50 30 50
43 50
49 55
48
2.352 483 250 150
1.869 100
Contas do passivo
Duplicata a pagar Salário a pagar Capital social
50 300 300 2.000
50
50
150 300
150
Contas de receitas
Vendas Juros recebidos Desconto obtido
200 3 2
250
450
Contas de despesas
Compras Despesa com legalização Energia
200 100 30
300
500
Juros pagos Desconto concedido Salário Antonio
montou uma empresa com capital em dinheiro de R$ 2.000.
76
Crédito – Capital Social (origem): R$ 2.000.
2. Antonio pagou o contador para legalizar a empresa (R$ 100) e registrou
como despesa operacional.
Débito – Despesa com legalização (aplicação): R$ 100.
Crédito – Caixa (origem): R$ 100.
3. Antonio comprou 40 mercadorias por R$ 5 cada uma. A compra foi à
vista e totalizou R$ 200.
Débito – Compras de mercadoria (aplicação): R$ 200.
Crédito – Caixa (origem): R$ 200.
4. Antonio comprou 60 mercadorias por R$ 5 cada uma. A compra foi
realizada a prazo (6 parcelas de R$ 50 cada) na loja Soares e totalizou R$ 300.
Débito – Compras (aplicação): R$ 300.
Crédito – DP a pagar ou fornecedor Soares (origem): R$ 300.
5. Antonio vendeu 50 mercadorias à vista: R$ 200.
Débito – caixa (aplicação): R$ 200.
Crédito – Vendas de mercadoria (origem): R$ 200.
6. Antonio vendeu 50 mercadorias a prazo para Ana num total de R$ 250
em 5 parcelas de R$ 50 cada.
Débito – DP a receber ou cliente Ana (aplicação): R$ 250.
Crédito – Vendas de mercadoria (origem): R$ 250.
7. Antonio pagou energia: R$ 30.
Débito – energia paga (aplicação): R$ 30.
Crédito – caixa (origem): R$ 30.
8. Antonio pagou a primeira prestação na Loja Soares R$ 50 (fato n. 4).
Débito – DP a pagar ou Fornecedor Soares (aplicação): R$ 50.
Crédito – Caixa (origem): R$ 50.
9. Antonio recebeu a primeira prestação de Ana: R$ 50 (fato n. 6)
Débito – caixa (aplicação): R$ 50.
Crédito – DP a receber ou Cliente Ana (origem): R$ 50.
10. Antonio pagou a segunda prestação na loja Soares com juros de R$
5 (valor da prestação: R$ 50).
Débito – Juros pagos (aplicação): R$ 5.
Débito – DP a pagar ou fornecedor Soares (aplicação): R$ 50.
Crédito – caixa (origem): R$ 55.
77
11. Antonio recebeu de Ana a segunda prestação com juros de R$ 3 (valor
da prestação: R$ 50).
Débito – caixa (aplicação): R$ 53.
Crédito – Juros recebidos (origem): R$ 3.
Crédito – DP a receber ou cliente Ana (origem): R$ 50.
12. Antonio pagou a terceira prestação na loja Soares com desconto de
R$ 2 (valor da prestação: R$ 50).
Débito – DP a pagar ou fornecedor Soares (aplicação): R$ 50.
Crédito – Desconto obtido (origem): R$ 2.
Crédito – Caixa (origem): R$ 48.
13. Antonio recebeu de Ana a terceira prestação com desconto de R$ 1
(valor da prestação: R$ 50).
Débito – Caixa (aplicação): R$ 49.
Débito – Desconto concedido (aplicação): R$ 1.
Crédito – DP a receber ou cliente Ana (origem): R$ 50.
14. Provisão do salário do mês de fevereiro, que será pago em março no
valor de R$ 300.
Débito – Com salário (aplicação): R$ 300.
78
Caixa 2.352 483 1.869
Duplicata a receber 250 150 100
Duplicata a pagar 150 300 150
Salário a pagar 300 300
Capital 200 2.000
Vendas de mercadorias 450 450
Juro recebido 3 3
Desconto obtido 2 2
Compras de mercadorias 500 500
Despesa com legalização 100 100
Energia 30 30
Juros pagos 5 5
Desconto concedido 1 1
Salário 300 300
TOTAIS 3.688 3.688 2.905 2.905
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
Conclusão da aula 6
79
Atividade de aprendizagem
Apresentação da aula 7
80
7.1 Roteiro para apuração do resultado
7.1.1 Despesa
81
7.1.2 Receita
7.1.3 Custos
82
7.2 Procedimentos e contabilização
Debitar: CMV
Creditar: estoque inicial de mercadorias.
Debitar: CMV
83
Creditar: compras de mercadorias.
Debitar: CMV
Creditar: frete sobre a compra.
Debitar: CMV
Creditar: seguro sobre a compra.
Debitar: estoque final de mercadorias.
Creditar: CMV
Debitar: devolução de compra.
Creditar: CMV
Debitar: desconto incondicional obtido na compra.
Creditar: CMV
Debitar: impostos sobre a compra.
Creditar: CMV
84
CMV R$
Soma das despesas e CMV R$ Soma das Receitas R$
Saldo Devedor R$ Saldo Credor R$
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
Com o razonete criado, vamos transferir para o ARE os saldos das contas
de despesas e deverão ser feitos os seguintes lançamentos para poder transferir
o saldo das despesas para o ARE, para cada despesa proceda assim:
Transferência de saldos
Transferência de Saldos – ARE
Debitar ARE 500 Debitar ARE 100 Debitar ARE 30
Creditar CMV 500 Creditar Desp. c/ legal. 100 Creditar Energia 30
Debitar ARE 5 Debitar ARE 1 Debitar ARE 300
Creditar Juro Pago 5 Creditar Desc. Concedido 1 Creditar Salário 300
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
85
Na sequência, é apurado o saldo da conta ARE, subtraindo o total das
receitas com o total das despesas e do CMV. Veja como ficará a conta ARE após
as transferências:
ARE após transferências
Apuração do Resultado do Exercício – ARE
CMV 500 Vendas 450
Despesa com legalização 100 Juros Recebidos 3
Energia 30 Descontos concedidos 2
Juros Pagos 5
Descontos concedidos 1
Salários 300
Soma das despesas R$ 936 Soma das Receitas R$ 455
Saldo Devedor R$ 481
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
86
pelo uso, pela ação da natureza ou pela obsolescência normal. Quando a
empresa adquire um bem, ela efetua um gasto, que é considerado como um
investimento e não pode ser classificado como despesa. Entretanto, esses bens,
quando são utilizados pela empresa, desgastam-se e perdem o valor, a perda
de valor é denominada depreciação.
Por meio da depreciação, a empresa pode considerar como despesas o
valor gasto na compra dos seus bens de uso.
Saiba mais
Motivos para depreciar: desgaste pelo uso, ação do tempo, exposição ao sol
ou à chuva; obsolescência por defasagem em relação ao desenvolvimento
tecnológico; entre outros.
Importante
O lançamento da depreciação é feito de maneira simples, em que se debita a
conta de despesa de depreciação e, na contrapartida, credita a conta
depreciação acumulada. A conta despesa de depreciação vai para a apuração
do resultado do exercício e a conta depreciação acumulada é uma conta
retificadora do ativo permanente imobilizado. Alguns bens que não podem ser
depreciados são, por exemplo, bens que aumentam seu valor com o tempo
(obras de arte), terrenos, prédios ou construções não alugados ou utilizados pela
empresa.
Conta retificadora é uma conta que vai diminuir o valor da conta principal.
A depreciação pode ser feita mensalmente ou anualmente e pode ser de dois
tipos, uma normal, quando o bem é utilizado em um único turno, a ele será
87
aplicada a taxa normal ou acelerada quando o bem for utilizado durante dois
turnos, em que é aplicada a taxa multiplicada pelo coeficiente 1,5. Se for utilizado
durante três turnos, será aplicada a taxa multiplicada pelo coeficiente 2,0. Veja
os exemplos na tabela a seguir:
88
Creditar: conta Duplicata a Pagar
89
Conhecido o estoque final, aplica-se a seguinte fórmula para calcular o
CMV:
CMV = Estoque Inicial + Compras líquidas – Estoque Final
Conclusão da aula 7
Atividade de aprendizagem
Apresentação da aula 8
90
possibilitando às pessoas interessadas conhecer sua situação econômica, bem
como identificar os elementos que contribuíram para o resultado apurado.
A legislação que norteia sobre a estrutura da Demonstração do Resultado
do Exercício é a lei n. 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas), Art. 187. A DRE
é apresentada em uma coluna simples, iniciando com a receita bruta,
demonstrando os custos e despesas incorridas e finalizando com o resultado do
período. Veja a sua estrutura no modelo a seguir.
Modelo DRE
Demonstração do Resultado do Exercício Empresa Exemplo Ltda
31/12/2014
+ Receita operacional bruta (venda bruta) 800
(–) Deduções com as vendas ...
Desconto, devolução, ICMS, PIS, COFINS (10)
= Receita líquida (venda líquida) 790
(–) CMV – custo mercadoria vendida (650)
=Lucro bruto 140
(–) Despesas operacionais ...
de vendas (30)
administrativas (60)
de depreciação (10)
financeiras (30)
+ Receita operacional ...
Receita financeira 10
=Lucro operacional 20
(–) Outras Despesas (0)
+ Outras receitas 00
= Lucro antes do imposto 20
(–) Provisão para contribuição social (2)
(–) Provisão para imposto de renda (6)
=Lucro depois do imposto 12
(–) Participações ...
participações de debenturistas 00
participação de empregado e/ou administrador (4)
participação de partes beneficiárias 00
participação de institutos de previdência 00
= Lucro líquido do exercício Lucro líquido por ações 8
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
91
Elementos da DRE
Grupos da demonstração do resultado do exercício
Receita É a receita principal da empresa, incluindo todos os impostos
Operacional e contribuições incidentes. Por exemplo: venda de
Bruta mercadorias, venda de produtos e venda de serviços.
Devoluções de
Valor das mercadorias devolvidas
venda ou venda
pelos clientes para a empresa.
anulada.
Descontos
Deduções das Descontos concedidos no ato da
incondicionais
Vendas venda da mercadoria para os clientes.
concedidos.
Valor dos impostos incidentes sobre a
Impostos sobre a
venda de mercadorias / serviços aos
venda.
clientes (ICMS, PIS, COFINS).
É a diferença entre a receita operacional bruta e as deduções
Receita de venda. É considerada como a receita real obtida pela
Operacional empresa. Os impostos serão repassados às repartições
Líquida públicas. As devoluções de venda deverão ser abatidas da
receita bruta.
Representa quanto a empresa gastou na mercadoria que foi
Custo das vendida, no serviço que foi prestado ou no produto fabricado
Mercadorias e já vendido. É conhecido pelas siglas CMV, CPV ou CSP. A
Vendidas fórmula do CMV é: estoque inicial + compra líquida –
estoque final.
É a diferença entre a receita operacional líquida e o custo da
Lucro ou
mercadoria vendida. É o resultado da venda das
Prejuízo Bruto
mercadorias.
São os gastos para comercializar e
distribuir os produtos da empresa. Por
Despesas com exemplo: comissão sobre venda,
vendas viagens dos vendedores, propaganda,
perdas estimadas com as vendas,
salário do vendedor etc.
São os gastos oriundos da utilização
de capitais de terceiros. Por exemplo:
Despesa Despesas
tarifas bancárias, desconto concedido
Operacional financeiras
ao cliente pelo pagamento antecipado,
juros bancários.
São gastos inerentes à atividade da
área administrativa da empresa, ou
Despesas seja, sua gestão. Por exemplo:
administrativas aluguel, energia, honorário da
diretoria, despesas judiciais, salário da
administração etc.
Outras São ganhos obtidos pela realização de operações acessórias
Receitas à atividade principal da empresa. Por exemplo: dividendos
Operacionais recebidos de um investimento em outra empresa etc.
92
Lucro ou É a diferença entre o lucro bruto e as despesas operacionais
Prejuízo acrescida de outras receitas operacionais. É o resultado das
Operacionais atividades principais e acessórias da empresa.
São gastos realizados com transações que não estão ligados
Outras
à atividade principal da empresa. Por exemplo: custo do bem
Despesas
do ativo permanente que está sendo vendido etc.
São ganhos com transações que não estão ligados à
Outras atividade principal da empresa. Por exemplo: recebimento de
Receitas doações, venda do bem que está registrado no ativo
permanente etc.
É a diferença entre o lucro operacional e as despesas não
operacionais acrescidas das receitas não operacionais. É
classificado como lucro contábil. Esse lucro será transferido
para o livro de apuração do lucro real (LALUR), para a
Lucro Antes apuração do valor do imposto de renda de pessoa jurídica
dos Tributos tributada com base no lucro real (lucro tributável). Para o
imposto de renda, o lucro real e o lucro ou prejuízo contábil
do período base ajustado pelas inclusões, exclusões ou
compensações prescritas ou autorizadas pela legislação
fiscal.
É o valor que a empresa deverá pagar
aos cofres públicos por ter obtido lucro
Imposto de renda no exercício. Sua alíquota está
prevista na legislação do imposto de
renda. Atualmente é de 15%.
Provisões
É o valor que a empresa deverá pagar
aos cofres públicos por ter obtido lucro
Contribuição social no exercício. Sua alíquota está
prevista na legislação do imposto de
renda. Atualmente ela é de 9%.
É a diferença entre o lucro antes dos tributos e as provisões.
Se for lucro, será a base de cálculo para a empresa fazer a
Lucro Depois
sua distribuição às pessoas que poderão participar desse
dos Tributos
resultado. Essas pessoas estão previstas no contrato ou
estatuto social da empresa.
São títulos de longo prazo emitidos
pelas S/A. As pessoas que os
Debêntures
possuem têm direito a juros,
participação nos lucros etc.
Seu valor deve estar previsto em
convenção coletiva ou de acordo com
Participações Empregados
as decisões tomadas pela
administração.
Seu valor deve estar estabelecido no
Administradores
estatuto ou contrato social.
São títulos mobiliários que dão direito
Partes beneficiárias
a pessoas que prestaram relevantes
93
serviços à empresa a participarem do
lucro da empresa.
Contribuição para
São contribuições destinadas a
os institutos de
entidades preestabelecidas que tratam
previdência ou
da complementação de aposentadoria
assistência de
dos empregados da empresa.
empregados
É a diferença entre o lucro depois dos tributos e as
participações. Representa a confrontação entre todas as
Lucro ou despesas incorridas e todas as receitas realizadas em um
Prejuízo determinado período. Esse resultado será transferido para o
Líquido balanço patrimonial, no grupo do passivo, subgrupo
patrimônio líquido, em conta denominada “lucros
acumulados”.
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
94
DRE Modelo
Demonstração do Resultado do Exercício Empresa Antonio Ltda
Contas R$
+ Receita operacional bruta (venda bruta) 450
Vendas
+ Receita operacional
95
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), que no Novo
Código Civil é denominada de demonstração dos resultados
econômicos ou demonstração de lucros e perdas;
96
No ativo são representados os bens e direitos de propriedade da empresa
que são elementos positivos do patrimônio, por exemplo: terrenos, veículos,
máquinas, equipamentos, móveis, direitos de explorar jazidas minerais, edifícios,
aplicações financeiras, ações de outras empresas, dinheiro no caixa e no banco,
duplicatas a receber, estoque de mercadorias, entre outros.
No passivo são representadas as obrigações da empresa para com
terceiros, por exemplo: duplicata a pagar, salário a pagar, tributos a pagar,
dividendos a pagar, empréstimos, financiamentos, capital social, lucro ou
prejuízo, reservas, entre outras contas.
No balanço patrimonial é possível ter contas com sinal negativo. Elas são
denominadas contas retificadoras, como já visto anteriormente, no ativo pode-se
ter as contas de perda no valor do estoque, desconto de duplicatas, provisão
para devedores duvidosos, depreciação acumulada, amortização acumulada,
exaustão acumulada e perda na avaliação dos investimentos e no passivo,
podendo ter a conta de prejuízo acumulado.
97
Modelo de balanço patrimonial
Balanço Patrimonial
1 – Ativo 2 - Passivo
2014 2014
ATIVO CIRCULANTE .......... PASSIVO CIRCULANTE .........
Caixa 13.900 Duplicata a pagar 3.100
Cliente 2.000 Imposto a pagar 1.200
Estoque de mercadorias 6.000
21.900 4.300
ATIVO NÃO PASSIVO NÃO CIRCULANTE .........
CIRCULANTE ..........
Realizável A Longo Prazo 3.000 Títulos a pagar 5.000
Duplicata a receber
IMOBILIZADO .......... PATRIMÔNIO LÍQUIDO .........
Móveis e utensílios 7.000 Capital Social 14.000
(–)Depreciação (700) Reservas 1.000
6.300 Lucro acumulado 6.900
21.900
Total 31.200 Total 31.200
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
98
Somar os valores do lado do ativo e também do passivo. Esses
montantes deverão ser iguais.
Conclusão da aula 8
99
Atividade de aprendizagem
100
Índice Remissivo
Ativo ........................................................................................................... 34
(Comitê; potencial; pronunciamentos)
101
Balanço patrimonial: conceito e finalidade ................................................. 95
(Bens; direitos; obrigações)
Bens .......................................................................................................... 26
(Consumo; imóveis; móveis)
Classificação ............................................................................................. 47
(Bens; direitos; obrigação)
Conceito .................................................................................................... 10
(Organização; qualidade; sucesso)
Conceito .................................................................................................... 58
(Cronológica; fatos; técnica)
Custos ....................................................................................................... 81
(Compra; mercadorias; produção)
Despesa .................................................................................................... 80
(Conceitos; gastos; realizados)
Direitos ...................................................................................................... 27
(Bens; poder; terceiros)
102
Elaboração do balancete ........................................................................... 72
(Desenhar; registrar; transferir)
103
Lançamentos ............................................................................................. 63
(Lançamento; registro; verificação)
Obrigações ................................................................................................ 27
(Despesas; honra; pagamentos)
Passivo ...................................................................................................... 35
(Negócios; obrigações; práticas)
104
Passos para elaborar o balanço patrimonial ............................................... 97
(Elaborar; somar; transcrever)
Razonete ................................................................................................... 66
(Didática; facilidade; redução)
Receita ...................................................................................................... 81
(Bruta; financeira; líquida)
105
Registro contábil ........................................................................................ 57
(Lançamento; processo; registro)
106
Referências
107