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Disciplina: Inglês Instrumental

Autores: Esp. Adalton Aparecido Rodrigues

Revisão de Conteúdos: Esp. Murillo Hochuli Castex

Designer Instrucional: Esp. Murillo Hochuli Castex

Revisão Ortográfica: Esp. Alexandre Kramer Morgenterm

Ano: 2020

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Marketing da Faculdade UNINA. O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança
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1
Adalton Aparecido Rodrigues

Inglês instrumental
1ª Edição

2020

Curitiba, PR

Faculdade UNINA

2
Faculdade UNINA
Rua Cláudio Chatagnier, 112
Curitiba – Paraná – 82520-590
Fone: (41) 3123-9000

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D.ra Rosi Terezinha Ferrarini Gevaerd / D.ra Wilma de Lara Bueno /
D.ra Yara Rodrigues de La Iglesia

Revisão de Conteúdos
Murillo Hochuli Castex

Designer Instrucional
Murillo Hochuli Castex

Revisão Ortográfica
Alexandre Kramer Morgenterm

Desenvolvimento Iconográfico
Juliana Emy Akiyoshi Eleutério

FICHA CATALOGRÁFICA

RODRIGUES, Adalton Aparecido.


Inglês instrumental / Adalton Aparecido Rodrigues. – Curitiba: Faculdade UNINA,
2020.
40 p.
ISBN: 000-000-00000-00-0
1.Inglês Instrumental. 2. Metodologia. 3. Prática.
Material didático da disciplina de Inglês Instrumental – Faculdade UNINA, 2020.

Natália Figueiredo Martins – CRB 9/1870

3
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO

Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade UNINA!

Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier,


nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão
Universitária.
A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas
também brasileiros conscientes de sua cidadania.
Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e
grupos de estudos, o que proporciona excelente integração entre professores e
estudantes.

Bons estudos e conte sempre conosco!


Faculdade UNINA

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Sumário
Prefácio ................................................................................................................. 06
Aula 1 – O início do inglês instrumental .................................................................. 07
Apresentação da aula 1 ......................................................................................... 07
1.1 A história do inglês instrumental no Brasil: origem e desenvolvimento 08
1.2 Técnicas de leitura .................................................................................... 09
1.3 Compreensão geral .................................................................................. 09
1.4 Skimming .................................................................................................. 10
1.4.1 Scanning ................................................................................................ 10
Conclusão da aula 1 .............................................................................................. 13
Aula 2 – Cognatos, evidências tipográficas e inferência contextual ....................... 14
Apresentação da aula 2 ......................................................................................... 14
2.1 Cognatos .................................................................................................. 14
2.1.1 Falsos cognatos ..................................................................................... 16
2.2 Evidências tipográficas ............................................................................. 17
2.3 Inferência .................................................................................................. 18
Conclusão da aula 2 .............................................................................................. 19
Aula 3 – Delimitadores de blocos nominais, palavras repetidas, referência
contextual, pronomes e adjetivos possessivos ...................................................... 20
Apresentação da aula 3 ......................................................................................... 20
3.1 Blocos nominais ........................................................................................ 20
3.1.1 Palavras repetidas ................................................................................. 21
3.2 Referência contextual ............................................................................... 22
3.3 Adjetivos e pronomes possessivos ........................................................... 23
Conclusão da aula 3 .............................................................................................. 25
Aula 4 – Pronomes relativos, palavras de ligação, verbos e modais ...................... 25
Apresentação da aula 4 ......................................................................................... 25
4.1 Técnicas de leitura .................................................................................... 25
4.2 Pronomes relativos e demais pronomes ................................................... 26
4.3 Palavras de ligação ................................................................................... 29
4.4 Verbos ...................................................................................................... 30
Conclusão da aula 4 .............................................................................................. 36
Conclusão da disciplina ......................................................................................... 37
Índice Remissivo ................................................................................................... 38
Referências ........................................................................................................... 40

5
Prefácio

Nesta disciplina serão abordadas as principais características do inglês


instrumental, assim como a sua história e seus usos atualmente. Também serão
contempladas técnicas do inglês instrumental e as suas diferentes abordagens.

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Aula 1 – O início do inglês instrumental

Apresentação da aula 1

O termo inglês English for Specific Purposes (ESP), traduzido como


“inglês para propósitos específicos”, foi introduzido na segunda metade do
século XX, em um período de desenvolvimento socioeconômico que levou ao
aumento do número de estudantes universitários e imigrantes que precisavam
da língua inglesa para o trabalho. Hutchinson e Waters (1987) traçam as
primeiras origens do Inglês para Propósitos Específicos (ESP) até o fim da
Segunda Guerra Mundial. No novo mundo voltado para o comércio, aumentou a
necessidade de aprender inglês, que foi considerado internacionalmente uma
língua extremamente importante e os nativos viram como a nova língua
respondia às suas necessidades de comunicação cultural para realizarem
negócios e compartilharem informações (TEODORESCU, 2010).
Desde o início da década de 1960, o inglês para fins específicos cresceu
para se tornar uma das áreas mais proeminentes do ensino de língua inglesa.
Seu desenvolvimento se reflete no crescente número de universidades que
oferecem cursos de especialização a estudantes estrangeiros em países de
língua inglesa. Há agora uma revista internacional bem estabelecida dedicada à
discussão: "Inglês para Propósitos Específicos: uma revista internacional", e os
grupos “ESP” e “SIG” da IATEFL e TESOL estão sempre ativos em suas
conferências nacionais.
No Japão, o movimento inglês para fins específicos tem mostrado um
crescimento lento, mas definitivo nos últimos anos. Em particular, o aumento do
interesse foi estimulado como resultado da decisão do Mombusho em 1994, de
entregar em grande parte o controle dos currículos universitários às próprias
universidades. Isso levou a um rápido crescimento nos cursos de inglês voltados
para disciplinas específicas, por exemplo, inglês para químicos, no lugar dos
cursos mais tradicionais de inglês geral. A comunidade de inglês para fins
específicos no Japão também se tornou mais definida, com o “JACET ESP SIG”
criado em 1996 (atualmente com 28 membros) e o “JALT N-SIG”. Finalmente,
em 8 de novembro deste ano, a comunidade se reuniu na primeira Conferência
do Japão sobre Inglês para Propósitos Específicos, realizada no campus da

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Universidade de Aizu, província de Fukushima. No Brasil, o inglês instrumental
começou no final dos anos 1970, devido ao aumento da ciência e da tecnologia
nas universidades brasileiras. O objetivo era a leitura, interpretação e
compreensão de textos e não a conversação ou a tradução integral dos textos
estudados. Com o passar do tempo, o inglês instrumental passou a ter um
enfoque mais geral naquilo que se refere à escolha dos textos por área
específica. Vem sendo utilizado não só em universidades, mas também em
escolas técnicas, em cursos preparatórios para leitura de textos de vestibular, de
concursos públicos, em algumas escolas de primeiro e segundo graus e também
em cursos preparatórios para candidatos à seleção aos cursos de mestrado e
doutorado. Pesquisas têm demonstrado que alunos que aprendem a ler
conforme a técnica do inglês instrumental e não conforme a técnica de ensino
do inglês convencional têm tido mais êxito e mais sucesso no aprendizado.

1.1 A história do inglês instrumental no Brasil: origem e desenvolvimento

É impossível apresentar a história do ESP no Brasil sem introduzir a


história do Projeto ESP Nacional. A fim de oferecer uma coerente e justa
representação deste projeto, Celani et al. (1988) e a própria experiência do autor
serão as fontes utilizadas para descrever a sua gênese, organização e
desenvolvimento.
O ESP no Brasil surgiu no final de 1970, como uma reação a uma
necessidade. Tal como indicado em Celani et al. (1988), muitos fatores
contribuíram para a necessidade de criação de um centro de excelência em ESP
para oferecer conselhos, recursos e formação de professores para universidades
brasileiras. A primeira delas, de acordo com os autores, foi o grande número de
universidades e professores de várias partes do país que foram, então, fazer
cursos de pós-graduação em Linguística Aplicada na Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP) e que mostraram forte interesse em ESP. Isso
é interessante ressaltar, pois no momento em que a maioria dos departamentos
de inglês dedicou seu interesse para oferecer cursos como parte de uma
licenciatura em línguas, uma transição para a oferta de cursos em ESP parecia
um obstáculo intransponível, porém, à medida que o tempo passou, estes

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obstáculos foram superados e o inglês instrumental se estabeleceu e se tornou
uma das disciplinas mais importantes na faculdade.

1.2 Técnicas de leitura

No inglês instrumental, assim como o próprio nome diz, tem-se uma vasta
gama de técnicas de leituras que ajudam a interpretar e compreender um texto
seja ele qual for, sem que haja necessidade de utilizar o dicionário. Essas
técnicas de leitura foram desenvolvidas e aperfeiçoadas durante anos, tornando
o inglês instrumental um grande aliado dos professores e dos alunos na
compreensão de diversos textos da língua inglesa. Existem várias técnicas de
leitura, as principais que serão abordadas neste curso são: skimming, scanning,
cognatas, compreensão geral, evidências tipográficas, background, indexação
de questões, delimitadores de blocos nominais, predição instrumental, mapa
mental, palavras repetidas, keywords (palavras-chave) e dicionário. Essas
técnicas permitem ler e compreender qualquer tipo de texto em inglês, pois
formam o corpo principal do inglês instrumental.

1.3 Compreensão geral

A ideia geral de um texto é obtida com o uso de técnicas de leitura.


Primeiramente, são selecionadas cuidadosamente algumas palavras, termos e
expressões, então é possível chegar à ideia principal do texto, ignorando as
palavras difíceis no texto que não comprometam a sua compreensão. Verificam-
se, então, as palavras de conteúdo e as informações que estão em seu entorno.
É necessário prestar muita atenção também nas “palavras de transição”
conhecidas como “Marcadores de Discurso”. A seguir, serão apresentadas
algumas técnicas e estratégias, dentre elas:

 Skimming;
 Scanning;
 Cognatas;
 Evidências tipográficas;
 Background;

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 Indexação de questões;
 Delimitadores de blocos nominais;
 Dicionário.

1.4 Skimming

É a técnica de leitura rápida de um texto utilizada para responder a


perguntas como: qual a sua primeira reação ao texto? O texto é sobre o quê? Ao
utilizarmos o skimming, devemos prestar atenção ao layout do texto, título,
subtítulo (se houver), cognatos, primeiras e / ou últimas linhas de cada parágrafo,
bem como à informação não verbal. Seguem abaixo alguns procedimentos para
aplicação:

1. Leia o sumário ou a visão geral do capítulo para aprender as


principais divisões de ideias;
2. Veja os títulos principais de cada capítulo apenas para ler uma ou
duas palavras. Leia os títulos dos gráficos e tabelas;
3. Leia o parágrafo introdutório inteiro e, em seguida, a primeira e a
última frase de cada parágrafo seguinte. Para cada parágrafo, leia
apenas as primeiras palavras de cada frase ou localize a ideia
principal;
4. Pare e leia rapidamente as frases que contêm palavras-
chave indicadas em negrito ou itálico;
5. Quando você achar que encontrou algo significativo, pare para ler
a frase inteira para ter certeza. Então siga pelo mesmo
caminho. Resista à tentação de parar para ler os detalhes que
você não precisa;
6. Leia os resumos dos capítulos, quando fornecidos.

1.4.1 Scanning

Esta é uma leitura com objetivo de encontrar informações específicas no


texto. Procuram-se as palavras-chave do texto. Lê-se as informações ao redor
dessas palavras, então procura-se responder a perguntas sobre o texto. Indique

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as informações específicas do que você está procurando, tente prever como a
resposta aparecerá e quais pistas você pode usar para ajudá-lo a achar a
resposta, por exemplo, se você estivesse procurando uma determinada data,
leria rapidamente o parágrafo procurando apenas números. Use títulos e
quaisquer outros auxílios que o ajudarão a identificar quais seções podem conter
as informações que você está procurando.

Scanning
Fonte: https://image.freepik.com/fotos-gratis/close-up-do-dedo-que-aponta-o-texto-em-
bible-close-acima-da-leitura-do-homem-atraves-da-biblia_38391-420.jpg

Para muitos propósitos de leitura, é necessário entender que são


utilizadas mais do que uma estratégia em sequência. Para um texto específico
que se revela importante para seu objetivo de leitura, a sequência pode ser:

 Depois de ganhar uma visão geral e deslizar, identifique a seção do


texto que você provavelmente precisa ler;

 Comece a escanear o texto permitindo que seus olhos (ou dedo) se


movam rapidamente sobre uma página;

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 Assim que seu olho localizar uma palavra ou frase importante, pare
de ler;

 Quando localizar informações que requerem atenção, desacelere


para ler a seção relevante de forma mais detalhada;

 Scanning e skimming não substituem a leitura minuciosa e só devem


ser usados para localizar o material rapidamente;

 Você pode seguir o dedo ou uma caneta / lápis para criar melhores
técnicas de digitalização. Circular ou sublinhar as palavras-chave
dentro da passagem de leitura é outra boa opção a considerar.
Destaque todas as palavras-chave do parágrafo:

There are now over 700 million motor vehicles in the world - and the number is
rising by more than 40 million each year. The average distance driven by car
users is growing too - from 8 km a day per person in western Europe in 1965
to 25 km a day in 1995. This dependence on motor vehicles has given rise to
major problems, including environmental pollution, depletion of oil resources,
traffic congestion and safety.

Sugestão:

There are now over 700 million motor vehicles in the world - and the number
is rising by more than 40 million each year. The average distance driven by
car users is growing too - from 8 km a day per person in western
Europe in 1965 to 25 km a day in 1995. This dependence on motor vehicles
has given rise to major problems, including environmental
pollution, depletion of oil resources, traffic congestion and safety.

O inglês instrumental é muito mais antigo do que imaginamos e seu


ressurgimento ocorreu quase simultaneamente em diversas áreas. Ao longo da

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apresentação dos dados da pesquisa, um aspecto ficou muito evidente: a
necessidade de reformular o curso de língua inglesa instrumental, no sentido de
incluir outras habilidades como a escrita e a de um programa para aquisição de
vocabulário. Mesmo não trazendo nenhum conhecimento de inglês no início do
curso, ao término, pôde-se constatar, pelo pós-teste, que os sujeitos adquiriram
o mínimo do léxico. Não se tem evidência, porém, de que atingiram o número
ideal referido na literatura. Pelos resultados obtidos, no entanto, os sujeitos estão
prontos para dar continuidade aos seus estudos em LE completamente
independentes na habilidade de leitura.

Conclusão da aula 1

Nesta aula abordamos a essência do Inglês para Fins Específicos,


estudando os esforços de vários especialistas em idiomas para defini-lo,
traçando sua evolução e apresentando suas características distintivas. Sendo
um ramo do ensino da língua inglesa (ELT), seu foco é mais restrito do que o
EGP (inglês para fins gerais) e, em contraste com o EGP, o ESP é determinado
pelas necessidades específicas de aprendizado do aluno. Embora tenha havido
contradições sobre o que é ESP, Hutchinson e Waters melhoraram
características absolutas e variáveis, ajudando significativamente na resolução
de argumentos sobre o que é ESP. Assim, ESP refere-se ao ensino e
aprendizagem de inglês, em que o objetivo dos alunos é usar o inglês em um
domínio acadêmico, profissional ou ocupacional específico, com foco nas suas
necessidades especiais.
Primeiramente, foi abordada a compreensão geral que nada mais é do
que uma leitura analítica do texto, ainda que parecida com o scanning, essa
técnica se difere, pois o objetivo dela é de se obter a ideia geral de um texto e
não a ideia específica. Assim, do skimming aprendemos a pensar sempre no
título, títulos e frases-tópicos de leitura de passagens, pois contêm as principais
ideias. Leia sempre as principais partes, como os títulos, cuidadosamente
quando você está deslizando uma passagem de leitura. A ideia principal de
leituras inteiras, seções ou parágrafos de passagens de leitura deve ficar clara
ao fazer isso. Outra técnica abordada nessa aula foi o scanning, na qual
aprendemos a procurar as palavras-chave do texto e ler as informações ao redor

13
delas. Sempre leve em conta que nunca se deve fixar em apenas uma técnica
de leitura.

Atividade de Aprendizagem
Escolha um pequeno texto em inglês para praticar as técnicas
de scanning e skimming aprendidas ao longo desta aula.

Aula 2 – Cognatos, evidências tipográficas e inferência contextual

Apresentação da aula 2

Nesta aula abordaremos os cognatos, as palavras repetidas e a inferência


contextual como parte da técnica do inglês instrumental.

2.1 Cognatos

Cognatos são palavras em duas línguas que compartilham um sentido


semelhante na ortografia e pronúncia. Enquanto no inglês pode-se partilhar
muitos poucos cognatos com uma língua como o chinês, entre 30 e 40% de todas
as palavras em inglês possuem uma palavra relacionada em português. Para
estudantes de língua portuguesa, cognatos são uma ponte óbvia para o idioma
inglês. Existem três tipos de cognatas, são eles:

 Idênticas. Ex.: cinema, social, hotel;


 Semelhantes. Ex.: telephone (telefone), violent (violento);
 Distantes. Ex.: activity (atividade), computer (computador).

14
Saiba Mais
Cerca de 20% dos textos são formados por palavras
derivadas do latim que possuem escrita e significados
semelhantes ao português. São elas: company, computer,
hotel, cinema, dictionary, exam, example, hospital, history,
human, important, influence, justice, liberty, method, modern,
music, origin, ,movie etc.

Cognatas: como testar!

Avalie o contexto e verifique se o valor dado produz coesão e compreensão.

A sensible diet can cure cancer


My father is retired
The boy and the girl pretend they are doctors
I hope you enjoy this lecture
I do not eat pork
The doctor was an ingenious surgeon

Obs: sempre teste o cognato pelo significado que faz mais sentido quando
inserido no texto. Vejamos um exemplo de uma frase tirada do texto acima.

The doctor was an ingenious surgeon.

Não faria sentido traduzir “O médico era um cirurgião ingênuo”.


Então, o que faz lembrar a palavra ingênuo faz lembrar inexperiente.
Desse modo, se traduzir a frase dessa forma: “o médico era um cirurgião
inexperiente”, com certeza faz muito mais sentido, de modo que a melhor
maneira de testarmos os cognatos e também de traduzi-los em uma frase é
verificar o que faz mais sentido de acordo com a língua para a qual se traduz.

15
Importante
Sempre depois de verificar os graus de transparência, você
deve:

 Ler o texto e sublinhado todas as palavras conhecidas;


 Separar aqueles que têm uma palavra similar em
português.

2.1.1 Falsos cognatos

É necessário atentar para os falsos cognatos, que são palavras parecidas


com as da nossa língua mas que têm significados diferentes, como, por exemplo,
actually, que não significa atualmente, mas sim, de fato. Existem dois tipos de
falsos cognatos: os estruturais e os lexicais.

Falsos cognatos
Fonte: https://mytargetidiomas.com.br/wp-content/uploads/

Os falsos cognatos estruturais são aqueles que diferem na estrutura


gramatical e possuem uma semelhança na grafia, mas não possuem o mesmo
sentido e o mesmo uso em ambos os idiomas.
Os falsos cognatos lexicais são as palavras que possuem a mesma
grafia, porém sua tradução é diferente, alterando o sentindo real da palavra.

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E.x: My father is retired (Meu pai está aposentado).

Outros exemplos de falsos cognatos:

Pull (Puxar) – Push (Empurrar)

2.2 Evidências tipográficas

Evidências tipográficas são símbolos, letras maiúsculas, negrito, itálico,


aspas etc. que fornecem indicações sobre o texto e que nos orientam para a
identificação do texto. O aspecto visual, as ilustrações, gráficos, tabelas, o tipo
de letra usado, letras maiúsculas, tudo isso pode nos dar dicas importantes para
ajudar a descobrir mais sobre o conteúdo de um texto.
No exemplo abaixo, podemos ver que se trata de um manual de televisão
pelas evidências tipográficas e, na segunda gravura, vemos que se trata de uma
receita de bolo. Essa mesma técnica nós utilizamos também no skimming
quando olhamos pela primeira vez.

Manual de televisão
Fonte: acervo do autor (2020)

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Receita bolo de fubá
Fonte: acervo do autor (2020).

Qualquer artigo ou texto é passível de leitura rápida. Com a técnica de


evidência tipográfica, podemos responder a estas perguntas:

1. Que tipo de texto é este?


2. Qual é o objetivo deste texto?
3. Quem você acha que gostaria de ler um texto deste gênero?
4. Onde você imagina que poderíamos encontrar este tipo texto?
5. Existem palavras parecidas com a nossa língua, ou com outra
língua que você conheça? Quais são elas?

2.3 Inferência

A dedução pelo contexto é aliada no processo de leitura e compreensão


de textos escritos em inglês. A esta técnica de entendimento pelo contexto
chamamos de inferência contextual. A inferência contextual nada mais é do
que buscar entender o sentido do texto pelo contexto; quando você se depara

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com uma palavra desconhecida, você pode tentar adivinhar seu significado por
meio do entendimento do contexto, isto é, prestando atenção à frase em que
essa palavra surge e também verificando as orações anteriores e posteriores. A
inferência é utilizada para compreendermos mensagens que não estão
explicitamente expressas em um texto. Para isso, é preciso ler as frases como
um todo e não palavra por palavra. Essa técnica é muito usada por tradutores,
pois facilita em muito os trabalhos de tradução quando são extensos e quando
os textos são compostos de vocabulários complexos.

Importante
O contexto é a principal ferramenta para indicar as pistas pelas
quais você poderá inferir o significado de determinado vocábulo.

Nesse sentido, é possível aliar às técnicas e utilizar as evidências


tipográficas, como por exemplo, os símbolos, letras maiúsculas para ter uma
base do que se trata o texto e para seguir para uma leitura mais aprofundada do
texto, utilizar a inferência contextual, que nada mais é do que deduzir, por meio
de um exame contextual, do que se trata uma frase ou o texto em si.

Conclusão da aula 2

Nesta aula foram estudados os cognatos, palavras em duas línguas que


compartilham um sentido semelhante na ortografia e pronúncia. Não é de se
surpreender que pesquisadores que estudam a aquisição de primeira e segunda
língua tenham descoberto que os alunos se beneficiam da consciência do
cognato. Isso ocorre devido à raiz em que tanto a língua inglesa como a língua
portuguesa têm em comum no caso de algumas palavras. Sobre as evidências
tipográficas, estudou-se o que são símbolos, letras maiúsculas, negrito, itálico,
aspas etc. que fornecem indicações sobre o texto e que orientam na identificação
do texto. O aspecto visual, as ilustrações, gráficos, tabelas, o tipo de letra usado,
letras maiúsculas, tudo isso pode dar dicas importantes para ajudar a descobrir
mais sobre o conteúdo de um texto. O último tema foi a inferência contextual a

19
este processo de compreensão do significado de uma palavra, pelas pistas que
o texto dá, chamamos de inferência contextual. A inferência contextual nada
mais é do que buscar entender o sentido do texto pelo contexto.
Desse modo, foi possível verificar que o inglês instrumental abre um leque
de técnicas de leitura mostrando inúmeras possibilidades que temos em mãos
para o aprendizado de uma língua estrangeira, de maneira mais rápida e
prazerosa.

Atividade de Aprendizagem
Apresente ao menos dois exemplos de cada uma das
categorias de cognatos: idênticos, semelhantes e distantes.

Aula 3 – Delimitadores de blocos nominais, palavras repetidas, referência


contextual, pronomes e adjetivos possessivos

Apresentação da aula 3

Nesta aula serão apresentadas mais três técnicas do inglês instrumental,


que são a indexação de questões, os delimitadores de blocos nominais e o
dicionário.

3.1 Blocos nominais

Esta é uma técnica que pode ajudar a melhorar a fluência nessa


habilidade, seja em textos acadêmicos ou literários. Quando você lê um texto em
inglês você tem a impressão de que as palavras estão ao contrário? Com certeza
você já passou por uma situação semelhante a essa, em que você levou um bom
tempo até conseguir organizar uma frase de maneira que pudesse fazer sentido.
Muitas pessoas se “comunicam” em inglês, porém não têm fluência em “falar”
em inglês. A diferença entre estas ações é simples: a pessoa que se comunica

20
em inglês e às vezes tem uma boa desenvoltura em se comunicar em inglês,
muitas vezes aprende o idioma sozinha ou porque vai morar fora e aprende o
inglês por uma questão de necessidade, sem a orientação de um professor.
Nesse sentido, muitas vezes acabam aprendendo o chamado “broken-english”,
ou seja, um inglês mal falado. No entanto, para as pessoas que necessitam de
um inglês mais correto, é necessária a ajuda de um professor. Essa é uma
dificuldade comum para quem está buscando inglês para leitura, principalmente
para pessoas que precisam do inglês para propósitos específicos, como passar
em um exame de proficiência de um mestrado ou doutorado. Então, blocos
nominais são formados de um núcleo (substantivo) e um ou mais modificadores
(que podem ser adjetivos ou outros substantivos). Na nossa língua, os
modificadores geralmente aparecem depois do núcleo, exemplo: escândalos
financeiros. Em inglês, porém, os modificadores quase sempre aparecem antes
do núcleo, por exemplo: financial scandals.

Exemplos: My new Mathematics teacher (meu novo professor de Matemática).


Three beautiful women (três mulheres bonitas)

Em algumas situações, o bloco nominal poderá incluir alguma preposição,


como “in”, “at”, “on” etc. Nesses casos, o núcleo será a palavra que precede a
preposição.

Exemplos: The color of his hair (a cor do cabelo dele).


The fear in her voice (o medo na voz dela).

3.1.1 Palavras repetidas

Quando algumas palavras se repetem várias vezes em um texto, com as


mesmas formas (exemplo: socialismo, social, socialista e socializar),
normalmente é porque são importantes para a utilização, como palavras
repetidas que aparecem principalmente na forma de verbos, substantivos e
adjetivos nem sempre são cognatas e também quando elas repetem e não estão
com o mesmo significado ou tradução de antes. É preciso entender que o autor
as utiliza para não repetir a mesma palavra, que usa ou o sinônimo da palavra

21
para não tornar o texto enfadonho. Parece que os estudantes brasileiros não
usam essa estratégia no nível L1. O professor deve pedir aos alunos para
procurar o texto e fazer uma lista de palavras que são importantes na sua opinião
(não cognações). Assim, as palavras repetidas de conteúdo podem ser
capturadas como palavras-chave no texto. Uma maneira de tornar os alunos
familiarizados com palavras-chave é usar o mesmo tipo de texto com frequência,
por exemplo, textos sobre utilização. Procurar palavras repetidas pode ser difícil
no início, mas depois de algum tempo praticando, torna-se mais fácil de localizar
e entender essas palavras. Um problema que pode surgir é o fato de que certas
palavras em um texto são palavras-chave e em outros não. Nesse sentido, o
professor deve conscientizar os alunos de que em alguns textos certas palavras
irão ocorrer com frequência e devem estar preparados para isso. Observe estas
2 técnicas:

 Deslize o texto para os principais pontos;

 Quais palavras-chave são mais importantes para entender o texto?

3.2 Referência contextual

Referência contextual refere-se às palavras de um texto que são usadas


para evitar repetições e para interligar as frases, tornando a leitura mais clara e
fluente. Esses elementos podem surgir na forma de pronomes pessoais,
demonstrativos e relativos, adjetivos possessivos e conjunções adversativas,
consecutivas ou conclusivas, concessivas, de acréscimo e explicativas. Além
destes elementos ainda existem as conjunções coordenadas, correlativas e
subordinadas. A técnica propõe que o leitor volte no texto, de forma a encontrar
qual é o referente lexical, ou seja, a palavra, preferencialmente um substantivo,
para poder encontrar as referências contextuais.

E.x: A computer, like any other machine, is used because it does certain jobs
better and more efficiently than humans.

22
O exemplo anterior demonstra bem um perfeito exemplo de referência
contextual, o pronome it substitui a palavra computer da primeira frase.

3.3 Adjetivos e pronomes possessivos

Da mesma maneira que na nossa língua tem palavras que indicam posse
(meu carro, meu pai, seu lar, seus amigos etc.), o inglês também tem seus
possessivos. A diferença é que, no inglês, elas são divididas em dois tipos e isso
acaba criando um pouco de dúvida para os estudantes de inglês. Existem os
adjetivos possessivos e os pronomes possessivos. Qual a diferença entre eles?
Tanto os pronomes possessivos (possessive pronouns) quanto os
adjetivos possessivos (possessive adjectives) têm a função básica de indicar
posse, mostrar que algo pertence a alguém. Podem ser usados para indicar um
certo grau de relação entre as pessoas, não necessariamente posse, como em
“meu pai”, “minha tia”, “seu avô”, “genro dela” e assim por diante.
A diferença entre os adjetivos possessivos e os pronomes possessivos é
que os adjetivos precisam que um substantivo venha logo depois, já os
pronomes possessivos não precisam de nenhum substantivo. Como observado
em alguns exemplos abaixo:

 Adjetivo possessivo – my – I bought my first car (eu comprei meu primeiro


carro);
 Pronome possessivo – that car is mine (aquele carro é meu).

Observe a seguir a tabela dos pronomes e adjetivos possessivos:

Pronome possessivo e adjetivo possessivo


Subject Object Possessive Possessive
Pronouns Pronouns Pronouns Adjectives
I Me Mine My
You You Yours Your
We Us Ours Our
They Them Theirs Their
He Him His His
She Her Hers Her
It It its its

23
Os adjetivos são usados, na maioria das vezes, antes dos substantivos
que eles qualificam. Essa regra também funciona para quando estiverem
presentes dois ou mais adjetivos.
Os adjetivos às vezes podem surgir depois de alguns verbos de
ligação. Observe as posições dos adjetivos nos exemplos abaixo:

 My house is the red one on the corner, but it is red now.


 My friends met their cousins, they are going to travel to Australia now.

Their: adjetivo refere-se a companhia


They (elas) pronome: também refere-se a companhia.

 Mr. Trump was a businessmen and now he is the president of United


States.
He: refere-se a Trump.

Nesta aula foram abordadas mais três técnicas de inglês instrumental, as


quais são muito importantes no inglês instrumental, são elas: os blocos nominais,
as palavras repetidas e referências contextuais. Os blocos nominais referem-se
a uma técnica que pode ajudar a melhorar a fluência nessa habilidade, seja em
textos acadêmicos ou literários. Palavras repetidas é a técnica que usamos ao
observar palavras que aparecem especialmente na forma de verbos,
substantivos e adjetivos e nem sempre são cognatas. Procurar palavras
repetidas pode parecer difícil, mas depois de algum tempo praticando, torna-se
mais fácil de localizar e entender essas palavras. Por último, foram trabalhadas
as referências contextuais, que são palavras de referência de um texto usadas
para evitar repetições e para interligar as frases, tornando a leitura mais clara e
fluente.

Conclusão da aula 3

Os blocos nominais são formados de um núcleo (substantivo) e um ou


mais modificadores (que podem ser adjetivos ou outros substantivos). As
palavras repetidas geralmente surgem sempre em forma de verbos e as

24
referências contextuais surgem na forma de pronomes pessoais, demonstrativos
e relativos, adjetivos possessivos e conjunções adversativas, consecutivas ou
conclusivas, concessivas, de acréscimo e explicativas.

Atividade de Aprendizagem
Pesquise um pequeno parágrafo de um texto em inglês e
sublinhe as referências contextuais, isto é, palavras usadas
para evitar repetições e interligar as frases.

Aula 4 – Pronomes relativos, palavras de ligação, verbos e modais

Apresentação da aula 4

Nesta aula vamos trabalhar mais algumas técnicas do inglês instrumental,


com o uso de pronomes relativos, palavras de ligação, verbos e modais.
Existem ainda muito mais técnicas e estratégias de leitura no inglês instrumental
que serão abordadas em oportunidade futura.

4.1 Técnicas de leitura

A seguir serão apresentadas técnicas de leitura envolvendo pronomes


relativos, palavras de ligação, verbos modais e verbos.

4.2 Pronomes relativos e demais pronomes

Pronomes relativos ou relative pronouns são palavras usadas para


interligar informações dentro de uma frase. Eles servem para fazer referência a
alguma coisa já mencionada antes, para que não seja preciso repeti-la.
Pronomes relativos também fornecem informações extras. Abaixo
verificam-se alguns deles:

25
that which who whom whose where when

Observe a frase: the cat that I told you about is in my grandma’s house
now (o gato sobre o qual lhe falei está na casa da minha avó agora). Nós usamos
o pronome that quando queremos nos referir a coisas e a objetos, porém, no
inglês informal ou popular, pode-se usar para pessoas também.

 Which:
Há alguns casos em que se emprega which no lugar de that. Which é
empregado com o sentido de o qual. Veja:

I stayed at Bourbon Hotel, which you recommend me (Eu fiquei no Hotel


Bourbon, o qual você me recomendou).

Quando o antecedente for coisa ou animal e o pronome relativo exercer


a função de objeto, usa-se which, that ou pode-se omitir o pronome relativo.
Veja:

The dog which I saw in the garden was scared (O cachorro que eu vi no
jardim estava com medo).

 Whom, who: quando o antecedente for pessoa e o pronome relativo


exercer a função de objeto do verbo, usa-se who, whom, that ou pode-se
omitir o pronome relativo;

 Whose: o pronome whose (cujo, cuja, cujos e cujas) estabelece uma


relação de posse e é usado com qualquer antecedente. Esse pronome é
sempre seguido por um substantivo e nunca é omitido.

The cat whose owner is my sister was in the garden (O gato cuja dona é minha
irmã estava no jardim.

 Where: o pronome relativo where (onde, em que, no que, no qual, na


qual, nos quais e nas quais) é usado para se referir a lugar ou lugares.

26
The place where I live is far from here (O lugar onde moro é / fica
longe daqui).

 When: o pronome relativo when (quando, em que, no qual, na qual, nos


quais e nas quais) é usado referindo-se a dia(s), mês, meses, ano(s) etc.

I will always remember the day when we met each other (Sempre me
lembrarei do dia em que nos conhecemos.

one another others some

 Other, others e another

As palavras other e another são frequentemente confundidas. Apesar do


significado das duas ser a palavra "outro", elas são utilizadas em situações
diferentes. Other sempre vem antes de um substantivo incontável ou de um
substantivo no plural. Observe nos exemplos abaixo:

Classical music keeps me calm, other music gender can make different
effects on me. (Música clássica me mantém calmo, outro gênero musical
pode ter outros efeitos em mim).

Another, todavia, é utilizado antes de substantivos contáveis no


singular: an (artigo indefinido no singular) + other = another.

Então another significa, literamente, “um(a) outro(a)”. Observe:

My car is broken. I need to buy another (meu carro está quebrado. Eu preciso
comprar [um] outro).

 One / Ones

Estas palavras são usadas para evitar a repetição de um substantivo já


mencionado. Na maioria das vezes, são precedidos por um determinante: a, an,
another, the, this e that.

27
These chocolates are delicious. Would you like a chocolate?
(Estes chocolates são deliciosos. Você gostaria de um chocolate?)

In which store did you buy these clothes?


The one in front of my house.

Em qual loja você comprou estas roupas?


Naquela (loja) que se localiza em frente à minha casa.

 Ones (plural)

Which shoes are yours?


The blue ones.
Quais são os seus sapatos?
Os (sapatos) azuis.

 Others (outros ou outras) é usada para evitar a repetição de palavras em


uma frase. O uso do artigo the é opcional:

Some girls like reading books. Others prefer magazines (Algumas


garotas gostam de ler livros. Outras preferem revistas);

One girl fell off his bike and the others laughed (Uma garota caiu da
sua bicicleta e as outras riram).

 Another, que significa um outro ou uma outra. Note que another nada
mais é do que “an other” escrito junto. Por falar nisso, as duas são escritas
juntas (another) desde o século XVI. Usa-se another quando nos
referimos a algo que foi mencionado anteriormente na sentença
(conversa). Portanto, another estará junto com um substantivo no singular
ou que seja contável (countable). Another, todavia, é utilizado antes de
substantivos contáveis no singular.

28
During the week of the exams, we would have a test in the morning
and another in the afternoon.
(Durante a semana de provas, teríamos testes pela manhã e um
outro à tarde)

Would you like another cup of coffee? (Você quer outra xícara de
café?)

4.3 Palavras de ligação

As palavras de ligação são utilizadas para conectar palavras, frases e


orações, mostrando assim como as ideias de um texto que se relaciona. Alguns
exemplos de palavras de ligação são: but, que significa “mas”, em português,
and (e) etc. Então, aprender sobre esse tipo de palavra auxilia a compreender
melhor os textos em inglês, são elas que dão coesão, clareza e organização ao
texto. As palavras de ligação podem indicar adição, contraste, causa /
consequência, tempo / sequência cronológica, exemplificação, conclusão,
ênfase, comparação, dentre outras. Veja algumas palavras de ligação bastante
comuns em língua inglesa:

Adição: and: e • furthermore, moreover, besides: além disso • as well as: além
de • also, too.

Contraste: but: todavia • however: entretanto, porém • yet, still, nevertheless:


apesar disso • despite, in spite of: apesar de • rather than: ao invés de • instead
of: em vez de • although, though: embora • while: enquanto • whereas: ao
passo que • on the one hand: por um lado • on the other hand: por outro lado.

Abaixo verificam-se as conjunções mais comuns:

29
1) And = e 13) Though, although, even though
2) That = que = embora, apesar de
3) But = mas 14) Despite, in spite of =
4) Or = ou embora, apesar de
5) As = como, conforme 15) Until = até
6) If = se 16) After = após
7) Then = então, aí 17) Before = antes
8) Than = do que 18) In addition, furthermore,
9) Because = porque (explicação) besides, moreover = além de, em
10) While = enquanto adição
11) So, therefore, thus, hence = 19) Unless = a não ser que
portanto, consequentemente 20) Once = uma vez que
12) However, nevertheless =
contudo, todavia, entretanto

4.4 Verbos

Quando falamos em verbos, logo surge em nossas mentes a questão: por


que devemos rever verbos para aprender inglês instrumental? O conhecimento
dos tipos de verbos da língua inglesa é importante, pois o verbo é um elemento
necessário na construção das orações, de modo que quanto mais sabemos
sobre eles, mais fácil se é dar sentido aos textos em língua inglesa. Nesta aula
vamos estudar os verbos comuns, auxiliares e modais com suas respectivas
explicações e exemplificações. Os tempos verbais são importantes
ferramentas na construção de sentido de textos e também são
responsáveis pelo funcionamento deles. Vamos entender como diferenciar
os tipos de verbos da língua inglesa e identificar a função de cada um
deles; como usar os verbos modais na construção de sentido do texto.
Os verbos em inglês se dividem em três tipos: os comuns, os auxiliares
e os modais.

 Tipos de verbos:

Comuns: dance, speak etc


Auxiliares: be, do,have
Modaiscan, may etc
Os verbos comuns são aqueles que expressam ação ou fenômeno da
natureza e, quando inseridos em uma oração, são considerados os verbos

30
principais, pois são mais importantes do que os auxiliares e do que os modais,
uma vez que seu sentido e significação prevalecem sobre estes.
Em algumas situações, os verbos comuns são precedidos pelos verbos
auxiliares, uma vez que eles ajudam na construção de tempos verbais, como o
verbo be e have, e na formação de orações afirmativas, negativas ou
interrogativas. Observe a exemplificação abaixo:

Ex1: We aren´t reading a text about CGC now.

Observe que neste exemplo há dois verbos diferentes, o primeiro é o


verbo auxiliar be, na sua forma do presente no plural aren´t, que está sendo
usado com duas funções, a de ajudar a formação do tempo verbal do presente
contínuo, e na sua forma negativa. O segundo verbo é reading, que é um verbo
comum, pois expressa uma ação e é considerado como verbo principal da
oração, sendo que seu significado prevalece sobre o do verbo auxiliar.
No caso dos verbos auxiliares do e have, é bom saber que eles também
podem ser classificados como verbos comuns.
O verbo do, conforme o contexto no qual está inserido, pode ser
classificado como um verbo comum, significando “fazer” no sentido de realizar
ações (veja o exemplo 1). Contudo, ele não tem nenhum significado quando
desempenha a função de verbo auxiliar (veja o exemplo 2).
O verbo have também pode ter uma função de verbo comum, dependendo
do contexto. E quanto ao seu significado, não varia.

Ex1: I need to do my task (Eu preciso fazer minha tarefa).


Ex2: Do you study English? (Você estuda inglês?)
Ex3: I have read English books (Eu tenho lido livros em inglês).
Ex4: I have an English book (Eu tenho um livro em inglês).

O verbo auxiliar have é usado para criar os tempos verbais compostos do


inglês. A forma has é uma variação do have que é usada para as três pessoas
do singular (he, she, it) no presente.
Lembre-se de que, como explicamos anteriormente, há dois verbos
comuns que, dependendo do contexto no qual se encontram, podem ser

31
classificados também como auxiliares, que são os verbos do / does (fazer) e
have / has (ter). Em alguns casos, o verbo to have é considerado como
semimodal. Have to: a obrigação é uma lei, uma ordem recebida etc.

I have to study hard. If not, I may get involved in a big trouble.


(Tenho que estudar bastante. Do contrário, posso me envolver em um grande
problema).

 Verbos modais

Os verbos modais (modal verbs), também conhecidos como verbos


anômalos, expressam diferentes sentidos e muitas vezes só podem ser
identificados pelo contexto. Eles existem em quantidade limitada.
Os verbos modais são um tipo único de verbo auxiliar que alteram sentido
do verbo principal. Estes verbos podem expressar: capacidade, possibilidade,
obrigação, permissão, proibição, dedução, suposição, pedido, vontade, desejo.
Quando acompanhados pelo auxiliar be, seguido de gerúndio, expressam
tempo presente ou futuro, ou pelo auxiliar have seguido de particípio, expressam
tempo passado:

He may be studying now (Ele deve estar estudando agora.)


Take your umbrella. It may be raining when you leave your school.
(Leve seu guarda-chuva. Pode estar chovendo quando você sair da sua
escola.)

Nas orações negativas, acrescenta-se not depois do verbo modal:


I can not stay here (Não posso ficar aqui).

A seguir verificam-se os principais verbos modais em inglês:

32
Verbos modais
Fonte: https://gramho.com/explore-hashtag/clasespacifico

Os modais em inglês são "can", "could", "must", "may", "might", "should",


"shall", "will" e "would".
Uma das principais características do verbo modal é que não usamos o
"to". Por exemplo, com o verbo "to need", diríamos "I need to go", mas com o
verbo modal "can" nós diríamos "I can go", sem o "to" no meio.
Dentre várias características dos verbos modais, uma é que, para fazer
uma pergunta com um verbo modal, basta inverter o sujeito com o verbo, ou seja,
se a afirmação é "He can go", a pergunta será "Can He go?”

1 – Can
O modal verb "can" significa "poder" ou "ter habilidade de" realizar algo.

I can go there with my mom (Eu posso ir lá com minha mãe).


Can you cook tomorrow? (Você pode cozinhar amanhã?)

33
Ele também pode ser usado para falar sobre habilidades e coisas que
sabemos fazer.

2 – Could
O verbo modal "could" tem dois significados distintos. O primeiro seria o
condicional do "can", algo como o "poderia" em português.
Ele é usado em perguntas como uma ideia mais formal e polida do "can".
Exemplos:

Could you help me? (Você poderia me ajudar?)


I could do the work for you if you gave me some Money (Eu poderia
fazer o trabalho para você, se você me desse algum dinheiro).

O segundo é o passado do "can", algo como o "podia" ou "pude" em


português. Exemplos:

I was too busy and could not come to the church (Eu estava ocupado
demais e não pude vir à igreja).

3 – Must
O verbo modal "must" expressa "dever" ou "ter que" fazer algo, no sentido
de obrigação. Ele também indica "dever" no sentido de uma suposição.
Exemplos:
I must go home soon (Eu tenho que ir para casa logo).
He must be very rich (Ele deve ser muito rico).

4 – May
O verbo modal "may" expressa a possibilidade de alguma coisa ser feita.
Ele também pode ter o sentido de dar ou pedir uma permissão. Assim como o
"can". May em perguntas é traduzido como “poderia”.

Teacher, may I ask a question? (Professor(a), eu posso fazer uma


pergunta?)

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I may go to the party (Eu posso ir / talvez vá à festa).
You may not use the my car tomorrow (Você não pode usar meu carro
amanhã).

5 – Might
O verbo modal "might" é usado quando queremos expressar um incerteza.
Em alguns sentidos ele pode ficar igual ao may. Porém, ele expressa uma
possibilidade menos provável do que o "may". Exemplos:

I might go to the party (Eu posso ir / talvez vá à festa).


It might rain tonight, but I don't think it will (Talvez chova hoje à noite,
mas eu não acho que vá).

6 – Should
O verbo modal "should" é usado para dar um conselho, algo que seria
como o "deveria" em português. É como uma versão mais suave do "must".

You should go there (Você deveria ir lá).


I should leave you alone (Eu deveria te deixar sozinho).

Ele também pode ser usado para dar sugestões.

7 – Shall (Seria a forma britânica do should)


O verbo modal "shall” também pode ser usado para pedir ou dar conselho.
Ele costuma ser menos usado do que o "should".

What shall I do? (O que eu devo fazer?)


Shall we go? (Vamos? / Nós devemos ir?)

8 – Will
O verbo modal "will" será usado para formar o futuro em inglês.

35
I think I will move to Brazil (Eu acho que eu vou me mudar para o Brasil).
He will probably be tired after work (Ele provavelmente vai estar
cansado depois do trabalho).
Ele pode ser abreviado como " 'll ":
I think I'll move to Uruguai (Eu acho que eu vou me mudar para o
Uruguai).
He'll probably be tired after work (Ele provavelmente vai estar cansado
depois do trabalho).
Ele pode ser usado de maneira mais coloquial para dar uma sugestão
ou fazer um pedido:
Will you help me? (Você vai / pode me ajudar?)

9 – Would
O verbo modal "would" geralmente é usado para formar o tempo verbal
que seria equivalente ao nosso condicional ou futuro do pretérito em português,
como nas conjugações "faria", "iria", "comeria" etc.

I would travel a lot if I had more money (Eu viajaria muito se eu tivesse
mais dinheiro.)
Would you go there with me? (Você iria lá comigo?)

Conclusão da aula 4

Nesse sentido, o conhecimento dos tipos de verbos da língua inglesa é


importante, pois o verbo é um elemento necessário na construção das orações,
pois quanto mais sabemos sobre eles, mais fácil se torna a construção de sentido
de textos na língua inglesa.

Atividade de Aprendizagem
Por que devemos rever verbos para aprender inglês
instrumental? Explique com suas palavras.

36
Conclusão da disciplina

Nesta disciplina foram apresentadas a história e as principais técnicas


referentes ao inglês instrumental, importantes ferramentas para auxiliar na
compreensão de textos técnicos e literários. Foram trabalhados aspectos como
as palavras de ligação e a importância de aprendermos a utilização dos verbos
auxiliares, assim como técnicas como skimming e scanning, que auxiliam na
compreensão textual.

37
Índice Remissivo
A história do inglês instrumental no Brasil: origem e desenvolvimento ....... 08
(Brasil; história; língua)

Adjetivos e pronomes possessivos ............................................................ 23


(Adjetivos; posse; pronomes)

Blocos nominais ......................................................................................... 20


(Adjetivos; pronomes; verbos)

Cognatos ................................................................................................... 14
(Detecção; palavras; tipos)

Cognatos, evidências tipográficas e inferência contextual ......................... 14


(Evidências; inferências; tipográficas)

Compreensão geral ................................................................................... 09


(Contexto; linguagem; usos)

Delimitadores de blocos nominais, palavras repetidas, referência


contextual, pronomes e adjetivos possessivos .......................................... 20
(Blocos; contextos; nomes)

Evidências tipográficas .............................................................................. 17


(Aspectos; palavras; textualidade)

Falsos cognatos ......................................................................................... 16


(Cognatos; proximidade; variantes)

Inferência ................................................................................................... 18
(Deduções; inferências; lacunas)

O início do inglês instrumental ................................................................... 07


(Desenvolvimento; início; método)

Palavras de ligação .................................................................................... 29


(Adição; causa; contraste)

Palavras repetidas ..................................................................................... 21


(Ocorrência; palavras; repetição)

Pronomes relativos e demais pronomes .................................................... 26


(Definição; pronomes; relativos)

Pronomes relativos, palavras de ligação, verbos e modais ........................ 25


(Ligação; modais; verbos)

Referência contextual ................................................................................ 22


(Contextos; delimitações; retomadas)

Scanning .................................................................................................... 10
(Perguntas; respostas; sequências)

38
Skimming ................................................................................................... 10
(Atenção; informação; procedimentos)

Técnicas de leitura ..................................................................................... 09


(Scanning; skimming; técnicas)

Técnicas de leitura ..................................................................................... 25


(Fluência; leitura; técnicas)

Verbos ....................................................................................................... 30
(Auxiliares; comuns; modais)

39
Referências

ALURALÍNGUA. Disponível em: https://www.aluralingua.com.br/artigos/verbos-


modais-em-ingles-o-que-sao-e-como-usa-los. Acesso em: 02/02/2020.

CELANI, M. A. A. et al. The Brazilian ESP project: an evaluation. São Paulo:


EDUC, 1988.

INFONOMICS. Disponível em: http://infonomics-society.ie/wp-


content/uploads/licej/published-papers/volume-2-2011/The-Role-of-General-
Background-in-the-Success-of-ESP-Courses-Case-Study-in-Iranian-
Universities.pdf
https://www.solinguainglesa.com.br/. Acesso em: 01/02/2020.

LAURENCE ANTHONY. Disponível em:


https://www.laurenceanthony.net/abstracts/ESParticle.html. Acesso em:
02/02/2020.

MUNHOZ, R. Inglês Instrumental – Estratégias de leitura. São Paulo-SP:


Textonovo. 2002.

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