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FACULDADE EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA
ÚNICA

INTRODUÇÃO
À
ENGENHARIA
CIBELLE MACHADO CARVALHO

1
INTRODUÇÃO À
ENGENHARIA
CIBELLE MACHADO CARVALHO

1
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL

Diretor Geral:Valdir Henrique Valério

Diretor Executivo:William José Ferreira

Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos

Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira

Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa

Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luíza mendes


Leite
Carla Jordânia G. de Souza
Guilherme Prado

Design: Aline De Paiva Alves


Bárbara Carla Amorim O.
Silva Élen Cristina Teixeira
Oliveira Taisser Gustavo
Soares Duarte
© 2021, Faculdade Única.

Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem
Autoriza- ção escrita do Editor.

Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.

NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA


Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 –

1
Ipatinga/MG Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br

1
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA
1° edição

Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021

1
Cibelle Machado Carvalho

Bacharela em Gestão Ambiental (2013) pela Universidade Federal do Pampa.


Espe- cialista em Educação, com ênfase em educação ambiental não formal (2015),
Mestra em Engenharia Ambiental (2015) e Doutora em Engenharia Civil - UFSM, com
ênfase em Re- cursos Hídricos, Gestão e Saneamento Ambiental (2016-2020) pela
Universidade Federal de Santa Maria. Possui pós doutorado em disponibilidade hídrica e
cenários de mudanças cli- máticas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais- INPE.
Além disso, tem experiência como conteudista, validadora, materiais didáticos e e-books
para universidades a distância, além de, experiências em tutorias a distância.

1
LEGENDA DE

Ícones
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão
do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar
ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para
determinado trecho do conteúdo, cada um com uma função
específica, mostradas a seguir:

FIQUE ATENTO
São os conceitos, definições ou afirmações importantes
aos quais você precisa ficar atento.

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São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.

VAMOS PENSAR?
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade,
associando-os a suas ações.

FIXANDO O CONTEÚDO
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos
conteúdos abordados no livro.

GLOSSÁRIO
Apresentação dos significados de um determinado termo ou
palavras mostradas no decorrer do livro.

4
1
SUMÁRIO UNIDADE 1
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
1.1............................................................................................................. Introdução
8
1.2....................................................................Engenharia: da história ao mundo atual
8
1.3.......................................................................Pioneirismo e a engenharia no Brasil
10
1.4................................................................................................ Ética na engenharia
12
FIXANDO O CONTEÚDO............................................................................................16

UNIDADE 2
COMPETÊNCIAS FUNDAMENTAIS
2.1.............................................................................................................Introdução
20
2.2A importância da comunicação na engenharia...................................................20
2.3Soluções de problemas........................................................................................22
2.4 Gerenciamento de projetos..................................................................................24
FIXANDO O CONTEÚDO........................................................................................... 27

UNIDADE 3
ENGENHARIA E SUAS INTERFACES
3.1............................................................................................................. Introdução
31
3.2Diferentes áreas de conhecimento de conhecimento da engenharia............................31
3.3Funções do engenheiro........................................................................................ 33
3.4O engenheiro, o técnico e o tecnólogo: suas diferenças e interdependências...............34
FIXANDO O CONTEÚDO........................................................................................... 36

UNIDADE 4
ENGENHARIA E SOCIEDADE
4.1.............................................................................................................Introdução
40
4.2 O processo de formação profissional...............................................................40
4.3 Competência a serviço da sociedade.....................................................................42
4.Engenharia e a importância ambiental e social..........................................................43
FIXANDO O CONTEÚDO..................................................................................... 46

UNIDADE 5
A IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS, ESPECÍFICOS E
PROFISSIONALIZANTES
5.1.............................................................................................................Introdução
50
5.2A importância do núcleo de conteúdos básicos..................................................50
5.3A importância dos núcleos profissionalizantes.........................................................51
5.4A importância dos núclos específicos...............................................................53
FIXANDO O CONTEÚDO..................................................................................... 55

UNIDADE 6
ASPECTOS RELACIONADOS A NORMALIZAÇÃO TÉCNICA
6.1.............................................................................................................Introdução
59
6.2Normas técnicas................................................................................................. 59
6.3Sistemas de unidades..........................................................................................60
6.4 Conversão de unidades........................................................................................62
FIXANDO O CONTEÚDO..................................................................................... 66

RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO....................................................................................68


REFERÊNCIAS.........................................................................................................................................69

5
UNIDADE 1
Exploraremos a história da engenharia até o mundo atual. O pioneirismo e
engenharia no Brasil. Além disso, vamos compreender a importância da ética na
engenharia para a sociedade.

UNIDADE 2
CONFIRA NO

Compreenderemos a importância da comunicação na engenharia. Além disso, estudarem


LIVRO

UNIDADE 3
Buscaremos entender as áreas de conhecimento da engenharia e suas funções.
Além disso, estudaremos as diferenças do bacharelado, do técnico, tecnólogo e
suas interdependências para um projeto.

UNIDADE 4
Estudaremos o processo de formação profissional do engenheiro, competência a serviço

UNIDADE 5
Iremos estudar a importância dos núcleos de conteúdos básicos,
profissionalizantes e específicos da engenharia. Assim discutiremos a importância
de compreender o processo do núcleo de conteúdo.

UNIDADE 6
Buscaremos entender como é o processo das normas técnicas no Brasil. Além disso, estu

6
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA UNIDADE

01

7
1.1 INTRODUÇÃO

Você já pensou em tudo que a engenharia está relacionada? Sabemos que a enge-
nharia é a melhoria da qualidade de vida da sociedade. Partindo desta reflexão,
sabemos que a engenharia tem por objetivo desenvolver processos, ferramentas,
equipamentos e ideias para as soluções dos problemas atuais. Vale destacar, que a
engenharia e/ou percur- sores dos engenheiros estavam presentes desde a história
antiga, ou seja, as populações sempre necessitaram utilizar técnicas de engenharia para
sua sobrevivência como à caça, pesca e agricultura.
Se pensarmos na presença dos engenheiros ao longo da história, podemos citar as
pirâmides do Egito e aquedutos romanos, por exemplo, ou seja, os engenheiros
estavam lá, mas ainda não levavam esse título. Acredita-se que um dos primeiros
engenheiros do mundo trabalhava para o faraó, no qual, teve a brilhante ideia de
projetar a pirâmide de Djoser, esse acontecimento foi por volta de 2630 - 2640a.C.
Assim, a população foi evoluin- do e a engenharia acompanhou suas necessidades, com
a criação de ruas asfaltadas, casas mais estruturadas, ferramentas essenciais, como
televisão, internet, carros, edifícios, eleva- dores, entre outros.
Podemos destacar dois vieses da engenharia, sendo que um deles propõe
converter os recursos naturais de forma adequada para a sociedade e o outro busca
solucionar os problemas oriundos da conversão inadequada dos recursos naturais,
fazendo com que fos- sem criadas novas áreas de estudo da engenharia, como por
exemplo, a engenharia am- biental, florestal, agrimensura, computação, software,
controle e automação, aeroespacial, etc.
Mas há também, engenharias com ênfase na produção e qualidade, como a enge-
nharia de produção que surgiu devido às mudanças no mercado que,
consequentemente, proporcionaram um aumento na demanda por profissionais
especializados. Sendo assim, neste capítulo iremos estudar e entender a história da
engenharia no Brasil e no mundo, além da ética que procede essa importante profissão.
Bons estudos!
1.2 ENGENHARIA: DA HISTÓRIA AO MUNDO ATUAL

O papel do engenheiro é fundamental para a população. Ele atua no controle


do fogo, criação das cidades, domínio da agricultura entre outros. Uma habilidade
que pode ser compreendida a mais ou menos 2 milhões de anos atrás, ou seja,
desde quando os ho- minídeos fabricavam ferramentas rudimentares para sua
sobrevivência. Acredita-se que o pontapé inicial para a engenharia foi o
descobrimento do fogo e a técnica de polimento de pedras. Com essas descobertas,
houve também, outros métodos de organização social e assim os seres humanos
sentiam a necessidade de novas descobertas, como obras de maiores portes,
exemplo disso, são as pirâmides do Egito criadas a cerca de 4,5 mil anos atrás.
Os seres humanos descobriram a processo de fundição de metais por volta de 2
mil anos a.C. e neste mesmo período, também, ocorreu a descoberta da roda, e assim
inicia- ram-se as construções de maquinária simples. Desta forma, tornou-se possível a
constru- ção de templos, estradas e palácios, acarretando novas mudanças na
sociedade. Vale lem- brar que neste mesmo período os egípcios já canalizavam água do
rio Nilo para irrigação e utilizavam papiros para a escrita.

8
Figura 1: A invenção da roda e suas modificações ao longo do tempo
Disponível em: https://bit.ly/3xWCBn7 . Acesso: 15 fev. 2021

A sociedade mediterrânea e escandinava desenvolvia técnicas para construção de


navios. Os chineses inventam a pólvora e a bússola magnética. Aos longos das décadas
e séculos ocorriam evoluções tecnológicas, diversas vezes alcançadas por artesões de
ma- neira empírica, ou seja, através de tentativas, erros e experiência, e este
conhecimento pas- sava por gerações. Destaca-se que para a época as habilidades
citadas, eram consideradas presente dos deuses, sendo repassadas somente para os
escolhidos.
O grupo social que possuía mais conhecimento de engenharia e tecnologia,
obtinha grandes vantagens, e isso acarretou em dominações de povos. Vale
destacar, que a enge- nharia era considerada um ramo da geografia na idade
média, mais especificamente um ramo da cosmografia que é o estudo do universo,
que compreendia as áreas da astrono- mia, hidrografia e a geografia. Mas a partir
do século XVII, a cosmografia se distinguiu da geografia, e começou a referir-se a
conhecimentos úteis à navegação; e a geografia limi- tou-se, a estudar o espaço
geográfico.
Partindo deste contexto, surgiram os engenheiros militares, aqueles que obtinham
o conhecimento sobre as questões da terra e eram especialistas em sistemas de defesa.
Dentro da área da geografia, a engenharia começou a se tornar uma área do conheci-
mento específico, devido as guerras e defesas dos territórios, visto que, era necessário
um conhecimento mais aprofundado e especializado, assim foram separados os
conhecimen- tos cosmográficos dos geográficos. Esse “desmembramento” aconteceu,
principalmente, porque a engenharia abrangia algumas áreas totalmente estranhas para
a geografia, no entanto, os saberes e a construção da engenharia foram de origem
militar.
A engenharia e sua história têm ligação íntima com sistemas defensivos e
ofensivos, retratados historicamente desde a idade média e por consequência, gerando
vantagens competitivas. Os primeiros indícios da engenharia e as guerras se remonta ao
Império Ro- mano, onde possuíam soldados, no qual tinham responsabilidade técnica na
área de cons- truções, fortificações e posições defensiva.
Todas as guerras tinham seus responsáveis técnicos, que hoje denominamos de
en- genheiros militares, mas, a guerra que foi denominada e percebeu-se essa
importância foi no reinado de Dom João V, de Portugal, meados do século XVIII, durante
a guerra da Sucessão Espanhola, onde teve um crescimento da profissão de engenheiro
militar.
9
Um dicionário da língua portuguesa, em Lisboa de 1739, retrata a engenharia
como a arte e/ou ciência que os “engenheiros” desenvolviam. A engenharia era
retratada para aquelas pessoas que desenvolviam as máquinas, obras e engenhos para
as guerras.

10
A humanidade evoluiu em um processo contínuo de saberes diferenciados.
Grandes avanços científicos ocorreram quando as invenções chegaram ao mercado
consumidor. Partindo do princípio em que a sociedade estava em constantes
modificações, aliado a dois processos: grandes crises (guerras) e catástrofes
ambientais; houve mudanças da so- ciedade, industrias e mercado consumidor.
Perante tal, as técnicas de engenharia foram mudando e se aprimorando, surgindo
assim, o conhecimento teórico para fundamentalizar a prática. Com isso, vieram os
profis- sionais especialistas em solucionar os problemas que antigamente eram
resolvidos atra- vés de erros e acertos, ou seja, utilizando apenas aspectos práticos.
Como sabemos, as estruturas e instrumentos foram construídos através de obser-
vações do passado e assim, deu-se início a engenharia, mas, com a expansão científica,
metodológica, matemática e física em sua ordem prática e teórica nasceu à figura que
atualmente chamamos de engenheiro.
Logicamente a engenharia foi se estruturando com a evolução da matemática e in-
terpretações dos fenômenos físicos. No século XVIII, foi o marco divisório da
engenharia: antiga e moderna. A engenharia antiga é caracterizada pelo empirismo, ou
seja, enge- nheiros que desenvolviam técnicas através do conhecimento de seus
antecessores com base na sua própria vivência. A engenharia moderna utiliza o
conhecimento científico para solucionar e resolver problemas, ou seja, a partir da
fundamentação teórica, que leva em consideração conhecimentos específicos, como
estruturas de materiais, leis da mecânica, modelagens matemáticas, fenômenos físicos,
entre outros.
Vale mencionar que a tecnologia que conhecemos hoje, iniciou-se a mais ou
menos quatro décadas atrás, no entanto, só teve aceleração na revolução industrial.
Mas houve alguns avanços importantes para que isso ocorresse, como projetos
idealizados por Leo- nardo da Vinci (1452-1519), no qual, reuniu conhecimentos
empírico e teórico.
Da Vinci projetou a roda d’agua horizontal, no qual foi utilizado na construção das
turbinas hidráulicas, portos, máquinas de escavação além de estudos científicos. Em
1590, Galileu, físico, estudou levantamento de pesos e inventou o termômetro, além de
estudar a lei da gravitação e oscilações.
Historiadores afirmam que o primeiro termo utilizado como engenheiro,
provenien- te da palavra latina, Ingenium, significa engenho ou habilidade, foi na Itália.
Oficialmente, este termo foi designado por ordem régia de Carlos (1337-1380), da
França, que começou a utiliza-lo para as pessoas que designavam técnicas por base
científicas, o invento e à aplicação de engenhos. Por fim, em 1814 o termo engenharia
foi dicionarizado para o por- tuguês e o primeiro título de engenheiro foi engenharia foi
dicionarizado para o português e o primeiro título de engenheiro foi usado por John
Smeaton (1724-1792), que se auto inti- tulou engenheiro civil.

1.3 PIONEIRISMO E A ENGENHARIA NO BRASIL

Não se sabe ao certo quando iniciou a engenharia no Brasil, mas a profissão es-
tabeleceu-se efetividade na construção de casas pelos colonizadores posteriormente a
construção de obras de defesa. No Brasil, o modelo de engenharia que conhecemos atu-
almente, teve início a partir de atividades de engenheiros e mestres construtores de
edifi- cações.
Logicamente o desenvolvimento da engenharia no Brasil se manteve atrasado

11
devi- do ao modelo de economia fundamentado na escravidão, o que representava mão
de obra

12
barata. As referências mais antigas retratam que o ensino da engenharia no Brasil teve
início através de um holandês, Miguel Tirmermans, em meados de 1650.
A Academia Real Militar, foi a primeira escola de engenharia no Brasil, criada em
me- ados de 1810, substituindo a Real Academia de Artilharia, Fortificações e Desenho
(Figura 2), instalada em 1792. Posteriormente a Academia Militar sofreu várias
modificações, após a independência, o nome foi mudado para Academia Imperial Militar,
mais tarde, Academia Militar da Corte. Vale lembrar que em 1823 foi permitida a
entrada de civis, ou seja, os cida- dãos não precisavam fazer parte do Exército para se
tornarem engenheiros.
Em 1858, pelo Decreto n° 2116, foi criada uma nova coordenação e organização
das escolas militares, originando uma nova nomenclatura: Escola Central, destinada a
ensinos como matemática, física e áreas da natureza (doutrinas próprias da engenharia
civil). Com essas novas modificações o ensino militar ficou sob a responsabilidade da
Escola de Apli- cação do Exército, denominada Escola Militar e de Aplicação do Exército,
e da Escola Militar do Rio Grande do Sul.

Figura 2: Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho


Disponível em: https://bit.ly/3gai3Bn . Acesso em 14 fev. 2021

Em 1874, pelo Decreto no 5.600 foi criada a Escola Politécnica do Rio de Janeiro,
su- cessora da Escola Central. Neste mesmo momento foi criada a Escola de Minas de
Ouro Preto em 1876. No século XIX foram criadas cinco escolas de engenharia, sendo
em 1893 a Politécnica de São Paulo; em 1896 a Politécnica do Mackenzie College e a
Escola de Enge- nharia de Recife e em 1897 a Escola de Engenharia de Porto Alegre e a
Politécnica da Bahia. A partir deste período criaram-se diversas outras instituições de
ensino da engenharia.
Dentro do contexto do ensino superior, a origem da engenharia é recente. Até
1759, a educação superior possuía vínculos com os “soldados de cristo” que preparavam
a elite para assumir funções de direção do reino português no Brasil. Assim, a partir da
década de 1950, 14 estados brasileiros já contavam com Escolas de Engenharia, sendo
criado também o ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica.
No governo Juscelino Kubitschek, criaram-se novas escolas, em 1970 o Brasil já
con- tava com 117 Escolas de Engenharia em funcionamento. Na década de 1980, já
havia mais de 130 escolas de engenharia e em 2008 eram mais de 450 Escolas de
Engenharia no Bra- sil.

13
BUSQUE POR MAIS
O livro Introdução a Engenharia, organizado por Carlos Alberto de Freitas relata todos esses nossos c

Outro livro, que vale a pena é de Mark T. Holtzapple W e Dan Reece denomina Introdução a engenha

1.4 ÉTICA NA ENGENHARIA

Antes de discutirmos o que é ética, precisamos entender a diferença entre ética e


moral. Ética vem da palavra grega êthos, que significa caráter e é muito utilizada como
re- presentação da forma de agir e ser das pessoas, ou seja, ações e comportamentos.
Tendo como significado estudo dos juízos de apreciação referente à conduta humana, no
ponto de vista do bem e do mal.
Entretanto uma variante do termo latino êthos é moris que significa moral,
conjunto de regras de conduta de um grupo social, ou seja, são hábitos e costumes
julgados váli- dos por um modo absoluto ou por um determinado grupo social. A moral é
estabelecida de acordo com a cultura em determinado tempo e espaço, além disso,
elementos como religião, informações e modo de vida influenciam a moral, podendo
também expressar “normas de proibição e permissão”.
O comportamento moral é moldado culturalmente, ou seja, há tabus e permissões
moralistas que se retratam de acordo com o desenvolvimento dos grupos sociais. Ética é
uma ação refletida e pensada, baseada no certo e errado, que não desrespeita a
individu- alidade das pessoas. Desta forma, a ética é um conjunto de padrões que
pautam a condu- ta dos seres humanos. Na engenharia, em um contexto social técnico,
você saberia dizer quais são as condutas éticas que o engenheiro deve respeitar?
A engenharia é uma interação coletiva, sendo fundamental o trabalho em
equipe. Assim é necessário conhecer as normas de interação, visto que isso
norteará os relaciona- mentos com os clientes e a sociedade, portanto o engenheiro
(a) deve manter uma condu- ta ética em relação à sociedade.
Um tema da ética na engenharia que merece destaque é o direito, que pode
ser definido como um sistema de normas e diretrizes com embasamento teórico e
prático. Ou seja, são processos legais que estabelecem autoridade e quando
descumpridas geram sansões, como multas, serviços comunitários, prisão entre
outros.
As legislações e suas penalidades podem variar de acordo com o local, sendo que
em diversos países do mundo essas penalidades podem chagar a pena de morte. Por
exem- plo, no Brasil, há normas, resolução e portarias que os engenheiros devem
cumprir para solucionar os problemas. Mas é importante destacar que em todos os
grupos sociai(profis- sões) existem regras e punições, e isso serve para a proteção da
sociedade.
Em 2002, foi descrito o novo Código de Ética Profissional da Engenharia

14
(Resolução nº 1.002) que enuncia fundamentos básicos sobre a prática da profissão.
Revogada pela Lei que deu início aos princípios éticos da engenharia Lei nº 5.194/1966,
onde este regulamenta

15
o exercício das profissões da engenharia.
Desta forma, este Código e em seu Art. 8º retrata a prática da profissão em
engenha- ria que segue os princípios éticos aos quais o profissional deve pautar sua
conduta:
“Do objetivo da profissão I – A profissão é bem social da
humanidade e o profissional é o agente capaz de exer-
cê-la, tendo como objetivos maiores a preservação e o
desenvolvimento harmônico do ser humano, de seu am-
biente e de seus valores;
Da natureza da profissão II – A profissão é bem cultural
da humanidade construído ermanentemente pelos
co- nhecimentos técnicos e científicos e pela criação
artísti- ca, manifestando-se pela prática tecnológica,
colocado a serviço da melhoria da qualidade de vida
do homem;
Da honradez da profissão III – A profissão é alto título
de honra e sua prática exige conduta honesta, digna
e cidadã;
Da eficácia profissional IV – A profissão realiza-se pelo
cumprimento responsável e competente dos compro-
missos profissionais, munindo-se de técnicas
adequadas, assegurando os resultados propostos e a
qualidade satis- fatória nos serviços e produtos e
observando a segurança nos seus procedimentos;
Do relacionamento profissiona lV – A profissão é prati-
cada através do relacionamento honesto, justo e com
es- pírito progressista dos profissionais para com os
gestores, ordenadores, destinatários, beneficiários e
colaboradores de seus serviços, com igualdade de
tratamento entre os profissionais e com lealdade na
competição;
Da intervenção profissional sobre o meio VI – A profis-
são é exercida com base nos preceitos do
desenvolvimen- to sustentável na intervenção sobre os
ambientes natu- ral e construído e da incolumidade das
pessoas, de seus bens e de seus valores;
Da liberdade e segurança profissionais VII – A profissão
é de livre exercício aos qualificados, sendo a segurança
de sua prática de interesse coletivo (BRASIL, 2002)”.
Dos deveres da profissão da engenharia:
“Ante o ser humano e seus valores: oferecer seu
saber para o bem da humanidade; harmonizar os
interesses pessoais aos coletivos; contribuir para a
preservação da incolumidade pública; divulgar os
conhecimentos cientí- ficos, artísticos e tecnológicos
inerentes à profissão (BRA- SIL, 2002).”

16
Ante à
profissão:
“Identificar-se e dedicar-se com zelo à profissão;
conser- var e desenvolver a cultura da profissão;
preservar o bom

17
conceito e o apreço social da profissão; desempenhar
sua profissão ou função nos limites de suas atribuições
e de sua capacidade pessoal de realização; empenhar-
se junto aos organismos profissionais no sentido da
consolidação da cidadania e da solidariedade
profissional e da coibição das transgressões éticas
(BRASIL, 2002)”.

Das relações com os clientes, empregadores e colaboradores:


“Dispensar tratamento justo a terceiros, observando o
princípio da equidade; resguardar o sigilo profissional
quando do interesse de seu cliente ou empregador,
salvo em havendo a obrigação legal da divulgação ou da
infor- mação; fornecer informação certa, precisa e
objetiva em publicidade e propaganda pessoal; atuar
com imparciali- dade e impessoalidade em atos arbitrais
e periciais; con- siderar o direito de escolha do
destinatário dos serviços, ofertando-lhe, sempre que
possível, alternativas viáveis e adequadas às demandas
em suas propostas; alertar so- bre os riscos e
responsabilidades relativos às prescrições técnicas e as
consequências presumíveis de sua inob- servância; g)
adequar sua forma de expressão técnica às
necessidades do cliente e às normas vigentes aplicáveis
(BRASIL, 2002).”

Por fim, a resolução 1.002 de 2002 tem por intuito padronizar e legalizar a
conduta do engenheiro perante a sociedade, onde atender as normativas, resoluções e
portaria é fun- damental para a construção de uma relação saudável ambientalmente,
economicamente e socialmente justa.

BUSQUE POR MAIS

Leia a Resolução 1.002/2002 que dispõe sobre princípios éticas dos engenheiros! Vale a pe

Além disso, leia também essa obra fantástica denominado Ética do autor Bene- dictus de S

FIQUE ATENTO
Você sabia que antigamente a grande maioria das engenharias eram contempladas pelos profissionai

18
VAMOS PENSAR?
Você sabia que atualmente o Exército Brasileiro tem uma arma denominada engenharia? Nem todos
vagas específicas para os engenheiros credenciados no CREA no exército. Quer saber mais? Acesse o
Vale a pena conferir!

19
FIXANDO O CONTEÚDO
1. A ética profissional de um engenheiro é posta à prova em cada uma de suas decisões
e ações, pois estas ações exercem influência na vida de diversas pessoas, tais como os
empresários, demais funcionários da organização, os consumidores, as comunidades,
etc. Com relação à ética profissional, considere as afirmações abaixo:

I. A reputação de um profissional é ligada a dois pilares fundamentais: sua competência


técnica e sua ética pessoal.
II. Um grande desafio ético do engenheiro de produção produz-se quando ele se vê
diante do dilema entre obedecer a uma legislação ou a uma demanda da organização
onde ele trabalha e ambas são antagônicas. Nesses casos, o importante é garantir
que possíveis consequências e sanções recairão sobre a organização, jamais sobre o
engenheiro.
III. Existem situações em que decisões de fechamento de postos de trabalho e
consequente perda de empregos são decisões eticamente defensáveis. Um exemplo
desse tipo de situação é a automatização de atividades perigosas, que normalmente
geram acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho.

Relativamente a estas afirmativas, selecione a opção correta.

a) As afirmativas (I) e (II) estão corretas e a afirmativa (III) está parcialmente correta.
b) As afirmativas (I) e (II) estão corretas e a afirmativa (III) está parcialmente correta.
c) A alternativa (II) está errada e as demais alternativas estão parcialmente corretas.
d) As afirmativas (I) e (III) estão corretas e a afirmativa (II) está parcialmente correta.
e) Todas as alternativas estão erradas.

2. Código de valores que norteiam a conduta de um indivíduo, bem como suas


decisões e escolhas, fazendo com que esse indivíduo seja capaz de julgar o que é
certo ou errado.

Trata-se da definição de:

a) altruísmo.
b) egoísmo.
c) consenso.
d) participação.
e) moralidade.

3. A ética associa cultura e sociedade para definir o que seja mal ou bem, vício ou
virtude. Com base nessa definição, a virtude da gentileza, muito importante para o
atendimento ao cidadão-usuário, correlaciona-se ao vício de

a) irascibilidade.
b) ambição.
c) vaidade.
20
d) indulgência.

21
e) vulgaridade.

4. Com relação ao Código de Ética Profissional – Resolução CONFEA nº 1002/02, a


prática da profissão é fundamentada em princípios éticos nos quais o profissional deve
pautar sua conduta. Esses princípios são: do objetivo da profissão, da natureza da
profissão, da honradez da profissão, da eficácia profissional, do relacionamento
profissional, da intervenção profissional sobre o meio e da liberdade e segurança
profissionais. No que concerne ao princípio da eficácia profissional, é CORRETO afirmar:

a) a profissão é exercida com base nos preceitos do desenvolvimento sustentável, na


intervenção sobre os ambientes natural e construído e na incolumidade das pessoas, de
seus bens e seus valores.
b) a profissão é praticada com base em relacionamento honesto, justo e com espírito
progressista dos profissionais para com os gestores, destinatários, beneficiários e
colaboradores de seus serviços, com igualdade de tratamento entre os profissionais e
com lealdade na competição.
c) a profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta, digna e cidadã.
d) a profissão é de livre exercício aos qualificados, sendo a segurança de sua prática de
interesse coletivo.
e) a profissão realiza-se pelo cumprimento responsável e competente dos compromissos
profissionais, munindo-se de técnicas adequadas, assegurando os resultados propostos,
assim como a qualidade satisfatória nos serviços e produtos e observando a segurança
nos seus procedimentos.

5. No que concerne à legislação profissional na área de engenharia, marque a alternativa


que apresenta um exemplo de dever por parte do engenheiro, segundo o Código de
ética profissional:

a) apresentar proposta de honorários com valores extorsivos, desrespeitando tabelas de


honorários mínimos.
b) agir discriminatoriamente em detrimento de outro profissional ou profissão.
c) orientar o exercício das atividades profissionais pelos preceitos do desenvolvimento
sustentável.
d) atentar contra a liberdade do exercício da profissão ou contra os direitos de outro
profissional.
e) nenhuma das alternativas estão corretas.

6. Em relação ao Código de Ética Profissional das Profissões da Engenharia, da


Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia que relaciona os direitos e
deveres correlatos de seus profissionais, analise os itens abaixo e assinale a alternativa
correta.

I. A profissão é praticada através do relacionamento honesto, justo e com espírito


progressista dos profissionais para com os gestores, ordenadores, destinatários,
beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade de tratamento entre os
profissionais e com lealdade na competição.
II. A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta, digna e cidadã.

22
a) O item II é falso.

23
b) O item I é falso.
c) Os Itens I e II são verdadeiros.
d) O item II é verdadeiro, mas incompleto.
e) nenhuma das alternativas.

7. Conforme o Código de Ética Profissional, instituído pela Resolução n.º 1.002/2002, é


correto afirmar que: “No exercício da profissão, é permitido utilizar livremente do
privilégio de exclusividade de direito profissional”.

Analise a afirmação acima e assinale a alternativa correta.

a) Afirmação correta.
b) Afirmação errada.
c) Afirmação condiz com a realidade apenas da engenharia civil e ambiental.
d) O exercício profissional garante o privilégio de acordo com as diretrizes e normativas
de cada universidade.
e) Nenhuma das alternativas.

8. Conforme o Código de Ética Profissional, instituído pela Resolução n.º 1.002/2002


retrata sobre os engenheiros e seus princípios ético. Perante tal, é correto o engenheiro
impor ritmo de trabalho excessivo sobre os colaboradores de sua equipe?

Assinale a alternativa correta.

a) Afirmação correta.
b) Afirmação incorreta.
c) O ritmo é designado no ato contratual de cliente – engenheiro.
d) Na engenharia é comum ritmo excessivo de trabalho.
e) Nenhuma das alternativas.

24
UNIDADE

02
COMPETÊNCIAS FUNDAMENTAIS

25
2.1 INTRODUÇÃO

O engenheiro é um profissional extremamente técnico, que tem por habilidade to-


mar decisões baseadas em números, dados e estatísticas. O engenheiro tem por funda-
mento metodológico os solucionar problemas com base na matemática e física, além de
ferramentas de tecnologia. Além disso, possuem competências fundamentais como lide-
rança de equipe, negociação, interação com os clientes e colaboradores, o que se deve
aos problemas interdisciplinares, que por consequência precisam ser resolvidos com
soluções transdisciplinares.
Os problemas atuais estão interligados, ou seja, tem a parte social, econômica,
am- biental e cultural, exemplo disso, é o caso de Mariana, o rompimento da barragem
de rejei- tos, denominado de Fundão, ocorreu em novembro de 2015, onde o
vazamento dos rejeitos teve mais de 60 milhões de metros cúbicos despejados ao Rio
Doce, que abastecia mais de 230 municípios dos Estados de Minas Gerais e Espírito
Santo (WANDERLEY et al., 2016).
Em vista disso, houve uma rede de determinações que dificultou este, parecer,
além de entender os riscos e incertezas e a transformação desse reconhecimento em
ações cor- retivas imediatas (LIMA, et al., 2015). O desastre ambiental em Mariane
revela uma crise ambiental, além do que, o retorno econômico que a mineração oferece
ao Estado de Minas Gerais pode ser considerado nulo devido aos estragos
socioambientais e de vidas perdi- das.
Os possíveis erros acarretaram em problemas sociais, devido ao número de
morte, além de poluições e problemas sanitários e o direito da sociedade em ter um
meio am- biente limpo e equilibrado de acordo com a Constituição de 1988 (BRASIL,
1988).
Vale salientar, que um dos problemas ambientais é a poluição das bacias hidrográ-
ficas, ou seja, o direito da população de obter uma água em qualidade e quantidade são
banidas, visto que, a água é um bem público (BRASIL, 1997), os tratamentos
convencionais não retiram metais pesados em sua magnitude (Resolução CONAMA 430
e 357) e por con- sequência a saúde pública de qualidade torna-se mais difícil de
acontecer (FREITAS et al, 2019).
Por isso, entender a globalização dos problemas enfrentados pelos profissionais da
engenharia se torna fundamental, uma vez que os projetos e as resoluções dos
problemas são interdisciplinares. O fato é que o engenheiro necessita se relacionar com
profissionais de áreas distintas, entender os obstáculos e gerenciar as tomadas de
decisões.
Para que isso ocorra é fundamental saber se comunicar, ou seja, expressar
com cla- reza sua oratória para que distintos grupos sociais entendam com
facilidade a ideia que será realizada. Assim, neste capítulo iremos entender e
estudar a importância da comuni- cação, soluções de problemas e como gerenciar
projetos.
Bons Estudos!
2.2 IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA ENGENHARIA

Saber se comunicar é importante para qualquer pessoa, há diversos métodos


(Figura
3) que contribuem para a eficácia da comunicação no dia a dia, e esse processo evita
26
des- perdício de tempo dos profissionais. Com isso na engenharia, a comunicação é
essencial, visto que, não adianta ter brilhantes ideias sem saber transmitir o que se tem
em mente.

27
Figura 3: Saber se comunicar
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/384NkBD. Acesso em: 17 fev. 2021

Esse processo de comunicação envolve práticas de comunicação visual e


comunica- ção técnica que devem estar conectadas com quem produz, transmite e
recebe a mensa- gem, visto que a partir dessa união o objetivo será atingido.
Ferreira Jr. et al (2011) ressalvam que no desenvolvimento da comunicação da
enge- nharia é comum encontrar problemas, principalmente na prática da comunicação
visual e da comunicação técnica. Desta forma, a falta de junção da comunicação prática
e técnica acaba gerando desencontros na comunicação.
A engenharia é inoperante sem comunicação, visto que, não adianta desenvolver
uma tecnologia se não for traduzida para uma linguagem acessível e compatíveis com
aqueles que a utilizam. Ou seja, do que adianta desenvolver tecnologias para solucionar
problemas ambientais se a sociedade não entende sua importância.
Logicamente, que a pauta não se baseia no fato dos engenheiros estarem
realizando a atividade de um comunicador de fato, mas sim, para o rendimento do
trabalho profissio- nal da engenharia. Desta forma, defender que a informação é
importante para a divulgação do seu trabalho, é fundamental perceber a qualidade que
os receptores estão recebendo a mensagem, ou seja a qualidade da informação, ou se
as pessoas estão entendendo o que de fato está acontecendo.
Um dos desafios da engenharia é desempenhar uma comunicação de forma verbal
e escrita bem articulada, ou seja, os envolvidos devem entender a mensagem. Assim, a
efi- cácia do trabalho e eficiência da engenharia depende da habilidade em fazer com
que as pessoas entendam, ou seja, ser compreendido, é tão importante quanto ter
competência técnica.
Outra questão bastante discutida é a linguagem científica, esse processo deve se
normatizar o texto, ou seja, criar padrões específicos para que qualquer engenheiro ao
redor do mundo entenda. Exemplos disso são manuais, normas técnicas, entre outros
(Fi- gura 4).

Figura 4: Linguagem científica


Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3CUm6M5. Acesso em: 01 fev. 2021.

28
A engenharia é uma área que o profissional possui um vocabulário próprio,
diferente de uma linguagem literária por exemplo. Vale destacar, que a linguagem
técnica valoriza a praticidade e a objetividade, assim é fundamental que a linguagem
técnica seja precisa e direta, uma vez que a exatidão do conteúdo é primordial para a
engenharia.
A clareza das ideias é muito discutida na engenharia, um texto técnico adequado é
essencial para não haver “brechas” para erros causados pela interpretação ambígua da
co- municação. Assim um texto inteligível e conciso é primordial para uma boa
comunicação na engenharia e para outros profissionais. Um exemplo de comunicação
escrita são os re- latórios, artigos técnicos, propostas, memorandos, cartas comerciais
entre outros. Os com- ponentes ditos essenciais da comunicação escrita é entender que
o texto deve ser claro e com o português acessível para todos, observando o uso de
subtítulos, com a apropriação correta das palavras e ideias claras. Logicamente, uma
boa escrita é fundamental em qual- quer profissão, mas não há fórmula mágica, apenas
muita leitura, treino a escrita.
Todos os textos necessitam de uma estrutura uniforme de frases, menções claras,
termos precisos, usos de poucas preposições, fazendo com que os textos tornem-se
mais fluídos, com menos conectores, e o principal, evite linguagem informal ou
demasiadamen- te requintada, evitando coloquialismo e termos extremamente eruditos.
Outra questão, muito importante é utilização correta da pontuação, como parênteses,
vírgulas, dois-pon- tos, demonstrando clareza e relevância no texto.

2.3SOLUÇÕES DE PROBLEMAS

A engenharia é multidisciplinar e não pode dispensar a modelagem


matemática na tomada de decisões. A boa engenharia é a que atende os objetivos
técnicos e que respeita o orçamento, com modelos matemáticos que desempenhem
previsões corretas.
Os projetos podem ser simplistas ou complexos, como os simulados em
computado- res ou calculados a mão. Na engenharia utilizam-se dois modelos:
empíricos com base em resultados experimentais e teóricos, baseados nas leis da
natureza além, das combinações desses dois.
A engenharia é mais que uma ciência e matemática aplicada, há tópicos como
ava- liação de projetos, busca de alternativas, soluções de problemas, entre outros. Um
dos pri- meiros aspectos que os engenheiros precisam definir e identificar são os
problemas. A segunda etapa é montar a equipe, com pessoas capacitadas em diferentes
áreas para sua integralização. A terceira etapa é entender e identificar as limitações e
critérios do sucesso do projeto.
A quarta etapa retrata a busca de soluções. A quinta etapa é estudar a viabilidade
do projeto e escolher a melhor solução. A sexta etapa é documentar a solução a partir
de rela- tório com a equipe integrada. A sétima etapa é comunicar a solução a gerência
e por fim, a oitava é executar a solução e a nona é verificar e avaliar as soluções

29
escolhidas (Figura 5).
Figura 5: Busca de soluções
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3AT4P4b. Acesso em: 17 fev. 2021.

30
Para projetar uma solução eficaz é necessário atender as metas preestabelecidas
do projeto. Para encontrar as soluções dos problemas é fundamental entender todos os
pro- cessos do projeto, visto que as resoluções eficazes exigem que todos os problemas
sejam reconhecidos.
Há diversos métodos de gestão para planejar e reconhecer os problemas, além de
solucioná-los, e estes métodos possuem uma abordagem sistêmica para que a equipe
re- conheça todos os processos e problemas e alcancem soluções adequadas.
Sendo que técnicas de soluções desacompanhadas de um método de gestão
pode ser um problema, visto que é fundamental, analisar, realizar o levantamento
de alternati- vas, estabelecer critérios, além de escolher como desenvolver a melhor
abordagem. Desta forma, há diversos métodos que guiam como construir o projeto e
solucionar os proble- mas. Os principais problemas quando não se estabelece o
método é:
• Não ter consciência do processo e resolução dos problemas e não conseguir descrevê-
-los de maneira correta.
• Não utilizar métodos sistemáticos
• Focar no problema sem compreender o que se deseja solucionar
• E não explorar alternativas que não são convencionais.

Além do que, concluir por intuição, decidir pelo mais fácil, subestimar o problema,
contentar-se com apenas uma opção, isolar o problema do meio aonde ocorre,
desprezar os detalhes, são ações que não devem ser consideradas no momento de
estabelecer uma solução.
Um método bastante conhecido na gestão é a análise do ciclo PDCA (Planejar,
Fazer, Verificar e Agir), essa ferramenta atua como método de controle de
qualidade dos proces- sos, focando na solução dos problemas (Figura 6). Sendo que
para sua aplicabilidade há quatro fases distintas:
Planejar: selecionar o processo, máquina, atividade e/ou projeto, que necessite de
melhoria, focando sempre nos resultados esperados. Identifica-se o problema-
oportunida- de e se faz o levantamento de dados e informações, há também diversas
ferramentas que podem servir de auxílio nesse início, como fluxograma, brainstorming,
diagrama de Pareto entre outros.
Fazer: implantação do método, plano, projeto, que é elaborado (com acompanha-
mento de seu progresso). Esta etapa é o plano de ação, onde todas as tarefas entram
em ação. Neste processo, as causas já são conhecidas. É nesta etapa que os resultados
são gerados. Ferramentas como a FMEA (Análise dos Modos de falhas e seus Efeitos)
podem auxiliar.
Avaliar: caso o processo obtenha sucesso, é nessa etapa que as ações são
mensura- das. Esse processo é uma reflexão dos resultados. Existem ferramentas como
histograma e cartas de controle que podem ser utilizadas para compreender e avaliar os
resultados. E nessa etapa que se deve entender e garantir as informações levantadas.
Agir: após a validação dos resultados obtidos é o momento de padronizar as
ações. Corrigir os defeitos dos processos, para que assim não voltem a acontecer.
Existem ferra- mentas como 5S, Procedimento Operacional Padrão e Controle
Estatístico de Processos, que podem ajudar nessa etapa.

31
Figura 6: Ciclo PDCA
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/37Sbuil. Acesso em: 20 jan. 202.

O ciclo PDCA é um exemplo de ferramenta que pode ser utilizado para


solucionar os problemas encontrados em situações de gestão de projetos e
2.4 GERENCIAMENTO DE PROJETOS

engenharia.
Gerenciamento de projetos é um elemento utilizado nas organizações e é funda-
mental para viabilizar ideias e atividades. A comunicação, eficiente e a confiabilidade
são processos importantes na gestão dos projetos.
Sendo importante, principalmente, para entender a diferença de projeto e
processo. Projeto é temporário e apresenta um resultado, tem objetivo definido, um
procedimento contínuo, com resultados que dependem de um padrão.
É importante destacar que projeto tem uma finalização definida e que, ao
contrário dos processos, as tarefas são de responsabilidade contínua. Atualmente há
muitos colabo- radores que trabalham apenas por projetos e não permanecem em um
lugar fixo.
A utilização de softwares tem se tornado tendência no gerenciamento de
projetos, devido ao auxílio no planejamento das atividades. A excelência de um
gerenciamento de projetos é alcançada através da repetição de processos.
Gerenciar projetos tem como me- todologia um conjunto de princípios e orientações
adaptadas para a solução de problemas em uma determinada situação.
Gerenciamento de projetos é um estilo de administração, orientado por
resultados, onde se é construído um bom relacionamento com os colaboradores de
diferentes espe- cialidades.
Outro aspecto que merece destaque é o fato de que os projetos em geral, neces-
sitam de esforços combinados em uma variedade de especialidades, onde os profissio-
nais precisam trabalhar juntos sob a liderança de um gerente de projetos. Além disso,
o projeto é visto como uma atividade que não tem rotina, ou seja é uma construção
diário para solucionar um problema. Por exemplo, a construção de um automóvel
híbrido, que exige a solução de problemas inéditos, no ponto de vista social, econômico,
ambiental e até cultural do produto.
O produto é adaptado para o mercado consumidor? O ambiente no qual
querem desenvolver é apropriado? Utiliza tecnologias de ponta? São perguntas
levantadas e res- pondidas por especialistas.
32
Obviamente executar um projeto que nunca foi feito, requer planejamento. Até
mes-

33
mo projetos considerados rotineiros, ou seja, projetos que podem ser aplicados em
diver- sas organizações e os processos são os mesmos. Por exemplo, máquina de
automação industrial, onde o engenheiro utiliza o mesmo programa e/ou software e a
maquinaria para diversas organizações. No entanto, cada organização tem sua cultura e
isso reflete na eficiência do projeto, por isso alguns projetos são bem aceitos e
estabelecem eficiência e eficácia, e em outras organizações a mesma metodologia usada
não é aceita, a quebra de rotina acaba ocorrendo.
Assim, um projeto acaba sempre sendo único, pela origem, apropriação da ideia e
até mesmo pela construção cultural da empresa. A mesma organização com matrizes di-
ferentes pode ter aceitabilidade dos projetos diferentes. Por exemplo: projetos de
educa- ção ambiental podem serem melhores aceitos em matrizes onde há jovens que
entendem a importância da educação ambiental na sociedade e serem mal vistos em
uma matriz com colaboradores de idades diversas.
Gerenciar requer equilíbrio, entre tempo, desempenho e custo, visando a
satisfação do cliente; logicamente, com as normas e resoluções cumpridas de acordo
com as legisla- ções vigentes. Outro conceito bastante discutido é a diferença de projeto
e programa, são similares devido aos dois serem norteados a um objetivo específico.
Projeto não é um tra- balho diário, não é rotineiro, e nem repetitivo. Projeto é feito
apenas uma vez, ou seja, para um novo serviço ou produto. A principal diferença entre
projeto e programa está no escopo e horizonte de tempo.
Um programa é uma série de projetos relacionados entre si, com um objetivo
final. Por exemplo: programa de implantação da gestão municipal de resíduos sólidos
que tem por objetivo exaurir os lixões e garantir a destinação correta dos resíduos
sólidos e para isto existem projetos com tecnologias de engenharia para o recolhimento
dos resíduos, tratamento e destinação final, além de projetos de educação social,
desenvolvidos para es- timular a separação dos resíduos. Observa-se que todos esses
projetos têm por finalidade fechar os lixões e aumentar a qualidade de vida da
sociedade.
Assim, é possível demonstrar que o ciclo de vida de um projeto passa por quatro
fa- ses: Definir, Planejar, Executar e Entregar (Figura 7). O início do projeto é a
aprovação, pos- teriormente iniciam-se os ciclos de definição, planejamento, execução e
entrega, descrito a seguir:
• Definir: especificações do projeto, definir a equipe, objetivos gerais e específicos e as
responsabilidades.
• Planejamento: determinar o que o projeto deve implicar, determinar qual a
programa- ção, cronograma, orçamento, qualidade, quantidade e quem serão os
beneficiários.
• Execução: executar o que foi planejado, produção, custos e especificações são
levanta- dos para controle, além de noções de prazos, quais as previsões e se há
necessidade de mudanças.
• Entrega: redistribuição dos recursos do projeto, e entrada do produto. É nesse
momen- to que há treinamento a empresa que contratou o projeto, além disso, a
relatórios para que os colaboradores entendam o que foi construído. Há também as
devoluções de equipamentos.

34
Figura 7: Ciclo de vida do projeto
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3sqtppZ. Acesso em: 17 fev. 2021.

Em geral, há diversas mudanças que contribuem para que haja mais


gerenciamento de projetos com cautela, cuidado, devido as grandes mudanças e
orçamentos das organi- zações. Desta forma, gerenciamento é uma oportunidade de
negócio, que foi criado para atender as necessidades dos clientes. Por fim, uma das
características do projeto é ter iní- cio, meio e fim, além de apresentar as 4 fases bem
distintas, visto que a implementação correta e bem sucedida requer, não só habilidades
técnicas, mas também habilidades so- ciais.

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Sabemos que entender projetos, solucionar problemas e resolver de forma integrada faz par- te do d
mudança ambientalmente, culturalmente, socialmente, economicamente e politi- camente. Um exem

35
FIXANDO O CONTEÚDO

1. “A Comunicação Empresarial pode ser utilizada como uma estratégia e um conjunto


de atividades para melhorar a imagem da organização. Porém, ela não é somente uma
ferramenta para a reputação empresarial. Atualmente, ela busca relacionar-se com
diversos públicos, a fim de desenvolver produtos de qualidade, que atendem ao perfil do
consumidor e também sua satisfação e credibilidade” (BRONDANI, et al, 2015, pág. 3).
BRONDANI, Roberta Ferreira; BARROS, Karla Lauane; MARÍLIA, S. P. Comunicação Corporativa: A Importância
da Comunicação na Gestão das Empresas. Centro Universitário Eurípedes de Marília, Marília, SP, v. 12,
2015.

O texto acima retrata a importância da comunicação nas empresas. Saber se comunicar é


extremamente importante para o engenheiro. Dessa forma assinale a afirmação correta.

a) Um desafio do engenheiro é desempenhar uma comunicação de forma verbal e


escrita bem articulada.
b) Um engenheiro não precisa saber se comunicar, precisa saber ferramentas técnicas.
c) Na engenharia é fundamental, entender apenas a linguagem científica.
d) Para um profissional em engenharia é necessário apenas saber se comunicar através
dos manuais, termos e normas técnicas.
e) Nenhuma das alternativas.

2. A Comunicação tem importância direta sobre as questões da prática de administração


e de relacionamentos entre as organizações e o público, principalmente por constituir-se
como um campo do conhecimento teórico e prático que

a) ajuda as empresas na produção de conhecimento, além de proporcionar novas


técnicas de administração empresarial, especialmente aquelas voltadas para a
administração financeira e de recursos humanos.
b)busca compreender, em sua concepção e em suas práticas, a comunicação
informacional, a comunicação mercadológica, a comunicação administrativa e a
comunicação interna.
c)diz respeito somente às atividades de relações públicas, isto é, à facilitação da
comunicação das empresas com seu público.
d) tem as mesmas funções que as relações públicas, exceto na questão da
comunicação interna.
e) Nenhuma das alternativas.

3. A comunicação nos meios institucionais abrange as mais variadas vertentes no


tocante à linguagem e ao contexto. Levando em consideração tal afirmação, assinale a
alternativa correta.

a) O mural de avisos, dentro de uma instituição pública, pode ser entendido como
comunicação externa, já que propõe a divulgação de informações específicas de
diversos departamentos ao público geral.

36
b) A comunicação pública é responsável pela conquista de consumidores de
informação pública, priorizando a divulgação dos serviços de uma organização,
traçada pelo plano

37
de marketing do órgão. Por meio das informações obtidas nas pesquisas qualitativas,
faz- se o uso de ferramentas, como propaganda, promoção de vendas e merchandising,
para alcançar os objetivos comunicacionais.
c) O mecanismo de comunicação, dentro de um órgão público, se movimenta de
forma linear. É nesse sentido que residem o equilíbrio e a eficácia do sistema
comunicacional na esfera institucional.
d) A construção e a manutenção de uma boa imagem e identidade empresariais
estão exclusivamente ligadas ao trabalho da comunicação institucional, por meio de
um planejamento estratégico eficaz, pois, dentro dos órgãos, o trabalho de
relacionamento e boa imagem é feito pelo departamento de recursos humanos.
e) A comunicação para o público interno precisa se firmar como essencial nas empresas,
pois influencia a construção da realidade organizacional. Para que o funcionário se sinta
parte do processo organizacional e satisfeito no ambiente de trabalho, a comunicação
deve zelar pela igualdade de acesso ao conhecimento, pela integração das atividades e
pela valorização do trabalho.

4. “Foi se o tempo em que um bom engenheiro era aquele que tinha determinadas
competências, hoje a competência é pré-requisito mínimo no mercado de trabalho, mas
não é suficiente. Capacidade de trabalhar em equipe, solidariedade nos relacionamentos
interpessoais são apenas algumas das novas exigências, e de alguma forma isso
também tem que ser trabalhado e/ou incentivado durante a formação acadêmica do
aluno” (POVOA e BENTO, 2005, pág 1).
PÓVOA, J. M.; BENTO, P. E. G. O engenheiro, sua formação e o mundo do
trabalho. In: Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia.
2005. p. 12-22.
O texto acima retrata as funções que se espera que os engenheiros possuam atualmente.
Dessa forma assinale a afirmação correta.

a) Um engenheiro dever atender aos objetivos técnicos, além disso, respeitar o


orçamento, com modelos que desempenhem previsões corretas.
b) A engenharia é uma ciência exata, compreender e avaliar de projetos, busca de
alternativas, soluções de problemas não faz parte de sua formação.
c) Um engenheiro tem equipe técnica disponível em documentar a solução a partir de
relatório com a equipe integrada, não necessitando se envolver ou se quer entender
esse processo.
d) Um engenheiro não precisa cumprir as normas técnicas, caso achei inviável as
resoluções preestabelecidas.
e) Nenhuma das alternativas.

5. No modelo da Gestão da Qualidade, a partir da visão japonesa, uma das ferramentas


é composta por um ciclo de 4 partes de controle do processo. Uma dessas partes se
refere ao estabelecimento de metas sobre os itens de controle, bem como à maneira, ao
caminho e ao método para atingir as metas propostas. O nome da ferramenta e o nome
da parte especificada são respectivamente:

a) PDCA; Atuação Corretiva-A.


b) 5W1H; What-W.
c) CQCP; Control-C.
38
d) PDCA; Planejamento-P.

39
e) 5W2H; How-H.

6. As ferramentas de gestão de qualidade são essenciais na manutenção de um padrão


de qualidade nas operações de uma organização. Quando um gestor define as metas,
coloca em prática o planejado, analisa os resultados e aplica correções, ele está
utilizando

a) a Matriz SWOT.
b) o Ciclo PDCA.
c) o Diagrama de Pareto.
d) o Fluxograma.
e) a Folha de Verificação.

7. A segunda etapa na “rodagem” do ciclo PDCA refere-se:

a) à execução do plano de ação previamente estabelecido.


b) ao estabelecimento do plano de ação com base nas diretrizes organizacionais.
c) à correção das falhas encontradas durante o processo de planejamento.
d) à identificação das diferenças entre o que foi planejado e o executado.
e) ao estabelecimento das metodologias a serem seguidas.

8. O ciclo PDCA ficou conhecido a partir da década de 1950, apesar de ser da década de
1930. Através dessa teoria, cada processo da empresa passa por quatro fases:

a) publicar, definir, controlar e antecipar.


b) planejar, fazer, checar e agir.
c) proceder, distribuir, contratar e atuar.
d) ponderar, desenhar, contribuir e administrar
e) processar, delegar, confirmar e aplicar.

40
ENGENHARIA E SUAS INTERFACES UNIDADE

03

41
3.1 INTRODUÇÃO

Em todas as áreas de consumo da sociedade podemos encontrar aplicações da en-


genharia, seja na área ambiental, civil, mecânica, florestal, agronômica etc. Embora não
percebemos, a engenharia participa de vários processos da vida moderna. A sociedade
está dependente da participação ativa dos engenheiros na construção social e na
constru- ção de bens e serviços, como carro, casas, prédios, geladeiras, micro-ondas,
asfalto e etc.
Basta observarmos nossos sistemas de comunicação, transporte, produção onde a
aplicabilidade da engenharia fez-se fundamental para uma sociedade segura e confor-
tável. Desta forma, a sociedade precisa do engenheiro, bem como de sua capacidade de
solucionar os problemas de forma técnica e rápida.
Entre as principais qualidades dos engenheiros podemos citar sua visão
holística e sistêmica, através da qual consegue englobar a forma cultural, econômica,
social, ambien- tal e física, ou seja, entender os problemas da sociedade de forma
ampla e integralmente como sistemas e subsistemas para uma melhor resolução de
problemas.
Ao se iniciar um curso de bacharelado em engenharia, o estudante precisa
entender e ter consciência do seu papel na sociedade e que impacto ocasionará.
Além de entender os contextos políticos, ambientais e sociais, uma vez que a
população se transforma conti- nuamente e os seus trabalhos realizados poderão
perdurar por anos e/ou até mesmo tirar a vida de centenas de pessoas, caso haja
algum erro.
Vale ressaltar que o fundamento científico é perene, mas que as técnicas podem
mudar. Desta forma, o engenheiro, deve sempre buscar aperfeiçoamento para contribuir
de maneira eficiente para a sociedade. Cabe salientar que escolher a engenharia como
profissão é ter consciência da escolha de um caminho de muito estudo e evitando o mo-
dismo, pois as áreas podem estar saturadas em um período e em alta em poucos anos.
O engenheiro tem diversas funções e pode trabalhar em diversos locais como empresa
pri- vadas, publicas, instituições financeiras ou até mesmo como empresário,
empreendedor, entre outros.Neste capítulo você irá estudar as diferentes áreas da
engenharia, as funções e as diferenças do engenheiro, técnico e tecnológico em um
projeto.
Bons estudos!
3.2AS DIFERENTES ÁREAS DE CONHECIMENTO DA ENGENHARIA

As competentes atividades dos engenheiros estão associadas à suas


habilidades legais e suas competências ligadas ao Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia – CREA.
Ao analisarmos as áreas de atuação da engenharia, percebe-se que apenas um
pro- fissional não teria competência para controlar todo o conhecimento, de todas as
áreas de tecnologia, modelagem matemática, projetos, construções etc.
Em 1976, Conselho Federal de Educação disciplinou o ensino da Engenharia no
Bra- sil através da Resolução n° 48 de 27/04/76 onde foi subdividido em seis grandes
áreas de exercício da engenharia: Civil, Química, Elétrica, Mecânica, Metalúrgica e
Minas. O curso poderia formar tanto engenheiros elétricos como criar habilitações
distintas em função das peculiaridades locais e regionais. Na área química, por exemplo,
42
foram classificadas as habilitações Eng., de Alimentos, Eng. de Materiais, Eng.
Petroquímico e ênfases distintas que viessem a ser criadas, devido ao fato que o
profissional de engenharia química não tinha competência profissional.

43
A seguir, neste capítulo, serão apresentadas algumas áreas de engenharia que são
oferta- das no Brasil.
• Engenharia Aeronáutica: atua com construções, projetos e manutenção de satélites,
helicópteros, aviões e seus utensílios.
• Engenharia Agrícola: atua na área de construção de sistemas de irrigação, produtos
agrícolas, barragens.
• Engenharia Agronômica: atua nas atividades agropecuária, mecanização e
automa- ção de equipamentos da área rural.
• Engenharia de Agrimensura: atua na definição e espaços físicos, aprovisionando a re-
alização de obras civis, levantamento topográfico, sistemas de irrigação e drenagem
entre outros.
• Engenharia Civil: atua em projetos e acompanhamento de atividades relacionadas a
portos, estradas, barragens, construções civil e de materiais. Além disso, projeta e
execu- ta diversas ações voltada a obras, estudando materiais suas resistências,
reformas, solos e insolação entre outros (Figura 8).

Figura 8: Atuação do Engenheiro Civil Figura 9: Engenheiro Ambiental


Fonte: Disponível em: https://bit.ly/37S1WUO. Acesso em: 18 fev. Fonte: Disponível em https://bit.ly/3moptFp. Acesso em: 16 fev. 2021.
21.

• Engenharia de Alimentos: atua na industrialização de alimentos, fabricação, conserva-


ção, transporte, consumo, armazenamento alimentícios
• Engenharia Cartográfica: atua com processos e propostas de áreas espaciais, de su-
perfície, levantamentos topográficos, batimétricos, sensoriamento remoto,
geoproces- samento entre outros.
• Engenharia Elétrica: atua com sistemas e materiais elétricos, instalações e manuten-
ções, além disso, pode trabalhar em industriais, construção civil entre outros.
• Engenharia Ambiental: atua no controle de poluição, planejamento e gestão
ambien- tal, emissão de licenças, recuperação de áreas degradadas e sistemas
de tratamentos de resíduos, água e esgoto (Figura 9).
• Engenharia Mecânica - Atua em sistemas e projetos de motores, máquinas,
veículos, montagem, funcionamento e manutenção de industrias mecânicas.
• Engenharia Têxtil – Atua na área de processos relativos à indústria química de produ-
tos têxteis, além de fabricação, fiação, tecelagem, tinturaria, estamparia,
acabamento e confecções de produtos.
• Engenharia Química – Atua em pesquisas e processos de transformação de produtos
brutos, da área industrial, aperfeiçoa e fabrica produtos químicos.

44
• Engenharia de Produção – Atua na gestão integrada, aumento de produtividade,
ren- tabilidade no negócio, processos e planejamento de produção, produto,
organizacional e qualidade. Além disso atua não desempenho estratégico e
competitividade industrial.
• Engenharia de Minas – Atua na área estudos e prospecção de minerais e operacionali-
zação de otimização dos recursos minerais, captação de água subterrânea entre
outros.
• Engenharia de Materiais – Atua na busca de opções de materiais para todas as áreas
de atividades humanas, com desenvolvimento de materiais além de novos produtos
para a aplicação na indústria.

3.3 FUNÇÕES DO ENGENHEIRO

A classificação da engenharia depende da função que o engenheiro ocupa na orga-


nização que pode ser:
• Engenheiro Consultor: é um engenheiro especialista, que trabalha com consultorias e
pareceres técnicos.
• Engenheiro Gerente: coordena projetos, programas e grupos de pesquisas ou
tecnolo- gias para uma empresa.
• Engenheiro Professor: é um engenheiro que faz especializações, MBA, mestrado e
doutorado para lecionar e ministrar cursos para a engenharia.
• Engenheiro Operacional: é o engenheiro de chão de fábrica, onde executa e
realiza manutenções e construção para a produção em centros industriais.
• Engenheiro de Vendas: especializa-se em vender um produto técnico e tecnológico.
• Engenheiro de Construção: desenvolve estruturas em granas estruturas.
• Engenheiro de Teste: desenvolve e analise testes de segurança, produtos para os usos
de com segurança.
• Engenheiro de Produção: analisa, planeja e constrói cronogramas de produção, linhas
de produção e matéria-prima entre outros.
• Engenheiro de Desenvolvimento: aprimora protótipo, processos, estruturas,
dispositi- vos.
• Engenheiro de projeto: analisa, constrói, cria projetos e aplica para a prática.
O estudante da engenharia necessita passar por diversos processos para se tornar
engenheiro, como por exemplo, se aprovado nos exames qualificatórios (provas e traba-
lhos da faculdade) completar a graduação, e obter autonomia para se autor
regulamentar nas suas atividades.
Além disso, o engenheiro necessita de habilidades como técnicas de negociação,
conhecimentos específicos em matemática e física, compreensão das responsabilidades
éticas, consciência das questões sociais. Além disso, há necessidade de habilidades inte-
lectuais, como resolver problemas, projetar, dominar ferramentas, interpretar
informações, manter a abordagem teórica para poder introduzir e construir novas
técnicas.
Entre as habilidades práticas é fundamental utilizar e ter domínios de diversas
ferra- mentas, usar laboratórios para gerar dados, promover sistemas de segurança.
As competências gerais retratam que o engenheiro precisa saber se comunicar, ou
seja, realizar uma comunicação eficiente através da fala ou da escrita, empregar
tecnolo- gias de informação de forma eficaz para os colegas e colaboradores e
administrar recursos como tempo e dinheiro de forma sensata.
45
Outro aspecto bastante discutido é desenvolver aptidão para trabalhar com
equipes multidisciplinares, com aprimoramento e aprendizagem. E por fim, entre as
qualidades,

46
deve-se considerar a criatividade, raciocínio analítico, autenticidade, inovação, bom
senso, comportamento ético e saber desenvolver solução de problemas de forma eficaz.
3.4O ENGENHEIRO, O TÉCNICO E O TECNÓLOGO, SUAS DIFEREN- ÇAS E INTE

É fundamental entender as diferenças entre os profissionais bacharéis, técnicos e


tecnólogos para compreender as funções dentro de um projeto.
O bacharelado obtém um currículo mais amplo, com disciplinas teóricas e práticas.
Vale destacar que a duração mínima de um bacharelado é de quatro anos, e para a
enge- nharia tem uma duração mínima de cinco anos. A duração de um curso de
bacharel varia entre 4 a 6 anos de ensino, é foca na formação de profissionais
generalistas com conheci- mento sólidos sobre sua área de atuação.
No Brasil, a maior parte dos cursos ofertados é de bacharelado, como
engenharias, direito, sociologia, administração, contabilidade, gestão ambiental,
farmácia, medicina, en- fermagem, entre outros.
Bacharel é um discente que concluiu um curso de bacharelado, ou seja, teve uma
base teórica maior que técnicos e tecnólogos, além de uma formação, sistêmica e
conse- gue compreender os problemas de sua área com mais profundidade.
Bacharel tem como princípio identificar e solucionar problemas e esse processo
de- corre de uma carga horária de base teórica maior, porém não são aptos a lecionar,
minis- trar e desenvolver aulas, visto que existem cursos de licenciatura e programas de
formação de professores.
Um destaque que merece breve menção é a diferença entre bacharelados e
licencia- turas, há cursos que possuem essas duas designações, como geografia,
matemática, his- tória, educação física, química, por exemplo, e outros cursos como
engenharia que só exis- tem na modalidade bacharelado, mas, algumas universidades
públicas e privadas, ofertam cursos de licenciatura para profissionais que obtém o
bacharelado, como programa espe- cial de graduação ou licenciatura e/ou formação
pedagógica.
Como já sabemos o bacharelado está mais direcionado ao mercado de trabalho e
atua em um contexto laboral. Já a licenciatura ensina ferramentas para capacitar o estu-
dante a se tornar um professor da área correspondida e transmitir seus conhecimentos.
O título de licenciatura permite ao profissional lecionar no ensino fundamental, médio e
nos cursos de áreas técnicas no qual é formado. Mas vale lembrar que tanto para o
bacharel quanto para os licenciados é permitido a continuidade da carreira acadêmica,
através das especializações, mestrados, doutorado e pós-doutorado.
O tecnólogo, por sua vez, é curso de nível superior, que pode ter uma duração
míni- ma de dois anos, mas que geralmente as universidades ofertam com uma
carga horária aproximada de três anos, um curso com foco no mercado de trabalho.
O currículo desse profissional é mais focado nas problemáticas do mercado, com
mais disciplinas práticas que teóricas. A principal vantagem do tecnólogo é a
duração menor que um bacharel ou licenciatura, isso se deve porque a abordagem é
mais específica. Desta forma, o tecnólogo é ideal para profissionais que já atual em
determinada área e deseja obter um ensino su- perior em um tempo menor.
Os cursos técnicos são de nível médio, além disso, tem o direito a um
certificado de conclusão de curso de nível médio. Os técnicos podem ter duração de
dois meses a três anos e oferecer uma formação mais rápida com carga horária

47
menor e com foco em pro-

48
fissões específicas.
Vale destacar que técnico, pode ser integrado, concomitante e subsequente.
Curso técnico integrado é para o estudante que terminou o ensino fundamental e
que queira realizar um técnico juntamente com o ensino médio. Curto técnico
concomitante é curso na modalidade à distância e ou presencial, desta forma, o
discente realiza o ensino médio enquanto realiza o técnico em outra instituição. O
curso técnico subsequente é destinado a discentes que já concluíram o ensino
médio. Todos têm a mesmo reconhecimento como técnico para o MEC.
De modo geral é importante entender a formação dos colaboradores para designa-
-los aos objetivos que correspondentes as suas formações, para que os projetos
construídos sejam realizados com eficiência, além de entender os avanços do sistema
produtivo. Além disso, entender as funções da engenharia e as áreas que as
contemplam é fundamental para a competitividade dos projetos.

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49
FIXANDO O CONTEÚDO
1. “A limitação da tradicional proposta, aliada à inovações crescentes, impulsionaram a
comunidadecientífica, apesquisaralternativasdenovosprocessosdeensino-aprendizagem,
capazes de formar os futuros engenheiros com visão holística, integrando a ciência com
a prática, através do aprendizado ativo e baseado em competências” (PEREIRA, et al.,
pág 2).
PEREIRA, Clarisse Ferrão et al. Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP)–Uma proposta inovadora
para os cursos de engenharia. Simpósio de Engenharia de Produção–XIV SIMPEP 2007,
2007.
O texto acima retrata a importância da construção de uma visão holística. Desta forma é
correto afirmar que:

a) a entender os problemas de forma global e holística é fundamental, visto que os


problemas são interdisciplinares.
b) o ensino aprendizagem deve ser de forma técnica e prática na área de apenas de
física e matemática.
c) não é responsabilidade do engenheiro entender todos os problemas do seu projeto
d) a engenharia é limitada apenas as ciências exatas, a visão holística é uma área das
ciências humanas.
e) nenhuma das alternativas.

2. Com base na legislação do sistema CONFEA-CREA, assinale a opção correta a respeito


das atividades, atribuições e responsabilidades dos profissionais de engenharia.

a) Existem unidades da Federação sob a jurisdição de mais de um conselho regional.


b) A sigla CREA, apesar de mantida, não exprime mais o significado original, uma vez
que atribuições relativas à arquitetura e à agronomia foram transferidas ao recém-
criado Conselho de Arquitetura, Agronomia e Urbanismo.
c) Uma firma em cuja diretoria haja apenas um profissional registrado no CREA pode
conter a palavra Engenharia em sua denominação.
d)As atividades e atribuições profissionais do engenheiro incluem o desempenho de
cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de
economia mista.
e) Nenhuma das alternativas.

3. “Os grandes desafios enfrentados pelas sociedades, e em particular, pelas empresas


decorrem das transformações sociais causadas pela velocidade com que têm sido
gerados novos conhecimentos, concretizados através da introdução, no mercado, de
novos produtos. Esses novos produtos, frutos do avanço científico e tecnológico,
modificam as complexas relações sociais, tornando-as, ao mesmo tempo, mais intensas
e mais efêmeras (...) A engenharia industrial, particularmente, sofreu e continua
sofrendo profundas alterações, tanto na sua concepção e na sua operação, quanto no
seu relacionamento com os serviços correlatos. Nesta nova realidade, tornam-se cada
vez mais elevadas as qualificações exigidas para os postos de trabalho em qualquer
setor de produção, fato que coloca uma grande pressão sobre as necessidades

50
educacionais da população” (NOSE E REBELATTO. 2001, pág 2).
NOSE, Michelle Mike; REBELATTO, DA do N. O perfil do engenheiro segundo as empresas.
Artigo, Cobenge, 2001.

51
O texto acima retrata a importância da construção do profissional em engenharia e como
as empresas veem essas mudanças. Desta forma é correto afirmar que:

a) o engenheiro necessita de habilidades como técnicas de negociação, compreender as


responsabilidades éticas e consciência nas questões da sociedade atual.
b) o engenheiro necessita de habilidades de exatas, físicas e biológicas.
c) o engenheiro tem uma formação tecnicista, assim, apesar das alterações sociais, é
impossível entender de forma pragmática as situações que a sociedade está
vivenciando.
d) entender ferramentas é um processo interdisciplinar.
e) nenhuma das alternativas

4. Qual a principal diferença entre o bacharelado em engenharia elétrica e um


técnico em elétrica?

a) Os cursos técnicos são de nível superior.


b) O bacharelado obtém um currículo com disciplinas práticas.
c) Um é ensino médio e outro é ensino superior.
d) Os cursos podem ser realizados a partir do ensino fundamental, devido a sua
praticidade.
e) Nenhuma das alternativas.

5. “Basicamente, toda empresa que possua uma linha de produção necessita de um


profissional capaz de dimensionar e gerenciar os processos produtivos”
Disponível em: Guia de carreira < https://www.guiadacarreira.com.br/guia-das-profissoes/
engenharia-de-producao/> Acesso em 02/02/2021
O texto acima, estão mencionando qual profissional da engenharia?

a) Engenheiro ambiental.
b) Engenheiro civil.
c) Engenheiro de pesca.
d) Engenheiro de Produção.
e) Nenhuma das alternativas.

6. Segundo o guia da carreira ele retrata que é fundamental um profissional “voltado


para o desenvolvimento sustentável, integrando as dimensões social, ecológica,
tecnológica e econômica do meio ambiente, sendo que tenha como principal objetivo
desenvolver técnicas de preservação do ar, da água e do solo.”
Disponível em: https://www.guiadacarreira.com.br/guia-das-profissoes/engenharia-ambiental/>
Acesso em 5/02/2021
A partir do texto acima, é correta afirmar:
a) o engenheiro ambiental é um profissional voltado apenas para a construção de
tecnologias voltadas para gestão de resíduos e tratamento de esgoto.
b) o texto acima cita um profissional da engenharia, mais especificamente, o engenheiro
agrônomo.
c) uma das profissões mais novas é o engenheiro ambiental que tem por finalidade
desenvolver a integração social, ecológica, tecnológica e econômica do meio
52
ambiente.
d) a questão retrata a formação na integra do engenheiro civil.

53
e) nenhuma das alternativas.

7. “Os professores desempenham um importante papel na produção e estruturação do


conhecimento pedagógico porque refletem, de uma forma situada, sobre a interação que
se gera entre o conhecimento científico e a sua aquisição pelo aluno, refletem na e
sobre a interação entre a pessoa do professor e a pessoa do aluno, entre a instituição
escola e a sociedade em geral.” (ALARCÃO et al, 1996, pág 4).
ALARCÃO, Isabel et al. Ser professor reflexivo. Formação reflexiva de professores:
Estratégias de supervisão, p. 171-189, 1996.

O texto acima retrata o papel do professor. Desta forma é correto afirmar que:

a)a licenciatura é ensinada ferramentas para capacitar o estudante a se tornar um


professor da área correspondida e transmitir que aprendeu.
b) bacharéis estão aptos a lecionar, ministrar e desenvolver aulas, devido a cara horário
de estudo.
c) um engenheiro tem aptidão técnica a lecionar o que aprendeu na faculdade.
d) todos as áreas de exatas, independente se é técnico, tecnólogo e bacharel podem
lecionar disciplinas das áreas exatas, como matemática por exemplo.
e) nenhuma das alternativas.

8. “Para Mônica Flores, presidente para a América Latina do ManpowerGroup, estamos


enfrentando um paradoxo. “Muitas pessoas estão à procura de emprego e não acham,
ao mesmo tempo em que as empresas estão com dificuldades em encontrar o candidato
adequado, no tempo, preço e produtividade certa”. Leia mais em:
https://vocesa.abril.com. br/geral/as-tendencias-atuais-do-mercado-de-trabalho-para-
ter-emprego-em-5-anos/

A partir do texto acima sobre mercado de trabalho e seu conhecimento sobre as


diversas formações, é correta afirmar sobre o tecnólogo:

a) tem o direito a um certificado de conclusão de curso de nível médio.


b) é ensinada ferramentas para capacitar o estudante a se tornar um professor da área
correspondida e transmitir que aprendeu.
c) o currículo desse profissional é mais focado as problemáticas do mercado, com mais
disciplinas práticas que teóricas.
d) o estudante teve um estudo muito mais teórico, sistêmico e consegue compreender
os problemas de sua área com mais profundidade.
e) nenhuma das alternativas.

54
ENGENHARIA E SOCIEDADE UNIDADE

04

55
4.1INTRODUÇÃO

A engenharia tem como premissa básica entender os problemas que a


sociedade enfrenta, para que assim, possa criar, produzir e ensinar. Desta forma, a
engenharia tem um papel importante na sociedade visto que os problemas atuais
requerem um olhar téc- nico para alcançar as soluções.
Sabemos que a engenharia é uma construção do coletivo, onde os resultados são
respostas de problemas individuais, mas que trazem benefícios para o coletivo
sociocultu- ral. Sabemos que desenvolver engenharia é resolver problemas, visto que a
profissão tem por fundamento analisar e perceber as circunstâncias da sociedade,
olhando de forma reflexiva quando se depara com novos desafios.
Um dos principais papéis do engenheiro para a sociedade é o de desenvolver
tecno- logias, associadas a processos e melhorias de gestão, métodos, atividades,
pesquisa e de- senvolvimento. Na atualidade a engenharia aplica-se a ser uma área
multidisciplinar que possui diversos segmentos, seja, na área de infraestrutura,
transportes, gestão, saneamen- to, obras, entre outros, focando sempre em resolver
problemas e solucioná-los de forma eficiente e ética.
Nos últimos anos a engenharia tem impactado de forma positiva a sociedade, tra-
zendo qualidade de vida e estimulando o desenvolvimento social, ambiental, político e
econômico. Assim, é primordial empregar tecnologias que tragam lucros, mas que tam-
bém promovam qualidade de serviço e confiabilidade aos clientes.
Perante tal, dentro de um contexto social a engenharia resolve os problemas com
foco nas demandas do bem-estar social, ou seja, buscando entender a essência dos pro-
blemas que a sociedade enfrenta. Além disso, a engenharia só faz sentido se suas
soluções forem em prol do benefício coletivo social.
Portanto neste capítulo iremos estudar, discutir e entender o processo de
formação profissional, competências à serviço da sociedade e a importância ambiental e
social da engenharia.
Bons estudos!
4.2 O PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O engenheiro tem como formação profissional almejada obter uma capacidade


crí- tica e reflexiva elevada. Assim, espera-se que os engenheiros não tenham
apenas conhe- cimento técnico, visto que isso já é um pressuposto inerente à
profissão, mas também conhecimentos sobre gestão e ciências humanas, sintetizando
assim, uma formação inter- disciplinar.
O processo de formação profissional vai desde o código de ética, instrumento
chave para o desenvolvimento de princípios e visões dos processos sistemáticos da
profissão e isso se deve a condutas honestas relacionados diretamente aos deveres dos
engenheiros. Vale destacar que o conhecimento na área de programação, informática e
administração são necessários nos dias atuais, ou seja, entender de ferramentas de
softwares, gestão de custos e recursos humanos é um diferencial na engenharia. Desta
forma, saber se adaptar aos aspectos comportamentais e culturais dos grupos sociais
envolvidos em projetos é fundamental para a eficiência dos projetos de engenharia.
Os engenheiros ocupam posições de destaque nas organizações e dessa forma são
considerados agentes difusores de novos processos no ambiente de trabalho. É um de-
safio para as universidades conciliar a demanda tecnológica que o mercado de trabalho

56
necessita, com o conteúdo e conhecimento técnico, além de contribuir para a construção
de um profissional ético, que entende seu papel na sociedade e suas responsabilidades
socioambientais.
O mercado de trabalho é dinâmico, portanto, o engenheiro precisa estar em busca
de novos conhecimentos e atualizações, através de cursos, congressos, especializações,
leituras, visto que a busca por conhecimento é um processo contínuo e as tecnologias e
ferramentas vão se modificando ao longo do tempo.
Estudar não pode ser um ato limitado, mas sim, uma busca contínua e dinâmica
por conhecimento para que o mercado de trabalho possa absorver estes profissionais de
for- ma integralizada e rápida.
Como já sabemos o estudo é um processo contínuo e pode ser dividido em três
etapas, a primeira é a preparação que reflete diretamente aonde irá ocorrer os estudos,
é aconselhado um local claro, arejado que permita se concentrar. Devemos entender
que nenhum conhecimento é inútil e que não lograremos êxito na nossa formação se
não ti- vermos convencidos de que o processo de formação profissional necessita de
metas e de todas as disciplinas para uma integração efetiva do profissional em
engenharia e seu papel na sociedade bem definido.
A segunda etapa é a captação, que nada mais é que entender como o estudo é
rea- lizado e processado. E nessa fase que se constrói o conhecimento a partir das
informações recebidas, e por consequência, assimila-se a partir de leituras, audições e
observações.
A terceira etapa é o processamento, ou seja, já possuímos conhecimento em
um determinado assunto ou tema, e agora é fundamental refletir as informações
obtidas para que o conhecimento se consolide. O conhecimento é realizado
constantemente e é funda- mental revisar o conteúdo visto, assim terá um aumento
na capacidade de processamento das informações e terá eficiência na absorção do
conhecimento.
Portanto, o processo de formação profissional de engenharia é demorado e é
neces- sário que o estudante (Figura 10) entenda a importância da sua responsabilidade
social, visto que é uma nova dinâmica que o mercado de trabalho requer. Um erro
médico pode acarretar na perda de uma vida humana. Um erro de engenharia pode
acarretar em diver- sos problemas sociais, ambientais, econômico, além de vidas

humanas.
Figura 10: Estudante
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3jVTOIm. Acesso em: 02 fev. 2021.
É por meio da engenharia que temos a possibilidade de desenvolver projetos que
aumentem a qualidade de vida da sociedade, apesar de que diversos avanços da
tecnolo- gia não agreguem a população como um todo, mas isso é devido à falta de

57
políticas públi- cas.
Por fim, avaliar as competências da construção de um profissional de engenharia é
entender que as soluções não são isoladas e isso reflete nas práticas, onde um projeto da

58
engenharia afeta a sociedade economicamente, socialmente, ambientalmente, cultural-
mente e politicamente. É fundamental que a construção de um engenheiro venha com
habilidade que possam resultar em ações práticas de um entendimento interdisciplinar.

4.3COMPETÊNCIA A SERVIÇO DA SOCIEDADE

É por meio da engenharia que a sociedade consegue evoluir e crescer, e assim,


atin- gir a qualidade, saneamento e saúde pública. Porém há parcelas significativas da
socieda- de que não tem acesso aos benefícios desenvolvidos por meio da engenharia,
como por exemplo, tratamento de esgoto, saneamento, asfalto, casas estruturadas, o
que pode gerar deficiência da saúde pública, acarretando doenças.
No Brasil, apesar de existirem diversas normas ambientais para um controle
efetivo das poluições consequentes do estilo de vida da sociedade, nada é possível sem
a ajuda da engenharia e políticas públicas efetivas. Visto que, na engenharia são
encontradas so- luções plausíveis (Figura 11), porém muitas vezes pouco disseminadas
e valorizadas. Como exemplo típico, podemos citar as doenças pelo descontrole do
saneamento, como febres tifoide, hepatite, leptospirose, amebíase, giardíase entre
outros, que poderia ser erradicada com a tratamento de água, esgoto e tecnologias para
tratamento de resíduos sólidos (Fi- gura 12).

Figura 11: Engenharia para todos


Fonte: Disponível em https://bit.ly/3iT0PdR. Acesso em: 07 mar. 2021.

A engenharia traz avanços que são colocados á serviço da sociedade,


ressignificando um processo de qualidade de vida, como equipamentos que
funcionam e utilizam recur- sos naturais renováveis. Recursos finitos como fontes
de petróleo podem esgotar, além de trazer consequências como poluição ambiental.

Figura 12: A falta da engenharia e políticas públicas na sociedade


Fonte: Disponível em https://bit.ly/37UhIy8. Acess em: 04 fev. 2021.

Assim, quando estudamos o papel da engenharia na sociedade, significa entender


a importância de ter uma visão global sobre as problemáticas da sociedade e entender o
que o engenheiro pode propiciar para o grupo social ao qual está inserido. Assim a
forma-
59
ção da engenharia traz a capacidade de entender, formular e aplicar soluções
sustentáveis.
A cartilha do CREA (2008) relata que a responsabilidade social do engenheiro não
pode ser vista apenas como uma prática simples, mas deve estar associada a todos os
pú- blicos e parcerias de projetos e não apenas a vontade de uma organização.
Sinalizando em sua trajetória uma conduta íntegra e ética perante a coletividade de
todos na sociedade. Outro aspecto importante é entender que na engenharia se utiliza
diversos termos técni- cos e específicos para cada área. Porém a área técnica é
entendida pelo grupo social que a utiliza, estuda ou faz parte do grupo, entretanto a
maior parte da sociedade não compre- ende a linguagem técnica. É fundamental a
inserção de uma linguagem e um contexto so- cial nos processos de trabalho, um
exemplo disso, são as bulas de remédios, que são feitas de forma que a sociedade
entenda, ou seja, de forma clara, objetiva e impessoal, não dei- xando dúvidas. É
fundamental instruir de forma clara os produtos, para evitar a utilização inadequada e
acidentes. Em algumas áreas como a engenharia de produto, por exemplo, é inevitável
se atentar a pequenos detalhes, pois eles fazem diferença e trazem satisfação ao
consumidor.
Perante tal afirmação é possível concluir que a engenharia possui papel de mudan-
ça na população ou grupo social que o cerca, portanto, não faz sentido construir prédios
bem arquitetados, ruas drenadas e sinalizadas se não há a pretensão de utilização pela
so- ciedade. Assim, salienta-se que não é interesse da sociedade construir moradias
comuni- tárias para população de baixa renda, onde o imóvel é impossível ser comprado
ou adqui- rido para esse grupo social. Desta forma, é necessário entender que a
engenharia possui função social importante e responsabilidade social é fundamental.
Por fim, é necessário que os engenheiros e futuros engenheiros percebam a
finalida- de social da sua profissão, visto que a população tem direito que suas
necessidades sejam atendidas da melhor forma; frisa-se que, além disso, os
engenheiros devem dar condições dignas de trabalho a seus colaboradores.

4.4 ENGENHARIA E A IMPORTÂNCIA AMBIENTAL E SOCIAL

A superfície da terra foi modificada por ações humanas, devido a diversas explora-
ções minerais, construções para aproveitamento hídrico, estradas, expansão da
urbaniza- ção, entre outros. No entanto a engenharia fez parte dessa grande
transformação realizada na natureza.
No Brasil, não seria diferente, grandes projetos como a rodovia transamazônica
pro- vocaram desmatamento em larga escala para sua construção. Podemos citar
também a hidrelétrica de Itaipu, usinas nucleares de Angra que geraram alguns
prejuízos ao meio ambiente durante suas construções (AZEVEDO, 2017). Caso essas
obras ocorressem hoje, seriam necessárias diversas modificações para não gerarem
impactos ambientais que fo- ram gerados na época.
Os mercados de trabalho, juntamente com as normas, resoluções e legislações vi-
gentes direcionam para projetos mais sustentáveis, apesar de que as grandes obras,
acima mencionadas, fizeram parte do crescimento do país.
Frisa-se que as usinas nucleares construídas no Rio de Janeiro mais
especificamente em Angra dos Reis, sejam monumentos de concreto em áreas de
preservação ambiental, e podemos citar como um agravante, o foto de que não
existam construções de aterros licenciados para o descarte do tipo de resíduo
60
gerado nessas usinas nucleares, assim esses passivos são descartados de maneira
paliativa.

61
O desenvolvimento sustentável visa garantir atendimento às necessidades
humanas atuais sem comprometer o direito das gerações futuras. Em 1992, ocorreu a
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais
conhecida como Con- ferência Rio 92 ou Eco 92, realizada pela Organização das Nações
Unidas e tem por conse- quência a aprovação da Agenda 21, que nada mais é do que
um documento referente ao desenvolvimento sustentável de todos os países. No Brasil,
a Agenda 21, tratou como eixo principal a conservação ambiental, justiça social e
crescimento econômico. A sua finalida- de era discutir ações para aliar ao
desenvolvimento econômico, desta forma, cada Estado tinha a responsabilidade de
construir sua agenda.
Vale mencionar que cada país tinha como comprometimento atendar as demandas
referentes aos problemas socioambientais existentes, com problemáticas particulares,
ou seja, visando regiões até problemas globais, como mudanças climáticas.
Isso se deve a diversos problemas que ocorreram no Brasil, como o caso da
poluição radioativa, que aconteceu em 1987, mundialmente conhecida como acidente do
Césio-137, maior do mundo (ocorrida fora de usinas nucleares). Catadores encontram
um aparelho de radioterapia, que qual foi desmontado e enviado ao ferro velho. Este
processo acarretou em 11 mortes e uma média de 600 pessoas contaminadas.
Outro exemplo que merece destaque foi o caso de Mariana, rompimento da
barra- gem de rejeitos em Minas Gerais, teve por consequência vazamento de
rejeitos que foram despejados no Rio Doce, que abastecia mais de 230 municípios.
Esse acidente e crime ocorreu por meio de um processo e símbolo do megaciclo das
commodities, onde impor- tações globais de minério saltaram de US$38 bilhões pra
US$277 bilhões.
O antagonismo entre o meio ambiente e o desenvolvimento econômico sempre es-
teve presente na engenharia e acarretou diversas discussões, devido aos grandes
aciden- tes ambientais das últimas décadas. No entanto as consequências da
irresponsabilidade ambiental e social trazem poluições incalculáveis e centenas de vidas
perdidas.
Na engenharia é fundamental construir projetos que visem o bem-estar social e
am- biental, além de cumprimento das normas vigentes. Gradualmente, houveram
marcos le- gais, implantados pelo Estado Brasileiro com o intuito de reduzir e controlar
os impactos ambientais e sociais das construções e do gerenciamento das tecnologias
que pudesse ocasionar impactos.
As legislações impõem restrições que devem ser cumpridas pelos profissionais da
engenharia. Um exemplo é a Resolução nº 1002/2002, que estabelece o Código de Ética
para o exercício da engenharia no Brasil, que dispõe sobre a intervenção do profissional
sobre o meio ambiente natural e construído o dever de construir um desenvolvimento
so- cioambiental e sustentável.
O dano ambiental afeta o desenvolvimento econômico da região e do país, além
do impacto ambiental e social, desta forma, o responsável pelo projeto pode ser
responsabili- zado judicialmente e perder o direito de exercer a profissão, visto que é
crime de patrimó- nio natural e ambiental e afeta as das futuras gerações.
Por fim, é cada vez mais importante especificar nos projetos procedimentos e
técni- cas adotadas para diminuir os impactos ambientais causados, considerando até a
gestão de resíduos sólidos em obras de engenharia civil. Portanto a atuação dos
engenheiros deve ser revestida de tecnicidade e cuidados legais, ponderando os riscos
eminentes, assim, deve-se aprender com os erros do passado e aprimorar as técnicas
62
para a construção da sustentabilidade ambiental.

63
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Sabe por que na engenharia é importante o desenvolvimento sustentável? Para não atingir- mos um m

64
FIXANDO O CONTEÚDO
1.“As disciplinas, seja a Metafísica ou a Geometria, existem, estão aí, porque alguns
homens as criaram mercê de um grande esforço e, se se esforçaram, é porque
necessitavam delas, porque sentiam a sua falta. As verdades que essas disciplinas
foram originariamente encontradas por um determinado homem, e depois, repensadas e
reencontradas por muitos outros que adicionaram o seu esforço ao dos primeiros”
(GASSET, 2000 pág. 2).
GASSET, O. J. Sobre o estudar e o estudante. POMBO, Olga. Quatro textos excêntricos.
Lisboa: Relógio D’água, 2000.

O texto acima retrata a importância do estudo. Assim o estudo é um processo


contínuo e pode ser dividido em três etapas que são:

a) preparar, captar e processar.


b) entender, decorar e aplicar.
c) aplicar, processar e captar.
d) decorar, captar e processar.
e) o texto não corresponde a nenhum princípio estudado ao longo do livro.

2. A definição mais propagada de desenvolvimento sustentável é a de desenvolvimento


capaz de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de
atender as gerações futuras, reconhecendo que os recursos naturais utilizados são, na
sua maioria, finitos e esgotáveis. Para considerar a viabilidade de que algum nível de
desenvolvimento sustentável seja implementado, é necessário compreender bem esse
conceito e buscar mecanismos de implementá-lo. Considerando esse conceito, assinale a
alternativa correta.

a) O crescimento sustentável depende de consumo de energia e recursos, motivo pelo


qual a sustentabilidade está relacionada a uma produção cada vez menor.
b) Os recursos finitos podem ser trocados por outros recursos finitos mais abundantes,
estendendo o período de uso de técnicas e métodos tradicionais.
c) É preciso reconhecer que a finitude dos recursos deve ser redefinida considerando a
manutenção do desenvolvimento econômico e social atual da humanidade.
d)Énecessárioconsiderarumarelaçãodocusto-benefícioquereflitaoefeitosocioeconômico
e o real valor do consumo e preservação dos recursos.
e) Deve-se aceitar que o valor das reservas de capital natural justifica a desaceleração
do desenvolvimento econômico e social.

3. Na ótica da promoção, o saneamento como ação positiva para a saúde deve assumir a
responsabilidade de minimizar e/ou erradicar determinadas doenças em parceria com o
setor de saúde, pois, além das doenças causadas pelo consumo ou contato direto de
água contaminada, a falta de serviços de coleta e tratamento de esgoto e de manejo
adequado dos resíduos sólidos favorece a proliferação de vetores transmissores de
doenças (Vargas et al., 2007).

65
No que diz respeito à relação entre saneamento básico e doenças, identifique como

66
verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas.

( ) A cólera, as diarreias agudas, a febre tifoide, a hepatite A e a leptospirose são


exemplos de doenças de transmissão hídrica.
( ) Apesar de os mosquitos transmissores de doenças como dengue, zika vírus, febre
amarela, febre chikungunya, malária e leishmaniose se reproduzirem em água parada,
tais doenças não estão diretamente relacionadas com a falta de serviços de
saneamento.
( ) As doenças relacionadas ao saneamento são facilmente controladas e seu tratamento
é simples, normalmente não onerando o custo dos serviços do Sistema Único de Saúde
(SUS) com internações.
( ) O suprimento das carências de abastecimento de água e a expansão das ações para
que a população mais desfavorecida deixe de conviver com esgotos a céu aberto e tenha
acesso a serviços coleta e disposição final adequada de resíduos sólidos, bem como
atividades de drenagem, são fundamentais para a melhoria da qualidade de vida e de
saúde das populações, tornando-se uma questão social e de saúde pública urgente.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) V, F, F, V.
b) V, F, F, F.
c) F, F, F, F.
d) V,V, F, F.
e) F, F, F, F.

4. A engenharia faz parte da qualidade de vida e saúde pública da sociedade. Desta


forma, quais as consequências modernas da falta de engenharia, políticas públicas e
investimento para a sociedade?

a) Doenças como gripe e renite.


b) Falta de saneamento que por consequência desenvolve doenças como febres tifoide,
hepatite, leptospirose, amebíase, giardíase.
c) O saneamento é um conceito de desenvolvimento de engenharia na sociedade.
d) A falta de estudos aprofundados sobre saneamento que traz consequências
desastrosas.
e) Nenhuma das afirmativas acima se configura como consequências modernas para a
falta da engenharia e abstinência de políticas públicas voltadas ao meio social.

5. Acerca sobre saneamento básico e engenharia, assinale a opção correta.

a) Quando se estuda o papel da engenharia na sociedade, nada mais é que, entender


que se deve ter uma visão unilateral sobre as problemáticas da sociedade, devido a
base ser tecnicista.
b) A engenharia trás avanços apenas em áreas de construção civil.
c) A engenharia trás avanços a serviço da sociedade, ressignificando um processo de
qualidade de vida, como equipamentos que funcionam e utilizam recursos naturais
renováveis.

67
d) O papel da engenharia na sociedade não tem a ver com relações humanas e
ambientais, devido sua formação nas exatas.

68
e) O saneamento básico e a engenharia nada mais é que uma visão prulilateral sobre as
problemáticas da sociedade, devido a base ser tecnicista.

6. Sobre a responsabilidade social do engenheiro é correto afirmar:

a) Responsabilidade social não é um papel preponderante e estipulado pelo CREA.


b) A Responsabilidade social é um processo designado pelas instituições públicas, assim
um engenheiro só tem obrigatoriedade caso, for funcionário público.
c) A responsabilidade social do engenheiro não pode ser vista apenas como uma prática
simples, mas deve estar associada a todos os públicos e parcerias de projetos.
d) A responsabilidade de um engenheiro é ter de seguir apenas nas resoluções e normas
preestabelecidas pelo governo federal.
e) A responsabilidade social de um engenheiro segue as resoluções e normas
preestabelecidas pelo governo federal e sua intuição.

7. O conceito que versa sobre o tipo de desenvolvimento que atende às necessidades


sociais do presente sem comprometer a capacidade de atendimento das necessidades
das gerações futuras é o conceito de

a) Ecologia.
b) Meio ambiente.
c) Responsabilidade ambiental.
d) Desenvolvimento sustentável.
e) Não há um conceito que verse sobre as necessidades sociais do presente.

8. Faça a leitura do texto abaixo.

Tendo o texto acima como referência


inicial, julgue os itens que se seguem,
acerca de processos de cidadania e
participação social e socioambiental.

Os representantes do governo e
da sociedade civil que participam
de um fórum da Agenda 21 Local
constroem entre si um pacto pela
sustentabilidade ambiental e tornam-
se, automaticamente, responsáveis
pela implementação das ações
definidas no fórum.

a) Certo.
b) Errado.
c) O fórum foi realizado apenas uma
vez de forma on-line.
d) Não é construído um pacto de
sustentabilidade.
e) Nenhuma das alternativas.

69
CLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS, ESPECÍFICOS UNIDADE
E PROFISSIONALI

05

70
5.1 INTRODUÇÃO

Na engenharia é muito importante entender as diretrizes curriculares, para um


pla- nejamento adequado da formação do engenheiro. Desta forma é fundamental a
flexibili- zação de conteúdo, assim, o estudante poderá desenvolver e realizar atividades
extracur- riculares, visto que na engenharia é extremamente importante, pois é um
curso prático e técnico.
As atividades práticas através de orientações são importantes para a verificação
do conteúdo. Assim, o núcleo de disciplinas básicas equivale, em média, a 30% da carga
horá- ria, segundo o CNE/CES 11/2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais
do Curso de Graduação em Engenharia.
Vale mencionar que os conteúdos básicos, específicos e profissionalizantes, são
pro- cessos que devem ser cumpridos para um desenvolvimento adequado da
construção de um profissional em engenharia. Além disso, esses procedimentos servem
para educar um profissional com ética e cidadania.
Por exemplo, a engenharia sanitária ambiental é um curso que pode atuar em
diver- sos lugares, como por exemplo: empresas privadas, consultorias, órgãos
governamentais, entidades ambientalistas, companhias de saneamento, empresas da
construção civil que desenvolvam projetos sustentáveis, gerenciamento e implantação
de processos em indús- trias, projetos de reflorestamento e reciclagem, restauração de
áreas poluídas, pesquisador em centros ou universidades, elemento de interligação de
outras profissões com o intuito de gerenciamento ambiental, desenvolvimento
tecnológico ambiental, gestão de recursos hídricos, gestão de recursos naturais,
planejamento territorial e gestão ambiental, entre outros, e desta forma, é fundamental
uma construção do profissional nos núcleos básicos, específicos e profissionalizantes.
Cursos de bacharelados, tem por intuito trabalhar, discutir e entender teorias,
visto que, os problemas da sociedade se modificam ao longo tempo, e desta forma
torna-se fundamental construir soluções adequadas. Por exemplo, os problemas
ambientais atuais, são diferentes dos problemas ambientais de 50 anos atrás, mas as
teorias são as mesmas, por exemplo a lei da física e a gravidade, no entanto, as
técnicas se modernizam a partir dos problemas encontradas.
Desta forma nessa unidade você irá entender a importância dos núcleos básicos
es- pecíficos e profissionalizantes nas engenharias.
Bons estudos!

5.2A IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS

As graduações de engenharias têm como princípio basilar integrar as disciplinas


dos núcleos básicos à profissionalizantes. Assim, os núcleos básicos devem abordar os
con- teúdos compartilhados de todo o curso de engenharia, para que assim, possa
preparar e capacitar a competência técnica de diversas áreas que a engenharia
proporciona.
É fundamental que na engenharia o conjunto de conhecimento adquirido seja con-
sistente e com disciplinas teóricas fundamentadas para que as aulas teóricas e práticas,
além dos estágios, sejam a base para a entrada no mercado de trabalho. Vale a pena
men- cionar que os cenários da educação na engenharia passam por diversas
transformações devido as tecnologias digitais e novas criações de ferramentas de

71
trabalho, como softwares

72
por exemplo.
O objetivo de todo um processo de formação do profissional em engenharia é
capa- citar para resolver os problemas com tecnicidade específica. Vale destacar, que
essas eta- pas de núcleos básicos, específicos e profissionalizantes são fundamentais na
concepção do ensino e aprendizagem, e são previstas nas diretrizes e resolução do
Conselho Nacional de Educação CNE/CES 11. Desta forma, todos os cursos de
engenharia devem ter modalida- des de núcleo básico, específico e profissionalizantes.
O núcleo básico tem como diretriz e fundamento apresentar o que é
engenharia, e desenvolver competências e habilidades de compreensão do que
existe, para que serve e as diversas terminações e seus objetivos em comum e
específicos.
Com isso, as separações de conteúdos servem para que os profissionais em
formação entendam suas fragilidades e que tenha capacidade de se preparar na área de
matemáti- ca e física, para que assim, represente a base de um objetivo para solucionar
os problemas. Como já discutido, os problemas vão se modificando, mas a base teórica
é a mesma, assim, profissionais de engenharia se preparam para pensar soluções
viáveis e eficientes para problemas alternativos.
Torna-se fundamental o engenheiro dominar as disciplinas básicas e específicas
para resolver os problemas que são de um profissional. A eficiência do ensino no núcleo
básico é primordial para a formação, para que se tenha análises críticas sobre sua
profissão. Além do que, apesar de existência de diversos softwares que desenvolvam
cálculos matemáticos e físicos, entender como esses programas funcionam é
importante para a solução dos problemas. Como exemplo, podemos citar as
modelagens matemáticas na área de hidrologia, onde os softwares antigos eram
construídos com pressupostos esta- cionários (noção de que os fenômenos naturais
circulam em um processo fixo de incerte- za), ou seja, os modelos não previam
mudanças de uso do solo ou mudanças antrópicas, chuvas descontínuas, secas, entre
outros, assim, existia um processo de incerteza, mas não existiam variações extremas.
Mais precisamente é entender que os modelos hidrológicos
não retratam de maneira correta a bacia hidrográfica.
Os modelos matemáticos da engenharia têm por intuito replicar, entender,
compre- ender e descrever a realidade, através de modelos, porém, a realidade
ambiental se mo- difica de forma contínua e dominar os núcleos básicos é fundamental
para solucionar os problemas. Os laboratórios sugeridos para a realização de práticas
dos núcleos básicos são diversos, como por exemplo: laboratório de física, que tem por
intuito desenvolver práticas sobre medições, cinemática, dinâmica, gravitação,
eletrostática, eletromagnetismo, eletro- dinâmica, óptica, ondas e termodinâmica.
O Laboratório de química, que tem por finalidade o estudo das ligações químicas,
físico-química, reações químicas, eletroquímica, equilíbrio químico, estequiometria entre
outros. Há também laboratórios de informática, tecnologias de materiais, expressão
gráfi- cas, cálculo numérico, fenômenos de transporte entre tantos outros, e todos
servem para entender a base matemática, física e química das engenharias, e as
utilizações dos labora- tórios dependem do curso de engenharia e as disciplinas dos
núcleos básicos, específicos e profissionalizantes.
5.3A IMPORTÂNCIA DOS NÚCLEOS PROFISSIONALIZANTES

A resolução da CNE/CES 11/2002 retrata em seu art. 3 que o curso de engenharia


73
tem como formação ser:

74
Generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a
absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando
a sua atuação crítica e criativa na identificação e
resolução de problemas, considerando seus aspectos
políticos, eco- nômicos, sociais, ambientais e culturais,
com visão ética e humanística, em atendimento às
demandas da socieda- de (CNE, 2002).

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em


Engenha- ria, a formação da engenharia tem o intuito ao exercício de competências
e habilidades gerais que são:
I. aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tec-
nológicos e instrumentais à engenharia;
II. projetar e conduzir experimentos e interpretar resul-
tados;
III. conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e
processos;
IV. planejar, supervisionar, elaborar e coordenar
projetos e serviços de engenharia;
V. identificar, formular e resolver problemas de enge-
nharia;
VI. desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técni-
cas;
VII. supervisionar a operação e a manutenção de
siste- mas;
VIII. Avaliar criticamente a operação e a manutenção
de sistemas;
IX. comunicar-se eficientemente nas formas escrita,
oral e gráfica;
X. atuar em equipes multidisciplinares;
XI. compreender e aplicar a ética e responsabilidade
profissionais;
XII. avaliar o impacto das atividades da engenharia no
contexto social e ambiental;
XIII. avaliar a viabilidade econômica de projetos de
enge- nharia;
XIV. assumir a postura de permanente busca de
atualiza- ção profissional (RESOLUÇÃO CNE/CES Nº
11, 2002).

Desta forma o núcleo de conteúdo profissionalizante precisa ter no mínimo 15%


da carga horária, sendo que a grade deve aliar a teoria e a prática em um mesmo
conteúdo. Assim, as disciplinas básicas são ofertadas para diversos cursos, pois a
engenharia inicial tem a mesma grande curricular para todos, e não fornecem assuntos
específicos da apli- cação dos conteúdos.
Assim, com a finalidade de separar, mitigar e atingir as formações entre teoria
e prá- tica este formato possibilita que os discentes tenham treinamento base como
por exem- plo, metodologia de pesquisa e formação de habilidades e habilidade na
comunicação oral e escrita.

75
As disciplinas profissionalizantes têm o propósito de capacitar o aluno através das ferra-
mentas da engenharia, padronizando métodos e especializando-o nas teorias que viu
nas disciplinas dos núcleos básicos.
Vale destacar que as disciplinas profissionalizantes são importantes, visto que, os
temas e estudos são relativos por tópicos e capacitam operacionalmente o aluno,
através de análises, aperfeiçoamento da teoria à prática, ou seja, mostra como a teoria
pode ser trabalhada através de ferramentas.
Por fim, vale mencionar que também há laboratórios que contemplam conteúdos
profissionalizantes como por exemplo laboratório para as práticas de processos de
trans- formação e automação; processos de natureza mecânica, laboratório de
eletrotécnica, la- boratório de metrologia.

5.4 A IMPORTÂNCIA DOS NÚCLEOS ESPECÍFICOS

Os núcleos específicos têm por essência desenvolver o conhecimento


científico, tec- nológico e instrumental para o profissional. Desta forma, o núcleo de
conhecimento espe- cífico, para cada engenharia, deve contemplar, no mínimo,
15% da carga horária total.
O núcleo profissionalizante tem por objetivo assegurar a formação das competên-
cias do engenheiro. Por exemplo, o núcleo profissionalizante da engenharia civil tem por
objetivo formar com competência, as habilidades necessários e atitudes que definam um
engenheiro civil.
Assim, todos os conteúdos específicos essências para determinado curso de enge-
nharia, juntamente com os cursos opcionais, permite que o discente estabeleça relações
estreitas com a sua futura profissão. Além do que essa atividade permite que o
estudante tenha requisitos mínimos exigidos pelo seu órgão competente, que no caso da
engenharia é o CREA - Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia.
Assim esse núcleo tem por objetivo ampliar e introduzir os conteúdos que carac-
terizam e se compõe na parte científica, tecnológica e de adaptação, além de um refina-
mento de técnicas que são importantes para determinada engenharia. Vale destacar,
que os conteúdos específicos servem para o processo de aperfeiçoamento para a
entrada dos núcleos específicos.
Os núcleos específicos contemplam trabalho de conclusão de curso, estágios que
são disciplinas que podem ser extracurriculares ou curriculares, mas todos precisam de
um orientador da área. Os orientadores são os profissionais que desenvolvem o
acompa- nhamento pedagógico do aluno, ou seja, é um professor designado para um
aluno em específico, que acompanha e avalia as atividades do discente para o trabalho
de conclusão de curso e/ou estágio.
O papel do orientador é importante, pois vai direcionar o aluno a uma
determinada área, onde deve-se criar um documento, que poder através de um
referencial teórico ou de pesquisa, para obter o título de engenheiro.
Além disso, há também disciplinas optativas que abordam assuntos específicos de
aperfeiçoamento, frisa-se que são assuntos já concretizados na área da engenharia,
além disso, pode ser a medida que as práticas vão se modificando de acordo com a
sociedade em que se vive ou novas áreas descobertas, exemplo são as pesquisas que
estão em sem- pre inovando e descobrindo novas ferramentas.
Um dos temas que merece breve menção são os estágios. O estágio obrigatório,
ge- ralmente é a primeira experiência do discente no desenvolvimento da carreira
76
profissional.

77
Assim, estagiar é fundamental para conhecer e aprender na prática o que a
engenharia realiza, aprimorando o que foi estudado em todo o curso de bacharelado
em engenharia.
Nos núcleos específicos, é o momento que o aluno tem mais intimidade com a
profissão e tem conhecimento sobre determinada ferramenta. Por exemplo, nos núcleos
profissionalizantes se é apresentado ferramentas como software R, mais
especificamente denominado The R Project for Statistical Computing e nos núcleos
específicos que se en- tende para que serve esse software para sua área em específico.
Vale destacar, que o R é um software utilizado para diversas áreas, pois é uma
lingua- gem de programação que tem a função de ser dinâmica, voltada a manipulação
e análise de dados, além de visualizar temporalmente ou não os dados obtidos para
determinado projeto, por exemplo. Assim é um software utilizado para diversas áreas
como biologia, ge- ografia, engenharia, e todos utilizam e programam para sua área,
visto que a estatística é método multidisciplinar.

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Acesso em: 03 mar. 2021.

VAMOS PENSAR?
Existe uma estrutura curricular, para padronizar o ensino da engenharia em qualquer univer- sidade! O

78
FIXANDO O CONTEÚDO
1.A Resolução CNE/CES Nº 11, 2002 institui as Diretrizes Curriculares do Curso de
Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária. A afirmação acima está:

a) correta.
b) errada.
c) é do curso de engenharia civil.
d) é do curso de engenharia ambiental.
e) nenhuma das alternativas.

2. Segunda a Resolução CNE/CES N 11/2002 que institui as Diretrizes Curriculares dos


Cursos da engenharia é correto afirmar que:

a) os cursos de engenhara possui mesmo projeto pedagógico.


b) todas as engenharias tem a mesma base, é apenas modificado no último ano.
c) nem todas as engenharias possui disciplinas que contemplam exatas.
d) cada curso de Engenharia deve possuir um projeto pedagógico.
e) nenhuma das alternativas.

3. O núcleo de conteúdos profissionalizantes são disciplinas importantes na engenharia


visto que carregam toda a base prática para o entendimento das específica. A partir
dessa afirmação, assinale a alternativa correta.

a) O núcleo de conteúdos profissionalizantes de ter cerca de 15% de carga horária


mínima do curso de engenharia.
b) O núcleo de conteúdos profissionalizantes de ter cerca de 65% de carga horária
mínima do curso de engenharia.
c) O núcleo de conteúdos profissionalizantes de ter cerca de 45% de carga horária
mínima do curso de engenharia.
d) O núcleo de conteúdos profissionalizantes de ter cerca de 80% de carga horária
mínima do curso de engenharia.
e) Nenhuma das alternativas.

4. Os conteúdos de núcleo básico, são importantes para a engenharia devido a carga


teórica que serve para solucionar problemas recém descobertos, por exemplo. A partir
dessa afirmação, assinale a alternativa correta.

a) Os núcleos básicos servem apenas para quem não possui familiaridade com a
matemática.
b) O núcleo de disciplinas básicas equivale, em uma média 10% da carga horária,
segundo o CNE/CES 11/2002.
c) O núcleo de disciplinas básicas equivale, em uma média 30% da carga horária,
segundo o CNE/CES 11/2002.
d) o núcleo de disciplinas básicas equivale, em uma média 50% da carga horária,
segundo o CNE/CES 11/2002.

79
e) Nenhuma das alternativas.

80
5. “As perspectivas dos discentes, seus desapontamentos ou realizações interferem
de maneira significativa no processo de aprendizagem e na maneira como eles
veem a profissão” (MEIRELES et al., 2019).
Fonte: MEIRELES, Maria Alexandra de Carvalho; FERNANDES, Cássia do Carmo
Pires; SILVA, Lorena Souza. Novas Diretrizes Curriculares Nacionais e a formação
médica: expectativas dos discentes do primeiro ano do curso de medicina
de uma instituição de ensino superior. Revista Brasileira de Educação Médica,
v. 43, n. 2, p. 67-78, 2019.

O texto acima retrata desapontamentos ou realizações no processo de ensino


aprendizagem dos alunos. Desta forma é correto afirmar que:

a) As separações de conteúdos servem para que os profissionais em formação entendam


suas fragilidades e que tenha capacidade de se preparar na área de Matemática e Física.
b) As separações de conteúdos servem apenas por uma questão de organização
curricular.
c)As separações dos conteúdos curriculares são de acordo com universidade de
engenharia.
d) As separações de conteúdos servem para que os profissionais em formação entendam
que a regras e devem ser seguidas.
e) Nenhuma das alternativas.

6. Lei as afirmações abaixo:

I. Os cursos de engenharia têm como formação, competências e habilidades ser


“Generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver
novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e
resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais,
ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas
da sociedade.
II. Os engenheiros tem como formação avaliar o impacto das atividades da engenharia
no contexto social e ambiental.
III. Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.

Assinale a alternativa correta:

a) V, V, F.
b) F, V, F.
c) V, F, V.
d) F, F, F.
e) V, V, V.

7. A sociedade se modifica constantemente, desta forma umas das soluções encontradas


foi desenvolver disciplinas optativas com assuntos específicos e de aperfeiçoamento, não
tem no curso de engenharia. Esta afirmação está

a) errada.

81
b) correta.
c) depende do curso de engenharia.

82
d) não existe disciplinas optativa.
e) nenhuma das alternativas.

8. “Observa-se o descumprimento das diretrizes e resoluções que versam sobre o


funcionamento dos cursos, havendo relatos, na literatura especializada, sobre a
existência de professores despreparados para a atividade de orientação, excesso de
alunos orientandos por professores orientadores e carência de orientadores com tempo
e disponibilidade para este fim” também disciplinas optativas que são assuntos
específicos de aperfeiçoamento (LEITE FILHO e MARTINS, 2006).
Fonte: LEITE FILHO, Geraldo Alemandro; MARTINS, Gilberto de Andrade. Relação
orientador- orientando e suas influências na elaboração de teses e
dissertações. Revista de Administração de Empresas, v. 46, n.
SPE, p. 99-109, 2006.

O texto acima retrata a realidade da orientação de graduação e pós graduação no Brasil.


Desta forma é correto afirmar que:

a) os orientadores são os que desenvolvem um acompanhamento pedagógico do


aluno, ou seja, é um professor designado para um aluno em específico, que
acompanha e avalia as atividades do discente para o trabalho de conclusão de curso
e/ou estágio.
b) a orientação por parte dos professores, não é um processo obrigatório.
c) a orientação é apenas no estágio extracurricular.
d) os orientadores são os que desenvolvem um acompanhamento pedagógico do
aluno, é um professor designado para um aluno em específico, devemos salientar
que professor do sexo masculino só pode orientar homens.
e) nenhuma das alternativas.

83
ASPECTOS GERAIS
Maurício RELACIONADOS
desenhou A NORMALIZAÇÃO TÉC
um mapaUNIDADE

06

84
6.1INTRODUÇÃO

As normas técnicas abordam todos as áreas e podem influenciar a economia e a


se- guridade social, ou seja, tanto nos produtos quanto nos serviços. A normalização
técnica está em todos os níveis de organização da polução e tem um papel fundamental
nas orga- nizações, particularmente no Brasil.
Normas técnicas são regras preestabelecida para cada área, em consenso com
pes- quisas que demoram anos para serem aprovadas. Desta forma são desenvolvidas
diversas resoluções e normas descritas nas legislações vigentes para orientar o
profissional em seus projetos e serviços. Ou seja, é entender que para desenvolver
prédios, maquinarias em geral, estradas, soluções químicas entre outros; é fundamental
seguir as normas técnicas vigentes de cada área. Diversos desastres ambientais
acontecem devido a negligência dos profissionais com as normas técnicas específica.
Frisa-se que para entender as medidas é necessária fazer comparações com
padrões já estabelecidos pela sociedade. Com o passar dos anos, os sistemas de
unidades pode sofrer alterações em virtude as mudanças constantes de uso e
atribuições da sociedade, além das dinâmicas e descobrimentos de novas pesquisas;
desta forma, é importante fazer as conversões corretas, para não haver erros nos
projetos.
É primordial que o engenheiro utilize o Sistema Internacional de Unidades, confor-
me as normas vigentes, sendo que um dos seus principais objetivos é desenvolver a
apli- cação de um sistema prático, além de universalização, para obter relações
internacionais, tanto no ensino, pesquisa e atuação profissional.
Assim, neste capítulo você compreenderá e estudará as normas técnicas da enge-
nharia, os sistemas de unidades e as suas conversões.
Bons estudos!

6.2 NORMAS TÉCNICAS

Na engenharia é fundamental entender a importância das unidades de medidas.


Visto que é um processo de conversão que ocorre diariamente nos dias atuais, mas teve
iní- cio no comércio, com câmbios de trocas de sementes, animais e comida. Destaca-se
que a necessidade das medidas se veio pela troca, onde por exemplo, um comerciante
queria trocar grãos por animais, neste caso era fundamental medir a quantidade de
grãos com pesos dos animais.
Assim, atualmente o método para se analisar as medidas, denomina-se Sistema
In- ternacional de Unidades (SI). Este método é utilizado mundialmente onde emprega-
se de forma padronizada.
O Sistema Internacional de Unidades assume uma unidade para cada
grandeza fí- sica, no qual sistematiza a padronização e especificações nas unidades
de medidas. Na física é definido tudo que se pode ser medido, ou seja, as
grandezas se transformam em grandezas derivadas.
Perante tal, determinar numericamente tudo que pode ser medido, e
transformar em um número mínimo de grandezas é primordial para padronização.
Isso serve para di- minuir possíveis falhas humanas.
Na engenharia é importante ser minucioso com as nomenclaturas e simbologias
das unidades, mantendo a coerência e conformidade com as regras do Sistema Interna-
cional de Unidades.
85
No Brasil, foi criado Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que nada
mais é, que um grupo de técnicos (órgão) responsável pela normalização técnica, que
fornece insumos ao desenvolvimento tecnológicos, que além disso, cria documentos
aprovado por órgãos competentes que fornecem regras e diretrizes visando qualidade e
padronização. Um exemplo são as regras de referências bibliográficas nos trabalhos de
conclusão de cur- so, que devem utilizar as normas estabelecidas pela ABNT, ou seja,
existem diferenças de como citar textos, livros, artigos científicos, congressos,
salientando ordem nos volumes, edições e ano, para a descrição da citação.
Cada norma é desenvolvida porque existe problemas, além de uma demanda da
sociedade. Assim, essa demanda é revisada e apresentada pela ABNT, onde se estuda
sua relevância e viabilidade. Após esse acontecimento um grupo de técnicos,
denominado de Comitê Técnico decide a viabilidade de se inserir no Programa de
Normalização Seto- rial.
Salienta-se que nem sempre uma demanda da sociedade é contemplada pela
ABNT, porque necessita de técnicos que tem por objetivo criar uma estrutura
padronizada e especifica para a qualidade de uso e serviço da sociedade. Em situações
específicas, há estudos especiais que podem contemplar a comitês já existentes.
A ABNT, percebeu diversas demandas, de padronização por serviços e para
objetivar a segurança foi criado um sistema de gestão eletrônica que viabiliza o
processo de elabo- ração das normas técnicas, ou seja, inicia-se um processo criativo
para o conteúdo norma- tivo, até a publicação final da Norma Técnica.
Os profissionais em geral, não sabem de todas as normas e como aplicá-las,
assim, a ABNT, comercializa diversas normas técnicas, além de elaborar guias de como
deve ser realizado, a correta construção do produto ou serviço de acordo com padrão de
normas técnicas do Brasil.

6.3 SISTEMAS DE UNIDADES

O Sistema Internacional de Unidades, estabelece divisões em suas classificações,


como coerentes e não coerentes. Coerência significa que nenhuma definição de conver-
são é fundamental, somente unidades do sistema, devem e podem ser utilizados. Os
não coerentes, significa dizer que há inconsistências nos padrões preestabelecidos nas
unida- des. Na tabela abaixo demonstra o Sistema Internacional de Unidades (Figura
13).
A padronização da grafia é relatar que são apresentadas conformidades com
as nor- mas técnicas do Sistema Internacional de Unidades, para tal, essa
concepção nada mais é que descrever os nomes das unidades.
As nomenclaturas das unidades devem ser descritas por extensos e sempre
inician- do por letras minúscula, vale destacar que sempre a exceções, como por
exemplo o grau Celsius.
Os valores numéricos de uma grandeza devem estar sempre acompanhados
de uma unidade descrita em extenso, além disso, pode ser utilizado símbolos. Na
engenharia se utiliza muitos símbolos, para entendimento universal.

86
Tabela 1: Sistema Internacional de Unidades
Fonte: Holtzapple e Reece (2006)

Mas, há também, símbolos com palavras, que no plural, devem ser somadas
as letras no final. As unidades compostas por divisão, por sua vez, quando haver
formações no plu- ral o s aparece no numerador. Assim, para a nomenclatura das
unidades do Sistema Inter- nacional que tenham razão ou quociente, deve-se
utilizar uma barra.
E para finalizarmos a grafia é importante destacar que o nome completo do prefixo é so-
mado ao nome da unidade, não há espaço ou hífen em sua separação. Na tabela abaixo,
será apresentado exemplos de algumas unidades do Sistema Internacional de Unidades
a partir dos padrões da grafia.
Os símbolos são grandezas, representadas pelo alfabeto grego ou latino. Menciona-
-se que os símbolos são sempre em itálico e as unidades numéricas há obrigatoriedade
em sua presença.
Os símbolos são unidades, derivadas do próprio nome da unidade. Porém há
regras para a sua padronização. Primeiramente, os símbolos possuem variações, que
não é permi- tido no plural, abreviaturas, ou qualquer complementação.
Já a padronização numérica é uma quantidade significativa de algarismos, que são
separadas por três classes, além de, ser separado por espaços. Este tem objetivo de
uma leitura simplificada na área das exatas. Vale destacar que os números não podem
ser sepa- rados por pontos ou vírgulas.

Grandeza de base Símbolo Unidade de Símbolo


Base
comprimento l, h, r, x Metros m
massa m quilograma kg
Corrente elétrica i kelvin K
Tabela 2: Exemplos de Unidade e símbolos
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

87
BUSQUE POR MAIS
Você quer ler? O quadro geral de Unidades de Medida, estabelecido pela Reso- lução do CONMETRO N
Na livro Pré – Calculo de Fred Safie descreve as explicações concisas de todosos conceitos de pré -ca

6.4 CONVERSÃO DE UNIDADES

As conversões das unidades são imensamente utilizadas e são fundamentais para


resolver as problemáticas da atualidade e solucionar projetos. Assim converter unidades
faz parte do dia a dia do engenheiro e permite transformar diversas formas de represen-
tação em uma grandeza que se deseja utilizar ou da necessidade do modelo matemáti-
co.
As unidades de medidas devem ser utilizadas de forma correta e ter uma
padroniza- ção, para que os projetos, modelos matemáticos e operações comerciais
seja uma lingua- gem universal, onde qualquer engenheiro da área entenda.
Em outras palavras conversão de unidade é converter uma escala de unidades que
equivale outra escala da mesma proporção. Por exemplo: 1093,61 jardas, equivale a
1000 metros. E isso é estabelecido pelo Sistema Universal de Unidades. Mas vale
destacar que é preciso entender a conversão específica de cada unidade, geralmente se
utiliza ferramen- tas para essas conversões, mas para chegar nesse nível,
primeiramente precisa entender e aprender como está relacionado as unidades.
Temos unidades de massa, volume, pressão, temperatura, comprimento, calor,
tem- po, mol (quantidade de matéria), e já ouvimos falar, pois fazem parte do nosso dia
a dia. As unidades de massa que mais utiliza-se são: tonelada, quilograma, grama e
miligrama. Para a conversão entre as unidades de massa de forma correta, existe uma
regra simples, sendo que 1 tonelada equivale a 1000 quilos, 1quilo equivale a 1000
gramas e 1grama é igual a 1000 miligramas.
Onde:

Observa-se que na figura acima, a unidade de massa é equivalente a 1000 vezes


a próxima unidade. Ou seja, para converter tonelada em quilograma multiplica-se por
1000, ou passar miligrama para grama divide-se por 1000.
Este processo de dá também para as unidades de volume, que são: metro cúbico,
litros ou decímetro cúbico e mililitro ou centímetros cúbicos. Para conversão, as relações

88
são:

1 m3 (metro cúbico) = 1000 litros;


1 L (litros) = 1 dm3 (decímetro
cúbico); 1 L (litros) = 1000 mL
(mililitros);
1 dm3 = 1000 cm3 (centímetros cúbicos);

1cm3 = 1mL;
O esquema abaixo, retrata que a unidade de volume é sempre 1000 vezes
maior que a próxima unidade, por exemplo, quando comparamos uma unidade em
metros cúbicos (m3), com uma unidade menor, ou seja, mililitros (mL) ou cm3, há
diferença de 1000000 de vezes.

As unidades de pressão que mais se utiliza são:

Atmosfera (atm);
Milímetro de mercúrio (mmHg);
Centímetro de mercúrio (cmHg);
Pascal (Pa) ou quilopascal (KPa = 1000 Pa) [unidade-padrão de pressão segundo o
SI].
As relações das unidades de pressão são: 1 atm = 101,325 kPa; 1 atm = 101325
Pa; 1 atm
= 760 mmHg e 1 atm = 76 cmHg. Frisa-se que foi utilizado como parâmetro o atm,
porque são valores mais acessíveis, caso necessite de uma memorização para um
exercício por exemplo. Exemplificando: Como vamos transformar 3 atm em KPa?
Sabemos que 1 atm é equivalente a 101,325 KPa. Assim basta desenvolver a regra
de
três.
1atm101,325 KPa
3 atmx
x.1 = 3.101,325
x = 303, 975 KPa

As unidades de temperatura também são extremamente utilizadas na engenharia,


devido as condições ambientais e nem os dados disponíveis e/ou que são
preestabelecidos nos projetos são condizentes com a realidade que o engenheiro
necessita, assim é neces- sária sua conversão. As unidades mais utilizadas são:
Graus Celsius (oC);
Graus Fahrenheit
(oF);
Kelvin (K) [unidade-padrão de temperatura segundo o Sistema Internacional de Unidades].
Nesta conversão de unidades se utiliza uma pequena fórmula, de graus Celsius

89
para Kelvin:

90
TK = To C + 273

De graus Celsius para Fahrenheit:

TºC = TºF-
32 5 9

Já as unidades de comprimento são: Quilômetro (km), Metro (m)- Unidade-padrão


de comprimento segundo o Sistema Internacional de Unidades, Centímetro (cm), Decí-
metro (dm), Milímetro (mm). Para as conversões é necessário entender que: 1 km =
1000 m, 1 m = 100 cm, 1 dm = 10 cm e 1 cm = 10 mm.
Exemplificando: para transformarmos 600 mm em cm: Como 1 cm equivale a 10
mm, utiliza-se regra de três:
1 cm x 10 mm
600 mm
x.10 = 600.1
x = 600
10
x = 60 cm

A unidades de horas, já estão mais adaptadas ao nosso dia a dia, onde: Hora (h,
Minu- to (min) são as unidades padrões utilizadas pelo Sistema Internacional. Assim: 1h
= 60 min e 1 min = 60 segundos

Exemplificando: Como transformar 800 segundos em minutos? Como já retratado


a cima 1 minuto equivale a 60 segundos, utiliza-se regra de três:
1 min--------60 s
x 900 s
x.60 = 900
x = 900
x = 900
60
x = 15 min

E para finalizarmos nosso capítulo, a ultima conversão que abordaremos é mol. A


quantidade de matéria (mol) estabelece entidades como nêutrons, moléculas, átomos
elé- trons, íons, que formam um determinado tipo de matéria. Assim, 1 mol equivale a
6,02.1023 entidades.
Exemplificando 1 mol de molécula de água (H2O). Onde um mol da substância
água é: 6,02.1023 moléculas de água; 3.6,02.1023 átomos (o 3 é resultado da soma de
1 oxigênio com 2 hidrogênios); 2.6,02.1023 átomos de hidrogênio; 1.6,02.1023 átomos de
oxigênio. Essas unidades são padronizadas, já foram estudadas, quantificadas e
normatizadas mundial- mente.
Portanto há diversos tipos e maneiras de conversões e neste capítulo foi retratado
como uma revisão. Assim, a melhor maneira é estudante e fazendo os exercícios, para
91
fa-

92
miliarizar-se com as unidades de conversão e suas unidades de medidas. Pessoal,
estamos finalizando nossa disciplina! Espero que vocês tenham gostado!

BUSQUE POR MAIS

Você quer saber mais sobre unidades de medidas? Vale a pena ler! Este livro está disponív
Leia também, está obra denominada Cálculo e suas aplicações de Deborah Hu- ghes-Halle

FIQUE ATENTO
Saiba que as unidades de conversão estudadas nesse capítulo, é um assunto básico para você relembr

VAMOS PENSAR?
Você sabia que amostras podem ter pesos e massas idênticos, mas apresentar medidas dife- rentes! A

93
FIXANDO O CONTEÚDO
1.“A produção científica da comunidade acadêmica requer normalização e adequação das
normas científicas para que se tenha melhor compreensão do trabalho e para a
validação do mesmo” (DEUTSCHMANN, 2020, pág. 1).
Fonte: DEUTSCHMANN, Tânia Mara Rubin. NORMAS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
(ABNT) PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS. Revista do Seminário de Educação de Cruz
Alta-RS, v. 7, n. 01, p. 114-115, 2020.

O texto faz referência sobre a importância da normalização e adequação pra que todos
entendam a linguagem e produção cientifica. Nesse sentido, é correto afirmar que:

a)é responsabilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas sobre normas e as


regras de referência bibliográfica.
b) é responsabilidade da universidade sobre as regras de referência bibliográfica.
c) é responsabilidade do profissional que está desenvolvendo desenvolver uma escrita
adequada para todos as áreas acadêmicas.
d) é responsabilidade da Unidades de conversão sobre as referências bibliográficas
brasileiras.
e) nenhuma das alternativas.

2. Maurício desenhou um mapa com um percurso partindo da empresa em que trabalha


até o local onde será realizada uma festa para os funcionários. Nesse mapa, 1 cm
corresponde a 2 km de distância real. Se no mapa o percurso é de 12 cm, a distância
real é de

a) 240 km.
b) 200 km.
c) 122 km.
d) 50 km.
e) 24 km.

3. Uma pessoa tem um cão com 12 kg de massa corporal. A quantidade diária de comida
natural para esse cão deve ser de 5% do valor de sua massa corporal, o que
corresponde a:

a) 300 g.
b) 400 g.
c) 500 g.
d) 600 g.
e) 700 g.

4. Em uma receita, são utilizadas 3 gotas de corante. Sabendo que uma gota equivale a
0,05 mL, se um vidro de corante tem 10 mL, com um vidro desse corante será possível
fazer, dessa receita, no máximo

94
a) 68.
b) 66.

95
c) 64.
d) 62.
e) 60.

5. Um volume de 200 centímetros cúbicos corresponde, em milímetros cúbicos,

a: a) 20 000 000.
b) 2 000.
c) 2 000 000.
d) 200 000.
e) 20 000.

6. Um instituto de pesquisa entrevistou 1 400 pessoas. Somando-se o tempo de duração


dessas entrevistas, obtemos exatamente 10 dias. Se cada entrevista durou 10 minutos
ou 10 minutos e 48 segundos, o número de entrevistas com 10 minutos de duração foi

a) 500.
b) 600.
c) 700.
d) 800.
e) 900.

7. Um aluno de Ensino Médio vai até o açougue, a pedido de seus pais, comprar 5 kg de
carne para um churrasco em sua casa. Além da carne, ele compra 8 litros de
refrigerante para oferecer aos convidados. Qual das alternativas a seguir possui os
valores da quantidade de carne e de refrigerante, respectivamente, nas unidades
tonelada (t) e mililitro (mL)?

a) 0,005 t e 0,008 ML.


b) 5000 t e 0,008 ML.
c) 0,005 t e 8000 ML.
d) 5000 t e 8000 ML.
e) 0,005 t e 0,8 ML.

8. Durante uma viagem, um motorista necessitou verificar a pressão e a temperatura


dos pneus do veículo. Constatou que a pressão era de 0,4 atm, enquanto a temperatura
era de 75 oC. Determine os valores de pressão e temperatura em KPa e Fahrenheit,
respectivamente

a) 54,03 KPa e 167ºF.


b) 35,04 KPa e 761ºF.
c) 0,453 KPa e 617ºF.
d) 40,53 KPa e 167ºF.
e) 53, 40 KPa e 716 ºF.

96
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO

UNIDADE 1
UNIDADE 2
QUESTÃO 1 D
QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 3 E
QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 4 A
QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 6 B
QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 A
QUESTÃO 8 B

UNIDADE 3
UNIDADE 4
QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 C
QUESTÃO 8 A

UNIDADE 5
UNIDADE 6
QUESTÃO 1 A QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 A QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 A QUESTÃO 8 D

97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGOSTINHO, M. AMORELLI, D. BARBORA, S. Introdução a engenharia. Editora: Lexikon;


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INMETRO, SENAI - Departamento Nacional. 4. ed. -- Rio de Janeiro: Ed. SENAI, 2007.
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99
graduacaoead.faculdadeunica.com.br

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